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UM POUCO SOBRE TIO JUVÊNCIO CARNEIRO-Por Isnar M.Carneiro
22/10/2015: PASSA PARA A OUTRA VIDA,O NOSSO TIO JUVÊNCIO CARNEIRO NETO E DEIXA
UM IMENSO VAZIO EM TANQUE NOVO.COM CÉLIO MARCIL CARNEIRO EM JUNHO DE 2015.
No dia que a minha mãe Celina morreu, utilizei o texto de Paulo Coelho para abrandar os meus
sentimentos de perda, diminuindo,assim, pelo menos em parte, o meu sofrimento. Coloco aqui, de
novo, o mesmo texto,quando despede deste mundo, o tio Juvêncio:
“IMAGINE UMA LAGARTA. PASSA GRANDE PARTE DE SUA VIDA NO CHÃO, OLHANDO OS PÁSSAROS,
INDIGNADA COM SEU DESTINO E SUA FAMA. ‘SOU A MAIS DESPREZÍVEL DAS CRIATURAS’,PENSA.
‘FEIA,REPULSIVA, CONDENADA A RASTEJAR PELA TERRA. UM DIA, ENTRETANTO, A NATUREZA PEDE
QUE FAÇA UM CASULO. A LAGARTA SE ASSUSTA-JAMAIS FIZERA UM CASULO ANTES. PENSA QUE ESTÁ
CONSTRUINDO O SEU TÚMULO E PREPARA-SE PARA MORRER.EMBORA INDIGNADA COM A VIDA QUE
LEVOU ATÉ ENTÃO, RECLAMA NOVAMENTE COM DEUS: ‘QUANDO FINALMENTE ME ACOSTUMEI, O
SENHOR ME TIRA O POUCO QUE TENHO’. DESESPERADA, TRANCA-SE NO CASULO E AGUARDA O FIM.
ALGUNS DIAS DEPOIS,VÊ-SE TRANSFORMADA EM UMA LINDA BORBOLETA.PODE PASSEAR PELOS CEUS E
SER ADMIRADA PELOS HOMENS. SURPREENDE-SE COM O SENTIDO DA VIDA E COM OS DESÍGNIOS DE
DEUS”. ( Paulo Coelho, em seu livro Maktub).
VÁ, JUVÊNCIO, E PASSEIA PELOS CÉUS. HOJE, 22/10/2015 TU SAISTES DO TEU CASULO.VOA E
ENCONTRA COM TEU PAI, O NOSSO AVÔ ANTÕEZIM,BATE ASAS LÁ JUNTO COM OS TEUS IRMÃOS E
IRMÃS: JOÃO, ARLINDA,MARIA,CELINA,DECA E AGESÚ.ENCONTRA, TAMBÉM, COM O TEU FILHO
ANTONIO, PEDE AO DONO DA VIDA PELAS TUAS IRMÂS QUE FICARAM POR AQUI: AS TIAS URSULINA
E ELENA E POR TUAS FILHAS VERINHA,CEZINHA E CÉLIA.QUE OS TEUS NETOS E NETAS CRESÇAM
TÃO FORTES E SADIOS QUANTO AS ÁRVORES QUE TU CULTIVASTES PERTO DA TUA CASA NA
BEIRADA DO AÇUDE.E,POR FIM, QUE A TUA ESPOSA,A TIA NAZINHA CONTINUE MEIGA,
TRANQUILA,BONDOSA E SIMPLES, COMO SEMPRE FOI.
FICA CONOSCO, A TIA NAZINHA, CONHECIDA PELA SUA SIMPLICIDADE, BONDADE E
MEIGUICE.
UM BREVE HISTÓRICO GENEALÓGICO DO TIO JUVÊNCIO:
Um dia, lá num lugar, ainda sem nome, muito belo por ainda ter veredas, florestas e bichos,já habitado
por gente de sobrenome Marques e por gente que lá sempre habitou,chegou o tão falado Bento Carneiro,
talvez lá do Rio de Contas,engraçou-se com uma índia chamada Benedita com quem teve um filho
batizado com o nome de José Joaquim.O batizado gerou a estória dos barris de vinho derramados e do
sumiço do zangado pai em direção a Minas Gerais.O menino cresceu sob a custódia da mãe e de alguém
da família Marques.Casou-se com Clemência Álvares de Oliveira e gerou onze filhos: oito mulheres e
três homens.Um deles, Juvêncio A.Carneiro casou-se, a primeira vez, com Rolinda Gomes com quem
gerou dez filhos: sete homens e três mulheres, e, ao enviuvar-se, casou-se pela segunda vez com a sua
sobrinha Ana Bela A.Carneiro com quem teve duas filhas e dois filhos.Do primeiro casamento, nasceu
Antonio Alves Carneiro, o Antõezim, que se casou com Ursulina, filha de José Marques, seu primo, o
Cazuzinha.Ursulina,morreu de parto aos 27 anos de idade e deixou três filhas: Arlinda de Odilo,Maria de
Hermínio e Celina de Moisés,a minha mãe.Com a nova esposa, Amélia Malheiro, Antõezim teve mais
seis filhos: Juvêncio,José (Deca) Agesú,Ursulina,Elena e João.Este faleceu subitamente ainda
jovem.Agesu e Deca faleceram já depois dos sessenta. Juvêncio,o primeiro do segundo casamento,casouse com Leonar Costa Nunes Carneiro, Nazinha,filha do Sr.Victor Nunes e D.Izabel, com quem teve
quatro filhos: Vera Lúcia, Maria das Mercês (Cezinha), Antônio e Felícia. Antonio, o Tonim, morreu
tragicamente afogado numa praia de Salvador, ainda jovem. Assim,o nosso tio Juvêncio, que faleceu
hoje, 22 de outubro de 2015, é da quarta geração do patriarca Bento Carneiro.
A sobrinha Clarice:
Minhas tias amadas...tia Zinha e tia Lena;das
filhas da minha avó Amélia, restam apenas elas!:
Tia Zinha e Tia Elena, pessoas raras
nesta terra, deram adeus a todos os
seus sete irmãos.Estas mulheres são
como a aroeira do sertão,puro cerne.
NESTA FOTO VEMOS A GERAÇÃO DO TIO JUVÊNCIO A PARTIR DA FILHA CEZINHA,DA NETA
VANESSA E AS DUAS BISNETINHAS.
O TEXTO, FOTOS E COMENTÁRIOS ABAIXO FORAM TRANCRITOS DO
FACEBOOK DE APARECIDO CARNEIRO:
Tanque Novo Perdeu um dos Seus Principais Líderes
Juvêncio Carneiro Neto era filho de Antônio Alves Carneiro e Amélia Maria do Carmo.
Era, também, neto e homônimo de um dos fundadores de Tanque Novo: Juvêncio Alves Carneiro.
Quando Tanque Novo era uma pequena vila, distrito de Macaúbas ou de Botuporã, havia necessidade de
homens que exercessem várias profissões, devido à falta de profissionais. Juvêncio era muito inteligente
e se destacou como um desses poucos polivalentes: Tirava uma de médico ou de enfermeiro, fazendo
pequenas cirurgias, aplicando injeções, realizando curativos, “dando pontos” ou encanando braços
fraturados e fazendo partos. Foi lavrador, comerciante, dentista prático, tabelião ou Oficial de Cartório,
retratista lambe-lambe, locutor do serviço de alto falante, sócio fundador e coordenador da primeira
Banda Filarmônica, e também, animador da igreja católica. Comandava cultos, rezas do Terço, ladainhas
e, principalmente, a reza da Via Sacra. Quando estava nas últimas estações, ele gostava de recapitular ou
seja, fazia um resumo das estações anteriores, com um tom de voz característico, que emocionava muita
gente.
No desejo de ver a vila florescer, construiu a primeira casa de andar de Tanque Novo, no início dos anos
60.
Talvez, sua atividade mais marcante tivesse sido a de líder político. Ele foi o primeiro tanque-novense
eleito prefeito de Botuporã, quando Tanque Novo ainda, era distrito daquele município. Seu mandato foi
apenas de dois anos: 1971 e 1972. Nesse curto espaço de tempo, ele conseguiu colocar em prática, alguns
dos seus projetos: realizou o primeiro calçamento de rua, em Tanque Novo (no Beco do Açude),
utilizando pedras rústicas. Ampliou e renovou a energia elétrica a motor, introduzindo os primeiros
postes de cimento, naquela vila. Em parceria com o município de Paramirim, pôde captar os primeiros
sinais de televisão para Tanque Novo. Foi ele, inclusive, quem possuiu o primeiro aparelho de TV em
preto e branco, que funcionava à bateria de carro. Seu governo deu ênfase ao MOBRAL (Movimento
Brasileiro de Alfabetização), criado pelo governo federal, em 1967. Nesse período, também, aconteceu a
primeira gincana de Tanque Novo, realizada pelo Projeto Rondon.
Ainda na década de 1970, Juvêncio doou o terreno para a construção, foi um dos fundadores e o primeiro
presidente do Ginásio Cenecista de Tanque Novo. Nessa mesma década, possuiu uma das primeiras
sorveterias do lugar.
Ao lado de outros políticos locais, lutou pela emancipação política de Tanque Novo, fato ocorrido em
1985, graças aos esforços do deputado estadual Jaime Vieira Lima.
Ele se afastou da política e montou uma cerâmica, que era administrada pela sua filha mais velha, Vera
Lúcia.
Ficou esquecido por muitos que têm memória curta e esquecido, literalmente, pelo Mal de Alzheimer.
Faleceu no mês do rosário, mês da padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida. E, coincidentemente,
foi sepultado no dia 23 de outubro, data do aniversário de nascimento do seu saudoso filho, Antônio
Carlos Nunes Carneiro (Tunim ou Antunim), que se afogou na praia de Piatã, em Salvador, no ano de
1979.
Juvêncio tinha o dom da oratória, apesar de ter feito só o curso primário. Estava sempre pronto para
discursar em velórios ou enterros de parentes e amigos.
Ele gostava de fazer o solo de um canto penitente, ao final de cada reza de Via Sacra. Dava um tom triste
e especial, marcando várias gerações. A letra é assim:
“Senhor Deus, misericórdia! / Senhor Deus, pequei, Senhor, misericórdia! /
Mas, pelas dores de vossa Mãe, Maria Santíssima, compadecei-vos de nós”!
Juvêncio viveu oitenta e sete anos... Viva Juvêncio Carneiro Neto!
(Mensagem de Aparecido Carneiro Pereira)
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Comments
Aparecido Carneiro Pereira Através de Cezinha, estendemos nossos sentimentos a todos os familiares
e parentes, pela perda irreparável de “Seu” Juvêncio! Mas, na verdade, Tanque Novo foi que ficou órfão
do seu grande líder!
Descurtir · Responder · 5 · 1 h
Walter Brandão Imortalizado pelo grande caráter e exemplo de dignidade na vida pública e pessoal de
ser. Que o Espirito Santo o ilumine.
Curtir · Responder · 3 · 1 h · Editado
Aparecido Carneiro Pereira Numa das fotos acima, podemos ver a construção do ginásio cenecista, no
início da década de 1970, cujo terreno fora doado por Juvêncio. Ele foi sócio fundador e o primeiro
presidente daquela associação. Hoje, esse colégio é conhecido como CEPAAC (Centro Educacional
Professora Alzira Alves Carneiro).
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Jarbas Carneiro Baiano Belas palavras Cido ...resumiu bem ... ajudou a conhecer melhor esse ilustre
tanquenovense ..Deus dê o conforto pra família
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Cezinha Carneiro Não encontro palavras, Cido, que sejam capazes de expressar o tamanho da minha
gratidão por essas palavras que contam um pouco da linda história de vida do meu inesqucível e
estimado PAI... Estou com o coração dilacerado pela saudade, mas muito orgulhosa e feliz por ter tido
JUVÊNCIO CARNEIRO NETO, como meu pai. Obrigada por tudo, Cido
Descurtir · Responder · 3 · 45 min · Editado
Disse tudo e em poucas palavras,Cido.Vou postar este texto no meu blog:
www.isnarcarneiro.com.br. para que mais pessoas possam conhecer JUVENCIO CARNEIRO
NETO.
PESSOA ETICA ,,HONRADO,,DE UM CARATER IRRETOCAVEL,,A FAMILIA DE ZE
RODRIGUES E SULINA LAMENTA MUITO ESSA GRANDE PERCA,,ACEITEM NOSSOS
SINCEROS SENTIMENTOS
Curtir · Responder · 2 · 20 h
Andrea Rosa vá com Deus Sr Juvêncio
Curtir · Responder · 2 · 20 h
Elson Magalhaes ''Seu Juvêncio'';Esse era admirável,como muitos diziam:Uma enciclopédia
ambulante.
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Adailton Fabio Carneiro Silva Disse tudo, Cido.
Se é que alguém consegue dizer tudo sobre um ser humano como esse.
Curtir · Responder · 2 · 19 h
Neuza Bonfim Parabens Cido nao podemos nunca esquecer de homens e melheres assim
cada umcom o seucarisma e dom v sempre atento
Curtir · Responder · 3 · 19 h
Tuxa Oliveira Cido fez a gente lembrar muito,quantas vezes estávamos reunidos no primeiro
piso do seu prédio, no quarto forrado de fotos do bota fogo, que pertencera o saudoso TUNIM,
amigo de juventude que não morreu; alí seu Juvêncio já nos aconselhou muito, obrigado
amigo por isso tudo, vá com DEUS e permaneça com ele para sempre AMÉM.
Curtir · Responder · 2 · 19 h
Victor Nunes Carneiro Obrigado Cido pela linda homenagem ao meu saudoso avô. Que
Deus dê a ele o lugar condizente com as suas boas ações aqui na Terra.
Curtir · Responder · 2 · 18 h
Jorge Paulo Dea Aparecido muito feliz nas suas declarações, eu acho que deveríamos dar
mais valor à pessoas e homenagialas em vida ainda mais em nossa cidade sem história.
Pessoas como sua mãe, sr juvencio deveria serem homenageados sempre para que
possamos formar jovens com corações bondosos e possa mudar a nossa cidade
Curtir · Responder · 2 · 18 h
Alirio Moraes Aparecido, eu tive o prazer de conviver com Juvencio, eramos amigos e tive a
honra de acessora-lo durante sua aaos familiáresdministração.Só hoje tive conhecimento do
seu falecimento e estou enviando pesames aos familiáres. Vc citou a criação do MOBRAL,
parece-me que ha um engano na data de criação do mesmo, se eu não estou enganado foi
bem antes de 1967.
Curtir · Responder · 17 h
Aparecido Carneiro Pereira Seu Nena (Alirio): Veja o número da Lei e a data da criação do
MOBRAL, neste link da Wikipédia:https://pt.wikipedia.org/.../Movimento_Brasileiro_de...
Curtir · Responder · 16 h · Editado
Ver mais respostas
Aparecido Carneiro Pereira A canção que embalou a campanha vitoriosa de Juvêncio, em
1970, foi feita pela Professora Raquel (minha mãe) e era cantada por Justiniano. Era uma
paródia com a música carnavalesca “A Lua é dos Namorados”. E a letra era mais ou menos
assim:
Juvêncio, ...Ver mais
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Aparecido Carneiro Pereira Cezinha e Elenice: Se vocês forem fazer o livrete com
mensagens para a missa de sétimo dia, por favor, acrescentem essa do nosso amigo Tunico:
Homenagem a Juvêncio
Foi-se o nosso querido Juvêncio...
Desfeita em luz, sua alma, neste momento, está na dimensão celeste, junto de Deus e no meio
de tanta gente boa de Tanque Novo que já partiu para a morada eterna – a morada onde
repousam os justos e os de coração puro como ele.
Como ressalta um famoso escritor (Rubem Alves) num texto que gostaria de ler neste
momento, a morte é uma “despedida que faz parte da vida”, sobretudo para pessoas de
convicções religiosas inabaláveis como era o nosso queridíssimo Juvêncio:
“A vida começa com uma chegada. Termina com uma despedida. A chegada faz parte da vida.
A despedida faz parte da vida. Como o dia, que começa com a madrugada e termina com o sol
que se põe. A madrugada é alegre, luzes e cores que chegam. O sol que se põe é triste,
orgasmo final de luzes e cores que se vão. Madrugada e crepúsculo, alegria e tristeza, tudo
precisa ser cuidado. A gente prepara, com carinho e alegria, a chegada de quem a gente ama.
É preciso preparar também, com carinho e tristeza, a despedida de quem a gente ama.
Os orientais sabem mais sobre isso do que nós. Sabem que os opostos não são inimigos: são
irmãos. Noite e dia, silêncio e música, repouso e movimento, riso e choro, calor e frio, sol e
chuva, abraço e separação, chegada e partida: são os opostos pulsantes que dão vida à vida.
Vida e morte não são inimigas. São irmãs. Chegada e despedida.... Sem a frase que a
encerra, a canção não existiria. Sem a morte, a vida também não existiria, pois, a vida é,
precisamente, uma permanente despedida...”
(Rubem Alves, in O médico)
Agora que ele se foi para a dimensão celeste, deixa, com a sua partida, terna saudade em
todos que o conheciam e amavam: esposa, filhos, irmãs e cunhados, parentes e amigos.
Agora desfeito em luz deixa um legado que continuará a irradiar e, por certo, jamais se
apagará...
“As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão; mas as coisas findas, muito mais
que lindas, essas ficarão”. (Carlos Drummond de Andrade)
(Homenagem a Juvêncio, desfeito em luz em 22/10/2015)
Teotônio Marques Filho
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Clarice Carneiro Excelente!Parabéns pela homenagem!
Curtir · Responder · 1 · 6 h
Waldemar Antônio Fernandes Fernandes Boa homenagem!
Curtir · Responder · 1 · 6 h
Haroldo Gumes Gumes Juvêncio, bom amigo. Saudades.
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Elenice Marques Gostaria de agradecer ao tio Tonico pela bela homenagem prestada ao
amigo Juvêncio e meu tio tão amado e estimado por nós!
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Elenice Marques Mais uma vez, obrigada, Aparecido! Vou conversar com a família.Que Deus
te abencoe!
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Palavras de Ivanete Cardoso:
Conforme Cido muito bem expressou, Viva Juvêncio Carneiro Neto! Porque este nosso
representante continuará vivo na memória de todos os tanquenovenses que souberem
reconhecer tão grande prestígio, amor e dedicação à nossa terra.Foram muitas realizações ao
longo desses anos que o tornaram tão querido e estimado por muitos.
Todos seus feitos merecem destaque, mas sobretudo àquelas voltadas à nossa religiosidade,
quando ele nos ajudou a intensificar a nossa fé.
Jamais esquecerei daquele famoso VIVA O IMACULADO de Maria! Do fundo do coração! E
quantas de nós, chorávamos emocionados. ..
Saudades. muita saudade!
Que Deus ilumine o seu mundo espiritual sempre!
Força, Reza,pra você e toda a família enlutada.
MARIA DAS MERCÊS, A CEZINHA, FALA DE SEU PAI:
JUVÊNCIO CARNEIRO NETO:
Uma Linda História a Ser Contada...
Juvêncio Carneiro Neto nasceu em 06 de dezembro de 1927 em Tanque Novo, filho do casal
propagador da religião católica, Antônio Alves Carneiro e Amélia Maria do Carmo. Foi o filho mais velho
do casal, e irmão de José, Argesu, Ursulina, João e Helena, sendo irmão também, por parte de pai, de
Arlinda, Maria e Celina. Era neto de Juvêncio Alves Carneiro, um dos fundadores de Tanque Novo, e
seu nome é uma homenagem ao mesmo.
Aos seis anos de idade, foi o primeiro aluno a ser matriculado na escola da professora Raquel Pereira,
onde cursou até o quinto ano primário. Foi considerado pela professora um aluno inteligente e
exemplar. Apesar do pouco estudo, possuía o dom da oratória, fato comprovado mais tarde nos
discursos de inauguração, discursos políticos, religiosos e fúnebres, estando sempre pronto a falar em
velórios ou enterros de parentes e amigos.
Viveu uma adolescência regrada, correta, seguindo os bons costumes da família e mantendo os bons
princípios cristãos. Aos vinte e quatro anos, casou-se com Leonar Costa Nunes Carneiro, conhecida
por Nazinha, com quem teve quatro filhos: Vera Lúcia, Maria das Mercês, Antônio Carlos e Felícia. Era
envolvido por profundos laços de amizade com seu genro Antenor. Teve a felicidade de conviver com
seus quatro netos: Víctor, Vanessa, Vinícius e João Cláudio, e com seus três bisnetos: Vívian, Mellina e
Levi. Deixou um grande legado à sua família, fundamentado nos valores cívicos, morais e religiosos.
No decorrer de uma longa caminhada, uma bela história a contar... Muitos desafios enfrentados, numa
verdadeira doação em favor do seu próximo. Quando Tanque Novo era uma pequena vila, distrito de
Macaúbas ou Botuporã, havia necessidade de homens que exercessem várias profissões, devido à
falta de profissionais. Juvêncio era muito inteligente e se destacou como um desses poucos
polivalentes, atuando como lavrador, comerciante, dentista prático, retratista lambe-lambe, locutor de
serviço de alto-falante, sócio fundador e coordenador da primeira Banda Filarmônica, trazendo inclusive
maestro para dentro da sua própria casa e adquirindo mais instrumentos para complementar a mesma.
Atuou também como Oficial do Registro Civil por quarenta anos e três meses, no período de
12/09/1957 a 05/12/1997, realizando 14.400 (catorze mil e quatrocentos) Registros de Nascimento,
4.350 (quatro mil e trezentos e cinquenta) Registros de Casamento e 1.771 (um mil, setecentos e
setenta e um) Registros de Óbito. Ele foi também um grande pacificador de questões.
Não frequentou uma faculdade, mas exerceu a função de médio/enfermeiro por muitos anos, aplicando
injeções, realizando curativos, suturas, estancando hemorragias, socorrendo crianças com caroços no
nariz e besouros no ouvido e pessoas engasgadas com espinhas de peixe. Rearticulou mandíbulas e
braços, encanou braços e pernas e retirou lascas de pau, agulhas, espinhos e anzois de muitos que o
procuraram. Como dizia seu filho Antunim: "Papai realiza pequenas cirurgias". Quantos carros-de-boi
pararam à sua porta, em altas madrugadas em busca de socorro e ele sempre ali, pronto para atender,
fazendo o que podia pelo seu próximo...
No desejo de ver a vila florescer, no início da década de sessenta, ao lado de outros, desbravou e
traçou a atual Praça do Coméricio, como também a principal avenida da cidade, nomeando-a Avenida
Princesa Isabel. Nessa mesma época, ele construiu a primeira casa de dois pavimentos do lugar. Muito
progressista e empreendendor, trouxe, na década de setenta, a primeira sorveteria, como também a
primeira cerâmica do lugar, gerando emprego para os moradores locais. Não se pode deixar de citar
também a abertura das ruas, bem como a doação de lotes nos arredores do atual Colégio Professora
Alzira, no intuito de ver a cidade crescer e ser povoada. Outrora, em um de seus discursos, tamanho o
amor a essa terra, dissera: "Tanque Novo, minha lida, por ti darei minha vida!"
Talvez a sua atividade mais marcante tenha sido a de líder político. Foi eleito vereador em Botuporã,
com uma votação expressiva, no ano de 1962. No entanto, não assumiu o cargo devido à morte do seu
pai, em março de 1963. Ele foi o primeiro tanquenovense eleito prefeito, quando Tanque Novo ainda
era distrito de Botuporã. Seu mandato foi apenas de dois anos: 1971 e 1972, período marcado por uma
seca devastadora e por grandes feitos: adquiriu a sede da Prefeitura de Botuporã, como também o
primeiro carro da Prefeitura, uma Pick Up Ford Wiilis, ano 1970; construiu o cemitério público do
povoado de Feira Nova, atual distrito de Caturama; criou o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
Botuporã, construiu vários prédios escolares e foi o primeiro prefeito a distribuir a merenda escolar,
além de saciar a sede e amenizar a fome de muitas pessoas.
Naquele curto espaço de tempo ele conseguiu colocar em prática alguns dos seus projetos: realizou o
primeiro calçamento de rua em Tanque Novo, utilizando pedras rústicas (no beco do açude); ampliou e
renovou a enegia elétrica, com aquisição de três motores e introduziu a rede elétrica com os primeiros
postes de cimento em Botuporã, Tanque Novo e Caturama. Em parceria com o Município de
Paramirim, pôde captar os primeiros sinais de televisão para Tanque Novo. Foi ele, inclusive, quem
possuiu o primeiro aparelho de TV em preto e branco, que funcionava à bateria de carro. Seu governo
deu ênfase ao MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização), criado pelo governo federal, em
1967. Nesse período, também aconteceu a primeira gincana do município, realizada pelo Projeto
Rondon.
Quanto amor dedicado à sua terra! Preocupou-se não só com a educação de seus filhos, mas também
com a de seus conterrâneos... Foi o grande idealizador e fundador do então Ginásio Cenecista de
Tanque Novo, sendo o primeiro presidente de uma sociedade que, por muitos e muitos anos, foi o pilar
de sustentação tanto na edificação, quanto no funcionamento daquela escola. E, juntamente com o Sr.
Venício de Magalhães Carneiro, doou o terreno para edificação da mesma (hoje, Centro Educacional
Profª Alzira Alves Carneiro e Secretaria Municipal da Educação).
Ao lado de outros políticos locais, lutou pela emancipação política de Tanque Novo, fato ocorrido em
1985, e pela criação do BANEB. Em janeiro de 1992, após muita luta e dificuldade, concretizou um dos
seus maiores sonhos: a criação da Comarca de Tanque Novo. O fórum, então, recebeu o nome de
Juvêncio Carneiro Neto em sua homenagem. E na sua inauguração, foi contemplado pelas seguintes
palavras do Meritíssimo Juiz de Direito, Dr. Eduardo Carvalho: "Um gesto de sensibilidade e
demonstração de carinho e respeito do Judiciário, como um todo, foi a justa homenagem ao homem
que representa tão bem a classe dos Serventuários da Justiça. Juvêncio Carneiro Neto é simbolo de
honradez, dedicação e virtude. Parabéns, Tanque Novo!"
Fazia valer qualquer dinheiro público que porventura caísse em suas mãos... No ano de 1987, recebeu
do Governo do Estado uma verba um tanto insignificante e a transformou numa obra de suma
importâancia, que foi a reconstrução da barragem do açude local que estava prestes a se romper,
reforçando-a com uma contenção de concreto.
Os longos anos de sua existência mostraram o seu exemplo de trabalho, de honestidade, de fé, de
heroismo, de humildade, de perseverança, de espírito de luta e, sobretudo, de um homem de grande
caráter, conselheiro, prestativo, generoso, progressista; de um grande chefe de família e de um pai
maravilhoso, de um avô dedicado, que nunca mediu esforços para servir e agradar a sua família.
Dotado de fineza e educação natas, fazia questão de visitar os amigos doentes, e não media distância
para ir a funerais, ser solidário às famílias enlutadas. Muito hospitaleiro, soube, como ninguém, acolher
tantos quantos chegaram a essa terra.
Desde criança, frequentava a Igreja com seus pais e cresceu na religião católica, seguindo a trajetória
religiosa. Foi animador da igreja, comandando cultos, rezas de terços, ladainhas, horas santas...
Juvêncio Carneiro foi um grande devoto do Imaculado Coração de Maria e, por várias vezes, foi
procurador da Festa da Padroeira. Era mordomo da nona noite do tradicional novenário, procurando
abrilhantar da melhor forma possível essa noite, com fogos e muitos leiões. Não se pode esquecer
daquele emocionante "Viva" que com fé, amor e devoção entoava nas festas da Padroeira: "Viva o
Imaculado Coração de Maria!" Também não se pode esquecer a sua voz marcante naquela décima
segunda estação, que emocionava os fiéis na noite da inesquecível Via Sacra campal, da Sexta-feira
Santa.
Como cristão fervoroso e fiel devoto do Coração de Jesus e de Maria, teve a graça e o merecimento de
ser ungido e sacramentado em seus últimos instantes de vida...
Juvêncio viveu oitenta e sete anos... Viva Juvêncio Carneiro Neto!
Morre o ex-prefeito de Botuporã, Juvêncio Carneiro Neto servidor
aposentado.
Faleceu às 16h de quinta-feira (22), em Tanque Novo, o ex-prefeito de Botuporã e servidor aposentado, Juvêncio Carneiro
Neto. Ele tinha 89 anos e administrou o município no período de 1º de fevereiro de 1971 a 31 de janeiro de 1973, quando
Tanque Novo e Caturama ainda eram distritos. Antes, ele também foi vereador e disputou a eleição para o executivo em
1966, mas não obteve sucesso. Na campanha vitoriosa de 1970, a campanha de Juvêncio tinha um famoso jingle: “E todos
eles estão errados/ quem faz prefeito é o eleitorado./ Juvêncio, Juvêncio queremos te eleger;/ Juvêncio, Juvêncio, prefeito
terás que ser”. O ex-prefeito deixa esposa e filhos. O enterro será realizado nesta sexta-feita, às 17h, em Tanque Novo. A
Câmara de Vereadores de Botuporã aprovou, na noite desta quinta-feira, uma Moção de Pesar em virtude do falecimento do
ex-gestor. [Blog do Glauber]
Postado por janilton jesus às 06:28
Dos dignos de Tanque Novo, ele dividia as
primeiras posições. Cidadão exemplar que
conquistou meu respeito e admiração durante
décadas. Sempre o admirei nos discursos
fúnebres ímpares, que somente ele sabia
fazer. Naqueles momentos eu imaginava
quem poderia fazer o mesmo por ele um dia.
E esse dia infelizmente chegou. Que Deus
lhe dê o lugar merecido e que conforte toda
sua família nesse triste luto.
Adailton Fabio Carneiro Silva
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