Conceitos fundamentais
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Conceitos fundamentais
Conceitos fundamentais Prof. Emerson Passos 1. Espaço dos vetores de estado. Operadores lineares. Representação de vetores de estado e operadores. 2. Observáveis. Autovalores e autovetores de um observável. Medida na Mecânica Quântica. Postulados. Relações de incerteza. Mudança de base. Diagonalização. Observáveis com espectro contínuo. Posição e momento. Função de onda. Espaço dos vetores de estado O estado do sistema é representado por um vetor num espaço vetorial complexo, munido de um produto escalar hermiteano. Vamos adotar a notação de Dirac: Vetor de estado a → “ket”, a rótulo identificador. Dimensionalidade: é determinada pela natureza do sistema físico considerado. Estrutura de espaço vetorial: estão definidas as operações de soma de vetores e multiplicação de um vetor por um número complexo. a) A soma de dois vetores a , é um terceiro vetor , a é o vetor c a que satisfaz as propriedades: que satisfaz as propriedades: (a1) Associativa: a b) O produto de um vetor a por um número complexo c a (a2) Comutativa: a a (a3) Vetor Nulo : a a para qualquer a (a4) Vetor Inverso: a a para todo a (b1) Associativa: (b2) Distributiva: c1c2 a c1 c2 a c1 c2 a c1 a c2 c a c a a c (b3) 1 a a para qualquer a Um vetor de estado contém todas as informações sobre o estado físico do sistema. Produto Escalar Hermiteano: operação que associa a todo par de vetores |a> e |> um número complexo que será indicado pelo símbolo (,a), satisfazendo as propriedades: (p1) a , a , a , (p2) a ,c c a , (p3) a , , a (p4) a ,a é real 0 a ,a a ,a 0 a Consequência das propriedades: Linearidade do produto escalar com respeito ao segundo argumento e antilinearidade com respeito ao primeiro argumento a , c1 c2 c1 a , c2 a , c1 c2 , a c1 , a c2 , a Ortogonalidade: Dois vetores são ortogonais se a , 0 Norma: a a , a 1/ 2 a ,a 1 vetor de estado normalizado Se o espaço dos vetores de estado tem dimensão N, existe uma base de vetores de estado dada por N vetores ortonormais, , i j ij i, j 1,, N tal que qualquer vetor de estado pode ser escrito como: N a a i i i 1 ai i a Espaço Dual. “Bras” Dado um espaço vetorial podemos definir funções lineares com valores complexos a a dos vetores do espaço, Linearidade: a ca a c c a aa a a c a a) Soma de funções lineares b) Produto da função linear por um número complexo: a a a1 a a2 a (a1) Associativa: a1 a a2 a a3 a a 1 (a2) Comutativa: ca a c a a (b1) Associativa: a a2 a a3 a (b2) Distributiva: c a1 a a2 a a1 a a2 a a2 a a1 a (a3) Função Nula: a 0, para qualquer a (a4) Função Inversa: c1c2 a a c1 c2 a a c1 c2 a a c1 a a c2 c aa a1 a c a2 a (b3) 1 a a a a a a a a = a Estrutura de espaço vetorial: Espaço Dual do espaço de partida. Correspondência dual: A cada vetor |a> associamos uma função linear <a| tal que o seu valor no vetor |> seja a a a , Na notação de Dirac, um vetor do espaço dual é chamado de “bra”. Os produtos escalares entre dois vetores do espaço vetorial aparecem como brackets a bra c ket Correspondência entre vetores do espaço vetorial e do espaço dual é tal que a DC a ca DC c a ca a c DC ca a c Dada uma base no espaço vetorial podemos achar uma base correspondente no espaço dual: n DC n a a n n DC n tal que a a n n n a a n n a , n Operadores Lineares Ação de um operador linear num vetor do espaço vetorial transforma esse vetor em outro vetor do mesmo espaço: X̂ a Linearidad e : Xˆ ca a c ca Xˆ a c Xˆ b) Produto de operadores lineares a) Soma de operadores lineares Xˆ Yˆ a (a1) Comutativa: Xˆ Yˆ Yˆ Xˆ ˆ ˆ a XY Xˆ a Yˆ a Xˆ Yˆ a ˆ ˆ YX ˆˆ (b1) Não-Comutativa (em geral): XY (a2) Associativa: Xˆ Yˆ Zˆ Xˆ Yˆ Zˆ Xˆ Yˆ Zˆ ˆ ˆ XY ˆ ˆ Zˆ (b2) Associativa: Xˆ YZ Representação de vetores de estado e operadores numa dada base: n , n 1, 2, 1) Vetores de estado são representados em termos de suas componentes nessa base: a a n n n n a n a n n a n a n n a elementos da matriz coluna que representa o vetor de estado a na base n . 2) Um operador linear é representado em termos de uma matriz determinada através da ação do operador em cada um dos vetores da base: Xˆ n m X mn m m Xˆ n m X mn m Xˆ n m X mn m Xˆ n elementos da matriz que representa o operador Xˆ na base n . Dado um operador X̂ definimos o operador hermiteano conjugado, X̂ † , através da relação a Xˆ † Xˆ a Representação numa dada base → matriz complexa conjugada da transposta da matriz que representa X̂ , X† nm n Xˆ † m m Xˆ n Xˆ a Correspondência dual → Xˆ Yˆ Propriedades Xˆ † † DC Xˆ † Xˆ † Yˆ † a Xˆ † c Xˆ ˆ ˆ Yˆ Xˆ XY cXˆ Operador Hermiteano: Xˆ Xˆ † Representação numa dada base → X nm X mn † Operador Anti-hermiteano: Xˆ Xˆ X mn † † † † † Resolução da identidade Operadores de projeção: Seja Definimos o operador: Propriedades um vetor de estado normalizado, 1 . P̂ a) Hermiteano: Pˆ† Pˆ b) Idempotente: Pˆ2 Pˆ Qˆ 1ˆ Pˆ operador de projeção complementar à Pˆ Pˆ Qˆ 1ˆ Pˆ Qˆ Qˆ Pˆ 0 Todo vetor de estado pode ser decomposto na soma de dois vetores ortogonais da forma: a P̂ a Qˆ a Se é tomado igual à um dos vetores de uma base ortonormal n : Pˆn a n n a Em particular a expansão: Pˆ a n n a Pˆ a n n n n n n n 1ˆ n relação de completeza Vamos exemplificar como os operadores introduzidos e a notação de Dirac facilitam os cálculos na MQ: i) Expansão de um vetor de estado a em termos de suas componentes na base n : a Pˆ a n n a n n n ii) Representação de um operador linear Xˆ na base n : Xˆ Pˆn Xˆ Pˆm n n Xˆ m m X nm n m n ,m n m n ,m Mudança de Base Duas bases distintas no espaço de vetores de estado: i i ˆ ˆ † 1ˆ Uˆ operador unitário Uˆ †Uˆ UU i Uˆ i i j j Uˆ i j U ji j j U ji j Uˆ i matriz unitária que representa Uˆ na base i Dado um “ket” qualquer, como se relacionam os coeficientes da sua expansão nas duas bases? a i i a i a i i a i i a U ji j a a U †a j a matriz coluna que representa o vetor a na base i a matriz coluna que representa o vetor a na base i Qual a relação entre as matrizes que representam um operador nas duas bases? Xˆ i i Xˆ j j Xˆ i i Xˆ j j i, j i, j i Xˆ j U ki k Xˆ l U lj k ,l X U † X U X matriz que representa o operador Xˆ na base i , X matriz que representa o operador Xˆ na base i , U matriz unitária que relaciona os vetores da base i os vetores da base i . com Observáveis. Autovetores e autovalores de um observável. Medidas na MQ: Postulados A probabilidade é sempre não-negativa e a soma das probabilidades de se medir todos os autovalores de um observável é igual a um; p(ai , a ) ai a 2 p(a , a ) a i i i Valor médio das medidas de um observável se o sistema está no estado |a: Aˆ Então: ai ai a a a 1 a ai p(ai , a ) a ai ai ai a i i Aˆ a a Aˆ a Generalização quando existe degenerescência: Caso não-degenerado a Pˆai a ˆ p(ai , a ) a Pai a 1/ 2 a Pˆ a 2 ai Pˆai ai ai projetor no estado ai Caso degenerado ˆ Calculamos as probabilidades como mostrado acima, onde agora Pai é o projetor no subespaço degenerado de autovalor ai : di Pˆai ai , k ai , k k 1 Probabilidade de numa medida do observável  de acharmos o valor ai : di p(ai , a ) a Pˆai a ai , k a k 1 2 Observáveis compatíveis. Conjunto completo de observáveis compatíveis. Como determinar uma base do espaço de vetores de estado? Observáveis compatíveis: Dois observáveis são compatíveis se Propriedades . Vetores da base ai , bl autovetores simultâneos dos observáveis compatíveis  e B̂ . Duas possibilidades: 1. Dado um par de autovalores de  e B̂ existe apenas um autovetor simultâneo de  e B̂ com esse par de autovalores. Nesse caso podemos rotular os estados da base pelos pares de autovalores, ai , bl , e os observáveis compatíveis  e B̂ são um conjunto completo de observáveis compatíveis. 2. Quando a multiplicidade permanece devemos achar uma série de observáveis compatíveis entre si, Aˆ , Bˆ , Cˆ , tal que dado o conjunto de autovalores desses observáveis existe apenas um autovetor simultâneo de Aˆ , Bˆ , Cˆ , de autovalores. Nesse caso, os observáveis compatíveis Aˆ , Bˆ , Cˆ , completo de observáveis compatíveis. com esse conjunto são um conjunto Como determinar uma base no espaço de vetores de estado?  e B̂ observáveis compatíveis Selecionamos os vetores da base fazendo medidas simultâneas dos observáveis  e B̂ . Probabilidade de nas medidas sucessivas acima acharmos os valores ai , bl : ai , bl Pˆai a Prob 1/ 2 a Pˆ a ai 2 a Pˆai a ai , bl Pˆai a 2 ai , bl a 2 Observáveis incompatíveis Medidas de observáveis incompatíveis Diagonalização. Solução da equação de autovalores para um operador hermiteano. Relações de incerteza Observáveis com um espectro contínuo Operador posição Translação. Operador momento – 3D.
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