A REVISÃO ATUALIZADA DE UM GRANDE SUCESSO UM
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A REVISÃO ATUALIZADA DE UM GRANDE SUCESSO UM
9 771 677 85 500 2 PRÉ-AMPLIFICADOR BURMESTER REFERENCE 077 um sucesso de crítica e público CD PLAYER MBL CORONA C31 AUDIO VIDEO MAGAZINE . setembro 2014 . # 204. ANO 19 E MAIS Testes de áudio AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 PRÉ DE PHONO TOM EVANS AUDIO THE GROOVE+ FONE DE OUVIDO AUDEZE LCD-3 9 00176 ISSN 167785500-2 r$18 espaço aberto nesta edição ótima relação custo-performance UM VINHO ‘HI-END’ grupo Pau brasil SAMSUNG UN55HU8500G 3D LED UHD 4K 2.160P 9 771677 85500 2 00170 9 771 677 85 500 2 ISSN 167785500-2 00175 00169 9 771677 85500 2 9 771677 85500 2 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 ISSN 167785500-2 00168 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 9 771677 85500 2 00167 ISSN 167785500-2 9 771677 85500 2 00166 ISSN 167785500-2 9 771677 85500 2 00165 Arte em reprodução eletrônica a revisão atualizada de um grande sucesso 00174 00173 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 00172 ISSN 167785500-2 9 771 677 85 500 2 00171 ISSN 167785500-2 clubedoaudioevideo.com.br 204 ISSN 167785500-2 setembro 2014 ISSN 167785500-2 PRÉ-AMPLIFICADOR BURMESTER REFERENCE 077, CD PLAYER MBL CORONA C31, AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 e tv SAMSUNG UN55HU8500G 3D LED UHD 4K 2.160P Ano 19 teste áudio 3 AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 Christian Pruks [email protected] Muitos ainda torcem o nariz para os produtos chineses. A reali- O T-50 é um amplificador integrado totalmente valvulado tipo dade é que hoje a China é a manufatura do mundo atual e todos, push-pull, com 40 W de potência, entradas de linha e uma entra- inclusive os detratores da qualidade do produto chinês, possuem, da de phono MM. Extremamente bem construído e bem acabado, usam e manipulam produtos chineses de altíssima qualidade dia- tem um gabinete tão bem feito que para ser fabricado no Brasil, riamente. É fato que eles fazem produtos para todos os níveis de por exemplo, custaria caríssimo. Usando válvulas da marca Electron custo e qualidade. Nesse cenário apareceu a CAV Audio, cuja gran- Tube, de fabricação chinesa, tipo EL156 na saída e 12AU7 no pré, o de, moderníssima e muito bem implementada fábrica fica sediada T-50 permite facilmente um upgrade de válvulas, devido à disponibi- na cidade de Cantão, a noroeste de Hong Kong, às margens do lidade desses mesmos modelos em forma NOS (New Old Stock) de, Rio Pérola. Cantão é um porto comercial, uma central de distribui- entre outras, marcas consagradas como Siemens e Telefunken. Falo ção e é a terceira maior cidade da China, sendo o primeiro porto isso porque até hoje não peguei um aparelho valvulado que não se aberto pelos portugueses no país, no início do século XVI, pouco beneficiasse de um upgrade sobre as válvulas que vem ‘de fábrica’ - antes deles criarem a colônia de Macau. Até onde consegui apurar, principalmente se for para usar uma boa válvula europeia. E o T-50 a CAV tem uma extensa linha de eletrônicos de áudio, composta de não é exceção. Parece-me quase certo que ele pode ter a maior systems, prés, amplificadores, home theaters, caixas, racks e muito parte de suas idiossincrasias corrigidas com o uso de válvulas top. mais, e uma enorme rede de revendas na Ásia, mas só agora está O T-50 vem bem embalado, em caixa de papelão dupla, e é uma começando a por os pés no resto do mundo, como é exemplo a hérnia para se tirar da caixa e por na prateleira - um conhecido as- recém-estabelecida distribuição no Brasil através da Maison de La pecto dos valvulados, graças ao peso de seus transformadores de Musique. Prova disso é que não se encontra reviews de seus produ- saída e, no caso do amplificador, graças também à grossa chapa tos que não sejam escritos em ideogramas, ou seja, que não sejam de alumínio dobrado que enfeita sua frente. O amaciamento foi uma de revistas e sites de áudio asiáticos. brisa - mesmo porque o T-50 não esquenta muito. Não para um setembro . 2014 45 AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 valvulado. A grade que existe em cima das válvulas é parafusada por amplificador. Uma coisa é clara com o T-50: é necessário trabalhar dentro dela mesma. Como devido a transportes e chacoalhos, eu bastante no setup, na combinação de cabos e no casamento de sempre verifico se as válvulas estão bem encaixadas, tive que tirar a componentes para se tirar o bom som do CAV T-50, para domá-lo. tal grade, a qual foi projetada por alguém que achava que ninguém E eu estava usando caixas reveladoras, com cabos muito detalha- nunca na história da humanidade iria sequer cogitar a possibilidade dos e uma fonte digital que não esconde nada - ou seja, o T-50 de tirá-la. E, se alguém quisesse fazer isso, provavelmente jamais não aguentou a gostosura toda: ficou irritante e artificial. Acho que colocaria a grade de volta - pois mesmo com chave Philips iman- esse é o ponto mais importante de todos quando for lidar com esse tada foi bem difícil acertar os parafusos de volta em seus lugares e amplificador. Optei por um cabo mais tranquilo de caixa, da Sunrise recolocar a tampa. Enfim, isso me parece uma dificuldade desne- Lab, e acabei passando também por um cabo de força Reference cessária, e me lembra outros aparelhos com os quais tive contato ao da mesma marca. O melhor resultado, porém, acabei conseguindo longo dos anos que tinham dificuldades desnecessárias na sua con- com um cabo de força Transparent MM1. Olha, se eu tivesse um sis- figuração ou mesmo operação. Se tivesse um T-50, certamente iria tema de entrada, o cabo ideal de força, o arredondador de bordas, deixá-lo permanentemente sem a grade de proteção das válvulas - seria mesmo um MM1, um cabo de corpos harmônicos luxuriantes mas eu não tenho crianças ou animais em casa, então isso fica a e uma maciez geral raramente encontrada. Fazendo de novo uma critério de cada um. Agora, do ponto de vista puramente estético, analogia com comida - que não poderia faltar nos meus textos - em vez do prático, gosto bastante de ficar olhando as válvulas ace- lembrei-me de meu amigo Eduardo, que costuma dizer que maio- sas - é algo que exerce uma fascinação em mim, como em muitos nese ‘acerta’ qualquer comida salgada, e leite condensado ‘acerta’ audiófilos. Ligado, amaciado, aquecido e verificado, o T-50 entrou na qualquer comida doce. Ou seja, tornam as coisas mais arredonda- fase de testes. Outros percalços? Não, na verdade não. Apenas a das e palatáveis. O Transparent MM1 de força foi a maionese e o ausência do controle remoto incomoda um pouco, mas é facilmente leite condensado do T-50. contornada assim que se encontra o volume bom para aquele específico disco, e o mesmo roda até o final. Porque não sou daqueles audiófilos que roda 30 segundos de cada uma entre três ou quatro dezenas de faixas cada vez que vai ouvir música. Sempre preferi por e ouvir o disco inteiro, um hábito adquirido pelo uso do vinil e por me ater à música que realmente me agrada - algo diferente de uma época em que se consumiam discos por causa de uma ou duas faixas apenas. 46 Feito o ajuste de cabos, descobri outra coisa interessante quanto ao T-50. Como acontece com a maioria dos valvulados, existem saídas dedicadas de caixas para diferentes impedâncias. No caso do T-50, o mesmo tem saídas para caixas de 4 e 8 Ohms. Todas as caixas nas quais cheguei a plugar o T-50 eram de 4 ou de 6 Ohms e todas elas tocaram melhor ligadas na saída de 8 Ohms! Lembrei-me do recém-analisado integrado valvulado CS-600 da Leben, o qual tocou melhor todas as caixas de 4 Ohms quando ligadas na saída Por estar usando o revelador e excelente cabo de caixa Kubala- de 6 Ohms. Obviamente isso vai variar um pouco de caixa para cai- Sosna Elation tanto no amplificador V8 quanto no darTZeel, ele xa, e muito de amplificador para amplificador. Os ganhos de usar foi minha primeira tentativa no T-50 - mas o resultado não foi para minhas caixas na saída de 8 Ohms do T-50 foram maior corpo, o lado que eu queria. O Kubala é muito revelador (não confundir melhor equilíbrio tonal, palco mais arejado e profundo e uma maior com analítico), e com a característica de som mais aberto do T-50 energia sonora geral. O T-50 vem equipado com um pré de phono a combinação resultou irritante - o cabo mostrou as deficiências do interno para cápsulas MM que eu achei, quando comparado com setembro . 2014 o resto do som do aparelho, ligeiramente deficitário em matéria de fator. Ao fazê-lo, inclusive, obtém-se uma boa melhora no timbre extensão de graves, limpeza de médios e timbre. Isso não chega a também - e nesse quesito específico, o T-50 foi ‘obrigado’ a receber preocupar, pois a instalação de um pré de phono externo mais capaz sinal de um player de alta qualidade, que não segura ou esconde em alguma das entradas de linha do T-50 é algo que não chega a nada em benefício do amplificador, que é o Luxman D-06, e ainda ser oneroso e é plenamente válido para os fãs mais ferrenhos do passar por uma das mais exigentes faixas de teste que eu conheço, áudio analógico. que é a ‘If You Go’, do CD ‘You Won’t Forget Me’ da cantora de Após o período inicial de umas 100 horas de amaciamento (o ma- jazz norte-americana Shirley Horn, lançado em 1991 pelo selo Verve. nual do fabricante diz que 50 horas são suficientes), começaram os Essa faixa é um ‘tour de force’, podendo ser usada para avaliar uma testes do CAV T-50. Achei, entretanto, que o amplificador ‘acordou’ longa série de quesitos, desde o equilíbrio tonal até texturas, corpos, mesmo perto de 150 horas. Durante os testes foram usados vários articulações, decaimentos e recortes. Neste caso, ela deixou claro toca-discos de vinil, como o Technics SP-25 com braço Jelco, o Air mesmo o que o T-50 não gosta de tocar: pratos de bateria. Tight Acoustic Masterpiece T-01 e um Thorens TD-125 MkII com Outro ponto alto do T-50 são os transientes, muito bons, bem braço Rega RB300, equipados com cápsulas Ortofon SPU Meister definidos, sem sensação de perda de velocidade - típicos de apare- Silver, 2M Bronze e 2M Blue, entre outras. Como referência foram lhos mais caros. O T-50 nada tem de letárgico, muito pelo contrário: usados os amplificadores integrados darTZeel CTH-8550 e Sunrise ele é bem vivo, pulsante e rítmico. Dependendo do tipo de música, Lab V8 MkIII. Demais equipamentos utilizados: caixas acústicas: depois de um tempo, facilmente o ouvinte está mexendo a cabeça Evolution Acoustics MMMicroOne; prés de phono: Sunrise Lab ou batendo o pé no chão. Aqui foi divertido ouvir a faixa ‘Company’, The PhonoStage II Special Edition, Tom Evans Groove+ e o pré de do CD ‘Modern Cool’ da cantora e pianista de forte personalidade phono interno do integrado darTZeel; e cabos de força, de intercone- Patricia Barber. A bateria dessa música é a minha preferida dentre xão, de phono e de caixa: Sunrise Lab linha Reference, Transparent PowerLink MM1 e MM2 e Kubala-Sosna Elation. O T-50, em condições de audição boas, sem exageros de volume, em salas de tamanho normal, empurrou muito bem as caixas bookshelf Evolution MMMicroOne, que têm 87 dB de sensibilidade e impedância de 6 Ohms. Testei brevemente com caixas de 4 Ohms, e todas as vezes o melhor resultado sonoro foi usando as saídas de 8 Ohms do amplificador, em vez das denominadas de 4 Ohms. as gravações de jazz, sendo altamente energética, inspirada e bem tocada - e bem gravada! Em qualquer aparelho com deficiências de velocidade, a sensação é que alguém trocou o baterista por outro menos competente e/ou com um grande mau humor. Aqui ela ficou muito boa! O T-50 possui muita ‘força’, tocando caixas mais difíceis apesar dele claramente preferir ouvintes menos entusiasmados com o botão de volume, já que tem uma leve tendência à dureza em volumes mais altos, principalmente em fontes de programa e tipos COMO TOCA de música mais intensos e agressivos - aí a tendência ao irritante O equilíbrio tonal do T-50 é mezzo ‘difícil’. Ele precisa muito de fica latente. Parte disso se dá pela natureza mais aberta de sua so- cabos, e tem tendência ao aberto nos médios-agudos e agudos, noridade, e parte se dá porque é um amplificador com declarados com menos extensão nos graves e menos puxados para os gra- 40 W, e as caixas de hoje falam facilmente de valores na casa dos ves - apesar destes terem uma boa energia. O recorte dos graves, 100 a 200 W. Ou seja, para se ter folga, o assunto ‘caixas acústicas’ em percussões e contrabaixos é muito interessante e prazeroso de tem que ser muito bem tratado, principalmente de acordo com o ouvir, e a ambiência é bem legal, mas se o setup proporcionar um ambiente e os gostos musicais que você tiver. No quesito de corpo som com mais corpo e ‘gordura’ nos graves, a ambiência também harmônico, o T-50 tem corpos tendendo a menores, principalmente ficará bem melhor. A ilusão de palco é o ponto mais alto do T-50. O palco é excelente, muito amplo e arejado, com um foco muito acima da média e bem aberto para os lados das caixas, bem profundo. Tudo no palco é separado. Falta um pouco de recorte em cada instrumento no palco, principalmente nos médios-agudos, mas isso poderia melhorar com o uso de cabos melhores, o que, porém, poderia acarretar em mais ênfase nas frequências altas, perdendo um pouco de equilíbrio e musicalidade geral. Gravações de música orquestral e coral, assim como de grandes conjuntos de jazz, têm um efeito de palco muito bacana através do T-50. As texturas são ligeiramente apagadas e, por vezes, um pouco artificiais e agressivas nas médias-altas e altas. Ao fazer o setup e combinar cabos e equipamentos, é preciso levar isso em conta e equilibrar, amansar esse setembro . 2014 47 AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 ‘Needful Things’, do compositor inglês Patrick Doyle - e curti muito detalhes e timbres que passam batido quando você assiste o filme e essa excelente música faz apenas ‘pano de fundo’. Gravações menos brilhantes, mais ‘fechadas’, tocam muito bem através do T-50. A organicidade e a musicalidade do T-50 são amplamente dependentes do casamento de aparelhos e do setup - muito mais que em vários outros amplificadores que conheço. CONCLUSÃO É preciso apreciar o gosto dos chineses pelos aparelhos valvulados: o T-50 é muito bonito, bem construído e acabado. Dentre seus recursos estão às boas conexões, três entradas de linha e um pré de phono interno - para cápsulas MM e que também aceita MC de saída alta - que tem uma qualidade decente. Falta-lhe, porém, controle remoto de volume, mas aí já estamos entrando no campo nos médios-agudos - que eu considero ser um dos pontos mais baixos do aparelho, e que leva muitas vezes a se aumentar o volume para se trazer mais ‘presença’, e aí dando ênfase em outros proble- das idiossincrasias. Bem casado com caixas e cabos que valorizem seus melhores aspectos, o T-50 toca bonito, com velocidade e cheio de energia! mas citados acima. Apesar disso, cordas de todos os gêneros soam bonitas, e o piano, instrumento mais difícil de todos, soa suficientemente correto. Tive um grande prazer em ouvir vários CDs que tenho de trilhas mais obscuras do selo Varese Sarabande - como AMPLIFICADOR INTEGRADO VALVULADO CAV T-50 Tipo Amplificador integrado valvulado push-pull Válvulas 4x EL156 / 2x 6SN7 / 2x 12AU7 / 1x 12AX7 Saída Resposta de Distorção harmônica Soundstage10,5 Textura10,0 Transientes10,0 Dinâmica9,75 40 W / canal (4 Ohms / Corpo Harmônico 9,0 8 Ohms selecionável) Organicidade10,0 15 Hz - 35 kHz frequência Relação sinal / ruído Equilíbrio Tonal 9,0 ≥80 dB ≤2% (1 kHz) total Musicalidade10,0 Total VOCAL ROCK . POP JAZZ . BLUES MÚSICA DE CÂMARA Entradas - 3x de linha (AUX / CD / DVD) SINFÔNICA - 1x de phono (somente MM Moving Magnet) Consumo 350 W Dimensões (L x A x P) 430 x 220 x 395 mm Peso 34 kg Maison de La Musique (11) 2117.7005 R$ 16.900 recomendado 48 setembro . 2014 78,25
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