In Revista Volta ao Mundo, Maio 2013

Transcrição

In Revista Volta ao Mundo, Maio 2013
O NOSSO PASSAPORTE TEM O MELHOR SELO,
O SELO DA SUA CONFIANÇA!
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de confiança dos nossos leitores e que aceitamos com a promessa de continuar a proporcionar
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a acompanhar-nos na descoberta do mundo das viagens.
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Bons Ventos
Portugal & Espanha Angsana Spa, no Algarve, premiado, página 36
ZAMBUJEIRA DO MAR
PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS
O melhor de
quatro mundos
Em plena Costa Vicentina, o Zmar
apresenta-se como um Eco Campo
onde as boas práticas ambientais
dão o mote para uma experiência
única, em que natureza é também
sinónimo de luxo e conforto.
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Bons Ventos
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Para onde quer que se olhe, o verde dos campos, salpicado do amarelo e azul das flores
silvestres, domina a paisagem. No ar sente-se
um cheiro a rosmaninho e alfazema. Aqui e
ali, veem-se borboletas coloridas e os pássaros voam como loucos, em bando, num festim
de pios e chilreios que é impossível ignorar.
É a primavera no seu esplendor, apenas à
distância de um olhar, vista desde o alpendre
de uma das casas de madeira do Zmar.
Situado no coração da Costa Vicentina, bem
perto da Zambujeira do Mar e a poucos quilómetros de algumas das mais belas praias
da região, este projeto de ecoturismo consegue reunir o melhor, não de dois, mas de
quatro mundos, ao juntar o mar com o campo
e o conforto de um resort de luxo com a atitude despreocupada do campismo. Tudo isto
com uma forte preocupação ambiental, que
se tornou uma das imagens de marca deste
empreendimento, concebido de raiz para se
integrar no riquíssimo cenário natural da
região, conservando ao máximo os seus recursos. Para isso foram utilizados materiais
renováveis como a pedra, a madeira (vinda de
florestas certificadas) ou o plástico reciclado
– do qual são feitas, por exemplo, as mesas
e cadeiras junto à piscina. Outro pormenor
importante: todo o empreendimento, das casas às restantes infraestruturas, está construído acima do solo, de modo a anular os
efeitos negativos da impermeabilização dos
solos. Uma solução prática para um problema
sério e um exemplo perfeito do conceito deste Eco Campo, que tem como tema «a natureza e a ecologia». Como nos é explicado à
chegada, «o Zmar oferece um serviço de turismo sustentável com consciência ambiental,
mas com todo um conforto e variedade de
serviços que marcam a diferença».
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Ao todo, são mais de oitenta hectares de
terreno, rodeados pelo Parque Natural do
Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que
englobam três tipos de alojamento de madeira, todos com pequeno-almoço incluído:
Oitenta Zmóveis (até três ocupantes), 29
Zchalets (até seis ocupantes), oito Zchalets
adaptados para pessoas com mobilidade
reduzida e nove Zvillas (até seis ocupantes),
para além de um sem-fim de serviços e
equipamentos. Para os mais aventureiros,
existe ainda a zona Wellcamp, um espaço
destinado aos novos campistas, que pretendem a experiência de um contacto mais direto com a natureza, em tenda ou caravana,
mas sem abdicar de todo o conforto e bem-estar proporcionado pelo Eco Campo.
É também nesse sentido que, este ano, surge o novo serviço Glamping: uma tenda de
luxo, com estrado de madeira e capacidade
para seis pessoas, equipada com tapetes no
chão, colchão de casal com roupa de cama,
mosquiteiro, puffs, candeeiro, mesa baixa e
bacia com jarro e toalhas.
Outra novidade é o Zmonte, que permite
adquirir uma casa de madeira e instalá-la
no Zmar para utilização própria ou investimento (cedendo-a para aluguer). Os custos
de construção ficam a cargo do proprietário,
que tem ainda de cumprir determinados
Volta ao Mundo maio 2013
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FOTOGRAFIAS DE PAULO SPRANGER/GLOBAL IMAGENS
critérios ambientais. Depois, mediante o
pagamento de uma taxa mensal de 110
euros, que inclui água, luz e internet, fica
habilitado a usufruir de todos os serviços
do Eco Campo, que são bastantes… Do
renovado restaurante Frezco, agora com
cozinha ao vivo, que propõe pizas, massas
e grelhados feitos na hora e à escolha do
cliente, ao novo bar/tenda Chill-Out, em
funcionamento nos fins de semana a partir de junho, são muitas as propostas. Um
dos locais mais apelativos é a enorme
piscina exterior, sempre com espaço para
todos, seja para um simples mergulho ou
umas vigorosas braçadas ao longo dos
seus cem metros de comprimento. Também
obrigatória é a piscina de ondas coberta,
que recria quase na perfeição a sensação
de um revigorante banho de mar.
A zona desportiva, mais afastada da principal área comum, inclui dois campos de
ténis, um polidesportivo e dois campos de
padel cobertos. Há ainda a possibilidade
de alugar bicicletas ou descontrair no Zpa,
um centro de bem-estar, pago à parte,
com serviço de massagens, sauna, banho
turco, hidromassagem e ginásio (este de
uso livre e gratuito).
E, sendo um espaço familiar assumido, os
mais pequenos também não foram esquecidos, tendo a sua área própria – que inclui
parque infantil e clube de crianças com
diversas atividades diárias – integrada num
espaço de quatro hectares. Também a pensar nos mais novos (mas não só), foi instituída a «Hora de Alimentar os Animais»,
durante a qual os clientes têm oportunidade de alimentar os bichinhos que vivem na
herdade: patos, burros, ovelhas e cabras.
Quanto ao resto, é campo a perder de vista e muitas surpresas por descobrir, como
o remodelado percurso de arvorismo (um
dos maiores do país), composto por longos
troços de slide e pontes suspensas entre
enormes sobreiros. Ou então simplesmente deixar-se estar, de olhos fechados, a
ouvir os pássaros… Miguel Judas
Herdade A-de-Mateus
EN 393/1, São Salvador (Odemira)
Zmóvel a partir de 83 euros por noite (2
ocupantes; pequeno-almoço incluído)
zmar.eu
Bons Ventos
LISBOA
Rápido, mas não descartável
Dois dos mais mediáticos chefs portugueses, José Avillez
e Henrique Sá Pessoa, abriram novos espaços na capital em
que a comida rápida dá que pensar, saborear... e esperar.
Da mesma geração, e com um percurso mediático semelhante, José Avillez e Henrique
Sá Pessoa trilharam caminhos diferentes,
com apostas e ambições distintas, mas os
dois têm sabido manter-se atentos às oportunidades de negócio e de capitalização dos
seus famosos nomes.
Cada vez mais apostado em ser um embaixador de Lisboa e da gastronomia portuguesa fora de portas, Avillez não esconde que o
Chiado é a sua zona de conforto – pelo menos
quando se trata de abrir um novo restaurante. Depois do Cantinho e do Belcanto, o chef,
distinguido este ano com uma estrela Michelin, voltou ao bairro e abriu, no início de abril,
a PizZAria Lisboa – assim mesmo para brincar com as suas iniciais (Zé Avillez) e para
homenagear a cidade. Se num registo mais
informal já lhe conhecemos o serviço de catering, as empadas e os petiscos, nesta sua
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mais recente aventura (e não se ficará por
aqui, mas mais não se pode revelar por enquanto) ele quis, mantendo-se fiel à ideia de
espaço pequeno, aconchegante e informal
(o conceito é dele, o design de interiores do
Atelier Anahory/Almeida), servir uma cozinha
mediterrânica familiar com bons ingredientes
(cercou-se de produtores nacionais e internacionais), boa técnica (adquiriu o melhor
forno a lenha que havia no mercado) e receituário revisto por si. E o público aderiu, a
julgar pela dificuldade em encontrar mesa
sem reserva antecipada.
Casa cheia tem sido também o denominador
comum nas noites e dias mais concorridos
da semana no Cais da Pedra. Aberto igualmente em abril, mas junto a Santa Apolónia
e com uma esplanada a poucos metros do
Tejo, este restaurante resulta de uma parceria entre Sá Pessoa e os empresários da
cadeia Vitaminas e quer dar a provar hambúrgueres e saladas de boa qualidade em
horário alargado. João Miguel Simões
PizZAria Lisboa
Rua dos Duques de Bragança, 5H
Tel. 211 554 945
De segunda a sexta-feira, das 12h30 às 15h00
e das 19h30 às 00h00; ao sábado,
das 12h30 às 16h30 e das 19h30 às 00h00;
e ao domingo, das 12h30 às 22h00
Cais da Pedra
Avenida Infante Dom Henrique
Armazém B, Loja 9
Tel. 218 871 651
Segunda, terça e quarta-feira, das 12h00
às 00h00; quinta, sexta e vésperas de feriados,
das 12h00 às 02h00; sábado, das 10h00 às
02h00; domingo e feriados, das 10h00 às 00h00
Volta ao Mundo maio 2013
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BARCELONA
Cheirinho a literatura
Metade café literário, metade bistro, o Café Kafka mostra
que a literatura e a gastronomia podem sentar-se à
mesma mesa.
A existência de um café ou restaurante com
nome de um grande escritor é sempre motivo de celebração, um acontecimento singular nos dias que correm e mais ainda
quando traz consigo um ambiente e serviço
de eleição. É verdade que não se trata uma
novidade absoluta, pois o espaço já tinha
tido outra vida, mas reabre agora sob uma
nova gerência que mudou quase tudo. Mais
do que nunca, sente-se uma atmosfera cosmopolita, urbana, boémia, num café que,
sem nunca se esquecer o espírito de Barcelona, tenta oferecer aos clientes reminiscências de locais como Soho, em Nova Iorque, ou o bairro de Le Marais, em Paris.
França é, aliás, uma influência muito vincada no Café Kafka, não estivesse a sua essência muito próxima de um bistrot. A cozinha está a cargo de um promissor jovem
espanhol de 25 anos (Fernando Poveda), que
fará que lhe levem à mesa pratos como uma
salada de caranguejo russo imperial ou um
tartar de salmão selvagem do Alasca. Os
livros, muitos deles antigos e espalhados
pelas paredes da casa, estão incluídos na
conta. João Ferreira Oliveira
Café Kafka
C/ Fusina, 7, Barcelona
cafekafka.es
Bons Ventos
VILAMOURA
Disponível para relaxar
Em clima ainda de pré-temporada, mas já preparados para o verão que se adivinha,
fazemos mira ao Algarve e ao Tivoli Marina Vilamoura. O pretexto é o Angsana by Banyan
Tree, eleito Best Luxury Resort Spa pelos World Luxury Spa Awards 2013.
Quando são os clientes, ainda para mais de
todo o mundo, a dizerem de sua justiça, os
prémios daí resultantes têm sempre outro
peso. Assim acontece com os World Luxury
Spa Awards que, entre vários outros eleitos,
distinguiram o Angsana Spa by Banyan Tree,
a funcionar no Tivoli Marina Vilamoura, na
categoria de Best Luxury Resort Spa em Portugal no ano de 2013.
Não que precisássemos deste pretexto para
uma nova incursão a sul; sobretudo numa
época do ano em que o tempo já permite desfrutar de muito do bom que esta região tem
para oferecer – com, detalhe nada subestimável para alguns, melhores preços e menos
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gente. Mas recordarem-nos – porque, verdade seja escrita, sabemo-lo e não é de hoje – que
se encontra aqui um dos melhores spas do
país é um bom motivo para começar a pla­near
uma escapada nos feriados de junho.
Primeiro Angsana a ser aberto entre nós, ele
ocupa uma área muito nobre do Tivoli Marina
Vilamoura e foi, desde o início, uma aposta
desta cadeia do Grupo Espírito Santo em trazer para Portugal a marca Banyan Tree, conhecida em todo o mundo pela sua excelência
no domínio do bem-estar. Se o hotel é moderno, com as suas áreas comuns distribuídas
por um lobby gigante de pé-direito altíssimo e
envidraçado de alto a baixo (virado para a
marina ou para os jardins e praia), este Angsana faz do recato e da serenidade a sua imagem de marca. Oriental q.b., contemporâneo
sim, com 11 salas de tratamento que se distribuem à volta de uma sala de relaxamento.
Nada muito fechado, pois é filosofia da Banyan
Tree ter os seus spas virados para jardins e,
sempre que possível, com pavilhões abertos.
Mas, melhor ainda do que as instalações
(o que é um fator a ter sempre em conta, sobretudo numa época em que se chama impunemente spa a qualquer vão ou cave nos fundo de hotel), é a qualidade certificada da sua
equipa de terapeutas. Com uma formação de
dois anos em academias da Banyan Tree na
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Tailândia e na China, todas as terapeutas
deste Angsana algarvio são, à exceção de
uma portuguesa (Tânia, a única que reuniu todos os requisitos durante a avaliação), oriundas da Ásia e têm como caraterísticas a baixa estatura, a destreza
física, a suavidade mas também a força
para executar todos os movimentos
– além de pormenores que escapam ao
comum dos pacientes, mas que passam
por ter mãos pequenas e que não transpiram, por exemplo. No fundo, são como
atletas de alta competição, com um tempo de vida curto enquanto terapeutas; o
que só torna a experiência mais rica.
Existem, na hierarquia Banyan Tree, outros
spas, mas os Angsana distinguem-se por
serem mais joviais do que os Elements, para
comparar, e mais experimentais no sentido
em que permitem maior fusão de técnicas.
Só não cedem à tecnologia. Tudo se resume
ao toque, à mestria do toque, e ao uso de
produtos naturais como as flores, os frutos,
as ervas, as especiarias e as plantas locais.
João Miguel Simões
Angsana Spa by Banyan Tree
Tivoli Marina Vilamoura
Apartado 65, Marina Vilamoura
tivolihotels.com/pt

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