O AMIGÃO do Pastor

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O AMIGÃO do Pastor
O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo - VOL. 21 - Nº 03 MAR/11
BÍBLIA
SAGRADA
A CARTILHA
DO CRISTÃO
O salmista pediu: “Guia-me na tua vereda, e ensina-me” (Sl 25.5). Creio que a
Bíblia é para o cristão o que a cartilha de normas de uma empresa é para o funcionário.
Como funcionário, não preciso nem perguntar a meu chefe se posso ficar dois meses
de férias. Não tenho de perguntar se preciso
chegar na hora, nem se posso sair mais cedo
todos os dias. Tudo está bem esclarecido na
cartilha de normas da empresa.
Só vou conversar com o chefe se uma
situação inusitada acontecer e eu precisar de
algum esclarecimento.
O mesmo acontece com Deus, pois ele
nos deu sua Cartilha de Normas (a Bíblia)
para seguirmos. Muitas coisas estão bem
claras na Bíblia, e só ocasionalmente haverá
situações em que precisaremos pedir esclarecimentos.
Deus deu uma Cartilha a Josué: “Não
se aparte da tua boca o livro desta lei; antes
medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele
está escrito; porque então farás prosperar o
teu caminho, e serás bem sucedido” (Js 1.8).
Josué não respondeu: “Senhor, não tenho
tempo para ler isso”. Não respondeu: “Ah,
Senhor, estou ocupado demais; não posso
meditar nela”. Ele meditou dia e noite na
Cartilha de Normas, na Palavra, e ela o fez
bem-sucedido.
A Cartilha de Normas explica muitas
coisas em linguagem simples. Não tenho de
perguntar a Deus se preciso ter fé. A Palavra
afirma: “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se
aproxima de Deus creia que ele existe, e que
é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).
A Bíblia afirma: “Peça, porém, com fé, em
nada duvidando” (Tg 1.6). Temos de crer
na realidade de Deus. Temos de confiar na
Bíblia.
Não preciso perguntar a Deus se devo ir
à igreja aos domingos. A Bíblia manda: “Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns” (Hb 10.25). O livro de Atos
conta que a igreja se reunia diariamente no
templo e de casa em casa para orar e adorar
a Deus.
Não preciso perguntar a Deus se tenho
de estudar a Bíblia. A Cartilha Sagrada diz:
“Procura apresentar-te a Deus aprovado,
como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2Tm 2.15).
Não preciso perguntar a Deus se devo
louvá-lo. A Cartilha Sagrada afirma: “Tudo
quanto tem fôlego louve ao SENHOR” (Sl
150.6).
Não preciso perguntar se devo orar e
testemunhar, ou se devo dar o dízimo e as
ofertas para a obra de Deus. As ordens estão
na Cartilha.
Não devemos tratar nossa Cartilha de
Normas da maneira que muitas pessoas tratam sua apólice de seguro. Apenas correm
os olhos pelo papel e não lêem nada cuidadosamente; depois, guardam a apólice num
lugar seguro. Não sabem exatamente qual a
cobertura que têm. Apenas sabem que têm
uma apólice que cobrem algumas coisas em
suas vidas.
A Cartilha Sagrada tem de ser guardada
em nossos corações, como diz o salmista:
“Escondi a tua palavra no meu coração”
(Sl 119.11). Precisamos ler a Bíblia como
nunca. Precisamos estudá-la cuidadosa e
completamente para sabermos que tipo de
cobertura temos em Cristo Jesus e também o
que é esperado de nós.
E, acreditem-me, uma vez que começamos a ler e digerir a Bíblia, teremos a mesma
experiência do profeta que disse: “A tua pa-
lavra foi para mim o gozo e a alegria do meu
coração” (Jr 15.16).
(Sword of the Lord)
O TESTE VERDADEIRO
Nunca é demais afirmar que o teste final
do cristianismo de uma pessoa não está na
esfera de opinião nem da crença que ela
professa, mas sempre, e em todos os lugares,
na esfera da consciência e do amor. Feliz é o
cristão cujo viver dá legitimidade e poder à
sua mensagem; cujos ensinos e vida coincidem e exibem prova lúcida de sua honestidade na causa sagrada.
O dr. S. D. Gordon apresenta quatro
grandes testes de caráter.
Teste doméstico. Como a pessoa trata
seus familiares.
Teste profissional. Como a pessoa se
conduz diante dos clientes e dos funcionários.
Teste social. Como a pessoa age com
alguém de classe social inferior.
Teste do sucesso. Como a pessoa se
comporta quando os bons ventos lhe trazem
riqueza, poder, posição e honra.
(Henry Durbanville - Winsome Christianity)
PEPITAS DE DEUS
É melhor ser dividido pela verdade do
que unido pelo erro.
É melhor falar a verdade que machuca e
depois cura do que uma mentira que conforta
e depois mata.
É melhor ouvir a verdade nua e crua do
que mentiras doces e delicadas.
É melhor ser odiado por falar a verdade
do que amado por contar mentiras.
É melhor ficar sozinho por causa da verdade do que acolhido na multidão por causa
de uma mentira.
(Voice in the Wilderness)
O AMIGÃO do Pastor
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SAÍDA DO EGITO
Editorial
Prezado leitor,
Certa vez, um irmão me criticou por não
concordar com o salário que a igreja me pagava. Não era um alto salário, mas era mais
do que o salário mínimo que ele ganhava.
Eu não recebia em dia durante muitos anos.
Cheguei a que pedir a igreja para abaixar
meu salário porque as entradas não eram
compatíveis com o que propôs me pagar,
pois vários irmãos não dizimavam; inclusive
o que não concordava com o valor do meu
salário. Certo dia perguntei àquele irmão se
ele gostaria de ser Pastor, de estar no meu
lugar para ganhar o que eu ganhava, e ele
respondeu com um sorriso sarcástico: “De
jeito nehum”. O artigo da página 3, “Coisas
que aprendi no ministério”, nos faz lembrar
que o Pastor tem que ser na igreja o mais
santo, o mais amoroso, o mais comedido, o
mais humilde, o mais perdoador, o melhor
exemplo (depois de CRISTO), etc.......... .
Quem não estiver disposto a se esforçar para
ser tudo isso, não deve entrar no ministério.
Olhe somente para CRISTO. Boa Leitura!
Pr. Cleber R. Neves
A separação e a partida dos israelitas
do Egito estão bastante relacionadas com
o fato de serem libertos da espada do anjo
destruidor. Na mesma noite em que o sangue
do cordeiro pascal foi espalhado nos umbrais
das portas, os israelitas deram as costas para
o Egito e seu povo, e deixaram para sempre
os cenários de idolatria e escravidão. Cada
elo que os havia prendido foi quebrado, e o
povo estava livre para servir ao Deus vivo e
verdadeiro.
Como deve ter sido majestosa e real a
partida daquele país malfadado! No meio
da noite, entre os gritos dos egípcios que
lamentavam a morte de seus primogênitos,
os israelitas foram embora rápida e silenciosamente!
“O Egito se alegrou quando eles saíram”
(Sl 105.38), e o Faraó os apressou a sair do
meio de seu povo. Os israelitas podiam afirmar com segurança: “O SENHOR nos tirou
com mão forte do Egito, da casa da servidão”
(Êx 13.14) e Aquele que os tirou dali nunca
mais os levaria de volta.
A separação do cristão do mundo está
intimamente ligada à sua salvação. A Bíblia
fala sobre “nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
se deu a si mesmo por nossos pecados, para
nos livrar do presente século mau, segundo a
vontade de Deus nosso Pai” (Gl 1.3,4).
A cruz de Cristo é a porta para fugirmos
de um mundo condenado, e também é o
lugar de refúgio do pecador culpado. Pela
cruz, o crente é crucificado para o mundo e
separado para Deus.
Muitos não enxergam isto – ou não
querem enxergar. Gabam-se da cruz como a
libertação da ira vindoura, mas ignoram seu
poder de separá-los do mundo.
MAR/11
Sentem-se à vontade no Egito – os
ímpios são seus companheiros. E apesar
de falarem sobre um dia viverem no Céu,
agarram-se a tudo o que puderem do mundo
ou, usando uma frase popular, “querem o
melhor dos dois mundos”.
Não é “a vontade de Deus nossa Pai” que
seus filhos façam alianças impuras com a sociedade. Ele falou tão claramente sobre isto
que ninguém pode alegar ignorância.
(John Ritchie - Do Egito a Canaã)
MÚSICA NA
TEMPESTADE
Conta-se que um barão da Alemanha,
que vivia no castelo de Rhine, esticou arames de uma torre à outra com a intenção
de que os ventos criassem uma gigantesca
harpa eólica. Mas a brisa gentil que se movia sobre os arames não produzia música
nenhuma.
No entanto, certa noite, uma tempestade caiu sobre o vale. Os ventos furiosos
socavam o castelo. Até os montes pareciam
tremer. O barão abriu uma janela para
conferir o andamento da tempestade e, em
total surpresa, ouviu os acordes de uma linda
melodia. A harpa eólica estava soando. Foi
necessária uma tempestade para que a música fosse produzida.
Não é isso que nos acontece com frequência? Nos dias de prosperidade tranqüila
não exibimos muita beleza. Mas quando a
tempestade se abate, ela produz o que jamais
esperaríamos de um turbilhão de problemas.
(Leonard Greenway)
O AMIGÃO do Pastor
Um Periódico em Prol da Pregação do Evangelho de Jesus Cristo
Batista, Fundamentalista
Expediente: Editor Chefe: Pr. Jaime King. Editor: Pr. Cleber Rodarte Neves. Assistentes: Ana Lúcia de Almeida Rodarte,
Patrícia Elaine King. Arte: Pr. Cleber Rodarte Neves. Ofertas podem ser enviadas através de ordem de pagamento na conta
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O AMIGÃO do Pastor é um ministério da Editora Maranata.
O AMIGÃO do Pastor
MAR/11
COISAS QUE APRENDI NO
PASTORADO
Dr. Bob Kelly
Quando escrevo este artigo, já faz quarenta e três anos que estou no ministério do
evangelho, e aprendi algumas coisas com o
passar do tempo. Gostaria de partilhar algumas com vocês.
1. O melhor sermão de um pastor é sua
família.
2. O pastor, pregador do Evangelho, tem
de amar as pessoas.
Advogados, policiais, políticos podem
fazer seu trabalho sem amar as pessoas, mas
o pastor tem de amar as pessoas porque o
Salvador as amou. Tem de amá-las com suas
asperezas e seus pecados. Não as abandone.
Mesmo que cortem sua pele e chutem suas
canelas, continue amando-as.
3. O pastor tem de guardar sua língua.
Quando a língua e a vida não estão em
compasso, o sermão não é ouvido. Uma das
coisas mais tristes do mundo é ter no púlpito
um pregador que não vive o que prega – um
homem assim é superficial.
É isto o que está errado em muitas igrejas. É por isto que o poder é mínimo tanto
nos bancos como no púlpito. É por isto que
as pessoas não tomam uma decisão concreta.
Em muitas igrejas fundamentalistas de hoje,
é um milagre ver uma ou duas pessoas irem à
frente em busca de salvação.
4. Deus não deve nada a nenhum pastor.
Muitos de nós esperamos coisas grandes
e maravilhosas quando não valemos um
centavo. Não recebemos o que esperamos,
e sim pelo que somos. O que leva um pastor
a achar que Deus lhe deve alguma coisa?
Quem lhe disse que ele deve? Você foi salvo
pela graça e é só – e nada mais!
5. Você cai para o lado em que se inclina.
Dê um centímetro para o pecado e ele
leva você um quilômetro. Você não come
apenas uma batatinha frita nem um único
amendoim e nem apenas um biscoito; seu
paladar grita por mais. Se começar a olhar
certas coisas, acabará provando-as, e antes
que abra os olhos, elas tomaram conta de
sua vida.
6. A tecnologia é maravilhosa, enquanto
não se transforma em sua dona.
7. Morra para si mesmo (1Co 15.31), mas
não leve o dia inteiro pra fazer isto!
Uma das pessoas que mais ouvi dizer
“morra para si mesmo” foi o dr. Lee Rober-
son, e creio que ele, com sinceridade, “morria diariamente” para o eu.
Uma das igrejas em que fui pastor era
proprietária do Acampamento Bill Rice. A
igreja mobiliou um dos chalés e dedicou-o
ao dr. Roberson. Pusemos carpete vermelho
no chão e, logo na entrada, do lado de fora,
colocamos uma placa relacionando todas
as honras que ele havia recebido na vida.
Quando ele veio pregar no acampamento,
quisemos que visse o chalé.
Expliquei: “Dr. Roberson, colocamos
um placa na entrada do chalé que dedicamos
ao senhor, e listamos todas as coisas que o
irmão já fez”.
Ele respondeu: “Não quero vê-lo”.
Sua esposa disse: “Eu quero ver”.
Mas ele nunca viu. O dr. Roberson teria
trabalhado para o Senhor Jesus Cristo mesmo que ninguém jamais lhe tivesse feito um
único elogio na vida.
Morra para si mesmo.
8. Existe riqueza na manhã. Assim, levante cedo para orar e estudar a Bíblia.
As outras vinte e três horas restantes
serão exatamente iguais à primeira hora do
dia. Se sou fraco de manhã, serei fraco o dia
inteiro.
9. Faça bons amigos; eles valem mais do
que todo o dinheiro do mundo.
Tenho alguns amigos bem chegados.
Eles oram por mim e por minha família. Eles
se sacrificariam por mim, e eu me sacrificaria
por eles. Eu entregaria o último centavo por
alguns de meus amigos. Se você tem amigos,
você é milionário.
10. Aprenda a dizer “obrigado”.
Diga sempre que puder e de todas as maneiras possíveis. Escreva cartas e bilhetes de
agradecimento em todas as oportunidades.
Telefone agradecendo. Você colherá o que
plantar. Que tipo de vida você deseja? Se
queres ter dias bons, então seja agradecido.
Nunca vi o Deus Todo Poderoso abençoar
um ingrato – nenhuma vez.
11. Anote as bênçãos de Deus.
Registre-as num caderno. Um dia você
chegará à minha idade, 65 anos, e não conseguirá se lembrar delas. Tenha um Livro
Ebenézer – anote a data e registre o que Deus
fez por você nesse dia. “Então tomou Samuel uma pedra...e chamou-lhe Ebenézer;
e disse: Até aqui nos ajudou o SENHOR”
(1Sm 7.12). Releia suas bênçãos e nunca se
esqueça delas.
Um político entrou numa barbearia.
Alguns clientes estavam fumando seus charutos e cachimbos e contando piadas sujas.
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O CAMINHO PARA DEUS
“E o SENHOR disse-lhe: Que é isso na tua
mão? E ele disse: Uma vara.” Êxodo 4.2
Talvez fosse apenas uma vara de pastor
de ovelhas. No entanto, uma história espetacular lhe aguardava!
A vara seria estendida sobre o Mar Vermelho, abrindo um caminho em suas profundezas. Seria usada para bater na pedra e para
vencer os exércitos de Amaleque, e seria
conhecida como a vara de Deus.
Quando Deus precisa de um instrumento
para a sua obra, nem sempre busca um cetro
de ouro, mas uma vara de pastor. A coisa
mais fraca e desprezada que pode encontrar
– um chifre de carneiro, um bolo de cevada,
uma carcaça de boi, um pote de barro, uma
funda de pastor, uma vara – nas mãos de
Deus se tornam mais poderosos que o maior
dos exércitos.
(F. B. Meyer)
O político estava na cadeira do barbeiro
quando alguém entrou e sentou-se ao lado.
De repente, todos os charutos, cachimbos e
cigarros se apagaram, quem mascava tabaco
foi cuspir no lugar apropriado e não se ouviu
mais nenhuma piada suja.
Antes de sair, o político virou-se para o
cliente ao lado e disse: “Senhor, acho que
nunca fomos apresentados um ao outro.
Como é seu nome”
“Meu nome é Dwight Lyman Moody”,
foi a resposta.
D. L. Moody transformou dois continentes para Deus! Quando o homem de Deus, o
santo homem de Deus, entra em cena, as coisas se transformam. E isso é um fato. Amém!
Pastor, quando as pessoas olham para
você, elas podem afirmar: “Vejo que este é
um santo homem de Deus”?
(Sword of the Lord)
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OS EQUILÍBRIOS
DA VIDA
Quanto mais aprendo sobre as condições
que tornam a vida possível, mais me impressiona o fato de que a vida, como eu a conheço, seja inteiramente possível.
Consideremos, por exemplo, alguns
equilíbrios delicados da natureza que são
básicos para a vida na terra.
A distância entre a Terra e o Sol é um
destes pontos de equilíbrio. Os cientistas calculam que se a Terra estivesse apenas cinco
por cento mais perto do Sol, ou apenas um
por cento mais distante dele, seria impossível existir vida aqui. Segundo eles, o perigo
viria de um “efeito estufa” fora de controle,
caso a aproximação fosse maior, ou, se estivéssemos mais distantes, o efeito glacial
seria incontrolável.
Assim como a estufa acumula calor
embaixo de uma proteção, acredita-se que a
aproximação maior entre Terra e Sol formaria uma atmosfera mais densa e uma superfície mais aquecida – como acontece com
Vênus, o planeta vizinho.
Enquanto a especulação popular se
concentra no aquecimento global, não nos
esqueçamos de que a Terra sobreviveu a uma
crise violenta há anos, quando as geleiras
tomaram conta de dez por cento de sua superfície. Robert M. Powers, famoso escritor
científico, explica: “Algumas estimativas
indicam que se a temperatura média tivesse
caído um décimo de um grau, a Terra ficaria
gelada demais para a continuação da vida”.
No entanto, existem outros pontos de
equilíbrio importantíssimos. Por exemplo,
estima-se que, caso a Terra girasse menos
que os atuais 2.560 quilômetros por hora,
cada segmento ficaria exposto muito tempo
ao calor do Sol – seguido de uma longa
onda de frio – e, assim, se queimaria e
também congelaria em sucessões diárias. A
vegetação dificilmente sobreviveria a tais
condições.
Se a Lua estivesse mais perto de nós, seu
poder sobre as marés causaria duas inundações diárias em quase toda a superfície da
Terra.
Outro ponto de equilíbrio crucial é a profundidade de nossa atmosfera. Se fosse mais
fina, muitos meteoritos que bombardeiam
a Terra constantemente arderiam sobre a
superfície e dariam início a incêndios, causando danos imensos. Do modo que tudo
acontece agora, a grande maioria dos meteoritos se queima inofensivamente no ar.
Existe outro tipo de bombardeamento
vindo do espaço, e que nos é praticamente
desconhecido, pois os raios cósmicos são
invisíveis e indetectáveis aos nossos sentidos
O AMIGÃO do Pastor
desprotegidos. Contudo, provavelmente, a
vida seria impossível se não estivéssemos
abrigados de seus efeitos mortais por uma
fina camada de ozônio na atmosfera mais
elevada.
Outro ponto de equilíbrio é o maravilhoso relacionamento entre a vida vegetal e a
animal; este equilíbrio abastece o ar da quantia certa de oxigênio e gás carbônico. A vida
animal respira oxigênio e expira gás carbônico, que é uma forma de lixo. As plantas
precisam deste gás para viver, e, em retorno,
oferecem um superávit de oxigênio. Se não
fosse este maravilhoso reabastecimento de
cada substância, nem o reino animal nem o
vegetal subsistiriam.
Cressy Morrison, ex-presidente da Academia de Ciências de Nova Iorque afirmou
que outra contribuição para esse equilíbrio
essencial de oxigênio e gás carbônico é a
quantia de água em nossos oceanos e rios.
Estima-se que se fossem mais profundos do
que são, o maior volume de água absorveria
muito mais oxigênio e gás carbônico do ar e
a vida seria praticamente impossível.
Por outro lado, dependemos dos oceanos
não apenas como fontes vitais de vapor de
água que produz a chuva, mas também de
sua capacidade de armazenar e distribuir
calor, o que controla os extremos do clima ao
redor do mundo.
Estes são alguns pontos de equilíbrio
importantes que tornam possíveis a vida na
Terra. Quais as possibilidades de todos eles
terem “simplesmente acontecido”? Conforme o astrônomo Fred Hoyle, provavelmente
não tão boas quanto as chances de um furacão passar acima de um terreno de sucata e,
com um mero assopro, reunir aleatoriamente
milhares de peças e formar um avião a jato!
Todo mundo tem liberdade para acreditar
nas bobagens que quiser, porém nós acreditamos nas evidências que mostram claramente que a vida não surgiu por acaso, mas
que é a criação deliberada Daquele que sabia
exatamente o que estava fazendo. Se pensarmos bem, seremos levados a ouvir o que foi
dito a Jó: “Para e considera as maravilhas
de Deus” (Jó 37.14)
(Pulpit Helps)
O QUE É A FAMA?
A Bíblia diz que “é melhor tem um bom
nome do que grandes riquezas”.
Você vive incentivando seus filhos a se
tornarem famosos ou ficarem ricos?
Quantos heróis viveram e morreram na
obscuridade – desconhecidos?
Pense nas centenas de personagens da
Bíblia cujos nomes desconhecemos, mas que
MAR/11
serão mencionados e reverenciados enquanto o mundo existir.
Como era o nome da viúva que ofertou
sua moeda – tudo o que possuía – e ensinou
uma grande lição a todos nós? Uma moedinha, mas Cristo a notou, e sua atitude foi
registrada na Bíblia, e ela continua sendo
mencionadas séculos mais tarde. Porém seu
nome continua desconhecido.
Como era o nome do bom samaritano? E
o da samaritana à beira do poço?
Como era o nome do garoto que entregou
seus peixinhos e pães – um lanchinho simples que alimentou cinco mil pessoas? Como
era o nome da mãe dele?
Quem era o dono do estábulo onde Cristo
nasceu? Quem era o dono do cenáculo onde
a Última Ceia foi realizada? Quem emprestou a Jesus o jumentinho para a entrada triunfal em Jerusalém?
Sabemos que foi Maria quem abriu o
vidro de alabastro e confortou Jesus com sua
gentileza, mas quem era a mulher que fez o
mesmo na casa de Simão, o fariseu, e que
banhou os pés de Jesus e secou-os com seus
cabelos?
Essas pessoas não estavam atrás de fama.
Eram pessoas comuns fazendo o melhor que
podiam e tocando a vida – pessoas insignificantes, sem nome, contudo serão sempre
mencionadas e lembradas. Mensagens continuarão sendo pregadas a respeito dessas
pessoas bem depois que as “celebridades”
forem esquecidas.
Essas pessoas sem nome alcançaram a
distinção verdadeira. Fizeram tudo o que puderam. O que Jesus disse a respeito de Maria
Continuação na próxima página
A SABEDORIA DE SALOMÃO
“A fazenda do rico é sua cidade forte, e como um muro
alto na sua imaginação”
ProvV. 18:11
O AMIGÃO do Pastor
MAR/11
LAMENTO MUITO,
PAULO!
A pessoa que tem visão ampla – qualquer
um a quem Deus deu uma grande visão missionária – tem de ter ajudantes. Assim, Paulo
aceitou toda ajuda que lhe apareceu. No entanto, sempre havia alguém que desistia, que
se afastava quando “o bicho pegava”, gente
para quem aquele não era o momento conveniente para ajudar Paulo a conquistar almas.
O ERRO DE LÓ
Ló foi um bom homem, mas mudou-se
para Gomorra, viveu ali e provavelmente se
tornou prefeito da cidade. Sua alma irritou-se com as obras impuras dos sodomitas,
no entanto ele continuou ali até perder sua
influência na família e ter de fugir pra salvar
a própria vida. Ló morreu em desgraça.
Já conheci muitos Lós nos últimos anos!
Os Lós modernos explicam que é preciso se
associar com Sodoma e ser amiguinho de
Gomorra, se é que queremos conquistar seu
povo para Cristo. Acontece que o fim não
justifica os meios. Essas pessoas não acendem a luz em Sodoma – elas se acostumam
com a escuridão.
O pior de tudo é que se acostumam tanto
com a situação que passam a achar que a
escuridão está ficando mais iluminada. Se
passarmos algum tempo numa sala escura,
teremos a impressão que há mais luz entrando. Quem passa muito tempo na escuridão
imagina que o dia está clareando. Chamamos de “mente aberta” o que é, na verdade,
uma coexistência pacífica com o pecado. É
um esforço de estabelecer comunhão entre
a luz e as trevas, um acordo entre Cristo e
Belial.
(Vance Havner)
“o que ´a fama? (da página 4)
se aplica a todas elas: “Em verdade vos digo
que, em todas as partes do mundo onde este
evangelho for pregado, também o que [eles
fizeram] será contado para a memória [deles]”. Marcos 14.9
(Word of Courage)
Barnabé lamentou
“Verdade, Paulo. Fizemos uma viagem
missionária maravilhosa, e gostaria muito de
acompanhar você neste trabalho pelo Império Romano. Mas acontece que tenho de dar
atenção ao Marcos, filho da minha irmã. Sei
que ele nos abandonou quando teve saudades de casa, mas o menino é meu sobrinho,
e é meu dever encontrar trabalho pra ele. Lamento deixar você, companheiro, mas conto
com sua compreensão.”
Foi isto que Barnabé disse a Paulo quando desfizeram a equipe missionária. Barnabé
levou João Marcos consigo, e Paulo achou
outro companheiro de viagem, Silas (At
15.36-40).
Demas lamentou
“Sinto muito, Paulo. Acho que fui um
bom ajudante e trabalhei bastante com você.
Acontece que agora você está preso, e não
sabemos quando seu fim irá chegar. Além
disso, não estou disposto a abandonar os
prazeres e divertimentos.”
Assim Paulo, o idoso prisioneiro do Senhor, escreveu, da cadeia de Roma, a Timóteo pouco antes de morrer: “ Porque Demas
me desamparou, amando o presente século, e
foi para Tessalônica” (2Tm 4.10).
Tito e Crescente lamentaram
“Desculpe, Paulo. Gostaria muito de
permanecer, redigir suas cartas, levar suas
mensagens e servir de testemunha em seu
julgamento. Mas fui chamado a pregar.”
Assim Tito foi para a Dalmácia (2Tm 4.10).
“Lamento, Paulo. Sinto o chamado para
pregar na Galácia”, explicou Crescente.
Os coríntios lamentaram
“Lastimamos bastante, Paulo”, escreveu
um dos membros da igreja de Corinto. “Entendemos que você nos ganhou para Cristo.
Sabemos que você é apóstolo de Deus.
Aprendemos muito com você. Acontece
que achamos você fisicamente fraco e sua
mensagem é bastante desagradável. Veja
bem; suas cartas são de peso, mas temos aqui
pregadores tão bons quanto você, ou até melhores. Assim sendo, tchauzinho.”
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Alguns disseram: “Somos de Apolo,
homem eloquente e conhecedor profundo
das Escrituras, um orador de primeira – na
verdade, melhor do que você”.
Outros vieram com esta: “Apoiamos
Pedro, o chefe dos apóstolos, aquele que pregou no dia de Pentecoste. Afinal, ele esteve
ao lado de Jesus durante todo o seu ministério. E tem outra coisa – Pedro caminhou
sobre as águas! Desculpe, Paulo, mas vamos
seguir o Pedro”.
Outros explicaram: “Somos de Cristo,
e, portanto, não temos de seguir a mais
ninguém. Paulo, você nos levou à salvação
e ensinou tudo o que sabemos, no entanto seguiremos a Cristo, e não aos homens” (1Co
1.12; 2Co 10.10).
Os gálatas lamentaram
“É uma pena, Paulo”, disseram alguns
cristãos da Galácia. “Acredite. Quando você
esteve aqui e nos levou a Cristo, teríamos
arrancado e dado os nossos olhos pra você.
Acontece que agora já sabemos bastante:
como ser circuncidado e manter o Sábado e a
lei cerimonial. E somos mais bem aceitos pelos judeus. Não podemos ajudar você, Paulo,
em seu ministério de levar o Evangelho pelo
mundo. Temos nosso próprio cronograma.”
(Gálatas 4.15-18 e outros versículos da mesma carta.)
Apolo lamentou
“Sinto muitíssimo, Paulo. Claro que eu
gostaria de ir a Corinto e ajudar os novos
convertidos de lá. Mas agora é inconveniente. Assim, perdoe-me, mas terá de ficar para
outra oportunidade”, escreveu Apolo.
E Paulo escreveu: “Acerca do irmão
Apolo, roguei-lhe muito que fosse com os
irmãos ter convosco, mas, na verdade, não
teve vontade de ir agora; irá, porém, quando
se lhe oferecer boa ocasião” (1Co 16.12).
A necessidade de obreiros é sempre um
problema
É mesmo verdade; Paulo vivia atrás
de ajudantes. Graças a Deus, encontrou alguns, porém outros ficaram preocupados e
desistiram. Com outros, o problema não foi
de inconveniência, como no caso de Apolo.
Alguns, iguais a Demas, amavam o mundo.
Outros, iguais aos cristãos da Galácia, foram
levados aos falsos cultos e doutrinas. Havia
os que, como os coríntios, foram conquistados pela liderança de homens, ou se encheram de orgulho e insolência.
Alguns poucos continuam firmes
Graças a Deus por Silas, Timóteo, Febe,
Continuação na página 6
Página 6
O INSTINTO EM AÇÃO
Algumas vezes os animais realizam coisas maravilhosamente complexas. Quem já
observou uma humilde aranha criar lindos
desenhos geométricos ao tecer sua teia sabe
disto.
A aranha de alçapão [comum na Austrália] tece seu casulo aconchegante e depois o
cobre com uma fechadura trançada de fios,
que ela fecha atrás de si cada vez que sai de
casa. As formigas cortadoras de folhas usam
pedaços de folhas como adubo em seus “jardins” de fungos embaixo da terra. As moscas
d’água protegem seus corpos invertebrados
em tubos rígidos que constroem com areia
e escombros que encontram no fundo dos
lagos em que vivem. Até mesmo alguns
protozoários unicelulares cimentam grãos
de areia juntos para construírem coberturas
de proteção.
Poderíamos mencionar centenas de
exemplos de como os representantes do
mundo animal reagem ao ambiente em que
vivem.
No entanto, uma pergunta deve ser feita
sobre estas reações: esses animais estão
revelando inteligência ou instinto? Ou seja,
aprendem a sobreviver ou acompanham
cegamente seus instintos, que foram entranhados neles desde sempre.
Alguns animais mais superiores podem,
sim, aprender a realizar tarefas simples. Os
exemplos comuns incluem os cães pastores
que ajudam no cuidado das ovelhas e os cavalos de corte que ajudam os vaqueiros a separar o gado num rebanho. Há também casos
de chimpanzés e macacos que usam varas
para alcançarem alimentos que estão fora de
alcance; e golfinhos são treinados a realizar
várias tarefas em resposta a comandos.
Porém exemplos de animais de classes
inferiores mostram reação automática: a
lagarta continua a tarefa de terminar seu casulo, mesmo quando a maioria da construção
foi demolida. A vespa continua estocando
aranhas como alimento para seus filhotes,
mesmo que os ovos tenham sido removidos;
além disso, a vespa, cuidadosamente fecha
o ninho que construiu, como se os ovos estivessem lá dentro. A mamãe tarântula, que
carrega seus ovos em casulos de seda para
todos os lugares, aceita um rolinho de cortiça
em seu lugar. A abelha pedreira abre caminho em sua incubadora de casca rija, mas é
bloqueada por um simples pedaço de papel
colocado na saída, simplesmente porque seu
instinto lhe permite passar apenas por uma
barreira.
Há, sim, inteligência atrás do comportamento dessas criaturinhas, mas não é
inteligência própria. Elas não pensam sobre
O AMIGÃO do Pastor
as reações instintivas que produzem, não
importam quão sofisticadas possam ser.
De modo geral, os evolucionistas explicam que esses instintos são “memórias
raciais”, mas a explicação não resiste a um
exame. Em muitos, muitos exemplos é fácil
provar que o instinto tinha de estar em ação
desde a origem, para as espécies sobreviverem.
Não, a inteligência exibida não é própria,
nem mesmo a “racial”, mas é a de seu Criador. Foi Deus quem moldou cada espécie
em seu nicho particular dentro do mundo.
Foi Deus quem desenhou o padrão de seus
instintos autoprotetores, e também cada
adaptação necessária para a sobrevivência
desses animais.
Vejam a sabedoria do profeta Neemias:
“Só tu és SENHOR; tu fizeste o céu, o céu
dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo
quanto nela há, os mares e tudo quanto neles
há, e tu os guardas com vida a todos...”
(Nm 9.6, grifo nosso). Deus preserva suas
criaturas, e uma das maneiras mais importantes de fazer isto é por meio do instinto que
lhes deu.
Deus deu instintos ao homem, também.
Um deles é o instinto de buscar seu Criador.
Alguém disse apropriadamente: “Dentro de
cada coração humano existe um vazio do
tamanho de Deus, que nada, a não ser ele,
consegue preencher”.
Quando o mais insignificante dos animais contraria seus instintos, mete-se numa
grande encrenca; e o mesmo acontece conosco. Se matarmos esta fome interior que temos por Deus, ou tentarmos substituí-la por
um deus de nossa escolha, arruinaremos a
nós mesmos – às vezes de modo irreparável.
Em vez de agir assim, ouçamos nosso
instinto; alcancemos nosso propósito; louvemos, honremos e obedeçamos ao nosso
Criador e Deus.
(Old Scot – Pulpit Helps (Fontes de
referência à disposição)
A sabedoria tem duas partes: 1) Ter muito a dizer. 2) Não dizer nada.
Faça o melhor que puder e então durma
em paz. Deus continua acordado.
A vontade de Deus jamais nos leva para
onde a graça de Deus não nos protege.
Quem sabe dar boas desculpas dificilmente faz bem qualquer outra coisa.
Quem provoca sua ira também controla
sua vida!
(Pulpit Helps)
MAR/11
BOLHAS
Um senhor visitava uma famosa fábrica
de cerâmica e ficou intrigado com uma operação que parecia não fazer sentido nenhum.
Em uma das salas ele viu um trabalhador ao
lado de um monte de argila. De vez em quando o funcionário pegava um bastão enorme e
dava várias batidas fortes no monte de argila.
Curioso, o visitante perguntou: “Por que
você faz isso?”
“Preste atenção, meu senhor, e veja o que
acontece”, foi a resposta do oleiro. O visitante obedeceu, e logo viu o topo da massa
se mexer e inchar. Bolhas se formaram na
superfície do monte de argila.
“Veja bem”, o oleiro disse com um sorriso, “com as bolhas de ar, eu jamais conseguiria moldar a argila num vaso. É por isto que
lhes dou umas pancadas de vez em quando.”
Não é isto que a vida faz quando nos
disciplina e bate nas bolhas do orgulho e do
egocentrismo para que o Mestre forme vasos
de barro que retenham tesouros eternos?
(1 .000 New Illustrations)
“lamento muito, Paulo (da página 5)
o servo da igreja da Cencreia e outros colaboradores que foram fieis e ajudaram Paulo
a levar por todo o império o ministério para
o qual Deus o chamou.
(Sword of the Lord)
Para os israelitas, Golias era grande demais para ser atingido. Mas para Davi, era
grande demais para não ser atingido.
(Sword of the Lord)
MAR/11
O AMIGÃO do Pastor
SERMÃO ACIDENTAL
MIGALHAS DE BOLO
A senhora Baughman era a professora
dos juniores na escola dominical. Certo domingo ela apareceu com uma assadeira de
bolo, e deixou-a numa cadeira. A professora
distribuiu tiras de papel para a classe inteira;
em cada papel, ela havia escrito uma despesa
doméstica: prestação da casa, conta de luz,
conta de telefone, diversão, etc.
Meu item era “prestação do carro”. A
seguir, a professora pegou a assadeira com o
bolo e começou a chamar as despesas. Cada
pedaço de papel era trocado por um pedaço
de bolo.
“Prestação do carro”, a senhora Baughman chamou. Levantei rapidinho e fui pegar
meu pedaço de bolo. Por fim, a última despesa foi chamada.
Acontece que um dos garotos, o Donald,
ainda continuava com sua tira de papel.
“Deus”, a professora chamou. O Donald foi
à frente, na esperança de que a professora
tivesse um pedaço de bolo escondido em
algum lugar.
Ela pegou a faca, raspou a assadeira e colocou as migalhas no guardanapo do Donald.
Pensei: “Nossa! Ele se deu mal nessa!”
“O bolo representa seu dinheiro”, a
professora explicou à classe. “Se não derem
imediatamente a Deus o que é dEle, provavelmente ele não receberá nada, a não ser
migalhas.”
Nunca me esqueci dessa ilustração – do
dia em que meu amigo Donald só recebeu
migalhas de bolo. Mesmo sendo uma criança, aprendi que Deus deve ter primazia em
tudo o que é meu.
Desde aquela época, tenho lutado com
ofertas e prioridades, mas quando me lembro
daquela “lição esmigalhada na escola dominical”, imediatamente me lembro de quem
tem de receber sempre o primeiro lugar em
minha vida!
(Sword of the Lord)
Exercite-se diariamente. Caminhe com
Deus!
Não vou mencionar o nome do pastor
porque não quero constrangê-lo, mas o
conhecendo, acho que ele gostaria da notoriedade. Este pastor contou a história abaixo
a um grupo de seus colegas, e até hoje dou
risada quando me lembro dela.
Alguns pastores estavam confessando
erros que havíamos cometido no púlpito.
Durante uma pausa, o referido pastor disse:
“Bom, uma vez pedi que a igreja abrisse a
Bíblia em Lucas capítulo 5, versículo 31, eu
acho. Mas quando abri no texto, percebi que
não era o versículo que eu tinha em mente.
Porém não consegui encontrar, de jeito
nenhum, o versículo certo. Assim, simplesmente li Lucas 5.31 e preguei sobre ele”.
Os colegas caíram na risada. Acho que
todos nós nos vimos na mesma situação. Ou,
talvez, nos alegramos ao saber que, apesar de
todas as idiotices que já havíamos cometido,
nunca fizemos nada parecido!
O pastor continuou: “Quando o culto
terminou, algumas pessoas disseram que
aquela foi minha mensagem mais cheia do
Espírito que tinham ouvido”.
Em minha opinião, esta não é uma boa
ideia de como preparar um sermão.
Lembrei-me de algo que Bill Nimmons
contou. Tudo aconteceu quando ele era
co-pastor de D. C. Applegate, um homem
de Deus com vários problemas de saúde.
Infelizmente, Bill havia aprendido a ficar
atento àqueles telefonemas de última hora
informando-o que deveria pregar no lugar de
Applegate.
Num domingo em especial, o telefonema
veio durante o café da manhã, e Bill não teve
muito tempo para se preparar. No entanto,
Deus tomou as rédeas – todos concordaram
– e o sermão foi excelente, o culto foi uma
bênção e um número de pessoas aceitou a
Cristo. Pouco antes da bênção apostólica, o
presidente dos diáconos anunciou: “O pastor
Bill terá tempo de preparar a mensagem para
hoje à noite. Agora no culto da manhã, vimos
o que Deus pode fazer. Venham para o culto
da noite e vejam o que o Bill pode fazer!”
Quero retornar à história do meu amigo
e colega que pregou em Lucas 5.31 “sem
querer querendo”. Se aquele era mesmo o
texto – ele não tinha certeza – o pastor deu de
cara com um excelente versículo.
“E Jesus, respondendo [aos seus críticos], disse-lhes: Não necessitam de médico
os que estão sãos, mas, sim, os que estão
enfermos.”
Qualquer pastor experiente pregaria o
dia inteiro neste versículo. O problema, no
entanto, é que meu amigo, o que contou a
história, era novo no ministério e não tinha
Página 7
a experiência e o conhecimento necessários
nos quais se apoiar. Arrepio-me só de pensar
no que ele fez com o texto, já que não preparou-se e tinha trinta minutos para preencher.
Fico a imaginar – e é isto que estou fazendo agora, não estou julgando ninguém
– se o fato de a igreja ter gostado daquele
sermão mais do que dos outros não é reflexo
de duas coisas: a qualidade da refeição que
o pastor normalmente coloca diante dos
comensais e as expectativas e apreciação que
os ouvintes têm quanto às mensagens.
Uma das melhores coisas que o pastor
pode fazer por suas ovelhas é elevar a expectativa delas quanto às suas mensagens. Ele
se sairá muito melhor no púlpito se, quando
subir para pregar, a congregação estiver na
grande expectativa de ouvir a voz de Deus.
A única maneira de o pastor fazer isto
– elevar as expectativas –é alimentar bem
as ovelhas de modo regular e consistente.
Para tanto, nada substitui o tempo a sós com
Deus.
“Mas, se estivessem [os pastores] estado
no meu conselho, então teriam feito o meu
povo ouvir as minhas palavras, e o teriam
feito voltar do seu mau caminho, e da maldade das suas ações” (Jeremias 23.22). Nada é
melhor do que o pastor se trancar no escritório com a Bíblia aberta e um caderno e passar
tempo com Deus.
Mesmo assim, sejamos realistas, irmãos
– geralmente apresentamos substitutos para
o tempo com Deus. Vou falar de alguns, e
vocês pensem em outros. 1) Uma ideia genial que tivemos ou vimos ou ouvimos e que
pode ser transformada num belo sermão. 2)
Um ótimo sermão feito por um colega, e do
qual gostamos tanto que resolvemos pregar
à nossa congregação. 3) Transformamos um
evento que está no calendário da igreja no
foco de nossa mensagem.
Na mensagem acima, Jeremias 23, tais
substitutos são chamados de moinhas. Se
você é do sítio você sabe – se não é e nem
sabe, aprenda – moinha é o que resta depois
que os grãos de milho são debulhados. A
moinha é sem vida, é leve, sem gosto e inútil
– uma descrição perfeita de alguns de nossos
sermões impensados, aventuro-me a dizer.
Quem estuda a Bíblia vai se lembrar
de que no Salmo 1 Deus chama o ímpio de
“moinha que o vento espalha”. Em contraste, o Senhor afirma que a pessoa justa é
“como a árvore plantada junto a ribeiros de
águas”.
Continuação na próxima página
Página 8
“sermão acidental” (da página 7)
Voltemos à preparação das mensagens.
Livros inteiros – talvez até bibliotecas inteiras – foram escritos sobre o assunto; assim,
não serei abrangente neste pouco espaço. No
entanto, a coisa mais importante na preparação de um sermão é gastar uma boa parte da
semana lendo e estudando a Bíblia.
Isto exige dois tipos de leitura bíblica.
Uma se chama leitura devocional, e significa
que estamos lendo para nossa própria nutrição espiritual. A segunda se chama leitura
sermonal, e significa que estamos lendo para
uma mensagem ou ensino em especial.
Os pastores menos experientes devem
ter o cuidado de não descartar a primeira e
passar todo o tempo na segunda. Escrever
um sermão fica entediante muito depressa
(para não dizer que fica mais difícil e menos
produtivo) quando o pastor não alimenta sua
própria alma ao banquetear-se na Palavra de
Deus, sem ter de pensar na preparação de
mensagens.
Tenho quatro sugestões aos ministros
para que tornem seus momentos devocionais
mais proveitosos.
Leia em voz alta. Geralmente em meus
estudos matinais, depois de ter lido os capítulos do livro em que estou no programa
anual de leitura bíblica, vou para um dos
evangelhos e escolho um capítulo – qualquer
um – e leio em voz alta. Não tão alto, voz
normal, audível.
E sugiro que leia devagar; não corra. As
palavras não são uma “gororoba” que você
golfa pra dentro e esquece. Trata-se da Palavra de Deus. Dê atenção cuidadosa a cada
palavra, com deliberação. Examine o que
está acontecendo.
Leia com paciência. Veja a Bíblia da
mesma maneira que vê seu exercício matinal ou vitaminas diárias – o objetivo não é
conseguir resultado imediato. Seu objetivo
é ficar forte, curado, cheio de energia para
enfrentar o que vem pela frente. Da mesma
forma, o texto bíblico que você leu hoje de
manhã talvez pareça não ter nenhuma ligação com nada em sua vida, mas...quem sabe?
Assim, leia, ouça a Deus, pense, medite no
que leu, e então prossiga com os afazeres.
Leia em gratidão. Agradeça a Deus por
sua Palavra e pelo privilégio de ter a Bíblia.
Logo cedo os israelitas entenderam como
eram abençoados por possuírem um tesouro
tão valioso. “E que nação há tão grande,
que tenha estatutos e juízos tão justos como
toda esta lei que hoje ponho perante vós?”
(Dt 4.8).
Sugiro que você faça uma breve oração
O AMIGÃO do Pastor
ao começar a leitura, e agradeça ao Pai por
uma dádiva tão maravilhosa e peça-lhe para
falar ao seu coração hoje.
Leia diariamente. Tenha uma Bíblia
para este uso exclusivo, e deixa-a sempre no
lugar onde você estuda. De manhã, vá para
o lugar determinado, logo que se levantar e
começar o dia, e leia a Bíblia. Tenha lápis,
marcador e papel à mão. Crie o hábito.
Pastor, faça isto, e lhe prometo três
coisas. Logo, logo as pessoas notarão a diferença em suas mensagens. Isto acontecerá alguns dias depois de sua esposa perceber que
há algo diferente em você. A outra promessa
é que você começará a notar a diferença.
Não possa afirmar em que ordem isto irá
acontecer, se antes ou depois de sua esposa e
igreja, mas não importa, porque, de verdade
mesmo, esta não é a questão.
Não estudamos a Bíblia por causa de
nossa esposa, nossa igreja ou nós mesmos.
Estudamos a Bíblia por causa de Deus. Ele
escolheu se comunicar conosco por meio do
Espírito Santo.
Jeremias chamou isto de “estar no conselho de Deus”.
Esteja lá sempre e por um bom tempo,
e logo você notará que sua consistência na
obra de Deus melhorou consideravelmente.
(Pulpit Helps)
TESTEMUNHO DE
UM CIGANO
Sou cigana. Antigamente eu adorava
uma deusa chamada Kali. Eu era uma seguidora fiel. O casamento de uma sobrinha
foi o primeiro casamento cristão em nossa
comunidade cigana.
Desde a infância eu era considerada
intocável e as pessoas tratavam os ciganos
como lixo. Então, foi uma surpresa quando o
pastor nos recebeu em sua casa e realizou o
casamento à sua própria custa. Ele se sentou
à mesa conosco e jantou ao nosso lado. Isto
foi uma novidade pra mim, e gostei muito da
companhia dele.
Mais impressionante ainda foi o carinho
que a família do pastor demonstrou por nós,
buscando nos ensinar o verdadeiro amor
do Senhor Jesus Cristo. Até aquele dia, eu
nunca tinha ouvido sobre Jesus Cristo, o
Salvador do mundo. Assim, fiquei na casa
de meu irmão e passei a freqüentar a igreja.
Senti-me muito feliz com a nova vida em
meu coração.
MAR/11
Meu marido costumava me espancar, e
minha sogra e outros membros da família
eram tão cruéis comigo que nem consegui
me alimentar direito na gravidez. Tratavam-me muito mal. Foram eles que me levaram
à bruxaria. Em 2004, à época do tsunami,
percebi como a vida era incerta, e que a primeira coisa, a coisa mais importante que eu
deveria buscar era o conhecimento do Deus
verdadeiro.
Deus me tocou, e aceitei a Jesus como
Salvador. O pastor avisou meu marido que
chamaria a polícia se ele me batesse novamente. Funcionou, e aos poucos meu marido
começou a freqüentar a igreja. Também passei a falar com meus amigos ciganos sobre
o que aprendia na igreja e, devagar, fui ensinando a história de Cristo; logo formamos
um grupo para louvar a Deus juntos.
Hoje, 3 de janeiro de 2010, fiquei exultante quando meu marido aceitou a Jesus
Cristo como seu Salvador e foi batizado
juntamente com alguns amigos e parentes.
(Da Índia - Sword of the Lord)
DISCURSO
O presidente Gerald Ford foi convidado a ser o paraninfo da turma de sua filha.
Em seu discurso, ele disse aos formandos:
“Vocês gostariam de saber que minha filha
Susan me deu alguns conselhos em relação
ao discurso que vou fazer. Ela disse para eu
não me alongar, não contar piadas, não falar
sobre ela e não explicar como as coisas eram
quando eu tinha a idade de vocês. Assim,
para terminar...”
(Reader´s Digest, Junho de 1976)
Minister´s Manna)