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estudo do dr
ESTUDO DO DR. HENRIQUE JONES, MEDICO DA AUTOEUROPA E DA
SELEÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL, SOBRE SWISS DOLORCLAST
(ONDAS DE CHOQUE RADIAIS)
1-Introdução.
2-Tipo de estudo.
3-População e/ou Amostra.
3.1- Caracterização da amostra.
4-Metodologia de Aplicação.
4.1-Instrumentos de avaliação.
4.2-Metodologia.
5-apresentação dos resultados obtidos.
6-Discussão.
7-Conclusão.
8-Bibliografia.
1- Introdução
Este pequeno estudo e/ou ensaio, tem como propósito, descrever a metodologia
utilizada na aplicação das Ondas de Choque Extra Corporal Radiais e aferir os
resultados obtidos com aplicação deste novo tipo de terapèutica, utilizando o aparelho
Swiss Dolor Clast, em patologias musculoesqueléticas.
2- Tipo de Estudo
O presente estudo pode ser classificado como um estudo de carácter experimental mas,
em face das limitações que existiram nomeadamente: dimensão da amostra,
disponibilidade do aparelho e timings de tratamento, pensamos que a denominação mais
correcta será a de um Ensaio Clínico/Terapêutico.
3- População/Amostra
De entre uma população de colaboradores de uma fábrica com uma linha de montagem
sequencial, que estavam a ser seguidos no Departamento de Saúde Ocupacional da
Empresa, na consulta de Ortopedia, e a fazer tratamentos de Fisioterapia, foram
seleccionados oito (8) pacientes.
Trataram-se de doentes portadores de patologias renitentes aos tratamentos
convencionais prescritos, e instituidos, e prováveis candidatos a cirurgia do foro
ortopédico, após insucesso da terapêutica conservadora.
3.1 Caracterização da Amostra
A amostra consistiu em 8 colaboradores, todos voluntários, sendo 7 do sexo masculino e
1 do sexo feminino, das diversas àreas que a empresa possui, e a quem foi solicitada a
colaboraçâo em face das patologias que eram portadores e dos prováveis vantagens, que
a terapêutica a aplicar, poderia trazer ao seu estado clínico.
A idade média da amostra é de 30 anos.
As patologias seguidamente descritas e que foram um dos critérios de inclusão e
posterior alvo da aplicação das Ondas de Choque foram:
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Epicondilalgias (3).
Fasceite plantar (2).
Tendinopatia insercional do popliteu (1).
Tendinopatia cálcica bilateral do tendão do supra espinhoso (1).
Periostite insercional distal do tendão rotuliano (1).
4- Metodologia de Aplicação
4.1- Instrumento de Avaliação
Todos os pacientes foram sujeitos a uma avaliação clínica rigorosa, por médico
ortopedista, complementada com exames complementares adequados a cada patologia,
nomeadamente estudo radiográfico e ecográfico.
Foi aplicada uma escala de dor baseada na Escala Nórdica de Borg com valores
compreendidos no intervalo de 0 a 10, significando 0 (sem dor), 10 (dor máxima).
Todos os pacientes foram avaliados no início de cada sessão de tratamentos, prenchida a
escala de dor, identificada e limitada a zona corporal a ser tratada.
4.2- Metodologia utilizada
Em média foram realizadas três sessões por paciente.
A duração média de cada sessão por doente foi de 15 minutos.
O intervalo entre cada sessaõ foi de uma semana.
O máximo de sessões por doente, foi de quatro.
O número de impulsos por aplicação de acordo com o sugerido na literatura fomecida
foi de 2000 impulsos.
O intervalo de frequências aplicadas variou entre 6 Hz e 10 Hz, consuante as zonas a
incidir.
A pressão utilizada, variou entre 1 bar e 2,5 bares.
O diâmetro do aplicador utilizado foi o de 15mm.
Nas primeiras sessões utilizou-se o modo de aplicação de monoimpulso e só nas
restantes sessões se utilizou o modo contínuo, sempre com algumas paragens pela
desconforto e mesmo dor que criou nos pacientes.
Utilizou-se sempre o gel como veículo facilitador de contacto do aplicador.
Em determinadas patologias mais agudas, com maior sensibilidade à dor e sendo a zona
a tratar, de proeminéncia óssea ou com menor massa muscular utilizou-se uma bolsa de
água, para se conseguir fazer o tratamento, pela incapacidade que o doente tinha em
suportar as dores surgidas na normal aplicação.
Uma das patologias em que se utilizou tal artificio foi a da periostite insercional do
tendão rotulianao, possibilitando nas sessões seguintes maior intensidade, frequência e
pressão dos impulsos (será que a aplicação de um meio interferencial aquoso, possibilita
uma maior propagação das ondas de choque, com redução das queixas dolorosas
provocadas pelos impactos nas prominências ósseas).
Pensamos que será uma opção a ter em conta a fim de melhorar a qualidade dos
tratamentos efectuados com consequente optimização dos efeitos obtidos.
Refira-se, no entanto, que em nenhuma aplicação realizada, se utilizou meios ou
técnicas anestésicas, conforme descrito e sugerido em alguns dos textos fomecidos.
De um modo geral respeitaram-se as indicações sugeridas na bibliografia formecida
pelo fabricante e nos trabalhos sobre o tema já publicados realizando-se, contudo,
algumas alterações baseadas na auscultação dos pacientes e na experiência do médico e
fisioterapeuta.
5- Apresentação dos Resultados
Normalmente entre a primeira e a ùltima sessão, houve um aumento da intensidade das
ondas aplicadas e uma maior tolerância ao tratamento realizado.
Pela avaliação clínica e por diminuiçâo, ou mesmo anulação, da sintomatologia referida
pelos doentes constatou-se existirem benefícios com a aplicação das ondas de choque.
6- Discussão
Já referimos que este relatório referente ao estudo e/ou ensaio realizado, conforme
descrição e classificação por nós efectuada, incorre em certos erros metodológicos
perfeitamente apercebidos aquando da realização do mesmo.
Esta constatação permite a qualquer um dos leitores questionar a validade e veracidade,
senão mesmo cientificidade do mesmo, o que nós aceitamos sem qualquer
constragimento.
Contudo, em face das limitações existentes e que incluíam disponibilidade do aparelho,
dimensão da amostra, duração do ensaio, inexistência de grupos controle,
calendarização correcta e erros metodológicos, alguma mais valia obtivemos com o
estudo, quer para nós, enquanto técnicos de saúde, quer para os doentes sujeitos ao
tratamento que, posteriormente ao estudo, tem sido reavaliados periodicamente
constatando-se melhoira ou total recuperação das patologias existentes.
7- Conclusão
O aparecimento deste aparelho no mercado é sem sombra de dúdiva uma arma
importante entre as que compõem os habituais arsenais terapêuticos ao dispor dos
técnicos de saúde, com indicações precisas para o tratamentos de determinadas
patologias musculo-esqueléticas possibilitando, deste modo, uma melhor e maior
capacidade de tratamento, com uma consequente diminuição da incapacidade e da
sintomatologia dolorosa, possibilitando uma mais rápida recuperação dos custos.
Será também importante realçar que se devem realizar mais estudos, com maior rigor e
cientificidade e amostras mais abrangentes de forma a consolidar a ideia de que
determinadas patologias, que provavelmente só com cirurgia seriam solucionadas,
poderão beneficiar significativamente com a aplicação das Ondas de Choque Extra
Corporal Radiais.
De acordo com o ensaio por nós realizado, e com os estudos a que tivemos acesso, a
aquisição de um aparelho de Ondas de Choque Radiais para o departamento clínico de
uma Empresa com predominio de patologias de acumulação microtraumática laboral e
que necessitam de cuidados específicos de rehabilitação é, em nossa opinião, uma mais
valia, apesar do elevado investimento a efectuar.
8-Bibliografia
Ortiz, P.; Botella C.; Ros, E.; Romero, M.; “Terapia Extracorporal por Ondas de
Choque Balisticas Radiales”-E.E.T.D. Universidad Católica de Murcia; 2000;
Comunicação Oral; X Jornadas Nacionales de Traumatología del Deporte.
Gremion, G.; Augros, R.; Gobelet, Ch.; Leyvraz, F.; “A Eficácia da terapia ESWT,
Radiais nas Tendinopatias”- U.O.T.D. Hospital Ortopédico Francés, Lausanne; 2000.
Morral, A.;- “Terapia com Ondas de Choque, Fundamentos Físicos e efeitos
Fisiológicos”- E.U.E.F. Blanquema. Universidad Ramon Llull; Comunicação oral no
XIII Congresso nacional de Fisioterapia, Barcelona; Março 2000.
Morral, A.;- “Terapia com Ondas de Choque Radiales en tendinopatias de inserción”E.U.E.F. Blanquema. Universidad Ramon Llull; Comunicação oral no IV Congresso
Nacional de la Sociedad Española de Traumatología del Deporte. Sitges-Barcelona;
Abril 2000.
Labareyre, H.; Saillant, G;- “Evaluación de la eficacia de los tratamientos por ondas de
choque radiales en tendinopatías del miembro inferior en el deportista”.- S.C.O.T.Hospital de la Pitié, Paris, 2000.
Textos com indicações de funcionamento do aparelho Swiss DolorClast, e princípios
gerais de metodologia de aplicação, fomecidos pelo fabricante do aparelho; EMS,
Electro Medical Systems;2000.