19 de Abril.pmd - Diocese de Beja
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26 de Abril de 2012 26 Abril 2012 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Diretor: ALBERTO GERALDES BATISTA Ano LXXXIV – N.º 4152 Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS 2350-999 TORRES NOVAS TAXA PAGA Preço 0,50 € c/ IVA Dia 1 de Maio, na igreja do Seminário Nota Pastoral Chamados a servir António Vitalino, Bispo de Beja 1. A riqueza das vocações na Igreja A 1 de Maio, dia internacional do trabalhador e na Igreja Católica festa de S. José Operário, padroeiro da diocese de Beja com este título, vamos ordenar um novo presbítero e cinco diáconos permanentes, dezasseis anos depois de D. Manuel Falcão ter ordenado os primeiros quatro, dois celibatários e dois casados. Era intenção de D. Manuel dar continuidade à formação e ordenação de mais diáconos permanentes, mas infelizmente isso não aconteceu, para além de um ordenado já por mim, em 2005. Nesta nota não vou analisar as causas desta morosidade, mas simplesmente mostrar a minha alegria por este acontecimento e convidar toda a diocese a alegrar-se comigo, pedindo também oração pelas vocações do serviço ordenado para a vida e riqueza da nossa Igreja de Beja. Por várias vezes tenho alertado para as várias carências da diocese. Os colaboradores ordenados são poucos, 60 ao todo, para a grandeza do território diocesano. A maioria dos presbíteros está sobrecarregada com várias paróquias e múltiplas tarefas. Alguns já contam mais de 80 anos. Nota-se cansaço e falta de criatividade. Isto também aconteceu com os apóstolos, na Igreja nascente. A comunidade de Jerusalém ia crescendo de dia para dia e alguns começaram a queixarse de que os pobres não eram bem atendidos. Os apóstolos reconheceram isso e decidiram dividir tarefas, alargando a dimensão dos ministros ordenados. Assim surgiram os primeiros sete diáconos, que deram um forte impulso à vida e missão da Igreja. Vale a pena ler o capítulo VI do livro dos Atos dos Apóstolos. Fica-se espantado com a vitalidade da primeira comunidade cristã e também perplexo perante a concentração do ministério ordenado nos presbíteros dos nossos tempos. Precisamos de também hoje ser criativos e saber co-responsabilizar os cristãos na vida e na missão da Igreja. Todos temos de reaprender o exercício colegial e participativo de todos os ministérios ou serviços na comunhão eclesial. Os nossos planos pastorais e o Sínodo diocesano anunciado deverão dar um forte incremento na formação, no discernimento das vocações e na co-responsabilização de todos os cristãos na missão da Igreja. 2. O que esperamos dos novos diáconos Habituamo-nos a entender a vida cristã como uma participação na vida e ação de Cristo, o Messias Salvador, que concentrou em si todos os poderes necessários para a nossa salvação. Cristo é sacerdote, profeta e rei. Mas é tudo isto de uma maneira nova e original em comparação com os sacerdotes, os profetas e reis do Antigo Testamento. Ele é e exerce tudo isto na modalidade do serviço. Por isso na última ceia lava os pés aos seus discípulos e desafia-os a fazer o mesmo. A teologia e o direito canónico apresentam a missão da Igreja na tríplice vertente de ensinar, santificar e governar o Povo de Deus. Mas isto não significa que a mesma pessoa deva exercer tudo isso de modo uniforme e concentrado. A Igreja é um mistério de comunhão e participação dos seus membros com Cristo e entre si. Isto implica comunhão de amor, de interesse pelo bem de todos e do todo, de entreajuda fraterna e de distribuição dos diferentes serviços. Dos futuros diáconos, do Inácio, de S. Teotónio, do Joel e do Simão, de Sines, do Francisco Conceição de Alvito e do Francisco dos Santos de Vila Nova da Baronia, esperamos um testemunho de família unida e de serviço à comunidade, sobretudo aos membros mais débeis, de modo a aliviar os presbíteros de alguns encargos e contribuir para a riqueza e beleza das múltiplas facetas do ministério ordenado na vida da Igreja. Desta ordenação esperamos também um forte estímulo para as outras comunidades paroquiais e movimentos, para que também nelas apareçam outros candidatos para os diferentes ministérios ordenados. Aos párocos, catequistas, professores de educação moral e religiosa nas escolas pedimos atenção aos sinais de vocação entre as pessoas com quem vivem e trabalham e tenham a coragem de fazer o chamamento explícito aos possíveis candidatos, encaminhando-os depois para a escola de formação, orientada pelo Reitor do Seminário de Beja, a quem agradeço os bons serviços prestados. Paulo Reis Godinho é ordenado Sacerdote para serviço da Igreja na Diocese de Beja Nota biográfica Embora não tenha nascido alentejano, cedo adoptou Moura como sua terra natal e o Alentejo como o seu berço. Aqui fez a sua caminhada cristã pela mão de Monsenhor Joaquim Costa Correia. Após passagem pelo Seminário de Beja, apaixona-se pelo Caminho Neocatecumenal, que vem a terminar em 2007. Ao serviço desta realidade eclesial realizou várias experiencias missionárias, sem nunca se afastar da restante vida eclesial, paroquial e diocesana. Profissionalizou-se no ensino do Português e do Latim, integrando o quadro da Escola Secundária de Moura. Foi professor universitário, na área da Psicologia, onde também viria a obter novo grau académico. Paralelamente a estas actividades realizou os estudos teológicos requeridos para a ordenação presbiteral. Há algum tempo iniciou um processo de discernimento pela mão do bispo diocesano, tendo sido por este admitido como candidato às Sagradas Ordens. Depois de receber os ministérios e a ordenação diaconal será ordenado presbítero da Diocese de Beja a 01/ 05/2012, às 11h30, na igreja do Seminário. Testemunho Há 30 anos atrás entrei no Seminário de Beja, para grande alegria do meu Prior, na altura Mons. Costa Correia. Acabei por sair. Porém, como diz o Pastor de Hermas, não me afastei muito da Torre (a Igreja), pois continuei a colaborar em vários sectores da vida eclesial. Já formado e depois de alguns anos a trabalhar no ensino, senti realmente que o Senhor me voltava a chamar ao Presbiterado. Assim, depois de edificante conversa com o saudoso senhor D. Manuel, em 1995 tudo se conjugava para retornar ao Seminário de Beja. Acabei por não retornar e fazer, ao invés, uma experiência de missão. Depois de todos estes anos, o Senhor não desistiu de mim. Pela mão do senhor D. António e de tantos santos presbíteros o bom Deus ajudou-me a discernir, a vencer os medos e as hesitações, a dar o salto qualitativo da fé, a não olhar para este vaso de barro e sim para o Oleiro, para o Senhor da Messe. Sem a experiência profunda do Caminho Neocatecumenal julgo que este salto teria sido impossível. Estou agora às portas da Ordenação Presbiteral. Como Santa Teresinha, salvaguardadas as distâncias, posso exclamar: Encontrei o meu lugar na Igreja! Tudo o que fiz nestes anos foi precioso para afunilar o caminho e conduzirme até aqui. Hoje, completamente livre, consciente e com toda a alma, não tenho medo, experimentei a paz e o descanso nas mãos de Deus e da Igreja. Na minha dimensão, sou feliz. Rezai por mim. Serão também ordenados cinco diáconos permanentes Francisco António Afonso Conceição (Paróquia de Alvito); Francisco Rosado dos Santos (Paróquia de Vila Nova da Baronia); Joaquim Castela da Silva Simão (Paróquia de Sines); Joel Maria Gonçalves (Paróquia de Sines); José Encarnação Inácio (Paróquia de S. Teotónio) Dia 29 de Abril, na igreja de Vila de Frades Profissão Religiosa dos Irmãos Paulo Nunes e Ricardo Borges Página 5 Bispos reafirmam atualidade do Vaticano II A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) apresentou, no dia 19, a nota pastoral “Celebrar e viver o Concílio Vaticano II”, convidando a assinalar os 50 anos da abertura deste acontecimento, numa altura em que “a fé deixou de ser um dado evidente”. “Celebrar o Concílio Vaticano II não significa recordá-lo em clima de nostalgia do passado, mas revivêlo e projetá-lo, na abertura ao futuro onde Deus nos espera. Cabe-nos a missão de pôr sempre mais em prática o Vaticano II, um Concílio com 50 anos de atualidade”, refere o documento, aprovado durante os trabalhos da assembleia plenária do organismo, que decorreram em Fátima de 16 a 19 de Abril. Para os bispos católicos, esta é uma ocasião para “experimentar a alegria e o entusiasmo do encontro com D. José Policarpo, cardealpatriarca de Lisboa, Presidente da CEP Cristo na comunidade da sua Igreja”. “Se a nossa fé não se renova, facilmente degenera num adorno espiritualista e as práticas religiosas não passam de rituais sem alma e coração”, indica o texto. A nota pastoral observa que “não basta mostrar a nossa concordância com os documentos do Concílio Vaticano II (1962-1965) e o Catecismo da Igreja Católica”, publicado há 20 anos, apelando a um estilo de vida cristã, na família e no trabalho, na vida social e política”. Recordando o “dinamismo de renovação” que foi experimentado na Igreja, “aos mais diversos níveis e quadrantes geográficos”, após este evento, os bispos portugueses pedem aos católicos “fidelidade criativa” aos ensinamentos conciliares. “Queremos dar graças a Deus por este Concílio providencial que continua a inspirar a Igreja”, apesar de todas as “hesitações e desvios”, assinala a CEP. A Igreja Católica em Portugal é desafiada a integrar nos seus planos pastorais as “indicações gerais e as propostas de ação” que Bento XVI deixou na convocação do Ano da Fé, com início marcado para outubro, por ocasiaõ do cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II. RELIGIÃO 2 – Notícias de Beja 26 de Abril de 2012 De 22 a 29 de Abril IV Domingo da Páscoa Ano B Semana de Oração pelas vocações Mensagem de Bento XVI Venerados Irmãos no episcopado, amados presbíteros, diáconos, consagrados e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos vós que estais empenhados no campo da educação das novas gerações, exorto-vos, com viva solicitude, a uma escuta atenta de quantos, no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração.É importante que se criem, na Igreja, as condições favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso chamamento de Deus. É tarefa da pastoral vocacional oferecer os pontos de orientação para um percurso frutuoso. Elemento central há de ser o amor à Palavra de Deus, cultivando uma familiaridade crescente com a Sagrada Escritura e uma oração pessoal e comunitária devota e constante, para ser capaz de escutar o chamamento divino no meio de tantas vozes que inundam a vida diária. Mas o «centro vital» de todo o caminho vocacional seja, sobretudo, a Eucaristia: é aqui no sacrifício de Cristo, expressão perfeita de amor, que o amor de Deus nos toca; e é aqui que aprendemos incessantemente a viver a «medida alta» do amor de Deus. Palavra, oração e Eucaristia constituem o tesouro precioso para se compreender a beleza duma vida totalmente gasta pelo Reino. Desejo que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo, a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si mesma cada vocação. Tal dinâmica, que corresponde às exigências do mandamento novo de Jesus, pode encontrar uma expressiva e singular realização nas famílias cristãs, cujo amor é expressão do amor de Cristo, que Se entregou a Si mesmo pela sua Igreja (cf. Ef 5, 25). Nas famílias, «comunidades de vida e de amor» (Gaudium et spes, 48), as novas gerações podem fazer uma experiência maravilhosa do amor de oblação. De fato, as famílias são não apenas o lugar privilegiado da formação humana e cristã, mas podem constituir também «o primeiro e o melhor seminário da vocação à vida consagrada pelo Reino de Deus» (Exort. ap. Familiaris consortio, 53), fazendo descobrir, mesmo no âmbito da família, a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada. Que os Pastores e todos os fiéis leigos colaborem entre si para que, na Igreja, se multipliquem estas «casas e es- 29 de Abril de 2012 Jesus Cristo é o único (Jo. 10, 11) e perfeito Pastor. Conhece intimamente o Pai e transmite esse conhecimento aos seus. Conhece, de perto, a nossa condição humana e oferece a Sua vida pela salvação de todos. E porque veio para ser o “Bom Pastor” dos homens e de todos os tempos, Ele quis que o Seu ministério pastoral fosse prolongado no tempo e no espaço. Assim, na pessoa de Pedro e dos outros Apóstolos, Jesus põe à frente da Sua Igreja o Papa e os Bispos, a fim de que, estando ao serviço dos irmãos, possam conduzi-los para o redil de Cristo. I Leitura Actos 4, 8-12 As primeiras pregações dos Apóstolos foram o anúncio global de Jesus Cristo e da salvação que Ele traz aos homens. Assim, hoje S. Pedro, aproveitando o ensejo que se lhe oferece quando se vê diante do tribunal judaico, declara, alto e bom som, que Jesus, a quem os homens rejeitaram, é a pedra fundamental da nova humanidade, é o Salvador esperado, a fonte da vida eterna, como o fora já da saúde temporal para o paralítico que Ele tinha acabado de curar. colas de comunhão» a exemplo da Sagrada Família de Nazaré, reflexo harmonioso na terra da vida da Santíssima Trindade. Bento XVI, Mensagem para o 49.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações Mensagem do Presidente da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios 1. As vocações, dom para a Igreja A Igreja volta a ter a possibilidade de reconhecer as vocações com que Deus a enriquece e a agradecê-las de todo o coração. Olha, de modo particular, nesta semana, para as vocações de consagração, tanto no sacerdócio, como na vida religiosa ou nos institutos seculares. Tratase de uma multidão de homens e mulheres dedicados à missão da Igreja na totalidade do seu tempo, das suas capacidades e das suas pessoas. A comunidade cristã recebe cada dia o sinal do seu testemunho, que a leva desapegar-se das prisões da terra e a levantar os olhos para Deus, donde lhe vem a salvação. No anúncio da Boa Nova, nas ações catequé-ticas, na celebração da liturgia e nos sacramentos, na prática da caridade, as vocações de consagração constituem um grande dom para Igreja, e uma força de colaboração humana com a ação do Espírito Santo. Na Semana das Vocações, a Igreja toda e em todos os seus membros, deve elevar ao Senhor uma grande oração de louvor e ação de graças por todos estes seus servidores. 2. Vocações, dom do amor de Deus O papa Bento XVI enviou-nos uma Mensagem subordinada ao tema: As vocações, dom do amor de Deus. Descobrimos, de novo, que os caminhos para a descoberta vocacional passam sempre pelo encontro com o DeusAmor, que Jesus nos revelou. Quando nos deixamos entrar livremente nessa intimidade da relação pessoal à qual a voz de Deus nos chama, sentimos interpelações inevi- táveis que não nos deixam ficar tranquilos enquanto não dermos uma resposta. Uma vez atingidos pelo amor de Deus, que se manifesta das mais variadas formas, não podemos mais afastar-nos dele e ganhamos a força para dar os passos do seguimento e da vocação. A Semana das Vocações, como a pastoral das vocações que a Igreja desenvolve em todas as suas ações, desafia-nos à criação das condi-ções necessárias para os cristãos, sobretudo as crianças e os jovens, experimentem a alegria do encontro com o amor de Deus. Os meios são variados nas suas formas, mas incluem sempre a leitura da vida à luz da fé, a entrada em profundidade na oração e na escuta da Palavra de Deus, a inserção na vida da comunidade cristã, que celebra, evangeliza e pratica a caridade fraterna. 3. Vocação sacerdotal, mistério de amor Entre as vocações de consagração, emerge o sacerdócio, que configura de um modo especial o homem com a pessoa de Jesus Cristo. No sacerdócio refulge particularmente o rosto de Cristo, que ama o seu povo, a ponto de se oferecer por ele na cruz. A Semana das Vocações deve levar as comunidades locais, dioceses e paróquias, a reconhecer no padre, homem frágil como todos os outros, mas chamado e escolhido por Deus para receber a unção do Espírito e se tornar servo da Igreja. Se a partir da humanidade não é possível entender o mistério do padre, voltemo-nos para Jesus Cristo, Filho de Deus e, na sua pessoa, na sua vida e no seu amor se tornará mais claro. Aos jovens cristãos deixamos uma palavra de gratidão por tantos bons testemunhos que nos têm dado na descoberta da fé e na abertura ao amor de Deus. Incentivamo-los a não desistir, porque esse é o caminho do compromisso eclesial e pode ser o caminho da descoberta da voca-ção sacerdotal. + Virgílio do Nascimento Antunes Presidente da Comissão Episcopal Leitura dos Actos dos Apóstolos Naqueles dias, Pedro, cheio do Espírito Santo, disse-lhes: «Chefes do povo e anciãos, já que hoje somos interrogados sobre um benefício feito a um enfermo e o modo como ele foi curado, ficai sabendo todos vós e todo o povo de Israel: É em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, que vós crucificastes e Deus ressuscitou dos mortos, é por Ele que este homem se encontra perfeitamente curado na vossa presença. Jesus é a pedra que vós, os construtores, desprezastes e que veio a tornar-Se pedra angular. E em nenhum outro há salvação, pois não existe debaixo do céu outro nome, dado aos homens, pelo qual possamos ser salvos». Salmo Responsarial Salmo 117 (118) Refrão: A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se pedra angular. II Leitura 1 Jo 3, 1-2 Nós somos filhos de Deus por termos acreditado em Jesus Cristo, seu Filho; mas esta situação só será, para nós, plenamente consciente depois desta vida, como, para Jesus, a glória da divindade só se manifestou plenamente na sua humanidade depois da sua Morte e Ressurreição Leitura da Epístola de São João Caríssimos: Vede que admirável amor o Pai nos consagrou em nos chamarmos filhos de Deus. E somo-lo de facto. Se o mundo não nos conhece, é porque não O conheceu a Ele. Caríssimos, agora somos filhos de Deus e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, na altura em que se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porque O veremos tal como Ele é. Evangelho Jo 10, 11-18 O tema do Bom Pastor é especialmente próprio do tempo da Páscoa. A afirmação de Jesus de que “o Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas” tornou-se realmente palpável na sua Morte na Cruz. Aí Ele dá a vida, oferece-Se em oblação de amor ao Pai pelos homens. É na cruz que Ele Se revela o Bom Pastor, como é na ressurreição que reconhecemos o fruto desse sacrifício redentor. Por isso, a Páscoa é o tempo particularmente consagrado ao louvor e acção de graças. Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João Naquele tempo, disse Jesus: «Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas. O mercenário, como não é pastor, nem são suas as ovelhas, logo que vê vir o lobo, deixa as ovelhas e foge, enquanto o lobo as arrebata e dispersa. O mercenário não se preocupa com as ovelhas. Eu sou o Bom Pastor: conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-Me, do mesmo modo que o Pai Me conhece e Eu conheço o Pai; Eu dou a vida pelas minhas ovelhas. Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil e preciso de as reunir; elas ouvirão a minha voz e haverá um só rebanho e um só Pastor. Por isso o Pai Me ama: porque dou a minha vida, para poder retomá-la. Ninguém Ma tira, sou Eu que a dou espontaneamente. Tenho o poder de a dar e de a retomar: foi este o mandamento que recebi de meu Pai». OPINIÃO 26 de Abril de 2012 Notícias de Beja – 3 Só a partir do alto se pode compreender e aceitar a Igreja É o Povo de Deus que expressa a presença e a ação divina na cidade dos homens. Os seus membros, incorporados em Cristo, são, com Ele, profetas, sacerdotes e reis. São assim por dom de Deus e não podem furtar-se a realizar a sua missão no mundo, segundo a sua vocação de leigos, consagrados ou ministros ordenados. Profetas na família, na convivência diária, no trabalho, no lazer, na vida pública, porque sempre e em todas as ocasiões se pode e deve iluminar a vida com a luz da Palavra. O profeta não fala de si, mas daquele que o enviou, o assiste, o torna atento aos sinais, o impele a agir, o faz irmão do seu irmão e sempre reconciliador de todos, crentes e não crentes. Há défice de profetismo no Povo de Deus. Durante séculos, pensou-se que só a hierarquia exercia e podia exercer tal tarefa e, mesmo nesta, quase só o Papa. Ficou famosa a expressão “Roma falou e a causa terminou”. Certamente que a hierarquia, serviço instituído por Cristo para servir o seu Povo, a tempo inteiro, exerce a favor deste um profetismo indispensável. Serve pelas suas intervenções de ordem doutrinal e moral e como ação que garante a comunhão e a unidade na comunidade de irmãos. Em casos e circunstâncias determinadas e concretas, os cristãos devem sentir-se obrigados à aceitação e seguimento do que lhes é proposto, sem que isso anule o seu profetismo batismal. Todos os batizados gozam também do sacerdócio comum, que precede o sacerdócio dos bispos e dos presbíteros. Em tudo na vida devem prestar culto a Deus e adorá-lo como o Deus único. Este sacerdócio atualiza-se na prática dos sacramentos, dos conselhos evangélicos e das virtudes cristãs. Ele é, também, o apelo mais forte a viver rumo à perfeição da santidade. Também aqui, o desconhecimento de tal riqueza é comum na maioria dos cristãos leigos. Certamente porque ninguém os abriu para esta dimensão da sua dignidade cristã e o sentido sacerdotal de toda a sua vida, ficando aprisionados, por tradição, a práticas cultuais que foram perdendo o sentido, por via das rotinas e da falta de horizontes libertadores. Os batizados em Cristo são, ainda, reis à maneira de Cristo, que traduziu a sua realeza, por obras e palavras, ao serviço aos outros, deixando a norma para os que vivem em discipulado: “Vim para servir, não para ser servido”; “Como Eu fazei vós também”. De muitos modos se pode e deve manifestar a dimensão do serviço na comunidade. Daqueles cuja vocação só se explica e justifica como serviço permanente ao Portugal entre os mais alcoolizados... da Europa Portugal é um dos dez países da Europa onde mais se bebe álcool: estamos em nono lugar entre trinta e quatro países europeus. A média anual ‘per capita’ de consumo entre os portugueses anda pelos treze litros e, tendo ainda em conta o nível de abstémios, que é bastante significativo, agrava-se mais o número de alcoolizados. Atendendo a estes dados, recentemente publicitados, podemos ainda reconhecer que os adultos europeus consomem três bebidas alcoólicas por dia e que Portugal é dos poucos países da Europa a permitir a venda de bebidas alcoólicas a menores de dezoito anos. Tendo em conta estes dados não ou menos credíveis ficamos a saber que, no contexto europeu, há mais de quarenta problemas de saúde relacionados com o consumo de álcool... normal ou em excesso. - Quando vemos ser sugerida a diminuição da taxa de alcoolemia (de 0,5 para 0,2 gramas/litro) para conduzir entre os jovens, estaremos a ser sérios ou a adiar um problema social e de segurança rodoviária? - Quando vemos certas campanhas de ‘jovem cool’, estaremos a enfrentar a questão ou a iludir-nos com medidas avulsas e quase inconsequentes? - Quando se tenta promover a iniciativa de facultar táxis para que os jovens não conduzam embriagados, estaremos a dissuadir o consumo ou a promovê-lo de forma capciosa? - Quando em festas e convívios – tradicionais ou importados – onde o álcool (nos vários derivados) é vendido ao desbarato, estaremos a combater ou a acicatar os mais novos a consumirem bebidas, cada vez mais cedo, e de forma concorrencial uns com os outros? - Quando a promoção da bebedeira tem foro duma espécie de afirmação social, económica e sexual – veja-se a forma intencional como o sexo feminino, desde as idades mais primárias, tem vindo a entrar neste capítulo – como poderemos acreditar num futuro saudável? consequências e não tentemos atalhar, mais afoita, crítica e racionalmente, as causas desta alcoolização... mais ou menos generalizada. Agora que se aproximam as ditas ‘festas académicas’ – com cortejos, desfiles e espetáculos – como podemos esperar que as ruas não se entulhem de restos de recipientes vazios de conteúdo bebido em excesso! Ao ritmo de consumo de tantas e tão diversificadas bebidas – muito para além do razoável vinho! – as gerações vindouras poderão trazernos doenças (já) irradicadas, como a tuberculose, as hepatites e as cirroses e tudo o mais que o exagero nos servirá... a curto e médio prazos. Talvez tenhamos de encontrar nas raízes mais profundas do nosso ser coletivo o eptíteto de país alcoolizado: não basta beber para esquecer nem bebericar para celebrar, mas precisamos de nos encontrar com a sabedoria do nosso conhecimento pessoal, familiar, social e religioso, fazendo a festa sem exageros nem falsos moralismos tanto em casa como na rua... Sobriedade a quantos obrigas, já! *** É pena é que só nos lamentemos das António Sílvio Couto Os mais pequenos, os mais velhos e a família Povo de Deus, a hierarquia, todos têm direito a receber testemunho, formação e estímulo para exercerem esta dimensão de servidores, como a sua realeza. A Igreja, mãe e mestra, serva e pobre, só o poderá ser, no sentido evangélico, pela vivência cristã de todos os seus membros. Está aqui a força do testemunho que convence e dá sentido às palavras, bem como o valor convincente às suas propostas doutrinais e morais. A recuperação, onde ainda não se fez, da consciência da Igreja de Cristo como Povo de Deus, torna-se uma exigência inadiável de toda a ação pastoral. A Comunhão eclesial tem a sua fonte inesgotável na vivência trinitária, a Unidade, na fé professada em Jesus Cristo que dela fez projeto salvador, a Missão, encargo diário que toca a todos sem exceção, têm no Povo de Deus a sua expressão, a sua vivência, a sua garantia de verdade. António Marcelino Ando cada vez mais intrigado. Querem entregar crianças, que têm em instituições sérias a única família que conheceram, a famílias que os rejeitaram e a quem judicialmente foram retirados. Ainda hoje, de família pouco têm. Aceitase que se metam em lares, os mais velhos, que têm família e casa onde estariam melhor, com os apoios sociais previstos. Para as crianças e jovens a instituição é a última hipótese… Para os mais velhos, a primeira. Para uns e outros o seio da família é o lugar ideal, porque natural. O que me intriga? Destrói-se a família com divórcios consumados em 15 minutos e legisla-se a favor de casais estranhos em detrimento da família… Decreta-se a família como lugar ideal para os mais novos. Nega-se-lhe ser lugar para os mais velhos. Os técnicos mandam, o cidadão obedece e cala. É assim que o estado social moderno, pelos seus técnicos infalíveis, vai gerindo e gerando um país sem futuro. Queria não ter razão. Bispo emérito de Aveiro A. M. Na Assembleia Plenária dos Bispos portugueses Cardeal Patriarca pediu realismo e equidade na crise O cardeal-patriarca de Lisboa apelou, no dia 16, em Fátima, à “justiça” na resposta à actual crise económica em Portugal, sublinhando que o “realismo das situações” deve ter sempre em conta “a equidade”. “A verdade deve prevalecer sobre ideologias, o bem comum está acima de interesses individuais ou grupais”, disse D. José Policarpo, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), na abertura dos trabalhos da 179ª assembleia plenária deste organismo. Para este responsável, os bispos católicos devem ter em conta “as interpelações pastorais acrescidas devido ao momento que o país atravessa”. “Estamos todos interessados em darmo-nos as mãos para, em conjunto, podermos responder às novas situações sociais emergentes, com s resposta própria da Igreja que é a caridade fraterna, a solicitude pelos irmãos em necessidade”, assinalou. D. José Policarpo defendeu a construção de uma “rede de solidariedade”, como “resposta própria” da Igreja, dirigindo-se ainda a políticos, associações de empresários e de trabalhadores, comunicação social e fazedores de opinião. “A todos pedimos, na especificidade do contributo próprio de cada um, a coragem da verdade, a generosidade das soluções propostas, a prioridade dada ao bem comum, a busca da justiça e da paz social”, prosseguiu. A CEP analisou duas notas pastorais: “Unidade da Europa, um projecto de civilização” e “Celebrar e viver o Concílio Vaticano II”. A este respeito, o cardeal-patriarca de Lisboa recordou as propostas lançadas por Bento XVI pela celebração dos 50 anos da abertura do Concílio, a nova evangelização e a proclamação do Ano da Fé, que se inicia em Outubro. Só o vigor de uma fé confessada permitirá a ousadia de novas formas de evangelizar em que a missão dos cristãos leigos é importante, no seio da família e das diversas estruturas da sociedade”, observou. Segundo D. José Policarpo, o Concílio Ecuménico Vaticano II (1962-1965) “traçou as coordenadas de uma fé vivida, em Igreja, radicada na atualidade da Palavra de Deus, centrada em Jesus Cristo, capaz de ser anúncio de esperança para a sociedade contemporânea”. PATRIMÓNIO 4 – Notícias de Beja PEDRA ANGULAR 26 de Abril de 2012 PÁGINA DO DEPARTAMENTO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO DA DIOCESE DE BEJA No 250.º Aniversário de Marcos Portugal ouviu-se o “Te Deum” de 1802 As vozes romperam o silêncio de dois séculos “Luz da Luz” foi o pleonasmo escolhido para tema do segundo concerto do Terras Sem Sombra. O propósito da escolha é evidente, o festival recuperou mais uma obra musicológica portuguesa das sombras do esquecimento e apresentou ontem, dia 14, na igreja matriz de Almodôvar, a primeira audição moderna do Te Deum de Marcos Portugal. O resgate das sombras e do silêncio de mais de dois séculos foi protagonizado pelo Coro do rentes ao mais afamado compositor português de todos os tempos. Mais de 160 obras religiosas – incluindo mais de 22 réplicas – do Te Deum Laudamus foram pesquisadas, descobertas e documentadas pelo especialista. A compilação de toda a informação encontra-se no seu mais recente livro, “A Obra Religiosa de Marcos António Portugal (1762-1830)”. Almodôvar, que acolhe desde 2003 Acção de salvaguarda do saramugo na ribeira do Vascão (FTSS/Alfredo Rocha) tival um factor de dinamização importantíssimo para a região, firmando ainda a continuidade no apoio ao Terras Sem Sombra. O Prof. Paolo Pinamonti e o Maestro António Vassalo Lourenço (FTSS/Alfredo Rocha) DeCA da Universidade de Aveiro e da Orquestra Filarmonia das Beiras, sob a batuta do Maestro António Vassalo Lourenço No ano em que se comemoram os 250 anos do nascimento do compositor Marcos Portugal, a homenagem foi prestada por mais de cinco centenas de espectadores que ouviram o “Te Deum Laudamus” encomendado em 1802, pela Casa Real, para o baptismo do infante D. Miguel no palácio de Queluz. O Terras Sem Sombra não esqueceu um grande contemporâneo de Marcos Portugal, Domenico Cimarosa, que foi também lembrado com a interpretação da sua obra “Requiem em Sol menor”. A missão de recuperar e tornar acessível este património foi escolhida como uma prioridade pelo Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese de Beja que, pelo oitavo ano consecutivo, traz luz ao património religioso das imensas terras do Alentejo. António Jorge Marques, professor da Universidade Nova de Lisboa, especialista da obra de Marcos Portugal, subiu ao ambão da igreja matriz para confidenciar ao público algumas das suas pesquisas refe- o Festival Terras Sem Sombra, agradeceu pela voz de António Sebastião, presidente da Câmara Municipal, que considerou o Fes- Biodiversidade – Um Complemento à Música Coro, orquestra, organização e público mantiveram o espírito do Terras Sem Sombra e passaram a manhã do dia 15 na ribeira do Vascão, afluente do Guadiana, numa acção de salvaguarda da biodiversidade – “Ervas e Peixes” –, promovida pelo Festival em parceria com o Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade (Parque Natural do Vale do Guadiana) e o Centro de Excelência para a Valorização dos Um aspecto do concerto na igreja matriz de Almodôvar (FTSS/ Alfredo Rocha) Recursos Silvestres Mediterrânicos (CEVRM). As atenções centraram-se na sensibilização para a preservação do saramugo, espécie endémica da bacia do Guadiana, classificada como “Criticamente em Perigo” pelo Novo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, a par da monitorização das ervas aromáticas e medicinais, que revelaram uma extraordinária vegetação autóctone, potencial suporte de diversificação empresarial e de emprego. A presença da voz humana na música sacra Origens do cante alentejano desvendadas em Beja Beja tornou-se o palco, no passado 21 de Março, de uma viagem pelo tempo em que a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres se convertida numa caravela repleta de tripulantes, capaz de atravessar os mares do tempo e recuar até aos primórdios do canto, explorando a história e evolução da voz humana e a sua importância na música religiosa, desde a Antiguidade até ao século XXI. O fautor deste prodígio foi Rui Vieira Nery, que proferiu a conferência intitulada “Cum liquida voce et convenientissima modulatione”, ou seja, “com voz suave e bem modulada”, intervenção de fundo da 8.ª edição do Festival Terras Sem Sombra. Atravessando os séculos, desde o canto gregoriano – que acabou por encontrar no cante alentejano uma forte descendência – até ao expoente máximo da polifonia do século XVI, Vieira Nery apresentou a evolução da música vocal no âmbito do Cristianismo e reflectiu sobre a música sacra e o propósito fundamental do canto como exaltação da palavra que, como explicou, “reforça a palavra rezada, tem poderes mágicos sobre os sentimentos e o pensamento humano”. Esta “voz suave e bem modulada” continuou a fluir ao longo dos tempos, chegando ao século XX carregada de significado e transformou-se numa poderosa arma de introspecção e reflexão social. O musicólogo e especialista em música antiga não ficou indiferente à cultura musical alentejana, aclamando a importância do cante alentejano e convidando os espectadores a recuar no tempo e a reencontrarem as suas origens. Embora nascido à sombra da tradição religiosa da bacia do Mediterrâneo, o cante ganhou, pela sua riqueza musical, poética e identitária, uma autonomia muito grande, sem nunca perder as profundas componentes espirituais, e ocupa um lugar de destaque no panorama da música europeia. Nas palavras do director-geral do Festival Terras sem Sombra, José António Falcão, “o que se viveu [hoje] foi um regresso às origens, para compreender o estado actual da arte; foi uma lição que nos iluminou a tarde, num espaço tão ecuménico e cheio de história e cultura, como é o Alentejo”. DIOCESE 26 de Abril de 2012 Notícias de Beja – 5 Na Profissão Religiosa dos Irmãos Paulo e Ricardo Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis em festa Testemunhos do amor de Deus nas nossas vidas Eu, Paulo Chamo-me Paulo Nunes, tenho 36 anos e uma história de amor linda para vos contar, a história de Deus comigo! Sim, Deus tem sempre uma história de Amor para escrever na vida de cada um de nós. Nasci numa pequena aldeia do Alentejo com o nome de AlvaladeSado no seio de uma família crente mas não praticante. Fui educado nos valores cristãos tais como na amizade, humildade, amor ao próximo… Considero que Deus me chamou de muitas maneiras e com várias vozes durante a minha história de vida de 36 anos. Serviu-se de situações, acontecimentos, encontros, pessoas, livros, filmes, experiências… Este chamamento misterioso, sussurrante e inefável, foi «ESCUTADO» de forma mais intensa nos princípios dos anos 90. Vivendo uma conversão gradual, na minha vida humana, espiritual e na oração e ao refletir sobre a minha vida e o meu modo de ser, comecei a perceber que o Senhor estava a indicar-me um caminho novo para a minha vida que mais tarde me levaria até Ele de uma forma mais intensa e num amor radical. Recordo aqui o meu primeiro retiro da EQUIPA VOC em que todos os jovens foram ver o filme “Irmão Sol, Irmã Lua” e em que fiquei enamorado pela vida religiosa mais concretamente a vida Franciscana. Relembro também que na Capela das Irmãs Oblatas dei o meu SIM e de joelhos emocionado encontrei uma grande PAZ interior… ainda hoje tenho na minha mente e no meu coração as palavras que eu pronunciei: “Entrego-te a minha vida e de olhos fechados conduzi-me para onde Tu quiseres…” Não tinha em mente uma carreira ou profissão, pois tinha cerca de 16 anos e terminara o ensino secundário. Nunca tive ambições materiais ou de poder. Procurava “algo” na vida que fosse mais além e diferente do mundo em que vivia, ou seja não procurava “algo” mas sim “ALGUÉM” que estivesse “MAIS ALÉM”, e este “ALGUÉM”, procurava-me também. Queria que esta busca fosse mais além, fosse no infinito e para o infinito, que não tivesse medo da diferença, de escolhe-Lo e de seguiLo. O desejo de partilhar a minha experiência de Deus foi forte. No princípio fez-me sofrer um pouco, porque aqueles que eu considerava amigos abandonaram-me tal como os Apóstolos abandonaram Jesus no Jardim das Oliveiras. Mas como Ele é mais forte do que tudo o que existe na face da terra, também me colocou muitas pessoas que me ajudaram nos momentos mais difíceis, das quais saliento a Maria João Palma, a Xana e tantos, outros que, no anonimato, através da oração ou presença silenciosa me ajudaram a dizer o meu SIM todos os dias… Os Irmãozinhos apareceram na minha vida como um mistério! Um mistério que me seduziu e me levou a entrar neste Jardim de Deus. Só sei que os Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis e o seu modo de viver na simplicidade cativante, na pobreza que liberta, e no sorriso que me revelava o rosto, mais carinhoso de Deus, tiveram uma grande influência na minha decisão de os escolher. Porquê os Irmãozinhos de S. Francisco de Assis? O que mais me despertou desde sempre na Vida Religiosa foi a dimensão contemplativa, mas eu também queria a anunciar a Boa Nova, partilhando os frutos da minha intimidade com Deus. A Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis tem os dois lados da moeda, e assim arrisquei a dar a minha vida nesta «louca» história que Deus tem feito comigo ao longo destes 19 anos em que estou com os Irmãozinhos. Depois deste “longo” tempo de enamoramento com Deus e na aventura que tenho vivido com os meus Irmãos, sobretudo a graça de viver com os Fundadores chegou a hora de dar o meu SIM para “toda a vida…”; só a Deus pertence o futuro e assim coloco-me nas Suas mãos para que Ele próprio seja o oleiro que aos poucos me vai moldando. Durante estes anos tenho vivido entusiasmado ao pensar que posso ser um Irmão próximo daqueles que mais necessitam, saber que há um Pai que me (nos) ama e livremente poder gritar ao mundo “O AMOR TEM QUE SER AMADO”. Com o coração repleto de alegria e com a alma inteiramente de Jesus digo a todos aqueles que me rodeiam, amigos e conhecidos, de perto e de longe: BUSQUEI O AMOR DA MINHA ALMA, BUSQUEI-O SEM O ENCONTRAR. Encontrei o amor da minha vida, Abracei-o e não o deixarei jamais. Eu, Ricardo A HISTÓRIA DE DEUS comigo começou há muito tempo. «Antes da fundação do mundo» Deus me escolheu. (Ef 1,4). A minha vida com Ele começou no dia em que os meus pais me levaram à fonte do Batismo para me tornar cristão. A NOSSA HISTÓRIA de vida começa sempre antes de existirmos. Tudo começa no Coração de Deus, mesmo que nós não saibamos disso! Nasci na cidade do Porto há 34 anos, num lugar junto ao rio Douro. Lembro-me de ter tido uma infância feliz. Brinquei muito com os meus amigos, fiz muitas traquinices e fiz algumas partidas aos meus familiares, próprias de uma criança feliz. Tenho um irmão e sou o mais novo, venho de uma família com raízes católicas, mas não praticante, que me educou nos valores cristãos da VERDADE, da HUMILDADE, da BONDADE e da GRATUIDADE. Transmitiram-me a FÉ ao seu jeito. Hoje, à medida que o tempo passa, compreendo melhor a graça que é a Família que Deus me deu. Foi dela que recebi muito do que me tornei, sobretudo dos meus pais. Foram eles que, com paciência – muita paciência, me ajudaram a crescer, a pouco e pouco. Bem cedo comecei a travar amizade com JESUS, na catequese e nas várias atividades da comunidade cristã da Paróquia de Nossa Senhora da Ajuda, na qual senti um forte apelo em seguir o MESTRE, ou seja uma vontade de me tornar cada dia mais CRISTÃO. Na família não podia revelar esta força interior. Desde então o meu AMIGO ESPECIAL (Jesus), começou a construir uma linda HISTORIA de AMOR. Ainda adolescente tive a sorte de conhecer um jovem muito alegre e radical, através do seu testemunho de vida esse jovem fez-me um desafio muito forte para seguir JESUS ao seu jeito. Até então, não sabia como segui-Lo, em que lugar, de que maneira fazê-lo. Tentei conhecer um pouco mais da sua FORMA de VIDA. Este Jovem que me convidava a esta loucura de amor, é FRANCISCO de ASSIS. Olhando para trás, sou capaz de ver, com clareza, as pessoas, as palavras, as circunstâncias, as atitudes, os gestos com que a bondade e misericórdia de DEUS me iam preparando para o convite, mas confesso que até encontrar a resposta, tudo se tornou nebuloso, confuso, perturbador. Depois da busca constante e desenfreada, alguém me levou a participar num encontro de Oração no Santuário de Fátima. Ainda hoje parece que sinto o momento em que MARIA me segredou: “FAZ TUDO O QUE ELE TE DISSER”. Acerta altura no encontro fomos convidados a entregar as nossas vidas diante de um pedaço de Pão (Adoração do Santíssimo Sacramento) que o meu AMIGO decidiu colocar ao meu dispor para marcar a minha pobre VIDA. Este encontro transformoume para sempre. Nesse mesmo lugar do encontro estava um jovem Irmão. Este jovem frade pareceu-me diferente de todos os outros com quem já me tinha cruzado noutros lugares. Parece-me que Jesus me empurrou para conversar com ele e para o questionar acerca da sua FORMA de VIDA. Esse Irmãozinho fez-me um convite a participar num Retiro bem longe do lugar onde decorria a minha história. Parti em direcção ao Alentejo, e contemplei um povo acolhedor e uma vasta planície verdejante em que parecia que a terra tocava o céu. Tudo bem diferente da realidade que em que eu vivia. Lembro-me com saudade o dia, a hora, o lugar e as circunstâncias em que começou o Retiro VOC, na casa de Santa Maria, das Irmãs Oblatas do Divino Coração. Numa oração da tarde novamente diante de JESUS presente na EUCARISTIA soou no meu coração o convite: “VEM e SEGUE-ME” (Mt 19, 21). Ao longo dos dias, o silêncio, as palavras, observar os outros, o canto (sim, pois gosto muito de cantar) e de certeza a Oração de uns certos Irmãozinhos (aquele... aquele...), a sua ESTRANHA FORMA DE VIDA, a pobreza, a alegria no anúncio da BOA-NOVA foram fazendo com que as minhas certezas se tornassem numa fortaleza imbatível. PROVEI e GOSTEI. No meu coração dirigi esta oração a JESUS: Olha, Senhor, estou feliz por estar aqui e de os ter conhecido. A porta da cidade estava escancarada, agora, e Deus entrou com poder e mudou tudo, do dia para a noite: no regresso para casa a felicidade inundava-me a alma e o estar ali junto daqueles Irmãozinhos era o melhor do mundo: que bom seria que não acabasse! Mas o futuro e o presente angustiavam-me: «Como fazer? Como dizer?» Tudo ELE resolveu, tanto em casa, como na escola, como na minha alma, e serenamente... Já lá vão 17 anos, desde a minha entrega ao AMOR, pois ao AMOR de Cristo só se pode responder com amor a QUEM por amor se entregou por mim. Ao longo destes anos, o Senhor foi trabalhando o pobre barro da minha vida, o seu ESPÍRITO está sobre MIM e me empurra para anunciar e testemunhar ao mundo a FÉ em CRISTO RESSUSCITADO. Os Irmãozinhos transformaram com muita paciência, o rumo e a história da minha vida. Quero dizer-vos que sou muito FELIZ na Fraternidade dos Irmãozinhos de S. Francisco de Assis. No meu coração ressoa um forte grito de LOUVOR pela beleza da FAMILIA FISFA com a qual o SENHOR tem feito uma fantástica HISTORIA DE AMOR. A Profissão Religiosa realiza-se na igreja paroquial de Vila de Frades, domingo, dia 29, às 11h00, numa solene concelebração eucarística, presidida pelo nosso Bispo, D. António Vitalino. Vila de Frades, Selmes e S. Matias são três paróquias onde a Fraternidade dos Irmãozinhos exerce a sua actividade pastoral. SOCIEDADE 6 – Notícias de Beja Meditando Senhor, Nós queremos olhar para Ti para conhecer o Pai. E tu revelas-nos o Pai através da Cruz. Revela-nos, ó Senhor, o mistério da Cruz, para que não tenhamos medo dela; faz com que através dela conheçamos Deus, Te conheçamos a Ti, Filho do Pai e nos conheçamos a nós mesmos, pecadores que fomos salvos. Doa-nos uma centelha de percepção do mistério que estabelecestes para cada um de nós. Faz com que a nossa vida seja coerente com o que nos dás a conhecer. E se queres que, antes de conhecermos, façamos e, que antes de compreender, amemos, doa-nos o Teu Espírito através da Tua morte e ressurreição gloriosa. Adoramos-Te presente entre nós, vivo, ressuscitado e glorioso. Ámen Cardeal Carlo Maria Martini Não perca tempo. Salve uma vida o enfarte não pode esperar! Apenas 29% das pessoas com sintomas de enfarte agudo do miocárdio acciona o Número Europeu de Emergência – 112. Este é o resultado preliminar de um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Intervenção Cardiovascular (APIC) junto dos centros hospitalares nacionais que realizam tratamento deste tipo de patologia e que vai agora lançar a campanha de sensibilização “NÃO PERCA TEMPO, SALVE UMA VIDA”. A APIC, membro da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), acaba de aderir a um programa europeu que visa reduzir a mortalidade por Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM), melhorando o acesso dos doentes às terapêuticas mais adequadas. Segundo Hélder Pereira, Presidente da APIC e Director do Serviço de Cardiologia do Hospital Garcia de Orta, «no âmbito do programa europeu a que aderimos, realizámos recentemente um estudo preliminar aos principais centros hospitalares nacionais que realizam tratamento do EAM, chamado “Momento Zero”, através do qual se constatou que apenas 29% das pessoas com sintomas de EAM contacta o 112. Esta conclusão permite perceber que a maioria dos doentes que sofre EAM de desloca ao Hospital pelos seus próprios meios, facto que pode representar um aumento da mortalidade já que, em caso de enfarte, «todos os minutos contam para salvar uma vida». Do número total de mortes derivadas de um enfarte, metade ocorre nas primeiras três ou quatro horas após os primeiros sintomas – muitas vezes antes do doente chegar ao hospital. Quanto mais tempo passar até que o fluxo sanguíneo seja restabelecido ao coração, maior é a probabilidade do coração ficar danificado permanentemente, ou até mesmo deixar de funcionar. O tempo desde o início dos sintomas até ao tratamento é um factor crítico para todos os que sofram um EAM. A campanha de sensibilização “NÃO PERCA TEMPO. SALVE UMA VIDA” pretende alertar a população portuguesa para a importância de conhecer os sintomas, agir rapidamente, ligar 112, de forma a ser encaminhado para o hospital onde possa receber o tratamento mais adequado. ”Uma das principais barreiras ao tratamento do enfarte é o tempo que se perde desde que o doente apresenta os primeiros sintomas até receber o tratamento adequado. O doente deve ligar de imediato para o número de emergência, 112, para que receba de imediato o correcto tratamento, e não deverá deslocar-se para o hospital pelos seus próprios meios”, acrescenta Hélder Pereira. “Esta nova campanha pretende ajudar a população a reconhecer os sintomas de um enfarte, para que o tempo de resposta seja reduzido”, conclui o especialista. Os sintomas mais comuns de um EAM são: dor no peito, por vezes com irradiação ao braço esquerdo, costas e pescoço; podendo ser acompanhada de suores, náuseas, vómitos, falta de ar e ansiedade. O tratamento mais eficaz e com maior sucesso é a angioplastia primária, que tem como objectivo reabrir as artérias obstruídas e restaurar a circulação sanguínea no miocárdio. É fundamental que este procedimento seja efectuado o mais cedo possível, idealmente até 90 minutos após início dos sintomas. 26 de Abril de 2012 Publ. Cartório Notarial de Ourique - Notária Maria Vitória Amaro Certificado Certifico, narrativamente, para efeitos de publicação que, no dia nove de Março do ano dois mil e doze, no Cartório Notarial de Ourique, a folhas cento e três e seguintes, do Livro de Notas para Escrituras Diversas número Quarenta e sete - D, se encontra exarada uma escritura de Justificação, na qual Manuel Caetano Guerreiro, divorciado, natural da freguesia e concelho de Ourique, residente na Urbanização dos Quintalões, lote 1, Mouraria, freguesia de Albufeira, NIF 125 572 557; José Guerreiro Lobo, casado com Maria Augusta Guerreiro, segundo o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Ourique, onde reside na Rua de Odemira, n.º 4, NIF 116 360 518, Aníbal António Guerreiro Caetano, segundo o regime da comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Ourique, residente na Urbanização dos Quintalões, lote 4, Mouraria, freguesia e concelho de Albufeira, NIF 107 828 839; Fernando Manuel Guerreiro Caetano, casado com Alice Maria Guerreiro Ramos Caetano, segundo o regime de comunhão de adquiridos, natural da freguesia e concelho de Ourique, residente em Cerro do Vale Judeu, freguesia de Loulé (São Sebastião), concelho de Loulé, NIF 138 863 920, se declaram donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrem, do seguinte prédio: Rústico denominado “Courela dos Marmeleiros”, sito na freguesia e concelho de Ourique, composto de cultura arvense e olival, com a área de setenta e cinco hectares dois mil setecentos e cinquenta centiares, confrontando do norte com Portucel e Soporcel, sul com Joaquim Guerreiro e Maria Guerreiro Jorge, nascente com Portugal, Aníbal Loução Ledo e outros e do poente com Soporcel, Joaquim Guerreiro e Portucel, inscrito na respectiva matriz sob o artigo 68 da Secção UU, com o valor patrimonial para efeitos de IMT de 24.486,59 euros, descrito na Conservatória do Registo Predial de Ourique sob o número novecentos e noventa e cinco - Ourique. Que o identificado prédio está registado de aquisição, em comum e sem determinação de parte ou direito, a seu favor e de sua irmã Maria de Fátima Guerreiro da Piedade Grade, pelas inscrições Apresentação oito de dezanove de Março de mil novecentos e noventa e Apresentação sete de seis de Outubro de mil novecentos e noventa e dois. Que pouco tempo após a morte de seu pai José Caetano, ocorrida em dois de Agosto de mil novecentos e oitenta e nove, na freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, em dia e mês que não podem precisar de finais do ano de mil novecentos e noventa, a sua viúva, Ilda Bárbara Guerreiro Lobo e os seus filhos, Manuel Caetano Guerreiro, José Guerreiro Lobo, Aníbal António Guerreiro Caetano, Fernando Manuel Guerreiro Caetano, Maria de Fátima Guerreiro da Piedade Grade e António Manuel Guerreiro, procederam à partilha verbal e à divisão de material do prédio supraidentificado, na sequência da qual, a viúva meeira e o filho António Manuel Guerreiro, posteriormente falecido em dois de Abril de dois mil e um, na freguesia e concelho de Ourique, receberam tornas, a filha, Maria de Fátima Guerreiro Piedade Grade recebeu em pagamento do seu quinhão hereditário um outro prédio que integrava a herança do falecido e os filhos, ora justificantes, receberam o prédio atrás identificado, o qual logo em seguida dividiram em quatro prédios distintos e autónomos, que demarcaram, cada um deles com a seguinte composição: Prédio número um: Rústico denominado “Courela dos Marmeleiros”, sito na freguesia e concelho de Ourique, com a área de vinte hectares novecentos e vinte e cinco centiares, que se compõe de cultura arvense e olival, confrontando do Norte com Carapetal, do Nascente com Monte Novo, Sul com prédios número dois e quatro, ambos denominados Courela dos Marmeleiros, de Aníbal António Guerreiro Caetano, respectivamente, e do poente com o indicado prédio número dois e Valagões, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 68 da secção UU, o qual é adjudicado ao primeiro outorgante, Manuel Caetano Guerreiro, a que atribuem o valor de dez mil euros. Prédio número dois: Rústico denominado “Courela dos Marmeleiros”, sito na freguesia e concelho de Ourique, com a área de dezassete hectares três mil setecentos e vinte e cinco centiares, que se compõe de cultura arvense e olival, confrontando do Norte com Valagões, do Nascente com o prédio número um, “Courela dos Marmeleiros”, de Manuel Caetano Guerreiro, do Sul com o prédio número quatro, “Courela dos Marmeleiros”, de Fernando Manuel Guerreiro Caetano e “Courela do CanalNorte”edoPoentecomoprédionúmero três denominado “Courela dos Marmeleiros”, de José Guerreiro Lobo; inscrito na respectiva matriz cadastral sob parte do artigo 68 da secção UU, o qual foi adjudicado ao terceiro outorgante, Aníbal António Guerreiro Caetano, a que atribuem o valor de dez mil euros. Que, neste prédio, construiu, posteriormente um prédio urbano, composto por morada de casa térreas para habitação, com a superfície coberta de cento e oitenta e três metros quadrados, inscrito na matriz sob o artigo 4387, com o valor patrimonial de 24.420,00 euros, passando, assim, a construir um prédio misto. Prédio número três: Misto denominado “Courela dos Marmeleiros”, sito na freguesia e concelho de Ourique, com a área de dezasseis hectares cinco mil setecentos e vinte e cinco centiares, cuja parte se compõe de cultura arvense e olival e a parte urbana de casas térreas para habitação, arrecadações e cavalariça, com a superfície coberta de 254 metros quadrados, a confrontar do norte com Valagões, do nascente com o prédio número dois “Courela dos Marmeleiros” de Aníbal António Guerreiro Caetano, do sul com Courela do Canal Norte e do Poente com Monte do Marchicão, inscrito na respectiva matriz rústica sob parte do artigo 68 da secção UU e urbana sob o artigo 995 o que foi Dr. Rui Miguel Conduto CARDIOLOGISTA CONSULTAS: Sábados Rua Heróis Dadra, 5 - Beja – Telef. 284 327 175 Marcações das 17 às 19.30 h., pelo Telef. 284 322 973/914 874 486 Quartas-Feiras Cardio Luxor Avenida da República, 101, 2.º A-C-D Lisboa - Tel.: 217 993 338 adjudicado ao segundo outorgante, José Guerreiro Lobo, a que atribuem o valor de dez mil euros. Prédio número quatro: Rústico denominado “Courela dos Marmeleiros” sito na freguesia e concelho de Ourique, com a área de vinte hectares dois mil seiscentos e setenta e cinco centiares, que se compõe de cultura arvense e olival confrontando do Norte com os prédios números um e dois, ambos denominados Courela dos Marmeleiros, de Manuel Caetano Guerreiro e Aníbal António Guerreiro Caetano, respectivamente, do Nascente com Monte Cerro, do sul com Monte Cerro e Courela dos Marmeleiros e do poente com Marchica Velha, inscrito na respectiva matriz sob parte do artigo 68 da secção UU, o qual é adjudicado ao quarto outorgante, Fernando Manuel Guerreiro Caetano, a que atribuem o valor de dez mil euros. Que os justificantes, não possuem qualquer título para efectuar o registo a seu favor, destes prédios, na Conservatória, embora desde mil novecentos e noventa, passassem a detê-los, como prédios distintos e autónomos, respeitando rigorosamente as suas estremas, demarcações e divisórias, com total exclusividade e independência, como se de coisa sua se tratasse na convicção de exercerem um direito próprio, encarregando-se da sua administração, designadamente, tratando e amanhando as terras, procedendo à limpeza, conservação e colheita dos frutos das várias árvores existentes nos prédios, utilizando as respectivas pastagens, e no que toca ao prédio número dois implantando nele a construção acima identificada, deles retirando todo o proveito, tudo isto contínua e ininterruptamente, desde há mais de vinte e dois anos, à vista, com o conhecimento e reconhecimento de toda a gente, sem oposição de quem quer que seja, até à presente data. É assim tal posse pacífica, pública e contínua e durando há mais de vinte anos, facultandolhes a aquisição do direito de propriedade do citado prédio por usucapião, direito que pela sua própria natureza não pode ser comprovado por qualquer título formal extrajudicial. A irmã dos justificantes, Maria de Fátima Guerreiro da Piedade Grade, na qualidade de titular inscrita, confirma as declarações prestadas pelos justificantes, pelo que não se opõe à presente Justificação. Faz esta declaração tendo em vista o disposto no artigo 99.º do Código do Notariado, substituindo, assim, a prévia notificação ali prevista. Nestes termos, e não tendo qualquer outra possibilidade de levar o seu direito ao registo, vêm justificá-los nos termos legais. Está conforme o original. Cartório Notarial de Ourique, a cargo da Notária, Maria Vitória Amaro, aos nove de Março de 2012. A Notária Maria Vitória Amaro Excursão a Fátima Dias 9 e 10 de Junho, participando no programa da peregrinação das crianças. Inscrições na Redação do “Notícias de Beja” (Senhor Cardoso). Preço: viagem e alojamento: 57 euros. REGIONAL 26 de Abril de 2012 Notícias de Beja – 7 Comunidade Ortodoxa celebra Páscoa em Aljustrel A Comunidade imigrante Ortodoxa, a residir em Aljustrel e nos concelhos vizinhos, celebrou o domingo da Páscoa Ortodoxa, dia 15 de Abril, com o Pároco de Aljustrel, Pe. Paulo do Carmo, com uma Celebração da Palavra, pelas nove horas e trinta, na Igreja Matriz de Aljustrel, que consistiu no canto do Aleluia e na proclamação, escuta do Evangelho. A seguir, mensagem breve do Pároco, para expressar a alegria da Ressurreição e a comunhão de sentimentos por tão bela Notícia para a humanidade, para as igrejas cristãs. Rezou-se e pediu-se a força de Deus para todos os imigrantes espalhados pelo Mundo, particularmente em Tempo Pascal, cuja luz, que brota do Ressuscitado, é mais intensa, suscitando a esperança e a confiança no futuro e no atual caminho percorrido, tantas vezes pautado pelas dificuldades económicas, pela saudade da família, pela falta da terra Pátria. De seguida foram benzidos os alimentos, para serem consumidos ao pequeno-almoço, e aspergida toda a comunidade ortodoxa presente, com a água, benzida na Vigília Pascal de Aljustrel, um gesto para recordar o batismo e pedir a Deus um coração purificado, renovado na Vida que não tem Fim, a vida de Jesus. De 27 de Abril a 1 de Maio Ovibeja na sua 29.ª edição Entre 27 de Abril e 1 de Maio, o Parque de Feiras e Exposições de Beja vai voltar a estar cheio com mais uma edição da Ovibeja, que este ano decorrerá sob tema “+ Produção” e inclui, entre outras novidades, a exposição interactiva “Vinhos e Azeites”, dedicada a dois dos mais importantes sectores do Alentejo, e que se encontram em grande desenvolvimento e modernização. DEBATES E CONCERTOS Com o programa dos colóquios já fechado, a Ovibeja traz para cima da mesa o debate sobre o tema central deste ano “+ Produção”. Organizado pela ACOS – Agricul- tores do Sul, o colóquio, agendado para o dia 28 de Abril (sábado), é moderado pelo assessor do Presidente da República, Sevinate Pinto, e conta com a participação da gestora do Proder, Gabriela Ventura, e de João Basto, presidente da EDIA. No mesmo dia haverá uma discussão aberta sobre a “PAC pós 2013”, com moderação de Raul Jorge, do Instituto Superior de Agronomia, e as participações do deputado socialista no Parlamento Europeu, Luís Capoulas Santos, e de Eduardo Diniz, do Gabinete de Planeamento e Políticas. “Azeite e Azeitonas – Benefícios para a Saúde”; “O Porco de Raça Alentejana – Desafios do Presente e do Futuro; “Fé nos Burros – Uma Nova Dinâmica do Mundo Rural”; “Touros em Portugal” ou “O Presente e o Futuro das Cooperativas Portuguesas” são outros temas agendados para debater durante os quatro dias da Ovibeja. Ao mesmo tempo, além dos petiscos, do convívio e do encontro, as “Ovinoites” prometem voltar a atrair milhares e milhares de pessoas, estando planeado, segundo a organização, um cartaz que inclui “artistas diferenciados e de géneros musicais que abrangem um público eclético, generalista e amante de música, animação e festa”. O primeiro dia (sexta-feira, 27) terá como destaque a alentejana Áurea, que conseguiu em 2010 destacarse como a artista portuguesa de maior sucesso. No sábado, 28, o palco está reservado para Tony Carreira que, como aconteceu noutras presenças que teve em Beja, deverá “esgotar” a feira alentejana. Domingo, 29, está destinado para o tradicional festival de tunas académicas e, na segunda-feira, véspera do 1º de Maio, subirá ao palco o DJ Bob Sinclar, que lidera o top mundial de dança desde 2007. Nova ligação luso-espanhola entre Serpa e Paymogo A nova ponte luso-espanhola que liga o concelho de Serpa e o município espanhol de Paymogo (Huelva), uma reclamação antiga das populações e autoridades raianas e que custou 2,3 milhões de euros, foi inaugurada no dia 21 de Abril. A ponte internacional sobre a ribeira do Chança é muito importante e vai contribuir para o desenvolvimento das relações económicas e culturais entre os dois lados da fronteira, disse à Lusa o presidente da Câmara de Serpa, João Rocha. Por outro lado, a ponte, uma recla- mação antiga das populações raianas e autoridades locais, vai permitir encurtar as distâncias entre a cidade de Serpa e a povoação de Paymogo, que antes ficavam mais longe uma da outra, frisou. Até há pouco tempo, as fronteiras mais próximas estavam em Vila Verde de Ficalho (Serpa) e em Vila Real de Santo António (Faro), lembrou, referindo que a ponte vai também atrair mais visitantes espanhóis até Serpa. A nova ponte transfronteiriça, da responsabilidade da Junta da Andaluzia espanhola, implicou um investimento de 2,3 milhões de euros e foi construída no âmbito do projeto Hubaal –Conexões Viárias entre Huelva, Baixo Alentejo e Algarve. No âmbito do projeto, a Câmara de Serpa alargou e repavimentou o caminho municipal entre a Cruz da Cigana, São Marcos e a ponte, junto à ribeira do Chança, com uma extensão de mais de 10 quilómetros. As obras de alargamento e repavimentação do caminho implicaram um investimento de quase 5,7 milhões de euros, financiado em 75 por cento por fundos comunitários. SERAFIM DA SILVA JERÓNIMO & FILHOS, LDA Sinos Órgãos Clássicos Viscount | Rodgers | Roland Relógios de Torre Lampadários Electrónicos de Madeira e Metal Máquinas de contagem de Dinheiro Fabricantes e distribuidores em exclusividade para Portugal e Espanha Rua Cidade do Porto - Ferreiros - 4705-084 Braga Telefone 253 605 770 | Fax 253 605 779 www.jeronimobraga.com.pt | [email protected] 26 Abril P r o p r i e dade da D i o c e s e d e B e j a Contribuinte Nº 501 182 446 Director: Alberto Geraldes Batista Redacção e Administração: Rua Abel Viana, 2 - Apartado 95 - 7800-440 Beja Telef. 284 322 268 / Fax: 284 322 386 E-mail: [email protected] http://www.diocese-beja.pt Assinatura 27 Euros anuais c/IVA NIB 001000003641821000130 Composição e Impressão: Gráfica Almondina - Torres Novas Tel. 249 830 130 - Zona Industrial - Torres Novas 2012 Registo N.º 102 028 Depósito Legal N.º 1961/83 Editado em Portugal Tiragem 3.000 ÚLTIMA PÁGINA 26 de Abril de 2012 Ditos e Feitos Registado Deste Mundo e do Outro Sociedade Civil solidária em época de crise Bagão Félix e Manuela Ferreira Leite. D. Manuel Clemente e Carvalho da Silva. António Guterres e Leonor Beleza. Ramalho Eanes e Loureiro dos Santos. Figuras da Igreja, da política e da cultura. O que têm em comum estes nomes? Integram um grupo de figuras notáveis da sociedade portuguesa que, com o agravar da crise social e económica, decidiu lançar o movimento Sociedade Civil Solidária. Este movimento pretende tornar-se um “polo congregador de contributos de empresas, instituições ou indivíduos”. A prioridade é “minorar a situação das pessoas e famíliares mais afetadas pela crise”. Como? Angariando donativos em dinheiro, que será depois canalizado para o Fundo Social Solidário, gerido por uma equipa da Cáritas Portuguesa. Obediência maçónica Dez dos 13 juízes do Tribunal Constitucional são indicados pelos partidos. Isso não faz deles homens de partido, mas quase. Tanto que, nos jornais, costumava ser fácil antecipar o resultado das votações em função da origem dos juízes. Não são de hoje, portanto, as dúvidas sobre a independência e a isenção do Tribunal. Mas esse pecado inerente ao processo de eleição cedia, em geral, perante currículos e carreiras que tornavam as candidaturas inatacáveis. Esta é a primeira vez que são questionadas abertamente, em especial a do PS, no plano da habilitação específica para o cargo. E que se suspeita de propósitos de instrumentalização política descarada dos lugares por preencher no TC, algo que não aconteceu sequer quando foram eleitos juízes de óbvia extração partidária, como António Vitorino ou Assunção Esteves. A isto, que já era grave, soma-se a notícia de que dois dos candidatos - o do PS e o do PSD que, entretanto, renunciou - pertencem à mesma obediência maçónica. Num país onde já poucas coisas se estranham, a coincidência também foi encarada sem surpresa. Afinal, os futuros juízes são propostos e eleitos por um Parlamento onde os líderes das três principais bancadas pertencem à maçonaria. E a maçonaria é o verdadeiro cimento deste regimento decrépito. Pelo andar da carruagem, os órgãos mais insuspeitos vão tornar-se meros executantes de decisões tomadas nas “lojas” por irmãos que as “lojas” indicam e fazem eleger. Tudo se trata em família. E é pela família que se distribuem os poderes e as honrarias do Estado. Viajar é cada vez mais caro O tráfego nos eixos fundamentais da região de Lisboa sofreu uma forte redução nos últimos 12 meses, com o desaparecimento de quase uma quarta parte das viagens. Tanto no transporte individual como no colectivo, de norte a sul do país, por estrada ou por carris, assistese a uma diminuição significativa da mobilidade dos portugueses, uma tendência que já se sentira em 2011 e que se acentuou nos primeiros meses do ano. O continuado aumento dos combustíveis, por um lado, e a subida das tarifas dos transportes públicos, por outro, tornaram o ato de viajar cada vez mais caro. O Metro, em fevereiro, após o aumento das tarifas, teve uma quebra de 1,9 milhões de passageiros, quase tantos como perdera ao longo de 2011 (menos 2,4 milhões). Especialistas alertam para as consequências desta situação, entre as quais a exclusão social. Felicidade e religião Um estudo americano realizado pela organização Gallup, com mais de 300.000 americanos durante o ano de 2011, descobriu que as pessoas que vão à igreja com frequência relatam experimentar emoções mais positivas e menos negativas em geral do que aquelas que frequentam menos a igreja. As emoções positivas na pesquisa incluíam sorriso, gargalhada, alegria, felicidade, aprendizagem ou fazer algo interessante. As emoções negativas incluídas eram preocupação, tristeza, stress e raiva. A pesquisa mostra também que não apenas a frequência de um lugar de culto de forma geral trazia benefícios, mas também que os fiéis experimentaram uma “carga extra” emocional positiva aos domingos. Enquanto as emoções positivas daqueles que frequentam a igreja ficavam acima da média num domingo, as emoções positivas dos seculares culminavam no sábado e ficavam abaixo da média no domingo. Segundo o estudo, o domingo é o dia da semana em que os humores dos fiéis e dos que não frequentam um serviço religioso muitas vezes divergem de forma significativa. Alberto Batista Papa Bento XVI fez 85 anos Bento XVI celebrou 85 anos no dia 16. O Seu entecessor faleceu a caminho dessa idade, aos 84 anos. Será um dos papas que até mais tarde desempenhou a missão de sucessor de Pedro. Essa é certamente uma das vantagens de que usufruiu o nosso tempo: as nossas vidas são cada vez mais longas, isso a que chamam a esperança de vida. A sociedade do hoje não acolhe favoravelmente, quando não despreza ou marginaliza, a sabedoria dos anciãos. Uma vida longa é um benefício divino, escreve a Bíblia, mesmo acrescentando que o melhor dom é a nobreza do coração e um espírito de retidão e justiça. Quando há sete anos foi eleito Papa, Joseph Ratzinger não gozava das preferências da comunidade social e mesmo dentro da Igreja não era figura de ampla aceitação. Porém todos lhe reconheciam uma sabedoria humana e teológica profundíssima, e certamente grande parte dos ensinamentos do seu entecessor passaram por ele. Ouvi-lo, como ouvimos, provocava de imediato a admiração perante uma visão amplíssima e lúcida da Teologia cristã, do conhecimento humano e da Cáritas Portuguesa recebe apoio dos contribuintes O contribuinte não paga mais IRS, nem vai reaver menos dinheiro esta é a principal mensagem que a Cáritas Portuguesa pretende deixar junto dos contribuintes portugueses que, apesar da muita informação sobre o tema, revelam ainda alguma renitência sobre o tópico da consignação de 0,5 do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS). No ano passado, as doações dos contribuintes à Cáritas Portuguesa ascenderam aos 50 mil euros, um valor que é prova da confiança e respeito dos portugueses por esta Instituição Oficial da Igreja e de Utilidade Pública, com estatuto de ONG. Tendo em conta as acrescidas necessidades com que a instituição se tem deparado, o montante angariado através desta consignação é mais uma forma de fazer frente às principais situações de flagelo social. Exemplo disso foi o trabalho desenvolvido com os 51.792, 54 euros que foram entregues à Cáritas Portuguesa através das declarações relativas a 2010, montante que a capacidade de lançar novas perspetivas para o futuro. A confirmação veio de imediato: a primeira encíclica do seu pontificado apontou logo para o essencial: Deus é o amor. Mais que circunstanciais reflexões teológicas certamente importantes, quis transmitir ao mundo a centralidade do seu sentido: tudo nasce de Deus, e Deus é o Amor. Outra carta recordanos que somos Salvos pea Esperança, e certamente em breve teremos a proclamação da Fé, já que há pouco anunciou a celebração de um Ano da Fé, nos 50 anos do início do Concílio Vaticano II. Apresenta assim uma nova perpetiva das tradicionalmente chamadas virtudes teologais, partindo do Amor para a Fé. Coloca-se numa linha de visão nascida do evangelho de instituição utilizou para ajudar as famílias mais carenciadas que diariamente recorrem ao apoio das Cáritas Diocesanas de todo o País. Segundo Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, “Esta é uma doação e extrema importância neste complexo quadro que vivemos actualmente e que nos vai ajudar a dar respostas aos cerca de 250 pedidos que nos chegam diariamente, a nível nacional. Nunca é demais relembrar que esta contribuição não tem qualquer custo extra para os cidadãos: não há necessidade de pagar mais imposto, nem reaver menos dinheiro - este campo serve apenas para deslocar uma pequena parte do montante já suportado pelo contribuinte para a Cáritas Portuguesa”. Aquando do preenchimento do IRS, o contribuinte apenas terá de preencher o quadro 9 do Anexo H e indicar os dados da Cáritas Portuguesa NIF 500291756. Bofetada Na cidade reformada de Genebra, um dia Francisco de Sales viu a sua mansidão ser confrontada por um pastor protestante: - Se recebesse uma bofetada, o que João, associando o Amor à Palavra, à Luz, à Vida: no princípio era a Palavra. Todos recordaremos como a figura hierática, o sorriso enigmático mas acolhedor, a palavra densa e de complexos contornos, mas penetrante na mente e no coração, foi amansando os espíritos mais críticos e conquistando os cristãos mais simples e de coração mais aberto. A sua presença em Portugal constitui uma completa transformação da maneira como era olhado: entrou como Ratzinger, e saiu como Bento XVI, disse-se na ocasião. As suas palavras para os homens da Igreja, os sacerdotes, religiosos e leigos, para os homens e mulheres do mundo da cultura, para os jovens, para as estruturas da sociedade, partindo da centralidade da pessoa de Cristo, tocaram todos os projectos e dramas do nosso tempo. E quando as multidões o despediam, ficava sempre o rastro de um homem simples na sua sabedoria e dinâmico na sua ação. Dele continuamos a esperar a palavra e o acolhimento. Correia Fernandes, “Voz Portucalence” 18.04.2012 faria? O bispo respondeu: - Sei perfeitamente o que deveria fazer, mas não sei se o faria. Bom humor Na rua O senhor não tem vergonha de estar a pedir esmola, se pode muito bem trabalhar e há tanto que fazer? - Minha senhora, eu estou a pedir esmola e não conselhos. * Na mercearia Um cartaz na área da fruta diz: “Maçãs a três euros o quilo”. Uma larva, ao passar, exclama: - Caramba! Como estão caras as habitações! * Na escola - Senhor professor, o que acha que poderá ser o meu filho quando for grande? - Cosmonauta. - Cosmonauta? - Sim, pois na aula está sempre na Lua, e quando o interrogo, cai das nuvens. A.B.