Ficha Técnica - Até que a Sbornia nos separe

Transcrição

Ficha Técnica - Até que a Sbornia nos separe
PETROBRAS e OTTO DESENHOS ANIMADOS
apresentam
Direção
Otto Guerra
e
Ennio Torresan Jr.
Com as vozes de:
Hique Gomez
Nico Nicolaiewsky
Otto Guerra
André Abujamra
Arlete Salles
Fernanda Takai
Marina Mendo
Claudio Levitan
www.atequeasbornianossepare.com.br
Contato para imprensa:
PAUTA - PRODUÇÃO E CONTEÚDO - wwww.pautaassessoria.com.br
Vera Carneiro [email protected]
Atendimento Matheus Pannebecker [email protected]
Fones 51 3333 55756 / 9992 7654
Pressbook versão preliminar de 01/09/2014
ARGUMENTO
O que acontece quando o muro que separa um pequeno país do resto do mundo cai acidentalmente?
Tranqüilos e parados no tempo, o povo da Sbórnia é agora atingido pelos ventos da modernidade vindos da cidade grande. Os conflitos causados pelo violento choque cultural bagunçam a vida dos protagonistas Kraunus e Pletskaya, dois conhecidos músicos sbornianos. Como conseqüência da interferência continental nos arraigados hábitos da Sbórnia, alguns nativos fazem acordar velhas crenças adormecidas e se põem a resgatar sua identidade. O filme é baseado no espetáculo musico-teatral Tangos
& Tragédias, criado por Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, e que tem sido apresentado pelos palcos do
mundo com grande sucesso pelos últimos 25 anos.
SOBRE O FILME – ATÉ QUE A SBÓRNIA NOS SEPARE
Até que a Sbórnia nos Separe é uma fábula que fala do direito dos lugares de permanecerem com suas
identidades próprias, sem necessariamente assimilar a padronização de culturas hegemônicas. Para isso, adaptou-se para o cinema a metáfora do mundo sborniano – que tem sido apresentado com grande sucesso nos palcos do Brasil há mais de 25 anos e com público total na faixa de 1 milhão de pessoas. Em alguns momentos o filme remete sutilmente às peculiaridades do universo cultural do sul do
país, com sua bebida esquisita e a sisudez de seus habitantes, defendendo as diferenças dos tantos
“Brasis” que existem dentro deste imenso país em que vivemos. Falar das diferenças culturais é falar
também das diferenças individuais, do estilo de cada um e do direito à existência do diferente num
mundo cada vez mais homogêneo e massificado.
O filme é uma livre adaptação do espetáculo músico-teatral gaúcho Tangos & Tragédias, transformado
num longa-metragem pela Otto desenho Animados. A proposta do filme não é trazer uma reprodução
fiel do que se vê no teatro, mas sim recriar o universo fantástico da Sbórnia – terra original de Kraunus
Sang e do Maestro Pletskaya – aproximando esse lugar-nenhum, que vaga perdido pelos mares do
mundo, de nossos universos individuais – peculiares e únicos.
Até que a Sbórnia nos Separe faz uso da técnica de animação 2D clássica (full animation), valendo-se
também de recursos de 3D para otimização da produção em cenas que envolvam reutilização de
cenários e movimentos de câmera mais ousados. O longa será lançado comercialmente com cópia em
3-D (estereoscópica), digital e 35mm.
PATROCÍNIO – FINANCIAMENTO
Patrocínio: BNDES, BANRISUL, BANRISUL CORRETORA, PETROBRAS, RGE
Financiamento: FUMPROARTE, PREFEITURA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE, GOVERNO DO RIO
GRANDE DO SUL, SISTEMA PROCULTURA RS, IECINE RS, POLO AUDIOVISUAL, FINEP, BRDE, ANCINE,
FSA, GOVERNO FEDERAL
EXIBIÇÕES – PRÊMIOS
Prêmio RGE/Fundacine – Lei de Incentivo à Cultura RS
Prêmio Adicional de Renda - ANCINE
Melhor Filme Longa-Metragem – Júri Popular e Melhor Direção de Arte Longa-Metragem - Mostra
Competitiva Longas-Metragens Brasileiros – no 41º Festival de Cinema de Gramado*(2013)
* primeira exibição pública do filme
Melhor Filme Ficção Longa-Metragem – Júri Popular – na 37ª Mostra Internacional de Cinema de São
Paulo (2013)
Selecionado para Waterloo Festival for Animated Cinema (WFAC) – (Waterloo - Canadá) (2013)
Selecionado para o 35º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano – (Havana - Cuba)
Menção do Jurado Jovem no 17º Festival Internacional de Cine de Punta del Este (2014)
Selecionado para o HAFF - Holland Animation Film Festival (2014)
Selecionado para o Anifilm 05 – (República Checa - 2014)
Selecionado para o Annecy 2014 – Out of competition (Annecy – 2014)
Selecionado para o Animamundi – RJ e SP 2014
Selecionado para o Ottawa International Animation Festival – Ottawa 2014
Convidado para o VI Animage – Festival Internacional de Animação de Pernambuco 2014
Selecionado para o 12º FICI - Festival Internacional de Cinema Infantil 2014
Selecionado para o VAF - Viborg Animations Festival –Viborg - Dinamarca 2014
Selecionado para o 12º MUMIA – BH 2014
Selecionado para o 9º Anim´est – Bucareste – Romênia 2014
Selecionado para o 4º Be There! Festival – Corfu – Grécia 2014
OTTO GUERRA E A OTTO DESENHOS ANIMADOS
Otto Guerra é um dos cinco brasileiros citados na bíblia internacional da Taschen sobre animação, o
que já é um luxo total. Confira aí adiante o que diz no livro Animation Now sobre o diretor de Wood &
Stock:
“Otto Guerra pertence à animada e criativa turma do cinema gaúcho no estado brasileiro do Rio Grande do Sul. Com uma carreira diversificada, que abrange filmes publicitários, institucionais e ácidas comédias autorais, ele se tornou o papa underground da animação brasileira, fazendo sucesso e escola
com seu caminho torto. Guerra, em português, é o nome para war/guerre/krieg. Otto armou sua trincheira, a empresa Otto Desenhos Animados, em 1978, e desde então vem alvejando a cultura de massa e os temas infantis com as suas sátiras impagáveis. Os intervalos comerciais das novelas, os trailers
de cinema e os mitos de western já estiveram na mira da sua artilharia. O longa-metragem Rocky e
Hudson, saga de dois cowboys gays, piegas e esquizofrênicos, é hoje um cult movie da animação no
Brasil. Otto Guerra deve sua introdução no cinema a um curso ministrado pelo argentino Félix Folonier. Até então cultivava o hábito infantil de desenhar histórias em quadrinhos, inspirado pelas peripécias de Tin Tin, Blake e Mortimer etc. Quando finalmente assumiu a imagem em movimento, começou
pelos anúncios e as colaborações em sucessos do cinema infantil brasileiro, como Os Trapalhões e a
Turma da Mônica. Mais tarde, passou a freqüentar festivais com suas próprias criações, cheias de humor original e freqüentes inovações narrativas. Em O Reino Azul, por exemplo, um tirano espanta o
tédio pintando o seu reino inteiramente de azul. O advento da computação gráfica sacudiu os métodos
de trabalho de Guerra, que adotou as novas tecnologias em suas produções para o cinema e a televisão. Um bom guerreiro não recusa novas armas para o seu arsenal.” (Animation Now: Taschen, Colonia, 2004, p. 372)
A Otto Desenhos Animados é uma das pioneiras em animação no país, há 35 anos no mercado, com
três longas, 10 curtas e mais de 500 filmes publicitários em seu currículo. Até que a Sbórnia nos Separe
é resultado de uma trajetória de amadurecimento da empresa na produção de conteúdos de animação
e, sem dúvida, sua obra de mais alto padrão de qualidade realizada até aqui.
Destacam-se nessa trajetória, o longa Wood & Stock (2005) no qual a Otto Desenhos Animados fez
mais do que adaptar para a tela os personagens viajandões de Angeli. Mantendo-se fiel a um estilo
que já se tornou marcante, fez-se de Wood & Stock uma sátira das mais debochadas, como já tinha feito em no clássico Novela e no premonitório Rocky & Hudson, história de dois cowboys gays criados pelo alucinado e irreverente Adão Iturrusgarai, que também com base no escracho total, não só antecipou o recente Brokeback Mountain como já fez, também de antemão, a melhor paródia sobre o assunto, que dificilmente será superada por alguma coisa contemporânea semelhante.
O último longa da produtora, Wood & Stock, totalizou 120.560 espectadores (55 mil no circuito comercial e 65 mil em festivais), tendo ganhado inúmeros prêmios: Melhor trilha sonora, Melhor atriz coadjuvante, Prêmio especial do juri no CINEPE-2006; Prêmio Itamaraty de Melhor filme pelo juri popularFIC Brasilia-2006; Melhor longa-metragem de animação no II Animacor, Cordoba Espanha-2006; Melhor Filme pelo júri popular no Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, Portugal2006; Melhor filme pelo juri popular no FestCineBelém-2007; Melhor longa de animação no I Animec,
Ecuador-2008; Melhor longa de animação no I Expotoons, Argentina-2008.
MINI BIO DOS DIRETORES DO FILME ATÉ QUE A SBÓRNIA NOS SEPARE
Otto Guerra
Nascido em Porto Alegre, em 1957, possui uma vasta carreira como diretor de animação. Em 1978,
abriu a produtora Otto Desenhos Animados, onde produziu seu primeiro curta, O natal do burrinho
(1984), selecionado para os festivais de Gramado, Bilbao (Espanha) e Oberhausen (Alemanha). Depois
vieram filmes como Treiler – a última tentativa (1986), O reino azul (1989) e Novela (1992) – os três
vencedores do prêmio Coral de Animação no Festival de Havana –, entre outros. Em 1994, lançou o
seu primeiro longa como diretor, Rocky & Hudson: Os caubóis gays, vencedor do prêmio especial do
júri no festival de Brasília e selecionado para os festivais de Havana e Hiroshima. Já nos anos 2000 fez
seu primeiro curta em 3D, Nave Mãe e, em 2005, exibiu Wood & Stock: sexo, orégano e rock’n’roll nos
cinemas comerciais e em diversos festivais. Em 2013, Otto finaliza seu terceiro longa-metragem, Até
que a Sbórnia Nos Separe, e já produz sua próxima obra baseada na obra do cartunista Laerte.
Ennio Torresan Jr
Nascido no Rio de Janeiro, reside e trabalha em Los Angeles há dezenove anos. Graduado em Belas Artes pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1996. Ainda na faculdade foi fortemente influenci-
ado pelo quadrinho francês e pelo cinema italiano. Já nos anos 1980 começa a expor pinturas em galerias, publicar cartuns e ilustrar para diversas revistas locais.
Ainda no Brasil, aos vinte anos, começa a experimentar com animação o que o levou a criação de seu
curta animado El Macho, premiando-o em diversos festivais mundiais e lançando sua inesperada carreira internacional.
El Macho abriu as portas para uma posição de direção na HBO numa produção de Ralph Bakshi chamada Spicy City, e depois como escritor e diretor de storyboards para o seriado de televisão Bob Esponja da Nickelodeon. Como diretor do seriado da Disney Teacher's Pet é premiado com um Emmy em
2003. Ennio começa então a desenvolver e criar storyboards para vários desenhos animados de longametragem para os estúdios DreamWorks; Madagascar 1, 2 e 3, Kung Fu Panda 1 e 2, Megamente entre outros.
Ennio atualmente está supervisionando o departamento de storyboards do próximo longa metragem
em 3D da DreamWorks, Turbo, com lançamento previsto para Julho de 2013.. Recentemente publicou
pela editora Dark Horse numa compilação entitulada Scrambled Ink as aventuras de um personagem
de quadrinhos baseado em si próprio, Guy From Ipanema.
PERSONAGENS DA SBÓRNIA
Kraunus Sang: Sborniano convicto e apegado às tradições, Kraunus Sang é neto do falecido Ladislau Sang, fundados da C.A.O.S. –
Centro de Ação pelo Orgulho Sborniano. Músico como o avô, ele
se apresenta no espetáculo Tangos & Tragédias, ao lado do parceiro – e nada parecido – Maestro Pletskaya. Apesar da desenvoltura
no palco, Kraunus é muito tímido e tem grande dificuldade de expressar-se em palavras.
Maestro Pletskaya: Apaixonado compulsivo, Pletskaya está sempre as
voltas com seu coração em pedaços. Agora ele viverá (mais) uma intensa paixão pela continental Cocliquot, filha de Alba e Gonçalo, que já
prometeram a mão da filha ao rico Barão de Garden All.
Cocliquot: Jovem, curiosa e rebelde, Cocliquot logo se apaixona por
Pletskaya, depois que ele passa a freqüentar sua casa, disfarçado de
professor de piano. Ela abandona a lua de mel para ir viver sua
aventura de amor com Pletskaya.
Dimitrius: Filho de Kraunus, ele aparece no filme em duas versões: uma
atual, mais velho, como narrador dos fatos que cercam a separação da
ilha da Sbórnia do continente; e outra ainda jovem, dentro da história,
vivendo os acontecimentos. É fã de seu pai e assiste, impotente, a separação familiar e a gradual transformação da mãe, Ludmilla, em uma continental.
Ludmilla: Mãe de Dimitrius e esposa de Kraunus. Como muitos
sbornianos, ela se deslumbra com as facilidades e as liberalidades
continentais e passa a assimilar a nova cultura, abrindo mão das
tradições da Sbórnia.
Gonçalo Delacroix: Ambicioso empresário continental, pai de Cocliquot e esposo de Alba, vislumbra na exploração comercial da planta Bizuwin, cultivada
apenas na ilha da Sbórnia, a solução de seus problemas financeiros.
Jogadores de Machadobol: Praticam um esporte tipicamente sborniano. Jogado
com uma bola de madeira e machados, os jogadores que sobrevivem a cada partida
são tidos como heróis.
Membros da C.A.O.S.: Dedicados à preservação das tradições e costumes locais, os membros do Centro de Ação pelo Orgulho Sborniano
enfrentam dificuldades para suas incontáveis votações devido ao fato
de serem um grupo em número par e estarem sempre divididos.
TANGOS & TRAGÉDIAS E AS ORIGENS DA SBÓRNIA
O Tangos & Tragédias foi criado no ano de 1984, em Porto Alegre. O espetáculo já passou por diversos
teatros do Brasil, além de contar com uma versão em língua espanhola, apresentada em Buenos Aires
(Argentina), Quito (Equador), Manizales (Colombia) e Cádiz e San Sebastian (Espanha). Em Portugal, foi
escolhido pelo público como o Melhor Espetáculo durante o Festival Internacional de Teatro de Almada, em 2003, e Espetáculo de Honra, em 2004 .
Hique Gomez interpreta Kraunus Sang e toca violino, enquanto Nico Nicolaiewsky incorpora o triste
Maestro Plestkaya, o qual toca acordeon e piano. Os personagens são naturais de um país fictício
chamado Sbørnia, do qual os dois teriam fugido, segundo a dupla, após a chegada do rock and roll no
país, refugiando-se no Rio Grande do Sul.
Alguns comentários sobre o espetáculo Tangos & Tragédias:
“Tangos e Tragédias é uma lição para a vida: o que nos separa é justamente
aquilo que nos une. Ensina a gente que alegria e tristeza são dois
lados de uma mesma moeda.”
Hans Joachim Koellreutter
“Sim senhor, Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez, esses de Tangos e
Tragédias, que eu excogitava funâmbulos alambazados, são bufões de
escamel. Me deixaram acataléptico. Perficientes na sonância e na disfônica.
E na distônica, bem, servem de timbre. Didascália de somatoscopia.
Não há cacotecnias. ‘Vot'a mares!’ É de se lhes tirar o chapéu. O melhor
é que os patuscos regamboleiam tanto quanto a malta e se lhes paga,
o patrazana basbaque. Exsudam aprazimento. Se é que me entendem.
De arromba. Vejam enquanto eles estão perto. Vão longe.”
Millôr Fernandes
- “A Sbornia tem muito a ensinar ao Brasil, e não apenas o Copérnico,
sua dança nacional. Eles expulsaram de lá os maestros Kraunus e Pletskaya,
e o exemplo deveria ser seguido aqui, onde os dois anarquistas
musicais, disfarçados de Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky, com seu
Tangos e Tragédias, ameaçam nossos valores musicais, nossa compostura
e nos matam de rir. Fora com eles!”
Luís Fernando Veríssimo
- “Eles fazem jus ao nome Tangos e Tragédias quando contam de forma
dramática as coisas engraçadas do amor. É difícil não se emocionar com
as suas músicas, principalmente com Roxanne, quando eles saem do
palco e se transformam em flautistas de Hamelin, e o público, encantado
como ratinhos, os segue até à rua... até onde eles quiserem.”
Edgar Scandura
- “Para qualquer pessoa inteligente, esta é uma chance como poucas –
uma chance, talvez, como nenhuma outra: assistir um show como quem
recebe uma homenagem, ganha um prêmio ou é surpreendido por uma
alegria inesperada. Tangos e Tragédias é um show que nos faz sentir inesquecivelmente
felizes. Não se pode querer mais. Tangos e Tragédias é a melhor noite que qualquer pessoa pode ter
– pelo menos no interior de um teatro”
Sérgio Augusto de Andrade - Folha da Tarde (SP)
PALAVRAS DO CO-DIRETOR OTTO GUERRA
(Esta entrevista foi publicada na +Soma Ed.16 – Texto de Arthur Dantas)
Esqueça os estereótipos e os desenhos animados para crianças. A Otto Desenhos Animados, criada
pelo lendário notívago e biriteiro gaúcho Otto Guerra, 53 anos, está por aí faz mais de trinta anos jogando areia nos olhos dos incautos e fazendo dinheiro quando possível. O que começou nas telas ingenuamente, com o “O Natal do Burrinho” – sucesso no Festival de Cinema de Gramado de 1984 –
acabou em longas mais cascas-grossas como "Rocky & Hudson" (baseado nos personagens de Adão
Iturrusgarai), de 1994, e "Wood & Stock: Sexo, Orégano e Rock'n'Roll" (personagens de Angeli), de
2006. Após a versão tropical de "Cheech & Chong", o negócio ficou sério: são 42 pessoas trabalham no
longa baseado na peça Tangos & Tragédias, "Até que a Sbórnia Nos Separe" de Kraunus e Pletskaya e
se preparam para a operação mais audaciosa: um filme baseado na fase recente de tiras mais nonsense e existencialistas de Laerte.
“Em agosto de 1978 a Otto Desenhos Animados Ltda. surgiu a partir de uma iniciativa do jovem,
musculoso e talentoso Otto Guerra, do alto dos seus 22 anos de idade. Naquela época a TV broadcast (sic) exigia as mesmas 720 por 486 linhas de definição de hoje e o mínimo para alcançar esse patamar era a película 16mm. Uma câmera Paillard Bolex usada custava algo como 8 mil dólares! (…)
Sendo assim, após locar durante um ano esse equipamento (…) a empresa comprou em São Paulo
(...) a tão almejada Bolex. A primeira Bolex a gente nunca esquece!”
(Fonte: site www.ottodesenhos.com.br)
Qual a maior parte do trabalho do estúdio?
Em vinte e tantos anos de trabalho fiz uns 600, 700 comerciais. Como eu fazia quadrinhos antes de
montar a produtora, a ficção é quase como um filho, e a publicidade com o vínculo com o cliente tem
o objetivo concreto de venda e deixa a coisa muito restrita. Mas foi através desses trabalhos que formei mão-de-obra, comprei equipamentos. Agradeço a propaganda todos os dias, mas que é um saco é
um saco. O último trabalho que a gente fez foi uma campanha grande pra RBS (“Monstros RBS”), que é
a Globo daqui. A partir da genial derrocada do cinema brasileiro causada pelo gênio Collor, com o fechamento da Embrafilme, posteriormente surgiram entidades públicas e privadas sem aqueles vícios
todos de corporativismo, de conchavo, toda aquela merda...
Mas tá rolando de novo, não?
Esse modelo brasileiro de o cinema ser mantido por grana pública é um lance polêmico pra burro: cinema deveria ser uma indústria com o ingresso pagando a produção. Daí tem essa distorção de o cinema não precisar atrair público. Sempre questionei isso: o pessoal fala do lance de dar grana pra filmes e não pra hospitais, por exemplo. Mas é um exagero: um país não ter uma produção de cinema
causa uma doença de falta de identidade. Quando eu era guri o cinema era algo muito mais cultural –
era quase como ler um livro, não era entretenimento apenas. O cinema tá passando por um fenômeno
que é cinema pra comer pipoca e se divertir. No mundo todo.
Como começou seu interesse por animação?
Sou da mesma geração do Jaca e do Angeli, por exemplo. Em Porto Alegre tem uma comunidade de
desenhistas fantástica. Mas todo mundo tem dificuldade pra viver disso. E na década de 1970 já era
assim. A animação foi uma forma de conseguir fazer dinheiro.
Mas animação não era um lance fácil, eu imagino. Ainda mais em Porto Alegre.
Tinha uns argentinos – eles têm uma puta tradição em animação, foram os argentinos que fizeram o
primeiro longa animado do mundo – que vieram pra Porto Alegre, tinham a manha toda, revelar os
filmes de 16mm, sonorizar etc. Eu trabalhei com eles, fazendo muita publicidade, para o Brasil todo.
Como o custo de vida no Rio e em São Paulo era mais alto, as produções lá custavam mais, e assim
gente de todos os cantos faziam com a gente.
E você era uma espécie de sweatshop dos argentinos no Brasil.
Lógico (risos). E assim consegui comprar meu equipamento. Uma câmera custava um balaio de grana.
E na real a história de vender a alma ao diabo custou meu estilo próprio, que era um lance bem "Tintin", do Hergé. Eu perdi o estilo e meu desenho não evoluiu. A partir de 1984 parei de desenhar. O diretor de arte do filme atual é o Alemão (Eloar Guazelli, artista das HQs e ilustrador gaúcho que vive em
São Paulo).
O Allan Sieber e o Fabio Zimbres já trabalharam com você.
O Allan começou bem guri, fazendo faxina, lavando banheiro (muitos risos). O Zimbres fez direção de
arte em dois curtas nossos. O cara tem um estilo fantástico. O Jaca fez pouco. A gente chegou a tentar
fazer um curta que não foi adiante. Mas antes de morrer quero terminar, o trabalho dele se presta
muito a animar.
E tem outros animadores conhecidos que passaram pela produtora?
O Andres Lieban, um argentino que mora no Rio e faz produção para o Canadá, animou o "Rock &
Hudson". O Lancast Mota, um cearense que animou a série "Annabel", que foi a primeira a passar em
TV comercial, na Nickelodeon. Muita gente, aqui em Porto alegre tem muito.
E qual foi a primeira ficção?
Foi o curta "O Natal do Burrinho", de 1984. Naquela época era muito raro um filme de animação brasileiro de ficção. Eu pegava dinheiro do próprio bolso pra fazer esses filmes, não tinha retorno. Com a
retomada do cinema nacional, a partir de 1995, fizemos um longa, "Rocky & Hudson", do Adão Iturrusgarai, que também escreveu o roteiro do longa. Era muito divertido – foi tudo feito à base de muita
birita, o storyboard feito com caneta BIC (risos).
Uma verdadeira esbórnia.
Sim. Aliás, o novo longa é livremente baseado em "Tangos & Tragédias" (Sbórnia é uma metáfora avacalhada do Rio Grande do Sul, uma ilha que fica vagando no oceano criada pelos comediantes Hique
Gomez e Nico Nicolaiewsky), uma peça que está em cartaz faz mais de 25 anos. Eu vi a dupla em 1984
e foi a primeira vez que me identifiquei com algo da cultura gaudéria. Por mais que quando fosse guri
usasse bombacha em Alegrete. Tu acaba se identificando mais com "Johnny Quest" na TV do que com
as tradições.
E como é a animação?
A peça é um musical, uns esquetes. O roteiro tinha a pretensão de fazer cinema comercial mesmo –
mas não estúpido – e chamamos dois roteiristas: o Tomás Kreus e o Rodrigo John, que fez o roteiro do
"Wood & Stock". Está num nível altíssimo!
O estilo é diferente das produções anteriores?
Sim, o filme novo dá um banho. Minha sobrinha de 10 anos viu o "Wood & Stock" e falou: “por que
você fez ele assim?” (risos).
E agora que você é o patrão? Onde entra a sua mão nesse processo?
É uma polêmica aqui no estúdio. Dizem que há dois pólos. Um que escolhe as pessoas para o trabalho,
pra fazer a animação etc., e outro que vai mexer em todo o processo. Eu seria o primeiro: escolhi a história, escolhi quem seriam os melhores animadores e os melhores roteiristas. Participo também na
edição final – o que faz o cinema, a narrativa cinematográfica, é a edição.
O Brasil não tem tradição forte em animação. Isso ajuda ou atrapalha?
Pessoalmente, foi muito importante ter um olho em terra de cego. É bom e é ruim. Por outro lado,
não ter uma escola, uma tradição, não ajuda muito. As primeiras coisas que fiz eram horríveis – são
poucas as coisas que eu não teria vergonha de mostrar. O "Wood & Stock" entrou em todos os festivais – em Brasília só entrou porque não tinha filme brasileiro. Estamos reinventando a roda. Teve o
"Sinfonia Amazônica" (primeiro longa animado do Brasil, de 1953), do Anélio Lattini Filho. A gente quer
ter uma produção constante, tem feito um trabalho atrás do outro e esse novo filme vai nos colocar
em outro nível.
E o cinemão de animação dos Estados Unidos? Pixar, Disney etc...
Eu gosto muito. Eles estão num nível de roteiro surpreendente. A expressão mais desenvolvida do ser
humano é o desenho, porque é a mais antiga – é dela que vem a escrita. A animação com desenho é
algo muito fantástico, tem muito a se desenvolver. Estamos produzindo um roteiro em cima da obra
do Laerte, "Cidade dos Piratas". Eu tava indo pra São Paulo conversar com ele e caiu a ficha que não
valia a pena tentar esse tipo de cinemão, início-meio-conflito-virada-virada-fim, porque não dá pra
competir. No filme do Laerte vou me agarrar a referências ao cinema marginal brasileiro – brincar em
cima da transgressão. E esse existencialismo atual do Laerte é genial. Já tem um argumento, usando as
tiras mais atuais: vamos usar várias fases dessas tiras, amarrando tudo isso. É um longa, porque tem
que ser um produto pra ter visibilidade. Só assim tem chance de ser exibido. O Brasil é um país muito
rico culturalmente. A gente tem essa coisa de falar que o país é pobre, atrasado, e é um estereótipo
que vem de fora. Em um festival na Itália, passou o "Wood & Stock". Um italiano numa mesa de debate ficou assustado pelo fato de o governo pagar por um filme daqueles, com sexo, drogas. E eu falei:
“Sim, o Brasil é um país muito evoluído” (risos). E é verdade! O italiano ficou de cara. Fizemos uma coprodução sobre o José Lutzenberger, um ecologista famoso aqui do Sul, secretário do Meio Ambiente
no governo Collor. Bebum notório, uma pessoa maravilhosa. Ele contou pra mim, em um bar, uma história ótima: já muito incomodado com a história toda do governo etc, ele foi pra Áustria em encontro
com o Collor, a Zélia Cardoso de Mello – só o primeiro escalão. E todos os ministros, o presidente, falando em inglês, dizendo que o Brasil era um país pobre. O Lutz falava alemão fluente, e fez um discurso que era mais ou menos assim: “O Brasil é um país rico em todos os aspectos, tem riquezas naturais,
um povo maravilhoso, uma cultura riquíssima... pobres são os políticos, como vocês puderam observar
pelas falas anteriores” (risos). E ninguém do governo sabia alemão. No outro dia, com a repercussão
toda, exoneraram o Lutz do cargo.
Tem muitos animadores brasileiros trabalhando para os grandes estúdios no exterior?
O Carlos Saldanha, por exemplo. Ele fez a direção do "A Era do Gelo",criou aquele esquilo maluco. Teve o Ennio Torresan, que trabalhou em "Madagascar", "Bob Esponja"...
Você pensou em ir pra gringa?
Eu tive algumas propostas – era muito dedicado, nerd, mandava currículo pra todos os lados. Chegaram até a me chamar, mas eu não sabia inglês e pensei: “Porra, vou acabar diluído naquilo tudo”. E tinha um clichê da época que dizia “é melhor ser a cabeça do rato do que o rabo do leão” (risos). Com
esse filme do Laerte eu quero fazer um clássico, com ideias que não tentem reproduzir aquela maravilhosa e fantástica indústria americana, que vem evoluindo continuamente desde "A Branca de Neve".
Você gosta de algum animador novo por aqui?
Tem aquele povo que fez o "Avaiana de Pau", completamente anárquico, e o próprio Allan Sieber, com
a Toscographics, que eu admiro muito.
Você fez a voz de Deus em Deus é Pai (série polêmica criada por Sieber), né?
Sim, foi primeiro papel que eu fiz. Me deram um à minha altura (muitos risos). Eu ajudei também na
filmagem. Acabamos em Paris por causa do filme, tomando chope (risos).
Saiba Mais:
Além do Youtube, você pode ser os filmes da Otto Desenhos Animados em
www.ottodesenhos.com.br
www.portacurtas.com.br
CURIOSIDADES DA PRODUÇÃO
- Até que a Sbórnia nos Separe faz uso da técnica de animação 2D clássica (full animation), valendo-se
também de recursos de 3D para otimização da produção em cenas que envolvam reutilização de cenários e movimentos de câmera mais ousados.
- É a primeira produção do estúdio totalmente digital (sem papel).
- O filme ao longo de sua produção gerou mais de 500 mil desenhos.
- Contando com pessoas que trabalhavam via internet tivemos mais de 100 desenhistas trabalhando
no filme.
- Apesar de ser uma produção gaúcha, tiveram animadores de vários Estados, incluindo: Paraíba, Goiás, Amazonas, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, entre outros.
- Durante a produção do longa-metragem nasceram 6 bebês e foram consumidos 750kgs de café.
- O filme já teve vários nomes, entre eles "Fuga em Ré Menor para Kraunus e Pletskaya".
- Estendendo-se o storyboard do filme, ele ocuparia 56 metros quadrados.
- Pra fazer a animação das cenas de musica, os animadores tiveram lições sobre os instrumentos musicais com os artistas Nico Nicolaiewsky e Hique Gomez.
- O cachorro mascote da Otto Desenhos Animados, chama-se Kraunus.
- O nome da cidade do continente é Satolep (pelotas ao contrario).
- Um dos animadores chama-se Hermes que é o mesmo nome do pombo da Cocliquot.
- Existe um manual de regras oficiais para o jogo de Machadobol.
- O vocabulário total da língua Sborniana aumentou em 257 verbetes depois da produção do filme.
COMENTÁRIO SOBRE A TRILHA SONORA
Para cuidar da trilha sonora de Até que a Sbónia Nos Separe convidamos o talentoso André Abujamra
– músico, ator, produtor e diretor. Abujamra se lançou no meio musical num gripo chamado “Os Mulheres Negras” nos anos 80. Mas foi como vocalista da banda Karnak, em 1992, que seus experimentos
musicais tiveram o merecido reconhecimento.
Abujamra, ou Abu, como é conhecido no circuito, é responsável por diversas trilhas marcantes do cinema nacional, entre elas “Um Copo de Cólera”, “Bicho de Sete Cabeças” e “Carandiru”. Para o longa
de animação da Otto Desenhos Animados, o trabalho foi experimental.
Além das composições de Abujamra, a trilha conta ainda com regravações feitas pelos sbornianos Hique Gomez e Nico Nicolaiewsky para clássicos como “Copérnico” e “O Ébrio”, que figuram no espetáculo músico teatral Tangos & Tragédias há anos; além de novas releituras.
FILMOGRAFIA DA OTTO DESENHOS ANIMADOS
1. Produções em ficção:
1.1 O NATAL DO BURRINHO (35 mm) - 5 min 1984
Melhor Curta-Metragem Gaúcho no Festival de Gramado – 1984
Selecionado para Festivais em Bilbao (Espanha) e Oberhausen (Alemanha)
1.2 AS COBRAS (35 mm) - 6 min 1985
Melhor Curta-Metragem Gaúcho no Festival de Gramado - 1985
Melhor Trilha Sonora no Festival de Gramado - 1985
Melhor Curta-Metragem no Festival do Maranhão - 1985
1.3 TREILER - A ÚLTIMA TENTATIVA (35 mm) -5 min 1986
Melhor Curta-Metragem Gaúcho no Festival de Gramado - 1987
Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado - 1987
Melhor Curta-Metragem no Festival do Maranhão - 1987
Prêmio Coral de Animação no Festival de Havana (Cuba) - 1987
Selecionado para os Festivais de Annecy (França) e Huelva (Espanha)
1.4 O REINO AZUL (35 mm) - 14 min 1989
Melhor Filme da Década no I Festival de Cinema Animação - João Pessoa-1992
Prêmio Coral de Animação no Festival de Havana (Cuba) - 1989
Prêmio Especial do Júri no Festival de Gramado - 1989
Selecionado para os Festivais de Espinho (Portugal) e Annecy (França)
Selecionado para a Retrospectiva Brasileira no Festival de Animação Ottawa (Canadá)- 1998
1.5 NOVELA (35 mm) - 8 min 1992
Melhor Curta-Metragem no IX Rio-Cine Festival - 1993
Prêmio Especial Júri no Guarnicê de Cine-Vídeo do Maranhão - 1993
Melhor Curta-Metragem pelo Júri Popular no Festival de Gramado - 1993
Prêmio Coral de Animação no Festival de Havana - 1993
Selecionado para os Festivais de Espinho (Portugal), Vina del Mar (Chile) e Bilbao (Espanha)
1.6 ROCKY & HUDSON (35 mm) - 63 min 1994
Prêmio Especial do Júri Festival de Brasília - 1994
Melhor Filme no Festival de Animação de João Pessoa - 1995
Melhor Filme Júri Popular no Guarnicê Cine-Vídeo Maranhão - 1995
Selecionado para o Festival de Havana (Cuba) e Hiroshima (Japão)
Convidado para o II Festival Gay e Lésbico de Lisboa - 1998
1.7 O ARRAIAL (35 mm) - 14 min 1997
Prêmio Banco do Nordeste na Jornada de Cinema da Bahia - 1997
Melhor Desenho Animado no Festival de Vitória - 1997
Melhor Desenho Animado II Festival de Cinema e Vídeo de Recife - 1998
Melhor Trilha Sonora de Desenho Animado no II Festival de Recife - 1998
Melhor Desenho Animado no Guarnicê Cine-Vídeo Maranhão - 1998
Selecionado para Festival de Animação de Bruxelas (Bélgica) e Mendrisio (Suíça)
Selecionado para o Festival de Animação Lleida (Espanha)
1.8 CAVALEIRO JORGE (35 mm) - 14 min 2000
Prêmio de Apoio à Produção 'Resgate do Cinema Brasileiro MinC - 1994
Prêmio de Apoio à Produção do Fumproarte de POA - 1994
Melhor Roteiro de Animação no Festival de Recife - 2001
Melhor Roteiro de Curta-Metragem no Guarnicê Cine-Vídeo Maranhão – 2001
Selecionado para a 11ª Mostra Internacional de Curtas de SP - 2000
Selecionado para o projeto Curta nas Telas de Porto Alegre - 2000
Selecionado para o 10º Cairo Internacional Film Festival (Egito)
Selecionado para o 5th Brazilian Film Festival of Miami (USA)
Selecionado para o 1st D-I-F-F (USA)
1.9 NAVE MÃE (35 mm) – 12 min 2004
Prêmio de Apoio à Produção para Curtas-Metragens - MinC – 2001
Melhor Filme de Animação – Florianópolis Audiovisual Mercosul – 2005
Melhor Filme de Animação – Jornada de Cinema da Bahia – 2005
Melhor Filme Gaúcho no Festival de Cinema de Gramado – 2004
Selecionado para o projeto Curta nas Telas de Porto Alegre - 2005
Selecionado para o 4th Teerã International Animation Festival - 2005
Selecionado para o Anima’05 – Jornada de Animación de Córdoba – 2005
1.10 WOOD & STOCK: SEXO, ORÉGANO E ROCK’N’ROLL (35 mm) - 81 min
Selecionado para 25th. International Animation Film Festival – Anima (Bélgica) - 2006
Melhor Trilha Sonora, Melhor Atriz Coadjuvante (Rita Lee na voz de Rê Bordosa) e Prêmio Especial do
Júri no 10º CINE-PE 2006 Festival do Audiovisual - 2006
Exibido fora de competição na Mostra Première Fortaleza – 16º CINE CEARÁ Festival Ibero-Americano
de Cinema e Vídeo - 2006
Selecionado para a 1ª Mostra de Cinema de Ouro Preto - 2006
Selecionado para a competição oficial de longas no 7th International Animated Film Festival of Madrid
ANIMADRID - 2006
Exibido fora de competição (maior público total para um único filme no festival)- 14º Festival Internacional de Animação ANIMA MUNDI – 2006
Exibido fora de competição no 34º Festival De Gramado - 2006
Exibido no 30th Weiterstadt Open Air Filmfest (Alemanha, Weiterstadt, Ago 2006)
Selecionado para a competição oficial do 1º Animest – Animation International Film Festival of Romênia (2006)
Exibido fora de competição na mostra Midnight Movies - Festival Internacional do Rio - 2006
Melhor Longa-Metragem – 2º Festival Internacional de Animación ANIMACOR 2006 (Córdoba - Espanha) 2006
Convidado para exibição fora de competição - 3a. Mostra Curta Pará Cine Brasil - 2006
Prêmio Itamaraty para o Cinema Brasileiro – Júri Popular – 8º FICBRASÍLIA Festival Internacional de Cinema de Brasília - 2006
Convidado para exibição fora de competição no 13º Vitória Cine Vídeo - 2006
Selecionado para a competição oficial no CINANIMA Festival Internacional de Cinema de Animação
(Espinho - Portugal) - 2006
Convidado para exibição - Imagem Dos Povos Mostra Internacional Audiovisual - 2006
Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no 10º Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da
Feira (Santa Maria da Feira - Portugal) - 2006
Prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular no 3º FESTCINEBELÉM - 2007
Convidado para exibição fora de competição no 10º Festival Internacional De Cine De Punta Del Este
(Uruguai) - 2007
Selecionado para competição oficial no 14º San Diego Latino Film Festival (San Diego - USA) - 2007
Selecionado para competição oficial no Delray Beach Film Festival (USA) 2007
Selecionado para a sessão Brazil Guest Country no 22º Guadalajara International Film Festival (México)
- 2007
Seleção oficial 14º Trickfilm Festival - Stuttgart International Festival of Animated Film (Alemanha) 2007
Seleção oficial – 7º Festival Internacional de Cine y Vídeo de Temática Sexual (Argentina) - 2007
Seleção oficial - 3rd UK Brazilian Film Festival (Inglaterra) - 2007
Convidado para exibição fora de competição – 4º Festival Internacional de Animación de Córdoba –
ANIMA’07 (Argentina) 2007
Convidado para exibição na mostra especial de animação no 23º Bogotá Film Festival (Colômbia) 2007
Seleção oficial - FIAE 2007 – Festival Internacional de Animação Erótica - 2007
1.11 A CIDADE DOS PIRATAS (35 mm) - 75 min (em produção)
Prêmio para Desenvolvimento de Projeto – Santander/Pref. POA – 2004
Prêmio para Desenvolvimento de Projeto – Ancine – 2004
Selecionado para financiamento no FSA/Prodecine 1 – 2010
Selecionado no Programa de Patrocínio Petrobras – 2011
Selecionado para Patrocínio do BNDES – 2012
2. Produção comerciais:
Realização de mais de 500 comerciais publicitários e audiovisuais desde 1978, com destaque para a recente campanha Os Monstros de combate à violência contra a criança e também valorizando a educação da RBSTV.
FICHA TÉCNICA COMPLETA – ATÉ QUE A SBÓRNIA NOS SEPARE
VOZES
Hique Gomez – Kraunus e Dimitrius adulto
Nico Nicolaiewsky - Pletskaya
André Abujamra – Gonçalo
Antônio Falcão - Asdrobovaltzen
Arlete Salles - Alba
Caio Alves Pereira – Dimitrius criança
Cláudio Levitan - Kanflutz
Felipe Mônaco - Funcionário Trágico, Funcionário Otimista e Funcionário Neutro
Fernanda Takai - Cocliquot
Heinz Limaverde Starkey - Agananov
Marcos Kligman – Mordomo
Marina Mendo – Ludmila e Velha Caolha
Otto Guerra – Garden All e Adolphus Dendo
Pedro Harres – Pombo Hermes
VOZES ADICIONAIS
Antonio Carlos Falcão
Clara Bischoff Alencastro
Fred Messias
Giovanna Zottis
Heron de Souza Salatino
Jeferson Rachewsky
João de Ricardo
Larissa Lewandowsky
Leandro Lefa
Lisandro Bellotto
Marina Mendo
Marisa Rotemberg
Marta Machado
Pedro Harres
Ricardo Assoni
Rodrigo Najar
Vandré Ventura
PRODUÇÃO
Marta Machado
Otto Guerra
PRODUÇÃO EXECUTIVA
Marta Machado
ASSISTENTE DE PRODUÇÃO
Eduardo Rodrigues de Souza
Fernanda Brutschin Severo
Fernanda Oliva Drumond
Giovanna Maia
ROTEIRO
Rodrigo John
Tomás Creus
Grace Luzzi
Joana Bischoff Alencastro
Lucimar Espinosa Domingues
Sara Soares
CONSULTORES DE ROTEIRO
Cláudio Levitan
Hique Gomez
João Gilmar Rodrigues
Nico Nicolaiewsky
DIREÇÃO
Otto Guerra
Ennio Torresan Jr.
ASSISTENTE DE DIREÇÃO
Pedro Marques Harres
Raíssa Kellermann
SUPERVISOR DE STORYBOARD
Ennio Torresan Jr.
STORYBOARD
Ennio Torresan Jr.
Anderson Sudário
Marco Schmidt de Arruda
EDIÇÃO DE ANIMATIC
Pedro Harres
Anderson Sudário
DIREÇÃO DE ARTE
Eloar Guazzelli
Pilar Prado
DIREÇÃO DE ARTE ADICIONAL
Ruben Castillo
MODELAGEM 3D
Anderson Sudario
Luiz “Monty” Pellizzari
Marco Antonio Schmith de Arruda
ASSISTENTE DE DIREÇÃO DE ARTE
Andréa Martau
Geórgia Mara Reck
Gustavo Wolffenbüttel
Jorge H. Loureiro
Luiz Gustavo Vargas “Insekto”
Paula Carboni Godecke
Pilar Prado
Otto Guerra
Pilar Prado
DIREÇÃO DE ANIMAÇÃO
Fabiano Pandolfi
ANIMAÇÃO
Fabiano Pandolfi
Alisson Ricardo Costa
Bruno Carias Fogaça
Cláudio Vieira de Oliveira
Débora Grahl Saucedo
Diego Oliveira Cassel
Diego José Lima Silva
Eduardo Medeiros
Flávio Reis
Gui Klein
Hermes de Lima
Luiz Henrique Lopes Pellizzari
Paulo Muppet
Tadao Miaqui
Wesley Rodrigues
Everton Costa de Souza
Cabong Studios
Fred Rubim
Gabriela Klaus da Silva
Gui Klein
Gustavo Wolfenbüttel
Hermes de Lima
Humberto Kehdy
Jacqueline Lima
Leo Rangel
Lívia Koeche
Lucio Andrade da Silva
Luiz G. Vargas “In-sekto”
Mário Nosoline
Pedro Marcelino
Pedro Porto
Priscila Penedo Torres
Rafael Ribeiro Sinnott
Rock Siles Barcellos
Ruben Castillo
Saulo Nunes Marques
Thiago Freesz
Thivá Fróes de Souza
Vilmar Rossi Junior
Wesley Rodrigues
ANIMAÇÃO 3D
Marco Antônio Schmith de Arruda
Anderson Sudário
Luiz “Monty” Pellizzari
ASSISTENTE DE ANIMAÇÃO
Alexandre Belmonte Oliveira
Alisson Ricardo Costa
André Areia Santos
Andréa Martau
Bruno Carias Fogaça
Bruno Fabian Simões Gomes
Daniel Grahl Saucedo
Débora Grahl Saucedo
Diego Cassel
Diego José Lima Silva
Eduardo Medeiros
COORDENADORES DE ARTE FINAL
Andrea Martau
Bettina Rupp
Débora Grahl Saucedo
Giancarlo Zardo
ARTE FINAL
Adriana F. Barbisan
Alexandre Leoni
Ana Moura
Luiz “Monty” Pellizzari
Raissa Kellermann
Sheila Kircher
Vagner Santos “Shadowman”
Aurora Rupp
Bruno Carias Fogaça
Bruno Fabian S. Gomes
Carla Guimarães Teixeira
Daniel Grahl Saucedo
Daniel Eizirik
Danilo R. Dias Ferraz
Desirreé Biskup
Diego Cassel
Diego Urrutia
Diones Ignacio da Cunha
Edu Müller
Elton Padeti
Flávia Felipe
Francine Rocha Gonzáles
Geórgia Reck
Giovanna Maia
Gui Klein
Gustavo Wolffenbüttel
Hermes de Lima
Jacqueline Lima
Jefferson J. de Quei-roz
Jorge Elo
Jorge H. Loureiro
Jorge Soledar
Júlia Bacellar Corrêa
Kellen de Almeida Zinelli
Leo Rangel
Leilane Krebs
Lívia Koeche
Lucas Moraes
Luciano Giovani
Lucio Andrade da Silva
Luiz Gustavo Vargas “Insekto”
Maíra de Oliveira da Silva
Marcel Trindade
Marcos Sabadin
Marina de M. Taffarel
Mário Nosoline
Mauricio Mazza
Melissa Webster
Paula Carboni Godecke
Pedro Marcelino
Pedro Porto
Rafael Ribeiro Sinnott
Raquel Fukuda
Rock Siles Barcellos
Rodrigo Gonçalves
Taísa Ennes Marques
Tatiana de Morais Tesch
Thailiny Cruz
Vanderléia Lima
Vanessa Girardi
Zando Gonçalves
COORDENAÇÃO DE COMPOSIÇÃO DE IMAGEM
Marco Antônio Schmith de Arruda
Anderson Sudário
Rafael Borges
COMPOSIÇÃO DE IMAGEM
Ana Terra Ribeiro Torquato
Anderson Sudário
Anthony Brian Reidy
Carlos Alexandre Machado
Caroline Barrueco
Eduardo Armbrust
ASSISTENTE DE COMPOSIÇÃO DE IMAGEM
Diego Oliveira Cassel
Gui Klein
Elise de Castro Hillmann
Henrique Geremia Nievinski
Luiz “Monty” Pellizzari
Marco Antônio Schmith de Arruda
Rafael Borges
Marcos Elias Berghahn
Sheila Kircher
MONTAGEM
Pedro Marques Harres
MONTAGEM ADICIONAL
Alfredo Barros
Otto Guerra
1
FINALIZAÇÃO DE IMAGEM
Anthony Brian Reidy
Marco Antônio Schmith de Arruda
CONVERSÃO ESTEREOSCÓPICA
José Maia
Fabiano Pandolfi
Pedro Harres
Otto Guerra
Luiz “Monty” Pellizzari
CRIAÇÃO DE MATERIAL GRÁFICO
Fred Messias
ASSESSORIA JURÍDICA
Aline Graeff Guerra
Luiz Felipe Garcia
CONTADOR
Maria Correa Machado
SUPORTE EMOCIONAL
Nadia Mary
SUPORTE TECNICO
Rafael Ribeiro Sinnot
Rodrigo Troian
Tales Henrique M. Rodrigues
Zehas
Henrique Homrich
DESENHO DE SOM E MIXAGEM
Tiago Bello
Alessandro Laroca
Eduardo Virmond Lima
Armando Torres Jr.
ESTÚDIO DE SOM E MIXAGEM
Armando Torres Jr
Eduardo Virmond
Tiago Bello
Alessandro Laroca
1927 Audio
Full Mix Estúdios
Gogó Conteúdo Sonoro
ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO DE DIÁLOGOS
Gogó Conteúdo Sonoro
Kiko Ferraz Studios
Tec Áudio
1
ESTÚDIOS DE GRAVAÇÃO DE TRILHA SONORA
A Voz do Brasil
Gogó Conteúdo Sonoro
Kiko Ferraz Studios
GRAVAÇÃO DE DIÁLOGOS
Tiago Abrahão
EDIÇÃO DE DIÁLOGOS
Raiza Rodrigues
EDIÇÃO DE EFEITOS
Priscila Pereira
Aline Heibel
Marcos Lopes
EDIÇÃO DE SONS AMBIENTES
Sérgio Kalil
EDIÇÃO DE FOLEY
Anderson Tieta
Augusto Stern
Fernando Efron
FOLEY ARTIST
Roger Hands
Augusto Stern
ASSISTENTE DE EDIÇÃO DE DIÁLOGOS
Dennys Rocha
ASSISTENTE DE EDIÇÃO DE FOLEY
Juliano Schultz
ASSISTENTE DE MIXAGEM
Renan Deodato
PRÉ-MIXAGEM DE DIÁLOGO
André Tadeu
ESTAGIÁRIO DE EDIÇÃO DE EFEITOS
Murilo Silvestrim
ESTAGIÁRIO DE EDIÇÃO DE FOLEY
Adriano Elias
1
COORDENADOR TÉCNICO MIXAGEM
Paulo Servello
PRODUÇÃO DE MIXAGEM
Alessandra Casolari
Débora Arima
Juliane Machado
TRILHA SONORA ORIGINAL
André Abujamra
Nico Nicolaiewsky & Hique Gomez
INSTRUMENTISTAS
Gustavo Pinto Lessa
Roberto Alves Rodrigues de Araujo
Mario Sérgio Rocha
Fabio Tagliaferri Sabino
Israel Fogaça Junior
José Alexandre Leme Lopes Carvalho
Luiz Britto Passos Amato
Marcos Fokin
Músicas do espetáculo “Tangos e Tragédias”
- Copérnico
- Desgrazzia ma non troppo
- Epitáfio
- Aquarela da Sbórnia
Outras músicas compostas:
Trevo de Quatro Folhas (I’m Looking Over Four-leaf Clover)
Composição: Nilo Sérgio/Mort Dixon/Harry Woods
Interpretação: Fernanda Takai
Fonograma gentilmente cedido por Deckdisc
Rosa © 1933 {Pixinguinha} – MANGIONE, FILHOS & CIA LTDA
Composição: Alfredo da Rocha Vianna (Pixinguinha) e Otávio de Souza
Interpretação: Alfredo da Rocha Vianna (Pixinguinha) (pediram para exibir nos créditos da maneira
que esta no contrato)
No te Reprimas (In the Style of Menudo)
Ameritz Music Ltd
CINECOLOR DIGITAL
Diretor Geral: David Trejo
Gerente de Pós-produção: Jony Sugo
1
Gerente Comercial: Cacá de Carvalho
Atendimento: Mariana Hirsch
Carol Abreu
Coordenação de Finalização: Marina Herrador
AGRADECIMENTOS
Adriana Barbisan
Adriana Lessa
Alba Berutti Guerra
Ana Adams de Almeida
Ana Maria Vieira
Andréa Francez
Barbara Nicolaievski
Beatriz Bia
Beto Andrade
Bettina Rupp
Bruno Britto
Bruno Wainer
Cristiano Scherer
David Mussel
Edite Hessel Berutti
Eduardo Haesbaerj
Elaine Vaz
Fede Olivari
Franco Ferreira
Frank Coe & Família
Gabriela Guerra Messias
Gisele G. & Familia
Guilherme Araujo
Film Recorder Arrilaser: Thiago Leoni
Uillian Mendes
Master DCP:Marcos Souza
Reginaldo Veloso
Engenharia: Claudio Prange
Jac Sanchotene
João Henrique
Jorge Graeff Guerra
José Maia
Juzinha
Keiko & Kellen & Kyoko
Keyle Barboza
Kingdim
Larissa Lewandoski
Leo Felipe
Liana Keller
Liege
Luana Bonfrisco
Luci Moraes
Luciana Druzina
Luiz Alberto Cassol
Marcela Percott
Márcia Corrêa Machado
Márcia Deretti
Márcia Uhry Boeira
Marco Aurélio Marcondes
Maria Antônia M. da Silva
Marlei Corrêa Machado
Marta Biavaschi
Mateus & Virgínia
Mia Felipe
Nando Pêra
Natália Alencar
Paola Oliveira
Pat Fantinel
Paul
Paulo Alcoforado
Paulo Sacramento
Paulo Scott
Polaca
Rodrigo Camargo
Sepé de Los Santos
Sharlene & Cia
Stefanie Mendes
Tatiana Cuberos
Teresa G. Miguel Berutti
Tiago Graeff Guerra
Vilmar Figueró & Cia
Yully Patzinger
APOIOS
Bar e Restaurante Odessa
Via Imperatore Restaurante
Dez Comunicação
Marcelo Pires
LZ Comunicação
Sinergy
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