In Demand Nutrients Targeting Weight Management_FINAL_PORT

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In Demand Nutrients Targeting Weight Management_FINAL_PORT
Apresentado Por:
Ram Chaudhari, Ph.D., FACN, CNS
Vice-Presidente Executivo Senior,
Diretor Científico
Data:
Fevereiro de 2012
Nutrientes de Alta Demanda para o Controle do Peso
Perder peso não é uma tarefa fácil. Um estudo publicado no British Journal of Nutrition
relatou que somente uma em cinco pessoas, que atingiram sua meta de peso ideal através
de um programa popular de controle de peso, foi capaz de manter o peso ideal (ou menor)
após dois anos (Lowe, Kral et al. 2008). Assim, além de mudanças na dieta e no estilo de
vida, tais como a redução da ingestão calórica e aumento de exercícios físicos regulares que
auxiliam a perda de peso, também é importante considerar o que pode ser feito para
perder e manter o peso, evitando o conhecido efeito sanfona.
Desta forma, é importante lembrar que com a perda de peso há uma redução natural no
gasto energético basal (BEE), uma vez que o corpo realiza
menos trabalho metabólico. O fenômeno da redução do
BEE, no mesmo nível usual de atividades diárias,
frequentemente reduz as perdas de peso adicionais e
promove ganho de peso quando há diminuição das
restrições calóricas na dieta ou do nível de exercícios
físicos seguidos a um período de perda ativa de peso.
Deve-se lembrar que o BEE é o principal componente do
gasto total de energia, correspondendo por até 70%,
enquanto 20% normalmente vêm da contribuição da
atividade física e os outros 10% da termogênese,
necessária para manter a temperatura corporal constante.
A restrição de energia associada a perda de peso pode
aumentar o desejo de comer. Para combater este
fenômeno e manter o peso corporal, procure alimentos
saciogênicos a fim de moderar a sua sensação de fome
entre as refeições.
Muitas pessoas iniciam um programa de perda de peso
com a detoxicação, um processo que, em muitos casos, é
referido como uma “limpeza” do organismo. Durante este processo, alimentos ou bebidas
fortificados tais como barras de cereal ou shakes para substituir refeições que incorporam
nutrientes que auxiliam a queimam gordura, sensação de saciedade ou plenitude pode
contribuir para o controle de peso. Detoxicação, queima de gordura e saciedade são
portanto componentes de um programa de perda e controle de peso bem sucedido.
Demografia e Geografia da Obesidade
Os números de pessoas com sobrepeso e obesidade em escala global são alarmantes. De
acordo com as informações mais recentes disponíveis da Organização Mundial da Saúde
(OMS), (http://www.who.int/mediacentre/factsheets/fs311/en/), 1.5 bilhões de adultos,
acima de 20 anos, estão com sobrepeso. Destes, mais de 200 milhões de homens e quase
300 milhões de mulheres são obesos. 43 milhões de crianças abaixo de cinco anos estão
acima do peso. Assim, não é surpreendente que a obesidade seja a quinta causa mais
comum de morte em todo o mundo, correspondendo a três milhões de mortes entre
adultos, e responsável por parte significativa do ônus de doenças como diabetes tipo 2,
doenças isquêmicas do coração e determinados tipos de câncer. A obesidade afeta,
indistintamente, países desenvolvidos e em desenvolvimento. Atualmente, 35 milhões de
crianças com sobrepeso estão vivendo em países desenvolvidos e oito milhões em países
em desenvolvimento. Assim, o sobrepeso e a obesidade são problemas globais e afetam
homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres, sendo o controle do peso é uma
questão cada vez mais importante.
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Abaixo, uma lista dos 20 países com maior índice de obesidade.
Para dúvidas sobre
formulações, visite a
seção “Pergunte ao
Especialista” em
fortitech.com.
Fonte: Organização Mundial de Saúde (OMS)
Embora os Estados Unidos como um todo esteja na 9ª posição dos países com maior índice
de obesos, o mapa abaixo revela que há variações significativas nas taxas de obesidade de
estado para estado , sendo que as taxas mais altas aparecem no sul do páis.
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Nos 27 estados membros da união Europeia, aproximadamente 60% dos adultos e mais de
20% das crianças em idade escolar estão com sobrepeso ou são obesas. Isto equivale a
aproxidamente 260 milhões de adultos e mais de 12 milhões de crianças. Como ocorre nos
Estados Unidos, variações significativas nas taxas de sobrepeso e obesidade são
evidenciadas no continente Europeu.
Impulsionadores de Mercado
Estima-se que, somente nos Estados Unidos, há 75 milhões de pessoas em programas de
perda ou controle de peso. Os resultados das vendas de produtos relacionados ao controle
de peso foram estimados em aproximadamente USD 60 bilhões em 2010, de acordo com a
Marketdata Enterprises, Inc. O aumento da consciência do consumidor acerca dos
potenciais elementos tóxicos provenientes da dieta ou ambientais tem estimulado crescente
preocupação em identificar formas de “detoxicar” o corpo das substânciasquímicas
indesejáveis. Da mesma forma, o aumento da consciência dos consumidores sobre os
problemas da obesidade é um importante impulsionador na busca por informações a serem
considerados em um programa de controle de peso, assim como por produtos
especificamente criados para auxiliar a perda e controle do peso.
Nutrientes em Demanda para auxiliar a Detoxicação, Termogênese e Saciedade
no Controle de Peso
Mais informações
sobre estes
nutrientes estão
disponíveis no
Centro de P&D em
fortitech.com.
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Há interesse crescente sobre as formas de eliminar toxinas que podem se acumular em
nosso organismo através do consumo de alimentos contaminados ou exposição ao meio
ambiente. Acredita-se que a detoxicação é particularmente importante para o cólon, o
fígado e o tecido adiposo, onde as potenciais toxinas podem se acumular. Evidências
apontam para algumas dessas toxinas como sendo “obesógenos”, ou seja, agentes que
podem comprometer a sinalização hormonal normal e causar obesidade (http://
en.wikipedia.org/wiki/obesogen). Infelizmente, estas toxinas são frequentemente solúveis
em gordura, acumulando-se no fígado e nos depósitos adiposos, sendo difíceis de remover
do organismo. Possivelmente a melhor abordagem a longo prazo seja a prevenção, ou seja,
reduzir sua exposição a estas toxinas. Além disso, devido ao padrão de acumulo de
gordura, os obsógenos toxicose toxinas podem ser eliminados durante a perda de peso.
Assim, pode ser interessante perder peso de forma lenta e gradual para que o organismo
possa ter tempo suficiente para eliminar estas toxinas.
Nutrientes para a Detoxicação
O desejo de eliminar os produtos potencialmente tóxicos do fígado e cólon antes de iniciar
um programa de controle de peso parece ser uma abordagem razoável. Entretanto, deve-se
destacar que não há evidências científicas a partir de estudos clínicos que apoiem a ação de
determinados nutrientes ou programas de detoxicação na eliminação destes compostos do
organismo. Por outro lado, quando feitos com moderação, limpezas de cólon ou sauna
provocam, provavelmente, poucos danos a despeito de sua eficácia. Da mesma forma, a
medida que estas toxinas podem aumentar o estresse no organismo, seria interessante o
consumo de nutrientes antioxidantes antes de e durante qualquer programa de
detoxicação, tais como vitaminas C e E, selênio, ácido Alfa-lipóico, e vários fitoquímicos
conhecidos por terem alta capacidade antioxidante.
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Nutrientes Termogênicos
Para combater a desaceleração do metabolismo devido a perda de peso e manter a perda
de peso ou peso ideal , o interesse em formas de aumentar a termogênese tem
aumentado. Como o nome sugere, termogênese é um processo de geração térmica, ou
geração de calor. O calor corporal é produzido pela queima de gordura na mitocôndria
(fábricas de energia) das células do corpo. A energia do calor liberado por este processo
metabólico é essencial para manter a temperatura do organismo. Acelerar um metabolismo
relativamente lento através do consumo adicional de micronutrientes e fitonutrientes
(Hursel e Westertep-Plantenga, 2010) termogênicos pode ser a chave para combater a
gordura corporal que volta a ser acumulada após uma dieta de perda de peso. A tabela
abaixo relaciona diversos fatores chaves que podem auxiliam a termogênese e uma função
metabólica.
Ingredientes Sugeridos para aumento do Metabolismo e Termogênese
Cafeína *
Ácido Alfa-Lipóico
Vitaminas do Complexo B
Chá Verde (EGCG) *
Cromo
Canela
Capsaicina*
Acetil-L-Carnitina
Coenzima Q10
Guaraná
Extrato de Pimenta Preta
(piperina)
D-Ribose
Curcuma
Erva Mate
* Fonte: Hursel R and Westerterp-Plantenga MS., 2010. International Journal of Obesity 34:659-669.
Estudos clínicos tem mostrado um aumento de gasto de energia de aproximadamente 4 a
5% em seguida ao consumo de cafeína, catequinas do chá verde e capsaicina. Outros
ingredientes mencionados na tabela acima têm sido relatados como potencialmente
benéficos no aumento do gasto de energia ou na promoção de um metabolismo ideal para
a manutenção do peso, entretanto ainda não há estudos clínicos.
Cafeína: As propriedades estimulantes a curto prazo da cafeína são conhecidas pela maioria
das pessoas. Adicionalmente, as pessoas que aumentaram o consumo de cafeína ganharam
menos peso corporal que pessoas que reduziram a ingestão de cafeína durante um período
de 12 anos (Lopez-Garcia, van Dam et al. 2006). A aparente necessidade de aumentar a
ingestão de cafeína para manter um melhor controle do peso pode estar relacionada ao
fato da sensibilidade à cafeína reduzir com o uso habitual. O mecanismo aparente de ação
da cafeína no gasto de energia é aumentar a atividade do sistema nervoso simpático e
promover o metabolismo e a quebra de gordura.
Chá Verde: vários tipos de chás têm sido
consumidos durante séculos na Ásia e em outros
lugares do mundo. O chá quantidades significativas
de diversos componentes conhecidos como
catequinas, que tem mostrado possuir atividade
biológica. A epigalocatequina galato (EGCG) é o
componente do chá mais estudado e é encontrado
em altas concentrações em suas folhas. As
catequinas podem inibir uma enzima envolvida na
decomposição de um neurotransmissor chamado
norepinefrina, que pode estimular a atividade do
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sistema nervoso simpático que, por sua vez, influencia o metabolismo e promove a quebra
de gordura corporal. Estudos clínicos realizados durante aproximadamente três meses com
consumo de vários tipos de chás mostraram uma média de aproximadamente 1,3 quilos a
mais na redução de peso que grupos controle (Hursel e Westerp-Plantega, 2010). Além das
catequinas, o chá contém cafeína, discutido anteriormente, com efeito termogênico.
Entretanto, o efeito termogênico do extrato de chá verde tem se mostrado maior que
aquele que pode ser relacionado ao seu conteúdo de cafeína, demonstrando o potencial
efeito das catequinas.
Capsaicina: A capsaisina é um composto de interesse e o componente primário picante das
pimentas vermelhas. A capsaicina pode influenciar diretamente a atividade das proteínas
dos canais de cálcio na membrana celular e, assim, promover alterações no metabolismo. A
capsaicina tem sido estudada por seu efeito termogênico e propriedades saciogênicas
(Yoshioka, St-Pierre et al. 1999). Não há atualmente estudos clínicos de longo prazo para
avaliação da eficácia deste composto, limitados pela dificuldade dos indivíduos em tolerar
doses suficientemente altas de capsaicina.
Ingredientes para Promoção de Saciedade
Tipicamente, programas de controle de peso são focados em reduzir o consumo de energia
através da redução da ingestão de gorduras e carboidratos. Entretanto, embora o controle
de calorias seja importante, dietas com restrição de gorduras pode resultar em
compensações fisiológicas que, no longo prazo, promovem o aumento de peso. O apetite é
um fator importante na ingestão de alimentos e é composto por dois elementos
relacionados, porém distintos: efeito de saciar e saciedade. O primeiro tem a ver com
percepções temporariamente associadas com o ato de comer e, são controladas
principalmente por sinais neurais e hormonais produzidos no estômago e em outras áreas
do trato gastrointestinal em resposta ao alimento. O efeito do aumento de saciação é
evocar a percepção de “estou cheio”, o que encerra a refeição. Saciedade, por outro lado,
tem a ver com os efeitos experimentados depois do consumo do alimento como “estou me
sentindo satisfeito” ou, ainda, “não tenho fome”. Assim, os efeitos da saciedade afetam o
desejo de comer novamente e, assim, determinam o intervalo de tempo entre as refeições.
Um aumento de saciedade (ou do “sentir-se satisfeito”) reduz o impulso de comer e
prolonga o intervalo entre as refeições. Estes sinais de saciedade são na maioria
controlados por sinais hormonais produzidos nos intestinos delgado e grosso, assim como
pelos níveis sanguíneos pós-prandiais de insulina e glicose. Estratégias para controlar o
apetite (tanto a saciação como a saciedade) é um aspecto importante dos programas de
controle de peso bem sucedidos. Aqui focaremos, principalmente, na questão da saciedade.
Três fatores importantes relacionados aos alimentos que influenciam a saciedade e que tem
sido objeto de diversos estudos clínicos são o conteúdo de fibras alimentares, o índice
glicêmico e a forma da ingestão calórica, ou seja, o consumo de calorias sólidas versus
calorias líquidas nas refeições. Para o leitor interessado, revisões científicas recentes
relacionadas à saciedade estão listadas em Leituras Adicionais neste artigo.
Fibras Alimentares: fibra é um termo usado para identificar partes comestíveis de plantas
ou carboidratos que resistem à digestão e absorção no intestino delgado, e que podem ser
parcial ou completamente fermentadas no intestino grosso por bactérias. Uma relação das
classes químicas das fibras alimentares é mostrada na tabela abaixo (Papathanasopoulos
and Camilleri, 2010).
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Exemplos de Classes Químicas das Fibras Alimentares
Classe
Examplos
Polisacarídeos não-amiláceos
Celulose
Hemicelulose
β-glucanas
Inulina
Pectina
Oligosacarídeos
Lignina
Ceras
Cutina
Suberina
Mucilagens
Polissacarídeos de reserva
Fitato
Gomas naturais e heteropolímeros
Derivativos de ácidos graxos
Outras substâncias das plantas
Fonte: Papathanasopoulos A and Camilleri M., 2010. Gastroenterology 138; 65-72.
Contate o diretor
científico da
Fortitech, o Dr. Ram
Chaudhari, em
[email protected]
para perguntas
relacionadas a
formulações de
produtos com fibras.
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Fibras alimentares também podem ser mais simplesmente classificadas em solúveis e
insolúveis. Fibras solúveis (pectinas, gomas, mucilagens e polissacarídeos de reserva) são
associadas com efeitos metabólicos favoráveis sobre o metabolismo da glicose e dos
lipídios. Fibras insolúveis (celulose, hemicelulose e as ligninas) são associadas com a
promoção do bolo fecal, amaciamento e laxação. As fibras insolúveis normalmente são
pouco fermentadas no intestino grosso, enquanto que as solúveis são fermentadas por
bactérias dos ácidos graxos de cadeia curta com benefícios adicionais para a saúde.
Estudos epidemiológicos mostraram uma associação inversa entre a ingestão de fibras e o
peso corporal. Estudos clínicos com a avaliação dos efeitos das fibras alimentares na perda
de peso mostraram, em geral, resultados positivos. O mecanismo relacionado aos efeitos
benéficos das fibras alimentares no controle de peso entretanto não é conhecido. Estudos
têm mostrado que o aumento na ingestão de fibras alimentares podem induz a maior
saciedade quando comparado com a ingestão de policassarídeos digestíveis ou açúcares
simples. Isto pode ser devido aos efeitos da fibra alimentares nas respostas pós-prandiais
de insulina e glicose.
Ingredientes de baixo índice Glicêmico: Outro fator importante para a saciedade é o índice
glicêmico de uma refeição (Kong, Chan et al.). Em outras palavras, como um alimento ou
refeição promove aumento da glicose sanguínea pós-prandial. Tem-se recomendado que
uma dieta com baixo índice glicêmico possa ser importante no controle de peso, inclusive
para as crianças. Além disso, a glicose pós-prandial é um importante sinal de saciedade.
Alimentos com algo índice glicêmico são rapidamente digeridos e absorvidos, levando a
níveis mais altos de glicose no organismo. Este aumento rápido e com consequente queda
abrupta da glicose e insulina no sangue são vistos como um redutor de saciedade,
causando um retorno mais rápido dos sinais de fome que promovem o consumo excessivo
de calorias e ganho de peso. Reduzir os açúcares e carboidrados numa refeição, assim
como aumentar seu conteúdo de gordura ou fibra –usando por exemplo grãos integrais ao
invés de grãos refinados – pode reduzir o influxo de glicose no sangue, ajudar a promover
saciedade e melhor controle do peso. O potencial destes alimentos de baixo índice
glicêmico num programa de controle de peso é suportado pela meta-análise de estudos
clínicosrandomizados que comparam dietas de baixo índice glicêmico com dietas de nível
glicêmico mais alto em relação à perda de peso em indivíduos com sobrepeso ou obesos. A
meta-análise demonstrou haver maior perda de peso (um perfil de lipídios melhorado) em
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indivíduos com dietas com baixos índices glicêmicos (Thomas, Elliott et al., 2007). Da
mesma forma, a adição de fibras solúveis a um alimento pode promover saciedade através
da redução do índice glicêmico.
Ingredientes com
baixo índice
glicêmico também
são benéficos para
produtos destinados
a diabéticos. A
Fortitech está aqui
para auxiliá-lo na
formulação destes
produtos através de
[email protected].
Alimentos Líquidos versus Sólidos: há evidência crescente que a forma do alimento usada
para fornecer calorias pode ter um efeito importante na saciedade (Pan e Hu).
Especificamente, calorias líquidas, como aquelas de bebida energética, podem ter efeitos de
saciedade por menos tempo que a quantidade equivalente de calorias proveniente de
produto sólido, como numa barra nutritiva. Entretanto, podem haver outros fatores que
podem influenciar a saciedade. Por exemplo, alimentos líquidos esvaziarão mais
rapidamente o estômago, levando a aumentos mais rápidos na glicose do sangue, o que
poderia ter um efeito diferencial nos sinais hormonais de saciedade. Calorias líquidas podem
ser principal ou exclusivamente carboidratos, enquanto que alimentos sólidos mais
complexos podem conter outros componentes alimentícios importantes, como proteínas,
gorduras ou fibras dietárias. É interessante constatar que em um estudo realizado entre
indivíduos da terceira idade, saudáveis e não obesos e que consumiam uma quantidade de
alimento isocalórico nas formas líquida ou sólida, o consumo da bebida levou à redução da
saciedade pós-prandial e a maior sensação de fome, assim como a mudanças consistentes
nos níveis hormonais do sangue ao longo de quatro horas, quando comparado com o
consumo de um alimento isocalórica na forma sólida. Outro estudo, realizado com adultos
jovens, mostrou que os efeitos de saciedade no consumo de uma dose igual de sucrose,
tanto na forma líquida como na sólida, favoreciam um maior efeito de saciedade seguindose ao consumo deste ingrediente na forma sólida.
Aplicações de Produtos
Diversos veículos podem ser usados para viabilizar novos produtos ou produtos
reformulados fortificados com foco na incorporação de três componentes estratégicos na
perda ou controle de peso – ingredientes detoxicantes, termogênicos e saciogênicos.
Ingredientes ricos em antioxidantes para a detoxicação podem ser viabilizados em
diferentes formas, incluindo diversas bebidas, para ajudar a eliminar toxinas indesejáveis do
organismo. Ingredientes termogênicos, como a cafeína e o EGCG, são bem conhecidos pela
indústria de bebidas energéticas e podem facilmente ser incorporados em outros alimentos,
como barras, substitutos de refeições ou doces. Ingredientes com maior impacto no sabor,
como a capsaicina, podem requerer alternativas criativas para a incorporação em alimentos
e bebidas a fim de reduzir o sabor picante ao mesmo tempo em que se retém o nível
termogênico do produto, ou ainda, na seleção e avaliação de alternativas menos picantes a
capsaicina.
Protótipos
Barra para Saciedade
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Nutrientes
Quantidade por Barra
Vitamina
Vitamina
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Vitamina
Vitamina
Vitamina
Vitamina
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Vitamina B6
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Biotina
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Ferro
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10%
IDR
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Mistura de Proteínas
8 gramas
Proteína do soro do leite
Concentrado de proteína do leite
Isolado protéico de soja
Glucomannan
5 gramas
Sabor
Chocolate
Com cobertura de iogurte
De acordo com a demanda de mercado
Smoothie para Saciedade ou Shake de Proteína
Nutriente
Por Porção de 240 ml
Vitamina A
Vitamina D
Vitamina E
Vitamina K
Vitamina C
Vitamina B1
Vitamina B2
Vitamina B3
Vitamina B5
Vitamina B6
Vitamina B12
Biotina
Ácido fólico
Cálcio
Ferro
Magnésio
Fósforo
Zinco
Manganês
Cromo
Selênio
Molibdênio
Iodo
30%
30%
75%
20%
30%
30%
30%
30%
30%
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30%
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30%
30%
30%
30%
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25%
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IDR
IDR
IDR
IDR
IDR
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IDR
Mistura de Proteína
7 gramas
Proteína do soro do leite
Concentrado de proteína do leite
Isolado protéico de soja
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Mistura de Fibras
Inulina
Beta-glucana
Glucomannan
Goma Guar
5 gramas
Barra para aumento do Metabolismo e Termogênese
Nutriente
Quantidade por Barra
Acetil L-Carnitina
Cafeína
Extrato de chá verde
D-Ribose
Extrato de guaraná
Vitamina C
Vitamina E
Vitamina B3
Vitamina B5
Vitamina B12
Cromo
Extrato de erva mate
Extrato de curcuma
CoQ10
Ácido linoleico conjugado
Canela
250 mg
100 mg
100 mg
75 mg
100 mg
100% IDR
100% IDR
50% IDR
50% IDR
50% IDR
50% IDR
50 mg
10 mg
50 mg
100 mg
15 mg
Bebida para aumento do Metabolismo e Termogênese
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Nutriente
Por Porção de 240 ml
Cafeína
Extrato de chá verde
Capsaicina (purificada ou extrato)
N-Acetil L-Tirosina
Extrato de cacau
Extrato de açaí
Ginseng Coreano
Vitamina B3
Vitamina B5
Vitamina B6
Extrato de semente de uva
Extrato de guaraná
Ácido linoleico conjugado
Canela
80 mg
50 mg
10 mg
75 mg
50 mg
25 mg
50 mg
35% IDR
35% IDR
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15 mg
25 mg
100 mg
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Bebida ou Barra para Detoxicação
Nutriente
Quantidade por Porção
Vitamina E
Vitamina C
Ácido L-Lipóico
Selênio
Fenacho
Cardo de leite
Psyllium
Goma Guar
Pectina
Inulina
Probióticos
50% IDR
75% IDR
15 mg
50% IDR
25 mg
25 mg
50 mg
50 mg
50 mg
50 mg
(apropriado conforme composição do produto final)
Balas de Goma ou goma de mascar para Detoxicação
Nutriente
Por Porção
Raiz de alcaçuz
Equinácea
Extrato de raiz de gengibre
Vitamina C
Vitamina E
Canela
40 mg
20 mg
25 mg
50% IDR
50% IDR
5 mg
Desafios na Fortificação e Formulação de Produtos
Fabricantes de alimentos e bebidas em todo o mundo reconhecem
que o valor nutricional destes produtos pode apresentar
oportunidades e impulsionar as vendas. A vantagem competitiva
pode ser conquistada através do aumento da quantidade de ingredientes funcionais nas
fórmulas, e personalização do produto com foco em condições específicas de saúde e nicho
de mercado. A chave para que os fabricantes fortificarem alimentos e bebidas está na
estabilidade dos nutrientes na matriz destes produtos. Há, entretanto, muitas variáveis
extrínsecas e intrínsecas aos produtos que afetam a integridade do nutriente,
potencialmente limitando sua potência, eficácia e vida útil. Adicionalmente é sabido que
essas variáveis trazem maior complexidade ao produto na medida em que o número de
ingredientes funcionais aumenta.
Para outros
informativos
técnicos, visite
fortitech.com.
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Quando estiver criando um alimento ou bebida, é essencial considerar alguns fatores
básicos para otimizar a estabilidade dos nutrientes no produto final:
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Atividade/biodisponibilidade do nutriente
Composição do alimento ou bebida
Forma de adição dos ingredientes
Condição e processo de fabricação
Armazenamento e outras condições de manuseio anteriores ao consumo
Aspectos regulatórios dos nutrientes
Pureza dos ingredientes
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Estabilidade e segurança dos nutrientes
Tendências
De acordo com a Euromonitor International, deve haver consumo contínuo de alimentos de
baixa caloria por este nicho de mercado, que é considerada como “abordagem passiva”
para a perda e controle de peso. Do lado da “abordagem ativa”, o ácido linoleico conjugado
(CLA) deve desempenhar um papel chave, agindodiretamente no organismo para promover
a perda de peso. Entretanto, deve-se considerar a necessidade de comprovação da
segurança e eficácia deste ingrediente para alegações das propriedades funcionais nas
embalagens finais dos produtos.
Leitura Adicional
1. Hursel, R. and M. S. Westerterp-Plantenga Thermogenic ingredients and body weight
regulation. International Journal of Obesity (Lond), 34(4): 659-69.
2. Kong, A. P., R. S. Chan, et al. Role of low-glycemic index diet in management of childhood obesity. Obesity Review, 12(7): 492-8.
3. Lopez-Garcia, E., R. M. van Dam, et al. (2006). Changes in caffeine intake and longterm weight change in men and women. American Journal of Clinical Nutrition, 83(3):
674-80.
4. Lowe, M. R., T. V. Kral, et al. (2008). Weight-loss maintenance 1, 2 and 5 years after
successful completion of a weight-loss program. British Journal of Nutrition, 99(4): 92530.
5. Pan, A. and F. B. Hu Effects of carbohydrates on satiety: differences between liquid and
solid food. Current Opinion in Clinical Nutrition & Metabolic Care, 14(4): 385-90.
6. Papathanasopoulos, A. and M. Camilleri Dietary fiber supplements: effects in obesity
and metabolic syndrome and relationship to gastrointestinal functions. Gastroenterology, 138(1): 65-72 e1-2.
7. Thomas, D. E., E. J. Elliott, et al. (2007). Low glycemic index or low glycemic load diets
for overweight and obesity. Cochrane Database Systematic Review (3): CD005105.
8. Yoshioka, M., S. St-Pierre, et al. (1999). Effects of red pepper on appetite and energy
intake. British Journal of Nutrition, 82(2): 115-23.
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