Polónia - Sectores Automóvel e Componentes _Maio 2011

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Polónia - Sectores Automóvel e Componentes _Maio 2011
Mercados
informação sectorial
Polónia
Sectores Automóvel e dos Componentes Automóveis
- Breve Apontamento Maio 2011
aicep Portugal Global
Polónia – Sectores Automóvel e dos Componentes Automóveis / Breve Apontamento (Maio 2011)
Índice
1. Breve Caracterização do Sector
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2. Produtos / Clientes / Serviços
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3. Oportunidades e Ameaças/Riscos
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4. Automóvel Eléctrico
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5. Associações Sectoriais
10
6. Feiras Sectoriais
10
7. Revistas Sectoriais
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Polónia – Sectores Automóvel e dos Componentes Automóveis / Breve Apontamento (Maio 2011)
1. Breve Caracterização do Sector
A Polónia é presentemente o sexto maior produtor Europeu de automóveis e o terceiro maior de
autocarros. Em média, uma em cada duas pessoas tem um automóvel.
Em 2010 foram produzidos 876.972 automóveis, 1,1% menos do que em 2009. Destes, 98% foram
exportados destinando-se na esmagadora maioria à Europa. Os dois maiores importadores são a Itália
(um terço do total) e a Alemanha, facto que não surpreende uma vez que são empresas naturais destes
países quem mais investem neste sector na Polónia (sendo a FIAT e a VW os exemplos mais
representativos). Em 2009, foram ainda produzidos 5447 camiões e 4822 autocarros, destinando-se 75%
para exportação (principalmente para a Europa). No total, a exportação de todo o sector automóvel
(incluindo os componentes automóveis) atingiu o valor de 15.700 milhões de Euros em 2009, referindose 43% deste valor unicamente aos automóveis. O sector tem um peso considerável nas exportações ao
representar 16% das mesmas. 40% das fábricas de montagem de veículos automóveis e produção de
motores da região da Europa Central e de Leste (ECL) localizam-se na Polónia, sendo a República
Checa o único país que supera a produção Polaca de automóveis.
Fonte:
OICA
Segundo a agência Polaca para o Investimento Directo Estrangeiro (Paiiiz), a Polónia é o quinto país
Europeu com melhores condições para a indústria automóvel e respectivos componentes. O
considerável valor de Investimento Directo Estrangeiro (IDE) neste sector corrobora tal afirmação: entre
1998 e 2007 o IDE no sector automóvel e respectivos componentes totalizou cerca de 4.350 milhões de
Euros, 4,9% do IDE total no país.
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“(...) o sector automóvel evoluiu como uma das indústrias mais importantes da Polónia em termos de
valor da produção, emprego investimento em capital tal como o peso nas exportações.”
in Relatório da Indústria Automóvel Polaca de 2010, PZPM
IDE no Sector Automóvel e dos Componentes Automóveis (milhões €)
800
600
400
758
674
200 415
263
411
304
681
325
467
62
0
-324
-200
-400
Fonte:
1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008
PZPM - Relatório da Indústria Automóvel Polaca de 2010
Tal investimento é consequência da competitividade do país, fruto nomeadamente da qualidade do
capital humano e da existência de Zonas Económicas Especiais (abaixo descritas em maior detalhe).
Dada a sua longa história no Sector Automóvel, a produção em larga escala e o enfoque histórico na
educação, o capital humano presente no país é de elevada qualidade, em quantidade suficiente e com
uma remuneração competitiva. Cerca de 200.000 pessoas estudam hoje em dia em escolas técnicas, às
quais se podem somar mais de 30.000 engenheiros em formação. Ao investirem na Polónia as
empresas
estrangeiras
não
têm
em
geral
problemas
em
encontrar
quadros
qualificados,
independentemente do nível pretendido. O crescimento anual do número de pessoas a trabalhar no
sector, apesar de consideravelmente irregular, apresentou uma média de 7,75% de 2001 a 2008.
Estão presentes a produzir automóveis empresas como a FIAT (em Tychy), GM/Opel (Gliwice e Tychy),
Toyota (Jelcz-Laskowice e Wałbrzych) e VW (Poznań). A MAN produz tanto camiões como autocarros
(em Poznań, Starachowice e Niepołomice), enquanto que a Solaris (Owinska), Volvo (Wrocław) e Scania
(Słupsk) produzem unicamente autocarros. De todas as empresas, destacam-se especialmente a FIAT e
a Solaris. A FIAT foi responsável por 73% da produção de automóveis no país em 2008 e 65% em 2009.
No entanto, dada a deslocalização da produção do novo modelo Panda de volta à Itália esta quota deve
decrescer. A Solaris, embora tão competitiva como as outras empresas estrangeiras do seu ramo, difere
do padrão tipo ao pertencer unicamente a capitais Polacos e exportar para fora da Europa,
nomeadamente para o Dubai. Diversifica ainda o seu negócio ao produzir por ano 50 eléctricos.
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Apesar da deslocalização de alguma da produção da Fiat, a tendência geral das marcas tem sido
reforçar o investimento e presença no país geralmente de forma contínua. Os anos de 2008 e 2009
foram a excepção, tendo mesmo algumas firmas desinvestido na Polónia, como consequência da
retracção mundial da procura de automóveis.
Relativamente aos componentes automóveis, é a Alemanha quem mais importa seguida da Itália, tendo
30% e 18% de quota respectivamente. O investimento nesta parte específica do sector automóvel temse mostrado em geral contínuo, com a maior parte das empresas com planos para continuar a investir.
Na maioria dos casos, o modo de entrada das empresas estrangeiras consiste em comprar empresas
locais, assegurando assim a produção dos componentes que necessitam.
Ilustrando a produção de componentes automóveis, nas fábricas da Toyota são produzidos motores para
a Toyota, Peugeot e Citroen. Na FIAT são produzidos motores de baixa capacidade para a FIAT e a
Ford. Um motor a diesel é produzido na fábrica da Opel em Tychy para o Opel Astra e Corsa. A fábrica
da VW é responsável pela produção de motores a diesel para os automóveis de passageiros e entrega
automóveis comerciais para a VW, Audi, Seat e Skoda.
Para além disto, existe uma rede de fornecedores locais que tendo a necessária qualidade, abastecem
de certo modo as fábricas estrangeiras. O melhor exemplo é a Inter Groclin, cuja especialidade reside na
produção de assentos e mecanismos de ajuste, tendo mesmo na sua carteira de clientes empresas
como a BMW, VW, Opel ou mesmo a Porsche, entre outras.
Relativamente aos pneus, o valor da produção tem aumentado em média cerca de 1,5 milhões de Euros
por ano, embora tenha decrescido ligeiramente em 2009 para um total de 27,72 milhões de Euros. Estão
presentes empresas como a Goodyear, a Dunlop, a Fulda, a Michelin, a Kormoran e a Kleber. A
Bridgestone optou por uma estratégia diferente, construindo por si quatro fábricas em quatro
localizações diferentes (em vez da normal aquisição de firmas polacas já existentes).
As preferências dos consumidores polacos recaem em geral em carros mais pequenos e com
motorizações mais baixas (em 2010 48,2% dos carros tinha uma cilindrada igual ou menor a 1399 cm3,
enquanto que apenas 6,6% tinham mais de 2000 cm3). Não havendo um líder de mercado claramente
distinto, a Skoda detém a maior quota de mercado, possivelmente pelo tipo de modelos oferecidos, value
for money e localização geográfica (proximidade com a República Checa). Em 2010 foram vendidos
333.552 automóveis, mais 4,17% que no ano anterior.
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Fonte:
GUS
2. Produtos / Clientes / Serviços
Importações polacas e posicionamento de Portugal
A Balança Comercial entre Portugal e a Polónia tem sido negativa para Portugal nos últimos anos. No
entanto, esta diferença tem vindo a diminuir devido a um contínuo aumento das exportações e uma
redução ligeira das importações. Ao analisar o comércio entre Portugal e a Polónia, verifica-se que este
sector específico (avaliado pela rubrica do INE Valor da Fabricação de veículos automóveis, reboques e
semi-reboques) tem perdido importância. Em termos absolutos, tanto as exportações como as
importações apresentam valores decrescentes. Em termos relativos, comparativamente ao valor total do
que Portugal exporta para a Polónia (que tem vindo a crescer) este sector representa uma percentagem
cada vez menor. Relativamente às importações, devido ao facto das importações deste sector terem
decrescido mais que as importações gerais oriundas da Polónia, o sector também aqui perdeu
importância relativa.
Relativamente à oferta automóvel, virtualmente todas as marcas estão presentes na Polónia, sendo que
algumas delas (Fiat, VW, entre outras) produzem aqui parte dos seus automóveis. Relativamente aos
componentes automóveis, existe uma indústria de suporte bem desenvolvida. Esta é composta tanto por
empresas polacas como por empresas estrangeiras que na sua maioria entraram no mercado adquirindo
empresas locais. Ao fazerem-no, reconhecem o nível de qualidade dos produtores locais, que é
naturalmente melhorado a posteriori com a transferência de tecnologia do estrangeiro assim como de
know-how.
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As firmas estrangeiras que produzem na Polónia (alguns) dos seus componentes integram-se
verticalmente, o que resulta numa maior eficiência e melhor coordenação da produção. No entanto, a
maior parte das empresas (estrangeiras e locais) produtoras de componentes têm apenas essa função.
São hoje em dia mais de 2100 as empresas que o fazem, diferindo substancialmente entre si em termos
de dimensão.
Como consequência dos incentivos concedidos nas Zonas Económicas Especiais, é nestas em que este
tipo de empresas se encontra geralmente localizada, gozando ainda da proximidade com a República
Checa e Eslováquia (também importantes produtores na ECL).
A frota automóvel polaca pauta-se em geral por se encontrar consideravelmente envelhecida e os
consumidores preferirem carros mais pequenos. Tais fenómenos podem ter como origem o menor poder
de compra (quando comparado à média da União Europeia), que ano após ano está a melhorar e como
tal é expectável que pouco a pouco também os hábitos dos consumidores se ajustem.
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3. Oportunidades e Ameaças
Oportunidades
•
Zonas Económicas Especiais (ZEE): Predominantemente localizadas a Sul, atraem investidores pelas
isenções parciais mas consideráveis de impostos, fundos disponíveis tanto a nível europeu como
polaco e a tentativa de criação de alguns clusters económicos, especialmente a nível de Investigação
e Desenvolvimento (I&D). As isenções e incentivos dependem principalmente do tipo de indústria, do
montante do investimento feito e do número de postos de trabalho criados.
•
Possibilidade de constituição de joint-ventures com parceiros locais ou internacionais (com
experiência local) para a produção de componentes para a indústria automóvel.
•
Importância do Transporte Terrestre: Mais de metade do transporte de carga e de pessoas, faz-se por
terra. Analisando unicamente o transporte de carga, 60% do transporte é feito por camiões,
possuindo a Polónia uma frota de 400.000 camiões. Juntando a isto os serviços de apoios (estações
de serviço, garagens de reparação, entre outros) e a produção, verifica-se que este sector dá
emprego a 7,5% da população Polaca. Isto torna este sector bastante importante, o que num país
como a Polónia representa um mercado de considerável dimensão.
•
Importação de carros usados: Devido ao facto de serem mais velhos, este tipo de carros tem uma
maior probabilidade de necessitar mais rapidamente/frequentemente de peças/componentes
automóveis. Se a isto de juntar a superior média de idade dos automóveis na Polónia, verifica-se que
os fabricantes deste sector específico aumentam consideravelmente o tamanho do seu mercado.
•
Construção do carro eléctrico: Combinando os avanços tecnológicos de Portugal nesta área com a
elevada preocupação ambiental na Polónia e os especiais incentivos dados a indústrias relacionadas
com I&D, obtém-se uma boa oportunidade para investimento português na Polónia (mais
pormenorizado em baixo).
Ameaças
•
Aumento do preço do petróleo a médio/longo prazo: Apesar de afectar todos os sectores da
economia, o risco neste caso deriva de automóveis mais amigos do ambiente. Há assim o risco das
fábricas de automóveis na Polónia não estarem preparadas para este novo tipo de produção, que
devido a questões de mercado as empresas quererão certamente produzir.
•
Alterações no regime geral de impostos: Tendo em mente que a isenção de impostos é um dos fortes
incentivos ao investimento, o facto da política fiscal da Polónia poder ser um pouco volátil hoje em dia
pode diminuir os incentivos drasticamente (como por exemplo uma limitação do valor a deduzir no
IVA).
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•
Aumento dos salários: O crescimento médio anual do PIB real nos últimos 10 anos foi de 3,88%. Os
salários subiram e, a manter-se o crescimento, continuarão a subir. A dúvida é se esta subida não
fará a Polónia menos competitiva.
•
Risco cambial: Apesar de fazer parte da UE, a Polónia ainda não usa o Euro como moeda do país.
Isto expõe ao risco cambial todas as empresas estrangeiras que estejam no país mas
especificamente as do sector automóvel. Ao risco básico, junta-se o risco de vendas mais baixas
dado que uma apreciação do Zloty em relação ao Euro (como aconteceu no primeiro trimestre de
2010) potencia o crescimento das importações da Alemanha de carros usados. O número total de
veículos usados importados em 2010 ascendeu a 718.286.
4. Automóvel Eléctrico
Dada a importância da temática do ambiente na indústria automóvel e o peso desta indústria na Polónia,
é natural que desde alguns anos a esta parte o investimento numa mobilidade de natureza alternativa
tenha aparecido. Mais ainda, quando se tem atenção ao tipo de incentivos (mais significativos nas
Z.E.E.) e ao tipo de indústria nos quais se focam, a investigação/produção de veículos movidos a
electricidade faz todo o sentido na Polónia.
De facto, desde 2004 que a empresa Polaca Impact Automotive Technologies Sp. z o. o. (especialista no
desenvolvimento e design de numerosos automóveis) coopera com a empresa suíça S.A.M. Group AG
(que na década de 90 tinha já desenvolvido um protótipo embora sem o desejado sucesso) nesta
matéria. Depois da empresa italiana Dekra se ter juntado, começaram a produzir no final de 2009 um
novo protótipo aplicando todo o conhecimento resultante da cooperação entre as três empresas
(nomeadamente soluções técnicas e de armazenamento eléctrico). Hoje em dia foram já produzidas
algumas centenas deste veículo (EV SAM II), faltando apenas as necessárias aprovações europeias
para que a viatura possa ser comercializada.
De modo similar, foi criado o Projecto Green Stream. Este projecto funciona na base dum consórcio e
tem como objectivo a eliminação gradual da dependência da Polónia do petróleo. É composto por
diferentes empresas, instituições e indivíduos tal como o Instituto de Engenharia Eléctrica de Varsóvia,
Associação dos Especialistas Eléctricos da Polónia, Infotrust Sp z o.o., MP Consulting i Partnerzy, entre
outros. Juntos, cooperam no fomento das energias alternativas e tentam principalmente a criação de um
mercado para o carro eléctrico.
Recentemente, a empresa Chinesa Chery demonstrou interesse em adquirir a fábrica de automóveis
FSO, em Varsóvia. Apesar do modelo inicial não ser um automóvel eléctrico, a Chery tem uma joint
venture com a empresa israelita Quantum para desenvolver este tipo de automóveis. Aquando da
existência de tal mercado na Polónia, a produção deste tipo de veículos aqui seria mais provável
aumentando/melhorando este cluster.
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5. Associações Sectoriais
Polska Izba Motoryzacji
(Associação Polaca do Sector Automóvel)
www.pim.org.pl
Przemyslowy Instytut Motoryzacji
(Instituto Industrial do Sector Automóvel)
www.pimot.org.pl
Stowarzyszenie Producentow Czesci Motoryzacyjnych
(Associação dos Fabricantes de Peças para o Sector Automóvel)
www.spcm.org.pl
SAMAR
(Instituto de Pesquisas do Sector Automóvel)
www.samar.pl
PSPTS – Polskie Stowarzyszenie Przetwórców Tworzyw Sztucznych
(Associação Polaca de Processadores de Plásticos)
http://www.comp-service.com.pl/pspts/wydarz.php
STTS – Stowarzyszenie Techniczne Tworzywa Sztuczne
(Associação de Fabricantes de Moldes e Processadores de Plásticos)
www.wadim.com.pl/stts/
6. Feiras Sectoriais
Poznan Motor Show (a maior e mais especializada em toda a Polónia)
www.motorshow.pl
AUTOSALON – Feira da Indústria Automóvel
www.targi.lublin.pl
MOTO – Feira da Indústria Automóvel
www.targi.krakow.pl
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Motor Industry Equipment and Services Salon
www.mtl.lodz.pl
Inter Moto – Salão da Indústria Automóvel
www.halaludowa.wroc.pl
7. Revistas Sectoriais
Rynek Tworzyw (Processamento de Plásticos)
http://www.rynektworzyw.com.pl
Auto Świat (Mundo dos Automóveis - equivalente ao jornal Auto Hoje em Portugal)
http://autoswiat.redakcja.pl
Web site do sector automóvel
http://www.motogazeta.mojeauto.pl
Europa - Auto - Handel
http://unfallwagen.net/toolbar/1/
Auto Motor i Sport Polska
http://www.auto-motor-i-sport.pl/
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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt
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