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Um cristal é um objeto de encanto e fascinação Desde a pré-história, explorando as riquezas do mundo subterrâneo, o homem começou a descobrir pedras de formas e materiais variados. Algumas dessas peças, como os cristais multifacetados, lhe causaram imensa fascinação. Nos tempos da Renascença elas seriam as vezes chamadas de « as estrelas do mundo inferior ». Um número enorme de formas : pedras « angulares » Uma enorme diversidade de cores Essas pedras apresentavam um monte de formas e cores distintos. Elas podiam ser perfeitamente « angulares », limitadas por faces planas, mais ou menos lisas, ou pareciam ter sido artificialmente fabricadas. Dentre essas pedras, as mais estranhas, pareciam transparentes. Suas cores e geometrias distintas suscitaram o misticismo e a fascinação : os cristais são considerados objetos simbólicos, dotados de “virtudes”, de poderes sobrenaturais pelos homens ávidos de dominar o mundo. Poderes que poderiam curar, realmente proteger... São as que chamanos « Cristais de rocha ». Essas cores, sua transparência, sua raridade os transformaram também em objetos preciosos prontamente utilizados nas jóias e adornos. Os cristais se tornaram símbolos de poder e riqueza. Pedras e cristais de formas variadas encontrados em grotas. Fonte : Institut Néel-CNRS Quartzo cristalino ou “cristal de rocha” - Isère © Colecção do Museu de História Natural de Grenoble Cristal: uma palavra que vem do frio A etimologia da palavra “cristal” dá uma indicação sobre o primeiro questionamento que surgiu sobre a origem das pedras. Essa palavra vem do grego “krystallos “ que significa “gelo” . Seria possível pensar que o cristal de rocha era proveniente de água submetida a resfriamento tão intenso que acabou sendo convertida em gelo eterno? Esta analogia entre o cristal de rocha e outros materiais transparentes pode ser encontrada no “vidro cristalino” que no é propriamente um cristal do ponto de visa científico. Página do l’Atlas der Kristallformen 1913-1923 (20 volumes !) onde Victor Goldschmidt desenhou 2544 formas diferentes da calcita. Fonte : Collection des Minéraux, UPMC-Jussieu Calcita – Isère © Museu de História Natural de Grenoble Elbaita © Museu de História Natural de Grenoble Fluorita © Museu de História Natural de Grenoble Cristal: uma definição que evoluciona com o tempo - No século XVIII, o termo cristal se utilizava para designar todas as pedras angulares limitadas por caras. - A principio do século XIX, o termo cristal designa todos os materiais sólidos homogêneos limitados por caras. - Durante os séculos XX e XXI, se denominam como cristais a todos os materiales ordenados em escala atómica. Calcita– St Marcellin Isère © Museu de História Natural de Grenoble