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S621 Simpósio de Biologia Animal
Livro de Resumos. / Simpósio de Biologia Animal (2, 2012 –
Teresina : EDUFPI, 2012). Organização: Leonardo Sousa Carvalho,
Mauro Sérgio Cruz Souza Lima, Maria Regiane Araújo Soares,
Edivaldo Leal Queiroz & Rogério No Ra Lima.
Floriano: Ed. UFPI, 2012.
60p.
ISBN 978-85-7463-572-9
1. Zoologia – Simpósio.I.Título
C D D 591
II SIMPÓSIO DE BIOLOGIA ANIMAL
Realização e Organização
Universidade Federal do Piauí
UFPI
Campus Amílcar Ferreira Sobral
Pró-Reitoria de Extensão
Patrocínio
CAPES/PAEP, FAPEPI
Apoio
CHNFUPI, CNPq/PPBio
Floriano – Piauí – BRASIL
25 A 30 DE NOVEMBRO DE 2012
1
COMISSÃO ORGANIZADORA
COORDENAÇÃO GERAL DO EVENTO
Prof. Dr. Mauro Sérgio Cruz Souza Lima
SECRETARIA
Coordenadora: Profa. Dra. Maria Regiane Araújo Soares
Equipe de Secretaria:
Anárya Teresa de Freitas Rocha
Islaiane Costa Silva
Jaqueline Silva Nunes
Mayra Caroliny de Oliveira Santos
Naiara Thais Vilarinho
Patricia dos Santos Sousa
Rodrigo Lima Paz
TESOURARIA
Coordenador: Prof. Dr. Edivaldo Leal Queiroz
COORDENAÇÃO CIENTÍFICA
Coordenador: Prof. M.Sc. Leonardo Sousa Carvalho
COMISSÃO DE DIVULGAÇÃO
Coordenador: Prof. M.Sc. Leonardo Sousa Carvalho
Equipe de divulgação:
Adreany Silveira Lopes
Eduardo de Sousa Araújo
Elizangela Pimentel
Inocência Pereira de Carvalho
Luan Gabriel de Lima Silva
Luana Martins de Sousa
Milena Maria Galeno Patrício Rodrigues
COMISSÃO DE PATROCÍNIO
Coordenação: Prof. Dr. Rogério Nora Lima e Profa. M.Sc. Edimilsa Santana
Equipe de patrocínio:
Aldira Araújo da Silva
Angélica Ferreira do Nascimento
Aparecida Sofia Fonseca Nunes
Breno Fernando Cunha de Freitas Sousa
Camila Maria Feitosa dos Santos
Creusa Carvalho da Costa
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Idglan Sá de Lima
Ivisson da Silva Vieira
Katyelle Guimarães Carvalho
Maria Nazaré de Sousa Pereira
Marilza Vieira Rodrigues
Martânia Sá Guimarães
Nárcia Mariana Fonseca Nunes
Paulo Diniz Bezerra da Silva Filho
Valéria Pereira dos Santos
Wellany Carvalho Vieira
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APRESENTAÇÃO DO II SIMPÓSIO DE
BIOLOGIA ANIMAL
O Simpósio de Biologia Animal (SIMBIO) foi realizado pela primeira vez, na
Universidade Federal do Piauí, em maio de 2010, no Departamento de Biologia do Centro de
Ciências da Natureza – CCN, em Teresina. Neste primeiro evento, objetivou-se a criação de
um evento de âmbito local, convidando-se apenas professores e pesquisadores do Estado do
Piauí para realizarem apresentações orais. No entanto, o I SIMBIO contou com a participação
de cerca de 400 pessoas, entre alunos de graduação, pós-graduação e docentes da UFPI, além
de diversas outras instituições de outros estados do Nordeste, tais como Bahia, Ceará e
Maranhão. Isto evidenciou a necessidade da realização de eventos regionais que tratassem de
assuntos pertinentes às mais diversas áreas do conhecimento zoológico, motivando assim a
proposição do II SIMPÓSIO DE BIOLOGIA ANIMAL, a ser realizado no período de 25 a 30
de novembro de 2012.
O II SIMBIO é coordenado por docentes e discentes de graduação do curso de
Licenciatura Plena em Ciências Biológicas do Campus Amílcar Ferreira Sobral, da
Universidade Federal do Piauí, em Floriano, Piauí. O referido Campus teve o início do seu
funcionamento em 2009 e atualmente conta com quatro cursos presenciais de graduação,
além de diversas outras modalidades e programas de ensino, como o Ensino à Distância –
EaD e a participação no Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica –
PARFOR. Desta forma, o II SIMBIO direciona-se, primariamente, a alunos de graduação e a
participantes de cursos nas modalidades EaD e PARFOR, desta e de outras Unidades e
Instituições de Ensino Superior, pelo Nordeste.
Assim, a organização deste evento planeja reunir diversos professores, pesquisadores
e alunos de diversas instituições brasileiras, de forma a atualizar conteúdos relacionados à
zoologia, bem como estimular a apresentação de trabalhos científicos originais. Serão ainda
oferecidos diversos mini-cursos com temas amplos e variados, permitindo aos participantes
sua capacitação nas mais diversas áreas do conhecimento zoológico.
Prof. Dr. Mauro Sérgio Cruz Souza Lima
Coordenador Geral do II SIMBIO
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PROGRAMAÇÃO GERAL
08:00h – 12:00h
12:00h – 14:00h
14:00h – 17:30h
17:30h – 18:00h
18:00h – 20:00h
08:00h – 10:00h
10:00h – 10:15h
10:15 – 11:05h
11:10 – 12:00h
12:00h – 14:00h
14:00h – 16:45h
16:45h – 17:00h
17:00h – 17:45h
25 DE NOVEMBRO - DOMINGO
Recepção e credenciamento
Intervalo para almoço
Recepção e credenciamento
Intervalo
Solenidade de Abertura
Palestra de Abertura: “Coloração Animal”
Prof. Dr. Fábio Prezoto (UFJP, Juiz de Fora – MG)
26 DE NOVEMBRO – SEGUNDA-FEIRA
Mini-cursos
Intervalo
Palestra SIMBIO 01: “Fauna de aranhas do Nordeste: conhecemos a
nossa biodiversidade?” – Prof. M.Sc. Leonardo Sousa Carvalho (UFPI,
Floriano – PI)
Palestra SIMBIO 02: “Conservação de tartarugas marinhas no litoral
piauiense” – M.Sc. Werlanne Mendes Santana (Grupo Tartarugas do Delta,
Parnaíba – PI)
Intervalo para almoço
Workshop 01: Insetos
1. “Os Hymenoptera, com ênfase em espécies parasitóides” - Profa. Dra.
Ranyse Barbosa Querino da Silva (EMBRAPA Meio-Norte, Teresina PI)
2. “Estratégias de defesas de insetos” - Prof. Dr. Fábio Prezoto (UFJF, Juiz
de Fora - MG)
3. “Identificação de conteúdo alimentar de insetos vetores por
espectrometria de massa” – Prof. Dr. Vladimir Costa Silva (UFPI,
Teresina – PI)
Intervalo
Palestra SIMBIO 03: “Conservação da Caatinga: uma proposta utilizando
os térmitas como modelo” – Prof. Dr. Alexandre Vasconcellos (UFPB,
João Pessoa - PB)
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08:00h – 10:00h
10:00h – 10:15h
10:15 – 11:05h
11:10 – 12:00h
12:00h – 14:00h
14:00h – 16:45h
16:45h – 17:00h
17:00h – 17:45h
08:00h – 10:00h
10:00h – 10:15h
10:15 – 11:05h
11:10 – 12:00h
12:00h – 14:00h
14:00h – 16:45h
16:45h – 17:00h
17:00h – 17:45h
17:45h – 18:00h
18:00h – 19:30h
21:00h
27 DE NOVEMBRO – TERÇA-FEIRA
Mini-cursos
Intervalo
Palestra SIMBIO 04: “Zooplânctons bioindicadores da qualidade de
água” – Prof. M.Sc. Antonio Cícero de Andrade Pereira (UESPI, Floriano PI)
Palestra SIMBIO 05: “Corais: indicadores das mudanças ambientais” –
Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Soares (UFC, Fortaleza - CE)
Intervalo para almoço
Workshop 02: Invertebrados Marinhos
1. “Invertebrados Marinhos do Litoral Piauiense: Conhecimento atual e
perspectivas” - Prof. Dr. José Gerardo Ferreira Gomes Filho
(UFPI/CCN, Teresina – PI)
2. “Caranguejos braquiúros: ecologia e diversidade” - Prof. Dr. Bruno
Pralon (UFPI/CSHNB, Picos - PI)
3. “Ecologia da Reprodução de Invertebrados Marinhos” - Profa. Dra.
Rosana Aquino de Souza (UFPI/CCN, Teresina – PI)
Intervalo
Palestra SIMBIO 06: “Por que a evolução é tão difícil de engolir para
tantos milhões de brasileiros?” – Prof. Dr. Rodrigo Willemart (USP, São
Paulo – SP)
28 DE NOVEMBRO – QUARTA-FEIRA
Mini-cursos
Intervalo
Palestra SIMBIO 07: “Aves do Estado do Piauí: diversidade e
conservação” - Prof. M.Sc. Marcelo de Sousa e Silva (UFPI, Parnaíba - PI)
Palestra SIMBIO 08: “Parasitas de peixes” - Profa. Dra. Ivete Lopes
Mendonça (UFPI, Teresina – PI)
Intervalo para almoço
Workshop 03: Conservação da Mastofauna
1. “Ecologia da paisagem aplicada à conservação da fauna no ecótone
Cerrado – Caatinga - Prof. Dr. Rogério Nora Lima” (UFPI, Floriano –
PI)
2. “Conservação e manejo do Parque Nacional Serra da Capivara:
implicações para a fauna de vertebrados”- M.Sc. Bianca Thaís Zorzi
Tizianel (FUMDHAM - São Raimundo Nonato - PI)
3. “Ecologia de Mesocarnívoros no Pantanal Central” – Profa. Dra. Rita de
Cassia Bianchi (UNESP, Botucatu – SP)
Intervalo
Palestra SIMBIO 09: Ocorrência de Lutzomyia longipalpis e uso do
habitat por cachorro-do-mato (Cerdocyon thous Linnaeus, 1766) em área
endêmica de leishmaniose visceral – Profa. Dra. Maria Regiane Araújo
Soares (UFPI, Floriano - PI)
Intervalo
Apresentações de trabalhos
Atividade cultural
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08:00h – 10:00h
10:00h – 10:15h
10:15 – 11:05h
11:10 – 12:00h
12:00h – 14:00h
14:00h – 16:45h
16:45h – 17:00h
17:00h – 17:45h
18:00h – 20:00h
08:00h – 10:15h
10:15h – 10:30h
10:30 – 12:30h
29 DE NOVEMBRO – QUINTA-FEIRA
Mini-cursos
Intervalo
Palestra SIMBIO 10: “Anurofauna do Piauí: situação atual e
perspectivas” – Prof. Dr. Guilherme Ramos da Silva (UESPI, Parnaíba –
PI)
Palestra SIMBIO 11: "Parasitas de animais silvestres: subsídios para
conservação de anfíbios e répteis" – Prof. Dr. Waltécio de Oliveira
Almeida (URCA, Crato – CE)
Intervalo para almoço
Workshop 04: Pesca e sustentabilidade ambiental
1. “Biologia Reprodutiva dos Peixes do Rio Parnaíba” – Prof. M.Sc.
Francimário da Silva Feitosa (UESPI, Picos – PI)
2. “Peixes nativos e introduzidos na Bacia do Rio Parnaíba”- Prof. M.Sc.
Romildo Ribeiro Soares (UFPI, Teresina – PI)
Intervalo
Palestra SIMBIO 12: “Biologia, biogeografia e taxonomia de Peixesfolha” - Prof. M.Sc. Daniel Pires Coutinho (UFPI, Bom Jesus - PI)
Apresentações de trabalhos
30 DE NOVEMBRO – SEXTA-FEIRA
Workshop 05: Herpetologia
1. “Ecologia de Anfíbios Anuros” – Prof. Dr. Mauro Sérgio Cruz Souza
Lima (UFPI, Floriano – PI)
2. “O gênero Ameivula no Estado do Piauí: diversidade e distribuição” –
M.Sc. Marcélia B. Silva (MPEG, Belém - PA)
3. “Diversidade e distribuição das serpentes do Estado do Piauí” – Profa.
M.Sc. Wáldima Alves da Rocha (UAPI, Canto do Buriti – PI)
Intervalo
Encerramento do II SIMBIO
Palestra de encerramento: “Histórico da Zoologia no Brasil”
Prof. Dr. Ulisses Caramashi (UFRJ, Rio de Janeiro – RJ)
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CRONOGRAMA
25‐Nov Domingo 26‐Nov
Segunda Mini‐curso Intervalo
Palestra SIMBIO1 Palestra SIMBIO2 27‐Nov
Terça Mini‐curso Intervalo
Palestra SIMBIO4 Palestra SIMBIO5 28‐Nov
Quarta Mini‐curso Intervalo
Palestra SIMBIO7 Palestra SIMBIO8 29‐Nov Quinta Mini‐curso Intervalo Palestra SIMBIO10 Palestra SIMBIO11 Almoço Almoço Almoço Almoço Almoço Recepção e credenciamento Workshop 1: "Insetos” Workshop 2: "Invertebrados Marinhos” Workshop 3: “Conservação da Mastofauna” Intervalo Intervalo Palestra SIMBIO3 Intervalo Palestra SIMBIO6 Intervalo Palestra SIMBIO9 Apresentação de trabalhos Atividade cultural 8:00 ‐ 10:00 10:00 ‐ 10:15 10:15 ‐ 11:05 Recepção e credenciamento 11:10 ‐ 12:00 12:00 ‐ 14:00 14:00 ‐ 16:45 16:45 ‐ 17:00 17:00 ‐ 17:45 18:00 ‐ 19:30 21:00 Abertura (18:00h): “Coloração Animal” ‐ Dr. Fábio Prezoto Workshop 4: “Pesca e sustentabilidade ambiental” Intervalo Palestra SIMBIO12 30‐Nov
Sexta Workshop 5: “Herpetologia” Encerramento: “Histórico da Zoologia no Brasil” Dr. Ulisses Caramashi 11
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MINI-CURSOS
1. "Ecologia e Sistemática de Lagartos"
Ministrante: M.Sc. Marcélia Basto da Silva (MPEG, Belém - PA)
Ementa: O mini-curso tem como foco os Lagartos (Reptilia;
Squamata), onde serão abordados tópicos envolvendo o
conhecimento sobre as famílias, com ênfase na sistemática
(história evolutiva, características físicas, adaptações e
história natural) e em características ecológicas, tais como:
modo de forrageio, aspectos reprodutivos, período de
atividade, dieta, hábitos alimentares, hábitats utilizados,
dimorfismo sexual e crescimento.
2. "Medindo a Biodiversidade: Uma Introdução para Alunos de
Graduação"
Ministrante: Prof. Dr. Alexandre Vasconcellos (UFPB, João Pessoa - PB)
Ementa: A diversidade e a importância de sua mensuração;
jargões da ecologia de comunidades voltados às medidas de
diversidade; as escalas espaciais nas medidas de diversidade; a
seleção de unidades amostrais; curvas de acúmulo de espécies e
rarefação; avaliando a suficiência amostral, quando parar?;
estimadores não-paramétricos de riqueza de espécies; índices de
diversidade; e utilização dos Programas Estimates e SPADE.
3. "Osteotécnicas: Como preparar ossos e montar esqueletos"*
Ministrante: Prof. Dr. Guilherme José Bolzani de Campos Ferreira (UFPI)
Ementa: Coleta e armazenamento dos ossos. Esfola e desossa,
que materiais utilizar e quais técnicas. Tipos de maceração.
Técnicas de clarificação. Técnicas de montagem de esqueletos.
*Todos os participantes precisarão utilizar jaleco para realização
das práticas em laboratório.
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4. "Introdução à Ornitologia"
Ministrante: Prof. M.Sc. Marcelo de Sousa e Silva (UESPI, São Raimundo
Nonato - PI)
Ementa: Principais famílias de aves Neotropicais. Métodos
de coleta de dados em ornitologia (pontos de escuta,
transectos, captura com redes de neblina e anilhamento).
Equipamentos utilizados na coleta de dados em ornitologia.
Organização e tratamento dos dados. Realização de prática
de campo para amostragem de aves (redes de neblina e
sensos auditivo e visual).
5. "Métodos de estudos em comportamento animal"
Ministrante: Prof. Dr. Rodrigo Hirata Willemart (USP, São Paulo - SP)
Ementa: Este mini-curso tem como objetivo central auxiliar
alunos a planejarem seus projetos em comportamento animal.
Serão abordados os seguintes tópicos: Breve histórico de
métodos em estudos de comportamento; Fazendo a pergunta
certa; Hipóteses e predições de hipóteses; Campo vs.
laboratório; Método descritivo: amostragem, etogramas,
fluxogramas e cuidados ao observar e descrever; Método
experimental: grupo experimental e grupo controle, cuidados
ao desenhar um experimento.
6. “Ecologia marinha aplicada ao monitoramento ambiental”
Ministrante: Prof. Dr. Marcelo de Oliveira Soares (UFC, Fortaleza - CE)
Ementa: Monitoramento ambiental de áreas costeiras e oceânicas:
histórico, mercado de trabalho, instrumentos legais e científicos.
Fauna marinha: indicadores de impactos. Planejamento amostral,
ferramentas de análise e equipes de trabalho. Estudos de caso no
Nordeste Brasileiro.
7. "Estudo e monitoramento de carnívoros"
Ministrante: Profa. Dra. Rita de Cassia Bianchi (UNESP, Jaboticabal - SP).
Ementa: Carnívoros brasileiros, características gerais. Hábitos
alimentares: coleta e análise de fezes. Técnicas de captura e
imobilização de carnívoros. Técnicas de marcação. Técnicas de
monitoramento: (1) Armadilhamento fotográfico (2) Radiotelemetria (3) Parcelas de pegadas. Estudos populacionais e
comunidades de carnívoros.
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SIMBIO 001
IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE ECOLÓGICA DA AVIFAUNANA USINA EÓLICA DA
PEDRA DO SAL, PARNAIBA/PIAUÍ
ANTONIO GILDO SOARES DOS SANTOS1; EDSON DE LIMA BRITO1; BRUNNO
VASCONCELOS SEVERO1; RODOLFO RODRIGUES E SILVA1; FRANCISCO DAS
CHAGAS FREITAS CRUZ1; ANTONIO ALVES TAVARES1; ANDERSON GUZZI1 &
ROMILDO RIBEIRO SOARES2
¹Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
A busca por uma energia renovável levou a criação de parques eólicos, em contrapartida, algumas
espécies de aves migratórias diminuem seu ritmo de reprodução após sua instalação e operação. O
estudo foi desenvolvido através de campanhas amostrias quinzenais na área de implantação da
Usina, que apresenta atualmente um total de 20 aerogeradores. O método de lenvatamento das aves
foi o do ponto de escuta, distribuídos na base de cada um dos aerogeradores. A Usina Eólica da
Pedra do Sal está situada no litoral do Município de Parnaíba, PI (2°49`22,48” S; 41°42`49,43”W).
Foram realizadas 13 amostragens distribuídas regularmente (a cada 20 dias) de dezembro de 2011 a
agosto de 2012, considerando as aves vistas e/ou ouvidas durante o período de amostragem. Para o
registro dos contatos visuais foram utilizados binóculos (10X50), enquanto para os auditivos um
gravador digital com microfone direcional. As observações ocorreram durante as três primeiras e as
duas últimas horas do dia, num total de 65 horas de observação. Foram registradas 2931 contatos
com aves pertencentes a 47 espécies distribuídas em 23 famílias e 15 ordens. A espécie com maior
número de contatos foi à batuíra-de-coleira (Charadrius collaris), com 810 contatos. Dentre as aves
registradas, as não-Passeriformes foram as mais abundantes, com um total de 79,5% (34 espécies),
das quais a Ordem Charadriiformes foi a mais numerosa, composta principalmente por aves
limícolas migratórias. Dentre as 47 espécies de aves registradas, 36 são residentes (76.5%). Das
residentes, o maior número de contatos pertence ao urubú-de-cabeça-preta (Coragyps atratus),
quero-quero (Vanellus chilensis), coruja-buraqueira (Athene cunicularia), anu-branco (Guira
guira), caminheiro-zumbidor (Anthus lutescens) e caracará (Caracara plancus). Aratinga cactorum
foi à única espécie endêmica registrada (um bando de 40 indivíduos), sendo vista uma única vez
dentro da área amostral. Por se tratar de um estudo com menos de um ano de amostragem, as
espécies registradas ainda não refletem a biodiversidade que se espera encontrar na região, e à
medida que o esforço amostral aumente, é possível que mais espécies de aves sejam registradas.
Palavras-Chave: Aves, levantamento, usina eólica
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SIMBIO 002
LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA AVIFAUNA NO MUNICÍPIO DE N. Sa DE
NAZARÉ, PIAUÍ
ANTONIO GILDO SOARES DOS SANTOS 1;RAFAEL REINALDO CALAÇA DA SILVA1;
JOSÉ AUGUSTO ARAGÃO SILVA1; ILUISE MARIA DE MIRANDA MONTEIRO1; LIDIANE
MORAES DA SILVA1; ANTONIO ALVES TAVARES1; ANDERSON GUZZI1 & ROMILDO
RIBEIRO SOARES2
¹Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
O município de Nossa Senhora de Nazaré esta situado na região meio norte piauiense, na latitude
04º37'50"S e longitude 42º10'22" W, em área de tensão ecológica, com vegetação de transição ou
ecotonal, sofrendo influência dos biomas Amazônia, Cerrado e Caatinga. O objetivo desse trabalho
foi levantar as espécies de aves residentes e visitantes do Município, comparando com outras áreas
consideradas ecotonais no Piauí. Por ainda ser um estudo em andamento, estão sendo amostradas
seis áreas, as quais representam a maior parte da heterogeneidade ambiental da região centro-norte
do Estado. O levantamento teve inicio em abril de 2012 e o mesmo terá duração de um ano. Como
procedimentos metodológicos estão sendo utilizados os métodos do ponto de escuta, distribuídos de
forma a abranger o maior número de ambientes possíveis, e as aves são registradas através de
contato visual, auditivo e as vocalizações estão sendo gravadas com auxílio de um microfone
direcional multiamplificado. Através da combinação desses métodos foi registrado até o momento
192 espécies de aves, distribuídas em 52 famílias. As famílias que apresentaram maior número de
espécies foram: Columbidae (11), Ardeidae (8), Accipitridae (8), Picidae (8) e Cuculidae (6), entre
os não-Passeriformes; Tyrannidae (25), Thraupidae (14), Icteridae (10), Furnariidae (9) e
Emberizidae (7) entre os Passeriformes. A categoria trófica predominante até o momento foi de
insetívoros e onívoros, nessa ordem. Foram registradas espécies consideradas endêmicas da
caatinga, como: Picumnus pygmaeus, Paroaria dominicana, Megaxenops parnaguae,
Pseudoseisura cristata e Icterus jamacaii. Das espécies endêmicas do cerrado, uma foi registrada:
Saltator atricollis. Alguns táxons com distribuição predominantemente amazônico também foram
obsevados na região: Pteroglossus aracari e Monasa nigrifrons. Duas espécies incluídas na Lista
Brasileira da Fauna Ameaçada de Extinção foram registradas (Penelope jacucaca e Procnias
averano). Esses dados, mesmo que preliminares, fornecem importantes informações sobre a até
então desconhecida avifauna desta região meio norte Piauiense.
Palavras-Chave: Avifauna, levantamento, ecótono, cerrado/caatinga
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SIMBIO 003
ESTRATEGIA METODOLOGICA PARA SE ENSINAR O CONTEÚDO DE CADEIA
ALIMENTAR EM TURMAS DE 6º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL: UM ESTUDO
DE CASO
LUÍS FERNANDO SANTOS & CLEOMARA RODRIGUES DO NASCIMENTO
Universidade Federal do Piauí. E-mail: [email protected] 1; [email protected] 1
O presente trabalho foi realizado no ano de 2011 com alunos (total de 24) do 6º ano do ensino
fundamental de uma escola pública da cidade de Teresina, Piauí. Á atividade foi realizada através
do Programa de Bolsa de Iniciação a Docência / PIBID-UFPI e teve por objetivo fazer com que os
estudantes entendessem e compreendessem como se dá o processo da cadeia alimentar entre os
elementos faunísticos e floristicos. Para realização da mesma, utilizou-se pápeis crepom de três
cores diversificadas e a quadra de esportes da escola, onde identificou-se os alunos que
representaram os produtores, consumidores primários e consumidores secundários. Sendo assim, os
produtores foram identificados com o papel verde, os consumidores primários com o papel marrom,
e os consumidores secundários com o papel amarelo sendo chamados de capins, zebras e leões
respectivamente. Nas linhas laterais da quadra ficaram os leões e nas linhas do fundo ficaram as
zebras. No círculo central da quadra ficaram os capins. Ao sinal do professor as zebras e os leões
tiveram que se alimentar. A zebra se alimentava dos capins e os leões das zebras. Para simbolizar
que estavam alimentados, eles pegaram os papéis crepons de suas presas. Os capins evidentemente
não precisaram se deslocar, permanecendo no centro do círculo. Caso tivessem o papel pego teriam
que sair do círculo. Os leões não poderiam se alimentar das zebras caso elas estivessem na linha de
fundo. As zebras que fossem pegas deixariam momentaneamente a brincadeira. No final do
primeiro período as zebras e os leões que não tivessem se alimentado perderiam a brincadeira. Seria
considerado vitorioso aquele que mais vezes se alimentasse. Aqueles que perderam
automaticamente seriam os capins no segundo período. Os demais seriam sorteados para serem
zebras ou leões. No final do segundo período os alunos foram reunidos para analisar o
entendimento da atividade. Em suma a mesma é de grande relevância, pois colocam em prática os
ensinamentos vistos no livro didático escolar como também é uma forma extrovertida de ensinar o
conteúdo sobre cadeia alimentar obtendo assim, resultados positivos na realização da atividade
proposta.
Palavras-Chave: Cadeia Alimentar, Atividade, Teresina, Alunos, Professor.
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SIMBIO 004
LEVANTAMENTO MIRMECOLÓGICO EM ÁREA DE PASTAGEM NO MUNICÍPIO DE
SÃO PEDRO DO PIAUÍ-PI, BRASIL
DEISILENE DA SILVA FARIAS¹; LÚCIA DA SILVA FONTES²; LÍZIO LAGUNA LOPES³;
CRISTIANO CALDAS PERREIRA¹; STEPHANYA GISELLE FERNANDES COSTA¹
¹Aluno de graduação Licen. em Ciências Biológicas- UFPI, ²Professora orientadora, Departamento
de
Biologia-UFPI,
¹Mestrando
em
Entomologia
AgrícolaUFPI.
e-mail:
¹[email protected]
As formigas pertencem ao filo Arthropoda, classe Insecta, ordem Hymenoptera e se agrupam à
família Formicidae. São insetos sociais, além disso são as mais numerosas do filo e representam
cerca de 70% das espécies animais e de boa parte da biomassa dos ecossistemas terrestres
(GALLO, 2002). Por apresentar uma ampla distribuição nos mais variados ambientes, as formigas
podem ser utilizadas como um bom instrumento na avaliação de impactos ambientais. Neste
trabalho foi feito um levantamento da mirmecofauna de uma área de pastagem na cidade de São
Pedro do Piauí. O objetivo deste trabalho foi avaliar a diversidade, abundância e riqueza de
formicídeos em área de pastagem, no município de São Pedro do Piauí, Brasil. O trabalho foi
realizado no período de Julho de 2011 a Julho de 2012. Consistiu em duas etapas, na primeira,
foram as coletas, realizadas quinzenalmente na área de estudo. Para a captura dos espécimes foram
usadas iscas atrativa de sardinhas colocadas em recipientes descartáveis de 200ml, estes
distribuídos em três transectos de 100m cada, divididos em cinco pontos de depósito das iscas
distanciados 20m um do outro. O tempo de espera depois de colocada as armadilhas foi de uma
hora, sempre no período da manhã. A segunda etapa foi identificação, em nível de gênero, feita no
Laboratório de Entomologia do Departamento de Biologia da UFPI, com auxílio de microscópio
estereoscópico e da chave dicotômica para identificação de formigas. Foram coletados 1181
espécimes, distribuídos em 5 subfamílias e 6 gêneros, o gênero que apresentou maior abundância
foi Camponotus sp com 38,45% seguido por Tapinoma sp com 37,67% seguido por Pheidole sp
com 18,72% e Ponerinae do gênero Hypoponera sp com 4,15% do total coletado, outros gêneros
foram registrados em menor frequência. Os gêneros de menor abundância foram Pseudomyrmex
sp. e Atta sp com menos de 1% de cada um do total. O número de espécimes coletados evidencia a
abundância de formigas em área de pastagem, durante todo o período de realização do trabalho.
Palavras-Chave: Cadeia Alimentar, Atividade, Teresina, Alunos, Professor.
19
SIMBIO 005
ASPECTOS DA ALIMENTAÇÃO E ESTÁGIOS GONADAIS DE TRIPORTHEUS
SIGNATUS (GARMAN, 1890) NA BARRAGEM DE BOCAINA, PIAUÍ, BRASIL.
DANIEL HOLANDA SILVA1, FRANCIMÁRIO DA SILVA FEITOSA1, MARIA EYDIENE
ALMONDES DE BRITO1
1
Universidade Estadual do Piauí, Campus Professor Barros Araújo, Picos-PI. E-mail:
[email protected]
O presente estudo trata de alguns aspectos da alimentação e dos estágios de maturação das gônadas
de sardinha, Triportheus signatus (Garman, 1890), coletados entre fevereiro e julho de 2012 na
Barragem de Bocaina, Piauí, Brasil. Essa barragem foi construída em meados da década de 1980
visando incrementar a agricultura da região através da irrigação e atualmente é utilizada para a
produção, em tanques-rede, de tilápia (Oreochromis niloticus, Linnaeus, 1758) e tambaqui
(Colossoma macropomum, Cuvier, 1818). Foram analisados 52 exemplares de sardinha, coletados
em dois sítios: na associação de piscicultores (com influencia dos tanques-rede) e num braço
adjacente (sem influencia dos tanques-rede). A média de tamanho foi de 112,5 mm de comprimento
padrão e houve predominância de fêmeas, sexualmente maduras de tamanho maior em relação aos
machos. Poucos exemplares estavam com o estômago totalmente repleto de alimento e atribui-se
isso ao fato de que a maioria deles estava com as gônadas maduras e em pleno processo de desova.
Os principais itens encontrados foram “ração” e “músculo”, embora outros como escamas,
materiais vegetais, insetos e detritos também foram observados, principalmente no sítio com pouca
influência dos tanques-rede. A espécie é considerada onívora com tendência à carnivoria, visto que
a grande maioria dos itens verificados é de origem animal.
Palavras-Chave: sardinha, caatinga, peixes, dieta, reprodução.
20
SIMBIO 006
ICTIOFAUNA DA BARRAGEM DE BOCAINA, PIAUÍ, BRASIL.
FRANCIMÁRIO DA SILVA FEITOSA1, ERNANE DE MOURA SANTOS1, DANIEL
HOLANDA SILVA1, MARIA EYDIENE ALMONDES DE BRITO1
1
Universidade Estadual do Piauí, Campus Professor Barros Araújo, Picos-PI. E-mail:
[email protected]
Esse trabalho teve como objetivo o de verificar a composição da fauna de peixes que ocorre na
barragem de Bocaina, Piauí. O reservatório localiza-se a cerca de 360 km ao sul de Teresina-PI e foi
construído no inicio da década de 1980 visando incrementar a agricultura da região através da
irrigação. Atualmente o lago é utilizado para a produção, em tanques-rede, de tilápia (Oreochromis
niloticus, Linnaeus, 1758) e tambaqui (Colossoma macropomum, Cuvier, 1818). Foram realizadas
seis coletas, de fevereiro a julho de 2012, utilizando anzol, tarrafa e rede de espera. Os exemplares
eram fixados ainda em campo, com formol (10%) e levados ao Laboratório de Biologia da UESPI
Campus de Picos, onde eram lavados em água corrente e conservados em álcool (70%). Foram
coletados 389 espécimes, distribuídos em 4 ordens, 17 gêneros e 18 espécies. A ordem mais
representativa foi Characiformes, com 10 espécies, seguida de Perciformes, Siluriformes e
Gymnotiformes, com 4, 3 e 1 espécies, respectivamente. A espécie mais abundante foi Triportheus
signatus (Garman, 1890) com 87 exemplares coletados, seguida de Geophagus parnaibae Staeck &
Schindler, 2006 com 77, Moenckausia cf. intermedius com 59 e Leporinus piau Fowler, 1941 com
47. Colossoma macropomum teve a menor abundância, com somente 1 indivíduo coletado. Quanto
à composição de espécies, a fauna de peixes da barragem de Bocaina é relativamente rica quando
comparada com outras áreas do bioma Caatinga, mesmo não sendo coletadas diversas espécies da
ordem Siluriformes que sabidamente ocorrem na área. Provavelmente isso se deve às alterações
ambientais provocadas após a construção do lago ou ainda pelos métodos de coleta empregados.
Palavras-Chave: biodiversidade, peixes da Caatinga, riqueza de espécies.
21
SIMBIO 007
ABORDAGEM DO CONTEÚDO AVES NOS LIVROS DIDÁTICOS DE CIÊNCIAS
NATURAIS
FRANCISCA CARLA SILVA DE OLIVEIRA, JORLANNIA DA SILVA FIGUEREDO,
LINDEMBERG LIMA SANTOS, NAYARA ANDRADE DA SILVA, JESSICA MARIA LOPES
C. LIMA, DIEGO NAVA MOURA & EVANDO FILISMINO FERREIRA DE BRITO
1
Universidade Federal do Piauí/ Campus Amilcar Ferreira Sobral
E-mail: [email protected]
Os livros didáticos (LD) são amplamente utilizados na educação formal, constituindo, na maioria
das vezes, o único recurso disponível e/ou utilizado por profissionais docentes. Dada a sua
relevância para o ensino e a existência do Plano Nacional do Livro Didático (PNLD) para escolha
de LD nas escolas públicas, examinou-se o conteúdo aves em quatro exemplares do sétimo ano do
Ensino Fundamental, da disciplina Ciências Naturais, adotados por escolas da rede pública
estadual. São eles: Natureza e Vida, Demétrio Gowdak e Eduardo Martins; Os Seres Vivos, Carlos
Barros e Wilson Roberto Paulino; Perspectivas de Ciências, Ana Maria Pereira, Margarida Santana
e Mônica Waldhelm; Link da Ciência, Silvia Bortolozzo e Suzana Maluhy. As questões norteadoras
da analise foram conteúdo textual, atividades propostas, recursos visuais e sugestões
complementares, conforme sugerido por Vasconcelos (2003). Os dados obtidos foram discutidos e
comparados. Verificou-se que no LD ‘Natureza e Vida’ as atividades recomendadas estimulam o
raciocínio lógico, enfoca aspectos ecológicos e econômicos, as ilustrações são atrativas e a
inserção ao longo do texto são satisfatórias, embora não haja sugestões complementares para
ampliação da temática e nas ilustrações a escala ou referencia ao uso de cores fantasias estão
ausentes. No LD ‘Os Seres Vivos’ destaca-se a qualidade textual e das imagens, apesar das
atividades propostas serem remissivas ao texto, não estimulando o pensamento crítico. As propostas
complementares são inexistentes, enfatizado apenas os aspectos econômicos. No LD ‘Perspectivas
de Ciências’ as atividades recomendadas são contextualizadas, o texto é apresentado com clareza,
há sugestões que possibilitam expandir o estudo do tema.No entanto, as imagens são pouco
atrativas, não havendo correspondência com a legenda. No LD ‘Link da Ciência’ não há
contextualização do assunto e nem clareza na abordagem, as atividades estão inseridas ao longo do
texto, comprometendo a compreensão. As ilustrações não trazem referencia ao tamanho real das
espécies e não tem sugestões adicionais. Em todas as obras avaliadas notou-se ausência de nomes
científicos para referenciar-se às aves e uma abordagem ecológica pouco satisfatória ou inexistente.
Pretende-se, com este trabalho, contribuir para ampliação do debate acerca da necessidade de
aperfeiçoamento dos critérios para seleção/adoção de LD nas escolas.
Palavras-Chave: Ciências, livro didático, aves, educação, ensino fundamental.
22
SIMBIO 008
TAXIDERMIA, A ARTE DE ETERNIZAR
FRANCIELLY CARVALHO MENESES DE ALMEIDA, LUCAS AUGUSTO LIMA SILVA,
MAYRON GUSTAVO DE SOUSA LOPES, RUAN PEDRO GONÇALVES MORAES &
TAINARA LIMA DE SOUSA
Universidade Federal do Piauí-UFPI, Discente do Centro de Ciências da Natureza do Campus
Ministro
Petrônio
Portela.
E-mail’s:
*[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected]
A taxidermia é uma técnica de empalhamento de animais utilizada desde a antiguidade pelos
egípcios, seus registros mais antigos datam de 2500 a.c. Unindo a biologia, a química, a ecologia e
artes plásticas essa prática é aplicada somente a animais vertebrados, visando a recuperação de um
material descartado em benefício da natureza. Nesse sentido, o trabalho objetivou tornar esta arte de
empalhamento mais conhecida e mostrar para a população o quanto é importante, principalmente
nas atividades práticas de Ciências e Biologia. Por meio de atividade de campo (visitas e
entrevistas) e pesquisas bibliográficas, constatou-se que a taxidermia é pouco conhecida e que é
fundamental no sentido de fornecer subsídios acerca do material conservado para educadores,
estudantes, pesquisadores e a população em geral. Diante desses pressupostos é fundamental a
reflexão de que os animais taxidermizados favorecem o aprendizado dos educandos, dando-lhes por
intermédio da experimentação direta, laços da natureza com o homem.
Palavras-Chave: Taxidermia, Técnica, Educação, Natureza, Homem
23
SIMBIO 009
INFLUÊNCIAS DA BIOTECNOLOGIA NA BIODIVERSIDADE
ISADORA BORGES FIGUEREDO¹ & SACHA AGUIAR VENTURA²
1
Universidade Federal do Piauí – UFPI – Campus Ministro Petrônio Portela. E-mail:
[email protected]
²Universidade Federal do Piauí – UFPI – Campus Ministro Petrônio Portela. E-mail:
[email protected]
A biodiversidade é a base das atividades agrícolas, pecuárias, pesqueiras e florestais, e
também, a base para a biotecnologia e tem papel fundamental no equilíbrio e estabilidade dos
ecossistemas. A biotecnologia depende da variedade genética para melhorar as variedades agrícolas
e para produzir variados produtos farmacêuticos. Esta traz enormes vantagens, mas há também o
lado negativo. Segundo a ONU, biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os
processos biológicos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade. São inúmeras
as utilidades da biotecnologia para o ser humano. Muito do que comemos ou usamos como
medicamentos são obras da biotecnologia. Microorganismos são desenvolvidos para tratamento de
águas contaminadas. A cultura de OGM (organismos geneticamente modificados) aumenta o
rendimento, ou seja, aumenta a produção. Com os alimentos transgênicos, pode-se enriquecer os
alimentos com componentes essenciais que talvez a planta não produza ou produz em pouca
quantidade. Plantas geneticamente modificadas podem se tornar resistentes a pragas, a certas
temperaturas, ter seu desenvolvimento encurtado, diminuindo o uso de agrotóxicos. Apesar de
todas as vantagens oferecidas, a biotecnologia também possui desvantagens. Ela é um dos fatores
que pode causar a perda da biodiversidade. A diversidade genética cultivada está desaparecendo por
conta do abandono das variedades tradicionais em favor das culturas modificadas geneticamente. O
manuseio genético não é totalmente controlado, o que pode causar resultados inesperados, já que
outros genes podem ser afetados. Quanto menor a variedade genética, mais frágil é um ecossistema.
Pestes, doenças e ervas daninhas invadem mais as áreas em que plantam o mesmo tipo de cultivo.
Insetos expostos a culturas GM podem desenvolver genes de resistência. Além disso, há riscos de
bactérias e vírus modificados escaparem da alta segurança dos laboratórios e contaminarem a
população humana e animal. Um dos grandes temas debatidos atualmente é a conservação da
biodiversidade, desenvolvendo métodos de sustentabilidade que não agridam tanto o meio
ambiente. A biotecnologia contribui bastante para isso. Sabe-se que grandes são as vantagens da
biotecnologia e que atualmente ela está fortemente presente em nosso dia-a-dia. Mas devemos pesar
os prós e os contras e ver qual vale mais à pena.
Palavras-Chave: Biodiversidade, Biotecnologia, Vantagens, Desvantagens, Conservação.
24
SIMBIO 010
INFLUÊNCIAS DA ADOÇÃO ILEGAL DE ANIMAIS EXÓTICOS
FRANCIELLY CARVALHO MENESES DE ALMEIDA, LUCAS AUGUSTO LIMA SILVA,
NEYLA CRISTIANE RODRIGUES DE OLIVEIRA, RENATO DA SILVA SALES FILHO,
TAINARA LIMA DE SOUSA & WESLLEY CAMPELO DE SOUSA
Universidade Federal do Piauí-UFPI, Discente do Centro de Ciências da Natureza do Campus
Ministro
Petrônio
Portela.
E-mail’s:
[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected];
[email protected]; [email protected]
O tráfico de aves, mamíferos e répteis afeta a reprodução de várias espécies nativas e nutre uma
rede de negócios sujos que movimenta milhões de reais por ano. O interesse por animais exóticos
vem crescendo demasiadamente, nos Estados Unidos a adoção de répteis como PETs chega a 40%
(o equivalente ao total de 1.084.000 animais de estimação). É importante salientar os prejuízos para
a Saúde Pública, representados pela comercialização irresponsável destes répteis. Com base nesses
dados nosso trabalho tem como objetivo abordar o tráfico de animais; a adoção de répteis como
PETs e as possíveis consequências do cativeiro doméstico. Por meio de pesquisas bibliográficas,
constatou-se que o contrabando torna-se uma grande ameaça as espécies, favorecendo a adoção
ilegal de répteis; constituindo assim, risco a saúde de ambos (proprietários e animais). Diante destes
pressupostos é fundamental a reflexão, a conscientização e a intervenção rigorosa do governo; bem
como, as necessárias práticas de educação ambiental.
Palavras-Chave: Tráfico, Adoção, Répteis, Consequências, Conscientização
25
SIMBIO 011
ASPECTOS POPULACIONAIS E REPRODUTIVOS DE ATHENE CUNICULARIA NO
AEROPORTO DE PARNAÍBA, PIAUÍ
NÍVEA MARIA BARRETO DOS SANTOS1; DEIMES DO NASCIMENTO GOMES1; MÁRIO
JOSÉ PATRICIO DE ARAUJO1; AIRTON JANES DA SILVA SIQUEIRA1; ANTONIA MARIA
NASCIMENTO DA SILVA1; ANTONIO ALVES TAVARES1; ANDERSON GUZZI1 &
ROMILDO RIBEIRO SOARES2
¹Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
O gênero Athene possui quatro espécies de corujas, que se alimentam de insetos e outros
invertebrados. São amplamente distribuídas, e fazem seus ninhos em buracos no chão com galerias
no subsolo. O presente trabalho teve por objetivo conhecer os aspectos populacionais,
comportamentais e o uso do habitat por individuos de A. cunicularia. O Estudo foi conduzido no
Aeroporto internacional Prefeito Dr. João Silva Filho ( 2° 53' 37.51" S 41° 43' 49.93" W), situado
próximo a BR-343, no municipio de Parnaíba, litoral do estado do Piauí (entre Outubro a Janeiro de
2012). O esforço amostral para realizar o censo e observar o comportamento foi subdividido em
três períodos manhã (entre 6:00 e 8:00 h), tarde (entre 15:00 e 17 h) e noite (entre 17:20 e 19:20 h),
para isto foram aplicados dois métodos, transectos em movimento e pontos parados ou pontos fixos.
Foram utilizados os métodos ad libtum e scan instantâneo. Foram registrados 43 ninhos os quais se
concentraram ao redor da pista de pouso e decolagem. A perda da vegetação e dos ambientes
naturais ocupados pela ação antropica, acarretam a concentração destes individuos em uma unica
área, o que explicaria a presença desta colonia no aeroporto no qual os ninhos apresentam uma
distância relativamente pequena entre eles. Obteve-se 19651 registros em 105 sessões de varredura
e 840 sessões focais, totalizando 210 horas de registro e 221 horas de esforço de campo onde foram
evidenciadas, identificadas e descritas 32 condutas agrupadas em 8 categorias: manutenção,
locomoção, alimentação, sonora, social não-agonistica, social agonistica, alerta e oculta. As
concentrações de indivíduos respondem seriamente a estímulos ambientais que permeiam sua
presença nestes sítios aeroportuários. O que poderia ser prontamente manejado para evitar a
presença destes indivíduos nestes sítios aeroportuários. Também foi possível observar a distribuição
espacial da espécie e consequentemente verificar em quais áreas os ninhos estão inseridos. A
presença de A. cunicularia no Aeroporto deve-se a proteção que a área oferece e ao habitat
herbáceo e o solo arenoso e as alterações humanas que geraram subsidio para a instalação destes
ninhos.
Palavras-Chave: Athene cunicularia, aeroporto, população, reprodução, comportamento
26
SIMBIO 012
O ESTUDO DAS AVES COMO INSTRUMENTO DE EDUCAÇÃO E CONSERVAÇÃO
AMBIENTAL EM CINCO ESCOLAS DE PARNAÍBA-PI
NÍVEA MARIA BARRETO DOS SANTOS1; ANA ILIS CASTRO DE ARAGÃO1; ANA
CARLA MIRANDA DE ARAUJO1; ANA CARLA DA SILVA MOURA1; MURYLLO DOS
SANTOS NASCIMENTO1; IVY YOLANDA DE SOUSA NERY1; ANDERSON GUZZI1 &
ROMILDO RIBEIRO SOARES2
1
Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
Mesmo diante de todo o desenvolvimento tecnológico que vem sendo experimentado pelo país nos
últimos anos, o modelo tradicional de ensino ainda é largamente utilizado por grande parte dos
educadores brasileiros, tanto no ensino fundamental quanto no médio. A inserção de temas
ambientais no cotidiano dos estudantes pode propiciar uma nova consciência nas relações entre o
ser humano, a sociedade e a natureza. É indiscutível a necessidade de conservação e defesa do
meio ambiente, por isso é importante que se trabalhe a educação ambiental dentro e fora da escola,
incluindo projetos que envolvam os alunos. O tema aves foi escolhido por sua fácil aplicação e
aceitação por parte de todos os públicos, e por ser um importante instrumento didático. Este
trabalho teve como objetivo aplicar o estudo das aves como instrumento de educação de
conservação ambiental, estimulando os alunos a compreender a importância da conservação para a
manutenção da biodiversidade. O presente trabalho foi realizado em cinco colégios do ensino
fundamental no município da cidade de Parnaíba com duração de 04 meses. As atividades foram
desenvolvidas nas aulas do ensino de Ciências através da aplicação um questionário para avaliar o
nível de conhecimento dos alunos sobre as aves. Num segundo momento foram realizadas palestras
expositivas e dialogadas explanando os aspectos básicos das aves da região procurando envolvê-los
de maneira no ambiente que os cerca. Através dessa atividade foi possível mostrar a importância
das aves e do meio em que vivem, mostrando a relação do homem com a natureza, valorizando o
espaço escolar, despertando o interesse do aluno para o ambiente próximo a ele. Foi perceptível um
aumento do interesse dos professores de Ciências em relação ao assunto aves, considerando as
aulas práticas importantes para o ensino- aprendizagem, e através da aplicação do questionário em
dois momentos distintos, antes e depois da palestra, foi possível notar o impacto da atividade
desenvolvida.
Palavras-Chave: Aves, conservação, educação ambiental, ensino de ciências
27
SIMBIO 013
IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO DE REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS EM AULAS
DE BIOLOGIA ANIMAL: A PERCEPÇÃO DE ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS DA
NATUREZA DA UFPI
RÔMULO JOSÉ FONTENELE OLIVEIRA1; KARLA COSTA BEZERRA2; ELISSANDRA
MARTINS PIRES3; FERDINAN DA SILVA E SOUSA4; HERMANO RIBEIRO DE
CARVALHO5; JULIANA MACHADO FERREIRA6; LUCAS A DO NASCIMENTO7; SAUL
MIRANDA BRITO8
1
Universidade Federal do Piauí, Teresina, Chefia de Curso Ciências da Natureza. E-mail:
[email protected]
2
Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente, Prodema/Tropen/UFPI. E-mail:
[email protected]
3
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
4
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
5
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
6
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
7
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
8
Graduação em Licenciatura Plena em Ciências da Natureza, Universidade Federal do Piauí,
Teresina. E-mail: [email protected]
Representações imagéticas são usadas como recursos didáticos no ensino de Ciências e Biologia.
Com as inovações na área da Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente (CTSA), cresceu a
necessidade de analisar sua importância para a aprendizagem. O presente estudo é uma pesquisa
qualitativo-quantitativa que tem por objetivo avaliar a importância da utilização de imagens como
recurso didático em aulas com conteúdos de Zoologia por alunos da disciplina Biologia Animal do
Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza da UFPI. Quantificamos as imagens em 8
conteúdos de invertebrados do professor e em 7 conteúdos de cordados dos alunos presentes nos
roteiros avaliativos, avaliações e slides das aulas e seminários e aplicamos 2 questionários aos 6
alunos e professor. Foram utilizadas no total 1052 representações imagéticas, 582 do professor e
470 dos alunos, sendo: 338 desenhos, 106 esquemas, 558 fotografias, 20 tabelas, 10 gráficos, 11
animações e 9 filmes. Em todos os 15 conteúdos foram utilizados pelo professor e alunos
desenhos, esquemas e fotografias. Em 4 conteúdos (Platelmintos, nematelmintos, artrópodes e
equinodermos) foram utilizadas tabelas e gráficos pelo professor e em 4 (anfíbios, répteis, aves e
mamíferos) pelos alunos. Em todos os 8 conteúdos de invertebrados foram usados animações e
filmes pelo professor e em 2 de cordados (Aves e Mamíferos) pelos alunos. Desenhos e esquemas
foram utilizados em todos os 6 roteiros avaliativos e nas 2 avaliações escritas do professor sobre
invertebrados e em 4 roteiros dos alunos sobre cordados. O professor e seus alunos avaliaram a
utilização de representações imagéticas como adequadas aos conteúdos de Biologia Animal em
28
aulas de Ciências e Biologia na tanto na graduação como nas escolas, pois contribuiu
significativamente para melhorar seus conhecimentos, motivar a gostar mais de Ciências e
Biologia, ter mais atenção e motivação na aprendizagem e fixar conteúdos sobre sistemas e
processos dos animais. Ressaltaram que a utilização deve ser planejada, pois sua execução não pode
servir apenas como “quebra galhos”, mas como contextualização dos conteúdos teóricos.
Evidenciamos que nos cursos de Ciências da Natureza a utilização didática de representações
imagéticas na abordagem de conteúdos precisa ser incentivada na formação dos futuros professores.
Palavras-Chave: Ensino de Ciências. Representações Imagéticas. Biologia Animal. Conteúdos
Zoológicos. CTSA.
29
SIMBIO 014
RÉPTEIS DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO INHAMUN, CAXIAS,
MARANHÃO: PRIMEIROS REGISTROS
RÔMULO JOSÉ FONTENELE OLIVEIRA1; KARLA COSTA BEZERRA2; ELMARY DA
COSTA FRAGA3,4; MARIA CLAUDENE BARROS3,5
1
Universidade
Federal
do
Piauí,
Teresina,
Ciências
da
Natureza.
E-mail:
2
[email protected];
Mestrado
em
Desenvolvimento
e
Meio
Ambiente,
Prodema/Tropen/UFPI. E-mail: [email protected]; 3Centro de Estudos Superiores de
Caxias, Depto de Química e Biologia Laboratório de Genética e Biologia Molecular (Genbimol);
4
E-mail: [email protected]; 5E-mail: [email protected]
Os cerrados brasileiros abrigam alta diversidade de répteis e um considerável número de espécies a
ser descobertas frente à acelerada transformação das paisagens naturais. No Maranhão estudos
sobre a fauna de répteis ainda são escassos apesar de necessários e urgentes para melhor
compreensão dos processos que levaram à sua origem e distribuição e para subsidiar ações de
conservação. A APA do Inhamum (04°53’01’’S e 43°24’09” W), Patrimônio Municipal de Caxias
(Lei 1.46/2001 de 04/07/2001), possui área de aproximadamente 4.500 ha. Localiza-se à margem
esquerda da BR 316 (sentido São Luís) a 4 km do perímetro urbano, na zona fisiográfica do
Itapecurú, mesorregião do Leste Maranhense. O clima é do tipo sub - úmido seco com temperatura
anual em torno de 27º C, umidade relativa do ar entre 70 e 73% e precipitação pluviométrica entre
1600 a 2000 mm, com estação chuvosa de dezembro a maio e seca de junho a novembro. Apresenta
como configuração fisionômica o cerrado com matas de galeria ao longo de 12 nascentes que
abastecem o riacho do Inhamum, com presença de buritizais, árvores de grande porte e cerrado
sobre solo arenoso nas áreas menos úmidas com presença de gramíneas e árvores de pequeno porte.
Este trabalho teve como objetivo listar as espécies da fauna de répteis de ocorrência na área e
contribuir para o conhecimento da herpetofauna do cerrado maranhense. Os exemplares foram
coletados em Armadilhas de Queda interligadas por cercas-guias em forma de “Y”. Foram
identificadas 17 espécies pertencentes a 12 famílias: Gekkonidae: Hemidactylus mabouia (Moreau
de Jonnès, 1818); Gymnophtalmidae: Colobosaura modesta (Reinhardt & Luetken, 1862);
Micrablepharus maximiliani (Reinhardt & Luetken, 1862); Iguanidae: Iguana iguana (Linnaeus,
1758); Dactyloidae: Norops brasiliensis (Vanzolini & Williams, 1970); Polychrotidae: Polychrus
acutirostris (Spix, 1825); Sphaerodactylidae: Gonatodes humeralis (Guichenot, 1855); Teiidae:
Ameiva ameiva (Linnaeus, 1758); Cnemidophorus cf. ocellifer (Spix, 1825); Kentropyx calcarata
(Spix, 1825); Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839); Tropiduridae: Tropidurus hispidus
(Spix, 1825); Amphisbaenidae: Amphisbaena cf. ridley (Boulenger, 1890); Typhlopidae: Typhlops
brongesmianus (Vanzolini, 1976); Colubridae: Leptophis ahaetulla (Linnaeus, 1758); Tantilla
melanocephala (Linnaeus, 1758); Boidae: Eunectes murinus (Linnaeus, 1758).
Palavras-Chave: Inventário, Squamata, cerrados maranhenses, fitofisionomias, armadilhas de
queda
30
SIMBIO 015
OSTEOLOGIA CRANIANA COMPARADA DE HERPETOTHERES CACHINNANS
CACHINNANS (AVES, FALCONIDAE)
STELLA YASMIN PEREIRA LIMA1; LIDYANE COSTA FEITOSA1; MÔNICA
NASCIMENTO GALVÃO1; VERONICA CARDOZO PEREIRA1; ANDERSON GUZZI1;
ROMILDO RIBEIRO SOARES2 ; GUILHERME JOSÉ BOLZANI DE CAMPOS FERREIRA3 &
REGINALDO JOSÉ DONATELLI4
1
Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]. 2Departamento de Biologia,
Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049-550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail:
[email protected]. 3Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do
Piauí. Br 135, Km 03, 64900-000 Bom Jesus, Piauí, Brasil. E mail:[email protected].
4
Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista.
Caixa Postal 473, 17001-970 Bauru, São Paulo, Brasil E-mail: [email protected]
O gênero Herpetotheres compreende uma única espécie Herpetotheres cachinnans e pertence à
família Falconidae. A espécie é endêmica da Região Neotropical ocorrendo desde o sul do
México ao norte da Argentina; possui três subespécies reconhecidas, sendo Herpetotheres
cachinnans chapmani, Herpetotheres cachinnans cachinnans e Herpetotheres cachinnans
queribundus. O presente trabalho teve como objetivo descrever de forma detalhada a osteologia
craniana de Herpetotheres cachinnans cachinnans identificando caracteres osteológicos
cranianos que assegurem a monofilia desse táxon, testando a hipótese de se tratar de uma
espécie. Os caracteres destacados para o gênero Herpetotheres são: a largura interorbital
medindo cerca de 4/7 da região parietal; a razão encontrada entre o diâmetro interorbital e a
região parietal é de 1,75 vezes; o forâmen do nervo maxilomandibular é estreito; o processo
maxilar do palatino é curto e estreito; a fossa ventral palatina é curta, estreita, profunda e forma
a maior parte da lamela caudolateral palatina; a pars choanalis é estreita e mais desenvolvida
que a pars lateralis; o vômer apresenta-se como uma lâmina longa e estreita, achatada e
pontiaguda; o côndilo lateral é mais robusto que o medial; o côndilo caudal é maior que o
medial; a parte intermediária da mandíbula possui uma fenestra mandibular bem desenvolvida,
mas rasa em toda a sua extensão; o processo coronóide 1 é bem desenvolvido e conspícuo; o
processo coronóide 2 é mais desenvolvido que o 1; o tubérculo pseudotemporal da região medial
da mandíbula é inconspícuo; a fossa caudalis é bem desenvolvida, sendo rasa e larga; e há
ausência do processo retroarticular da mandíbula. Os caracteres exclusivos de H. cachinnans
cachinnans são: o processo zigomático mais largo; processo pós-orbital mais longo e delgado; o
osso lacrimal tem a parte terminal de forma bulbosa; há um processo caudal na parte caudal da
crista da fossa coanalis; o processo orbital do quadrado é mais curto e robusto; o pes pterygoidei
é mais largo e achatado; o processo medial é mais curto, robusto e termina de forma mais reta.
Embora o estudo tenha sido baseado em poucos indivíduos, a hipótese de monofilia do táxon
pôde ser comprovada.
Palavras-Chave: Aves, Herpetotheres cachinnans cachinnans, Falconidae, osteologia craniana,
anatomia
31
SIMBIO 016
OSTEOLOGIA CRANIANA COMPARADA DE HERPETOTHERES CACHINNANS
QUERIBUNDUS (AVES, FALCONIDAE)
STELLA YASMIN PEREIRA LIMA1; LIDYANE COSTA FEITOSA1; NATALIA DA SILVA
QUARESMA1; KARLA DA SILVA ARAÚJO1; ANDERSON GUZZI1; ROMILDO RIBEIRO
SOARES2; GUILHERME JOSÉ BOLZANI DE CAMPOS FERREIRA3 & REGINALDO JOSÉ
DONATELLI4
1
Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049-550 –
Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
3
Departamento de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Piauí. Br 135, Km 03, 64900-000
Bom Jesus, Piauí, Brasil. E mail:[email protected]
4
Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de Ciências, Universidade Estadual Paulista.
Caixa Postal 473, 17001-970 Bauru, São Paulo, Brasil. E-mail: [email protected]
A América do Sul é o continente das aves, com um número aproximado de 2645 espécies. O
Brasil possui 1832 espécies e mais de 2.900 subespécies. Essas subespécies foram descritas com
base em diferentes padrões sendo desde variações geográficas não delimitáveis até fenótipos
bem diferenciados e de distribuição alopátrida em relação às populações mais aparentadas. A
Família Falconidae possui cerca de 21 espécies distribuídas em 8 gêneros. Esta família se
diferencia das demais por caracteres anatômicos, pela maneira que efetuam a muda, dados
bioquímicos e comportamentais. O gênero Herpetotheres compreende três subespécies
reconhecidas, sendo estas Herpetotheres cachinnans chapmani, Herpetotheres cachinnans
cachinnans e Herpetotheres cachinnans queribundus. O presente trabalho teve como objetivo
descrever de forma detalhada a osteologia craniana de Herpetotheres cachinnans queribundus,
identificando caracteres osteológicos cranianos que assegurem a monofilia desse táxon, testando
a hipótese de se tratar de uma espécie. Os caracteres destacados para o gênero Herpetotheres
são: a largura interorbital medindo cerca de 4/7 da região parietal; a razão encontrada entre o
diâmetro interorbital e a região parietal é de 1,75 vezes; o forâmen do nervo maxilomandibular é
estreito; o vômer apresenta-se como uma lâmina longa e estreita, achatada e pontiaguda; o
côndilo lateral é mais robusto que o medial; o côndilo caudal é maior que o medial; a parte
sinfisial da mandíbula ocupa cerca de 1/5 do comprimento total da mandíbula; a parte
intermediária da mandíbula possui uma fenestra mandibular bem desenvolvida, mas rasa em
toda a sua extensão; a fossa caudalis é bem desenvolvida, sendo rasa e larga; e há ausência do
processo retroarticular da mandíbula. Os caracteres exclusivos de H. cachinnans queribundus
são: o alargamento da região parietal; o processo lateral do lacrimal posicionado mais
ventralmente; o osso lacrimal é mais estreito; o processo pterigóide do palatino é mais fino na
parte anterior e ligeiramente maior; as cristas mediais palatinas são mais largas; o processo
orbital do quadrado termina de forma mais aguda; o processo medial é maior. Embora o estudo
tenha sido baseado em poucos indivíduos, a hipótese de monofilia do táxon pôde ser
comprovada, uma revisão taxonômica faz-se necessária.
Palavras-Chave: Aves, Herpetotheres cachinnans queribundus, Falconidae, Osteologia craniana,
Anatomia
32
SIMBIO 017
OSTEOLOGIA CRANIANA COMPARADA E ASPECTOS EVOLUTIVOS DE CARACARA
CHERIWAY (JACQUIN, 1784) E CARACARA PLANCUS (MILLER, 1777) (AVES:
FALCONIDAE)
SUELY SILVA SANTOS 1;JUSSYLENY MARIA DO NASCIMENTO CASTRO1; LÍVIA
SANTOS MENEZES1; CÍZIA RAQUEL CARDOSO SOARES1; ANDERSON GUZZI1;
ROMILDO RIBEIRO SOARES2 ; GUILHERME JOSÉ BOLZANI DE CAMPOS FERREIRA3 &
REGINALDO JOSÉ DONATELLI4
1
Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]; 2 Departamento de Biologia
Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049-550 – Teresina, Piauí, Brasil.
E-mail:[email protected]; 3Departamento de Medicina Veterinária, Universidade
Federal do Piauí. Br 135, Km 03, 64900-000 Bom Jesus, Piauí, Brasil. E
mail:[email protected]; 4Departamento de Ciências Biológicas, Faculdade de
Ciências, Universidade Estadual Paulista. Caixa Postal 473, 17001-970 Bauru, São Paulo, Brasil. Email: [email protected]
O gênero Caracara pertence à família Falconidae, sendo composto pelas espécies C.
cheriway, conhecido popularmente como caracará-do-norte e C. plancus, conhecido como
caracará. O presente trabalho teve como objetivo descrever de forma detalhada e comparada a
osteologia craniana de C. cheriway e C. plancus, identificando caracteres osteológicos
cranianos que assegurem o monofilia do gênero e de suas espécies. Os caracteres comuns das
duas espécies de Caracara são: processo pós-orbital longo; presença do processo
suprameático; fossa temporal profunda; a projeção do rostroparaesfenoidal alcança 50% da
distancia do côndilo occipital ao pterigóide; osso ectetmóide desenvolvido; presença do
processo do ectetmóide; processo maxilar do palatino longo; crista lateral palatina longa;
presença de uma profunda e curta fossa ventral palatina; processo pterigóide do palatino
curto; cristas ventrais palatinas longas e proeminentes; ausência do processo dorsal do
pterigoide; processo orbital do quadrado curto; processo ótico do quadrado longo largo;
presença do processo ótico externo e interno; côndilo caudal maior que o medial; crista
temporal superior conspícua; proeminência cerebelar saliente e afilada; maxila superior tem
cerca de 4/9 do comprimento total do crânio; a parte sinfisial da mandibula ocupa cerca de
1/7 de seu comprimento total; a parte proximal do lacrimal termina de forma arredondada e
tem cerca de 1/4 da largura da parte distal. Os caracteres exclusivos C. cheriway são: a
largura interorbital é cerca de 1/2 daquela da região parietal; a região da zona flexória
craniofacial apresenta uma proeminência do osso frontal; presença do processo lacrimal do
frontal. E os caracteres exclusivos de C. plancus são: a largura interorbital é cerca de 4/7 da
largura parietal; na região da zona flexória craniofacial há uma concavidade rostral mediana;
ausência do processo lacrimal do frontal. Através da osteologia craniana foi possível levantar
caracteres que sustentam a monofilia do gênero e de suas espécies.
Palavras-Chave: Caracara cheriway, Caracara plancus, Falconidae, anatomia
33
SIMBIO 018
PRIMEIRO REGISTRO DOCUMENTADO DA OCORRÊNCIA DO FALCÃO
PEREGRINO (FALCO PEREGRINUS, FALCONIDAE), EM PARNAÍBA, PIAUÍ, BRASIL
SUELY SILVA SANTOS1; CLEITON OLIVEIRA CARDOSO1; RAFAEL ANDERSON VERAS
DE CARVALHO1; MARIA DE FÁTIMA DUTRA DE FREITAS1; ELAINE DA SILVA
ARAÚJO1; ANTONIO ALVES TAVARES1; ANDERSON GUZZI1 & ROMILDO RIBEIRO
SOARES2
¹Centro de Ciências do Mar, Universidade Federal do Piauí Av. São Sebastião, 2819, Planalto
Horizonte, 64202-020, Parnaíba, Piauí, Brasil.E-mail: [email protected]
2
Departamento de Biologia Ininga, Universidade Federal do Piauí Av. Universitária S/N 64049550 – Teresina, Piauí, Brasil. E-mail: [email protected]
No Brasil o Falco peregrinus aparece como migrante do hemisfério Norte entre os meses de
outubro e abril, utilizando locais altos para pernoite. Pode ser encontrado em praias, cerrados,
caatingas, matas secas, campos e cidades, tendo sido registrado nos Estados do Amapá, Pará,
Amazonas, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio
Grande do Sul, sendo que na região Nordeste possui registros para os Estados do Piauí, Maranhão,
Rio Grande do Norte, Sergipe, Paraíba, Alagoas e Bahia. É uma espécie cosmopolita e um predador
imponente, atingindo velocidades entre 230 e 300 km/h, capturando aves em voo. Pode se
especializar localmente a determinadas presas. Em Pernambuco em áreas urbanas comumente caça
pombos-domésticos (Columba livia), presa abundante. O morcego é considerado a segunda fonte
alimentar mais procurada e em ambientes litorâneos, as aves costeiras e aquáticas são o principal
recurso alimentar da espécie. Alguns falcões-peregrinos se especializaram na caça a outras aves
migratórias, sendo, portanto, frequentemente encontrados associados a pontos de paradas destas
aves. Um único indivíduo foi observado diariamente em uma torre no município de Parnaíba no
Piauí. Sua presença foi notada a partir do mês de novembro de 2010. Fotografamos o indivíduo por
digiscoping utilizando um binóculo 7X35 e uma câmera digital de 12.2 Mega Pixels. Ao amanhecer
podia ser visto facilmente nas partes mais externas da torre e executando voos curtos. Durante a
maior parte do dia ficava empoleirado. Observamos que limpava suas penas com bastante
frequência. Sua maior atividade era notada ao entardecer. Em certa ocasião próximo a noite ele
voou e logo voltou a torre. Observamos que havia capturado uma ave, e a segurava firmemente com
suas garras. Várias penas da ave predada eram levadas pelo vento. Minutos depois deixou cair a
carcaça da ave. Poucos dias depois tivemos acesso ao terreno em que se encontrava a torre e
encontramos algumas carcaças de aves predadas pelo falcão-peregrino. Na noite de 24 de fevereiro
de 2011 pudemos observar que dois indivíduos voavam próximo a torre vocalizando
constantemente. Esse é o primeiro registro documentado do Falco peregrinus para o Município de
Parnaíba.
Palavras-Chave: Registro documentado, Falco peregrinus, Falconidae, Delta do Parnaíba
34
SIMBIO 019
ESTUDO PRELIMINAR DO COMPORTAMENTO DE IGUANA IGUANA EM
VEGETAÇÃO URBANA DE FLORIANO - PI
ANGELICA FERREIRA DO NASCIMENTO1, KATYELLE GONÇALVES GUIMARÃES
CARVALHO LIMA1, THAIS WALTER VIEIRA1, IVISSON DA SILVAVIEIRA1, LEANDRO
JOSUEL DA COSTA SANTOS1, SILMARA CARVALHO DA SILVA1, DANIEL REIS DE
OLIVEIRA1,ROGÉRIO NORA LIMA2
1
Discentes do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS; 2 Docente do curso de Licenciatura
em Biologia UFPI - CAFS. E-mail: [email protected]
O estudo do comportamento animal é uma das etapas para a compreensão das demandas de
determinada espécie e pode orientar iniciativas de conservação da biodiversidade. Objetivando
iniciar os estudos sobre a biologia de Iguanas (Iguana iguana) ou, no nordeste, “Camaleões”
comuns em remanescentes vegetais na área urbana de Floriano – PI, foi realizado um trabalho de
observação por 12h ininterruptas de um grupo desses animais que habita o bairro Manguinha em
um terreno com cajueiros e mangueiras onde os animais costumam realizar as suas atividades. Foi
utilizado um etograma em cujas atividades foram registradas de hora em hora, de 5:30h indo até às
17:30h. O grupo estudado é composto por sete indivíduos, dos quais se destaca um casal dominante
mais ativo e que aparenta vigiar e demarcar o território com comportamentos de vibração da
cabeça. As primeiras exposições de comportamentos iniciaram por volta de 07:15h. Os aspectos
marcantes foram que pela manhã os movimentos são mais lentos; os indivíduos passam 5 a 6
minutos em cada refeição; o restante do tempo passam andando ou parados; esporadicamente
defecam/urinam em certos locais como uma demarcação de território, e algumas vezes lambem a
terra. Seu alimento se constitui de folhas das árvores ou vegetação rasteira. O período de atividades
observado está de acordo com a literatura, pois lagartos são mais ágeis após a termorregulação e
para iguanas isso ocorre a pleno sol. Por outro lado, os dados iniciais coletados divergem das
pesquisas que citam apenas 1% do seu tempo se alimentando, já que esse comportamento foi muito
comum, o que indica que estudos mais aprofundados podem revelar aspectos peculiares pouco
estudados dos Iguanas no nordeste.
Palavras-Chave: Etnozoologia, Herpetofauna, Conservação, Floriano, Piauí
35
SIMBIO 020
PERCEPÇÕES SOBRE ANIMAIS VENENOSOS E/OU PEÇONHENTOS POR ALUNOS
DE ENSINO MÉDIO DO MUNICÍPIO DE FLORIANO, PIAUÍ, BRASIL
ADREANY SILVEIRA LOPES1, NAIARA THAIS VILARINHO1, LEONARDO SOUSA
CARVALHO1 & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUZA CRUZ LIMA1,
1.Universidade
Federal
do
[email protected],
[email protected].
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
Sobral.
E-mail:
[email protected],
[email protected],
A maioria dos acidentes com animais peçonhentos, de modo geral, ocorre por descuido pessoal, o
que pode ser decorrente da falta de conhecimento da população em geral sobre esses animais. Isto,
por sua vez, pode ser consequência de deficiências em livros de ciências utilizados pelos alunos de
ensino médio. Assim, o trabalho objetiva avaliar a percepção de alunos do ensino médio (escolhas
públicas e particulares) sobre animais peçonhentos e/ou venenosos, enfocando artrópodes e
vertebrados. Verificando o grau de conhecimento e suas deficiências e quais fontes de informação
são mais utilizadas pelos alunos para adquirir mais subsídios sobre o assunto. A pesquisa ocorreu
com uma população amostral (N= 236) alunos de escolas públicas (n1 = 101) e particulares (n2 =
135) cursando o ensino médio no município de Floriano no Estado do Piauí. O método amostral
utilizado foi um questionário com 84 questões, divididas em 18 eixos de conhecimento. A analise
dos dados ocorreu através do teste Student t e Exato de Fisher. As escolas particulares obtiveram
um melhor resultado que as públicas. Durante o estudo não foi encontrado parâmetros que
fundamentassem os melhores resultados serem das escolas particulares. Muito provavelmente o
poder aquisitivo é o fator importante para maior acessibilidade a informações, como por exemplo, a
internet. Através dos dados coletados foi possível analisar os conhecimentos dos alunos de escolas
públicas e particulares do município de Floriano sobre o assunto, observou-se que apesar de alguns
equívocos nas respostas, devido a informações erronias obtidas, os conhecimentos dos alunos sobre
animais peçonhentos foram medianos, demonstrando um preparo parcial em casos de acidentes e
formas de prevenções. Quanto à morfologia referente aos animais venenosos e peçonhentos as
aranhas foram o único grupo reconhecido pelas escolas públicas e particulares, representando
conhecimento mediano. Os demais animais os resultados foram inferiores a média, destacando os
escorpiões que existem dificuldades quanto à morfologia e o nome popular onde são denominados
lacraias. Portanto, quando se busca informações sobre lacraias se obtêm informações de outro
grupo. Percebeu-se que os alunos informaram que utilizaram os mesmos meios (televisão e
internet) para obtenção dos conhecimentos aplicados devido a sua linguagem direta.
Palavras-Chave: Aracnídeos, Serpentes, Ensino médio, Ensino, Aprendizagem.
36
SIMBIO 021
AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E MODULADORA DA
RESISTÊNCIA A DROGAS DO VENENO DE GLÂNDULA PARATÓIDE DE
RHINELLA SCHNEIDER (WERNER, 1894)
IDGLAN SÁ DE LIMA1, AISLAN PEREIRA LIRA DE ABREU2, HUMBERTO MEDEIROS
BARRETO1, CLEVERSON DINIZ TEIXEIRA DE FREITAS3 & LEONARDO SOUSA
CARVALHO1
1.Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano - PI. E-mail:
[email protected]; 2. Laboratório de Microbiologia, FAESF, Floriano - PI; 3. Laboratório de
Bioquímica, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza – CE.
As doenças infecciosas apresentam-se como um sério risco às populações humanas, sendo
responsáveis por altas taxas de morbidade e mortalidade. A principal linha de combate contra
bactérias e fungos patogênicos é o uso de antibióticos, no entanto, o uso indiscriminado
destes fármacos tem favorecido a seleção de cepas resistentes à antibioticoterapia, o que tem
motivado a busca de novos compostos na biodiversidade de vários ecossistemas. Secreções
cutâneas de anfíbios tem sido demonstradas como uma fonte de peptídeos e compostos
orgânicos ativos contra bactérias e outros organismos patogênicos em humanos.
Recentemente foi mostrado que o veneno de macroglândulas paratóides de anuros do gênero
possuem ação anti-Leishmania e anti-Trypanosoma. Neste sentido, o presente trabalho
objetivou testar a atividade antibacteriana e a atividade moduladora da resistência a drogas do
veneno in natura de macroglândulas paratóides de Rhinella schneider (Werner, 1894), uma
espécie de anfíbio anuro típica do nordeste brasileiro, contra as espécies Escherichia coli,
Staphylococcus aureus, Candida albicans e Candida krusei pelo método de microdiluição. A
concentração inibitória mínima do veneno de R. schneider obtida, tanto para as espécies
bacterianas quanto para as leveduras foi ≥1024 µg/mL, indicando que o produto não
apresenta atividade antimicrobiana nas concentrações clinicamente relevantes testadas. Os
resultados dos ensaios de modulação da resistência a drogas demonstraram que o veneno de
Rhinella não apresentou atividade moduladora da resistência aos antibióticos testados contra
as cepas EC27 e SA358. Embora o produto estudado não tenha apresentado resultados
satisfatórios em relação à sua atividade antibacteriana, é importante continuar essa linha de
investigação utilizando produtos obtidos de outras espécies, bem como investigar outras
possíveis atividades biológicas do produto estudado.
Palavras-chave: Anura, veneno, atividade antimicrobiana, resistência a drogas.
37
SIMBIO 022
O GÊNERO HEMIDACTYLUS (SQUAMATA, LACERTILIA, GEKKONIDAE) NO
ESTADO DO PIAUÍ: RESULTADOS PRELIMINARES
EDUARDO DE SOUSA ARAÚJO1, LEONARDO SOUSA CARVALHO1, MARCÉLIA
BASTO DA SILVA2 & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUZA LIMA1
1. Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, BR 343, KM 3.5, Bairro
Meladão, CEP 64800-000, Floriano, PI, Brazil. E-mail: [email protected],
[email protected], [email protected]; 2. Museu Paraense Emilio Goeldi,
Departamento de Zoologia, Av. Perimetral, 1901, Bairro Terra Firme, CEP 66077-530,
Belém, PA, Brazil. E-mail: [email protected]
Os lagartos da família Gekkonidae são caracterizados por apresentarem porte pequeno (20110 mm de comprimento total), não apresentam pálpebras móveis, serem predominatemente
noturnos e de hábitos saxícolas ou arbóreos. No Brasil, a família Gekkonidae é representada
por seis espécies, sendo quatro do gênero Hemidactylus, H. agrius Vanzolini, 1978, H.
brasilianus (Amaral, 1935), H. mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) e H. palaichthus Kluge,
1969; e duas do gênero Lygodactylus Gray, 1864, L. klugei (Smith, Martin & Swain, 1977) e
L. wetzeli (Smith, Martin & Swain, 1977). São registradas para o Estado do Piauí apenas
quatro espécies: H. agrius, H. brasilianus, H. mabouia e L. klugei. Neste trabalho,
apresentamos resultados parciais do projeto “Sistemática de Gekkonidae do Estado do Piauí
com base em caracteres morfométricos, merísticos e hemipenianos”. Foram tomadas 13
medidas morfométricas de 58 geconídeos disponíveis na Coleção de História Natural da
UFPI (CHNFUPI), pertencentes a três espécies: H. agrius (n=26), H. brasilianus (n=6) e H.
mabuia (n=26). Através de análises estatísticas (Análise de Componentes Principais – ACP,
Analise de Função Discriminante Independente do Tamanho – AFD; e regressões lineares)
pode-se concluir que cinco variáveis (CT, Lcab, Hcab, DisOF e CA) são importantes na
separação das populações avaliadas. Além disto, a DFA mostrou que as amostras destas
espécies se distinguiram de maneira significativa (Wilks's Lambda= 0,591; Approx. F=
5,416; df= 108; p=0,000), com dois fatores discriminantes respondendo por 82,6% e 17,4%
da variação total. CT, Hcab e CA foram as variáveis que mais contribuíram para explicar a
variação observada, em que 63% dos espécimes foram identificados satisfatoriamente, sendo
todas os espécimes de H. brasilianus classificados corretamente através da morfometria. A
maior sobreposição pode ser observada em H. agrius, que teve 13 espécimes classificados
como H. mabuia e 2 como H. brasilianus. Nas próximas etapas do presente projeto, espera-se
realizar análises merísticas e preparações/descrições hemipenianas, além da complementação
das análises morfológicas de todos os indivíduos disponíveis e indivíduos emprestados de
outras coleções zoológicas nacionais, tanto de espécimes pertencentes ao gênero
Hemidactylus, quanto de Lygodactylus.
Palavras-chave: Lagartos, morfometria, sistemática, geconídeos
38
SIMBIO 023
HERPETOFAUNA DE TRÊS MUNICÍPIOS DA MICRORREGIÃO DE FLORIANO,
NO ESTADO DO PIAUÍ
LEONARDO SOUSA CARVALHO1, GERALDO RODRIGUES DE LIMA FILHO2,
RONILDO ALVES BENÍCO3, EDUARDO DE SOUSA ARAÚJO1, MAYRA CAROLINY
DE OLIVEIRA SANTOS1, PATRÍCIA DOS SANTOS SOUSA1, ISLAIANE COSTA
SILVA1 & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUZA LIMA1.
1. Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano - PI. E-mail:
[email protected]. 2. Museu Paraense Emílio Goeldi, Laboratório de Herpetologia,
Belém – PA. 3. Instituto Federal de Educação, Teresina – PI.
O conhecimento herpetofaunístico do Estado do Piauí tem melhorado exponencialmente nos
últimos, com a publicação de inventários, descrições e novas espécies e ampliações da
distribuição geográfica de espécies conhecidas. No entanto, grandes áreas ainda encontram-se
mal amostradas, especialmente aquelas fora das unidades de conservação de proteção integral
(ex.: Parques Nacionais). Objetivando diminuir esta lacuna, o presente trabalho objetiva
apresentar uma lista de espécies de répteis e anfíbios da Microrregião de Floriano, no Estado
do Piauí, apresentando resultados de amostragens realizadas nos municípios de Floriano,
Guadalupe e Jerumenha, nos anos de 2010 a 2012. Os resultados aqui apresentados foram
obtidos através de amostragens em campo (com armadilhas de interceptação e queda, coletas
manuais diurnas e noturnas e encontros ocasionais), informações de literatura e análise de
exemplares de répteis e anfíbios disponíveis em acervos zoológicos regionais. Todos os
espécies testemunho encontram-se depositados na Coleção de História Natural da UFPI
(CHNUFPI; curador L.S. Carvalho). Foram registradas 54 espécies de répteis e anfíbios,
sendo 23 espécies de anfíbios anuros, uma de anfisbenídeo, uma de crocodiliano, 15 de
lagartos e 13 de serpentes e uma de quelônio. Destas, apenas Tupinambis quadrilineatus
Manzani & Abe, 1997 não possui registro formal para o Estado do Piauí, tendo sua
distribuição ampliada em pelo menos em 500 km a partir do registro mais próximo, nos
Estados do Tocantins e Pará. Nenhuma das espécies registradas está incluída nas listas
brasileiras de espécies ameaçadas de extinção. Há predominância de espécies características
do domínio dos Cerrados, embora os biomas adjacentes apresentem grande influência sobre a
fauna local. Assim, pode-se dizer que a fauna de répteis e anfíbios registrados no presente
trabalho é composta por espécies típicas do domínio do Cerrado e espécies de ampla
distribuição geográfica pelo Brasil. O número de espécies registradas está abaixo, embora
próximo do esperado para esta região biogeográfica, que seria algo em torno de 26 a 31
espécies de anfíbios e 31 a 50 espécies de répteis, justificando a necessidade de continuar a
amostragem na região, pois há potencial para encontro de outras espécies não encontradas até
o presente momento.
Palavras-chave: biodiversidade, répteis, anfíbios, Cerrado
39
SIMBIO 024
PERCEPÇÕES SOBRE ANIMAIS VENENOSOS E/OU PEÇONHENTOS POR ALUNOS
DE ENSINO SUPERIOR DO MUNICÍPIO DE FLORIANO, PIAUÍ, BRASIL.
NAIARA THAIS VILARINHO1, ADREANY SILVEIRA LOPES1, LEONARDO SOUSA
CARVALHO1 & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUZA CRUZ LIMA1
1.Universidade
Federal
do
[email protected],
[email protected].
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
Sobral.
E-mail:
[email protected],
[email protected],
Acidentes com animais peçonhentos ocorrem principalmente por descuido pessoal e se agravam
pela falta de conhecimento, o que pode aumentar os danos e levar ao óbito. É esperado que os
discentes de nível superior que estão diretamente relacionados com o conteúdo (ex.: Biologia e
cursos da área de saúde) apresentem um domínio sobre os conteúdos relacionados aos animais
peçonhentos e seus respectivos acidentes. O presente trabalho objetiva avaliar a percepção e o
conhecimento sobre prevenção que os alunos de ensino superior apresentam sobre animais
peçonhentos e/ou venenosos, enfocando características de história natural e toxicidade de aranhas,
escorpiões, serpentes e anfíbios; além de identificar as principais fontes destas informações. Os
resultados foram obtidos através de um questionário de 18 questões objetivas aplicados a 180
discentes da UFPI, UESPI e IFPI, campi de Floriano. A análise de variância mostrou que não houve
diferença significativa entre o percentual de acertos dos discentes de diferentes períodos (p=0.2077,
f=1.4267). Houve cerca de 40% de acertos nas respostas relacionadas a definição de animais
peçonhentos e venenosos, e os discentes demonstraram realmente ter domínio sobre esses conceitos
quando mantiveram a mesma média de acertos em relação aos conhecimentos gerais e de espécies
dos animais presentes nos questionários (40% a 60%). Quanto à profilaxia 20,56% dos alunos
consideraram correto chupar ou cortar o local mordido/picado para extrair o veneno. Em
contrapartida cerca de 70% dos entrevistados consideraram correto lavar com água e sabão o local
mordido/picado e que a captura do animal agressor para identificação é importante. Através das
análises realizadas percebemos que a maioria das pessoas utiliza televisão (62.78%) e internet
(62.78%) para obter conhecimentos, pois são meios de obtenção de conhecimento de forma fácil e
rápida, porém os livros (67.22%) ainda são mais utilizados por serem fontes acadêmicas
recomendadas. Os pontos que os alunos demonstraram possuir mais conhecimentos são as formas
de prevenção e como agir em caso de acidente, porém nota-se que os alunos ainda desconhecem
muito sobre características morfológicas dos animais peçonhentos e sobre a ação dos venenos.
Palavras-Chave: Aracnídeos, Serpentes, Ensino superior, Ensino, Aprendizagem.
40
SIMBIO 025
ECOLOGIA POPULACIONAL DE SAKESPHORUS CRISTATUS (AVES,
THAMNOPHILIDAE) NOS PARQUES NACIONAIS DA SERRA DA CAPIVARA E DA
SERRA DAS CONFUSÕES, ESTADO DO PIAUÍ: DADOS PRELIMINARES
RODRIGO LIMA PAZ1, MARCOS PÉRSIO DANTAS SANTOS², SHIRLIANE DE ARAÚJO
SOUSA² & LEONARDO SOUSA CARVALHO¹
1. Universidade Federal do Piauí, Campus Amílcar Ferreira Sobral, Floriano - PI. E-mail:
[email protected], [email protected].
2. Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Laboratório de Ecologia e
Zoologia de Vertebrados, Belém - PA. E-mail: [email protected], [email protected]
O presente estudo objetiva apresentar informações sobre a ecologia populacional do tamnofilídeo
Sakesphorus cristatus (Wied, 1831), na região de Caatinga de dois Parques Nacionais do sul do
Piauí: Serra da Capivara e Serra das Confusões. Foram selecionadas quatro áreas de amostragem
dentro de cada uma das UC´s, totalizando 12 pontos de amostragem. Em cada área de amostragem
foram utilizadas redes de neblina de 12 x 3 m para a captura dos indivíduos, com o objetivo de
obter dados biológicos (sexo, idade, estágio reprodutivo), que serão utilizados também na
caracterização dos hábitats da espécie-alvo. Após a primeira viagem em julho desse ano, referente
ao período da seca, foram capturados, marcados e medidos 33 indivíduos de S. cristatus sendo 17
fêmeas e 16 machos, resultando em proporção sexual de 1:1 (X²=0.03, g.l.=1, p(com correção de
Yates)=1.00). O peso médio dos indivíduos capturados foi de 16.39g (± 1.5g), não havendo
diferenças significativas relacionadas ao sexo dos indivíduos (t=-0.7377, g.l.=31, p
(bilateral)=0.4662). A realização de nidificação pelos indivíduos capturados foi medida através da
identificação de placas de nidificação, sendo que 19 indivíduos capturados apresentaram peito
mais ou menos emplumado (placa tipo 0), enquanto outros 14 indivíduos apresentada placas tipo 1
ou 2, possuindo algum grau de vascularização do peito e de ausência de penas, evidencializando
comportamento de nidificação. Foram utilizadas técnicas para registrar o conteúdo de gordura
armazenada, e 17 aves apresentaram gordura tipo 1 (fundo da cavidade da fúrcula completamente
preenchida), enquanto 4 aves apresentaram gordura tipo 0 (sem gordura na cavidade da fúrcula), 8
apresentaram gordura tipo 2 (cavidade da fúrcula apresentava-se 2/3 preenchida) e 4 aves
apresentaram gordura tipo 3 (cavidade da fúrcula está completamente preenchida), conclui-se
assim que os indivíduos de S. cristatus podem ser considerados bem nutridos. Todas as aves
capturadas eram adultas e foram anilhadas com anilhas CEMAVE. Dos indivíduos capturados,
cinco foram recapturados uma segunda vez e um foi recapturado outras duas vezes. O projeto está
em andamento e os dados ecológicos juntamente com as análises estatísticas estão sendo
compilados. A próxima coleta será realizada em janeiro de 2013 para assim concluir a primeira
etapa do projeto.
Palavras-Chave: Ecologia de populações, choró-da-Caatinga, Aves, Caatinga
41
SIMBIO 026
ANÁLISE MOLECULAR DA INFECÇÃO NATURAL DE CERDOCYON THOUS
LINNAEUS, 1766 POR LEISHMANIA INFANTUM NICOLLE, 1908
MILENA MARIA GALENO PATRICIO RODRIGUES1,3, DANIELLE ALVES ZACARIAS2,4,
LEONARDO SOUSA CARVALHO1,5, MAURO SERGIO CRUZ SOUSA LIMA1,6, MARIA
REGIANE ARAÚJO SOARES1,7
1
Universidade Federal do Piauí (UFPI), Campus Amílca Ferreira Sobral (CAFS). 2Instituto de
Doenças Tropicas Natan Portella (IDNTP). E-mails: [email protected],
4
5
6
[email protected],
[email protected],
[email protected],
7
[email protected].
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa causada por Leishmania infantum Nicolle, 1908,
transmitida pela picada de Lutzomyia longipalpis (Lutz & Neiva, 1912) no momento do repasto
sanguíneo em hospedeiros vertebrados. Em ambiente urbano o principal reservatório são os cães
domésticos e estes animais tem sido alvo de estratégias de controle pautadas na eliminação de cães
soropositivos. A existência de outros reservatórios no ambiente peridoméstico reacendeu a
discussão sobre a existência de um ciclo de transmissão independente de cães, que poderia manter a
transmissão nas cidades. Estudos demonstraram que Cerdocyon thous Linnaeus, 1766 e
possivelmente Pseudalopex vetulus (Lund, 1842) também são reservatório de L. infantum. Neste
estudo, analisamos a infecção natural de C. thous por L. infantum. Dois animais (uma fêmea
procedente do município de São Raimundo Nonato e um macho procedente de Floriano, ambos no
Estado do Piauí) encontrados atropelados foram coletados e conduzidos ao laboratório e mantidos
sob temperatura de -4°C. Para analisar a infecção por L. infantum, foram coletados rim, baço,
fígado e coração através de análises moleculares, sendo as amostras conservadas em etanol
absoluto. Realizou-se a extração de DNA com o Kit QIAmp DNA mini kit (Qiagen) segundo
instruções do fabricante. Para avaliar a pureza do DNA extraído, as amostras foram submetidas a
quantificação por NanoDrop. A detecção de L. infantum foi realizada por PCR Real Time
utilizando a tecnologia Taqman, sendo os oligonucleotídeos desenhados a partir da sequência do
minicírculo do kDNA de L. infantum, Primer Foward 5’GGCGTTCTGCAAAATCGGAAAA3’,
Primer Reverse 5’ CCGATTTTTGGCATTTTTGGTCGAT3’, Sonda de hidrólise - FAM –
TTTTGAACGGGA TTTCTGMGBNFQ. A quantificação por NanoDrop revelou concentrações e
pureza variáveis de DNA conforme os tecidos. A média das concentrações e pureza da amostra
(fêmea), foi respectivamente: coração=30,46ng, 2,20; baço 272,5ng, 1,94; fígado 16,86ng, 2,49;
rins 9,53ng, 2,31. Para o macho, observamos as médias: coração 23,93ng, 1,56; baço 117,1ng, 1,95;
fígado 6ng, 2,26 e rins 9,9ng, 2,09. A Real-Time PCR não revelou positividade em qualquer das
amostras de tecido, constatando que as raposas estudadas não estavam infectadas por Leishmania
infantum. Pretende-se continuar o presente trabalho com a análise de novas amostras obtidas a
partir de animais encontrados atropelados em rodovias pelo Estado do Piauí.
Palavras-Chave: Leishmaniose visceral, Raposa, Infecção, PCR-Real-Time, Quantificação.
42
SIMBIO 027
VARIAÇÃO TEMPORAL DOS ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO LARVAL DE
PHYLLOMEDUSA NORDESTINA CARAMASCHI, 2006 (ANURA, HYLIDAE)
MAYRA CAROLINY DE OLIVEIRA SANTOS¹, PATRÍCIA DOS SANTOS SOUSA¹,
ISLAÍANE COSTA SILVA¹, JONAS PEDERASSI² & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUSA LIMA¹.
1.Universidade
Federal
do
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
Sobral.
E-mail:
[email protected],
[email protected],
[email protected], [email protected].
2. Ong Bioma, Volta Redonda /Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]
A plasticidade de girinos associada ao desenvolvimento evolutivo está atrelada à alteração do
comprimento da cauda, comprimento do corpo e altura da cauda que são variáveis fenotípicas que
definem o padrão metamorfósico do girino em relação aos quarenta e seis estágios, de ovo até
imago. O entendimento dos caracteres larvares complementa o conhecimento taxonômico da ordem
Anura, ainda assim, o estudo desta condição morfológica, girino, ainda é insipiente restringindo-se
a poucas espécies e fases descritas por pesquisadores brasileiros. Avaliamos aqui o
desenvolvimento morfológico das fases larvais 37, 40, 41, 42, 43 e 44 de Phyllomedusa nordestina
Caramaschi, 2006 objetivando estabelecer a proporcionalidade de evolução de cada estágio
evolutivo em relação ao tempo de metamorfose, isto é, qual é o tempo necessário para que o girino
saia de seu estágio larvar e evolua para o estágio subsequente. Para tanto se realizou coletas na
Fazenda Escola da UFPI, Campus Professora Cinobelina Elvas, região do Vale do Gurguéia/Piauí
(8°22’28,6”S, 43°51’33,5”W) onde foram coletados 13 indivíduos por estágio metamórfico
acondicionados em aquaterrário oxigenado por bomba de ar comprimido durante quarenta e nove
horas e dez minutos. A cada fração de oito horas os girinos foram observados e classificados
segundo sua condição fenotípica ao estágio evolutivo. Os dados foram submetidos à equação de
regressão linear simples com a finalidade de estabelecer a proporcionalidade metamórfica. A
equação foi testada pelo teste de 2 de adesão onde y = 0,114x + 38,10 apresentaram adesão ( 2
=0,99; GL=n-1; α = 0,01). Os resultados obtidos permitiram predizer o tempo necessário para que
os girinos alterassem seus estágios 38, 39,45 e 46 totalizando setenta horas. Dessa forma conclui-se
que a fórmula apresenta aderência significativa, podendo-se então calcular a quantidade de horas
que os girinos permanecem de um estágio para o seguinte a partir das observações, compreendendo
assim algumas das características evolutivas dos girinos da espécie.
Palavras-Chave:Phyllomedusa nordestina, Girino, Estágios, Tempo, Vale do Gurguéia.
43
SIMBIO 028
PLASTICIDADE EVOLUTIVA DE GIRINOS DE PHYLLOMEDUSA NORDESTINA
CARAMASCHI, 2006 (ANURA: HYLIDAE)
PATRÍCIA DOS SANTOS SOUSA¹, MAYRA CAROLINY DE OLIVEIRA SANTOS¹,
ISLAÍANE COSTA SILVA¹, JONAS PEDERASSI² & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUSA LIMA¹.
1.Universidade
Federal
do
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
Sobral.
E-mail:
[email protected],
[email protected],
[email protected], [email protected].
2. Ong Bioma, Volta Redonda /Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]
Em girinos as alterações morfológicas relacionadas à metamorfose são facilmente observáveis,
porém o fato de apresentarem 46 estágios evolutivos de ovo à imago faz com que a morfologia das
fases evolutivas das espécies careça de informações detalhadas. A metamorfose pode ser
considerada como pré-metamórfica (sem patas); pró-metamórfica (desenvolvimento do corpo e
surgimento das patas) e clímax (imago). No presente estudo classificamos e descrevemos o estágio
evolutivo da espécie Phyllomedusa nordestina Caramaschi, 2006. Os girinos foram coletados entre
os dias 05 e 08 de abril de 2012, na região do Vale do Gurguéia, Fazenda Alvorada do Campus
Cinobelina Elvas – UFPI. A unidade amostral correspondeu a seis girinos para cada fase entre os
estágios 35 e 44. Cada girino foi fotografado em aquário de 11 cm de comprimento por 4,7 cm de
largura e 3,6 cm de profundidade. As fotos corresponderam à vista dorsal, vista lateral direita e
vista frontal. O fenótipo corpóreo serviu para identificar as diferenças plásticas que ocorrem entre
os estágios de desenvolvimentos analisados. Em planilha com vinte e dois caracteres fenotípicos
foram identificadas na plasticidade corpórea características próprias e conspícuas de todos os
estágios avaliados. As evoluções foram observadas a partir das comparações entre estágios. O 35
difere do 37 pela coloração da cauda. No estágio 40 a coloração passa a ter uma aparência
esverdeada. A partir do estágio 42 a cauda começa a reduzir em comprimento e largura. Do estágio
35 ao 40 o ângulo da boca é <90°, do 41 ao 44 o ângulo é de 180°. Em relação à posição da boca,
apresenta-se frontal do estágio 35 ao 42 - e frontolateral no estágio 44. A partir da fase 41, nas
articulações dos membros, começam a surgir tons alaranjados. Quanto à posição do olho, é lateral
do estágio 35 ao 37 e dorsolateral do 40 ao 44. A pupila é esférica do estágio 35 ao 41 e entre os
estágios 42 e 44 inicia a formação da íris vertical característica. A partir dessas observações
concluímos que cada estágio tem características particulares podendo assim distingui-lo
fenotipicamente relacionando estes aspectos ao grau de dependência dos girinos ao ambiente.
Palavras-Chave: Morfológicas, estágio, comparações, girino, fenótipo.
44
SIMBIO 029
AVIFAUNA DE FRAGMENTOS CERRADO-CAATINGA EM CANTO DO BURITI - PI
TATIANE ARAUJO GUERRA LIMA1 & ROGÉRIO NORA LIMA2
1
Bióloga autônoma; 2Docente do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS. E-mail:
[email protected]
A região de estudo está situada em ecótone entre Cerrado e Caatinga, com mosaicos de vegetação
complexos e riqueza específica bastante desconhecida, mas que alguns estudos indicam possuir
uma biodiversidade acima do esperado para ambientes xéricos. É considerada área de importância
“Muito alta” para o Bioma Cerrado, com destaque para os vales fluviais do Itaueira e do Gurguéia
tidos como “Caatinga transicional de elevada importância biológica”. De 21/05 a 03/06/2012 foram
realizadas coletas de observações sobre a avifauna em diferentes localidades na área de estudo,
totalizando 60 horas de investigações in situ, em 12 doze pontos distintos na região rural de Canto
do Buriti – PI (UTM 692063/9101398 e 705270/9095585). Foram registradas 84 espécies, um
número bem abaixo do esperado para os ecossistemas da região (200 a 250 espécies), mas aceitável
pela natureza do trabalho que aplicou apenas registros indiretos (visualização, canto e entrevistas).
Metade das espécies registradas possui hábito alimentar insetívoro, seguido pelos onívoros e
frugívoros. Esse é um padrão típico para as guildas tróficas de Cerrado, com os insetívoros
representando a maioria das espécies presentes. Nesse estudo as espécies compreenderam 36
famílias, com maior contribuição de Emberezidae (07 espécies) e Tyrannidae (06 espécies) dos
Passeriformes e Psittacidae (06 espécies) das aves não passeriformes. Esse resultado está de acordo
com o que é esperado para essa região, que é considerada pelo MMA importante para estudos de
avifauna e, principalmente os ambientes, do cânions devem ser investigados pela oferta de abrigos,
além da presença de aves migratórias que atravessam a região e podem se abrigar nesses ambientes
de maior complexidade. Há na região grande tradição de caça e de uso da avifauna como espécies
de xerimbabo, aspectos que devem ser considerados no manejo conservacionista desse grupo.
Palavras-Chave: Diversidade, Fragmentação, Conservação, Piauí
45
SIMBIO 030
HERPETOFAUNA DE FRAGMENTOS CERRADO-CAATINGA EM CANTO DO BURITI
- PI
1
ROGÉRIO NORA LIMA & TATIANE ARAUJO GUERRA LIMA2
1
2
Docente do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS E-mail: [email protected];
Bióloga autônoma
A região de estudo está situada em um ecótone entre o Cerrado e a Caatinga, com mosaicos de
vegetação complexos e riqueza específica ainda bastante desconhecida, mas que alguns estudos
indicam possuir uma biodiversidade acima do esperado para ambientes xéricos. É considerada área
de importância “Muito alta” para o Bioma Cerrado, com destaque para os vales fluviais do Itaueira
e do Gurguéia tidos como “Caatinga transicional de elevada importância biológica”. De 21/05 a
03/06/2012 foram realizadas coletas de observações sobre a herpetofauna em diferentes localidades
na área de estudo, totalizando 60 horas de investigações in situ, em 12 doze pontos distintos na
região rural de Canto do Buriti – PI (UTM 692063/9101398 e 705270/9095585). Foram
encontradas 19 espécies de anfíbios e 28 de répteis distribuídas em 07 e 12 famílias
respectivamente, predominando no primeiro caso Hylidae, Leiuperidae e Leptodactylidae e no
segundo Dipsadidae, Viperidae e Teidae. Essas famílias são típicas das regiões áridas no nordeste
brasileiro, onde predomina a Caatinga como é o caso de boa parte da área de estudo. Os répteis
encontrados são bem adaptados às condições climáticas de pouca oferta de água e de vegetação
rasteira, o que condiciona que a herpetofauna se apresente principalmente com hábito terrícola,
abrigados em arbustos e tocas entre pedras. O número de espécies identificadas está relativamente
abaixo do esperado para esta região biogeográfica, que é entre 26 a 31 espécies de anfíbios e entre
31 a 50 espécies de répteis. Apesar dessa pequena diversidade encontrada a região é considerada de
elevada importância biológica para conservação da herpetofauna, além de ser considerada relevante
para pesquisas ecológicas da Caatinga no Piauí, o que sugere que estudos mais longos revelarão
adequadamente a sua riqueza biológica.
Palavras-Chave: Diversidade, Fragmentação, Conservação, Piauí
46
SIMBIO 031
COMPOSIÇÃO DA MASTOFAUNA DE UM FRAGMENTO DO CERRADO NA ÁREA
DO COLÉGIO AGRÍCOLA DE FLORIANO - PI
¹ LUAN G. L.SILVA; ¹MARILZA V. RODRIGUES; ¹MARIA N. S. PEREIRA; ¹VALÉRIA P.
SANTOS; ¹CLAUDILIVIA F. SANTOS; ¹CREUSA C. COSTA; RITA DE CÁSSIA SANTANA
TEIXEIRA³, ²ROGERIO N. LIMA.
¹Graduandos do Curso de Ciências Biológicas UFPI/CAFS. ²Docente do Curso de Ciências
Biológicas da UFPI/CAFS. E-mail: [email protected].
O Estado do Piauí encontra-se em uma grande área de ecótone e estima-se que possua uma rica
fauna de mamíferos de pequeno porte. O objetivo desse estudo foi identificar as espécies de
mamíferos terrestres ocorrentes na Fazenda Experimental do Colégio Agrícola de Floriano – PI.
Realizou-se quatro campanhas com 08 dias de coleta entre julho e julho/2012, utilizando
armadilhas Sherman e Tomahawk no solo e no sub-bosque disposta em uma grade totalizando seis
hectares, além disso, foram coletados os registros indiretos desses animais (pegadas, fezes) e
visualização. O esforço amostral foi de 2.560 armadilhas/noites, com um sucesso de captura de
4.96%. Foram coletados 127 indivíduos, pertencentes a 09 espécies, 04 roedores, 02 marsupiais, 01
primata, 01 xenarthra e 01 carnívora. As espécies mais abundantes foram Gracilinanus agilis (N =
82; 64. 5%), Wiedomys pyrrhorhinus e Oryzomys sp. (N = 16; 12. 6% para ambas). As espécies
menos abundantes foram Didelphis albiventris e Oligoryzomys stramineus (N = 3; 2,4% para
ambas), Thrichomys laurentius, Euphractus sexcinctus, Leopardus sp. (N = 2; 1. 5% para ambas) e
Callithrix jacchus (N = 1; 0. 80%). As três espécies mais abundante corresponderam a 89.76% dos
indivíduos capturados e as espécies menos abundantes a 10.23% da abundância total. Os marsupiais
corresponderam a 67% da abundância e os roedores a 29.1%, sendo os Cricetídeos mais capturados
que os Echimyídeos, 27.5% e 1.5%, respectivamente. São necessários com maiores durações que
investiguem aspectos da ecologia desse grupo, como suas áreas de refúgios, sazonalidade de
recursos alimentares e abrigos e como essas espécies respondem ao gradiente térmico e
pluviométrico.
Palavras-Chave: Cerrado, Conservação, Diversidade, Floriano, Mastozoologia.
47
SIMBIO 032
MASTOFAUNA DE FRAGMENTOS CERRADO-CAATINGA EM CANTO DO BURITI PI
TATIANE ARAUJO GUERRA LIMA3 LUAN GABRIEL DE LIMA SILVA1, ROGÉRIO NORA
LIMA2,
1
Discente do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS. 2Docente do curso de Licenciatura
em Biologia UFPI - CAFS E-mail: [email protected]; 3 Bióloga autônoma.
A região de estudo está situada em uma área de transição ecológica entre as províncias nordestinas
do Cerrado e da Caatinga, com mosaicos de vegetação complexos e riqueza específica ainda
bastante desconhecida, mas que alguns estudos indicam possuir uma biodiversidade acima do
esperado para ambientes xéricos. É considerada área de importância “Muito alta” para o Bioma
Cerrado, com destaque para os vales fluviais do Itaueira e do Gurguéia tidos como “Caatinga
transicional de elevada importância biológica”. De 21/05 a 03/06/2012 foram realizadas coletas de
observações sobre a mastofauna em diferentes localidades na área de estudo, totalizando 60 horas
de investigações in situ, em 12 doze pontos distintos na região rural de Canto do Buriti – PI (UTM
692063/9101398 e 705270/9095585). Foram registradas/identificadas 35 espécies de mamíferos, o
que está distante do número máximo para os ecossistemas de Cerrado (195 espécies, sendo 05
endêmicas e 19 ameaçadas) e da Caatinga (148 espécies, sendo entre 8 e 12 endêmicas). As
espécies estão distribuídas em 09 Ordens e 19 Famílias, com destaque para Felidae, Phyllostomidae
e Dasypodidae respectivamente. A predominância dos relatos sobre as ordens Carnívora e de
Xenarthra-Cingulata deve-se ao interesse em animais predadores de grande de porte pelo risco de
ataque aos humanos e às suas criações e ao interesse cinegético, haja vista que é notório na região o
hábito de caçar para alimentação. Os resultados encontrados nesse estudo são semelhantes aos
encontrados aos de outras localidades dessa região do Piauí. Há muitos cânions nos quais a
umidade e os abrigos são uma característica distinta de boa parte da paisagem local. Nesses locais
foram identificadas espécies mais raras e a sua abundância é maior que em outros sítios locais, de
forma que eles devem ser considerados prioritários para a conservação da biodiversidade.
Palavras-Chave: Diversidade, Fragmentação, Conservação, Piauí
48
SIMBIO 033
MASTOFAUNA DE TRÊS LOCALIDADES DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA
CAPIVARA - PI
LUAN G. L. SILVA¹ & ROGERIO N. LIMA²
¹Graduando do Curso de Ciências Biológicas UFPI/CAFS. E-mail: [email protected]
²Docente do Curso de Ciências Biológicas da UFPI/CAFS. E-mail: [email protected]
O Parque Nacional Serra da Capivara (PNSC) está localizado ao sul do estado do Piauí, abrangendo
129.140 ha, sendo o único parque nacional situado no domínio da Caatinga, qual é considerada o
quarto maior bioma em riqueza de espécies, com 148 mamíferos descritos. Esse estudo teve por
objetivo identificar a riqueza de mamíferos terrestre presentes em três áreas do PNSC. Foram
realizadas duas campanhas nas localidades Poço, Serra Branca e Caldeirão da barriguda, em abril e
junho/2011. Para a captura de pequenos mamíferos utilizou-se armadilhas modelos Tomahawk e
Sherman nas localidades Serra Branca e Caldeirão da barriguda. No Poço realizou-se caminhadas
em trilhas para a identificação de mamíferos de médio e grande porte. Foram registradas 54
capturas, sendo que 16 indivíduos foram obtidos por meio de captura, distribuídos em 06 espécies:
03 roedores (Thrichomys apereiodes, Oryzomys scotti e Galea spixii) e 03 marsupiais (Didelphis
albiventris, Monodelphis domestica e Gracilinanus agilis). Nas caminhadas foram obtidos registros
de 38 indivíduos, pertencente a 13 espécies: 07 Carnívoros (Cerdocyon thous, Pseudalopex vetulus,
Procyon cancrivorus, Leopardus tigrinus, L. pardalis, Puma concolor e Panthera onca), 02
Xenarthra (Dasypus novemcinctus e Euphractus sexcinctus), 02 Roedores (Galea spixii e Kerodon
rupestris), 01 Primata (Callithrix jacchus) e 01 Artiodactyla (Mazama gouazoubira). O PNSC
apresentou uma diversidade dentro do padrão esperado para a Caatinga, estando de acordo com
estudos anteriores. Essa unidade de conservação desempenha um importante papel na conservação
da biodiversidade regional, em conjunto com os parques das Serras das Confusões, Serra Vermelha,
além de ser corredor ecológico entre essas áreas.
Palavras-Chave: Diversidade, Mamíferos, Piauí, Unidade de conservação
49
SIMBIO 034
COMPARAÇÃO DA VOCALIZAÇÃO DE DUAS ESPÉCIES DO GÊNERO
DENDROPSOPHUS FITZINGER, 1843 (ANURA: HYLIDAE)
ISLAÍANE COSTA SILVA¹, MAYRA CAROLINY DE OLIVEIRA SANTOS¹, PATRÍCIA DOS
SANTOS SOUSA¹, JONAS PEDERASSI² & MAURO SÉRGIO CRUZ SOUSA LIMA¹.
1.Universidade
Federal
do
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
Sobral.
E-mail:
[email protected],
[email protected],
[email protected], [email protected].
2. Ong Bioma, Volta Redonda /Rio de Janeiro. E-mail: [email protected]
As vocalizações de anuros são importantes como mecanismo de isolamento reprodutivo e
atualmente vêm complementando os estudos taxonômicos. As mais comuns são os cantos de
anúncio, que servem primeiramente para atrair as fêmeas e mediar interações agressivas entre os
machos. Através desse trabalho avaliamos e comparamos a vocalização de duas espécies,
Dendropsophus minutus (Peters, 1872) e Dendropsophus nanus (Boulenger, 1889), com seus
cantos de anúncio. As coletas foram realizadas em uma área do semiárido, no bioma Cerrado na
região do Vale do Gurguéia – Piauí, em lagoa permanente. Foi utilizado gravador digital Edirol R1
Wave 24 bits, com microfone Yoga Super uni-direcional Eletric Condenser. A análise bioacústica
foi feita com os softwares SoundForge 8.0® e SoundRuler 0.9.6.0®. Os micro-habitats utilizados
para a vocalização foram: na margem do corpo d’agua sobre o solo encharcado; sobre macrófitas
aquáticas e sobre arbustos a menos de 1,5 m de altura. As gravações foram realizadas a distância
média de 50 cm dos animais. As diferenças entre os resultados relativos de duração de notas,
intervalo entre canto e frequência dominante foram submetidas ao teste de Mann-Whitney. O canto
de D. minutus apresentou 0,1 ±0,006 s (n=32), formado por uma nota composta de no mínimo 20
pulsos (x=23,7 ±1,76; n=32) com duração média de 3,7 ±0,3 ms (n=727). O intervalo entre cantos
apresentou média de 3,62 s (±0,97). A frequência dominante variou entre 4.676,21 a 5.176,94 Hz
(x=5.026,24 ±152,85 Hz; n=29). Enquanto o canto de anúncio de D. nanus apresentou 0,030
±0,008 s (n=167) e teve exclusivamente uma nota composta de até 9 pulsos (x=5,87 ±1,32; n=167).
A média de duração dos pulsos foi de 5,1 ms (±2,7; n=978). O intervalo entre cantos apresentou
média de 0,44 s (±0,42; n=166). A frequência dominante variou entre 3.618,21 a 4.329,85 Hz
(x=4.072,6 ±159,4; n=167). A comparação entre a vocalização das espécies resultou em uma
diferença significativa de (duração de notas Z(U) 4.6663; intervalo entre canto Z(U) 5.1255;
frequência dominante Z(U)4.8242; GL=n-1; α = 0,01). Com esse trabalho foi possível determinar
que mesmo os anuros pertencentes ao mesmo gênero, as características sonoras são suficientes para
caracterizar as espécies.
Palavras-Chave: Anuros, Dendropsophus, vocalização, sonograma, oscilograma.
50
SIMBIO 035
A INFLUÊNCIA DAS PRÁTICAS DIDÁTICAS NO ENSINO DE ZOOLOGIA: UMA
ESTRATÉGIA INOVADORA PARA OS PROCESSOS DE ENSINO- APRENDIZAGEM
FRANCISCO EILTON SOUSA LOPES¹, MARIA CLAUDIANE DA SILVA1, DÉBORA
DANYELLE RIBAMAR BORGES¹, RANILO VALÉRIO LEAL COSTA1, LINDEMBERG
LIMA SANTOS¹, NIVALDO DE MIRANDA E SILVA¹, ROGÉRIO NORA LIMA2
1
Discentes do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS. 2Docente do curso de Licenciatura
em Biologia UFPI - CAFS E-mail: [email protected]
Este artigo apresenta a importância dos materiais didáticos nos processos que regem o ensino da
disciplina de zoologia na educação básica. Os desafios encontrados por alunos do ensino médio
toma um aspecto relevante a partir do momento em que não se consegue visualizar animais em suas
formas e habitats naturais, dificultando uma aprendizagem adequada. Portanto, torna-se relevante a
construção de materiais que reproduzem o corpo destes animais, de maneira simples, dinâmica e de
fácil produção. O presente trabalho se constitui na apresentação de réplicas de um jabuti, que é um
réptil do gênero Chelonoides, da ordem dos Quelônios e uma tênia pertencente aos vermes
platelmintos das famílias Pseudophilidae ou Ciclophylidae da classe Cestoda. O estudo foi
realizado nas oficinas do II ENID 2012 decorrente do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação
a Docência (PIBID- biologia/UFPI-CAFS). Os resultados da pesquisa qualitativa mostraram que a
aplicação de modelos didáticos é uma estratégia que facilitou a aprendizagem, pois aumentou o
interesse do assunto pelos ouvintes nas oficinas de aulas práticas. 100% dos alunos e professores do
ensino médio ali presentes aprovaram a utilização destes materiais em sala de aula, não ficando
dúvidas de sua essencial relevância e aplicação no ensino da referida disciplina. Nesse contexto,
esse trabalho teve como objetivo expor os aspectos relativos à aplicação de uma prática didática,
confeccionada com materiais de baixo custo, isopor e massa de biscout, com vistas ao incremento
da aprendizagem dos discentes, pois a visualização da anatomia e fisiologia interna e externa
permite uma melhor fixação dos conteúdos de zoologia. Na mesma linha de raciocínio, buscou-se
facilitar a compreensão de conceitos sobre zoologia de vertebrados e invertebrados, estabelecendo a
conciliação entre teoria e prática desenvolvidas em sala de aula e em outros ambientes que visam à
divulgação do conhecimento científico. Dessa forma, buscar abordagens diferenciadas para as
atividades de ensino em zoologia pode não apenas tornar o ambiente escolar mais descontraído e
atrativo, mas permite romper com a exclusividade do padrão clássico de aulas expositivas e
acrescentar outros canais de aprendizagem ao cotidiano escolar.
Palavras-Chave: Estratégias inovadoras, Ensino-aprendizagem, Zoologia, Materiais didáticos.
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SIMBIO 036
LEVANTAMENTO PRELIMINAR DA HERPETOFAUNA DO CAMPUS AMILCAR
FERREIRA SOBRAL, FLORIANO - PI
MARTÂNIA SÁ GUIMARÃES1, DIEGO NAVA1, RAVENA FEITOSA COELHO1, ROGÉRIO
NORA LIMA2
1
Discentes do curso de Licenciatura em Biologia UFPI - CAFS; 2 Docente do curso de Licenciatura
em Biologia UFPI - CAFS. E-mail: [email protected]
Áreas antropizadas com remanescentes vegetais perturbados são uma realidade cada vez maior nas
áreas urbanas, notadamente naquelas cidades de menor porte e que ainda possuem uma alguma
cobertura vegetal, principalmente nos limites periurbanos. Essa é uma situação comum em Floriano
– PI, situada no centro-oeste desse Estado e cuja paisagem apresenta as características citadas
acima no que diz respeito à disposição dos seus remanescentes vegetais. Visando investigar a
composição da herpetofauna de um desses remanescentes e as suas adjacências foi realizado um
levantamento preliminar no Campus Amilcar Ferreira Sobral da UFPI. As informações foram
obtidas por observações entre 29/10 e 08/11/2012 em dois horários por dia: 05h00min às 06h00min
e 17h00min às 18h00min em caminhadas e buscas nos locais onde a herpetofauna fica abrigada,
tais como tocas, beiras de rios, vegetação arbustiva/arbórea e nos ambientes ruderais. Foram
também realizadas entrevistas com pessoas que trabalham e transitam diariamente para saber das
espécies que avistam. Foram encontradas/citadas as seguintes espécies: Répteis - Liophis sp, Boa
constrictor, Chironius carinatus, Philodryas sp1, Philodryas sp2, Micrurus sp, Caudisona durissa,
Iguana iguana, Cnemidophorus sp., Tropidurus sp., Ameiva ameiva, Tupinambis sp. e Geochelone
carbonaria. Anfíbios – Rhinella sp1, Leptodactylus sp1, Leptodactylus sp2 e Leptodactylus sp3,
Scynax sp. Os resultados revelam que apesar de a área de estudo possuir apenas vegetação que não
reflete a sua composição original, a herpetofauna persiste com algumas espécies conseguem
sobreviver em ambientes impactados e nelas manter populações viáveis, como é o caso de Scinax
que se adaptou à umidade dos banheiros e fossas. Estudar essas populações pode ser o início para
estabelecer estratégias de conservação da biodiversidade em ambientes urbanos.
Palavras-Chave: Diversidade, Répteis, Anfíbios, Floriano, Piauí
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SIMBIO 037
OSTEOLOGIA DO ESQUELETO CEFÁLICO DE LEPTODACTYLUS VASTUS (Lutz,
1930) (ANURA, LEPTODACTYLIDAE)
JAQUELINE SILVA NUNES1; ANÁRYA TERESA DE FREITAS ROCHA¹; MARCO
AURÉLIO RAMOS DOS SANTOS BARBOSA2 MAURO SÉRGIO CRUZ SOUZA LIMA¹
1
Universidade
Federal
do
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
[email protected], [email protected], [email protected]
2
Universidade Federal Fluminense - UFF [email protected]
Sobral.
E-mail:
A taxonomia de anfíbios anuros está associada ao estudo morfológico, vocalização e características
osteológicas que permitem entender a evolução do grupo e sua associação com formas fósseis.
Leptodactylus vastus é espécie restrita da região nordeste do Brasil, porém estudos complementares
para a compreensão da espécie ainda se fazem necessários. No presente trabalho, caracterizamos e
detalhamos parte do esqueleto de L. vastus em vista dorsal e ventral através de Tomografia 3D.
Nestas não foi possível observar os elementos cartilaginosos do esqueleto. Portanto, alguns
elementos nasais e auditivos do crânio e os do aparelho hióideo não podem ser observados nas
tomografias. Além disso, os limites precisos entre os ossos do crânio e de outras partes do esqueleto
não podem ser vistos. Entretanto, alguns aspectos podem ser destacados como: os frontoparietais
que se articulam sem fontanelas, as duas metades da mandíbula e as pré-maxila que se articulam
por uma sindesmose como na maioria dos anfíbios anuros e um cíngulo peitoral arcífero com os
elementos pós-zonais bem desenvolvidos. As análises, ainda que parciais, permitem concluir que o
estudo das variações cranianas em anuros proporciona evidências para elucidar padrões anatômicos,
diferenciações morfológicas e geográficas e podem ainda, auxiliar a compreender o que representa
a variabilidade do esqueleto, principalmente, cefálico no processo evolutivo do grupo.
Palavras-Chave: Anura; Osteotécnica; Crânio; Morfologia; Tomografia
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SIMBIO 038
IDENTIFICAÇÃO DE HÁBITO DE PEIXES DA BACIA DO RIO PARNAÍBA A PARTIR
DE MÉTODOS DE CAPTURA ARTESANAL
ANÁRYA TERESA DE FREITAS ROCHA¹; JAQUELINE SILVA NUNES1; MAURO SÉRGIO
CRUZ SOUZA LIMA¹
1
Universidade
Federal
do
Piauí,
Campus
Amílcar
Ferreira
[email protected], [email protected], [email protected]
Sobral.
E-mail:
O rio Parnaíba localiza-se entre os estados do Maranhão e Piauí, é o segundo maior rio da região
nordeste, com 1.485km de extensão. A ictiofauna do rio Parnaíba inclui representantes de diferentes
grupos neotropicais típicos, mostra-se bem menos diversificadas quando comparada a de outros
ecossistemas brasileiros. Os instrumentos de pescas podem fornecer subsídios para o conhecimento
do hábitat dos peixes. O presente trabalho teve como objetivo relacionar os instrumentos de pesca
de três espécies de peixes da bacia do rio Parnaíba e suas respectivas distribuições. Foram
realizadas entrevistas semiestruturadas com 77 pescadores da colônia Z26, Floriano-PI. A
entrevista permitiu identificar os peixes coletados relacionando estes, com o instrumento de pesca,
isca e principal local de deslocamento no rio, sendo designadas duas frações na coluna de água:
fundo e intermediária em relação à superfície de água do rio. Dentre os vários peixes pescados, três
são destacados pelos pescadores: piau, cascudo e surubim. O piau (Leporinus sp.) possui
alimentação seletiva (alimenta-se de massa vegetal) e por esse motivo esse peixe é coletado com
mais frequência por anzol, pois utiliza-se massa de vegetais (milho e coco babaçu) como isca, uma
vez que esta espécie se desloca na região intermediária. O surubim (Pseudoplatystoma fasciatum)
nutre-se de pequenos peixes que vivem na região intermediária e invertebrados que vivem no fundo
do rio, justificando a captura do surubim por groseira com vísceras de aves e mamíferos
(instrumento que alcança a região intermediária e o fundo do rio). O cascudo (Hypostomus
plecostomus) por alimentar-se principalmente por detritos no substrato é capturado com mais
frequência por tarrafa, pois esse instrumento pode alcançar a região mais profunda do rio. Os
pescadores utilizam também uma variedade de instrumentos que capturam peixes de qualquer
região do rio e que servem para sua alimentação de subsistência, exemplo: tarrafa, jiqui, linhada,
vidro, beradão, espinhela. Através da pesca artesanal pode-se adquirir um extenso conhecimento
sobre o meio ambiente, os tipos de ambientes propícios à vida de certas espécies de peixes, o
manejo dos instrumentos de pesca, identificação dos pesqueiros (melhores pontos de pesca), o
hábito dos diferentes peixes, o comportamento e classificação dos peixes.
Palavras-Chave: Alimentação, Pesca artesanal, Leporinus sp, Pseudoplatystoma fasciatum,
Hypostomus plecostomus.
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SIMBIO 039
ANIMAIS SILVESTRES E EXÓTICOS CRIADOS COMO ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
NA CIDADE DE BOM JESUS, PIAUÍ
MAÍRA DA SILVA, KAUÊ HENRIQUE COSTA RIBEIRO, ROBERTO RORRAS DOS
SANTOS MOURA, CÁSSIO HENRIQUE DA SILVA, LILIAN SILVA CATENACCI, KARINA
RODRIGUES DOS SANTOS
Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, UFPI/CPCE. E-mail:
[email protected]
Os animais silvestres são aqueles pertencentes às espécies nativas, migratórias e quaisquer outras,
aquáticas ou terrestres, que tenham sua vida ou parte dela ocorrendo naturalmente dentro dos
limites do território brasileiro e suas águas jurisdicionais, ocorrendo fora desses limites são
considerados exóticos. A captura ilegal de animais silvestres é facilitada pelo quadro econômico
pouco favorável encontrado no Brasil, já que nas áreas de captura não existe pouca ou nenhuma
fiscalização. A cidade de Bom Jesus, Piauí, começou seu desenvolvimento econômico
recentemente em função da expansão na área agrícola. Porém, a cidade ainda dispõe de
características peculiares de cidade interiorana. Dentre elas está a caça ilegal e a retirada de animais
silvestres da natureza para criação como mascote doméstica. Essa tradição se constitui como uma
cooperação direta para o comércio ilegal de animais selvagens. O objetivo do presente trabalho foi
relatar espécies de animais silvestres criados como animais de estimação em Bom Jesus, Piauí,
como indicador do comércio ilegal de animais silvestres na região. Em pesquisa feita com 77
proprietários de animais de estimação, 21% (16 proprietários) relataram criar animais silvestres
e/ou exóticos em suas residências, sendo que apenas dois proprietários disseram ter obtido seu
animal sob os devidos trâmites legais. Os animais relatados e suas respectivas freqüências foram
papagaio (Amazona aestiva) 25%, coelho (Oryctolagus cuniculus) 20%, jabuti (Chelonoidis sp.)
15%, periquito australiano (Melopsittacus undulatus) 15%, tatu-peba (Euphractus sexcintus) 10%,
macaco-prego (Sapajus sp.) 5%, canário-da-terra (Sicalis flaveola) 5% e preá-da-índia (Cavia
porcellus) 5%. Dessas espécies, três estão inclusos nas listas oficiais de espécies ameaçadas de
extinção: jabuti (Chelonoidis sp.), tatu-peba (Euphractus sexcintus) e macaco-prego (Sapajus sp.),
sendo o tatu-peba vítima tanto da captura para consumo quanto para criação como mascote. Uma
das faces mais comuns do comércio ilegal é o pensamento errôneo da maioria dos proprietários em
considerar que o termo tráfico está restrito somente a quem vende. Os dados aqui relatados servem
de alerta inicial para que sejam realizados trabalhos de conscientização e educação ambiental da
população de Bom Jesus buscando esclarecer e alertar sobre o comércio ilegal e a prática
inadequada de criar animais silvestres como animais de estimação.
Palavras-Chave: animais, silvestres, estimação, criação, tráfico
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SIMBIO 040
REABILITAÇÃO E SOLTURA DE TATU-BOLA (TOLYPEUTES TRICINCTUS
LINNAEUS, 1758) ATROPELADO NA REGIÃO SUL DO ESTADO DO PIAUÍ, BRASIL:
RELATO DE CASO
MAÍRA DA SILVA, KAUÊ HENRIQUE COSTA RIBEIRO, ROBERTO RORRAS DOS
SANTOS MOURA, CÁSSIO HENRIQUE DA SILVA, LILIAN SILVA CATENACCI &
KARINA RODRIGUES DOS SANTOS
Universidade Federal do Piauí, Campus Professora Cinobelina Elvas, UFPI/CPCE. E-mail:
[email protected]
O atropelamento de animais é um problema crescente, devido principalmente à falta de
conscientização dos motoristas e ao desmatamento de habitats naturais. Conhecido como tatu-bola,
Tolypeutes tricinctus é um mamífero com distribuição endêmica aos ecossistemas da caatinga e
cerrado e está incluso na lista de animais ameaçados de extinção. O objetivo desse trabalho foi
relatar um caso de reabilitação e soltura de um tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) vítima de
atropelamento. O animal era um macho, jovem, pesando 1,3 kg com histórico de atropelamento.
Apresentava ferimento na região do focinho e lábio inferior, com muco purulento e sujidades,
respiração dificultosa e exposição de pequenos fragmentos do septo nasal. Inicialmente foi
realizada limpeza do ferimento com solução fisiológica (cloreto de sódio a 0,9%) e antisséptico
bucal (Listerine®), mantendo essa limpeza diária por 14 dias. Para melhor ventilação das vias
aéreas, foi oferecido suporte de oxigênio com auxílio de um aparelho de inalação silencioso
(Pulmosonic®). Foi administrado antinflamatório meloxicam 2% (0,1mg/kg IM) sid por 4 dias e
antibiótico sulfametoxazol associado a trimetoprima (1mg/kg VO), sid por 7 dias, ambos aplicados
nos membros anteriores. Nos primeiros dias, o animal ingeria apenas água e papinha de frutas
frescas em função da lesão na mandíbula e da dificuldade de apreender os alimentos. Devido a essa
alimentação praticamente líquida, o animal apresentou salivação com aspecto espumoso,
provavelmente pela ausência de alimento suficiente no estômago. A partir do 4º dia, passou a
ingerir ração para ferrets (Nutrópica®) fornecida umedecida com água. Aos poucos, ingeriu também
ovos de galinha cozidos e frutas. Decorridos 21 dias, o animal se encontrava em estado propício
para soltura. Por se tratar de um animal silvestre, é importante que a soltura seja realizada o mais
rápido possível a fim de se evitar que o animal se acostumasse com o convívio humano. A soltura
foi realizada em uma reserva legal do IBAMA localizada próxima à região onde o animal foi
encontrado, facilitando dessa forma a sua readaptação ao ambiente natural. O tatu-bola (Tolypeutes
tricinctus) respondeu satisfatoriamente ao tratamento com reabilitação do quadro clínico. O
procedimento realizado contribuiu para o bem-estar do animal e conservação da espécie.
Palavras-Chave: tatu-bola, Tolypeutes tricinctus, atropelamento, reabilitação, silvestre
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SIMBIO 041
REABILITAÇÃO DE FILHOTE DE TAMANDUÁ-BANDEIRA (MYMECOPHAGA
TRIDACTYLA ) NO MUNICÍPIO DE BOM JESUS-PI
DE OLIVEIRA J. C¹.; SOUSA L. S².; MACHADO J.S³.; SILVA J.S4 .;CATENACCI L.S.5
1Curso de Medicina Veterinária ¬– UFP/CPCE e-mail: [email protected]
Universidade Federal do Piauí-CPCE BR 135 Km 03; Planalto Horizonte. Bom Jesus-PI CEP
64900-000
²Curso de Medicina veterinária – UFPI/CPCE email; [email protected]
³Curso de Medicina Veterinária – UFPI/CPCE email; [email protected]
4Curso de Medicina Veterinária – UFPI/CPCE email; [email protected]
5Departamento de Medicina Veterinária – UFPI/CPCE email; [email protected]
O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), é um mamífero xenartro, considerado o maior
representante da família mirmecofagídeos, atinge até 2,1m de comprimento e 40 kg, não possui
dentes, sua língua atinge até 61 cm de comprimento, com 13mm de largura. Produz uma saliva
viscosa, onde formigas e cupins são retidas. Possuem três dedos nas patas anteriores e cinco nas
posteriores, geralmente cinzas, membros brancos, com uma banda diagonal preta e branca na altura
dos ombros. Em 25 de setembro de 2012 no Município de Bom Jesus/PI, funcionários da
UFPI/CPCE encontraram um tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla), fêmea, 2,1kg, com
aproximadamente 40 dias de idade, aparentemente sadio, porém desidratado e o encaminharam para
o Ambulátório de Clínica de Animais Silvestres da mesma. Realizou-se exame de fezes, o qual não
apresentou alterações. O animal ficou sobre os cuidados da professora responsável pelo
Ambulatório, juntamente com o Grupo de estudos em Biodiversidade (GBIO) durante 30 dias. O
animal ficou internado, recebendo alimentação três vezes por dia, a base de leite de soja ou de
cabra, cupim, água à vontade e papinha (ração de ferret, frutas e carne moída), sendo a última
pouco aceita pelo mesmo. O animal era colocado em um campo aberto por uma hora/dia, para
estimular o forrageamento. Após alguns dias foi levado para um recinto maior, com substrato de
terra e pedras, onde continuou sendo observado e recebendo a mesma alimentação. Na semana
seguinte foi acrescentado gema de ovo na alimentação, porém, no segundo dia desse fornecimento,
notou-se uma dilatação abdominal pelo acúmulo de gases, consequentemente sentindo dor,
imediatamente foi levado para o Ambulatório, ficando em observação, sendo medicado com
Dimeticona (2,0ml), massagem abdomnial e lavagem do ânus com óleo mineral (2ml) e com água
morna (3m). Como a universidade não dispõe de recinto adequado, o GBIO decidiu encaminhá-lo
para uma instituição que poderia proporcionar maiores cuidados. Após contactar com o
IBAMA/Teresina-PI, IBAMA/Barreiras-BA e o Zoológico de Salvador-BA, o animal foi
encaminhado ao Criadouro conservacionista “Parque Fioravarante Galvani”, em Luís Eduardo
Magalhães-BA. O planejamento é que após a reabilitação, o animal retorne à vida livre, com
monitoramento pós-soltura através de técnicas de radiotelemetria.
Palavras-Chave: silvestre, reabilitação, Xenarthra, Myrmecophaga
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