jornal da Abes-RS, novembro de 2010

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jornal da Abes-RS, novembro de 2010
JORNAL DA ABES-RS
Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - Seção RS - ano 1 - número 10 - Porto Alegre, novembro de 2010
MOBILIZAÇÃO SOCIAL
Porto Alegre e Pelotas criam Semana Municipal da Água
Promoção da Semana Interamericana da Água se espalha pelo Rio Grande e este ano foi destaque no Congresso da Aidis na República Dominicana
A 17a Semana Interamericana da Água
e 10a Semana Estadual da Água, promovidas de 25 de setembro a 2 de outubro pela
Abes-RS, em parceria com órgãos estaduais
e municipais, e com o apoio de instituições
governamentais e privadas, teve excelente resultado. Uma das ações prioritárias foi
incentivar as gestões municipais a criarem
oficialmente a sua Semana da Água, tendo
como referência o primeiro sábado de outubro, Dia Interamericano da Água.
A campanha culminou com a ação do
prefeito de Porto Alegre, José Fortunati,
que assinou projeto de lei enviado à Câmara Municipal, criando a Semana Municipal
da Água de Porto Alegre. Em Pelotas, onde
ocorreu a abertura oficial, o prefeito Fetter
Júnior também encaminhou a criação da Semana Municipal da Água.
O objetivo da Abes-RS com esta proposição é de que, ao incluir este evento no
calendário oficial de cada município, a temática da gestão das águas se transforme em
pauta política do executivo e do legislativo,
e que a população se conscientize e faça sua
parte, comprometendo-se progressivamente
com o uso adequado de bem tão precioso.
Cresceu o número de eventos, e a participação popular também amentou. Cerca
1,3 milhão de gaúchos foram envolvidos nas
cerca de 1.600 atividades promovidas no Estado por aproximadamente 900 instituições
e empresas ligadas ao setor de saneamento,
escolas, clubes de serviço, organizações governamentais e não governamentais, comitês
de bacia e outras entidades interessadas na
preservação do ambiente natural.
Houve um conjunto de ações que abordaram diferentes aspectos da gestão de re-
Ricardo Giusti/PMPA
Em cerimônia no Paço Municipal, o prefeito Fortunati posa entre o diretor-geral do Dmae, Flávio Presser e a presidente da Abes-RS, Nanci Begnini Giugno
cursos hídricos, com palestras, seminários
técnicos, trilhas ecológicas, mutirões de limpeza às margens de rios, exposições, oficinas
ambientais (com atividades lúdicas), peças
teatrais e procissões fluviais. Houve atividades de educação ambiental em instituições
de ensino e de qualificação técnica de profissionais que atuam na área de saneamento.
A temática desta Semana “Água: Incolor, Inodora, Insípida, Indispensável” chamou a atenção de todos, causando curiosi-
dade, inquietação e questionamento sobre
o que fazer. Também foi reforçada a necessidade de pleno funcionamento do Sistema
Estadual de Recursos Hídricos, socializando
para a população as informações básicas
para o seu entendimento, através do trabalho
do cartunista Santiago.
A abertura oficial foi no dia 25 de setembro, em Pelotas, com a parceria da Prefeitura
e do Serviço Autônomo de Saneamento. O
encerramento oficial ocorreu no dia 30 de se-
tembro, em Santa Maria, numa promoção da
Corsan em parceria com a Prefeitura e com
a Abes-RS. O documentário sobre o evento teve versão em espanhol, para facilitar a
veiculação na América Latina. No início de
novembro, a coordenadora da Semana no
Estado, jornalista Maria de Lourdes Wolff,
esteve no 34o Congresso Interamericano de
Engenharia Sanitária e Ambiental, em Punta
Cana, na República Dominicana, onde apresentou um relato sobre a Semana da Água.
Diadesol no Acampamento Farroupilha A Política Nacional de Resíduos Sólidos
Em parceria com o Senge, a Abes-RS
discutiu a questão dos resíduos da construção civil; e, juntamente com o Crea-RS,
promoveu uma discussão sobre a Política
Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),
aprovada em agosto, após 21 anos de debates no Congresso Nacional.
Na época em que se começou a pensar nessa política, o Brasil tinha poucas
indústrias voltadas para o setor, não havia política de saneamento nem outros
aparatos legais. E que depois surgiram
propostas mais articuladas, mas com interesses econômicos. Uma das questões
que entravaram o processo foi a proibi-
A equipe da Abes-RS junto com representantes dos piquetes premiados
A Abes-RS encontrou nova maneira de
promover o Dia Interamericano de Limpeza
e Cidadania (Diadesol), no terceiro sábado
de setembro, quando ocorre a Semana Farroupilha. Desenvolveu o projeto Harmonia
Consciente, oferecendo uma placa de metal
aos cinco piquetes que mais se destacaram
na destinação de seus resíduos: Amizade
Campeira, Missioneiro, Lendas do Sul, Cavalhada e Floresta-Aurora.
A equipe, formada pelos sócios Ângela Ungaretti, Alba La Rosa e Marcos
Almeida visitou 98 dos mais de 300 piquetes, orientando e avaliando os aspectos relacionados ao gerenciamento de
resíduos sólidos e escolhendo os merecedores da distinção.
Segundo Jussara Kalil, coordenadora
da Câmara Temática de Sólidos da Abes,
"Essa ligação foi muito importante, pois
abre a possibilidade de promover atividade
semelhante em outros acampamentos que
se formam pelo Estado durante a Semana
Farroupilha. E, como as prendas têm que
desenvolver projetos culturais, podem in-
cluir aí o Diadesol”, disse Jussara. Ela fez
uma palestra sobre o Diadesol no Acampamento, e o engenheiro Darci Campani, da
CTRS, também falou aos acampados.
Em 2010, além do Crea-RS e do Senge, foram parceiros da Abes-RS no Diadesol na região metropolitana de Porto Alegre
a Escola Santa Rosa de Lima, a Ufrgs, a
Corsan, o Dmae, a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente de Alvorada e duas escolas
de Viamão. Houve atividades também em
Bento Gonçalves e Caxias do Sul, e mobilização em São Gabriel. No Hospital de
Clínicas e na Santa Casa de Porto Alegre, e
num hospital de Santa Cruz do Sul, equipes
médicas discutiram sobre saúde.
Tradicionalmente há atividades do Diadesol nas cidades de Santa Maria, Caxias
do Sul e Viamão. Esses parceiros estão integrados a universidades ou às prefeituras
e procuram mobilizar professores e alunos
das escolas dos seus municípios. Geralmente são sócios da Abes-RS ou pessoas que
já participam de outras promoções em conjunto com a Associação.
ção de importação de resíduos, quando se
discutia se eram resíduos os pneus seminovos importados pelo Brasil para serem
recauchutados.
Agora, os países desenvolvidos, que
têm grande geração de resíduos per capita, estão diante de um grande problema,
especialmente na Europa, onde não se admitem mais os aterros sanitários.
Com a definição da PNRS, espera-se
que o Brasil e o Rio Grande do Sul embarquem em uma nova era de responsabilidade com os resíduos sólidos. A Abes e outras
entidades da sociedade civil são chamadas a
promover a implantação integral da nova lei.
Dia Interamericano de Qualidade do Ar
No Dia Interamericano
da Qualidade do Ar, 13 de
agosto, a Abes-RS promoveu, com o apoio da Sema,
a palestra "A Amazônia e as
emissões de gases do efeito
estufa: desmatamento, hidrelétricas e as negociações
sobre a Convenção do Clima", com o pesquisador do
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Philip
Fearnside. O encontro, no
Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo, reuniu 150
convidados, recebidos com
Philip Fearnside
café da manhã e exposição
de painéis sobre "Uso de geotecnologias para
monitoramento e mitigação de desastres naturais", apresentada pela dra Tânia Maria Sausen, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Centro Regional Sul, responsável pelo
Geodesastres-Sul. Fearnside, que é americano
mas vive há 34 anos no Brasil, vem prevê a cap-
tação do valor dos serviços
ambientais da floresta como
forma de desenvolvimento
sustentável. Ele propõe que
se mude a base da economia
da Amazônia, dirigindo-a
para os serviços ambientais.
"O valor da floresta para
a biodiversidade, para o
equilíbrio do ciclo hidrológico da água e para manter
o estoque de carbono, que
interfere no efeito estufa, é
muito maior do que o ganho
promovido pelo desmatamento", disse o pesquisador.
Ele alerta que as mudanças
previstas, como a construção de estradas e de
grandes hidrelétricas, vão provocar desmatamento em praticamente metade da Amazônia.
E prega o ressarcimento pelos benefícios produzidos pelo bioma para todo o planeta, o que
garantiria a qualidade de vida da população
amazônica, preservando a floresta.
REUNIÃO-ALMOÇO
Médico diz que dengue e febre amarela
estão reaparecendo no Rio Grande do Sul
PALAVRA
A grande conquista alcançada pela
sociedade com a retomada de investi­
mentos em saneamento ambiental, asso­
ciada às crescentes preocupações com a
saúde do planeta e suas consequências
para a humanidade faz parte do dia a dia
da Abes-RS. Para que respostas positivas
e efetivas sejam ob­tidas, a Associação
vem atuando em vá­rias frentes, passando
pela promoção de eventos de mobilização social – como os apresentados nesta
edição, Semana da água, Diadesol e Dia
do Ar – e de eventos técnico-científicos
realizados juntamente com entidades
parceiras (Ciclo de Deba­tes com FGV,
Ciclo de Palestras com Senge-RS e Ciclo de Inovações com Sergs). Convido a
todos para se integrarem às equipes que
os organizam, contribuindo com seu co­
nhecimento, talento e principalmente
com seu entusiasmo. Nanci Giugno
AGENDA
Programação no site www.abes-rs.org.br
XXXII Congresso Interamericano de
Engenharia Sanitária e Ambiental Aidis
7 a 11/11/2010 - Punta Cana, República
Dominicana
7o encontro - Ciclo de Debates
16/11/2010 - Abes-RS/FGV
"COP 15 - Explotação de Petróleo na Plataforma Continental Brasileira: desafios
de produzir sem poluir"
Curso - Aterro Sanitário de Pequeno
Porte (ASPP): Diretrizes para Localização, Projeto e Operação
22 a 24/11/2010 - Universidade de Caxias
do Sul (UCS)
Reunião-almoço
"Saneamento ambiental em foco"
26/11/2010 – Federasul – Porto Alegre
Tema central: “Poluição do ar e efeitos
sobre a saúde”
6o encontro - Ciclo de Palestras
09/12/2010 - Abes-RS/Senge-RS
"Eficiência Energética no Saneamento"
Curso - Gestão de Águas em Edificações
13 a 15/12/2010 - Federasul – Porto
Alegre
Encontro de Final do Ano - Abes-RS
14/12/2010 - Federasul – Porto Alegre
EXPEDIENTE
Av. Júlio de Castilhos, 440, sala 42
+55(51)3212-1375
[email protected]
www.abes-rs.org.br
CONSELHO EDITORIAL
Geraldo Reichert
Luiz Antônio Timm Grassi
Maria de Lourdes Wolff
Maria Mercedes Bendati
Nanci Begnini Giugno
DIRETORA RESPONSÁVEL:
Nanci Begnini Giugno - Presidente da Abes-RS
COORDENAÇÃO: Alberto Jacobsen
EDIÇÃO: Ademar Vargas de Freitas
PESQUISA: Suelena Josino
DIAGRAMAÇÃO: Alberto Jacobsen
A palestra do dr. Francisco Paz, coordenador do Cevs, foi assistida por 70 convidados
“Perspectivas da vigilância em saúde frente de resíduos orgânicos em água estagnada e
às mudanças climáticas no Rio Grande do- a aproximação de pessoas aos locais infesSul” foi o tema da reunião-almoço Sanea- tados por insetos transmissores. Ele explimento Ambiental em Foco, promovida pela cou que a leishmaniose visceral é endêmica
Abes-RS, dia 15 de outubro, no salão nobre no Centro-oeste, no Norte e no Nordeste
da Federasul. O médico Francisco Paz, co- brasileiro, mas entrou no Rio Grande do Sul
ordenador do Centro Estadual de Vigilância há três anos, vinda do que restou da mata
em Saúde, da Secretaria Estadual da Saúde, nativa da região de Misiones, na Argentidisse que as mudanças climáticas, além de na, alastrando-se pela costa do rio Uruguai.
provocar desastres, como enxurradas e fu- “Em São Borja – onde há uma ponte sobre
racões, aumentam a incidência de doenças o rio Uruguai para a cidade argentina de
provocadas por micro-organismos transmi- Santo Tomé – mais de mil cães já foram intidos por insetos, que migram com a des- fectados. Como não existe tratamento espetruição das matas e proliferam com a po- cífico para animais, 400 foram sacrificados
luição dos rios e também com a construção e 300 morreram ao natural.
Carlos Stein
de grandes usinas hidrelétricas. “Quando
se constrói uma represa para instalar uma
hidrelétrica de grande porte, o processo de
enchimento do lago deixa, após o refluxo,
extensas áreas encharcadas, como ocorreu
em Itaipu. Essas áreas são potenciais criadouros de mosquitos.” O dr. Paz alertou
para a possibilidade de surgir um surto de
febre amarela, de malária ou de leishmaniose visceral no Estado. Para evitar que
isso aconteça, os governos municipais e o
governo estadual procuram fazer o manejo
ambiental adequado, evitando o acúmulo Dr. Francisco Paz
Comissão especial estuda a criação do
Museu das Águas em Porto Alegre
Em reunião realizada no dia 14 de outubro,
no Instituto de Arquitetos do Brasil, foi criada
uma comissão para tratar da criação do Museu
das Águas de Porto Alegre, por iniciativa do
Comitê pelo Planejamento Urbanístico da Orla
do Guaíba, grupo que defende a participação
da população da Capital nas decisões sobre
esse espaço. Participaram da reunião, coordenada pela artista plástica Zoravia Bettiol e pelo
engenheiro Luiz Antonio Timm Grassi, representantes de entidades que estão apoiando a
iniciativa, como a Abes-RS, a Ufrgs, a Corsan,
o Dmae, a Metroplan, a Comissão de Saúde e
Meio Ambiente da Assembléia Legislativa, o
Instituto de Arquitetos do Brasil e a Associação Chico Lisboa. O museu, a ser construído na
orla do Guaíba, deve constituir-se um polo de
atividades culturais tendo como centro temático a água, articulado em três eixos, histórico,
educacional e artístico. No dia 5 de novembro,
ocorreu a segunda reunião do grupo, em local
cedido pela Metroplan.
ARTIGO
Um acréscimo à prevenção de desastres naturais
Douglas Roberto Trainini, geólogo especialista em gestão ambiental
As áreas de risco e de suscetibilidade a
deslocamentos de solo e rocha são determinadas pelo cruzamento das varáveis declividade, tipo de solo, erodibilidade, precipitação, vegetação e litologia. Proponho que se
adicione a variável instabilidade neotectônica* como o primeiro aproach ao problema.
Recentemente houve uma enxurrada
de notícias sobre tsunamis, terremotos,
cheias, deslizamentos de terra e atividades vulcânicas. O terremoto no Chile em
fevereiro de 2010 provocou deslocamento
para oeste de três metros das cidades de
Concepción, 2,5 cm de Buenos Aires e 27
cm de Santiago. Tais deslocamentos se fazem tanto na horizontal quanto na vertical,
provocados pelo choque ou deslizamento
de placas tectônicas.
Badgley (1965) reconheceu um padrão
mundial de lineamentos na crosta terrestre. Thomas (1974) postulou que, se os lineamentos definem um intrincado padrão
de blocos, eles devem comportar-se como
zonas de fraqueza como resposta a forças
compressivas regionais, escoando os esforços e permitindo um reajuste dos blocos. É
lógico supor que a crosta, com “cicatrizes”
mais antigas, se submetida a novos esforços reativa tais cicatrizes ao invés de fraturar o interior de áreas homogêneas. Tal fato
subdivide as placas em blocos menores que
podem cavalgar, subsidir ou deslizar em relação aos blocos adjacentes.
O que se passa na escala macro se repete na micro. Quando placas se movimentam na escala planetária, dentro das placas,
blocos menores reagem à movimentação
maior, movendo-se tanto lateral quanto
verticalmente.
O interesse em mapear estes blocos
é que seus limites são zonas de fraqueza
APOIO
denominadas falhas geológicas, sobre as
quais pode se desenvolver grande instabilidade. Qualquer instalação sobre estas estará sujeita a ruir ou sofrer abalos. Os limites
são concentradores do fluxo da água, propiciando erosões por sulcos e ravinas.
Se o bloco se movimenta também na
vertical haverá desestabilização no nível de
erosão local, provocando erosão laminar,
voçorocamento, arenização e deslizamento de encostas. Um aspecto positivo é que
estas falhas ou limites, sendo as aberturas
mais jovens da crosta, são alvos preferenciais para a prospecção aquífera.
A distinção entre blocos estabilizados
ou soerguidos é muito importante na gestão
territorial, pois permite: orientar a pesquisa
de água subterrânea; auxiliar a Defesa Civil
na localização de áreas com probabilidade
de deslizamento de encostas; determinar
áreas com probabilidade de perdas de solo
e nutrientes, fator importante para o agronegócio; auxiliar na gestão territorial urbana, apontando áreas com risco ocupacional;
orientar a localização de obras de infraestrutura, como estradas, pontes, dutos, assim
como de barragens, evitando o assoreamento por material erodido de áreas instáveis.
Falta ao país um programa de mapeamento da tectônica jovem e seus efeitos, o
que daria expressiva contribuição à prevenção de desastres naturais.
*Tectônica jovem ou neotectônica diz respeito aos movimentos da crosta que ocorreram
desde o período Terciário Superior que inicia em
65 milhões de ano, até os dias de hoje, movimentos estes que desempenharam importante papel
no desenvolvimento da topografia atual. A partir
deste período, toda a rede hidrográfica do país se
estabeleceu.
Abes-RS leva proposta
ao Governo Gaúcho
No final de outubro, uma comissão da
Abes-RS entregou ao representante do governador eleito do Rio Grande do Sul um
documento contendo uma proposta de 10
pontos para a política estadual de recursos
hídricos. As sugestões buscam fortalecer
o sistema estadual de recursos hídricos
e investir na prevenção de desastres ambientais. A presidente da seção gaúcha da
Abes, Nanci Giugno, que liderou o grupo
no encontro com o representante do futuro
governo Tarso Genro, sr. Marcelo Daneris,
aproveitou para informá-lo sobre a organização do 26o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que terá o
governo do Estado como parceiro. A AbesRS pretende manter novos encontros com o
futuro governo para tratar de outros pontos,
como abastecimento de água, esgotamento
sanitário, drenagem urbana, resíduos sólidos e gestão de recursos hídricos.
Entrega troféus do PNQS
Será em Belo Horizonte, no dia 29 de
novembro, a cerimônia de premiação dos
vencedores do PNQS (Prêmio Nacional da
Qualidade em Saneamento), oferecido pela
Abes para destacar as organizações do setor
de saneamento brasileiro que apresentaram
as melhores práticas gerenciais e os melhores resultados organizacionais. A Corsan
receberá três distinções: um Troféu Prata,
pela Unidade de Saneamento de Viamão, e
dois troféus Bronze pelas unidades de Nãome-Toque e de Palmitinho.
Cobrança pelo uso da Água
O economista alemão Philipp Hartmann esteve em Porto Alegre este mês para
lançar o livro “A cobrança pelo uso da água
como instrumento econômico na política
ambiental”, resultante de sua tese de doutorado em economia na Universidade de
Colônia. Segundo o autor, o livro é uma
mistura de teoria econômica, análise teórica de vários modelos de cobrança e casos
práticos da cobrança que já existe no Brasil
ou outros modelos propostos. A ideia dessa
cobrança é criar um incentivo para que o
usuário consuma menos água ou polua menos, além de gerar receita.
Corsan no Congresso
A Corsan vai mandar ao Campeonato
de Operadores do 26o Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental,
em setembro de 2011, os seis profissionais
selecionados na Olimpíada de Saneamento,
realizada em setembro deste ano. A escolha antecipada dos profissionais, por meio
de uma olimpíada, garante participação de
destaque à empresa gaúcha de saneamento.
Congresso 2011 passo a passo
Inicia-se em dezembro de 2010, a
avaliação dos 2.590 trabalhos técnicos
recebidos pela Abes para serem apresentados no 26 o Congresso de Engenharia
Sanitária e Ambiental, que será realizado em Porto Alegre em setembro de
2011. A classificação se dará pela média
de três notas dadas por diferentes avaliadores, considerando a temática na qual o
trabalho se insere. Na segunda quinzena
de março será divulgada a listagem dos
trabalhos selecionados. A empresa gaúcha Felini Turismo foi selecionada como
agência oficial de turismo do Congresso.

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