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DOMINGO, 12/7/2009 I ECONOMIA & PAÍS I O DIA I 25 UANDERSON FERNANDES VIVA VOZ UBIRAJARA LUIZ corretor, 53 anos “Ainda tenho um bônus de R$ 2.500 para trocar” “Comprei um apartamento com a minha filha para investir no auge da crise e foi mais fácil negociar porque foi na planta. Consegui um preço justo e ainda garanti descontos de R$ 5 mil para abater na parcela das chaves, além de um bônus de R$ 2.500 para utilizar na Americanas. com, por pagar em dia. Demos um sinal e a partir de março começamos a pagar parcelas fixas de R$ 372 durante a obra. Quando recebermos as chaves, vamos financiar com o banco”. No auge da crise, o corretor Ubirajara comprou um imóvel na planta, na Vila da Penha, por R$ 203 mil. Ele está muito satisfeito com o negócio Descontos e prêmios para bons pagadores Construtoras oferecem vantagens até para quem não atrasa prestações durante a obra uem compra imóvel na Q planta ou em construção consegue negociar valor mais em conta e, se paga em dia durante a obra, tem direito a desconto na entrega das chaves, além da adimplência premiada. Ou seja, o financiamento bancário será aprovado automaticamente. A MDL Realty, por exemplo, oferece descontos de 12% no Residencial Facile, em Jacarepaguá. O empreendimento, com 259 apartamentos de dois e três quartos, fica na Estrada dos Bandeirantes. Unidades custam a partir de R$ 100 mil e podem ser financiadas em até 30 anos. Já a Rossi Residencial premia com descontos na parcela das chaves. O corretor Ubirajara Luiz Camaragibe, 53 anos, será um dos contemplados. Ele vai receber R$ 5 mil de bônus e vai abater no valor de R$ 12 mil das chaves — ou seja, pagará apenas R$ 7 mil. Segundo o presidente da Patrimóvel, Rubem Vasconcelos, os preços dos imóveis estão iguais aos praticados quando a crise mundial estourou: “O mercado já se recuperou do susto e a expectativa é de um segundo semestre com força total. Por isso, poderá ocorrer um ajuste nos preços, necessário para produção”. O gerente do Grupo Empresarial Fernandes Araujo, Marcus Vinícius Pinto, informa que também está trabalhando com os mesmos valores de 2008. “As casas no Residencial Victoria, em Campo Grande, custam R$ 125 mil e são financiadas pela Caixa Econômica Federal. Tenho unidades pron- tas e em construção. Há fila de espera”, garante o gerente. De acordo com o diretor da Estrutura Consultoria Imobiliária, Fábio Mello, as constantes quedas nas taxas de juros do financiamento imobiliário fazem com que um número maior de pessoas tenha acesso à compra do imóvel. Além dis- so, o prazo de pagamento ampliado para até 30 anos permite que a prestação se adapte ao orçamento familiar. “Os imóveis até R$ 130 mil que se enquadram no programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ têm impulsionado o mercado, por conta da grande demanda por essas moradias”, diz Mello. Ações para atrair novo comprador > A implantação do pro- grama ‘Minha Casa, Minha Vida’, a partir de abril, trouxe mais segurança para as pessoas que estavam interessadas na compra do imóvel. Segundo o diretor de vendas da Rossi Residencial, Marco Adnet, a postura do comprador mudou e foi comprovada com a melhora nas vendas. A Rossi se prepara para construir 15 mil unidades no País pelo programa. No Rio de Janeiro, serão 3 mil imóveis, com preços de até R$ 130 mil. Para atuar no segmento, a empresa criou a marca Rossi Ideal. “Hoje, o produto econômico é a bola da vez, por isso temos que adaptar o modelo de venda ao novo segmento, que se assemelha ao praticado pelo varejo. Montamos uma loja no Nova América, já com esse conceito de estar sempre próximo dos clientes. Estamos estudando estratégias para a nossa equipe de vendas e a Basimóvel, imobiliária parceira em várias lançamentos”, explica Adnet. Para o diretor, esse segmento está reagindo mais rapidamente. Já projetos voltados às classes média e de alto padrão reagem mais lento.