Rádio Universidade de Santa Maria
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Rádio Universidade de Santa Maria
Este "Especial" não tem a intenção de fazer uma cobertura jornalística do evento, mas sim um simples registro de participação do Grupo Cantadores do Lioral. Entretanto, procura-se repassar informações sobre tudo que envolve a realização do festival. Jurados: Beto Bollo, Clea Gomes, , Marco Araujo, Paulo de Campos e Vinícius Brum. Produção: Jassira Castro e Rosa Casarin - Organização: Conceição Janicsek "Cantadores do Litoiral e o Legado Afro-Açoriano" é o espetáculo do evento, no dia 11.10.2005 - veja as fotos Acompanhe a transmissão ao vivo: Rádio Universidade de Santa Maria - (Winamp) o u Rádio Rural de Porto Alegre - (Real Player 8) Conhecendo a cultura açoriana Através dos vínculos, veja alguns aspéctos sobre a história e a cultura, açoriana. Reportagem do Jornal Canadense "O Mundial" de 01.11.2005 Veja como foi o evento, através das fotos na página preta (Ilha do Corvo) O resultado do II Rio Grande Canta os Açores estpa na página azul (Ilha Faial) Veja, na página castanha (Ilha de São Jorge), a Ordem de Apresentação e o horário da equalização Trabalho escolar sobre a Imigração Açoriana, na página cor-de-rosa (Ilha das Flores) Veja, na página branca (Ilha Graciosa), a mensagem do Sr. Presidente do Governo Regional dos Açores. Leia também todas as letras, na página lilás (Ilha Terceira) Veja a programação do evento na página vermelha (Ilha de Santa Maria) Saiba quem são os homenagados na página cinza (Ilha do Pico) Saiba mais sobre algumas ilhas ao recordar a viagem de representantes dos Cantadores do Litoral aos Açores Tenha informações completas sobre cada ilha do arquiélago 08.10.05 Todo o mundo vai acompanhar om transmissões pela Internet, o Festival "O Rio Grande Canta os Açores II" poderá ter seu áudio espalhado pelo mundo pelas rádios Brava FM de Capão da Canoa, Universidade de Santa Maria e Rural de Porto Alegre, dia 11 a partir das 20h (horário brasileiro). Existe a possibilidade de que essas rádios autorizem vínculo (link) nos portais www.viaoceanica.com (Açores), www.cantadoresdolitoral.com.br (Brasil) e www.aguarelaportuguesa.com (Canadá). Músicas prontas Todos os participantes convidados já entregaram as gravações de suas músicas compostas especialmente para o festival temático. 03.09.05 Música Inventario Açoriano Açorita e Brasileira Novos Açorianos Compositores Intérprete Dado Jaeger - Hercules Greco Carlos Madruga - Rodrigo Bauer Mauro Marques - Nilo Brum Casio Ricardo - Renato Jr Maria Helena Anversa Flavio Hansen Kako Xavier Renato Junior Coração Afro-Açoriano Velas Mar Amor de Alem -Mar Rio Grande Portugues Coração Afro-Açoriano Império do Divino Coração Açoriano Pra Navegar Edson Vieira - Cláudio Amaro - Dani DK Heleno Cardeal - Lanes Cardeal Neto Fagundes Cilon Ramos-Nilton Jr-Adriano Sperandir Erlon Pericles Pedro Guerra-Vaine Darde Carlos V.Gomes-C.Quevedo-Felipe de Souza Rodrigo Munari Chico Saga-MárioTressoldi Grupo Status Mauricio Marques Neto e Tiago Ferraz Adriana Sperandir Pirisca Loma Cristiano Quevedo Enzo e Rodrigo Lúcio Pereira Airton Pimentel Airton Pimentel será um dos homenageados dentre os "Imortais da Música" no II Rio Grande Canta os Açores que acontece em Capão da Canoa de 8 a 11 de outubro. 31.08.05 Convite O cantor Victor Hugo é o convidado especial dos Cantadores do Litoral para participar do show do II Rio Grande Canta os Açores cantando Minha Tirana Açoriana (aquela que não rodou na novela da Globo). O show será gravado pela Rede de Televisão Portuguesa Internacional em Capão da Canoa no dia 11 de outubro. Victor Hugo será também uma das personalidades homenageadas pelo evento. 23.08.05 II Rio Grande Canta os Açores O festival temático que teve sua primeira edição em Porto Alegre, em 2003, agora será realizado em Capão da Canoa no dia 11 de outubro. Os shows já previstos são Catuipe Júnior e Banda, os Cantadores do Litoral e a atração internacional é a cantora açoriana (canadense) Maria do Anjos. Entre os concorrentes participantes estão Chico Saga e Mário Tressoli, Marco Aurélio Vasconcelos, Renato Júnior e Cássio Ricardo e Vaine Darde, Neto Fagundes, Cilon Ramos, Adriano Sperandir e Nilton Júnior, Enzo e Rodrigo, Dado Jaeger e Hércules Grecco. Entre os homenageados a historiadora Vera Macial, o folclorista Mozarte Pereira, o cantor Victor Hugo e o compositor Arton Pimentel. Os integrantes da comissão de avaliação são: Beto Bollo, Clea Gomes, , Marco Araujo, Paulo de Campos e Vinícius Brum. O evento é gravado pela Rede Portuguesa de Televisão. 29.07.05 Cantadores do Litoral Pela repercução do 1º O Rio Grande Canta os Açores que aconteceu em Porto Alegre em outubro de 2003, quando toda a comitiva açoriana subiu ao palco, cantou e se emocionou junto com o Grupo Cantadores do Litoral, o grupo estará em Capão da Canoa para o show do II Rio Grande Canta os Açores em 11 de outubro. Veja as fotos 20.07.05 . 2º Rio Grande Canta os Açores Já está confirmada a segunda edição do festival que tem como tema especifico a música afro-açoriana. Será dia 11 de outubro em Capão da Canoa. Como na primeira edição, que aconteceu em Porto Alegre, o evento terá a transmissão da RPT Internacional (Rede Portuguesa de Televisão), show dos Cantadores do Litoral e, concorrendo, estarão os maiores nomes do estado entre eles: Maria Helena Anversa, Renato Júnior, Dado Jaeger, Loma, Mário Tressoldi, Marco Aurélio Vasconcelos, Neto Fagundes e Hércolis Grecco. A realização é viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura da Secretaria de Estado da Cultura. Página Verde em homenagem à Ilha de São Miguel 13.07.05 www.cantadoresdolitoral PROGRAMAÇÃO Domingo 09/10 18h Abertura 18h15min Grupo Charamba 18h30min CTG João Sobrinho 19h Grupo Vidança 19h50min Premiação desenhos do festival 20h Show Catuipe JR Segunda-feira 10/10 9h Oficina Escamas de Peixe 14h Credenciamento Músicos 15h Passagem Som 19h30min Assinatura Protocolo de Ações Conjuntas : Casa dos Açores RS/ Prefeitura Capão da Canoa20h Grupo Província do Quero-Quero (Casa dos Açores) 20h30min Homenagens Parceiro Cultural Lojas Colombo Imortal Lílian Argentina - Pesquisadora Imortal Glenio Reis - Radialista Imortal Vera Barroso - Historiadora-Escritora Imortal Airton Pimentel Músico 22h Shows Cléa Gomese Carlos Catuype Maria dos Anjos (Canadá) Terça 11/10 10h /18h Passagem som 20h Abertura 20h05min Destaque Cultural Capão da Canoa Trofeu Brava Gente 20h10min Inicio Festival 22h10min Destaque Imortal dos Festivais do RS: Victor Hugo 22h20min Show Cantadores do Litoral 23h Premiação Página vermelha em homenagem à Ilha de Santa Maria www.cantadoresdolitoral Inventário Navios, velame enfunado Cruzando o mar oceano Sonhando com a vida farta Vêm os casais açorianos De São Miguel, de São Jorge Do Faial, gente briosa Eles são de toda parte Da Terceira, da Graciosa Levamos muita esperança E tudo nela se encerra Um futuro de abastança Nas bandas da nova terra. Ao Brasil a nossa força E o rol do que é necessário A saudade que vem junto Faz parte deste inventario As esperanças são tantas O vento se atrela nelas Se vem saudade se canta O canto é que empurra as velas Uma espingarda, um machado Facas, enxadas, tesouras Enxó, martelo e serra Com travadora e lima Dois alqueires de semente Duas vacas e uma égua Boa terra para o amanho De sol a sol e sem trégua. Letra; Hercules Grecco Musica:Dado Jaeger Interprete Maria Helena Anversa Novos Açorianos Há um "que" de oceano Inundando nossas veias. Há um certo navegante A viver dentro de nós. Há um sonho imigrante, uma força que nos leva a erguer de pronto as velas pra buscar no vento os nós ... Há certeza em nossos olhos, Incerteza no horizonte. Há vontade de ser rio... Se lançar de vez ao mar. Há passado em nossos filhos, Há futuro nos avós, E presente "cá" no peito - Coração de além-mar Somos novos açorianos Povoando nova "ilha" Semeando mil Impérios Sob as bênçãos do Divino. Somos novos açorianos Filhos (Vindos) da mesma família Que um dia ergueu as velas Pra cumprir o seu destino. Que um dia ergueu as velas E traçou nosso destino. Letra:Renato Jr Musica: Casio Ricardo Interprete: Renato Jr O Mar Eu vim da fronteira sorriso na cara coração dispara Açoriano Tenho lembranças do alem mar desconhecido, Que,estranhamente,sempre teimam em chegar... É o sangue ilhéu,que existe em mim e, adormecido, Sonha com Açores e, pra casa, quer voltar. Meus bisavós, meus tetravós, os açorianos, Que perseguiram seu futuro sobre o mar, Estão em mim, sangue e suor,ano após ano, Talvez por isso nunca temo navegar. Surgem casais no limiar da nossa raça, Vem do Arquipélago semear sonhos e amor, Por isso tenho essa saudade que não passa, Tino viageiro e vocação pra pescador. O sol do mar, a chuva fria dos agostos, Canoa n'agua, e a semente muda o campo; Sombra do abeiro, o chapelão, protege o rosto, E o passo certo deixa o rasto dos tamancos! Trago das ilhas ,muito mais do que a paisagem, A decisão de construir o meu destino, Trabalho oleiro de tijolo e de coragem, Iluminado pelas bênçãos do DIVINO! A minha infância volta em fundas de forquilhas, Pião no tempo que não para de rodar... Sou açoriano, de lembranças andarilhas Que, estranhamente, sempre teimam em chegar! Letra: Rodrigo Bauer Musica: Carlos Madruga Interprete: Flavio Hansen Açorita e Brasileira A chimarrita é flamenga Mas morou lá na Madeira Espalhou-se nos Açores E se tornou brasileira Ela andou de ilha em ilha Navegando a vida inteira Chimarrita vem do mar Por isto não vê fronteira Chimarrita veio junto Co'as folias do Divino Entrudo, ternos de reis Cantigas ao Deus-Menino Vieram também por mar De braço com a chimarrita Folguedos de junho e julho E a dança do pau-d e-fita Nove jóias do Atlântico Pico, Graciosa e Faial São Jorge, Santa Maria Flores, Corvo e São Miguel E por ser a preferida Eu deixei por derradeira A jóia mais burilada Se chama Ilha Terceira Letra: Nilo Bairros de Brum Musica: Mauro Marques Interprete: Kako Xavier Coração Afro-Açoriano (2) Quem vem lá? Quem vem lá? Dois caminhos,dois mundos, Dois reinos cruzando o mar. Quem vem lá? Quem vem lá? Caravelas, navios negreiros, Rumo ao mesmo lugar. Viagem de sonho,esperança... Viagem de canto, de dança, suor... Raízes buscando outras terras, Futuro melhor... Viagem de dor e tristeza, O pranto aincerteza, No olhar de quem não sabe, O que virá... quem vem lá? Surgiu do lamento um sorriso. O que foi preciso pra vida mudar Culturas e crenças O Sangue , a cor , o cantar... A vida mostrou Que o destino traçou o seu plano: Um coração Afro-Açoriano Quem vem lá? Letra e Musica: Edson Vieira/Cláudio Amaro/Dani DK Interprete: Grupo Status Amor de Além Mar Um infinito azul ... Velas A dor que vem do mar é dor imensa Mexe com a crença de quem crê e teme o mar. Netuno para gregos e troianos... Meu Deus romano cobra muito e pouco dá! O medo que meu Deus botou nas águas Me põe angústias de partir ou de ficar! Do outro lado, quase tudo é incerteza... Sonhos e medos que me apontam para lá! Velas, velas, ventos e o mar... Levo mágoas e esperanças Me vou que tenho um mundo por buscar! Fraldas ao léu, já bem longe da Terceira Levando juras pra meu Deus apaziguar Em naus e velas, rumo a terra prometida Queimando ceras por um cais, hei de encontrar! Letra: Heleno Cardeal Musica: Lanes Cardeal Interprete: Mauricio Barcelos Rio Grande Português daqui a algum tempo estou perto do mar Foi Deus quem nos deu o céu e o ar pra lavar nossa alma deu a água salgada do mar o sol que bronzeia a pele macia Anuncia o dia depois dorme tranqüilo no mar vou pra beira da praia só pra te namorar e as estrelas parceiras se olham faceiras no espelho do mar Iemanjá,Iemanjá que lugar poderoso foi o que escolheste pra morar Com as bênçãos de Deus Na terra e no mar Eu enfrento as tormentas com a força divina que irá me ajudar Letra e Musica: Neto Fagundes Interprete: Neto Fagundes e Estado das Coisas Coração Açoriano Naveguei pro outro lado do oceano Naveguei só... Trouxe na mala muitos sonhos tantos planos Naveguei só... Separando insulanos corações O mar ... Ondas que vem de lá Deixam marcas com os bodos da paixão de quem ficou A esperar um paraíso Em um quarto de légua Prometido a quem sonhar Novo mundo, novo lar ... Amor de além mar Que se achega aqui Mova toda fé Do teu ilhéu Que só tem a ti Pra relembrar e quando a noite Surgir lá no céu Um cruzeiro vai brilhar E sua luz vai refletir Aqui e lá ... Quando a saudade vem Faz lembrar a intuição Que o fez seguir pra cá Vem construir um cais Pra ancorar o seu destino com alguém Que lá ficou E fazer da sua estrada O caminho das águas Rota pra recomeçar Novo açores vislumbrar Música: Nilton Jr. e Adriano Sperandir Letra: Cilon Ramos e Nilton Jr. Intérprete: Adriana Sperandir Nos porões da memória Esta guardada a historia Que hoje vou contar A cultura açoriana Trouxe a nossa terra Heranças de alem mar... Assim encheu o pampa De crenças e danças, Fez dele seu lar, Cultivou a esperança, E deu um novo brilho A luz de cada olhar. Doa avós açorianos Herdei essa imagem De paz e amor, Casais que aqui chegaram, Trazendo esperanças E sonhos em flor Souberam com firmeza Seguir caminhando Na guerra e na paz, Escrevendo com glória Parte dessa historia Que hoje a gente faz Povo de Alma Açoriana Rio Grande Português, Rio Grande dos rodeios E dos Terno de Reis! Nossa herança açoriana, legado dos avós, O sentimento existe E esse amor reside Em cada um de nós. Império Do Divino Meu coração açoriano traz lembranças de além-mar ele é a casa de Maria, é uma estrela a me guiar meu coração açoriano não se cansa de mostrar que do outro lado do oceano minha vida pode melhorar Vai navegando coração num mar de sonhos quanta esperança eu carrego junto a ti e a cada instante tua voz é quem me guia dia após dia, desde o dia em que eu parti Este Império do Divino Que trago no coração É um império peregrino De saudades do meu chão. A bandeira segue em frente E com ela eu vou também; Nesta terra diferente, Que me oferta o que ela tem. Tem um bodo de lembranças Neste império que criei; O divino me ensinando, As verdades que não sei, Minha lama foi adiante, Começou a procissão... E eu que edstava tão sozinho. Me encontrei na multidão. Autor: Rodrigo Munari Intérprete: Enzo e Rodrigo Pra Navegar Içar as velas e sair pra navegar, Ser parte viva do oceano, Singrar o tempo que encurtou essa distancia, Nessa constante travessia... Levaram dias pra poder ancorar Então compôs a grande historia, De um povo ilhéu que apostou num continente E fez de tudo poesia. Prosperar no novo mundo e proliferar, Revolver a terra ,conhecer,transpor Cultivar a fé pra nunca desistir E vencer avisa seja onde for. Reviver a aventura de aqui chegar E encontrar um mundo quase tão igual, Ver as ilhas que ficaram a esperar, Navegando nesse mundo virtual. ligar a tela então conectar, Ser malha viva de uma rede. Teclar o mundo na distancia de um segundo, Com mega bits de alegria. Um vôo breve pra reencontrar, Antigos sonhos de futuro. De um povo ilhéu que apostou num continente E vence um pouco a cada dia. O meu chão, Ilha Terceira, Também vive por aqui; Nos amores que plantei, Nos momentos que vivi. Arquipélago dos sonhos, Que me levam para lá; Sonhos lindos e açorianos, De quem veio fazer lar! Hoje o sopro do divino Vem mostrar os seus sinais Vem cantar coisas de um povo, Que ousou sonhar demais. Este império que carrego É lição de fé e amor, Onde o Espírito Santo É o divino imperador. Este império é um refugio, Onde me guardo pra mim; Uma coroa de prata Traz as luzes de onde vim. Sinto um jeito de folia Nesta paz que disse sim. Vou sonhar pra eternidade, Que este sonho não tem fim! Letra: Carlos Omar Villela Gomes Musica: Cristiano Quevedo e Sabani Felipe de Souza Intérprete: Cristiano Quevedo Letra e musica Erlon Péricles Interprete: Pirisca Greco Coração Afro-Açoriano Plenilúnio litorâneo Nos teus olhos dos Açores Guardam luas na lagoa Pra encantar os meus amores. Coração afro-açoriano: Percussão de maré cheia, Bate igual as mãos das ondas, Sobre a pele das areias. Pele negra, pele clara, Somos nos mesclando cores, Um tambor e uma guitarra, Em cantiga de louvores. Esta costa mais bonita, Este mar que nos dá pão, Se fizeram mais sonoros Desde a nossa união. Hoje o litoral se enfeita, Canta pra nos festejar Com batuques de quilombos, E cirandas de alem mar Letra: Vaine Darde Musica: Pedro Guerra Interprete: LOma Letra e musica Mario Tressoldi e Chico Saga Interprete: Lucio Pereira Página lilás em homenagem à Ilha Terceira www.cantadoresdolitoral Ordem de apresentação: 1) Inventario 2) Açoriano 3) Rio Grande Português 4) Novos Açorianos 5) Coração Afro-Açoriano (2) (Status) 6) Velas 7) Amor de Alem Mar 8) Açorita e Brasileira 9) Coração Afro-Açoriano 10) Imperio do Divino 11) Coração Açoriano 12) Pra Navegar 13) Mar EQUALIZAÇÃO: 1. 9h30min 2. 10h30min CANTADORES DO LITORAL PRA NAVEGAR 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14. 11h 11h30min 13h 13h30min 14h 14h30min 15h 15h30min 16h 16h30min 17h 17h30min 20 horas AMOR DE ALÉM MAR NOVOS AÇORIANOS CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO VELAS AÇORIANO CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO 2 RIO GRANDE PORTUGUÊS IMPÉRIO DO DIVINO CORAÇÃO AÇORIANO INVENTÁRIO AÇORITA E BRASILEIRA MAR INÍCIO DO FESTIVAL Página castanha em homenagem à Ilha de São Jorge www.cantadoresdolitoral TROFÉU IMORTAIS Homenageados: Vera Macial Barroso (historiadora) Lilian Argentina (folclorista) Airton Pimentel (compositor)... ...Glênio Reis (radialista) ..Victor Hugo (cantor) Página cinza em homenagem à Ilha do Pico www.cantadoresdolitoral Jurados: Beto Bollo Vinícius Brum Cléa Gomes Marco Araujo Paulo de Campos RIO GRANDE PORTUGUÊS Erlon Pericles Pirisca Greco AMOR DE ALÉM-MAR Cilon Ramos - Nilton Jr - Adriano Sperandir Adriana Sperandir AÇORITA E BRASILEIRA Mauro Marques - Nilo Brum Kako Xavier CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO Vaine Darde - Pedro Guerra Segundo Lugar Loma IMPÉRIO DO DIVINO Carlos V.Gomes - C.Quevedo - Felipe de Souza Cristiano Quevedo CORAÇÃO AÇORIANO Rodrigo Munari Enzo e Rodrigo PRA NAVEGAR Chico Saga - MárioTressoldi Lúcio Pereira NOVOS AÇORIANOS Cássio Ricardo - Renato Jr Terceiro Lugar Renato Júnior Página preta em homenagem à Ilha do Corvo www.cantadoresdolitoral Página branca em homenagem à Ilha Graciosa www.cantadoresdolitoral PREMIAÇÃO: Primeiro Lugar CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2) - GRUPO STATUS Edson Vieira, Cláudio Amaro e Dani DK Segundo Lugar CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO - LOMA Vaine Darde e Pedro Guerra Terceiro Lugar NOVOS AÇORIANOS - RENATO JÚNIOR Renato Jr e Cássio Ricardo Melhor Tema Afro-Açoriano CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2) Melhor Arranjo CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (2) Melhor Poesia CORAÇÃO AFRO-AÇORIANO (Vaine Darde) Melhor Intérprete Maria Helena Anversa (Inventário) Melhor Instrumentista Maurício Marques (Velas) Música Mais Popular Mar Página azul em homenagem à Ilha Faial www.cantadoresdolitoral COMO OCORREU A IMIGRAÇÃO PORTUGUESA NO BRASIL O início da história da imigração portuguesa está ligada às descobertas marítimas. Para Portugal o mar era a única maneira para expansão já que era impossível crescer em relação à Espanha, país mais rico e mais forte. Desde o séc. XV, a nação portuguesa lançou-se na aventura das descobertas. Assim, depois de algumas descobertas portuguesas, em 1432 Gonçalo Velho descobriu as primeiras ilhas dos Açores. Conseqüentemente os portugueses iniciaram explorações nas Américas. Em 22 de abril de 1500, Pedro Álvares Cabral avistou as terras do Brasil. Primeiramente as migrações para as terras brasileiras foram desprezadas, porém muitos portugueses continuaram a migrar, se estima que em 1580 a população branca estava em 12 e 1500 pessoas. Os fidalgos, ou elementos da nobreza peninsular chegavam aqui como donatários, sesmeiros ou senhores de engenho. Os portugueses de baixa renda vinham para cá em busca de fortuna, de aventura ou mesmo para cumprir pena. Porto Alegre, capital gaúcha, metrópole do sul do país, foi colonizada pelos portugueses em sua maioria, absorveu a cultura européia de Montevidéu e Buenos Aires pela proximidade geográfica. Nos séculos XVI e XVII, os jesuítas iniciaram a pecuária na região das Missões. Os jesuítas e índios com o convívio assimilaram vários hábitos. O churrasco e o chimarrão dos índios, se mesclaram com os costumes dos europeus. AÇORES Região autônoma de Portugal, é um arquipélago do Oceano Atlântico, a meio caminho entre Portugal e EUA. É formado por 9 ilhas: Santa Maria (ilha vermelha), São Miguel (ilha verde), Terceira (ilha lilás), São Jorge (ilha Castanha), Graciosa (ilha branca), Pico (ilha cinzenta), Faial (ilha azul), Flores (ilha cor-de-rosa) e Corvo (ilha preta). Logo após seu descobrimento pelos navegadores portugueses, o arquipélago começou a ser povoado e a ser aproveitado como ponto de parada para as caravelas que navegavam pelo Atlântico. Devido ao seu desenvolvimento comercial, o arquipélago dos Açores atraía muitos portugueses que lá iam morar. Contudo, pouco a pouco, o arquipélago começou a ficar superpovoado isto é, com mais população do que oportunidade de emprego. Assim, muitos açorianos coram-se obrigados a imigrar, procurando novas terras onde pudessem se estabelecer e trabalhar, vindo principalmente para o Brasil. AÇORIANOS NO BRASIL A imigração de casais açorianos para o Brasil começou no séc. XVII, quando famílias constituídas por 219 pessoas embarcaram no dia 29/03/1677, no barco Jesus, Maria e José em Horta, Ilha de Faial, com destino ao Grão Pará, atual estado do Pará. Em 1747 o rei de Portugal sentindo a necessidade de povoar as terras meridionais, lançou um edital convidando casais açorianos para virem para o sul do Brasil (SC e RS), pois enquanto no sul o império português se defrontava com o problema de possuir muita terra para pouca gente, nas Ilhas dos Açores a situação era inversa: havia muita gente para pouca terra. Assim, a decisão da coroa portuguesa de promover a imigração de açorianos representou a solução de dois problemas: aliviou a pressão populacional nas ilhas e garantiu ao sul um povoamento mais denso, que seria a melhor maneira de garantir a posse de terra. A imigração de casais açorianos foi feita a partir de 1748, calcula-se que entre 1748 e 1756, entraram no RS aproximadamente 2300 açorianos (o que representava dois terços da população gaúcha). Se localizaram ao longo do litoral e da depressão central: LITORAL - Rio Grande, Estreito, Mostardas, Conceição do Arroio (Osório); DEPRESSÃO CENTRAL - Viamão, Morro de Santana, POA, Taquari e Rio Pardo. Os açorianos que se estabeleceram nas terras gaúchas lutaram nos primeiros tempos com muitas dificuldades porque o governo português não cumpria com as promessas feitas. A imigração continuou no séc. XX. Ainda hoje nos estados de SC e RS, há sinais evidentes da presença açoriana, não só na arquitetura, mas também nos usos, costumes e tradições. A cidade de POA é um exemplo dos bons resultados da colonização açoriana. As principais atividades exercidas de acordo com a região onde se fixavam por exemplo no RS e SC praticavam a agricultura, Minas Gerais era a extração mineral, etc. Atualmente, vivem no Brasil mais de um milhão e 200 mil portugueses, grande parte constituída por açorianos e seus descendentes. A LITERATURA AÇORIANA ESCRITA E FALADA Os açorianos e seus descendentes sempre foram muito criativos no seu saber popular, eram hábeis na improvisação de versos, de onde surgiam verdadeiros poemas e mensagens de amor ou crítica. A literatura escrita era muito apreciada, pois eram poucos que sabiam ler e escrever. PÃO-POR-DEUS: é uma brincadeira popular, o pão-por-deus era uma prova de amizade ou de amor em que se pedia uma prenda, presente, casamento, namoro. A pessoa que recebia o coração pedindo um pão-por-deus tinha o dever de retribuir com um presente. O receptor as mensagens deve descobrir através dos pedidos quem o escreve. QUADRAS POPULARES - é uma das formas de se expressar a poesia com estrofes de quatro versos. "Eu era pequenina bem feitinha e delicada da cintura Não sei que sorte é essa que amor pra mim não dura Amor por ti não porque és muito namoradeira Se tu namorasse um só, não ficarias solteira." "Enquanto nos Açores existia o problema de superpovoação No Brasil nós enfrentávamos Uma grande desocupação." "Os açorianos vieram de longe e aqui chegaram para ficar Trouxeram muitos costumes Para conosco compartilhar." TROVAS - importante manifestação da cultura do sul do Brasil. Nos Açores é chamada de velhas, é um desafio entre dois trovadores, onde se compõem versos de improviso. "_amigo meu companheiro Você diz que trova bem Vinte com trinta são cinqüenta Com mais cinqüenta são cem Eu hoje vou te mostrar O veneno que a cobra tem" "_o veneno que a cobra tem A cobra enxerga demais, Na hora que tu correr, Eu saio correndo atrás DITADOS POPULARES - é a forma de expressar a sabedoria popular, incluída uma mensagem figurada. "Burro carregado de livro não é doutor". "Nada como um dia após o outro". "Antes um pássaro na mão que dois voando". "Os burros falam, os sábios calam". CAUSOS - Uma narrativa de fatos engraçados, burlescos, mentirosos, que eram contados quando as pessoas se reuniam durante festas da família. Obs: Grande número de locuções hoje usadas no RS tem origem açoriana. O tratamento "tu", que entre os gaúchos substitui o você, reflete influência de modismos de linguagem ilhéus. GASTRONOMIA A comida popular açoriana é simples, dentre os temperos mais usados têm-se: o alho, a cebola, a pimenta do reino e malagueta, o cravo e a canela, o louro, a salsa, a cebolinha, o orégano, a hortelã, etc. Muitos hábitos alimentares trazidos pelos açorianos foram modificados, devido às mudanças de produtos básicos da alimentação. Essa mudança gerou uma nova gastronomia, que tinha como elemento comum os temperos usados. Sendo assim, os açorianos se dedicaram à agricultura e à pesca, desenvolvendo engenhos de farinha de mandioca e de açúcar. Algumas adaptações dos hábitos alimentares: A substituição da farinha de trigo pela de mandioca e do pão pelo beiju e o cuscuz. Os temperos mais usados permanecem basicamente os mesmos, porém o cravo e a canela não são utilizados em pratos de carnes e peixes, como nos Açores. Não utilizamos algas na alimentação, como nos Açores. Persiste o angu de milho, temperado com açúcar, cravo e canela. Persiste a sopa de feijão cozido com verduras e tubérculos. A gastronomia envolve produtos de origem agropecuária, frutos do mar e pescados, bem como bebidas. A maior parte das receitas agrícolas estão relacionadas à farinha de mandioca, milho e feijão, produtos básicos de sua alimentação. Receitas e iguarias agrícolas: CUSCUZ: tem como principais ingredientes as farinhas de mandioca e de milho. ROSCA DE POLVILHO: tem como principal ingrediente o polvilho escaldado. BEIJU: é uma massa de mandioca com açúcar. PAMONHA: é feito com milho moído. ROUPA-VELHA DE CARNE NO FEIJÃO: era colocada em uma frigideira a sobra da carne do feijão e fritada com banha de porco, comia-se com o pirão de feijão. Além de receitas citadas a cima, fazem parte da gastronomia açoriana também: o rosquete, pão de ovo, pão de aipim, tapioca, pão de milho, broa de polvilho, bolinho de fubá. Receitas com produtos do mar: Moqueca de bagre Tainha assada com pirão Tainha assada recheada Caminho de veio Cortapaço Receitas de bebidas: Licor de amora Licor de laranja Gasosa de abacaxi RELIGIOSIDADE Podemos afirmar, com muita segurança, que uma das marcas mais expressivas que a cultura portuguesa levou ao Brasil é a religiosidade. O culto ao Divino Espírito Santo é a expressão religiosa desta cultura que está praticamente em todos os recantos do nosso país. Esta festa vem de épocas remotas Instituída em Portugal, pela Rainha Isabel, no século XVI, para cá imigrou com os colonos portugueses, e também pelos jesuítas, que por meio dela conseguiram atrair negros e índios para o seu credo. A Festa do Divino é a festa da fartura e da prodigalidade, e o seu maior motivo é que o Espírito Santo abençoe com seus dons e dádivas, proteja as terras com boa colheita, mas para isso é preciso que haja muito pão, carne e vinho. Nos dias de hoje, essa festa traz muitos recursos para algumas paróquias que acabam dependendo dos recursos arrecadados, já que os Estado, depois da Proclamação da República deixou de manter a Igreja. Ao longo dos anos essa festa sofreu influências de várias outras etnias, e misturou-se com os costumes do povo brasileiro. Outra manifestação de fé, era os pagamentos de promessas, assumidos pelos fiéis em troca de alguma graça recebida. Mesa dos inocentes: é uma promessa que consiste em reunir os inocentes para uma mesa, onde são servidos doces, bolos e guloseimas. A mesa é feita com 12 crianças de idade inferior a 7 anos. Massas: quando alguém tinha problemas de saúde (braço quebrado ou dores no corpo), era feita uma massa muito gostosa, com o formato da parte doente do corpo. Essa era leiloada em novenas da Igreja. O dinheiro era doado para o Sant. O ganhador mandava entregar a massa a alguém de quem gostasse, este por sua vez comia a massa durante a festa. DANÇAS São inúmeras e variadas as danças de base cultural açoriana existentes, que refletem influências culturais diversas: luso-açoriana, africana, italiana, cigana, etc. FANDANGO - dança de salão associada ao bailado de tamancos. Dança rápida,cantada e sapateada, fortemente ritmada, tem origem espanhola. Também aparece no meio rural português, sem canto, apresentado ao som da viola ou da sanfona. DANÇA DE SÃO GONÇALO - conhecida por fandango de São Gonçalo, é uma dança religiosa que teve origem em Portugal e foi trazida pelos imigrantes, é dançado sempre aos pares e o violeiro faz versos de improviso. CHAMARRITA ou CHIMARRITA - é uma moda muito alegre e rapidinha, tipo um valsado na ponta dos pés. A dança de chamarrita é muito praticada nos centros de tradições gaúchas, sendo uma das contribuições açorianas à cultura do Rio Grande do Sul. QUADRILHA - é uma dança com movimentos coreográficos que lembram diversas danças açorianas. A formação de pares, colunas, túnel, cruzamentos, vitalizam a coreografia. É uma dança de salão atualmente realizada nas festas junina das escolas. RATOEIRA - dança típica de roda que embalava as comunidades, ao som das cantorias e versos de improviso, com a participação sucessiva de seus integrantes, que iam ao interior da roda tirar seus versos, sejam espontâneos ou em resposta a versos provocativos a eles dirigidos. PAU-DE-FITA - é uma dança em homenagem á fertilidade da natureza, formada por dançarinos, tendo ao centro um pau-de-fita colorida que representava a árvore e seus frutos. A dança consiste em trançar as fitas e depois desfazer o trançado, ao ritmo da cantoria. FOLGUEDOS São manifestações folclóricas marcadas por coreografia livres, em que os movimentos dos praticantes, a musicalidade e as cantorias, quando existem, refletem a criatividade e a improvisação. Quase todos os folguedos, de fundo profano ou religioso, são de origem açoriana ou resultara, de práticas dos descendentes açorianos. MALHAÇÃO DE JUDAS - no sábado de Aleluia, era muito comum fazer a malhação de Judas. Fazia-se um boneco representando o Judas, amarrava-se num poste, pegava-se um pau, malhava-se o Judas e depois se queimava. Malhavam quem vinha na cabeça: pessoas da comunidade ou políticos. TERNO DE REIS - é uma manifestação folclórica e cultural, através da qual um grupo de pessoas, sai às vésperas do Natal, Ano-Novo e no Dia de Reis, nas portas das casas, cantando e anunciando o nascimento do Menino Jesus, exaltando sua Divindade. CANTORIAS DO DIVINO - são cantorias que homenageiam o Espírito Santo, saúdam e agradecem as ofertas à bandeira, quando se visitam as famílias de casa em casa. Um grupo de terno costume cantar nestas casas. FARRA DO BOI OU BRINCADEIRA DO BOI OU BOI-NA-VARA - a farra é tradicionalmente realizada em épocas especiais como Natal, Páscoa e Dias de Santo, nestas ocasiões, as famílias compravam e carneavam um boi, se este fosse bravo ou corredor, antes de ser abatido, era brincado na vara ou solto nos pastos, provocando correrias. Trata-se de uma modalidade de tauromaquia popular advinda dos Açores em meados do século XVIII, inclusa na bagagem cultural luso-ibérica dos casais açorianos, podendo ter adquirido outras formas de acordo com o ambiente, da economia,... ENTRUDO, TERÇA-FEIRA GORDA OU TERÇA -FEIRA DE CARNAVAL - o entrudo, era praticado na entrada da Quaresma, reuniam-se moças e moços para brincar com água onde muitas vezes faziam uma seringa de bambu e enchiam de água e acertavam nas pessoas ou pelas frestas das casas no período da noite. DANÇA DA QUADRILHA - é uma dança alegre, apresenta várias evoluções que são comandadas por um marcador, ela aparece em várias regiões brasileiras, sendo fortemente apresentada no Nordeste. CASAMENTO NA ROÇA - é uma inicialização de um casamento do interior como todos os seus componentes, só que tem um tom brincalhão, onde geralmente os noivos são trazidos pela quadrilha. Foto: Guilherme Dexheimer e Diego Bernardes Trabalho elaborado e apresentado em 15.09.2005 e em 01.10.2005 por Bruna Oliveira Gomes, Flávia Policarpo Soares e Marla Lorena Ferreira Maia, alunas da Turma 203, 2º ano, da Escola Estadual de Ensino Médio Ildefonso Simões Lopes Osorio/RS. Página Rosa em homenagem à Ilha das Flores www.cantadoresdolitoral Mensagem do Presidente dos Açores Do Rio Grande do Sul chegam-nos solidariedade, memórias e afectos; toda uma base de vivência e de cultura que, na segunda metade do século passado, começou a ser resgatada do silêncio em que estava e que, agora, neste início de centúria, é celebrada por brasileiros e açorianos, com um novo sentido de compromisso cultural e um sentimento renovado de fraternidade. E não é possível falar desse projecto comum, de preservação, descoberta e/ou redescoberta de memórias e raízes, sem mencionar o nome do pesquisador e letrista Ivo Ladislau, cujo trabalho de pesquisa e de resgate, na região litorânea do Estado mais meridional do Brasil, tem sido, desde há mais de 20 anos, imprescindível para a verdadeira compreensão da Herança Açoriana. Inicialmente com o extraordinário compositor Carlos Catuype e com a maravilhosa cantora Cléa Gomes, posteriormente sempre com estes mas acompanhado, entre outros, por Rodrigo Munari, Renato Jr, Mario Tressoldi e ainda pelo magnífico Grupo “Cantadores do Litoral”, apoiado, mais recentemente, pela “Casa dos Açores do Estado do Rio Grande do Sul”, Ivo Ladislau transformou-se num importante e fundamental divulgador da cultura de influência afro-açoriana do Litoral Norte Gaúcho, conseguindo demonstrar e provar a força das raízes açorianas na cultura sul-rio-grandense, sem deixar de integrá-l a s n o c o n t e x t o m a i s v a s t o d a “multietnicidade” e da “multiculturalidade” que o Rio Grande do Sul representa. Essa demonstração e essa integração estão bem patentes no CD “Comunidades II”. E este CD – o CD do Galpão Açoriano, a canção vencedora da Linha de Manifestação Rio Grandense da 33ª Califórnia da Canção Nativa, o mais Antigo Festival do Rio Grande do Sul – é também, pela participação de açorianos como Zeca Medeiros, Susana Coelho, Luís Bettencourt e Pedro Coelho e, também, da cantora canadiana, de origem açoriana, Tânia da Silva, um importante passo no processo de construção de uma autêntica Rede Atlântica; uma Rede que importa construir sem hesitações, em homenagem ao passado, para honrar o presente e desenhar o futuro. Obrigado Ivo Ladislau. Um sincero e enorme MUITO OBRIGADO pelo contributo que tem dado – e que nunca, tenho a certeza, deixará de dar – para o recíproco “achamento” dos Açores e do Brasil Meridional. Um “achamento” que tem vindo a acontecer de forma acelerada nos últimos anos e que se quer que seja feito com o sentido da História e das Raízes, mas, sem dúvida, com o sentido da contemporaneidade do que são os Açores e o Sul do Brasil, agora e no futuro. E o p a s s a d o – um passado que não pretendemos reeditar mas que queremos reconhecer nos traços modificadores do presente e do futuro - mesmo com todas as vicissitudes de um percurso próprio da época, orgulha-nos, porque os seus frutos estão patentes na maravilhosa Terra Gaúcha , onde os Açorianos se sentem em casa. Carlos Manuel Martins do Vale César Presidente do Governo Regional dos Açores Esta mensagem está registrada na capa, como apresentação do CD COMUNIDADES II que foi lançado em janeiro de 2007 no Arquipélago dos Açores, Portugal e Canadá. Carlos César Página branca em homenagem à Ilha Graciosa www.cantadoresdolitoral