julho 2007

Transcrição

julho 2007
JULHO 2007
Panorama
BC reitera posição de cautela
A
s avaliações sobre os rumos das taxas de juros foram influenciadas pelas dúvidas a respeito
da posição do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre a meta de inflação para 2008
mais que pelo comportamento dos índices de preços em junho, com o ligeiro repique
provocado pelos preços de alimentos. Diante das discordâncias entre membros do Conselho, foi
mantida a meta de 4,5%, mas com a possibilidade de o Banco Central perseguir um número um
pouco menor, 4%, caso o cenário internacional se mostre favorável.
Na manifestação mais recente do Copom, a ata da reunião de junho considerou que o corte de 50
pontos base naquela ocasião refletia a orientação parcimoniosa na gestão da política monetária,
defendida pelo Comitê, mas sem indicações sobre os próximos meses.
A despeito das preocupações com o cenário internacional, os números do setor externo da economia
brasileira continuam muito favoráveis, tanto no comércio quanto nos fluxos financeiros. Os sinais de
aquecimento da atividade produtiva continuam aumentando, inclusive na remuneração do trabalho
e na expansão do crédito.
2006
2007
2006
20073
Atividade Econômica
Inflação, %
PIB (var. em 4 trim % real)1
3,7
3,8 1 ºtrim
IPC-Fipe
2,55
4,88
jun
Indústria1
2,8
2,3 1 ºtrim
IPCA Brasil
3,14
3,69
jun
Agropecuária1
4,1
5,5 1 ºtrim
IGP-DI
3,79
3,96
jun
Serviços1
3,7
3,8 1 ºtrim
IPA-DI geral
4,29
3,76
jun
PIB, R$ bi (correntes)
2.322,8 - 1 ºtrim
IPA-DI industrial
3,46
2,47
jun
PIB, US$ bi (correntes)
1.067,3 - 1 ºtrim
IPA-DI agrícola
6,92
8,07
jun
Formação Bruta Capital Fixo (%)
8,7
7,7 1 ºtrim
Massa real de rendimentos (%)2
6,9
7,2 mai/07
Contas externas, US$ bi3
2006 2007 Câmbio, juros e risco-país
2006
20073 4
Conta corrente
13,6
15,2
jun
R$/US$ (var. %) -8,7
-11,0
jun
Em % do PIB
1,3
1,3
jun
Cotação fim de período (R$)
2,138
1,926
jun
Serviços e rendas
-37,1 -36,6
jun
Juros nominais (CDI)5, %
15,0
13,2
jun
Conta capital e financeira
16,0
59,8
jun
Juros reais (IGP-M), %
10,8
8,9
jun
Investimento externo direto
18,8
32,3
jun
Juros em dólar, %
25,9
27,1
jun
Risco-país fim de período (Embi+) 192
160
jun
Contas externas, US$ bi3
2006 2007 Contas públicas, % do PIB6 2006
20073 Saldo comercial
46,5
47,6
jun
Resultado primário
-3,9
-4,3
mai
Exportações
137,8 150,0
jun
Carga de juros nominais
6,9
6,8
mai
Importações
91,3 102,4
jun
Resultado nominal
3,0
2,5
mai
Reservas internacionais
85,8 147,1
jun
Dívida líquida total
44,9
44,7
mai
Taxa acumulada nos últimos 4 trimestres; 2 Variação percentual em relação ao mesmo período do ano anterior (nova
PME); 3 Estatísticas acumuladas em 12 meses até o período mencionado; 4 Fim de período; 5 Taxa acumulada nos últimos
12 meses findos no mês indicado; 6 Valores positivos correspondem a déficits e negativos a superávits. Indicadores relacionados à Necessidade de Financiamento do Setor Público (NFSP), excluem desvalorização cambial.
Fontes: IBGE, MDIC, Gazeta Mercantil e Banco Central do Brasil. Elaboração própria.
1
Julho 2007
Balança Comercial
Superávit comercial de US$ 3,82 bilhões em junho
A
balança comercial obteve superávit de US$ 3,82 bilhões em junho, valor inferior ao do mês
anterior (-1,3%) e ao de junho de 2006 (-6,9%). Ainda assim, o saldo do primeiro semestre,
US$ 20,66 bilhões, superou em 5,73% os US$ 19,54 bilhões dos primeiros seis meses
de 2006. Além disso, o superávit em doze meses até junho, US$ 47,59 bilhões, foi 6,4% maior que
o verificado nos doze meses de julho de 2005 a junho de 2006.
As exportações somaram US$ 73,22 bilhões no primeiro semestre e US$ 149,96 bilhões em doze
meses até junho. No mês, as vendas foram de US$ 13,12 bilhões, 14,45% acima de junho de 2006,
com aumento em todas as categorias de produtos: US$ 7,01 bilhões de manufaturados, US$ 4,0
bilhões de básicos e US$ 1,84 bilhão de semi-manufaturados. Pela média diária, houve alta de 19,0%,
26,8% e 10,0%, respectivamente, sobre junho de 2006.
As importações no primeiro semestre atingiram US$ 52,55 bilhões, alta de 26,60% sobre o mesmo período de 2006. Em junho, as compras externas, US$ 9,30 bilhões, tiveram alta semelhante,
26,30%, em relação ao mesmo mês de 2006. Todas as categorias de produtos tiveram aumento
expressivo: matérias-primas e intermediários, 38,7%; bens de capital, 32,1%; bens de consumo,
31,8%; combustíveis e lubrificantes, 17,0%.
O balanço de pagamentos teve forte superávit em maio, US$ 15,53 bilhões, explicado quase integralmente pelo saldo da conta financeira, US$ 14,94 bilhões, valor muito superior ao registrado em maio
de 2006, US$ 6,29 bilhões. Somente os investimentos líquidos em carteira somaram US$ 4,48 bilhões, com montante líquido de
US$ 2,45 bilhões em títulos de
renda fixa e de US$ 2,03 bilhões
em ações. O saldo líquido de
transações correntes em maio
foi de US$ 100 milhões.
Julho 2007
Setor Externo
Valores em US$ bi
Var. % sobre igual período do ano anterior
abr/07 mai/07 jun/07 jan07-jun07
abr/07 mai/07
jun/07 jan07-jun07
Balança comercial
Exportações
12,45
13,65 13,12
73,22
26,60
32,43
14,45
19,91
Importações 8,25
9,78
9,30
52,55
22,43
34,18
26,30
26,60
Saldo
4,20
3,87
3,82
20,66
35,71
28,21
-6,86
5,72
Reservas internacionais
Liquidez internacional
Meses de importação de bens1
Valores em US$ bi
abr/07
121,83
14,93
mai/07 jun/07 Acum. 2006
136,42 147,10
-
16,29 17,23
-
Var. % sobre igual período do ano anterior
abr/07
115,43
73,62
mai/07
115,25
71,13
jun/07 Acum. 2007
134,72
85,85
-
Fontes: MDIC e Banco Central; nd = não disponível. 1Relação Reservas-Importações (média mensal dos ultimos 12 meses)
Julho 2007
Juros e Câmbio
Banco Central segue vigilante
N
a ata da reunião de junho, quando a taxa básica de juros foi cortada para 12% ao ano,
os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reafirmaram o
cenário benigno para o comportamento dos preços, diante a perspectiva de continuidade
do quadro externo favorável. Ainda assim, a ata trouxe também advertências sobre a necessidade
de o BC manter uma postura vigilante em relação ao comportamento prospectivo dos preços, considerando as defasagens entre mudanças na Selic e efeitos sobre a atividade econômica, além de
outros vetores de incerteza quanto aos canais de transmissão da política monetária.
As operações de crédito do SFN atingiram R$ 786,12 bilhões em maio, 20,18% acima do verificado
no mesmo mês de 2006. Os empréstimos com recursos livres cresceram 1,71% na comparação
com abril e alcançaram R$ 546,88 bilhões. As operações com recursos direcionados tiveram ligeira
redução e fecharam o mês em R$ 239,24 bilhões. O spread bancário prosseguiu a trajetória de
quedas sensíveis e terminou maio em 26,20% ao ano.
O câmbio terminou o primeiro semestre a R$ 1,93 por dólar, mesmo patamar de maio, com valorização
de 11% sobre o final de junho de 2006. A taxa de juros acumulada real ex-post, descontada pelo
IGP-M, ficou em 8,90% ao ano em junho, acima do registrado no mês anterior, 8,68% ao ano.
Julho 2007
Câmbio e juros básicos
Taxa de câmbio (R$/US$)1
Juros anualizados (CDI)2
Juros mensais (CDI)3
Juros reais mensais (IGP-M)
Moeda e crédito
Base monetária
Meio de pagamento M1
Meio de pagamento M2
Meio de pagamento M3
Meio de pagamento M4
Crédito SFN
Em % PIB5
Crédito rec. livres
Pessoas físicas
Pessoas jurídicas6
Crédito rec. Direcionados
Juros e spread bancário
Taxa aplicação rec. livres (a)5
Taxa captação rec. livres (b)5
Spread bancário (a - b)5
Valores em %
abr/07
2,03
12,52
0,94
0,90
Em 12 meses4
mai/07
1,93
12,35
1,02
0,98
jun/07
1,93
11,97
0,90
0,64
Valores em R$ milhões
mar/07
107.236
155.577
650.734
1.413.816
1.627.152
759.444
31,26
521.409
252.058
269.351
238.035
abr/07
114.406
156.468
657.083
1.440.988
1.664.611
777.313
31,85
537.699
258.684
279.015
239.614
mai/07
108.251
157.140
664.772
1.464.157
1.701.346
786.123
32,05
546.882
267.019
279.862
239.241
Valores em % ao ano
mar/07
38,50
12,00
26,50
abr/07
38,10
11,70
26,40
mai/07
37,40
11,20
26,20
abr/07
-2,65
-
13,76
8,60
mai/07
-16,15
-
13,47
8,68
jun/07
-11,00
13,15
8,90
Var. % mesmo mês do ano anteiror
mar/07
20,85
20,84
12,43
16,09
18,70
21,36
2,74
23,83
24,73
23,00
16,27
abr/07
28,67
22,71
13,36
17,58
20,68
21,94
2,96
24,81
25,43
24,25
15,96
mai/07
25,64
20,09
11,92
17,52
21,43
20,18
2,73
23,44
25,82
21,26
13,33
Var. % mesmo mês do ano anteiror
mar/07
-7,20
-3,70
-3,50
abr/07
-6,90
-3,60
-3,30
mai/07
-6,4
-4,1
-2,3
Fim de período - Ptax; 2 Taxa diária do último dia do mês anualizada, tomando-se por base 1 ano = 252 dias; 3 Taxa
acumulada no mês e nos últimos 12 meses, respectivamente; 4 taxa de câmbio refere-se à variação percentual em relação
ao mesmo período do ano anterior, enquanto os demais indicadores refletem o acumulado no período; 5 variação em
ponto percentual (p.p.); 6 Inclui crédito referenciado em moeda estrangeira.
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração própria.
1
Julho 2007
Inflação
IPCA acumula 2,08% no primeiro semestre pelo IPCA
A
inflação medida pelo IPCA repetiu em junho a alta de 0,28% de maio, com o grupo alimentação e bebidas respondendo sozinho por 0,23% da inflação, com alta de 1,09% no mês.
O item leite e derivados subiu nada menos que 7,35%, com os problemas da entressafra.
Outros grupos de despesa que registraram alta no mês foram habitação (0,25%), vestuário (0,91%),
saúde e cuidados pessoais (0,32%), despesas pessoais (0,42%) e educação (0,04%). Houve queda
de preços nos grupos artigos de residência (-0.65%), transportes (-0,40%) e comunicação (-0,05%).
A inflação do primeiro semestre ficou em 2,08% e o acumulado em doze meses atingiu 3,69%.
Pelo IGP-M, a inflação de junho foi de 0,26%, acima do 0,04% em maio, e fechou o semestre em
apenas 1,46%, com 3,89% em doze meses. Em junho, o IPA ficou estável (0,01%), com alta de
0,11% nos produtos agrícolas e queda de 0,03% nos industriais. O IPC subiu 0,35%, acima da alta
de 0,20% em maio, pressionado pelo grupo alimentação (0,73%). Movimento semelhante ocorreu
no INCC, com 0,55% em maio e 1,67% em junho.
Para os consumidores paulistanos, a inflação da primeira metade do ano foi de 2,37%, com 4,88%
em doze meses. O IPC-FIPE teve alta de 0,55% em junho (0,36% em maio), sob pressão dos preços
dos produtos agrícolas - o grupo alimentação registrou 1,90%. A alta dos preços dos alimentos fez
a FIPE rever a projeção para 2007 de 3,7% para 4,2%.
Índices de Inflação
Índice geral de preços (IGP-DI)
Índice geral de preços (IGP-M)
Preços no atacado (IPA-M)
Preços ao consumidor (IPCA)
Preços ao consumidor (Fipe)
Variações mensais
(%)
abr/07 mai/07 jun/07
0,14 0,16 0,26
0,04 0,04 0,26
-0,14 -0,09 0,01
0,25 0,28 0,28
0,33 0,36 0,55
Acumulado no ano
(%)
abr/07 mai/07 jun/07
1,02 1,18 1,44
1,16 1,20 1,46
0,79 0,69 0,7
1,51 1,79 2,08
1,44 1,81 2,37
Acum. em 12 meses (%)
Expectativas de mercado
(06/07/2007)
abr/07 mai/07 jun/07
4,61 4,38 3,96
4,75 4,40 3,89
5,44 4,89 3,75
3,00 3,18 3,69
3,37 3,98 4,88
jul/07 2007 2008
0,26 3,50 4,00
0,25 3,49 4,00
-
-
0,20 3,68 4,00
0,25 4,05 3,98
Fontes: IBGE, Fipe, FGV e Banco Central. Elaboração própria.
Julho 2007
Finanças públicas
Superávit primário de R$ 9,29 bilhões em maio
D
epois do recorde de R$ 23,46 bilhões em abril, o superávit primário do setor público nãofinanceiro em maio recuou para R$ 9,29 bilhões, valor 47,5% acima dos R$ 6,30 bilhões
do mesmo mês de 2006. No resultado de maio, o governo central atingiu R$ 5,34 bilhões;
os governos regionais com R$ 2,85 bilhões; e as empresas estatais com R$ 1,1 bilhão. Nos cinco
primeiros meses de 2007, o superávit primário do setor público foi de R$ 60,03 bilhões, 28,5% acima
dos R$ 46,71 bilhões do mesmo período de 2006. Em doze meses até maio, o resultado primário
foi de R$ 103,46 bilhões, equivalentes a 4,29% do PIB.
A carga de juros nominais em maio subiu a R$ 16,75 bilhões, bem acima do montante registrado
em abril, R$ 12,28 bilhões, e em maio de 2006, R$ 7,16 bilhões. Os juros nominais acumulados em
doze meses alcançaram o equivalente a 6,79% do PIB, pouco acima dos 6,43% do PIB acumulados
em doze meses até abril.
Com isso, o setor público não-financeiro teve déficit nominal de R$ 7,45 bilhões em maio, contra superávit de R$ 11,17 bilhões em abril. O resultado foi favorecido pelo resultado positivo das empresas
estatais federais e dos governos estaduais, de R$ 1,57 bilhão e R$ 1,32 bilhão, respectivamente. O
déficit nominal em 2007 até maio soma R$ 7,86 bilhões, ou 0,79% do PIB, e R$ 60,24 bilhões em
doze meses, o equivalente a 2,50% do PIB.
A dívida líquida do setor público continuou em alta progressiva e atingiu 44,71% do PIB em maio,
ante 44,24% do PIB no mês anterior. A melhora adicional da posição externa líquida não foi suficiente
para compensar o aumento da dívida interna líquida, que passou de 50,19% do PIB para 51,51%
do PIB. Paradoxalmente, este aumento da relação dívida/PIB é resultado da melhora no perfil da
dívida mobiliária federal, pois o crescimento da participação dos títulos prefixados entre abril e maio
leva à incorporação de taxas de juros ex-ante mais altas, porém com menor risco de volatilidade
para o Tesouro.
Julho 2007
Necessidade de Financiamento
Resultado nominal
Juros nominais
Resultado primário
Endividamento do Setor Público
Dívida líquida total
- Governo federal
- Banco Central
- Governos estaduais
- Governos municipais
- Empresas estatais
- Dívida interna líquida
- Dívida externa líquida
Acum. nos últimos 12 meses, em % do PIB
mar/07
2,45
6,50
-4,05
mai/07
2,50
6,79
-4,29
Acum. nos últimos 12 meses, em % do PIB
mar/07
44,80
30,88
0,24
13,01
1,91
-1,25
49,48
-4,68
Títulos Públicos Federais e Op. de Mercado Aberto - Composição
Over selic1
Câmbio1
Prefixado
TR
Índice de preços
Outros
Operações mercado aberto
Total
abr/07
2,24
6,43
-4,19
mar/07
35,46
-0,93
34,10
2,15
20,74
- 8,48
100,00
abr/07
44,24
30,57
0,33
12,87
1,91
-1,44
50,19
-5,96
Em % do total
abr/07
35,96
-1,26
32,87
2,11
21,19
- 9,13
100,00
mai/07
44,71
30,42
1,07
12,72
1,92
-1,42
51,51
-6,79
mai/07
35,80
-2,00
33,13
2,04
20,53
10,51
100,00
Com swap.
Fonte: Banco Central do Brasil. Elaboração própria.
1
Julho 2007
Emprego e renda
Rendimentos e emprego formal continuam crescendo
A
taxa de desemprego medida pelo IBGE ficou estável em maio, 10,10%. O aumento da
ocupação foi acompanhado do crescimento da População Economicamente Ativa (PEA),
22,81 milhões para 22,84 milhões de pessoas. Pela metodologia do Seade/DIEESE,
contudo, a desocupação recuou de 16,30% em abril para 15,50% em maio.
O rendimento médio real do trabalho teve ligeiro crescimento em maio, R$ 1.120,3, em relação a abril,
quando registrou R$ 1.117,0. Com o aumento do número de pessoas ocupadas, a massa real de
rendimentos atingiu R$ 22,99 bilhões em maio, 0,40% acima do número de abril. Em comparação
com maio de 2006, o crescimento foi de 7,22%, trajetória mantida desde abril de 2004.
Foram criados 212,22 mil empregos com carteira assinada em maio, número superior aos 198,84
mil empregos formais criados em maio de 2006, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados
e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego. A criação de novas vagas atinge
913,84 mil em 2007, alta de 18,94% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os setores que
mais contribuíram para o resultado de maio foram agricultura, com 80,34 mil empregos, e a indústria
de transformação, com 57,49 mil novas vagas.
Emprego
mar/07
Taxa de desemprego (Seade/Dieese), em %1 15,90
Taxa de desemprego (IBGE), em %1
10,10
PEA, pessoa (mil)
22.891
Pessoas ocupadas, pessoa (mil)
20.569
abr/07
16,30
10,10
22.814
20.501
Rendimento Rendimento médio nominal (R$)
Rendimento médio real (R$)2
Massa real de rendimentos (R$ milhão)2
mar/07
1109,5
1.114,1
22.916,3
abr/07
1114,0
1.117,0
22.899,8
mai/07
15,50
10,10
22.836
20.522
mai/07
1120,3
1.120,3
22.990,8
Var. % mesmo mês do ano anterior
mar/07
-1,00
-0,30
2,92
3,21
abr/07
-0,60
-0,30
2,96
3,22
mai/07
-1,50
-0,10
2,70
2,74
Var. % mesmo mês do ano anterior
mar/07
8,69
5,30
8,68
abr/07
8,70
5,33
8,72
mai/07
7,65
4,35
7,22
Variação expressa em ponto percentual (p.p.); 2 A preços do último mês considerado; Valores inflacionados pela média
ponderada do INPC das seis regiões metropolitanas.
Fonte: IBGE e Seade/Dieese. Elaboração própria.
1
Julho 2007
10
Panorama do Mercado de Capitais
O
mercado acionário apresentou-se como a aplicação financeira que melhor retorno proporcionou aos investidores no primeiro semestre de 2007. O Índice Bovespa (Ibovespa)
encerrou o semestre em 54.392 pontos, com valorizações de 22,3% em termos nominais
e de 35,8% frente à variação cambial do período. O IBrX-50, da mesma forma, fechou em 7.710
pontos, com uma valorização nominal de 19,5%.
O primeiro semestre de 2007 foi um período de superação de vários recordes históricos na BOVESPA. Assim, dentre os principais indicadores, o Ibovespa bateu seu recorde histórico em número de
pontos em 24 ocasiões ao longo do período, tendo atingido seu valor máximo em 18 de junho, com
54.730 pontos. O volume negociado, de R$ 493,9 bilhões, foi o maior já registrado ao longo de seis
meses na história da BOVESPA. No dia 4 de junho, o volume de R$ 15,0 bilhões bateu seu recorde
histórico, valor 2,7% superior ao recorde anterior, em 18 de abril deste ano. O recorde histórico do
número total de negócios foi superado em três ocasiões no primeiro semestre de 2007. O primeiro,
em 14 de fevereiro, com 196.402 negócios, o segundo, em 27 de fevereiro, com 198.674 negócios
e o terceiro em 13 de junho, com 203.221 negócios em um só dia. O valor de mercado das ações
transacionadas na BOVESPA rompeu a marca do US$ 1,0 trilhão.
Valor de Mercado das Ações do Ibovespa e do IBrX
Empresas .PETROBRAS .VALE R DOCE N1 .ITAUBANCO N1 .BRADESCO N1 .AMBEV .BRASIL
NM .ITAUSA
N1 .UNIBANCO N1 .ELETROBRAS N1 .GERDAU
N1 .TELESP .SID NACIONAL .USIMINAS .CEMIG
N1 .TELEMAR SUBTOTAL (CIAS DO IBOVESPA) SUBTOTAL (CIAS DO IBrX-100) TOTAL GERAL( 374 CIAS) R$ mil
Maio
216.303.983,49
200.996.243,25
97.844.104,02
97.813.412,64
82.691.180,81
65.365.060,70
48.463.364,00
49.373.077,28
28.905.170,78
27.301.060,06
28.617.577,42
26.964.654,13
26.293.930,80
17.953.979,07
18.990.945,80
1.430.687.757,98
1.558.856.130,28
1.899.887.442,46
Variação
Junho
244.658.511,44
198.834.155,50
99.453.172,62
95.600.226,67
86.810.546,74
69.054.225,11
51.999.728,37
51.358.204,18
32.642.464,73
31.030.874,96
30.981.365,31
27.152.381,01
26.744.770,27
20.170.621,98
19.683.187,98
1.462.435.515,77
1.596.967.972,92
1.970.813.725,86
US$ mil
(%)
Maio
13,1
-1,1
1,6
-2,3
5,0
5,6
7,3
4,0
12,9
13,7
8,3
0,7
1,7
12,3
3,6
2,2
2,4
3,7
112.138.515,99
104.202.521,26
50.725.337,77
50.709.426,43
42.869.604,86
33.887.221,06
25.124.871,17
25.596.494,00
14.985.313,27
14.153.693,85
14.836.216,20
13.979.290,85
13.631.567,63
9.307.884,84
9.845.479,70
741.711.731,03
808.158.085,07
984.959.014,18
Variação
Junho
127.016.151,72
103.226.121,64
51.631.799,72
49.631.516,29
45.068.293,39
35.849.976,70
26.996.017,22
26.662.965,52
16.946.560,44
16.109.892,51
16.084.189,24
14.096.345,66
13.884.731,74
10.471.717,36
10.218.662,64
759.233.473,04
829.076.924,99
1.023.161.523,13
(%)
13,3
-0,9
1,8
-2,1
5,1
5,8
7,4
4,2
13,1
13,8
8,4
0,8
1,9
12,5
3,8
2,4
2,6
3,9
NOTAS:
NÚMERO TOTAL DE EMPRESAS LISTADAS NA BOVESPA EM 31/05/2007 = 412
Total IBrX: Valor de Mercado das empresas da CarteiraTeórica do IBrX-100.
Total Ibovespa: Valor de Mercado das empresas da CarteiraTeórica do Ibovespa (somente empresas com o sinal (.) à esquerda).
N1 - Companhia do Nível 1 de Governaça Corporativa.
N2 - Companhia do Nível 2 de Governaça Corporativa.
NM - Companhias do Novo Mercado
[2] - Excluida da carteira de Maio a Agosto/2007
Julho 2007
11
Não obstante os excelentes resultados atingidos pelo mercado em 2007, o comportamento do
mercado ao longo do primeiro semestre de 2007 foi bastante volátil do início do ano até 5 de março,
data em que o Ibovespa atingiu 41.179 pontos, seu menor valor no semestre. No período, o Ibovespa
acumulou uma desvalorização de 7,4%.
Participação dos Investidores na BOVESPA - (Compras + Vendas) - Junho/2007
Tipos de Investidores
Vista
(R$)
Termo (R$)
Pessoas Físicas 34.171.065.199 1.702.231.210
Institucionais 47.457.539.753 1.892.245.708
Investidores Estrangeiros 61.317.190.750
365.199.267
Empresas Públicas e Privadas 3.284.342.790
202.421.107
Instituições Financeiras 18.196.765.460 1.560.300.164
Outros 198.476.516
18.680.646
Total Geral 164.625.380.4685.741.078.102
Opções
Exerc. de
(R$) Opções (R$)
4.406.190.910
1.278.267.645
674.504.997
112.052.185
992.329.820
14.530.514
7.477.876.071
Outros
(R$)
Total (%)
(R$)
1.267.608.293
372.887.346 41.919.982.958
2.968.713.002 2.893.524.251 56.490.290.359
2.540.724.913 9.826.770.945 74.724.390.872
279.980.126 7.557.128.761 11.435.924.969
4.230.096.273
12.313.918 24.991.805.635
16.525.861
3.013.205
251.226.742
11.303.648.468 20.665.638.426 209.813.621.535
19,98
26,92
35,61
5,45
11,91
0,12
Evolução dos Índices no Mês
Índice
Abertura
Mínimo
Médio
Máximo
1/6/2007
IBOVESPA
Pontos
52.270
50.884
53.580
US$
27.430
25.911
27.741
IBrX - Índice Brasil
Pontos
16.809
16.513
17.278
US$
8.821
8.409
8.945
IVBX-2 - Índice Valor Bovespa 2
Pontos
5.419
5.224
5.525
US$
2.844
2.660
2.861
ITEL - Índice de Telecomunicações
Pontos
1.221
1.165
1.229
US$
641
594
637
IEE - Índice Setorial de Energia Elétrica
Pontos
16.941
16.466
17.397
US$
8.890
8.385
9.007
IGC - Índice de Ações com Governança Corporativa Diferenciada
Pontos
6.184
6.035
6.282
US$
3.245
3.074
3.253
IBrX-50
Pontos
7.409
7.269
7.618
US$
3.888
3.702
3.944
ITAG - Índice de Ações com Tag Along Diferenciado
Pontos
8.212
8.031
8.327
US$
4.310
4.090
4.311
ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial
Pontos
1.573
1.555
1.632
US$
825
792
845
INDX - Índice do Setor Industrial
Pontos
8.796
8.710
9.110
US$
4.616
4.435
4.717
Fechamento
29/6/2007
Oscilação(%)
55.003
28.876
54.392
28.238
4,0%
4,2%
17.762
9.326
17.492
9.081
4,0%
4,2%
5.681
2.983
5.621
2.919
3,7%
3,9%
1.272
666
1.245
647
1,9%
2,1%
17.933
9.351
17.756
9.218
5,3%
5,5%
6.446
3.385
6.342
3.293
2,5%
2,7%
7.839
4.116
7.710
4.003
4,00%
4,2%
8.541
4.484
8.409
4.366
2,40%
2,5%
1.682
880
1.661
863
5,60%
5,8%
9.407
4.939
9.240
4.797
5,00%
5,2%
Obs: Deflacionado pela variação da cotação R$/US$ de fechamento diário (Taxa de Venda - Dólar Comercial).
Fonte: Banco Central.
Julho 2007
12
A preocupação dos investidores globais com a inflação americana e a possibilidade de aumento
nas taxas de juros desse país no início do ano, levaram o mercado acionário doméstico a acumular
uma queda de 5,5% até o dia 9 de janeiro. Logo a seguir, o mercado inverteu a tendência de queda,
registrando uma valorização de 9,9% até 26 de fevereiro, graças ao otimismo gerado pela expectativa
de inflação controlada e desaceleração moderada da economia nos EUA. Esse movimento de alta
foi interrompido em 27 de fevereiro, quando a combinação de uma série de fatores negativos levou
o mercado a operar com pessimismo, refletindo as notícias de que o governo chinês poderia adotar
medidas restritivas à atuação de especuladores em seu mercado, de uma possível desaceleração
forçada no ritmo de crescimento desse país e de uma possível recessão nos EUA, dentre outros. O
Ibovespa acumulou uma desvalorização de 10,8% no período de 27 de fevereiro a 5 de março.
A partir do dia 6 de março, entretanto, os mercados doméstico e internacional ingressaram em um
período muito positivo. No cenário externo, contribuiu para esse bom desempenho, a divulgação de
indicadores mostrando que a economia mundial tem conseguido atravessar o período de redução
das taxas de crescimento nos Estados Unidos sem perder o dinamismo. Internamente, os indicadores econômicos apresentaram bom desempenho, com a atividade econômica emitindo sinais de
aceleração e a inflação se mantendo sob controle, abrindo espaço para a adoção de uma política
monetária expansionista, com cortes na taxa de juros. Adicionalmente, o risco país consolidou-se
em patamares inferiores à média obtida pelos países emergentes.
Essa conjunção de fatores evidenciou que os mercados avaliam cada vez melhor a economia brasileira, antecipando uma possível melhora da classificação de risco de crédito do país, que se tornaria
investment grade.
Demais Indicadores de Rentabilidade
O desempenho positivo do mercado refletiu-se nos demais indicadores calculados pela BOVESPA,
que também apresentaram altas no semestre. O IBrX-100 - Índice Brasil exibiu uma alta de 20,0%;
o IVBX - Índice Valor Bovespa - 2ª linha, de 18,7%; o ITEL - Índice Setorial de Telecomunicações, de
18,2%; o IEE - Índice Setorial de Energia Elétrica, de 26,9%, IGC - Índice de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada, de 22,6% e o ITAG - Índice de Ações com Tag Along, de 20,7%; o Índice
de Sustentabilidade Empresarial (ISE), de 15,9% e o Índice do Setor Industrial (INDX), de 29,9%.
Evolução das Negociações
Foram transacionados R$ 493,9 bilhões no semestre, valor 63,2% superior ao verificado no primeiro
semestre de 2006. Em termos médios diários, o giro financeiro atingiu a expressiva cifra de R$ 4,02
bilhões.
O número de negócios também apresentou crescimento. Foram efetuados 15.621.981 negócios no
primeiro semestre de 2007, representando uma média de 127.008 negócios por dia, número 49,2%
superior ao verificado no primeiro semestre de 2006, quando foram efetuados 85.101 negócios por
dia.
As transações no mercado à vista (lote-padrão), responsáveis por 81,8% do total movimentado nos
seis primeiros meses do ano, registraram um montante médio diário de R$ 3,38 bilhões, 54,3% mais
que no mesmo período de 2006.
Julho 2007
13
As dez ações mais negociadas responderam por 44,4% do montante movimentado no mercado a
vista (lote-padrão). No 1° semestre de 2006 esse percentual havia sido de 47,6%, indicando diminuição na concentração das negociações no 1° semestre de 2007.
Mercados Derivativos
Os mercados derivativos da BOVESPA, acompanhando o crescimento no volume total negociado,
também apresentaram aumento em sua negociação.
Opções
O mercado de opções sobre ações, com uma participação de 3,1% sobre o total negociado na
BOVESPA, totalizou R$ 15,3 bilhões no primeiro semestre de 2007, valor 65,9% superior a igual
período de 2006.
O segmento de opções sobre o Índice Bovespa apresentou o significativo crescimento de 220,7% no
semestre, registrando um volume de R$ 3,11 bilhões, contra R$ 969,7 milhões no primeiro semestre
de 2006. Foram realizados 11.089 negócios com opções sobre o Ibovespa, sendo 7.747 com opções
de compra (alta de 126,3%) e 3.342 com opções de venda (alta de 104,5%).
Em termos de número de negócios efetuados no mercado de opções, verificou-se um crescimento
de 31,4% em relação ao primeiro semestre de 2006. O número de negócios passou da média de
25.662 negócios por dia no primeiro semestre de 2006 para 33.711 negócios por dia no primeiro
semestre de 2007.
Termo
No mercado a termo, o número de negócios subiu da média diária de 1.052 negócios no primeiro
semestre de 2006 para 1.457 negócios no mesmo período de 2007. O volume médio diário apresentou crescimento de 68,6% passando de R$ 73,1 milhões para R$ 123,2 milhões. Dos 179.252
negócios realizados, 52,0% foram para prazos até 30 dias, 30,7% para prazos de 31 a 60 dias e
17,3% para prazos superiores a 60 dias.
Home Broker
Em linha com o crescimento do mercado de capitais e o aumento do interesse das pessoas físicas
no mercado de ações, as negociações através do HOME BROKER vêm avançando em volume financeiro, número de transações e investidores. O volume médio mensal negociado no Home Broker
- Conexão Varejo, que foi de R$ 5,6 bilhões no primeiro semestre de 2006, passou para R$ 11,1
bilhões no primeiro semestre de 2007, revelando um incremento de 99,5% no período. O número
de negócios e de investidores apresentaram um crescimento de 82,9% e 97,2%, respectivamente,
quando comparados a 2006.
A participação do Home Broker no volume total movimentado na BOVESPA encerrou o primeiro
semestre de 2007 em 7,8%.
Capitalização Bursátil
O valor de mercado das companhias com ações listadas na BOVESPA atingiu R$ 1,97 trilhão em
junho de 2007, exibindo um incremento de 53,4% relativamente ao valor obtido em junho de 2006.
No dia 1º de junho, o valor de mercado da BOVESPA em dólares rompeu a marca de US$ 1 trilhão
Julho 2007
14
pela primeira vez na história do mercado brasileiro, ao atingir US$ 1,02 trilhão.
As empresas que integram a carteira do Índice Bovespa e do IBrX-100, representaram 74,2% e
81,0%, respectivamente, desse valor.
Os cinco setores de atividade com maior valor de mercado no primeiro semestre de 2007 foram:
intermediários financeiros, com R$ 437,9 bilhões (22,2% do total); petróleo, gás e biocombustível,
com R$ 254,2 bilhões (12,9%); mineração, com R$ 206,7 bilhões (10,5%); energia elétrica, com R$
188,0 bilhões (9,5%) e telefonia fixa, com R$ 134,5 bilhões (6,8%).
Participação dos Investidores
Os investidores pessoas físicas e os investidores estrangeiros apresentaram redução em sua participação nas negociações da BOVESPA no período. As pessoas físicas passaram de uma participação
no volume total transacionado de 24,0% no primeiro semestre de 2006 para 22,9% no primeiro
semestre de 2007. Já os investidores estrangeiros foram de 37,7% para 34,5%.
Os investidores institucionais, instituições financeiras e as empresas públicas e privadas, por outro
lado, registraram aumento em sua participação nas negociações da BOVESPA. Os investidores
institucionais passaram de 26,15% no primeiro semestre de 2006 para 28,5% no primeiro semestre
de 2007, e as instituições financeiras, de 10,34% para 11,4%. Já as empresas foram de 2,0% para
2,4%.
Os recursos dos investidores estrangeiros direcionados para aplicações na BOVESPA, apesar da
redução de participação no volume total da BOVESPA foram os que apresentaram maior participação. Com um volume de compras de R$ 170,03 bilhões, contra vendas de R$ 170,17 bilhões nos
primeiros seis meses de 2007, esses investidores foram vendedores líquidos na BOVESPA em R$
138,7 milhões.
Por outro lado, a participação desses investidores nas distribuições públicas de ações atingiu R$
15,75 bilhões, representando 73,4% do valor total das distribuições realizadas no primeiro semestre
do ano.
BOVESPA FIX e SOMAFIX
Atualmente estão registrados para negociação no mercado de renda fixa da BOVESPA, debêntures,
notas promissórias, certificados de recebíveis imobiliários (CRIs), fundos de investimento em direitos
creditórios (FIDCs) e fundos de investimento em cotas de fundo de investimento em direitos creditórios (FICFIDCs), totalizando 290 ativos de 179 emissores. No primeiro semestre de 2007, o volume
negociado com títulos de renda fixa privada totalizou R$ 427,0 milhões.
O número de negócios apresentou um aumento significativo no período, passando de 202 negócios no primeiro semestre de 2006 para 466 no primeiro semestre de 2007. Vale ressaltar que esse
crescimento foi predominantemente representado pelo crescimento das operações com debêntures,
que passou de 38 para 334 negócios, reflexo do início de negociação das debêntures do BNDESPar, onde houve expressiva pulverização na distribuição primária e que conta com a presença de
formadores de mercado para o ativo.
Em abril, buscando oferecer aos participantes do mercado instrumentos que auxiliem na negociação
dos ativos, foi lançado o serviço de solicitação de cotações para todos os papéis negociados no
Julho 2007
15
BOVESPA FIX e SOMAFIX. Desta forma, os participantes passaram a poder solicitar cotações para
ativos de renda fixa listados para negociação, as quais são direcionadas aos outros participantes do
sistema, tornando mais ágil e preciso o processo de formação de preço dos ativos e propiciando
um aumento da sua liquidez.
Formador de Mercado
Programa lançado em setembro de 2003, o número de empresas que contam com Formadores de
Mercado vem aumentando significativamente no decorrer dos anos, passando de 3 em 2003 para
35 em junho de 2007.
No primeiro semestre de 2007, nove novas empresas passaram a contar com a atividade de formador
de mercado, sendo a maior parte constituída por empresas que abriram seu capital recentemente,
demonstrando a constante preocupação das empresas em adicionar valor às suas ações . Ao final
do primeiro semestre, 32 empresas possuíam Formador de Mercado para as ações de sua emissão,
um para cotas do PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa) e duas para debêntures, no BOVESPA FIX.
Dessas 32 ações, cinco empresas ingressaram em algum índice da BOVESPA no primeiro semestre
de 2007: CPFL Energia ingressou no Ibovespa; CPFL Energia, no IBrX-50; Company, Equatorial
Energia e Lupatech, no IBrX-100; Equatorial Energia, no Índice Setorial de Energia Elétrica - IEE; e
Company e Lupatech, no Índice do Setor Industrial.
Novo Mercado e Níveis de Governança Corporativa
O primeiro semestre de 2007 apresentou forte crescimento na quantidade e no volume de Ofertas
Públicas Iniciais de Ações (IPOs). Predominantemente no Novo Mercado, 29 companhias abriram
capital, o que representa um incremento de 142% se comparado ao mesmo período de 2006, quando
foram realizados 12 IPOs. O volume captado foi de 17,4 bilhões, 172% superior aos primeiros seis
meses do ano anterior.
Dessas emissões, o Novo Mercado foi escolhido por 21 empresas; o Nível 2, por 1; e o Nível 1, por
5. Já o segmento tradicional recebeu os BDRs de duas companhias . Atualmente, as 123 empresas dos níveis diferenciados representam 57,7% do valor de mercado e 60,9 do volume financeiro
negociado no período.
Proteção do Investimento com Participação (POP)
Em fevereiro foi lançado o POP - Proteção do Investimento com Participação, novo produto de renda
variável que proporciona proteção contra eventuais perdas no investimento em ações.
O POP é formado por uma ação no mercado à vista e suas correspondentes opções de compra e
venda no mercado de opções, possibilitando ao investidor estabelecer um limite de perdas no caso
de desvalorização da ação escolhida, em troca de uma redução no ganho, na hipótese de alta da
ação. Mais informações sobre o funcionamento do POP e suas características podem ser obtidas
no seguinte endereço: www.bovespa.com.br/pop.
Desde seu lançamento em 9 de fevereiro, foi realizada uma média de 101 negócios por mês, correspondendo a R$ 4,6 milhões. Dos 9 ativos autorizados a negociar POP, Petrobrás e Vale do Rio
Doce responderam por 44,4% e 20,5% do volume total de POP no período.
Julho 2007
16
Leilão de CEPACs
No primeiro semestre de 2007, foram realizados três leilões da segunda distribuição de Certificados
de Potencial Adicional de Construção (CEPAC), emitidos pela Prefeitura do Município de São Paulo
para a Operação Consorciada Água Espraiada. O primeiro, realizado em 30 de janeiro, movimentou
R$ 20,5 milhões e 50 mil certificados; o segundo, em 25 de abril, R$ 41,1 milhões e 100 mil certificados; e o terceiro, em 29 de maio, R$ 65,3 milhões e 158.773 certificados.
Os CEPACs são valores mobiliários emitidos por municípios para financiar infra-estrutura urbana,
conforme prevê a Lei Federal 10.430, de 27/07/01, e Instrução CVM 401, de 29/12/01, que possibilitam aos seu detentores o direito adicional de construir dentro das áreas das Operações Urbanas
Consorciadas ou ainda podem ser negociados no mercado secundário da BOVESPA.
Bolsa de Valores Social & Ambiental (BVS&A)
Em maio, a Bolsa de Valores Sociais (BVS) ampliou sua área de atuação, abrigando também projetos
ambientais. Com a mudança, a BVS passou a se chamar Bolsa de Valores Sociais & Ambientais
(BVS&A). Fundada em 2003 e mantida pela BOVESPA, a BVS, que até então captava recursos
financeiros para projetos de ONGs brasileiras voltadas para a educação, passou a captar recursos
também para projetos ambientais, com foco em cinco grandes temas: Educação para Sustentabilidade, Mudanças Climáticas, Recursos Hídricos, Biodiversidade e Florestas e Cidades Sustentáveis.
A exemplo da BVS, a BVS&A funciona como ambiente de encontro entre o público e projetos que
necessitam de recursos financeiros para serem implantados ou ampliados. No total, abriga 35 projetos,
entre ambientais e educacionais, que serão substituídos por novos, na medida em que atingirem a
captação do valor estipulado.
No dia 12 de junho, foi realizada a quarta edição do Dia da Responsabilidade Socioambiental Bovespa, onde foi arrecadado cerca de R$ 420 mil em emolumentos, gerados pelas compras de ações
realizadas durante o dia, que serão destinados às ONGs listadas na BVS&A.
Julho 2007
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negociações com valores mobiliários.
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