- Biblioteca Municipal de Viana do Castelo
Transcrição
- Biblioteca Municipal de Viana do Castelo
DIRECTOR HONORÁRIO D. Carlos Martins Pinheiro DIRECTOR Paulo Emanuel Martins Dias DIRECTOR-ADJUNTO José Aníbal Marinho Gomes www.opovodolima.publ.pt ANO I - 2ª Série | N.º 2 | Quinzenal O Jornal essencialmente Limiano Preço Avulso: 0,60€ Assinatura Anual: 15€ 22 | Dezembro | 2008 O Natal do Senhor Eu não sei se há festa mais bonita do que esta velha festa do Natal, em que por graça de um luz bendita se vive uma alegria fraternal. Verdadeiro milagre de amor, como outro não conheço igual, são momentos de válido calor a dominar na TERRA todo o mal. Foi para impregnar a humanidade de maior compreensão e de bondade que DEUS fez vir ao MUNDO O SEU JESUS, Anunciar a GRANDE E NOVA IDEIA de salvar nossa misera colmeia com o fulgor da SUA SANTA LUZ! Aníbal Marinho, in «Homens e ideias» Ponte de Lima 1976 www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 Editorial José Aníbal Marinho Gomes Quando se fala no Natal vem-nos à lembrança a festa, a luz, as cores, a música, a árvore enfeitada e os sabores: o bacalhau cozido, o peru assado, as rabanadas, a aletria, o arroz doce, o leite-creme, os bolinhos de abóbora-menina, os sonhos, os mexidos, o bolo-rei, as frutas secas, cristalizadas… Mas às vezes esquecemo-nos do mais importante: o nascimento de Jesus que veio ao mundo para nos salvar, por vontade de Seu Pai. Opinião 02 Na noite de Natal pomos de lado as adversidades, os sacrifícios do quotidiano e, sentados à volta da mesa, brincamos, contámos histórias aos mais novos, dos que já partiram, recordamos peripécias da nossa infância e de como aguardavamos, ansiosos, que o dia rompesse para vermos as lembranças ''deixadas'' pelo Deus-menino, junto ao presépio. E recordamos os presépios de outrora e como ocupávamos o tempo a montá-lo: começávamos bem antes do Natal, arranjávamos musgo, depois no chão ou em cima de uma mesa começava a nossa tarefa de arquitectos. Criávamos uma aldeia, onde não faltava uma igreja, uma ponte, algumas casinhas, um moinho, o moleiro, o castelo, os pastores e as ovelhas, os reis magos e o mais importante de todo o presépio, o Menino Jesus, no meio da Virgem Imaculada e de S. José e, dia a dia, muitas vezes à socapa dos mais velhos, lá iamos acresentando uma nova peça de barro. Não havia Pais Natais, porque a figura central desta quadra é o Menino Jesus. O presépio simboliza o lar e a alegria da família que acolhe o nascimento do menino Deus. Mas estas bênçãos hoje não estão na moda; antes está o consumismo desenfreado, o desrespeito pela vida humana e pela instituição familiar, o exibicionismo do ter … Os atropelos à família são constantes, fruto das politicas desastrosas dos nossos governantes, os domingos não são mais dias de descanso e de reunião familiar. Já não se respeita a vida humana desde a sua concepção e começase a legitimar o suicídio assistido… Porque não há quadra mais bela e delicada no ano do que a do Natal, saibamos dar valor às coisas simples e verdadeiras: um sorriso nos lábios das crianças, um abraço amigo, umas palavras carinhosas, o amor ao próximo… E, de olhos postos em Jesus, Maria e José, vivamos em verdadeiro amor. O Código do Trabalho e a sua revisão Agostinho Boalhosa de Freitas Assessor da Segurança Social O Código do Trabalho, aprovado pela Lei nº 99/2003, de 27/8, e que entrou em vigor em 1 de Dezembro de 2003, como consta do seu Artigo 3º, e a Lei n.º 35/2004, de 29 de Julho que concretiza o Código do Trabalho nas matérias que careciam de regulação especial, constituem um importante passo no sentido da flexibilização das leis do trabalho em Portugal, traduzindo-se numa medida essencial para aumentar a competitividade da economia nacional, em geral, e, das empresas, em particular. Da sua Nota Prévia retira-se, desde logo, um grande sentido orientador em toda a coerência do seu texto. Ele há-de basear-se no princípio e respeito pela dignidade humana, da democracia, da igualdade, da liberdade e da tolerância sem beliscar a discriminação e a segurança no trabalho. Mas o Código foi mais longe ao assumir o seu carácter temporal. Ele aponta no seu artigo 20º, da Lei que o aprova uma revisão dentro de quatro anos com o objectivo de tentar a estabilidade e um começo de duração. Pretende-se, com esta medida, que o mesmo seja um instrumento de melhorias e garantias e não de desequilíbrio ou de desregulamentação, por um lado, e , por outro, reforçar o papel de cada um dos seus agentes, combatendo a desigualdade, simplificando o papel institutivo criando autonomia e liberdade empresarial. Torna-se, assim, de grande interesse, o conhecimento geral das normas e dos princípios que regulam as relações jurídicas que se estabelecem entre empregadores e t ra b a l h a d o re s p o r p a r te d e to d o s o s intervenientes. A instalação de Pólos Industriais, veio dar uma dimensão nova e arrojada ao tecido empresarial deste território do vale do Lima, de que é beneficiária a população activa dos concelhos que com ele confinam. Estas são razões acrescidas para que esta população possa contar, a partir de agora, com mais um espaço de informação onde se possa rever com os esclarecimentos que, porventura, aqui venham a ser prestados. Entretanto, a revisão do Código foi aprovada no passado dia 07.11.2008 na Assembleia da República, estando prevista a sua entrada em vigor para o dia 1 de Janeiro. Para o Primeiro-Ministro, o Código do Trabalho conta já com a sua mais recente alteração e que, na sua opinião, vem dar resposta a que "Portugal precisa de mudar e de evoluir na legislação laboral. É preciso dar uma resposta positiva à economia portuguesa, concedendo maior flexibilidade às empresas, e reduzir a precariedade do emprego". Destas alterações que irão entrar no quotidiano de empregadores e trabalhadores daremos a devida nota nas próximas edições, adiantando desde já duas. Uma tem a ver com o “Aumento do período experimental”. Está em questão o aumento de 90 para 180 dias, para a generalidade dos trabalhadores, o prazo inicial durante o qual o contrato pode cessar livremente, sem necessidade de invocação de justa causa, nem direito a qualquer indemnização ou compensação pelo período de trabalho prestado. Esta medida, na opinião de especialistas na matéria, permitirá uma selecção mais cautelosa e ponderada dos efectivos, reduzindo, deste modo, o risco de contratações falhadas que, nomeadamente nas PME, tem um grande impacto negativo. No entanto, o único senão prende-se com o possibilidade do período experimental poder passar a ser usado de forma abusiva como uma modalidade de contratação a termo, o que levará a que contratos a termo por períodos de seis meses ou menos deixem de ser necessários. Esperemos que a prática venha a negar este tipo de opinião. Uma segunda questão prende-se com a “Impugnação do despedimento”. Está previsto o encurtamento de um ano para dois meses o prazo que o trabalhador dispõe para contestar judicialmente o despedimento, excepto no despedimento colectivo, em que o mesmo período é de seis meses. A redução daquele prazo vai por termo à situação de dúvida e de incerteza por que as empresas têm de passar e obrigar os trabalhadores a tomarem uma decisão mais célere. A experiência tem demonstrado que os trabalhadores acabavam por se desinteressar ou abandonar a possibilidade da impugnação de despedimento, em virtude de no ano subsequente encontrarem, entre outras razões, novo emprego, por exemplo. Esperemos que, agora, os trabalhadores venham, por cautela, deduzir oposição judicial ao despedimento nos novos prazos definidos na lei. Porque Jesus é nosso amigo e ama-nos acima de todas as coisas deixemo-Lo entrar em nossas vidas, e saibamos neste Natal compreender o verdadeiro espirito desta quadra através do amor fraterno em comunhão familiar. Prezado Leitor e Assinante: No dia 11 de Dezembro de 2006, o Senhor Padre Casimiro Pereira escrevia no jornal O Povo do Lima: “Há muito, muito tempo, que tenho andado à procura de quem me substitua na publicação deste pequeno jornal que há 30 anos, ininterruptamente, tenho feito chegar à mão dos leitores. Volvido este tempo não posso esconder o meu cansaço. Não quero que ele acabe, mas sim, O Jornal essencialmente Limiano Apartado 16 4994 - 909 PONTE DE LIMA www.opovodolima.publ.pt [email protected] que alguém apareça e lhe dê continuidade, ligado à Igreja Católica, como começou em 1 de Janeiro de 1975. Completou 31 anos de vida!... Tenho de o suspender até que apareça alguém, com coragem, para retomar a publicação!...” Após este interregno cá está ele de novo ao serviço do Povo de Ponte de Lima, mantendo-se o estatuto editorial inalterável na defesa da doutrina social da Igreja. A propriedade é agora da Militia Sanctae Mariae (Milícia de Santa Maria), Companhia Regular e Militante dos Cavaleiros de Santa Maria, que à luz do direito canónico é uma Associação Pública de Fieis. Apelamos a todos os Pontelimenses para que colaborem na publicação deste JORNAL através da assinatura (pagando-a!...), oferecendo publicidade, angariando novos assinantes, enviando-nos notícias das localidades onde residem. Se assim for teremos “O POVO DO LIMA“ para perdurar ao longo dos tempos, levando a cada um notícias da nossa terra, independentemente de onde se encontrar. No final deste ano termina o porte pago, mais uma machada do poder central na imprensa regional, pelo que é mesmo necessário que todos paguem, atempadamente, a sua assinatura e angariem novos assinantes. Pedimos pois a todos que nos façam chegar a importância referente a cada assinatura anual (24 números) que é de 15,00 € para o território nacional, 40,00 € para a Europa e 50,00 € para o Resto do Mundo. Vamos tentar sobreviver com estes preços e só em caso de Director: Paulo Emanuel Martins Dias Sub-Director: José Aníbal Castro Marinho Soares Gomes Coordenador-Geral: Filipe Amorim Departamento Jurídico: Paula Leite Marinho Colaboradores: Agostinho B. Freitas, Amândio Sousa Vieira, Américo Carneiro, António Matos Reis, Armanda Amorim, Armando Pereira, Carlos Aguiar Gomes, D. Carlos Martins Pinheiro, Fernando Hilário, Germano Silva Gomes, João Barbedo Marques, João Carlos Gonçalves, João Gomes d’ Abreu, José da Rocha Fernandes, José Lima, José Velho Dantas, Maria Filomena Abreu Coutinho, Maria Luísa Aguiar Gomes, Mariana Neves Ventura Norte, Padre Casimiro Abreu da Costa Pereira, Pais de Azevedo, Susana Luciano. Fotografia: Foto Lethes impossibilidade total é que faremos uma revisão aos mesmos. Bem hajam! A Direcção Caso deseje regularizar a sua assinatura ou tornar-se nosso assinante não hesite em contactar-nos para: O Povo do Lima Apartado 16 4994-909 PONTE DE LIMA [email protected] O Povo do Lima - registado na ERC com o n.º provisório 125532 Sede: Rua Manuel Morais - Agrónomo, 13, 4990-125 Ponte de Lima Propriedade e Emissão: Militia Sanctae Mariae Periodicidade: Bimensal Impressão: Diário do Minho - Braga ISSN: 1647-1237 Depósito Legal: 66348/93 Tirágem: 1500 exemplares Assinatura Anual: Portugal 15€ | Europa 40€ | Resto do Mundo 60€ www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 03 Quando recordar é viver.... Ponte de Lima 1957... APONTamentos ... Mariana Neves Ventura Norte José da Rocha Fernandes * O Pão Nos idos de 1957, morava na Ribeira com minha querida Mãe Maria, Pai Amândio e mais 4 irmãos, todos de tenra idade de 6 anos o Aires, 5 o José, 4 o David, 2 o Fernando e a Mãe grávida do Antônio. Meu Pai trabalhava como motorista na frota de taxis da vila, do Sr. Veloso Por vezes fazia viagens mais longas, por isso ficava ao meu encargo ir buscar o pão na padaria da Além da Ponte. Coisa que eu fazia com bastante prazer, por ser uma aventura a mais atravessar a ponte medieval construída ainda pelos Romanos Olhar o Rio Lima para nós crianças era um feito muito alto, para que depois, cada um contasse à sua maneira as emoções que sentiu na travessia. Para os adultos era muito problema, por já haverem diversas mortes com crianças que caíram no Rio Lima. Bom, lá ia eu todo faceiro buscar o pão na padaria de Alem da Ponte, numa cesta de palha de junco com as cores da bandeira de Ponte de Lima. Minha Mãe gostava muito daquele que era considerado o melhor pão de centeio da cidade. Eu fazia o caminho, saindo a Ribeira da rua principal atravessava um caminho de terra entre propriedades que tinham diversas latadas de uvas brancas e tintas até chegar na via principal que ia dar rua da praça de são João aonde ficava a farmácia e logo na cabeceira da ponte a chefatura da policia rodoviária. Atravessava a Ponte depois na praça da além da ponte ia na rua principal buscar o pão. Voltava satisfeito com três pães na bolsa, saltitante lá vinha cheio de graça. Depois com os amiguinhos da Ribeira toca contar estórias da travessia que aqueles que não podiam ir ficavam admirados com tal proeza da travessia. Fuga para o Trogal Mas como criança tem muitas idéias, uma vez em pleno verão de Setembro de 1957, resolvi sem falar a ninguém ir até ao Trogal, para isso pelo meio do caminho entendi que tinha que inventar uma estória para meus Avós e Tios de me deixarem ficar lá. Saí da Ribeira e fui até além da Ponte na Padaria buscar o Pão, assim que me despacharam em vez de fazer a volta para a Vila tomei o caminho à minha direita que dava para Viana do Castelo. Foi passando por Bertiandos, nas Carvalheiras virei à direita, fui subindo para São Pedro, atravessei as terras de Terrafeita e fui em frente para o Trogal. Antes de chegar comecei a ter as idéias de como me livrar do pão e da sacola. Antes de começar a descer para chegar à casa de meu Avô Materno, via-se uma paisagem bem bonita até a Serra de Santa Justa, dali mesmo fiz umas duas voltas no corpo e como se fosse jogar um martelo despachei a bolsa e o pão em seu interior que ficou escondida no meio dos pinheiros e das carquejas. A chegada Quando cheguei na casa de meu Padrinho e Avô José Fernandes, fui recebido com um misto de surpresa e preocupação... Começaram a fazer as perguntas porquê eu estava ali, aonde estavam os outros. Criar estórias para criança não é nada difícil, eu contei a minha... Mas com certeza os adultos ficaram ainda mais cismados com minha aparição do nada e sem nenhum parente. Eu, estava super feliz, pois estavam malhando o milho, na eira da casa, coisa que eu gostava bastante e na outra parte da eira debulhando o feijão. Encontrava-me feliz, sem remorso algum de ter deixado a Mãe o Pai e os irmãos sem o pão. A busca Mas como nem tudo que é bom dura pra sempre, vi meu Pai chegar pela ladeira que dava para a eira com cara de poucos amigos, assim tratei de ficar fora da sua vista, mergulhei na pilha de feijões, mas assim mesmo, fui descoberto, meu pé ficou para fora do monte e senti quando uma mão forte me puxou ficando por alguns segundos de cabeça para baixo, claro pedindo por socorro, pois sabia que ia apanhar bastante da mão dura de meu Pai. Todos que estavam na eira fizeram menção de ajudar, meu tio Manuel, avô José, avó Joaquina, tia Cecília e o primo Severo. A volta Claro que foi muito mais rápido voltar, primeiro tive que voltar no monte para achar a bolsa e o pão centeio, que naquele tempo umas 2 horas já estava cheio de formigas, recuperá-lo voltando para o carro de meu Pai, seguindo para Ponte de Lima. Quando estávamos viajando meu Pai não conseguia dar uma palavra, mas sentia que seu ânimo estava pesado. Depois é que vim a entender o que passava, na chegada a Ponte de Lima, estavam os bombeiros no Rio à minha procura e um monte de pessoas me procurando pelo areal do Lima, minha querida Mãe no final da ponte chorava desesperada chamando pelo meu nome. Ali senti que havia feito uma grande maroteira. O encontro... Minha querida Mãezinha, quando me viu, aí sim, é que aumentou seu choro, só que desta vez de alegria, ao ver abraçava-me com muita força, suas lágrimas molhavame, mostrou-me a todos agradeceu pela ajuda e muito devagar fomos para casa. Não é de se admirar que por muitas semanas até meses fui a novidade da época, todos falavam do caso que deu bastante trabalho aos bombeiros, assim como problema emocional aos meus Pais. Aguardava assim receber um castigo exemplar, mas a alegria de ser encontrado com vida foi tanta que ficou para muito depois a tão afinada surra que eu estava esperando. No convívio com os outros Claro que para os outros da mesma idade eu tinha sido o herói que saiu andando a pé 7 km da Ribeira para o Trogal sem ser roubado ou seqüestrado (na época as crianças tinham muito medo dos papafigos, ou sejam adultos que pegavam as crianças levando-as para lhes tirar o fígado). Passei muito tempo contando como fiz para fugir desses sequestradores Que quiseram me pegar. Da parte de meus Pais recebi uma permanente vigilância, para que não desse para fazer o mesmo. Naqueles dias apesar de estarmos muito perto do final da guerra, eram dias pacatos, só com algum afogamento no rio Lima ou fuga de algum miúdo de seus Pais, nada acontecia naquela bucólica vila, graças a Deus... * José da Rocha Fernandes, nasceu a 24-051951, em São Pedro de Arcos, filho de Amândio Manuel Fernandes (o conhecido taxista Terrafeita) e de Maria da Conceição da Rocha, ambos já falecidos. Actualmente reside na cidade do Recife para onde embarcou no dia 06-031967, deixando para trás parentes e amigos. No dia 30-09-1979 veio a Ponte de Lima «matar saudades», onde permaneceu por alguns dias, regressando novamente à Veneza Brasileira sem nunca perder de vista os acontecimentos da sua terra natal. Fico perplexa ao ler os dados do relatório do Instituto Nacional de Estatística sobre a taxa de pobreza. O cenário é, no mínimo, preocupante: Portugal faz parte da lista negra dos países com uma taxa de pobreza superior à média Europeia de 16%. Relativamente a Portugal, o nosso país apresenta um quinto da população que se encontra em risco de pobreza. Como sabemos, a pobreza e a exclusão social têm vindo a aumentar ao longo dos anos, quer no meio urbano, quer no rural. A pobreza rural advém, em parte, de uma agricultura tradicional, que apresenta pouco investimento ao nível de transformações e inovações técnicas e tecnológicas. As áreas rurais apresentam também pouco dinamismo económico. Para além disso, a população rural revela uma baixa qualidade de vida, o que a incita a deslocar-se para áreas urbanas ou suburbanas, para que possa melhorar as suas condições de vida e de trabalho. Por oposição, as áreas urbanas encontram-se superlotadas. Cada vez mais o desemprego aumenta e não se conseguem encontrar rápidas e sólidas soluções para este grande problema. Nestas áreas, também é possível depararmo-nos com uma fragilidade social, existindo múltiplas dificuldades ao nível da inserção profissional. De facto, em alguns casos, são automaticamente excluídos grupos de portadores de deficiências, como ex-reclusos ou ex-toxicodependentes, o que contribui para o aumento da violência, revolta, tristeza, insatisfação e desespero nestas áreas. Actualmente, somos confrontados com inúmeras promessas, tentativas de alterar mas de que valem? O que é que realmente se tem feito para colmatar estas lacunas na sociedade? E quem é que realmente ajuda quem mais necessita? Vivemos num mundo de autênticas correrias e dizemos que não temos tempo para nada. Há mesmo quem diga que, se pudesse, faria com que o seu dia tivesse 25 em vez de 24 horas! Porém, fico feliz por saber que há quem tenha tempo. Não para si, mas para os outros. Para dedicar esse tempo a quem mais necessita. Ajudam sem querer nada em troca e fazem o que está ao seu alcance para o conseguir, fornecendo alimentos, roupa, uma palavra amiga ou de esperança. São pessoas solidárias que, apesar de terem a consciência de que, por si sós não mudarão o mundo, sabem que poderão contribuir para um mundo menos egoísta e mais receptivo. Podem não entender nada sobre temas económicos e políticos, mas no campo da amizade e da solidariedade são, de facto, os melhores. Na verdade, as únicas auto-estradas e pontes que pretendem fazer apenas se relacionam com ferramentas afectivas e com bens de primeira (e urgente!) necessidade. Estas pessoas iluminam o caminho daquelas que só vêm uma escuridão à sua volta. Aconchegam e dão conforto a quem precisa e sabem que o único benefício em ajudar é receber um sorriso de quem é ajudado. Sentem que a sua missão foi cumprida e que sortiu o efeito desejado. Por isso, não entendo como é que existem tantos cidadãos a recusar dar a mão aos mais necessitados. Se parassem um segundo e procurassem ajudar, estariam a dar um passo atrás na sua vida para, em conjunto e união com aqueles que necessitam de ajuda, darem um salto gigante para a frente. Às vezes, é preferível dar um passo para trás, para depois dar um salto em grande para a frente. E quando esse salto é feito ao lado de alguém, ainda o torna mais grandioso e gratificante. Não acredito que seja por falta de sensibilidade ou de consciência que não ajudam, pois ninguém consegue fechar os olhos e abstrair-se da quantidade de pessoas que dorme na rua ou que, ainda que tenha uma casa, não reúna o mínimo de condições para poderem satisfazer as suas mais básicas necessidades. Talvez a palavra para determinar a ausência de acções seja mesmo o egoísmo de alguns indivíduos, que vivem apenas só para ajudar, uma pessoa para si e para os seus e se esquecem que precisa de querer e, talvez vivem numa sociedade, e que necessitam estas pessoas não queiram de outras pessoas para se realizarem mesmo ajudar. Porque pessoal e profissionalmente. Mostram-se quem quer ajudar, fá-lo indiferentes para com a pobreza. Não (re)agem às notícias expostas em jornais, sem procurar encontrar documentadas na televisão ou ouvidas na justificações para, rádio. Revelam ausência de preocupações eventualmente, não o perante este tipo de problemas que se fazer. tornam abundantes no nosso país. Tem medo de quê? De ajudar? Não creio… Penso que o problema se resume ao facto de, para ajudar, uma pessoa precisa de querer e, talvez estas pessoas não queiram mesmo ajudar. Porque quem quer ajudar, fá-lo sem procurar encontrar justificações para, eventualmente, não o fazer. Espero é que elas um dia nunca venham a precisar de um ombro amigo ou de um bem que não possuam, pois temo que venham a sentir na pele o que é não ter nada e não haver ninguém que queira dar um mínimo que seja. É a triste realidade da nossa sociedade! Boas notícias para os países os escandinavos (como a Suécia, a Finlândia e a Dinamarca), a República Checa e a Eslováquia, que são aqueles que apresentam menos pessoas em risco de pobreza. Talvez um dia Portugal esteja incluído neste grupo… www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 04 Sarrabulho Aniversário à moda de Ponte de Lima Banda de Música de Ponte de Lima Processo de certificação deve ser concluído até finais de 2009 assinala aniversário A Banda de Música da Vila de Ponte de Lima assinalou o seu aniversário no dia 7 de Dezembro. Do programa deste dia de festa constou a celebração de uma eucaristia, abrilhantada pelas vozes dos seus membros. Actualmente, a Banda de Música de Ponte de Lima é composta por cerca de 68 elementos, sendo na sua maioria jovens com idades compreendidas entre os 20 e os 25 anos de idade. A Banda de Música de Ponte de Lima, é uma instituição de Utilidade Pública desde 2 de Outubro de 1987, e foi constituída em Associação “Grupo de Cultura Musical de Ponte de Lima” tendos os seus Estatutos sido publicados no Diário da República III Série Nº 117 de 22 de Maio de 1979. Breves “Ciência Viva” nas lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos A Área de Paisagem Protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, através do seu Serviço Educativo, promove este ano lectivo uma área de projecto sob o tema “Ciência Viva”. Estão inscritas cerca de 70 alunos, da Escola Básica de Vitorino dos Piães e da Escola Básica de Freixo. Os alunos ao participarem neste projecto podem desfrutar de um novo e s p a ço n o C e nt ro d e Interpretação Ambiental, dotado de um conjunto de equipamentos que permitem explorar de forma lúdica/pedagógica a componente animal, vegetal, corpo humano, rochas, minerais e o sistema solar. Feira do Livro de Natal em Ponte de Lima Realizou-se de 15 a 19 de Dezembro, na antiga cadeia das Mulheres, junto à Torre da Cadeia Velha, em Ponte de Lima, uma Feira dedicada ao Livro Limiano. Sob o lema “Este Natal ofereça um livro Limiano”, a iniciativa visou divulgar e promover os autores Limianos. Todos os livros tinham um desconto de 30%, o que se traduziu numa oportunidade para adquirir livros limianos. PSP inaugura carreira de tiro em Ponte de Lima A Polícia de Segurança Pública inaugurou, no dia 22 de Dezembro de 2008, no Lugar de Formigoso, freguesia de Cabração, uma Carreira de Tiro. Esta cerimónia foi presidida pelo com a presença do Sr. Ministro da Administração Interna. A Carreira de Tiro agora inaugurada, a primeira criada pelo Ministério da Administração Interna, servirá para ministrar instrução aos elementos da forças e serviços de segurança dependentes do MAI, bem como para ministrar cursos de Formação Cívica a quem requeira licença de uso e porte de arma. Segundo Nuno Brito, vicepresidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo - entidade que está a trabalhar na certificação deste prato em parceria com a Câmara de Ponte de Lima, e ainda com a colaboração da Confraria Gastronómica do Sarrabulho à Moda de Ponte de Lima - O processo de certificação do sarrabulho à moda de Ponte de Lima, deverá estar concluído até finais de 2009. Actualmente procede-se a um estudo das características dos diferentes produtos usados na sua confecção. Francisco Sampaio, expresidente da Região de Turismo do Alto Minho e um dos principais entusiastas e impulsionadores da certificação do emblemático prato de Ponte de Lima, defende que “O verdadeiro arroz de sarrabulho tem que ser confeccionado de acordo com a receita de Foto: www.rtam.pt Belosinda Varela, mais conhecida por Clara Penha”. Afirmou ainda que esta a receita, confeccionada no início do século passado pela Clara Penha, é a receita que urge perpetuar, para acabar com as imitações e para pôr cobro à adulteração de um dos pratos mais genuínos do Alto Minho. Nuno Brito, garantiu que “será tida em conta a receita tradicional de base, através do levantamento dos ingredientes de base, bem como de distintas receitas e, consequente- mente a sua apresentação à Câmara Municipal. Após esta apresentação, será definida quer pelo IPVC, quer pela autarquia, uma receita de referência, bem como os ingredientes tradicionais que compõem a receita do Sarrabulho”. Esta informação foi tansmitida durante uma matança tradicional do porco, realizada na Escola Superior Agrária de Ponte de Lima, uma iniciativa integrada no processo de certificação deste famoso e tradicional prato Pontelimense. Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima Portugual, Áustria, República Checa, China, Espanha e Itália, vão estar representados no Concurso 2009 O Júri do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima, já seleccionou os 11 jardins que irão participar na edição 2009, d e m o n s t ra n d o a s u a satisfação pelo facto de uma vez mais o Festival ter superado as expectativas ao receber 67 propostas, a maior participação de sempre. Dada a qualidade dos projectos que concorreram a este evento internacional, coube ao júri a difícil tarefa de seleccionar 11 propostas, sendo seis Portuguesas e as restantes d e o rigem Au stríaca, Checa, Chinesa, Espanhola e Italiana. A criatividade, originalidade e a diversidade de cada projecto, sob o tema obrigatório “As Artes no Jardim”, foram as linhas de orientação do júri para seleccionar estes projectos de grande qualidade. As propostas seleccionadas foram as seguintes: “Raids of Bliss” - Áustria; “Eohippus” - Portugal; “The Energias Reflectidas - Jardim mais votado na edição 2008 Garden of Silver Screen” República Checa; “Natureza em Risco” - Portugal; “Pintando (no) (o) Jardim” – Portugal; “Kaleidoscope” – China; “Jardim dos Sentimentos” – Portugal; “O Pensador” – Portugal; “Jardim dos Origamis” – Portugal; “Elogio da La Espera” – Espanha; “Frame by Frame” – Itália. Como suplentes o júri seleccionou uma proposta francesa designada “Cores do Céu”, e ainda, de autoria portuguesa “Arte na Mão” e “Olhem para o Céu”. “Energias Reflectidas” de autores portugueses, foi o jardim mais votado pelos visitantes na edição de 2008, continuando na próxima edição. Cem mil visitantes De ano para ano o número de visitantes tem aumentado. Na edição de 2008 mais de 90 mil pessoas visitaram este Festival, único em Portugal. A Direcção do Festival dos Jardins espera que na edição de 2009 esse número seja superior a cem mil visitantes. www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 05 VALIMAR MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS MUNICÍPIOS Operacionalizar serviços e desburocratizar a gestão autárquica são os objectivos dos projectos apresentados pela Valimar ComUrb A Comunidade Urbana Valimar (Valimar ComUrb) vai dar início à implementação de dois projectos, com a designação de eCompras/e-Arquivos e Infogeo Valimar, aprovados no âmbito do Sistema de Apoios à Modernização Administrativa (SAMA), Eixo Prioritário V - “Governação e Capacitação Institucional” do Programa Operacional Regional do Norte 2007-2013. O conjunto de projectos vai implicar um investimento na ordem dos 1,5 milhões euros. O sub-projecto e-Compras permitirá disponibilizar um conjunto de procedimentos de compras apoiados numa plataforma electrónica para o planeamento, consulta e negociação de fornecimentos de produtos e serviços, visando também responder às exigências impostas pelo novo código de contratação pública. O sub-projecto e-Arquivos tem como objectivo a digitalização dos processos de obra em arquivo e a gestão da informação por via electrónica, uma inovação organizacional que incluirá, além da implementação de uma infra-estrutura tecnológica robusta e escalável, a qualificação dos funcionários em áreas específicas associadas à digitalização e à gestão de documentos, bem como a criação de postos de atendimento para consulta digital de processos em arquivo. O projecto Infogeo Valimar pretende-se desenvolver bases de dados e aplicações de SIG e a criação de geoportais municipais, que respondam a necessidades e objectivos dos próprios municípios mas, também, que contribuam para o desenvolvimento de produtos e serviços de egovernment com vantagens para a sociedade em geral, quadro institucional da administração empresarial e munícipes em particular e compreende diversas acções, tais como a instalação e monitorização de uma rede geodésica local de apoio topográfico (supramunicipal); o tratamento, actualização e sistematização de bases de dados espaciais para gestão municipal; a instalação e operacionalização de um conjunto de aplicações de gestão municipal para apoio ao quadro técnico e político das autarquias; e a concepção, desenvolvimento, gestão e promoção dos geoportais municipais. A componente de SIG ao nível dos municípios será assim fortemente reforçada através deste projecto e também através de uma integração da informação cartográfica digital produzida recentemente pela Valimar nas escalas 1:10000 e 1:2000. Museu dos Terceiros Centro da Criança e recebeu mais de do Brinquedo de Ponte 3 000 visitantes “Santeiros de Ponte de Lima”, patente ao público até 31 de Dezembro O Museu dos Terceiros já recebeu mais de 3 0 0 0 v i s i ta n te s , q u e t i ve ra m a oportunidade de observar a Exposição temporária “Santeiros de Ponte de Lima”, patente ao público até 31 de Dezembro. O tema aqui retratado pretende expressar duas vertentes do trabalho da pedra, n o m e a d a m e n t e d o g ra n i t o, t ã o predominante no concelho de Ponte de Lima. A primeira a realçar é o uso do granito como matéria-prima desde a Préhistória até aos nossos dias. A segunda vertente, está mais relacionada com a “arte do saber” trabalhar a pedra. A exposição “Santeiros de Ponte de Lima” pretende dar a conhecer alguns dos artesãos que ainda guardam o segredo de transformar o material rochoso numa peça de arte inigualável, única e singular e alertar para a necessidade de o mantermos vivo e com expressão. Integrada no âmbito da iniciativa ‘’Serão de História Local", realizou-se, no passado dia 12 de Dezembro pelas 21.00 horas, no auditório da Biblioteca Municipal de Ponte de Lima, uma conferência proferida pelo Professor Doutor Carlos Alberto Brochado de Almeida subordinada ao tema "D. Leonel de Lima, um fidalgo que de Lima Projecto lançado pela Câmara Municipal condicionado pela construção do Centro Educativo de Ponte de Lima A Câmara Municipal de Ponte de Lima pretende avançar com a criação de um Centro da Criança e do Brinquedo, espaço que contemplará, para além de um Museu do Brinquedo, diversas áreas de ocupação dos tempos livres, lúdicas e pedagógicas. A intenção da autarquia passa por instalar este Centro da Criança e do Brinquedo em espaços já actualmente vocacionados para as actividades infantis. No entanto, o arranque deste projecto, que se encontra inscrito no Plano de Actividades e Orçamento para 2009, encontra-se condicionado pela construção do Centro Educativo de Ponte de Lima que deverá estar concluído em 2010. Nessa altura serão libertados os espaços dos actuais jardins-de-infância de Ponte de Lima, onde irá ser instalado este Centro da Criança e do Brinquedo. marcou a maior vara de Ponte de Lima." Os presentes, que ocorreram em número significativo, assistiram ao desenvolvimento de dados biográficos àcerca do 1.º Visconde que houve em Portugal e da sua proximidade e relação com o poder central. Revista Limiana completa dois anos de vida A terminar o segundo ano de publicação, foi já distribuído o número 10 da Limiana – Revista de Informação, Cultura e Turismo, correspondente ao mês de Dezembro, no qual é dado especial destaque ao Museu dos Terceiros de Ponte de Lima, num artigo da autoria do coordenador do museu, Prof. Doutor Brochado de Almeida, ilustrado com fotografias de Amândio de Sousa Viera. Com uma capa de grande beleza, alusiva ao Museu, ilustrada com a imagem do Retábulo da Senhora da Graça, a revista apresenta a histórica do conjunto arquitectónico formado pela Igreja de Santo António dos Frades e pela estrutura física daquela que foi a Ordem Terceira de São Francisco em Ponte de Lima, cuja origem remonta ao século XV, quando era alcaide-mor desta vila Leonel de Lima, 1.º Visconde de Cerveira. Para além do património arquitectónico, é dado igualmente destaque ao valioso espólio que integra este museu de arte sacra, constituído, nomeadamente, por azulejaria, talha, móveis, escultura religiosa, pintura, ourivesaria e tecidos. Neste número da revista, Daniel Campelo, Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, assina um artigo sobre educação, enquanto que Cláudio Lima se debruça sobre a poesia e a pintura da limiana Fátima Meireles, na habitual “Página Literária”. M e re c e m i g u a l m e n t e destaque neste número da Revista Limiana as apresentações dos livros “Os Despautérios do Padre Libório e outros contos p í c a ro s ”, d e A n tó n i o Manuel Couto Viana, e “As Condições Naturais e o Território de Ponte de L i m a ”, i nte g ra d o n a s publicações do Projecto Ponte de Lima Terra Rica da Humanidade, a reedição do livro “Filosofia da Existência”, de Domingos Tarroso, o Concurso “Ponte de Lima – Jardins, Arte e Inovação”, iniciativa do Município de Ponte de Lima que consiste em embelezar as janelas, varandas, espaços comerciais e canteiros do Concelho, e o habitual trabalho sobre as freguesias de Ponte de Lima, desta vez dedicado à freguesia de S. Pedro d'Arcos, da autoria do seu Presidente da Junta, Noé Gonçalves de Castro. João Gonçalves, Presidente da Direcção da Casa do Concelho de Ponte de Lima, faz um breve balanço dos primeiros seis meses do seu mandato à frente dos destinos desta associação regionalista, sendo ainda divulgadas as suas últimas actividades, com destaque para o Almoço Convívio de Limianos em Lisboa, a Desfolhada Minhota, a Festa de S. Martinho, a conferência realizada na sua sede sobre o Parque Biológico das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos, pelo Dr. António Mário Leitão, e a participação no primeiro encontro das Casas Regionais em Lisboa. Entre outros trabalhos desta edição da Revista Limiana, é ainda evocado o 25.º aniversário da II Série de “O Anunciador das Feiras Novas”, coordenada p o r A l b e r t o d o Va l e Loureiro, divulgado o Moinho de Estorãos, na rubrica “Solares de Portugal”, e rememorado o jogo dos pinhões, por Rui Quintela. No Editorial, da autoria do director da revista, é abordada a conclusão do processo de alteração da lei-quadro das Regiões de Turismo, que culminou com a criação de cinco grandes áreas regionais de turismo (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve) e de seis pólos de desenvolvimento turístico (Douro, Serra da Estrela, LeiriaFátima, Oeste, Litoral Alentejano e Alqueva). A Revista Limiana, de periodicidade bimestral, é editada pela Casa do Concelho de Ponte de Lima, associação regionalista de utilidade pública, sem fins lucrativos, com sede em Lisboa. Conforme consta do seu Estatuto Editorial, a Limiana, para além de órgão informativo da Casa do Concelho de Ponte de Lima, procedendo, nomeadamente, à divulgação das suas iniciativas e actividades, assume-se como órgão informativo dos mais importantes e significativos acontecimentos de âmbito nacional ou regional que, pela sua especificidade, interessem especialmente ao público-alvo da revista, e bem assim como órgão de divulgação da cultura e de promoção do turismo, especialmente direccionado para as regiões do Minho e de Lisboa, pretendendo ainda constituir-se como espaço de debate e reflexão sobre o associativismo regionalista, a cultura, o turismo e outros temas de interesse para a Comunidade Limiana. A revista é distribuída gratuitamente aos associados da Casa do Concelho de Ponte de Lima e posta à disposição do público em geral, através de assinatura e venda directa. www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 06 Caro Pai Natal; Ficarás surpreso ao receber esta carta pois quem ta remete é uma mãe adulta, bem ciente do significado da «Quadra Natalícia» que, enquanto criança, adolescente, jovem e agora adulta, nunca acreditou em ti! Apesar de te achar amoroso, nunca suplantaste a sua verdadeira referência – o Menino Jesus! Porém não fiques decepcionado porque como católica praticante respeito o próximo, as suas opções e ainda são muitos os que se revêem em ti! Ainda, sempre respeitei a lenda que revela a tua origem num Santo – Stª Claus; por isso te premiei como o senhor simpático, carinhoso, gorducho, bem disposto, altruísta que transporta os presentes e mensagens que o «Salvador» lhe pede. Na minha infância justifiquei assim a tua existência, não a tua presença porque NUNCA te víamos (não te tinham importado massivamente); do patriarca da numerosa família até aos seus tetranetos ninguém te enxergava; só o que tu deixavas junto à lareira… enquanto a PUBL verdadeira vivência do Espírito Natalício habitava nos nossos corações e pairava no ar; vivência essa que jamais esquecerei…! E ao longo do meu crescimento fui transmitindo à criançada esta noção, inclusive aos meus 3 filhos. Penso que estarás perplexo; mas no mundo em que estamos, no desastre em que a sociedade se encontra e para onde caminha, é urgente reflectir para mudar e até tu o deves fazer… Tenho presentemente uma filha de 4 anos, Pai Natal, que anda confusa e não acredita em ti, tal como tantas outras! Sabes porquê? Porque tal como o ser humano menosprezou os valores e princípios fundamentais e essenciais que moderam a interacção do seu Ser, Estar e Fazer com o seu próximo, com a sociedade, com o ambiente, entrando em desequilíbrio e destruição, também tu não soubeste preservar-te e fazer-te respeitar! Aderiste à sociedade de consumo, ao culto da imagem, ao materialismo, ao sucesso a qualquer preço; apareces por todo o lado, muito tempo antes do “timing” correcto, multiplicaste-te em número até ao exagero, prometendo o impossível, dando presentes como se o Natal a isso se restringisse, deixando tudo e todos sem magia e na maior perplexidade! Como se não bastasse, esta confusão incute-se em pais que vão com os filhos comprar os presentes de Natal… Iniciemos então o protótipo da carta ao Pai Natal. Peço-te encarecidamente que não vejas o supra escrito como uma crítica destrutiva, não faz o meu género; dessas derrotistas e passivas abundam em demasia. Será mais um pedido de auto-reflexão, com o intuito de arranjar estratégias eficazes de actuação para voltarmos a ter a «Magia da Quadra Natalícia». Poderás contar com esta obreira e seus operários. Pelas cartas a ti dirigidas; como sabes leio muitas: ossos do ofício (sou docente!) e prazer na leitura, em seguida deveria escrever uma listagem de presentes materiais e alguns desejos humanitários que a todos fica bem ensinar, dizer, escrever… Porém, mais uma vez me assolam à mente reflexões que tu estranharás. Arrelia-me fortemente que tanta gente, tantas organizações, tantos políticos, tantos lobys e países que governam o mundo se esqueçam da mensagem e doutrina católicas (não esquecer que as constituições de República, Monarquia, Direitos Humanos… não colidem e baseiam-se em preceitos e valores católicos), em que o Natal é o auge Nascimento de Jesus - não o fim em si mesmo. A mensagem natalícia é para cultivar durante o ano inteiro e não só nesta quadra. Tanta solidariedade, tanta mensagem carinhosa, tanto peditório, na t.v., na rua, nos hipers… com contrato a termo certo! Façamos todos um trabalho em equipa, contínuo, voluntário, organizado e honesto em prol das carências da sociedade, ao longo do ano e relembremo-lo nesta quadra! De certeza que tudo será melhor e todos mais felizes; Jesus orgulhar-se-á e tu, Pai Natal, sorrirás francamente, não é verdade? Quanto aos presentes materiais, não são os fundamentais. Serão sim, cada um, assegurar aos seus um forte património afectivo-emocional, moral, cultural, uma qualidade de vida elementar regrada, equilibrada, revelando o percurso donde vimos, onde nos encontramos e os possíveis a seguir num futuro que prima pelo amor, carinho, disponibilidade, dádiva, amizade, correcção, respeito, valores idóneos; pela felicidade de si próprio, do próximo e do mundo que o rodeia. Mas quem não gosta de um presentinho?! Esse ou esses, Pai Natal, penso que não é o preço, a quantidade, a griffe que devem pesar. O meu Menino Jesus relembra-me que, na hora de se oferecer um presente, devemos ter em conta a pessoa a quem ele se dirige e não a nós próprios. Devemos ponderar na sua personalidade, carácter, gostos, carências, anseios, sonhos e escolher em consonância para que, no momento em que ela o receba, perceba feliz e radiante o amor, o carinho que nutrimos por ela! O presente fala por si…falemos mais alto, falemos nós por ele! Relembro agora, quanto a mim, o(s) pedido(s) mais interessante e que comummente te fazem, desde os miúdos aos graúdos – as soluções e resoluções humanitárias; umas quantas sentidas, outras tantas politicamente correctas… Enquanto se escrevem, evidenciam pelo menos, que são reflexões feitas e deficits encontrados. Porém pedir-te que tu, Pai Natal, ou para mim - Jesus, tragam as soluções, acho já um sinal de egoísmo e hipocrisia. É muito fácil apontar os erros, culpar o próximo; difícil e trabalhoso é pôr-se em acção para colmatar os erros guerra, fome, desunião, corrupção, injustiças… Porquê pedir a uma entidade «Invisível» que resolva os problemas que o ser humano criou, quando este ser humano fo i d o ta d o d e c a ra c te r í st i c a s e capacidades mentais e físicas para as resolver, sendo-lhe dado o poder de autonomia, de escolha e consequentemente arcar com o percurso que escolheu? Peçamos-Lhe antes Força, Coragem, Persistência para fazer vingar o lado nobre do Ser Humano em detrimento da sua tentação para o mundo sombrio e…tudo será diferente! Deixemos a oratória e a lírica para quem sabe deleitar o nosso Espírito… Podes pensar que ainda não te pedi nada, mas já te pedi tudo! O Menino Jesus conhece-me bem, lê-me o pensamento e ser-te-á penoso entregares-me o que Ele te manda. Eu recordo-to, porém. Já que não posso encomendar saúde para quem não a tem e voltar a ter junto de mim aqueles que tanto queria, traz-me o espírito deles, o seu exemplo. Acrescenta ainda Força, Coragem, Persistência para continuar a esforçar-me por trilhar o caminho do Bem e, se não conseguir ver frutos, que meus filhos actuando o consigam. Sou humana e como tal, tenho defeitos… um presentinho material é sempre bem vindo, confesso. Gosto do Belo e sou perfeccionista… Fui sincera, Pai Natal, mas não te ofendas; mais vale uma amiga assim do que alguém a bajular-te, parecendo aquilo que não é. Um forte abraço, uma saudação especial ao Menino Jesus. Da sempre, Gabriela A. Silva A. Abreu (Dedicada àqueles que ao longo dos séculos contribuem para que o mundo avance, lutando pelos seus nobres ideais, contra tudo e todos) www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 destaque 07 A Adoração dos Magos Tommaso de San Giovanni Valdano (1401-1428) O Natal significa um espírito de amor que enche os nossos corações de alegria e Jesus Cristo abençoa a nossa vida fazendo com que o Espírito Santo esteja cada vez mais vivo dentro de nós. Sua Excelência Reverendíssima D. José Augusto Pedreira, Bispo da Diocese de Viana do Castelo na mensagem de Natal aqui transcrita salienta a importância de «…abrir no coração dos homens novos caminhos de esperança,… que permitam construir um mundo melhor do que aquele que encontramos,… onde reine a paz, a justiça e o amor fraterno...» Também D. Carlos Martins Pinheiro, Bispo Titular de Dume e Auxiliar Emérito de Braga, na sua mensagem refere que «… o Natal é um mistério da pobreza e humildade que o presépio nos aponta… É desejável que se levante um presépio em cada casa, em cada montra e, principalmente, em cada coração...» O grande acontecimento que se aproxima (o Natal do Menino Deus) aponta-nos uma série de virtudes a serem cultivadas de modo a vivermos umas boas festas natalícias. O Natal é um mistério de pobreza e de humildade, que o presépio nos aponta: - O nascimento de Deus como ser humano e criança, que nos convida a construir um presépio interior no nosso coração e nos leva a rezar e a admirar o amor de Deus por todos nós. Os presépios que se costuma construir nesta altura constituem um compêndio de vida evangélica que nos fala da ternura de um Deus feito menino por nosso amor. Em nossos dias há quem não queira o presépio e prefere a árvore de Natal e o pai Natal. Há mesmo quem faça desaparecer o presépio como quem também retira os crucifixos das escolas. O presépio é bem necessário porquanto nos ajuda a pensar em Jesus Menino, que nasceu por nosso amor, ilumina a nossa inteligência e nos desperta para um Natal A palavra Natal, faz-me evocar o Presépio da minha infância, a boa nova da encarnação de Jesus Cristo que animou e continua a animar a minha fé cristã de jovem e adulto, a esperança de um mundo novo, onde não haja gente que sofra, pessoas ou famílias sem pão ou sem tecto, lares sem amor, povos sem paz. O Natal recorda-me Alguém que foi, e continua a ser, mestre na arte de amar. Tudo será possível se conseguirmos abrir no coração dos homens novos caminhos de esperança. No centro dessa mensagem estava, para aquele momento recuado no tempo cerca de dois milénios, a utopia da mobilização de todos os homens e mulheres de boa vontade, dos governantes e dos governados, dos escravos e dos homens livres, para darmos todos as mãos na construção da fraternidade universal, sem exclusão de pessoas, raças, povos, nações. Isso desperta em nós atitudes e gestos concretos de solidariedade, próprios desta quadra natalícia. Esperamos hoje que a utopia se tome cada vez mais uma realidade. Atravessar juntos o limiar da esperança. Deus vem para constituir um povo novo, para recriar o mundo pela renovação da mente e dos corações. Contra todo e qualquer pessimismo em relação ao futuro, paira a esperança de que sejamos capazes de construir um mundo melhor do que o que encontramos, deixar aos que nos sucederem uma sociedade reconciliada, sem recurso à força, ao poder destruidor das armas, à cobardia' do terrorismo; uma sociedade onde reine a paz, a justiça e o amor fraterno. Tal sociedade é incompatível com atitudes de ganância, egoísmos, que desfiguram a pessoa humana, fragilizam a sociedade e alimentam a desconfiança entre as pessoas e os povos. A esperança é talvez o maior desafio neste limiar do terceiro milénio. † José Augusto Pedreira Bispo da Diocese de Viana do Castelo continuado na nossa vida. É desejável que se levante um presépio em cada casa, em cada montra e, principalmente, em cada coração. As crianças gostam e precisam de contemplar o presépio, mais ou menos artístico, mas representativo do primitivo Natal, recordando o nascimento do Deus Menino. As iluminações natalícias, as árvores de Natal, o pai Natal é muito pouco para nos fazer viver a grandeza do nosso Natal. “Não a um Natal de riqueza, de banquetes pesados, só de prendas e outras coisas que fazem lembrar o Natal, mas que não nos fazem sentir a verdade do autêntico Natal. Não a um Natal sem partilha com os mais necessitados, sem sentirmos a ternura com que Deus nos ama.” Lembremos os muitos meninos dos presépios da vida de hoje: crianças que nascem em campos de refugiados, que vivem em ambientes de guerra e de fome; os que nascem sem o conforto das famílias, sem carinho e sem amor; os que nascem com deficiências, carecidos de tudo; os que são vítimas da violência e até da exploração em vários sectores da vida. Rezemos por eles. Pensemos neles. Ajudemo-los na medida do possível, vivendo a sério o verdadeiro Natal. O Natal de Jesus vem dissipar as trevas do erro, do pecado, da maldade humana, da injustiça, do ódio, da mentira, da hipocrisia. Que o nosso Natal marque para todos nós o início de uma vida nova, de um mundo novo, pautado pelos critérios do Evangelho. Recordemos que Jesus nasceu porque nos ama, para ser a nossa salvação, para nos resgatar de toda a iniquidade, para nos fazer felizes nesta vida e na eternidade. Boas Festas e um Santo Natal. Que a Virgem Maria e São José nos protejam e ajudem a viver o autêntico Natal de Jesus. † Carlos Francisco Martins Pinheiro Bispo Titular de Dume, Auxiliar Emérito de Braga www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 08 História da Ribeira Lima Beato Francisco Pacheco Patrono de O Povo do Lima ... continuação do número anterior Em 1604, o navio onde viaja o Padre Francisco Pacheco fundeia em Nangasaqui (Nagasaki), no Japão, mas vê-se privado de todos os seus haveres, por se lhe extraviar a bagagem com os livros que trouxera do Reino e os seus escritos com todas as anotações feitas em vinte anos de missionação no Oriente. Conformado com a situação e tão depressa conseguiu aprender os rudimentos da língua nipónica, logo o enviaram para Cami (Kamigata), região muito carecida da presença de religiosos. Mas também nesta viagem esteve em perigo a sua vida, com o naufrágio do navio em que seguia, salvando-se ele miraculosamente. Organizada a Cristandade no Cami, a sua permanência no Japão é interrompida por três anos, de novo passados em Macau, onde foi chamado para assumir as funções de Reitor do Colégio. E de novo regressa ao Japão, agora na companhia de D. Luís Cerqueira, também ele jesuíta e Bispo do Japão, q u e reto r n ava à s u a Diocese e pedira a sua companhia, para o ter como Coadjutor. Estes primeiros anos do séc. XVII foram de florescimento da Igreja no Japão, com inúmeras conversões, sobretudo no Tacaco (Takaku), sendo a Companhia de Jesus, pelo número de Religiosos e pela sua própria organização, a comunidade que mais contribuía para aquele sucesso. A Diocese era titulada em Funai, mas era governada a partir de Nangasaqui e tinha muitas igrejas, hospitais e casas da I r m a n d a d e d a Misericórdia, espalhadas pelos diversos Reinos do Império. Naquele ano de 1613, a província jesuíta tinha já três Colégios, uma Casa de Noviciado, trinta e quatro Residências e um Seminário onde estudavam, para se ordenarem, muitos rapazes japoneses de bom Martírio do Padre Francisco Pacheco Pintura setecentista da Casa de Infias (Braga) nascimento. Para além da Companhia, também os Dominicanos tinham quatro casas, os Franciscanos três e os Agostinhos duas. Este crescente sucesso despertou nos Bonzos algum receio, pelo que convenceram o Imperador Cobusama (Tokugawa Iyeyasu) de que estava em causa a perpetuação do seu próprio culto, com o risco de desaparecimento de templos e mosteiros e que a propagação da Doutrina Cristã mais não pretendia que colocá-lo, a e l e I m p e ra d o r, co m o vassalo do Rei de Espanha, integrando o Japão no seu Império. Cobusama, convencido destas razões, enfureceu-se contra os cristãos, proibiu-lhes o culto público e privado, ordenou a demolição de todas as igrejas e residências e a destruição dos símbolos religiosos e o confisco de bens e desterro d o s re l a p s o s , co m a ameaça de morte na fogueira para todos os que n ã o a cata s s e m e sta s determinações ou que regressassem depois de expulsos. O castigo era extensivo não apenas aos religiosos, mas também a todos aqueles que com eles colaborassem ou simplesmente lhes dessem guarida, incorrendo na pena todo o agregado familiar. Com a aflição, o Prelado D. Luís Cerqueira não resistiu, falecendo a 15 de Fevereiro de 1614. As comunidades religiosas foram-se desfazendo, passando alguns cristãos à clandestinidade, mas a maioria, para não apostatar as suas convicções, viu-se forçada a abandonar o Japão. A 7 de Outubro, saíram todos os padres jesuítas de Nangasaqui para o porto de Facunda, que fica distante algumas jornadas, para aí embarcarem para Macau. E logo no primeiro dia desfaleceu o Padre Diogo de Mesquita, parente chegado de Francisco P a c h e c o , q u e acompanhara em 1582 a célebre embaixada enviada pelos Daimios a el-Rei de Portugal e ao Papa Gregório XIII, composta por quatro meninos cristãos, filhos de samurais. Assim a c a b o u , n u m a p o b re choupana de pescadores, à míngua de tudo. Os que chegaram a Facunda, rumaram uns para Macau, outros para Manila, nas Filipinas. continua no próximo número... João Gomes d’ Abreu EXTRATO DE JUSTIFICAÇÃO SANTA CRUZ DO LIMA C. P. De novo o nosso jornal!!! Faleceu Casimiro CARTA DA AMÉRICA É verdade! Novamente “O Povo do Lima“ voltou a nossas casas!... Para algumas freguesias, como a nossa, é o “Boletim Pa r o q u i a l ” q u e q u i n zenalmente nos traz notícias da terra e as leva até ao estrangeiro. Faz-me lembrar um senhor, já falecido, que pagava a assinatura aos filhos que trabalham no estrangeiro porque, dizia ele, “eram cartas” que eles recebiam sem trabalho seu e sem mais despesa. Agora, a pedido da nova direcção do jornal, conforme as forças o permitirem, por mim ou por outrem que me substitua (e que bom era se aparecesse um voluntário!...) continuaremos a ter o “habitual nosso boletim”! Como de costume, agora que o jornal tem maior despesa por não receber nenhum apoio estatal nem de qualquer outro lado, espera-se que todos que o receberem não se esqueçam de que é preciso pagá-lo e é da regra, adiantadamente, pois tanto no correio como na tipografia o dinheiro tem de entrar atempadamente. Se algum dos que ficaram em dívida não receberem agora o jornal, não se admirem, pois a situação presente mudou de figura em relação à despesa. A todos os da minha freguesia dirijo uma saudação muito amiga e faço votos por que continuem a estimar o jornal, que lhes leva notícias da sua terra, como o aguardavam com ansiedade nos anos anteriores até 2006. Embora ocupemos neste número muito espaço, em notícias, muito mais fica por dizer, pois temos de deixar espaço para as outras freguesias. da R. Martins Crónica para o despertar No dia 14 do corrente, no Lar de Idosos de Nª Sª do Livramento, desta paróquia de Santa Cruz do Lima, entregou a alma a Deus Casimiro da Rocha Martins, viúvo, de 93 anos de idade, natural da Seara, e residente em S. Cruz há dezenas de anos. Foi depositado na sua própria residência, casa por ele m a n d a d a co n st r u i r e sepultado no dia seguinte com grande participação de pessoas, dadas a suas relações pessoais, de seus filhos, genros, noras e netos. Que o Senhor o guarde junto de Si na Sua infinita bondade. A todas as pessoas da família, que estimam este jornal, de que algumas são assinantes, exprimimos nossos sentidos pêsames. Também foi sufragado com a Santa Missa, pelo 7º dia, em 19 do corrente, com a igreja replecta de fieis. Quando acordar do seu sono, e isto não tardará, meu grande amigo, gostaria que encontrasse um novo mundo: Um lugar sem as turbulências de quando adormeceu, que a queda das bolsas tenha sido um mero pesadelo e a ganância dos homens de gravata (uma opaca mancha) se apagasse num passado cada vez mais distante. Queria que árabes e judeus se entendessem uma vez por todas, antes de colocarmos os pés no chão e caminharmos em direcção à janela observando uma pomba voando sob um brilhante sol em direcção ao céu azul; que a palavra guerra tivesse sido abolida e que o verbo desentender fosse transformado e conjugado agora apenas como "entender" e seja tornado comum a todos os dicionários, todas as línguas, credos e cores. Que ninguém precisasse roubar um pedaço de pão ou uma pedra de crack. Que as traições de quaisquer espécie se tenham extinguido. Que a lâmina das facas e o aço das armas de fogo de todos os calibres tenham sido derretidas e transformadas em brinquedos espalhados pelos parques das cidades do mundo inteiro, para que com elas as crianças possam brincar. Queria preparar um mundo melhor: Mais abrangente, mais justo, mais leal, para, quando o amigo se levantasse da cama encontrasse um mundo sem fome, sem frio e sem injusta distribuição das riquezas. Mas sei que não posso oferecer nada disto. Deixo o meu ardente desejo: A todos, Feliz Natal!!! Joaquim V. Pereira Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura lavrada hoje, neste Cartório Notarial, iniciada a fls. 7, do livro de notas para escrituras diversas número 74-J, ABEL FERNANDES CORREIA e mulher ROSA GONÇALVES VILAS BOAS CORREIA, casados sob o regime de comunhão de adquiridos, residentes habitualmente no lugar de São Lourenço, da freguesia da Feitosa, deste concelho, de cuja freguesia ele é natural, sendo ela natural da freguesia da Queijada, deste concelho, declararam: Que são donos e legítimos possuidores, com exclusão de outrém, do seguinte imóvel, sito no lugar de São Lourenço, da freguesia da Feitosa, do concelho de Ponte de Lima: PRÉDIO URBANO, composto de casa de habitação, de résdo-chão e primeiro andar, com garagem, com a área coberta de noventa metros quadrados, e logradouro com noventa e oito metros quadrados, a confrontar de norte com carreiro público, do sul com herdeiros de António Vilhena Maia, do nascente e poente em ponta aguda; omisso no Registo Predial e inscrito na respectiva matriz predial urbana em nome dele justificante sob o artigo 365, com o valor patrimonial e atribuído de dez mil sessenta e um euros e cinquenta e um cêntimos. Que este prédio foi construído pelos justificantes num terreno que lhes foi doado verbalmente pela Junta de Freguesia da Feitosa, deste concelho, cerca do ano de mil novecentos e oitenta e sete. Que, há mais de vinte anos, se encontram eles justificantes na posse e fruição deste prédio, exercendo sobre ele todos os poderes de facto inerentes ao direito de propriedade, na qualidade de seus donos, como coisa sua e nessa convicção, habitando-o, sem o pagamento de qualquer renda, fazendo obras de conservação, usufruindo de todas as utilidades possíveis em nome próprio e sem oposição de ninguém, pelo que exerceram uma posse de boa fé, pacífica, contínua e pública, sem interrupção e ostensivamente, com conhecimento de toda a gente, adquirindo o seu direito por USUCAPIÃO. Que, não tendo possibilidade de o comprovar pelos meios extrajudiciais normais, o justificam para fins de primeira inscrição, a seu favor, na respectiva Conservatória do Registo Predial. Está conforme o original, na parte transcrita. Cartório Notarial de Ponte de Lima de Joaquim Daniel Correia de Sousa, onze de Dezembro de dois mil e oito. O Colaborador (Alberto da Cunha Nunes) Registo n.º 3201 Jornal O Povo do Lima, n.º 2 | 2ª Série 22 de Dezembro de 2008 www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 09 CORRELHÃ JANTARES CONVIVIO Com o intuito de angariar fundos para ajuda ao pagamento da construção da nova Igreja Paroquial / Centro Pastoral da Correlhã, no dia 30 de Novembro realizou-se um jantar convívio do lugar da Bouça e no dia 7 de Dezembro do lugar do Silveiro. Para além da recolha de fundos, acresce a salutar convivência e união entre as pessoas, que, a actual sociedade, as torna distantes e solitárias. Armando Pereira GANDRA C. P. o colega. Depois porque FALECIMENTOS No passado dia 1 de Dezembro, deixou de habitar entre nós, o Senhor João da Costa Carvalho, de 85 anos de idade, residente que foi no Lugar do Silveiro e no dia 7 de Dezembro no Lugar do Pregal, faleceu a Senhora Maria dos Prazeres de Matos, de 88 anos de idade. Os funerais realizaram-se nos dias seguintes, com missa de corpo presente, seguindo para o cemitério paroquial onde os corpos foram entregues á terra. sou da música. Depois Doença generalizada porque sou escuteiro. Do Boletim desta paróquia de Gandra, trancrevemos um texto referente à catequese das crianças e adolescentes que, a nosso ver, tratando-se de uma doença muito generalizada, a advertência será proveitosa para muitas outras paróquias, se os pais tiverem consciência do próprio dever de educadores cristãos. Diz o texto: “ Não é assim? Começou a catequese. É uma boa notícia. Esperamos que seja sempre uma boa notícia. Apesar do empenho de alguns, nem sempre tem corrido bem. Vejamos porquê: As crianças e adolescentes faltam à primeira sessão de catequese porque é a primeira. Depois faltam porque há o magusto. Depois porque é o Passeio dos Alegres. Depois porque são as Festas de S. Martinho. Depois porque é a continuação das festas. Depois porque há futebol na terra de 15 em quinze dias na hora da catequese. Depois porque vão passear com a família. Depois porque se faz anos. Depois porque faz anos a colega ou POIARES REBORDÕES SOUTO Catequizandos de Poiares visitam doentes Festa de Natal No dia 13 de Dezembro, pelas 15 horas, reuniram-se na igreja paroquial de S. Tiago de Poiares os catequistas com os catequizandos da Paróquia a fim de dar início à visita dos doentes e idosos que habitam na freguesia de Poiares. Incentivados pelo Pároco, P. Cláudio, fizeram um dia diferente para 15 p es s o a s . E p o rq u e a s pessoas estão acamadas, correm o risco de não serem conhecidas. Aconteceu no passado dia oito de Dezembro, dia Santo em honra de Nossa Senhora da Conceição, em Rebordões Souto, uma festa de Natal organizada pela Junta de Freguesia. A mesma teve lugar no salão nos fundos do Jardim de Infância. No decorrer da tarde foram várias as surpresas para as cerca de duzentas pessoas que se encontravam no local. Actuaram mágicos e palhaços, acompanhados Notou-se nas crianças e a d o l e s c e n t e s : d e s c o n h e c i a m h av e r tantas pessoas doentes na freguesia. A cada pessoa, os Catequizandos e seus Catequistas deram força, coragem e ânimo para enfrentarem o dia-a-dia. Como símbolo da visita, deixavam em cada casa uma imagem do Deus Menino deitado numa mangedoura, com uma mensagem de esperança. Parabéns! . por rolas, piriquitos e cães. O Grupo Folclórico das Espadeladeiras de Rebordões Souto que também se associou à fe s t a , p r e s e n t e o u o público com as suas danças e cantares, levando também as crianças e alguns adultos acima do palco, para o famoso “Vira Geral”. No decorrer desta festa e fazendo um balanço de todo o evento, o presidente da Junta – Exmo. Sr. Depois porque sou da fanfarra, do rancho, ou jogo num clube. Depois porque tenho de estudar para os testes. Depois porque são as festas de Natal, da Páscoa, de Carnaval. Depois porque chove, vai calor ou frio. Depois porque o catequista faltou. Depois ... chega o fim do ano e não se aprendeu nada, não se veio a nada, mas todos querem fazer a festarola da comunhão. E assim há anos. E os jovens são lançados na vida sem bases mínimas de iniciação cristã. Assim não pode ser. Mas tem sido assim. Mas está mal.” E agora pergunto também: Que sociedade queremos construir no futuro dos filhos com o comodismo e desinteresse da educação religiosa e formação cristã, que se verifica em tantas famílias? Se não querem assumir as responsabilidades inerentes ao matrimónio católico porque optaram por ele? Comprometeram-se inconscientemente? Nesse caso há que corrigir o êrro cometido. A conversão é sempre oportuna!... “ Armanda Amorim Domingos Vieira – agradeceu a presença de todas pessoas e congratulou-se com o elevado número de crianças que ali que se encontrava, sublinhando o papel dos “pais e mães” que tornaram esta presença possível, uma vez que acompanharam os seus filhos nesta festa. Por fim, e como não podia deixar de ser, chegou não um, mas dois Pais-Natal, oferecendo guloseimas e chocolates a todos os presentes. FREIXO SANDIÃES, GAIFAR E VILAR DAS ALMAS FESTAS E ROMARIAS Espaço Internet Protocolo para transportes escolares dos alunos do 1º ciclo A Câmara Municipal de Ponte de Lima renovou o protocolo com a Casa do Povo de Freixo, por um período de 12 meses, com a atribuição de um subsídio mensal no valor de €1000. O Espaço Internet funciona nas instalações da Casa do Povo de Freixo. A Câmara Municipal de Ponte de Lima, aprovou um protocolo de cooperação entre as freguesias de Sandiães, Gaifar e Vilar das Almas, com vista à realização de transportes escolares dos alunos do 1º ciclo para a Escola Básica de Freixo, de acordo com o PONTE DE LIMA / ALCOBAÇA GLÓRIA BARBOSA DE AMORIM (91 anos – Vª de José Araújo da Costa) AGRADECIMENTO Seus filhos, noras, genros, netos e demais família, vêm por este meio agradecer muito reconhecidamente a todas as pessoas que se dignaram integrar no funeral da saudosa extinta, ou de qualquer outra forma lhes manifestaram seu pesar em 30 de Novembro de 2008. Do mesmo modo renovam profunda gratidão a todas as pessoas que honraram com a sua presença amiga na Missa de 7º dia, que se celebrou no passado dia 6 pelas 17h00 na Igreja da Gemieira. Aproveitam ainda, para registar com agrado as ofertas para missas de sufrágio, confinadas por anónimos. Mais, apresentam desculpas por qualquer falta que porventura hajam cometido. S. Martinho do Porto, 22 de Dezembro de 2008 reordenamento da rede escolar. O Protocolo resulta da consonância de vontades e esforços, quer por parte do Município, quer das Juntas de Freguesia, entidades incentivadoras e promotoras do bom funcionamento dos Jardins de Infância de GEMIEIRA Sandiães e da Escola Básica de Freixo, assim como promotoras de melhor qualidade de vida para as p o p u l a ç õ e s d a s t rê s freguesias, reconhecendo a educação e a acção social como pilares fundamentais do desenvolvimento do concelho. C. P. Portas Novas na Igreja O assalto de 20 para 21 do mês findo veio alertar as pessoas para a necessidade de substituir as portas da Igreja que se encontram muito deterioradas. Foi endereçado apelo do pároco para esse fim e parece que a boa vontade, felizmente, se instalou nas pessoas e o resultado prevê-se favorável. Está lançado apelo à recolha de ofertas para o efeito e temos esperança de que não vamos ficar mal!... 25 DE DEZEMBRO Ardegão | Friastelas | Gaifar: Festa do Menino Jesus Sá | Vilar das Almas: Festa do Senhor 27 DE DEZEMBRO Poiares: Festa de Natal na Catequese 31 DE DEZEMBRO Santa Comba: Festa de S. Silvestre, Papa ... Gastronomias Consommé de vinho do Porto Ingredientes: 1 Frango 1 fatia de presunto 2 cenouras e 2 cebolas 2 colheres de farinha maizena 3 gemas de ovo 2 cálices de Vinho do Porto branco Maria Luísa Aguiar Gomes Festa do Coração de Jesus Confecção: Decorreu, de 14 a 21 do corrente uma semana de pregações em honra do Sagrado Coração de Jesus. Neste ano verificou-se, (e ainda bem!...), um aumento de frequência muito notável. Pregou um sr. Padre da Ordem do Espírito Santo, residente em Viana do Castelo. A festa terminou com o confesso habitual preparatório e no domingo a festa do Sagrado Coração de Jesus como em anos anteriores. Coze-se um frango juntamente com uma fatia de presunto, duas cebolas, duas cenouras e sal. Quando estiver cozido tira-se do lume, côa-se e reserva-se o caldo. À parte desfia-se o frango em bocadinhos muito pequenos e passam-se os legumes pelo passe-vite. Mistura-se a uma chávena de caldo, já frio, duas colheres de maizena e lava-se ao lume com o frango desfiado, os legumes e o restante caldo, para engrossar. Numa tigela desfazem-se três gemas de ovos que se deitam no caldo bem quente, mas não a ferver, batendo, energeticamente com as varas. Serve-se logo deitando, nessa ocasião, no consome dois cálices de vinho do Porto branco. Almoço de Idosos da Gemieira Como em vários anos anteriores, também este ano é levado a efeito, no edifício da ex-escola da freguesia, um almoço dos idosos com animação apropriada. É oferecido, como de costume, pela Junta de Freguesia e costuma constituir ocasião de muita alegria para todos. Tenha bom proveito... www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 10 Desporto Opinião... Em tempos de crise, não falta futebol em Ponte de Lima! Com “Os Limianos” a disputarem os nacionais, integrados na série A da 3ª Divisão, a A. D. da Correlhã a “defender” os interesses do concelho na Divisão de Honra da A. F. de Viana do Castelo, escudada pelo Águias de Souto, B er t ia n d o s , Fa c h en s e, Grecudega, Moreira do Lima e Vitorino de Piães, que disputam a 1ª Divisão da A. F. de Viana do Castelo, são oito os clubes que disputam as competições oficiais no escalão sénior. Se as estes juntarmos o Arcozelo, regressado este ano à competição, Cabaços e Anais, que integram os quadros competitivos do INATEL, ascende a 11 o número de clubes com equipas activas. Panorama s e m e l h a nte a p e n a s o recordamos na época 1986/87 onde, nos quadros competitivos nacionais (“Os Limianos”) e distritais (Arcozelo e Correlhã na 1ª Divisão; Vitorino de Piães, Freixo, Fontão, Cafribal, Fachense e Bertiandos na 2ª Divisão; Vitorino das Donas, Anais e Cepões na 3ª Divisão) participavam um total de 13 equipas do concelho. O Futsal, que já teve uma equipa nos nacionais (Refoios), conta actualmente com o Fontão a disputar o distrital. Este é um sinal de dinamismo e de capacidade do concelho, ao qual se juntam as equipas que disputam os campeonatos jovens: - Escolas: Limianos (2 equipas); Academia de Futebol de Ponte de Lima. - Infantis: Limianos (3 equipas); Academia de Futebol de Ponte de Lima, Moreira do Lima, Vitorino de Piães - Iniciados: Limianos (2 equipas), Vitorino de Piães e Correlhã - Juvenis: Limianos, Vitorino de Piães - Juniores: Limianos Um total de 16 equipas, com destaque para “Os Limianos” com 9 equipas no futebol juvenil num total de mais de 130 atletas. É um esforço significativo dos clubes, dirigentes, técnicos e atletas que não pode deixar de dar os seus frutos nos próximos anos. Ponte de Lima tem garantido o futuro, restando apenas manter este trabalho e dotar das melhores condições de trabalho aqueles que, efectivamente, contribuem para o desenvolvimento do desporto e ocupação de tempos livres dos jovens limianos. João Carlos Gonçalves [email protected] Futebol B AF Viana do Castelo Campeonato Nacional asquetebol Campeonato Nacional 2ª Divisão seniores femininos Divisão de Honra EDL, 59 – NCR Valongo, 64 3ª Divisão - Série A 9ª Jornada 11ª Jornada A Correlhã alinhou com: Rego, Hélder, Nelson, Miguel Patrício, Paulinho, Coelho (Joel), Lobo, Guilherme, Oliveira (Mário), Damião (Gil), Sendão. Golos: Miguel Patrício (5m) e Sendão (88') Limianos 1 - 1 Macedo de Cavaleiros 2-1 ao intervalo Limianos – João Pedro, César, Boris, Bruno Graça, Miguel (Ribeira aos 65), Rui Alves (Hugo aos 75), Hugo Costa, Bruno, Marcos, Tanela, Victor Hugo (João Costa aos 85) Treinador: José Carlos Fernandes Jogo equilibrado, entre duas equipas que se equivaleram, demonstrando o Macedo de Cavaleiros grande potencial individual e colectivo. A equipa da casa teve que perseguir o prejuízo, depois de sofrer um golo logo nos primeiros minutos da partida. Dominando territorialmente, “Os Limianos” Correlhã 2 - 0 Melgacense 1-0 ao intervalo 1ª Divisão 11ª Jornada foram criando oportunidades mas tiveram que aguentar o perigoso contra-ataque dos visitantes. Com naturalidade, o empate surgiu já na segunda parte, através da marcação de uma grande penalidade, depois de ter falhado um castigo máximo aos 51'. Até ao final, a toada do jogo não se alterou, “Os Limianos” carregaram ainda mais criaram oportunidades, marcando inclusivamente um golo que ninguém e nte n d e u p o rq u e fo i anulado pela equipa de arbitragem. O guarda-redes do Macedo de Cavaleiros, Laurentino, foi o melhor jogador em campo. Vila Fria, 3 - Vit. Piães, 0; Fachense, 0 - Chafé, 2; Noreira do Lima, 2 - Peladeiros, 2; Moledense, 3 - Gandra, 2; Darquense, 0 - Águias de Souto, 0; Perre, 1 - Bertiandos, 1 Moledense, 3 – Gandra, 2 11ª Jornada Grecudega, 2 – Moreira do Lima, 3; Águias de Souto, 2 – Neiva, 0; Vitorino Piães, 0 – Darquense, 0; Bertiandos, 1 – Fachense, 1 Futebol Juvenil Jornadas de 6 e 7 de Dezembro Escolas: 13ª Jornada Bragança 1 - 2 Limianos "Os Limianos" alinharam com: João Pedro, César (Cap.), Boris (André Pinto aos 60'), Bruno Graça, Rui Alves (Hugo aos 60'), Hugo Costa, Ribeira (Davide aos 85'), Bruno, Marcos, Tabela, Vitor Hugo. O jogo começou com ligeiro ascendente dos locais que conseguiram aproximar-se com maior facilidade da baliza adversária. No entanto, com o passar do tempo, o jogo começou a ficar frio como a temperatura que se fazia sentir no Campo do Cruzeiro. O jogo aqueceu apenas à passagem do minuto 35 quando Ribeira, c o m u m c r u z a m e nto/remate, fez o primeiro golo do encontro, vantagem que "Os Limianos" conservaram até ao intervalo. Ño reatamento o Vilaverdense entrou melhor e, beneficiando de uma falha da defensiva local, fez o golo do empate. O golo sofrido e a entrada de dois elementos para reforçar o meio campo, espevitaram "Os Limianos" que assumiram o controlo do jogo e melhoraram muito o seu desempenho, domínio coroado com o segundo golo, também por Ribeira, quando passavam 70 minutos. A vitória de "Os Limianos" foi justa e premeia uma primeira volta fantástica dos comandados de José Carlos Fernandes que, em 13 jogos, conquistaram 24 pontos e o direito ao pódio, ocupando o terceiro lugar da geral. Limianos B, 5 – Darquense, 4; Âncora Praia, 0 – Limianos A, 8; Luciano Sousa, 10 – Academia de Ponte de Lima, 0 Infantis: Courense, 3 – Limianos A, 5; Limianos B, 9 – Neiva, 0; Limianos C, 1 – Moreira do Lima, 1; Vitorino de Piães, 5 – Ponte da Barca, 4; Paço, 7 – Academia de Ponte de Lima, 0 Iniciados: Ponte da Barca, 6 – Limianos B, 0; Correlhã, 3 – Darquense, 0; Paço, 3 – Vitorino de Piães, 1; Limianos A, 3 – Cerveira, 3 Bragança 1 - 2 Limianos Ao intervalo: 1-1 (Golos de Tanela e Hugo) “Os Limianos” alinharam com João Pedro, César (cap.), Boris (André Pinto aos 72'), Bruno Graça, Rui Alves, Hugo Costa, Ribeira (Miguel aos 77'), Bruno, Marcos, Tanela e Victor Hugo (Hugo aos 80'). Um resultado excelente para a equipa de Ponte de Lima que lutando e correndo muito, levou de vencido um dos grande candidatos à subida de divisão, tendo que c o m b a t e r, a l é m d o adversário, o estado do terreno em muito más condições. Ao intervalo o resultado cifrava-se num e m p ate a u m a b o l a , surgindo o golo da vitória já perto do final, por intermédio do médio Hugo através de um forte remate Campeonato Regional de Cadetes Masculinos EDL, 69 – Barca Basket Clube, 66 Chafé, 0 – Limianos, 8 Juniores: Limianos, 7 – Ponte da Barca, 0 Campeonato do INATEL de fora da área, um golo fantástico e merecido para um atleta que tem sido prejudicado por uma lesão desde a pré-temporada. "Em suma, “Os Limianos" impuseram a sua capacidade física e futebolística num terreno difícil, perante um adversário que colocou grandes dificuldades. Na jornada dupla no fim de semana de 6 e 7 de Dezembro os resultados foram, mais uma vez, de bom nível. Em Iniciados, a EDL recebeu a EDV, e num jogo muito emotivo e disputado até ao último segundo, acabou por ser derrotada por 75-76. Na segunda-feira apresentaram-se em campo contra o AD Limianos e, mercê de um exc e l e nte j o go, conseguiram uma expressiva vitória por 136-16, garantindo assim a presença na fase final da competição. Em cadetes, a EDL recebeu a Barca BC, e num jogo em que esteve sempre à frente do marcador, venceu por 69- Juvenis: Cabaços, 0 – Arcozelo, 1; Anais, 3 – Prozelo, 0 Arcozelo, 2 – Garcea, 1 12ª Jornada A EDL defrontou a equipa d o N C R Va l o n g o n o pavilhão Municipal de Ponte de Lima. Foi um jogo muito equilibrado, em que a equipa da casa liderou o marcador desde o primeiro minuto, embora sem se distanciar muito no marcador. Na segunda parte assistiu-se a uma excelente reacção da equipa visitante, que conseguiu passar para a frente do resultado quando faltavam 2 minutos para o fim, acabando por vencer por 59 - 64. precisa-se ANGARIADOR DE PUBLICIDADE Apartado 16 4994-909 ponte de lima [email protected] Jornadas de 13 e 14 de Dezembro Escolas: Vianense, 6 – Limianos B, 0; Santa Marta, 3 – Limianos A, 4, Academia P. Lima, 1 – Paço, 4 Infantis: Lanheses, 1 – Limianos C, 2; Limianos, 5 – Limianos B, 5 Iniciados: Limianos A, 1 – Luciano Sousa, 0 Juvenis: Limianos, 8 – Darquense, 1 Juniores: Darquense, 0 – Limianos, 3 pode levar o seu nome mais longe... ANUNCIE AQUI [email protected] www.opovodolima.publ.pt segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 Campeonato Nacional da 2ª Divisão – Zona Norte 7ª Jornada Bom Sucesso 2 - Limianos 3 A.D.LIMIANOS - Filipe Carneiro (gr), Carlos Costa (1), Bruno Martins, Paulo Morais (1) (cap), João Araújo, Pedro Conde (1), Helder Martins, Diogo Sá (1), José Martins e José Lopes Treinador - António Carvalho Marcadores: Pedro Conde (2) e Carlos Costa 8ª Jornada Limianos, 4 – Infante Sagres, 4 (2-1 ao intervalo) “Os Limianos” alinharam com: Filipe Carneiro, Carlos Costa, Bruno Martins, Paulo Morais (cap.), João Araújo, Pedro Conde, Helder Martins, Diogo Sá, Hilario Lopes. Com uma entrada de qualidade, “Os Limianos” cedo chegaram à vantagem mínima, que os visitantes anulariam em jogada de contra-ataque. No entanto os locais chegaram ao intervalo na posição de vencedores com um golo em que o guardião visitante não esteve isento de culpas. A segunda parte foi menos vistosa e mais quezilenta, mas sempre muito disputada entre duas equipas que se equivaleram. O Infante Sagres deu a volta ao marcador a 9 minutos do fim, mas a alma dos locais permitiu-lhes ainda chegar ao empate quando faltavam 5 minutos para o termo do encontro. Infelizmente, a jogada seguinte parecia que colocava ponto final nas aspirações locais, quando os portuenses se colocaram novamente na posição de vencedores, por 4-3, resultado que apenas foi alterado a trinta segundos do final, com o tento de “os Limianos” que veio colocar justiça no marcador. Sem atingir o nível exibicional da segunda volta da época anterior, é notória uma subida de forma de “Os Limianos”, que tem todas as possibilidades de frequentar lugares mais confortáveis da tabela. Reforços de Dezembro Por motivos profissionais, Carlos Coelho e José Martins abandonam a equipa em Dezembro. A Direcção louva o trabalho e contributo que estes atletas deram ao clube. Para colmatar estas baixas estão já ao serviço de “Os Limianos” Tiago Braga, um defesa que jogou muitos anos no Infante de Sagres e que, nas 2 ultimas épocas representou o Académico do Porto, isto enquanto tirava o seu curso de medicina dentária. O outro reforço é Samuel Costa, avançado formado no Hóquei Clube de Barcelos, rendo sido internacional pelas selecções jovens em todos os escalões. No ano transacto jogou meia época nos seniores do Barcelos e a restante no Nortecoope. Canoagem Mais um galardão para o Clube Náutico de Ponte de Lima Numa cerimónia realizada no dia 02 de Dezembro, em Braga, o Instituto do Desporto de Portugal distinguiu o trabalho desenvolvido pelos treinadores e clubes que se dedicam à causa da fo r m a çã o d o s j ove n s praticantes desportivos, nas diferentes modalidades desportivas. Entre os premiados destacou-se o Clube Náutico de Ponte de L i m a , co n st i t u i n d o o prémio mais um reconhecimento público pelo esforço realizado por este clube no desenvolvimento da modalidade de canoagem. O Clube Náutico de Ponte de Lima tem nos últimos anos exercido um domínio quer em número de atletas participantes quer em termos competitivos, na canoagem nacional mais jovem. Esse domínio tem crescido e vindo a ser alargado ao longo das ultimas épocas, culminando com uma época 100% vitoriosa em todos os escalões e especialidades da canoagem nacional, onde participou. Estes resultados são o corolário de um projecto de formação desportiva que se tem vindo a implementar, contando já com várias presenças nas selecções juniores e seniores. Se existe Clube desportivo no panorama nacional que melhor interpreta a filosofia do “mérito desportivo”, de acordo com as normas do IDP, esse clube é o Náutico limiano. Dezembro Agenda Cultural Hóquei em Patins DESTAQUE Dezembro traz sempre o ambiente de Natal para as ruas e para toda a actividade profissional. É neste contexto que se iluminam as ruas das vilas e cidades, se constroem presépios e decoram as montras e as crianças entram em grande euforia para saber o que o “Pai Natal” lhes vai trazer. É também neste ambiente que as famílias se preparam para uma noite com tradições gastronómicas bem definidas, onde o bacalhau é rei. Dez|08 Cerqueira - 26, 31 S. João - 22, 27 S. Gonçalo - 23, 28 Misericórdia - 24, 29 Brito - 25, 30 Contactos úteis Serviços: Adega Cooperativa de Ponte de Lima 258 909 700 ÁPPLagoas Bertiandos S. Pedro de Arcos 258 733 553 ESPECTÁCULOS 20 - Festa de Natal dos Funcionários do Município de Ponte de Lima – Teatro Diogo Bernardes às 14H00 22 - Presépio ao Vivo (Org. APPACDM) - Igreja Matriz 21H00 27 e 28 - Teatro “Magia da Inocência” pelo grupo de Teatro ACRA - Teatro Diogo Bernardes às 21h30 e 17H30 28 - Concerto “ Jovens Vozes de Lisboa” – Museu dos Terceiros às 15H Associação Empresarial de Ponte de Lima 258 942 139 Biblioteca Municipal de Ponte de Lima 258 900 411 Bombeiros Voluntários 258 909 200 Brisa – Auto Estradas de Portugal 258 909 900 Câmara Municipal de Ponte de Lima 258 900 400 Correios (CTT) 258 900 700 Conservatória do Registo Civil 258 942 921 Conservatória do Registo Predial 258 942 003 Delegação de Turismo de Ponte de Lima 258 942 307 Escola Superior Agrária de Ponte de Lima 258 909 740 G.N.R. (Ponte de Lima) 258 900 240 G.N.R. (Freixo) 258 761 113 G.N.R. Brigada de Trânsito 258 909 950 Instituto de Solidariedade e Segurança Social 258 900 210 Museu dos Terceiros 258 753 136 Pavilhão Municipal 258 900 413 Piscinas Municipais 258 900 412 Pousada da Juventude 258 943 797 P. S. P. 258 941 113 Repartição de Finanças de Ponte de Lima 258 900 280 Teatro Diogo Bernardes 258 900 414 Tribunal Judicial de Ponte de Lima 258 900 520 Universidade Fernando Pessoa 258 741 026 Náutico, que não se afastará da sua política de aposta nos valores locais, com uma equipa 100% limiana. Entre os limianos de sucesso que desenvolvem a sua actividade no Clube Náutico contam-se os campeões Nuno Barros e Fernando Pimenta, este com naturais e fundadas aspirações a representar as cores nacionais nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, podendo ser o primeiro limiano a conseguir tal feito. Paralelamente, e sempre a pensar no futuro, mantémse o trabalho com as escolas, tanto durante o a n o - l e c t i vo co m o n o período de férias escolares, criando condições para a prática de exercício físico e fazendo a necessária prospecção de valores. Andebol Com jornada dupla no fim de semana de 6 e 7 de Dezembro, a EDL averbou duas derrotas, descendo assim ao 6º lugar do campeonato. No sábado, no pavilhão de Arcozelo, a EDL recebeu o ABC de Braga, e apesar da envergadura dos adversários, a EDL efectuou uma excelente partida conseguindo manter o resultado equilibrado até ao intervalo, onde chegou a perder por apenas dois golos de de Serviço Arquivo Municipal de Ponte de Lima 258 900 425 Gala do Clube Náutico No domingo, dia 14 de Dezembro, teve lugar a Gala de Homenagem aos C a m p e õ e s Nacionais, ao clube Campeão Nacional e aos atletas internacionais do Clube Náutico de Ponte de Lima. Este momento foi também o corolário de uma época, a todos os títulos, fantástica, com resultados de grande nível tanto a nível individual como colectivo. Neste particular, o clube limiano pulverizou a concorrência em todas as competições em que participou. Este enorme sucesso está fortemente ligado ao grande trabalho de atletas, dirigentes e técnicos, onde assume particular relevo Hélio Lucas, a alma do CNPL. Para a próxima época, Hélio Lucas refere que vão trabalhar para procurar manter o elevado nível patenteado em 2008, já que os competidores são muito fortes e apetrecham-se agora com o objectivo de bater o Clube Farmácias 11 diferença (10-12). Na segunda parte, o maior poder físico e experiência do ABC ditou a diferença, acabando o jogo com a vitória da equipa visitante por 13-32. No domingo na deslocação a Fafe, e num jogo em que a EDL se apresentou em campo sem guardaredes teve um excelente desempenho, apesar de não conseguir evitar a derrota por 27-19. Valimar ComUrb 258 909 340 Zona Agrária do Vale do Lima 258 742 207 Saúde: Centro Hospitalar do Alto Minho 258 909 500 Centro de Saúde de Ponte de Lima 258 909 280 Centro de Saúde de S. Julião de Feixo 258 761 248 Farmácia Brito 258 941 167 EXPOSIÇÕES 1 a 31 - O linho, o pão e o vinho no Museu Rural - Terça a Domingo das 14h00 às 17h30 1 a 31 - Exposição alusiva ao tema “8º aniversário da Área de paisagem protegida das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos” no Centro de Interpretação Ambiental (Lagoas), Segunda a Sexta das 9h00 às 12h30, 14h00 às 17h30 – fim-de-semana e feriados das 14h00 às 17h00 1 a 31 - Exposição permanente de arqueologia - Paço do Marquês - horário da Delegação de Turismo 1 a 31 - Exposição permanente de arte sacra e Exposição temporária “Santeiros de Ponte de Lima” - Museu dos Terceiros Terça a Domingo das 10h0012h30/ 14h00-18h00 1 a 31 - Exposição de pintura Galeria d’arte David Perez – Rua João Rodrigues Morais nº11-13 6 a 21 - Exposição de pintura de Carlos Puch – Torre da Cadeia Velha – Terça a Domingo das 14h00 às 17h30 19 a 31 - Presépio de Natal na Quinta Pedagógica de Pentieiros, horário da Quinta Pedagógica de Pentieiros Farmácia Cerqueira 258 941 154 Farmácia Coutinho (Correlhã) 258 931 900 Farmácia da Gandra (S. M. Gandra) 258 948 251 Farmácia da Misericórdia 258 941 131 Farmácia D. Teresa 258 947 180 Farmácia Moderna (S. J. Freixo) 258 760 120 Farmácia S. Gonçalo (Arcozelo) 258 931 043 Farmácia de S. João 258 941 197 Serviços de Urgência: Linha Nacional de Emergência Social 144 Protecção à Floresta 117 SOS 112 Transportes: Central de Camionagem 258 941 244 Auto Viação Cura 258 941 244 Auto Viação do Minho 258 743 613 Domingos Cunha 258 942 791 Rodoviária d'Entre Douro e Minho 258 942 870 Braga & Andreia 258 944 530 Empresa de Transportes Courense 258 780 600 Táxis Limarenses 258 743 700 www.opovodolima.publ.pt 12 segunda-feira, 22 de Dezembro de 2008 última ... a palavra Padre Paulo Emanuel 25 | DEZEMBRO 01 | JANEIRO NATAL DO SENHOR SOLENIDADE DE DE SANTA MARIA, MÃE DE DEUS LEITURA I - Is 52, 7-10 «Todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus» LEITURA I - Num 6, 22-27 «Invocarão o meu nome sobre os filhos de Israel e Eu os abençoarei» SALMO RESPONSORIAL - Salmo 97 (98), 1.2-3ab.3cd-4.5-6 Todos os confins da terra viram a salvação do nosso Deus. SALMO RESPONSORIAL - Salmo 66 (67), 2-3.5.6 e 8 Deus Se compadeça de nós e nos dê a sua bênção. LEITURA II - Hebr 1, 1-6 «Deus falou-nos por seu Filho» LEITURA II - Gal 4, 4-7 «Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher» EVANGELHO - Jo 1, 1-18 «O Verbo fez-Se carne e habitou entre nós» EVANGELHO - Lc 2, 16-21 «Encontraram Maria, José e o Menino» Menino Jesus O tempo do Natal começa na tarde do dia 24 de Dezembro com a Missa Igreja paroquial de S. Martinho Friastelas da Vigília e prolongar-se-á até à festa do Baptismo do Senhor. Tradicionalmente pouco valorizada, a «Missa da Vigília» deverá celebrar-se onde houver Missa vespertina pela tarde. Para o dia de Natal o Missal prevê três Missas (Meia-noite, Aurora e Dia), cada qual com orações e leituras próprias. Quanto às leituras, a rubrica do Leccionário permite alguma liberdade de escolha de entre as propostas. Contudo, não se omita na Missa da Meia-noite o tradicional relato da natividade segundo S. Lucas, ou, na Missa principal do Dia, a leitura do prólogo de S. João. São também três os prefácios possíveis para o dia e para o tempo de Natal. A Liturgia de hoje sofre de uma acumulação talvez excessiva de conteúdos celebrativos: Maternidade divina de Maria; oitava do Natal; Santa Maria, Mãe de Deus Igreja paroquial de S. Miguel de Cabaços Circuncisão e nome de Jesus; Dia de Ano novo; Dia mundial da paz... Na prática, porém, não é possível abordar devidamente mais do que um destes temas, unificando à volta dele a homilia e o programa da celebração, com alguma alusão aos outros (em algum cântico; em intenções da oração dos fiéis...). Recordamos que o Missal Romano tem uma Bênção Solene para o primeiro dia do ano (p. 554-555). Recomendamos o seu uso. Leitores: Importa prever, com antecedência, os leitores para as diversas leituras das diversas missas. E porque não escolhê-los de acordo com o carácter das leituras e as características das diferentes vozes? Na missa do dia, ambas as leituras requerem uma divisão correcta. Na 1ª, cesuras em: paz, boa nova, Sião, Rei, voz, alegria, Sião, alegria, Jerusalém, povo, Jerusalém, nações, Deus. Na 2ª: modos, Profetas, últimos, Filho, coisas, universo, substância, poderosa, pecados, Céus, Anjos, herança, vez, gerei, ainda, Filho, novo, disse, Deus. Onde estão as interrogações? Não será em: «A qual dos Anjos?»; «E ainda?». Oração Universal: Para que a intercessão da Senhora da Paz possa inspirar cada fiel da nossa comunidade a viver a sua vocação numa entrega serena e alegre, e o seu entusiasmo possa levar os mais novos a encontrar a sua vocação feliz, oremos, irmãos. Oração Universal: Prece para adicionar à Oração dos Fiéis proposta: Pelos sacerdotes da nossa diocese, para que vivendo o seu ministério com a alegria renovada por este Natal e expressando a beleza da vocação a que foram chamados possam levar outros jovens a dar o sim generoso ao Deus que quer permanecer connosco na descoberta da Fé, na celebração dos Sacramentos, e na obra da Caridade, oremos ao Senhor. Ó Virgem gloriosa, Mãe de Deus, Ó filha predilecta do Altíssimo, habitou em teu seio virginal Aquele que o mundo inteiro não contém, Ó Virgem, que à luz deste a luz do mundo, Senhora, Mãe de Cristo e nossa Mãe. (Hino de Laudes da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus) 28 | DEZEMBRO SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS, MARIA E JOSÉ LEITURA I - Sir 3, 3-7.14-17a (gr. 2-6.12-14) «Aquele que teme a Deus honra os seus pais» SALMO RESPONSORIAL - Salmo 127 (128), 1-2.3.4-5 (R. cf. 1) Felizes os que esperam no Senhor e seguem os seus caminhos. LEITURA II - Col 3, 12-21 «Acima de tudo, revesti-vos da caridade, que é o vínculo da perfeição.» EVANGELHO - Mt 2, 13-15.19-23 «Toma o Menino e sua Mãe e foge para o Egipto» No Domingo dentro da oitava do Natal celebra a Igreja a festa da Sagrada Sagrada Família de Jesus Família e não uma vaga "festa da família", ou mesmo uma celebração da Seminário Conciliar de S. Pedro e S. Paulo onde estão Seminaristas de Ponte de Lima "família cristã". A perspectiva dominante continua a ser a do Natal, contemplando-se em especial este aspecto significativo da Incarnação do Verbo: a sua inserção numa família concreta. Entretanto, para a família cristã e para a Igreja como família de Deus esta festa fornece temas, modelos, e valores humanos e evangélicos. Neste domingo não se omita na Oração dos fiéis uma súplica pelas famílias. Por exemplo: Para que as famílias da nossa diocese vivam os valores essenciais do Matrimónio, desenvolvendo um ambiente de diálogo onde os filhos se confrontem com a voz de Deus que chama e os pais apoiem essa vocação sagrada, oremos, irmãos. Na bênção final pode inserir-se como "Oração sobre o povo" uma das bênçãos da família previstas no Ritual das Bênçãos. Família e Vida Carlos Aguiar Gomes [email protected] ? Como previsto, no dia 12 p.p., a Santa Sé divulgou um documento actualizando a Instrução “Donum Vitae (22 Fevereiro de 1987). Refirome à “DIGNITAS P E RS O N A E ”, s o b re a s questões mais relevantes da Bioética face aos enormes e gigantescos progressos da Biomedicina. Não é um, como foi dito até à saciedade, um conjunto de “Nãos”. Pelo contrário, e pelo que li, é um hino de um profundo e radical SIM à vida e à dignidade da Pessoa H u m a n a . D I G N I TA S PERSONAE é o documento – guia que estava a fazer falta como orientador da busca da felicidade respeitadora da dignidade da Pessoa Humana. Agora, só precisamos de o divulgar, a sério e já. Aqui deixo o registo aos meus leitores. ? A sociedade ocidental e nela Portugal está em colapso. Fervem latências de revolta um pouco por todo o lado. Atente-se no que se passa na Grécia, por exemplo. Muitas vezes o silêncio é relevante de profundo mal-estar social. Há graves injustiças sociais que são gritos silenciosos. Há atropelos severos à d i g n i d a d e d a Pe s s o a Humana… Enfim, temos, todos, que rever o modelo de desenvolvimento que queremos. ? … E chegamos ao Natal. Natal é “dia de anos de Salvé, Maria, és cheia de graça porque o Senhor está contigo. Com este número do “O Povo do Lima” encerramos este ano civil de 2008. Neste Advento de espera e preparação, viveremos a alegria messiânica vivida por Maria, a Senhora da Esperança, a Senhora que acolheu em seu coração Aquele que haveria de gerar em seu seio. A presença de Maria é significativa no Tempo do Advento e Natal. É de sublinhar a presença de Maria, sobretudo na novena do Natal, um verdadeiro oitavário marial. Se não existe, no calendário actual, a festa da Expectação do Parto da Virgem Santa Maria, outrora no dia 18 de Dezembro, a Senhora do Ó brilha, nestes dias do Advento, como a Estrela Matutina que anuncia o Sol Nascente, como o Filha de Sião que, ansiosamente, espera o Enviado de Deus no cumprimento das palavras do Profeta: “Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um Filho” (Is 7, 14). “O tempo de Natal constitui uma comemoração continuada da Maternidade divina, virginal, salvífica, daquela que, em perfeita virgindade, deu a este mundo o Salvador” (Marialis cultus, 5). É precisamente neste tempo que se insere a grande solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, no dia oitavo do Natal, 1 de Janeiro. Esta é a primeira de todas as festas litúrgicas marianas, pois todas as graças de Maria lhe advêm de ser a Theotokos. A antífona que, anteriormente, se cantava no próprio dia de Natal, faz, hoje, parte da solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus: Maria deu à luz o Rei, cujo nome é eterno. Ela teve a alegria de ser mãe sem deixar de ser virgem. Nem antes nem depois dela se viu semelhante prodígio. Aleluia. Animados pela força do Espírito de Santo, iluminados pelo exemplo de Nossa Senhora, sob a protecção do Beato Francisco Pacheco, sejamos testemunhas do Evangelho de Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado. Um Santo Natal. Celebremos o Príncipe da Paz. Até para o ano, se Deus quiser. A Perder de Vista… O Largo do Chafariz Jesus” como digo aos meus netos. É festa e alegria, porque festejamos aquele Menino. Irrita-me o Pai Natal decrépito, a trepar pelas paredes exteriores das casas… Nas casas faz falta o Menino, no Presépio. Depois lá podemos pôr a árvore de Natal, símbolo da vida que se renova constantemente. Bom Natal para os meus leitores. O belo chafariz, para cuja feitura houve auxílio de El-Rei D. Sebastião através de provisões de 1576 e 1577, veio ao encontro dos anseios e necessidades dos habitantes da Vila, e ficou pronto em 1603. Em seu torno se reorganizou a vida da povoação. Postado defronte de uma importante via que serpenteava, depois de entrar na PraçaForte, através da Torre do Souto, até desembocar nas saídas para a Ponte e para a estrada que conduzia à Barca, ornava com fidalguia (com cantos líquidos que escorriam desde o alto de Merim…) o local onde se rezava, viajava, se convivia, e se feirava até, numa exemplar troca social que durou séculos…. Américo Carneiro