gestão de estoque - Repositório de Monografias

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gestão de estoque - Repositório de Monografias
FACULDADES INTEGRADAS DA UNIÃO EDUCACIONAL DO PLANALTO
CENTRAL - FACIPLAC
Aprovadas pela Portaria SESu/MEC Nº 368/08 (DOU 20/05/2008)
GESTÃO DE ESTOQUE
ESTUDO DE CASO: SUPER CAR – CENTRO AUTOMOTIVO
RAFAEL FERREIRA DE SOUZA
GAMA/DF
2011
ii
RAFAEL FERREIRA DE SOUZA
GESTÃO DE ESTOQUE
ESTUDO DE CASO: SUPER CAR – CENTRO AUTOMOTIVO
Monografia apresentada no curso de
Graduação em Administração de Empresas da
Faculdades Integradas da União do Planalto
Central - Faciplac, como parte dos requisitos
para obtenção do título de Bacharel em
Administração
Linha de pesquisa: Gestão de Materiais
Orientador: Prof. MSc. ROMILSON RANGEL AIACHE
GAMA/DF
2011
iii
RAFAEL FERREIRA DE SOUZA
GESTÃO DE ESTOQUE
ESTUDO DE CASO: SUPER CAR – CENTRO AUTOMOTIVO
Monografia, aprovada como requisito parcial
para obtenção do grau Bacharel em
Administração no curso Administração de
Empresas das Faculdades Integradas da
União do Planalto Central - Faciplac.
Data de Aprovação:
_____/_____/_____
Banca Examinadora:
_____________________________________
Prof. MSc: Romilson Rangel Aiache
Orientador
Faculdades Integradas da União Educacional
do Planalto Central
_____________________________________
Prof: Maury Chaves Da Salva
Faculdades Integradas da União Educacional
do Planalto Central
_____________________________________
Prof: Alexandre Rezende Da Silva
Faculdades Integradas da União Educacional
do Planalto Central
iv
Agradecimentos
Em primeiro lugar ao nosso Deus todo poderoso que meu deu força em todos os
momentos. Ao meu pai, minha mãe, meus irmãos, amigos e colegas de sala de
aula pelo incentivo, força e ajuda. Ao orientador Prof. Romilson Aiache pelo
exemplar acompanhamento e pertinentes orientações. Aos professores do Curso
de Administração pelas orientações e sugestões. A todos os que direta ou
indiretamente contribuíram para a realização desta pesquisa.
v
RESUMO
Atualmente as empresas operam dentro de um ambiente em constantes mudanças, e o correto
gerenciamento de estoques pode fornecer subsídios para que as empresas possam melhorar a
rentabilidade de seus produtos e serviços. Foi verificado o estado atual da Empresa Super - Car,
uma vez que a administração de estoque é uma ferramenta indispensável para as empresas,
devido ser um fator que auxilia na redução de custos. A adoção de novas tecnologias tem ajudado
as empresas cada vez mais a fazerem um melhor gerenciamento, trazendo desta forma, maiores
benefícios. O objetivo desse estudo foi analisar a situação atual da empresa, onde foi constatada a
carência de maiores cuidados na administração dos seus estoques.
PALAVRAS-CHAVES: Administração de Materiais, Gestão de Estoques, Métodos de Previsão da
Demanda.
vi
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 - Gráfico curva de Pareto para itens em estoque......................... 28
FIGURA 2 - Saldo curva ABC........................................................................ 38
FIGURA 3 - Estoque parado curva ABC........................................................ 40
vii
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 – Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC..................... 28
TABELA 2 - Saldo Classificação ABC........................................................... 37
TABELA 3 – Classificação sintética – análise ABC ....................................... 38
TABELA 4 – Classificação estoque parado................................................... 39
TABELA 5 – Classificação sintética – análise ABC parado............................ 41
TABELA 6 – Classificação A do estoque parado........................................... 41
TABELA 7 – Classificação B do estoque parado.......................................... 41
TABELA 8 – Classificação C do estoque parado.......................................... 42
viii
SUMÁRIO
RESUMO.......................................................................................................
5
1. INTRODUÇÃO...........................................................................................
10
1.1 Tema: Gestão de estoque........................................................................ 11
1.2– Justificativa...........................................................................................
11
1.3 – Problema de Pesquisa..........................................................................
11
1.4 – Objetivo.................................................................................................
11
2. PERFIL DA EMPRESA.............................................................................
12
2.1 – Histórico................................................................................................
12
3. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................
13
3.1 - Administração de Materiais...................................................................
13
3.2 - A administração de materiais ao longo da história................................
13
3.3 – Estoques - conceituação....................................................................... 15
3.4 - Classificação dos estoques...................................................................
15
3.4.1 - Estoques de proteção.........................................................................
15
3.4.2 - Estoques de ciclo................................................................................ 16
3.4.3 - Estoques de antecipação...................................................................
16
3.4.4 - Estoques no canal (de distribuição) ................................................... 16
3.4.5 - Estoques de flutuação (estoques de segurança)...............................
17
3.4.6 - Estoques de transporte ...................................................................... 17
3.4.7 - Estoques hedge..................................................................................
17
3.5 - Gestão de Estoques..............................................................................
18
3.6 - Políticas de estoques............................................................................. 20
3.7 - A importância dos estoques para as empresas .................................... 20
3.8 - Administração de estoques agregado...................................................
21
3.9 - Função dos estoques..........................................................................
21
3.10 - Objetivos da administração de estoques ............................................
22
3.11 - Os custos associados aos estoques...................................................
23
3.12 - Administração de estoque por item.....................................................
25
3.13 - Níveis de estoques .............................................................................
26
ix
3.14 - Classificação ABC dos estoques ........................................................
27
3.15 - Previsão de estoques.........................................................................
29
3.16 - Mensuração do desempenho financeiro de estoques.........................
31
4. METODOLOGIA........................................................................................
33
4.1 Tipo de Pesquisa.....................................................................................
33
4.2 Universo e Amostra.................................................................................
34
4.3 Instrumentos de pesquisa.......................................................................
34
4.4 Coleta de Dados.....................................................................................
34
5. ANÁLISE DE RESULTADOS.................................................................... 36
5.1 Dados quantitativos coletados na pesquisa............................................. 37
5.2 dados quantitativos do estoque parado...................................................
39
5.3 Análise dos dados coletados...................................................................
42
5.3.1 O processo de trabalho na empresa Super Car...................................
43
5.4 Dados verificados na pesquisa de campo...............................................
43
6. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.................................................... 44
7. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................
45
8. APÊNDICES..............................................................................................
46
10
1. INTRODUÇÃO
A administração de estoques vem sofrendo um grande impacto inovador, a
partir do momento em que as empresas procuram novas tecnologias na área de
gestão de estoques. Isso ocorre a partir do momento em que a importância da
logística passa a ser mais considerada pelos administradores. O controle de
estoques é uma área de grande importância para as empresas e de
gerenciamento complexo, uma vez que são necessários gestores com
determinado grau de conhecimento técnico e funcionários treinados para esse fim.
A velocidade das mudanças que estão ocorrendo nos últimos anos, como a
transformação das economias industriais e das sociedades, diretamente
relacionadas com a globalização, acirrou a competição no mercado, que busca
alcançar melhorias na prestação dos serviços, motivado por um aumento
crescente no grau de exigência do mercado consumidor. As organizações são
obrigadas a buscar alternativas com o objetivo de aumentar seus lucros, através
do aumento de suas vendas ou minimizar os seus custos, para oferecer produtos
melhores a preços competitivos.
Esse gerenciamento permite ao administrador verificar se os estoques estão
sendo bem utilizados, bem manuseados e controlados. Portanto, este trabalho
abordará a administração de estoques, no qual serão citados os conceitos,
funções de estoque, e principais características da matéria que será estudada,
alem de um estudo de caso, onde se poderá verificar a aderência dos conceitos
teóricos à realidade pratica de uma empresa.
11
1.1 – TEMA
Gestão de Estoques – Estudo de Caso: SUPER CAR – CENTRO AUTOMOTIVO
1.2 - JUSTIFICATIVA
A motivação para a escolha desse tema está no fato de que toda empresa
que trabalha com estoque de produtos por mais simples que seja sua instalação
procura obter a realização de um bom gerenciamento, onde se busca um melhor
resultado juntamente com um menor custo, oferecendo os melhores produtos e
com um acompanhamento detalhado, podendo assim vivenciar o crescimento da
Empresa com um controle satisfatório, buscando elevar o nível de gestão aplicada
ao estabelecimento comercial.
1.3 - PROBLEMA DE PESQUISA
A Gestão de estoque da Empresa Super Car é adequada?
1.4 – OBJETIVO
1.4.1 – OBJETIVO GERAL
Analisar a gestão de estoque da Empresa Super Car – Centro Automotivo
1.4.2 - OBJETIVOS ESPECIFICOS
Analisar a movimentação, por meio de notas fiscais e talões de controle, de
itens que compõem o estoque;
Analisar o estoque de acordo com a classificação ABC, identificando os
itens que pertencem às classes A, B ou C;
Sugerir medidas de economia e correção dos problemas eventualmente
identificados.
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2. PERFIL DA EMPRESA
2.1 – Histórico
A Empresa Super Car – Centro Automotivo, está situada no Setor Central
da cidade do Gama, localizada no Distrito Federal.
Tendo como seu proprietário e fundador o Sr. Everton Mendes, iniciou suas
atividades em Maio de 2006, atuando na área como prestador de serviço
automotivo, comercializando uma grande variedade de itens, buscando a
satisfação ao cliente.
Composta por 4 funcionários, a pequena empresa busca ao longo do
desenvolvimento de suas atividades, crescer por meio de filiais, aumentando seu
efetivo. Tem por objetivo inserir sua primeira filial na cidade do Rio de Janeiro,
cidade de origem do fundador da empresa Super Car.
√ Missão
Trabalhar com transparência e soluções em serviços, atender as
expectativas de clientes, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e
responsabilidade socioambiental.
√ Visão
Expandir no ramo automotivo, obtendo um perfil realista e competitivo no
mercado, buscando o aperfeiçoamento e satisfação ao cliente.
√ Valores
Ética e transparência
Responsabilidade socioambiental
Excelência e especialização no relacionamento com o cliente
Gestão participativa, e trabalho em equipe
Marca como diferencial competitivo
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3 – REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 - Administração de Materiais
De acordo com Pozo (2002) e Martins (2006), uma correta administração de
materiais funciona quando as atividades de entradas e saídas de produtos ou
materiais necessárias a uma empresa funcionam com eficiência e precisão.
O constante avanço tecnológico e a concorrência no mercado atual tem
constatado que a Administração de Materiais é um importante componente para
as organizações, exigindo conhecimentos amplos e profundos das atividades
desenvolvidas, isso é tido como um fator de relevante.
Torna-se
imprescindível
que
o
administrador
tenha
habilidades e
conhecimentos para saber precisar o quê, quanto, quando e como comprar.
3.2 - A administração de materiais ao longo da história
Podemos observar que a administração de materiais, ainda não como
ciência, já estava presente desde a pré-história, apesar da sua simplicidade, nas
atividades de pesca, caça e atividades rudimentares, com o objetivo de
sobrevivência, trocas ou a estocagem dos produtos, para utilização futura.
No ano 30 a.c, o antigo Egito transformou-se em uma província de Roma e
desempenhou a função de território responsável pela produção e armazenamento
de alguns cereais como trigo e a cevada para o império romano. O livro de
Gênese, capítulo 41, menciona a presença da “Administração de Materiais”
quando José, filho de Jacó, foi chamado pelo faraó, para decifrar um sonho.
Orientado por Deus, José informou ao faraó que haveria sete anos de grande
abundância para todo o Egito. Posteriormente, ocorreriam sete anos de miséria,
pois a fome iria devastar aquele território. José então orientou ao faraó para
nomear administradores por todo o País, e que estes deveriam recolher a quinta
parte das colheitas em todo o Egito, durante os sete anos de abundância. Eles
deveriam estocar todos os produtos destes bons anos para formarem uma reserva
em provisão de alimentos para os sete anos de fome que assolariam o Egito.
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No período dos descobrimentos, onde Portugal desempenhou papel
importante, com as suas bases na agricultura, aquele País utilizou os processos
da Administração de Materiais, como produção, armazenamento e distribuição no
comércio de vinhos, azeite, cortiça e madeiras com outras nações.
Já na Revolução Industrial, entre os séculos XVIII e XIX, a concorrência de
mercado inovou o processo de comercialização, destacando a importância das
compras e dos estoques. Este período ficou marcado por modificações nos
métodos do sistema, fabricação e estocagem em maior escala.
Até os anos 50, os mercados ainda eram bastante limitados e a falta de uma
preocupação mais profunda com a satisfação dos clientes acabou obrigando as
empresas a fragmentarem as atividades que seriam de responsabilidade da
Administração de Materiais. Conforme Pozo (2002), as atividades como
distribuição, planejamento e controle, estoques e processamento de pedidos,
estavam vinculadas a outros setores dentro das empresas como marketing, área
industrial, área administrativa e o setor de vendas. Isso resultava em conflitos de
objetivos e de responsabilidades.
A Administração de Materiais teve grande desenvolvimento nos períodos da
primeira e segunda guerras mundiais, cuja realização dos abastecimentos e
suprimentos das tropas era fundamental para o avanço do combate.
Para Pozo (2002) a Administração de Materiais tem o seu funcionamento
baseado em uma correta coordenação, realizando uma racionalização e uma
manipulação dos insumos (matéria-prima, materiais secundários etc.), por meio de
estabelecimentos de normas, critérios e rotinas operacionais, buscando sempre
manter harmonicamente um ciclo contínuo de atividades correspondentes e
interdependentes com os demais departamentos de uma empresa. A atividade
militar abrange essas características, possibilitando o desenvolvimento da
atividade.
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3.3 - Estoques – Conceituação
O termo estoque possui uma abrangência ampla para os diversos setores
das empresas. Trata-se de certa acumulação de um ou vários tipos de produtos,
materiais, ou mercadorias, que no momento adequado poderão ser empregados,
de acordo com as necessidades da organização. Segundo Slack e outros (2002,
p.381) “Estoque é definido aqui como a acumulação armazenada de recursos
materiais em um sistema de transformação”. Devido a sua amplitude, também é
usado para descrever qualquer recurso armazenado.
Em Viana (2008), o autor explica que os estoques podem tornar-se
recursos inativos, pois a formação destes consome capital de giro, e este pode
não trazer nenhum retorno e benefícios esperados para as empresas. Esse capital
de giro poderia ter sido utilizado em outros setores que a empresa teria urgência.
3.4 - Classificação dos estoques
Para Slack e outros (2002) e Arnold (1999), devido à existência do
desequilíbrio entre as taxas de fornecimento e de demanda, fatores esses que
podem implicar na utilização de diferentes tipos de estoques e outras maneiras de
classificação dos estoques. Assim os estoques podem ser classificados em:
estoque de proteção, de ciclo, de antecipação, de canal, de flutuação (estoque de
segurança), de transporte e estoque hedge.
3.4.1 - Estoques de proteção
Possui
denominação
de
estoque
isolador,
porque
existem
certas
dificuldades nas operações ligadas à previsão da demanda, apesar de existir um
conhecimento do nível mais provável. Para Slack e outros (2002), esta ação
evitará que possa ocorrer a falta de produtos caso houver o aumento no consumo.
Utilizando o estoque de proteção sempre existirá certa quantidade da maioria dos
itens em estoque.
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3.4.2 - Estoques de ciclo
O estoque de ciclo ocorre, quando se faz necessário cobrir a demanda entre
duas reposições sucessivas. Também conhecido como estoque de tamanho do
lote, possui o objetivo de tirar uma vantagem dos descontos sobre a quantidade,
reduzir despesas de transporte, e de custos de escritório.
Segundo Arnold (1999, p.269) “É a parte do estoque que vai diminuindo á medida
que os pedidos dos clientes cheguem e é abastecida ciclicamente quando os
pedidos aos fornecedores são recebidos“. Exemplo: devido o processo de
preparação de pães, como misturar e assar, somente um tipo de pão pode ser
produzido por vez. O padeiro teria que produzir cada tipo de pão em fornadas (ou
lotes). As fornadas deverão ser grandes o bastante para satisfazer a demanda de
cada tipo de pão, entre os momentos em que cada uma ficar pronta para a sua
venda. Desta forma, sempre haverá algum estoque para compensar o
fornecimento irregular de cada tipo de pão.
3.4.3 - Estoques de antecipação
Busca compensar as diferenças entre o fornecimento e a demanda. Muito
usado em flutuações de demanda significativas, porém previsíveis. Exemplo: são
criados antes de uma época de pico de vendas, de um programa de promoções,
Feitos para auxiliar a nivelar a produção e na redução de custos de mudança de
taxas de produção.
3.4.4 - Estoques no canal (de distribuição)
Verifica-se que ocorre quando o material necessário não pode ser
transportado no instante entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda. Em
Slack e outros (2002), o autor explana que geralmente ocorre quando uma loja vai
encomendar itens de um de seus fornecedores, e este por sua vez, vai alocar o
estoque para a loja de varejo em seu próprio armazém, embalá-lo, carregá-lo,
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descarregá-lo no estoque varejista. Também é conhecido como estoque em
trânsito.
3.4.5 - Estoques de flutuação (estoque de segurança)
Possui as denominações de estoque de armazenamento intermediário ou
estoque de reserva. Procura cobrir flutuações aleatórias e imprevisíveis do
suprimento, e da demanda Lead-Time. Pois se a demanda for maior que o
esperado, haveria então um esvaziamento do estoque. Sua finalidade e prevenir
perturbações na produção ou no atendimento aos clientes. Segundo Martins e Alt
(2006, p.262) “os estoques de segurança diminuem os riscos de não-atendimento
das solicitações dos clientes externos ou internos”.
3.4.6 - Estoques de transporte
São estoques que existem devido ao tempo necessário para transportar as
mercadorias de um lugar para outro. Denominados estoques de tubulação ou de
movimento. Exemplo: Os produtos que saem de uma fábrica para chegar a um
centro de distribuição ou a um cliente.
3.4.7 - Estoques hedge
É o tipo de estoque que ocorre devido às flutuações dos produtos
relacionados com a oferta e demanda mundial. Pois alguns produtos tais como
minerais e commodities, são comercializados no mercado mundial. Exemplo:
grãos, produtos animais, etc.
Segundo Pozo (2002, p.36) “existem diversos tipos ou nomes de estoques,
que podem ou não ser mantidos em um ou nos diversos almoxarifados.” Abaixo,
poderemos ver outra forma de classificação empregada nas empresas para os
estoques.
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Estoques intermediário
Também conhecido como peça em processos. Esses estoques podem ou
não ser restritos. Isto é, possuir espaços delimitados e controlados. Possuem um
fator altamente influente no custo do produto. Segundo Martins e Alt (2006, p.170)
“o estoque em processo corresponde a todos os itens que já entraram no
processo produtivo, mas que ainda não são produtos acabados“.
Estoques de produtos acabados
É o tipo de estoque que encontramos os produtos prontos e embalados que
serão enviados aos clientes. O resultado do volume desse estoque é a função da
credibilidade de atendimento da empresa e do planejamento dos estoques de
matéria-prima em processos.
Temos assim, diferentes maneiras de se distinguir os estoques,
considerando a natureza, finalidade, uso ou aplicação dos materiais ou produtos
que os compõem. O importante nestas classificações e que procuram mostrar os
diferentes tipos de estoque e o que eles representam para cada empresa.
3.5 - Gestão de estoques
Os estoques têm um papel de destaque para as empresas, representando o
fator de geração de negócios e lucros. Torna-se necessário o seu controle,
verificando se estão apresentando o retorno esperado do capital investido, ou se
estão causando prejuízos. A gestão de estoques utiliza ações especificas e
direcionadas a este setor, procura atender as necessidades da empresa, levando
em consideração a busca pela eficiência e o menor custo. Uma explanação a
respeito da importância da gestão de estoques para as empresas é dada a seguir:
A gestão de estoques procura evitar que os investimentos realizados no
setor de sua responsabilidade ocasionem prejuízos para as empresas.
Para Arnold (1999), uma apropriada administração dos estoques em uma
empresa, torna-se essencial porque os estoques podem representar entre 10% a
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60% dos ativos totais do balanço patrimonial. Com a transformação dos produtos
estocados, em moeda, existirá uma tendência de melhoria da conta caixa e dos
investimentos realizados pela organização.
É importante que a administração de estoques em uma empresa, procure
minimizar o capital total aplicado em estoques e também a sua redução, devido ao
seu valor financeiro que pode ser elevado. Como exemplo dessa possibilidade,
temos o Just in Time uma filosofia de produção desenvolvida após a 2º Guerra
Mundial pela Toyota Motor Company, orientada para a eliminação de desperdícios
no processo de produção, além de atender à variação de vendas com o mínimo de
estoque em produtos acabados, em processos e em matéria-prima.
Os benefícios do Just in Time são tanto para o usuário como para o
fornecedor. Eles buscam o aumento da produtividade, a melhoria da motivação e
moral do empregado, aumentando a qualidade e reduzindo o custo. Para Viana
(2008) e Pozo (2002), uma correta gestão de estoques, deve obedecer algumas
ações importantes quando o assunto se tratar de estoques:
“No estoque, devem permanecer somente materiais ou produtos que
tenham uma real necessidade para a empresa.
É necessário que a empresa acompanhe e verifique o planejamento das
atividades de gestão de estoques.
Determine os níveis de estoque para cada tipo de material ou produto.
Determine a quantidade a ser comprada por meio de lotes econômicos ou
intervalos de parcelamento.
A empresa deve acompanhar a evolução do estoque utilizando ferramentas
estatísticas.
No setor de compras, a pontualidade deve ser respeitada com relação às
encomendas de materiais, devido à existência de variações no consumo.
A empresa deve evitar que os produtos sejam entregues acima das
quantidades permitidas, evitando os excessos.” (Viana 2008, Pozo 2002)
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3.6 - Políticas de estoques
Segundo Viana (2008, p.118), ”Entende-se por política de estoques o
conjunto de atos diretivos que estabelecem de forma global e específica
princípios, diretrizes e normas relacionados ao gerenciamento”.
Devido a sua importância para as empresas, os estoques requerem que o
órgão ou departamento central procure desenvolver formas para o seu
acompanhamento e a sua constante avaliação. Por existir uma concentração de
mais de 50% do custo do produto vendido, obriga as empresas, quer sejam elas
comerciais quer sejam industriais, a terem atenção quanto aos recursos
financeiros alocados, empregando-os de uma forma mais coerente possível.
Independente de sua atuação, as instituições realizam uma busca com a
preocupação de manter o equilíbrio entre os vários componentes que podem
influenciar os estoques como: custos de aquisição, de estocagem, de distribuição
e o nível de atendimento das necessidades dos consumidores.
Em Kobayashi (2000), os efeitos com a insatisfação e a falta de confiança
dos clientes com as empresas são verdadeiramente fatais. A confiança e os
resultados positivos criados com dificuldade podem ser perdidos rapidamente.
3.7 - A importância dos estoques para as empresas
Segundo Martins (2006, p.167) “O estudo do papel dos estoques nas
empresas é tão antigo quanto o estudo da própria administração“. Por ser um fator
de relevada importância para a empresa, os estoques apresentam uma parte
substancial dos ativos destas instituições e quando têm os seus processos
realizados de forma eficaz, a empresa poderá obter uma vantagem competitiva em
relação aos seus concorrentes. Para Ballou (1993) e Martins (2006), o ideal seria
a existência de um equilíbrio entre oferta e a demanda, de maneira a tornar a
manutenção de estoques dispensável. Entretanto, como as empresas não podem
contar com o fornecimento de produtos a qualquer hora que desejam, devem
estabelecer a criação dos estoques como uma razão de assegurar a
21
disponibilidade de mercadorias e minimizar os custos totais de produção e
distribuição. Para os autores acima, os estoques são importantes por uma série
de razões:
Melhorar o serviço ao cliente;
Economia de escala;
Proteção contra mudanças de preços em tempo de inflação alta;
Proteção contra incertezas na demanda e no tempo de entrega;
Proteção contra contingências;
Negociação de preços com os fornecedores.
Arnold (1999) enfatiza que os estoques assumem papel de importância
desde o estágio de matéria-prima até o produto acabado que serão entregues aos
clientes. Como forma de ter mais atenção com este departamento, setor, divisão
ou qualquer outro nome que venham a dar aos estoques, pode classificá-los em:
Administração de estoque agregado;
Administração de estoque por item.
3.8 - Administração de estoques agregado
O estoque agregado procura trabalhar diretamente com a classificação dos
estoques (matéria-prima, produtos em processo ou produtos acabados), e com as
funções que eles desempenham para as empresas e não com o nível de itens
finais. Utilizam uma orientação financeira, procurando relacionar os custos e
benefícios para a existência e a manutenção das diferentes classificações de
estoques. Para Arnold (1999), os focos de atuação deste processo são: Padrões
de suprimento e de demanda, funções desempenhadas pelo estoque, objetivos da
administração de estoques e os custos associados aos estoques.
3.9 - Funções dos estoques
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Os estoques constituem um vínculo entre as etapas do processo de compra
e venda, no processo de comercialização de empresas comerciais. De acordo
com Martins (2006) as principais funções do estoque são:
Garantir o abastecimento de produtos nas empresas procurando
evitar possíveis demoras ou atrasos no fornecimento destes
produtos, sazonalidade no suprimento e riscos de dificuldade no
fornecimento.
Proporcionar economias de escala. Os custos são tipicamente
menores quando o produto é fabricado continuamente e em
quantidades constantes.
Proteção contra contingências. Proteger a empresa contra greves,
incêndios, inundações, roubos, instabilidades políticas e outras
variáveis exógenas que poderão criar problemas. O risco diminuiria
com a manutenção de estoques.
Martins (2006), os estoques funcionam como amortecedores das entradas e
saídas entre as duas etapas dos processos de comercialização e de produção,
pois minimizam os efeitos de erros de planejamento e as oscilações inesperadas
de oferta e procura ao mesmo tempo em que isolam ou diminuem as
interdependências das diversas partes da organização empresarial.
3.10 - Objetivos da administração de estoques
Arnold (1999), enfatiza que toda organização deseja aumentar seus lucros,
mas para que ocorra tal situação é necessário obedecer no mínimo a dois
objetivos:
Excelência no atendimento aos clientes.
Operação de fábrica de baixo custo.
Investimento mínimo em estoque
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3.11 - Os custos associados aos estoques
Devido a sua importância para as empresas, os estoques quando estão
funcionando corretamente, podem evidenciar uma boa saúde financeira para estas
instituições. Para isso, existe a necessidade de que determinados fatores sejam
acompanhados periodicamente, entre eles podemos citar os custos dos estoques.
Em Martins e Alt (2006), a necessidade de manter estoque acarreta uma
série de custos às empresas.
O objetivo da gestão de estoques é otimizar seus custos de manutenção, de
processamento de compras e de falta de material. Porém estes custos podem ser
conflitantes, pois a compra de grandes lotes minimiza os custos de compra e de
falta, mas onera os de manutenção de estoques. Torna-se uma responsabilidade
da gestão de estoques de localizar o ponto em que o somatório destes custos seja
mínimo.
Segundo Pozo (2002,) ”Lógica e racionalidade podem ser aplicadas com
sucesso para a resolução dos problemas de estoque”. Devemos utilizar os
métodos analíticos na introdução de custos importantes e na formação dos
estoques, pois são conhecidas várias espécies de custos que se aplicam às
situações de estoque. Alguns métodos de custo freqüentemente encontrados na
literatura sobre o assunto são:
Custo de manutenção do estoque
As empresas preferem manter os estoques mínimos, pois os custos de
manutenção de um estoque podem superar 25% do valor médio de seus produtos.
Os custos de manutenção de estoques incorporam despesas de armazenamento,
tais como: altos volumes e demasiados controles tais como: espaços físicos,
sistemas de armazenamento, movimentação de pessoal alocado, equipamentos e
sistemas de informações específicos. Além dos custos de manutenção podemos
ter também os custos associados aos impostos e aos seguros de incêndio e roubo
decorrentes do material estocado. Além disso, os itens ainda estão sujeitos a
24
perdas, roubos e obsolescência, aumentando ainda mais os custos de mantê-los
em estoque (Pozo, 2002)
Custo por falta de estoques
Os materiais imobilizados em estoque oneram drasticamente uma empresa
e tem custo elevado, em razão disso, as empresas buscam reduzir ao máximo
seus estoques. Para Arnold (1999) “Se a demanda durante o Lead-time excede a
previsão, pode-se esperar uma falta de estoque”. Essa redução no estoque pode
ocasionar o não cumprimento do prazo de entrega de seu produto, o que
possivelmente irá proporcionar-lhe uma multa por atraso ou o cliente fazer o
cancelamento do pedido. Quando ocorre o atraso e os clientes adotam a decisão
de não cancelar o pedido, a imagem da empresa estará desgastando-se e isso
tem um custo elevado. Esse fato ocorre se a empresa não tiver um adequado
planejamento e controle do seu estoque.
Segundo Arnold (1999), temos que dimensionar adequadamente as
necessidades de estoque em relação à demanda, às oscilações de mercado, às
negociações com os fornecedores e à satisfação do cliente. Otimizando-se os
recursos disponíveis e minimizando os estoques e custos. Qualquer tipo de
armazenamento gera determinados custos que são: juros, depreciação, aluguel,
equipamento de manutenção, deterioração, obsolescência, seguros, salários e a
conservação.
Para Martins e Alt (2006), os custos dos estoques podem ser divididos em
três categorias distintas:
1. Custos diretamente proporcionais
Ocorrem quando os custos crescem com o aumento da quantidade média
estocada. Um exemplo simples está no fato de existir um estoque muito grande,
25
obrigando ao custo de capital investido ser maior. Segundo Martins e Alt (2006,
p.178) “Por todos esses fatores de custos serem decorrentes da necessidade da
empresa manter ou carregar os estoques, eles também são chamados de custos
de carregamento dos estoques”. São incluídos nesta: os custos de oportunidade,
estocagem e manuseio de material, taxa, seguros, perdas ou furtos, obsolescência
e o mais importante, o custo de capital investido.
2. Custos inversamente proporcionais
Se o estoque médio for classificado como elevado, existirá uma tendência
de diminuição dos custos ou vice-versa. Podem ser denominados como:
a) Custos de obtenção (produtos comprados);
b) Custos de preparação (produtos fabricados internamente).
Quanto mais vezes existirem as compras ou a preparação para a
fabricação, menores serão os estoques médios e maiores serão os custos
decorrentes do processo, seja de compras ou de preparação.
3. Custos independentes
São aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa.
Exemplo: o custo do aluguel de um galpão. Possuem independência do estoque
médio sob responsabilidade da empresa. Segundo Martins e Alt (2006, p.182) “Ele
geralmente é um valor fixo, independentemente da quantidade estocada”.
Exemplo: o custo do aluguel de um galpão.
3.12 - Administração de estoques por item
Para Arnold (1999), através da administração no nível de itens, procuramos
estabelecer regras, buscando formas do pessoal responsável pelo controle de
estoques desempenharem suas funções com eficiência observando os seguintes
elementos:
26
a) Que itens individuais são mais importantes;
b) As formas de como controlar os itens individuais;
c) Quantidade de produtos a pedir;
d) Quando se deve emitir um pedido.
Para Dias (1993), para que os elementos citados possam funcionar com
eficiência cabe a administração central da empresa, determinar ao departamento
de controle de estoques o programa de objetivos a serem atingidos, visando
estabelecer padrões que servirão de guia e poderão medir a performance desse
departamento. A empresa ao realizar um programa de objetivos poderá ter
informações importantes e saberá como controlar o nível de flutuação dos
estoques para atender uma demanda que seja alta ou baixa das vendas ou uma
alteração de consumo. Ou até mesmo especular o estoque, decidindo sobre uma
compra antecipada com preços mais baixos ou comprando uma quantidade maior
para obter descontos.
3.13 - Níveis de estoques
Para Viana (2008), a manutenção dos estoques requer investimentos e
gastos elevados. É essencial para as empresas evitar a sua formação ou deverão
reduzir os números de itens, tendo apenas uma quantidade mínima. Como
resultado poderia ocorrer o risco da demanda dos produtos não satisfazer os
clientes.
Segundo Ballou (2001)” Controlar o nível de estoque é como apostar num
jogo
de
azar. Nunca
tem-se
certeza
da
quantidade
demandada
para
armazenagem”. E para complicar ainda mais, podemos não conhecer com
exatidão quando chegarão os suprimentos para abastecer os inventários. É
importante para a gestão de estoques como primeira ação, verificar as previsões
de vendas futuras e a estimativa dos ressuprimentos, desde a colocação do
pedido até a chegada do material. Prever qual a quantidade de produto que os
clientes deverão comprar é um assunto vital para todo planejamento empresarial.
27
Segundo Martins e Alt (2006), devemos procurar trabalhar com níveis de
estoques baixos procurando eliminar qualquer forma de desperdício, ou a sua
redução ao mínimo possível.
O ideal seria procurar melhorar a precisão em
termos de quantidade, previsões de vendas e tentar buscar parcerias com os
fornecedores, para ter melhores preços e condições de pagamento além de
qualidade assegurada.
3.14 - Classificação ABC dos estoques
Martins (2006) afirma que, o procedimento conhecido como custo ABC,
teve o seu início no século XIX pelo economista italiano Vilfredo Pareto, que
utilizou esse método para o estudo da distribuição desigual da economia e renda
entre as camadas da população. Constatou que existia uma pequena parcela da
população, que concentrava a maior parte da renda a ela destinada.
Conceitualmente, consiste na verificação em certo espaço de tempo
(normalmente seis meses ou um ano) do consumo em valor monetário ou
quantidade, dos itens de estoque para que eles possam ser classificados em
ordem decrescente de importância (Martins e Alt, 2006).
A análise ABC é uma das formas mais usuais para se examinar os
estoques. Divide-se em três níveis: os itens de classe A, representam um estoque
de alto valor financeiro, porém com apenas pequenas quantidades de itens. Os de
classe B possuem uma quantidade de itens considerável no estoque, enquanto os
itens de classe C são considerados de menor importância por apresentar um custo
financeiro baixo, porém abrangem uma grande parcela de itens no estoque.
Para Pozo (2002), a necessidade que o setor administrativo das
organizações tem para realizar as tomadas de decisão em curto tempo, torna-se
vantajoso à utilização da Curva ABC, a fim de possibilitar redução das
imobilizações em estoques, reduzindo os prejuízos, e prevalecendo um impacto
positivo para a instituição. Em Martins e Alt (2006) e Pozo (2002) o processo da
montagem da Curva ABC deve obedecer a quatro fases distintas:
28
a) Levantamento de informações de todos os itens do estoque. Exemplo:
quantidade por item, preços unitários, etc;
b) Formular
uma
tabela
em
ordem
decrescente,
em
valores
totais
apresentando um somatório geral. Exemplo: itens para a composição da
tabela, preço total por item, preço acumulado e porcentagem.
c) Divisão de cada valor total de item, realizando somatório total e
classificação através da porcentagem obtida.
d) Divisão dos itens em classes A, B e C, de acordo com a importância para a
instituição.
Observe a classificação e o formato da curva ABC logo a seguir no gráfico:
Figura: 1- Gráfico curva de Pareto para itens em estoque
Fonte: Slack, N. et al.(2002, p.403)
Tabela: 1 - Interpretação e resumo do gráfico da curva ABC
CLASSE
A
B
C
% QUANTIDADE DE
ITENS
5%
20%
75%
Fonte: Viana, (2008, p.65)
% DE VALOR
75%
20%
5%
29
3.15 - Previsão de estoques
A teoria dos estoques está pautada na previsão do consumo de material. A
previsão da demanda ou do consumo estabelece estas estimativas futuras dos
produtos comercializados pela empresa. Estabelece, portanto, quais produtos,
quanto desses produtos e quando serão comprados pelos clientes.
Segundo Pozo (2002, p.46) “a previsão de estoques, normalmente, é
fundamentada nos informes fornecidos pela área de vendas onde são elaborados
os valores de demandas de mercado e providenciados os níveis de estoque”.
Caberá ao responsável pelo departamento de estoque prever a demanda e
informar aos fornecedores de produtos para que o processo produtivo não sofra
processo de descontinuidade e, assim, possamos atender aos nossos clientes. A
previsão deve levar em consideração os fatores que mais afetam o ambiente e
que tendem a mobilizar os clientes. Informações básicas e confiáveis de toda a
dinâmica de mercado deverão ser utilizadas para decidirmos quais as quantidades
e prazos a serem estabelecidos.
A previsão, portanto, é o ponto de início de todo o planejamento, não é uma
meta de vendas e deve ser compatível com o custo de obtê-la. As informações
básicas para um processo de previsão são:
Evolução das vendas no passado;
Variáveis cuja evolução e explicação estão ligadas diretamente às vendas;
Influência de propaganda;
Opinião dos gerentes, vendedores, compradores e pesquisas de mercado.
Para Pozo (2002) e Dias (1993), a tentativa de acertar o desejo do mercado
num futuro bem próximo a previsão da demanda utiliza ferramentas como os
gráficos e as técnicas de previsões que contribuem. São elas:
Método do último período
É o método mais simples de todos e sem fundamento matemático e
consiste em utilizar como previsão para o próximo período o valor real do período
anterior.
30
Método da média aritmética
Nesse método, a previsão do próximo período é obtida por meio do cálculo
da média aritmética do consumo dos períodos anteriores. O resultado desse
modelo nos mostrará valores menores que os ocorridos caso o consumo tenha a
tendência crescente, e maiores se o consumo tiver tendência decrescente nos
últimos períodos. Esse modelo é bastante utilizado por empresas e por
administradores.
Método da média ponderada
A previsão do próximo período é obtida por meio da ponderação dada a
cada período. O período mais próximo recebe peso maior e para os períodos mais
distantes é reduzido o peso. A soma das ponderações deve ser sempre 100%.
Como regra geral, os períodos mais recentes devem ter um peso de 40 a 60%.
Essa alocação será sempre função da sensibilidade do administrador em relação
às variáveis e mudanças de mercado.
Método da média com suavização exponencial
A previsão para o próximo período é obtida utilizando a ponderação dada ao
último período. Esse modelo procura eliminar as variações exageradas que
ocorrem em períodos anteriores.
Para Pozo (2002), a ponderação utilizada é denominada constante de
suavização exponencial, que tem o símbolo @ e pode variar de 1≥ @ ≥ 0. Nas
empresas @ pode variar de 0,1 a 0,3 dependendo dos fatores que estão afetando
a demanda.
Método da média dos mínimos quadrados
31
É um processo de ajuste que tende a aproximar-se dos valores existentes,
minimizando as distâncias entre cada consumo realizado. Usando a equação da
reta
(Y = a+bx) para calcular a previsão de demanda, e isso permite que tracemos
uma tendência bem realista do que poderá ocorrer, com a projeção da reta.
Usando a equação da reta, é necessário calcular os valores de a, b e x.
3.16 - Mensuração do desempenho financeiro de estoques
Sendo um ativo de elevada importância para as empresas, os estoques com
uma visão para o lado financeiro destas instituições, constituem uma soma de
valores armazenados, que não podem ser utilizados para outros propósitos.
Segundo Arnold (1999) “A área de finanças deseja o menor estoque
possível e precisa de alguma mensuração do nível do estoque”. A idéia principal
está em não manter estoque algum. Porém é quase impraticável devido à
necessidade de apoio a produção e freqüentemente aos diversos fornecimentos
de produtos para os clientes. O nível adequado para o estoque é uma dúvida
constante. Vejamos a seguir, alguns métodos para realizar a mensuração do
estoque em uma empresa.
Giro de estoques
Para Ballou (2001), talvez o procedimento agregado mais comum do
controle de estoque seja o giro. Ele é um quociente de vendas anuais sobre o
investimento médio em estoque para o mesmo período de tempo, no qual as
vendas e o investimento em estoque são valorizados no canal logístico, nos quais
os itens são mantidos em estoque. A rotatividade é o termo mais utilizado tanto
pelas empresas multinacionais como pelas nacionais. O giro de estoque ou
rotatividade possui a expressão inversa de unidade de tempo ou em “vezes”. É
necessário possuirmos o valor dos estoques e dividimos pelo custo anual das
vendas. O valor de estoque pode ser utilizado em quantidades monetárias ou
quantidades de peças. Observe a equação dada:
32
Rotatividade = Consumo Médio Anual
Estoque Médio
Antigiro
Este outro tipo de índice é bastante útil para a análise de estoque. É
também conhecido como taxa de cobertura. Para Dias (1993), esse índice procura
indicar quantos meses de consumo equivalem ao estoque real ou o estoque
médio.
Antigiro = estoque médio
Consumo
Período de suprimento
Com base nos cálculos dos números de dias do estoque disponível,
podemos considerar a sua utilização. A equação é dada como:
Período de suprimento = estoque disponível
Média de utilização diária
Segundo Dias (1993), observamos que o gerenciamento é constituído de
uma série de procedimentos que permitem ao administrador verificar se os
estoques estão sendo bem utilizados, bem manuseados e bem controlados. As
organizações são obrigadas a buscar alternativas com o objetivo de maximização
dos seus lucros, e uma apropriada administração dos estoques torna-se essencial.
33
4 – METODOLOGIA
4.1 - Tipo de Pesquisa
Segundo Marconi e Lakatos (2005), a característica da pesquisa
documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos escritos
ou não, constituindo o que se denomina de fontes primarias. Estas podem ser
feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.
Com base nesta definição, foram utilizados documentos diretos da
empresa, denominados de fontes primárias, como, notas fiscais tendo controle de
entrada e talões de controle diário de saída.
Trata-se de uma pesquisa onde foi realizada na Empresa Super Car –
Centro Automotivo, onde foram coletados os dados. Para Gil (2009) o estudo de
caso é a modalidade de pesquisa amplamente utilizada nas ciências biomédicas e
sociais. Consiste no estudo profundo e exaustivo de um ou poucos objetos, de
maneira que permita seu amplo e detalhado conhecimento, tarefa praticamente
impossível mediante outros delineamentos já considerados.
Segundo Vergara (2000) estudo de caso é aquele circunscrito a uma ou
poucas unidades, entendidas essas como uma pessoa, uma família, um produto,
uma empresa, um órgão publico, uma comunidade ou mesmo um pais. Tem
caráter de profundidade e detalhamento. Pode ou não ser realizado no campo.
Para Vergara (2000) a pesquisa de campo é investigação empírica
realizada no local onde ocorre ou ocorreu um fenômeno ou que dispõe de
elementos para explicá-lo. Pode incluir entrevistas, aplicação de questionários,
testes e observação participante ou não.
Este tipo de pesquisa também foi considerado uma pesquisa aplicada. Para
Vergara (2000), é fundamentalmente motivada pela necessidade de resolver
problemas concretos, mais imediatos, ou não. Tem, portanto, finalidade prática, ao
contrario da pesquisa pura, motivada basicamente pela curiosidade intelectual do
pesquisador e situada sobre tudo no nível da especulação. Os resultados desta
pesquisa poderão contribuir para melhoria da gestão de estoque da Empresa
Super Car.
34
4.2 - Universo e Amostra
Conjunto de elementos que possuem as características que serão objetivas
de estudo. População amostral ou amostra é uma parte do universo escolhido.
(Vergara,2000).
Tendo seu universo composto por um total de 236 itens, o estudo constatou
a classe A com um total de 48 itens como sua amostra dentre a classificação ABC.
4.3 - Instrumentos de Pesquisa
No desenvolver dessa pesquisa, o instrumento utilizado foi a documental,
onde através de notas fiscais e talões de controle, se chegou à atual situação em
que a empresa se encontra, foi utilizada também a observação participante como
meio de identificar com facilidade os problemas existentes.
4.4 – Coleta de Dados
Foi feita uma pesquisa de campo na Empresa Super Car, onde foram
pesquisadas informações sobre o controle de estoque dos seus produtos. Neste
trabalho foi realizada a coleta documental e a observação como forma de
levantamento de dados.
A pesquisa foi desenvolvida no ano de 2011, sendo que os dados
quantitativos referem-se ao período de janeiro a dezembro de 2010.
4.5.1 - Análise de dados coletados.
Para tratamento dos dados quantitativos foi utilizada a estatística descritiva.
Uma vez manipulados os dados, o passo seguinte é a interpretação dos
mesmos, por meio da análise da curva ABC foram identificando os níveis e o
quanto eles representam para a empresa, demonstrado por meio de figura o
resultado da curva ABC, concentrando os dados no núcleo central da pesquisa.
35
Além disso, foram consideradas as argumentações, ponderações e
sugestões obtidas através da observação participante para embasar a análise dos
dados e a conclusão.
36
5 – Análise de resultado
Foram analisadas as informações obtidas por meio de dados coletados na
empresa onde ocorreu o estudo de caso no decorrer do período de janeiro a
dezembro do ano de 2010.
O estoque da empresa é composto por 236 itens. Foi aplicada uma
classificação ABC, que resultou na planilha completa constante do apêndice A.
Para ilustrar o resultado de aplicação da classificação ABC, foi montada a
tabela 2, onde há um resumo exemplificativo do resultado da tabela constante do
apêndice A.
Assim, na tabela 1, são mostrados 5 itens A, de um total de 48 e 5 itens B
de um total de 70 e 5 itens C de um total de 118.
O total de itens da tabela 1 corresponde ao total acumulado da tabela
completa.
A análise ABC está distribuída entre os 48 itens que compõem a categoria A
com uma variação de custo que vai de R$91.800,00 (noventa e um mil e
oitocentos reais) a R$429.930,00 (quatrocentos e vinte nove e novecentos e trinta
reais). A soma desses valores corresponde a 20,34% do custo total dos itens
adquiridos no período. A categoria B é representada por cento e dezoito itens
com uma variação de custo que vai de R$431.850,00 (quatrocentos e trinta e um
mil e oitocentos e cinqüenta reais) a R$504.750,00 (quinhentos e quatro mil
setecentos e cinqüenta reais). Esse valor corresponde a 29,66% do custo total
dos itens analisados. A categoria C por sua vez, tem sua variação de custo que
vai de R$505.260,00 (quinhentos e cinco mil duzentos e cinqüenta reais) a
R$537.330,00 (quinhentos e trinta e sete mil e trezentos e trinta reais) valor que
corresponde a 50,00% dentre a análise como sendo C, com um total de estoque
analisado no período de 2010, no valor de R$537.330,00
37
5.1 – Dados quantitativos coletados na pesquisa.
TABELA 2 – SALDO CLASSIFICAÇÃO ABC
FONTE: Dados obtidos na Pesquisa
A Curva ABC é um importante instrumento do administrador, pois, ela
permite identificar itens que justificam uma atenção especial e tratamento
adequados quanto à sua administração. Vem sendo usada para a definição de
políticas de vendas, estabelecimento de prioridades na programação da produção
gestão de estoque e em outros problemas empresariais. A Figura 1, a seguir
demonstra o resultado da classificação ABC, em forma gráfica.
38
FIGURA 2 – SALDO CURVA ABC
Fonte: Dados obtidos na Pesquisa
De acordo com a Figura 1, foram identificados no período analisado, que as
informações facilitam a percepção e compreensão dos dados e tabelas, os itens
constantes na categoria “A” devem ser administrados com um nível de atenção
maior que o da categoria “B” e “C”, pois ele representa o maior custo para
empresa.
Como sendo A os 20 % dos itens que movimentaram 80 % do estoque, o
restante da classificação se resume como sendo B outros aproximados 30 % que
são responsáveis por mais 14 % da movimentação e C sendo os últimos 50 % de
itens em estoque que representam 6 % da movimentação. Isso é ilustrado na
tabela a seguir.
TABELA 3 - CLASSIFICAÇÃO SINTÉTICA – ANÁLISE ABC
ITENS
A
B
C
% ITENS
20,34%
29,66%
50,00%
% VALOR
80,01%
14,00%
6%
Fonte: Dados obtidos na pesquisa
39
5.2 – Dados quantitativos do estoque parado
De forma análoga a classificação ABC de todos os itens do estoque, foi
efetuada uma classificação dos itens que se encontravam sem giro no estoque.
A tabela 3 trás a relação dos itens que causam ineficiência ao giro do estoque,
tendo sua maior quantia os itens A, constando nos itens B e C quantidades
equiparadas de 4 itens cada, somando um total no valor de R$106.260,00 de
estoque parado, causando um prejuízo relativo a gestão de estoque da Empresa
Super Car.
TABELA 4 – CLASSIFICAÇÃO ESTOQUE PARADO
FONTE: Dados obtidos na Pesquisa
Pode-se perceber por seus valores que a classe A de itens corresponde a
parte principal do estoque parado, por ser a de maior custo para a empresa, uma
vez que variam de R$3.180,00 ( três mil cento e oitenta reais) a R$43.200,00
(quarenta e três mil e duzentos reais)
Pela classificação foi possível identificar os valores referentes à classe B,
que são menores, mas notável por afetar ao estoque, causando prejuízo a
40
empresa, onde, também é possível citar a classe C que causa uma pequena
influencia nos resultados finais.
Contudo, ao final da análise de estoque parado é possível se notar que o
resultado final é notável pela grande quantidade de estoque parado, em um
período de curto tempo se deve tomar providencias para a melhor gestão e
movimentação de seu estoque.
FIGURA 3 – ESTOQUE PARADO CURVA ABC
FONTE: Dados obtidos na Pesquisa
No desenvolvimento dos dados, representada pela curva ABC, Figura 2,
acima, o estoque parado tem por referencia à classe A, contendo o valor de 20%
dos itens que movimentaram 85% do estoque no decorrer do período, tendo a
classe B outros aproximados 30% que são responsáveis por mais 12% da
movimentação, tendo como a classe C os últimos 50 % de itens em estoque que
representam 3 % da movimentação em seu total. Esses dados estão consolidados
na tabela 4, a baixo.
41
TABELA 5 - CLASSIFICAÇÃO SINTÉTICA – ANALISE ABC PARADO
ITENS
A
B
C
% ITENS
20%
30%
50%
% VALOR
85%
12%
3%
Fonte: Dados obtidos na pesquisa
A tabela 5, abaixo, traz a relação dos itens A que resultam em estoque
parado. Demonstrado por 9 (nove) itens, o somatório chega a um total de
R$99.480,00 (noventa e nove mil quatrocentos e oitenta reais) de estoque, valor
de grande importância, revelando uma falta de gestão, resultando em prejuízo a
empresa.
TABELA 6 – CLASSIFCAÇÃO A DO ESTOQUE PARADO
CLASSIFICAÇÃO
A
A
A
A
A
A
A
A
A
DESCRIÇÂO
OLEO TOTAL QUARTZ 5000 SM 15W/40
FILTRO DE OLEO BMW 328i
OLEO KRONUS SJ MASTER 20W50
DISCO DE FREIO DIANT. VENT.
OLEO VS SUPERMULTI VI 20W50
DESENGRIPANTE MIX 300ML
FILTRO COMBU. BMW COMPRIDO
FILTRO DE AR HONDA CIVIC 2001
OLEO SHELL HELIX HX5 S
TOTAL
FONTE: Dados obtidos na pesquisa
Saldo
Final
1.440
750
298
171
154
147
125
125
106
3.316
R$
SALDO
R$ 43.200,00
R$ 22.500,00
R$ 8.940,00
R$ 5.130,00
R$ 4.620,00
R$ 4.410,00
R$ 3.750,00
R$ 3.750,00
R$ 3.180,00
R$ 99.480,00
Na tabela 6, abaixo, é demonstrada a relação dos itens de classificação B
composta por 4 itens, apresenta valor final de R$5.460,00 (cinco mil quatrocentos
e sessenta reias) em estoque parado.
TABELA 7 – CLASSIFICAÇÃO B DO ESTOQUE PARADO
CLASSIFICAÇÃO
B
B
B
B
DESCRIÇÂO
FILTRO P/ ALCOOL UNIV. (C/CAIXA)
OLEO TUTELA SELENIA PERFORM. 5W/30
FILTRO DE AR COROLLA 1.6/1.8 2002
FILTRO DE AR BMW 325i-328i-528i
TOTAL
FONTE: Dados obtidos na pesquisa
Saldo
Final
60
58
37
27
182
R$
SALDO
R$ 1.800,00
R$ 1.740,00
R$ 1.110,00
R$ 810,00
R$ 5.460,00
42
Na tabela 7, abaixo, é demonstrada à relação da classificação C composta
por 4 itens. Traz pouca influencia dentro dos excessos encontrados nas classes
prioritária da curva ABC, mas traz sua negatividade para a empresa, constando
um valor final de R$1.320,00 em estoque parado.
TABELA 8 – CLASSIFICAÇÃO C DO ESTOQUE PARADO
CLASSIFICAÇÃO
C
C
C
C
DESCRIÇÂO
BATERIA HELIAR RACING
CONJUNTO TRASEIRO ESPORTIVO (BOX) 1.8
SILENCIOSO TRASEIRO ORIGINAL 1.3 8V
CONJUNTO TRASEIRO ORIGINAL 1.8 GROSS
TOTAL
FONTE: Dados obtidos na pesquisa
Saldo
Final
14
12
10
8
44
R$
SALDO
R$ 420,00
R$ 360,00
R$ 300,00
R$ 240,00
R$ 1.320,00
Foi constatada através da análise ABC, uma grande falha no estoque, os
dados demonstram que no decorrer do período de 2010, foi observada uma
grande quantia de estoque parado, totalizando R$106.260,00 gerando um
prejuízo de grande relevância para a empresa.
5.3 - Análise dos dados coletados
Foram analisadas as informações por meio de notas e talões fornecidos
pela empresa, que corresponde aos meses de Janeiro a Dezembro de 2010.
Houve uma total colaboração dos funcionários e gerência, buscando uma
melhoria por meio desse estudo e levantar os eventuais problemas existentes
dentro da empresa estudada, onde, se constatou que o estoque composto por
236 itens, é mantido pela empresa sem qualquer tipo de gestão de estoque, onde,
é de suma importância para o bom desenvolvimento da empresa.
43
5.3.1 – O processo de trabalho na empresa Super Car.
A Gestão de estoque é feita para suprir corretamente a demanda de
consumo, sendo esse conceito negligenciado pela empresa estudada. Com um
nível baixo de conhecimento na área de gestão de estoque, a empresa mantém
uma estrutura fechada, sem preocupação de obter conhecimento dos valores
parados no estoque.
Seu funcionamento é composto por 4 funcionários, com distintas funções, pois, foi
observado que os funcionários executam diversas funções no decorrer do dia de
serviço, e não é feito o devido controle de peças e mão de obra, deixando mais
uma vez a desejar o bom funcionamento da empresa por meio da administração.
Observou-se que no processo analisado em períodos que antecedem
férias e feriados prolongados a uma alta na procura de serviços de revisão e
outros serviços, onde, rapidamente foi observada a falta de efetivo para melhor
atender e desenvolver o serviço prestado ao cliente, tendo como resultado o
possível cliente insatisfeito com a demora ou o não atendimento por meio do
tempo que teria de aguardar.
5.4 – Dados verificados na pesquisa de campo
Com base na observação contatou-se que no período de participação e
levantamento de dados, foi presenciado gestão ineficiente referente ao estoque
utilizado pela empresa, onde não era seguido o controle apropriado para o
ambiente de trabalho.
O processo utilizado pela empresa não aplicava os princípios da
Administração de estoque, onde não foi constatado o acompanhamento do
processo de entrada. O controle só era feito na saída de itens por meio de blocos
de controle diários, resultando em dificuldades no controle e no giro de estoque.
44
6 – Conclusões e Recomendações
Em relação à gestão de estoque utilizada pela Empresa Super Car,
verificou-se que é inadequada e existem vários problemas, tendo como maior o
controle de estoque, onde foi visualizado um ausente método de previsão de
demanda.
Foi identificada falha por parte da gerência atribuída a essa tarefa de
controle, onde se verificou que não existe o correto processo da gestão de
estoques, e a falta de interesse em implantar ferramentas essenciais para obter o
satisfatório desempenho do estoque no âmbito interno do estabelecimento
comercial.
O número de itens parados no estoque, classificados como classe A,
corresponde a R$99.480,00 (noventa e nove mil quatrocentos e oitenta reais)
tendo a classe B o seu total R$5.460,00 (cinco mil quatrocentos e sessenta reais)
e com baixo número de itens classificados como C, corresponde a R$1.320,00
(um mil trezentos e vinte reais) constando o total das classes o valor de
R$106.260,00 (cento e seis mil duzentos e sessenta reais), onde são exemplos
do equivoco da empresa na gestão de um estoque.
No estudo de caso pode-se observar que o mais recomendável para a
correção de alguns erros identificados na Empresa Super Car, seria a
implantação de um programa ou instrumento de controle de estoque, que
juntamente com o treinamento dos funcionários e da gerência resultará em
economia e uma maior lucratividade.
45
7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARNOLD, J. R. Tony. Administração de materiais: uma introdução.
1 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos:
planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
BALLOU, Ronald H. Logística Empresarial: transportes, administração de
materiais e distribuição física. tradução: Hugo T. Y. Yoshizaki. 1ª ed.
São Paulo: Bookman, 1993.
Bíblia Sagrada. Co – Edição. São Paulo: Maltese, 1984.
DIAS, Marco Aurélio P. Administração de materiais: uma abordagem
logística. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1993.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São
Paulo: Atlas, 2009.
KOBAYASHI, Shun'ichi. Renovação da logística: como definir
estratégias de distribuição física global. 1 ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS Eva Maria Fundamentos de
metodologia científica. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2005.
MARTINS, Petrônio Garcia, ALT, Paulo Renato Campos. Administração de
materiais e recursos patrimoniais. 2 ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
POZO, Hamilton. Administração de recursos materiais e patrimoniais:
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VIANA, João José. Administração de materiais: um enfoque prático.
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8 – Apêndices
Apêndice A
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