entrevistas clubes - Bayer CropScience Portugal
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entrevistas clubes - Bayer CropScience Portugal
RE VISTA BAYER CROPSCIENCE FE VEREIRO 2009 | N.08 entrevistas JOACHIM WEGFAHRT DOUG GUBLER PAULO VACAS DE CARVALHO JOSÉ COMENDA clubes BAYVITIS BAYFRUTA FIDELIS PLUS academia distribuição BCS editorial | Estar mais ‘perto’ para ouvir, partilhar, aprender, trocar ideias... Isidoro Paiva Responsável Comunicação Institucional Há algum tempo, Millôr Fernandes escreveu que “Só depois que a tecnologia inventou o telefone, o telégrafo, a televisão, a Internet foi que se descobriu que o problema de comunicação mais sério era o de estar perto...”. Estar “perto” é o grande desafio da comunicação no século XXI. Nos últimos anos o mundo em geral mudou muito e o da comunicação em particular, ou não fossem o tempo e a tecnologia dois grandes escultores. Nesta aurora do segundo milénio, cada vez, existem mais canais para chegar às pessoas, ou aos consumidores: Imprensa, TV, Telemóvel, Outdoor, Rádio, Sponsoring, Eventos, Ponto de Venda, Merchandising, Packaging, Promoções, Publicidade… mas na sua essência o problema da comunicação é intemporal, como estar “perto”! Segundo as estatísticas, em Portugal, hoje em dia apenas 14% das pessoas confiam na publicidade, mas cerca de 74 % das pessoas confiam noutras pessoas ou noutros consumidores. Confiam na sua rede social, nos que lhe estão “perto”. Esta nova revista parceiros, agora com uma nova forma, novos conteúdos temáticos e nova periodicidade, semestral, tem como grande desafio, realizar o essencial da comunicação: estar mais “perto” das pessoas. Mais “perto” dos agricultores, dos técnicos, dos distribuidores, dos investigadores, dos colegas, de todos os homens e mulheres que são e fazem a agricultura em Portugal. Mais “perto” da aldeia global que é o mundo, capitalizando a presença da Bayer CS, como empresa transnacional, presente em mais de 120 países, trazendo as melhores práticas, tecnologias, histórias ou os testemunhos de alguns dos, apenas, cerca de 1 bilião de agricultores existentes em todo o Mundo. Estar mais “perto” para ouvir, partilhar, aprender, trocar ideias, conhecimentos, entender… Entender os sinais do tempo, do espaço, do mundo, entender a mudança!.. Nesta edição, da nova Parceiros, destacaria quatro conteúdos que traduzem esta cultura do “perto” e que são também sinais da mudança. Em primeiro lugar, uma especial referência para as “redes sociais” que constituem os clubes Bayer, cuja filosofia não é mais que, o “perto” do Millôr aplicado às organizações. Nos últimos anos foram desenvolvidos pela companhia em Portugal, três clubes temáticos destinados a vitivinicultores, o Bayvitis, a fruticultores, o Bayfruta e a revendedores, o Fidélis Plus, e todos eles com um êxito assinalável. Na área da formativa e aplicando o “perto” à aprendizagem e ao conhecimento, o sucesso do projecto formativo Academia Distribuição Bayer CS. Esta Academia, que tem como lema: aprender com os melhores; tem permitido aos técnicos dos distribuidores, estar “perto”, aprendendo com algumas das maiores referências na área da protecção das culturas tanto a nível nacional como internacional. Para 2009 a Bayer CS pensa declinar este conceito ao sector da revenda, estratégia que abordaremos na próxima edição da revista. Por ultimo os testemunhos “perto” da opinião de pessoas como: Douglas Gubler da Universidade de Davis na Califórnia/EUA, que aborda a importância crescente dos modelos de monitorização do clima no controle das doenças na vinha. O que em termos conceptuais traduz a emergência de um novo modelo tecnológico, quer de protecção das culturas, quer de agricultura: A Agricultura de Precisão. Paulo Vacas de Carvalho, sócio gerente da Topavi-pec, distribuidor da Bayer CS que reforça uma ideia, tão antiga como os homens, e que hoje fruto da conjuntura mundial, está novamente na agenda dos políticos: A confiança na agricultura como sector económico estratégico essencial. Joachim Wegfahrt, director da Bayer CS em Portugal, há um ano entre nós, e que numa extensa entrevista, revela acreditar fortemente: Nas políticas e nos projectos de diferenciação da companhia e que decorrente deste contexto, a Bayer CS tem boas razões para ser optimista quanto ao futuro! Seis anos, e sete números após o lançamento da primeira edição da revista Parceiros, em 2003, chegou a altura de mudar. Esperamos mudar para melhor e sobretudo mudar para estar mais “perto”, como diria o Millôr! Aliás esta tem sido desde sempre a filosofia da Bayer Cropscience, presente em Portugal desde 1925 e que desde então tem procurado estar “perto” do “mundo da agricultura portuguesa ”. Perto e em colaboração estreita ou seja em parceria por isso somos: | índice ENTREVISTA HANS-JOACHIM WEGFAHRT, DIRECTOR DA BAYER CS PORTUGAL 22 10 ENTREVISTA DOUGLAS GUBLER 25 29 BAYVITIS - VINHAS DE REFERÊNCIA NO MUNDO FICHA TÉCNICA 34 ENTREVISTA DISTRIBUIDOR TOPAVI-PEC PROGRAMA DE PROTECÇÃO CONTRA O MILDIO DA VIDEIRA 43 44 MANUAL DE PROTECÇÃO DAS CULTURAS BRANDFUSION revista ‘parceiros’ PROPRIEDADE DA BAYER CROPSCIENCE responsável ISIDORO PAIVA design gráfico ADDMORE COMUNICAÇÃO periodicidade TRIMESTRAL tiragem 1500 EXEMPLARES contactos T:214 172 121 [email protected] 54 ENTREVISTA NOVO COLABORADOR íncice | 03 06 EDITORIAL Isidoro Paiva Responsável comunicação institucional IIª Edição ACADEMIA DISTRIBUIÇÃO BAYER CROPSCIENCE 08 15 17 IDEIAS QUE MUDAM O MUNDO BAYER CS LANÇA CLUBE BAYFRUTA BEM-VINDO AO CLUBE FIDÉLIS PLUS 18 20 45 CLUBE BAYVITIS O caminho faz-se caminhando! FORUM BAYVITIS 2008 ALYSTIN MAX de olhos no voo 47 48 50 descubra o efeito LAUDIS DECIS EXPERT novo insecticida de contacto e ingestão BASTA S a escolha segura no olival 53 MELODY COBRE o multiculturas de final de ciclo | parceiros na formação IIª Edição ACADEMIA DISTRIBUIÇÃO BAYER CROPSCIENCE Uma referência formativa na área da Protecção das Culturas em Portugal! Nos dias 20 a 22, e 25 a 27 de Fevereiro de 2008, Évora foi o palco escolhido para a segunda edição da Academia Bayer Cropscience Distribuição. Este evento formativo juntou mais de 80 técnicos dos distribuidores da Bayer Cropscience (BCS), que exercem funções de prescrição e venda de produtos fitofarmacêuticos. O encontro, que teve lugar no Évora Hotel, contou como prelectores com algumas figuras de renome na área da Investigação e do Ensino Agronómico, nomeadamente a Professora Helena Oliveira, o Professor Arlindo Lima e Professora Cecília Rego, do Instituto Superior de Agronomia, e também os técnicos da Bayer CS: Eng.º Jorge Silva, Eng.º Avelino Balsinhas e Eng.º Rui Pacheco. Nesta IIª edição da Academia Distribuição Bayer CS os temas em debate foram na área da fitossanidade: as doenças das Pomóideas, Prunódeas, Batata, Tomate, e doenças do Lenho da Vinha; na área das soluções fitossanitárias : os modos de acção dos fungicidas, as soluções da BCS em hortofruticultura e as Normas de transporte e armazenamento seguro de produtos fitofarmacêuticos. Do programa da Academia constou ainda actividades de carácter cultural e desportivo onde se destacou um jantar com visita à Adega da Herdade do Esporão, Cantares Alentejanos e provas de karting. A Academia Distribuição Bayer Cropscience, espaço formativo destinado aos técnicos dos distribuidores lançado pela Bayer CS em 2007 tem como lema: Aprender com os melhores! Neste contexto são seleccionados como formadores da Academia algumas figuras de prestígio na área da protecção das culturas, tanto a nível nacional como internacional. O objectivo é desenvolver as competências técnicas, marketing e gestão dos colaboradores da distribuição Bayer Cropscience e aumentar o nível de conhecimento dos produtos da empresa, com especial incidência nas novas soluções a introduzir no mercado. Como suporte de aprendizagem à Academia a companhia criou uma área temática “Academia BCS” no site da Internet da BCS , área Extranet Distribuição, onde estão disponíveis, para consulta, os conteúdos técnicos de cada acção e os contactos de E-mail dos formadores para eventuais duvida sobres os temas técnicos tratados. Para o ano de 2009, a Bayer CS conta alargar este conceito “formativo” ao sector da revenda realizando uma nova edição da Academia BCS que é já uma referência na área da formação na protecção das culturas em Portugal. parceiros na formação | | parceiros no ambiente parceiros no ambiente | TRÊS ANOS A TER IDEIAS QUE MUDAM O MUNDO Os jovens cientistas voltaram a brilhar em mais uma edição do Ideias que Mudam o Mundo (IQMM). Pelo terceiro ano consecutivo, estudantes do 3.º Ciclo e Ensino Secundário, de Norte a Sul do país, responderam ao desafio lançado pela Bayer e mostraram como podem mudar o quotidiano. A edição 20072008 terminou em Julho, com a grande final transmitida na RTP2. A apresentação ficou a cargo de Leonel Silva (conhecido pela participação nos programas Mega Ciência e ABCiência) e a gravação contou com a presença do Dr. João Barroca, Administrador da Bayer Portugal, Dra Raquel Mota, do Ministério da Educação, e Dra Raquel Noronha, Directora Executiva da Ciência Viva. A transmissão televisiva foi apenas uma das novidades desta edição, já que, pela primeira vez, a participação estendeu-se à Internet, com os alunos a responder a quizzes mensais de ciência, testando conhecimentos e acumulando pontos para a grande final. Mais do que um simples suporte, o www.iqmm.pt tornou-se uma segunda dimensão do projecto, com sugestões de experiências científicas para desenvolver em casa, possibilidade de partilhar vídeos, fotos e depoimentos, expor dúvidas e acompanhar as últimas notícias do mundo da ciência e tecnologia. Online desde Dezembro de 2007, o website recebeu até Maio 10.980 visitas, o equivalente a 2196/mês ou 73/dia. “A globalização e as crescentes exigências laborais tornam essencial a familiarização dos jovens com as novas tecnologias. Por isso, fez todo o sentido a introdução desta componente online no IQMM. Até porque Portugal é conhecido pela forte adesão às novas tecnologias e os estudantes portugueses estão muito à vontade na web”, explica o Dr. João Barroca. O objectivo declarado da terceira edição foi criar uma verdadeira comunidade científica empenhada em melhorar o mundo actual através da ciência. Perto de 1600 participantes, entre alunos e professores, de todo o país responderam ao desafio “Mostra Como podes Mudar”. Com o apoio de professores, os estudantes identificaram problemas concretos do dia-a-dia, aplicando conhecimentos científicos e tecnológicos no desenvolvimento de soluções inovadoras. No total, a acção envolveu 191 escolas. Os grandes vencedores da rúbrica “Melhor Projecto de Ciência” foram o “Grupo Atómico”, da Escola EB 2/3 Cónego Dr. Manuel Lopes Perdigão, de Ourém. Os alunos João Vieira, Rafael Baptista e Kevin Mira, com a ajuda da professora Estefânia Pires, em parceria com a Universidade de Coimbra, desenvolveram um trabalho de análise da radioactividade as águas do concelho de Ourém. O quizz do 3.º Ciclo foi renhido até ao fim, sorrindo a vitória ao jovem algarvio José Alves, da Escola E.B 2+3 de Santo António de Faro. Na categoria “Secundário”, a jovem Patrícia Clara, de Mirandela, não deu hipótese e arrebatou o primeiro lugar. Os vencedores dos quizzes, a equipa premiada com o “Melhor Projecto de Ciência”, e respectivo professor, foram conhecer os laboratórios da Bayer, em Leverkusen. Helena Tavares, responsável de comunicação da Bayer Portugal, e Filipa Prenda, consultora de comunicação do Grupo Inforpress, acompanharam os premiados na viagem. No final de mais um ano, o balanço não podia ser mais positivo. “Estamos muito satisfeitos com a adesão. Nestas três edições contámos com um total superior a 55 mil participantes de todo o país e acreditamos que atingimos o principal objectivo, de estimular a aprendizagem da ciência e desafiar os estudantes a reflectir sobre de que forma as inovações tecnológicas podem contribuir para o progresso do mundo e a melhoria da vida humana”, conclui o Dr. João Barroca. A viagem a Alemanha decorreu entre 14 e 16 de Julho e deixou a vontade de voltarem a concorrer na próxima edição para conhecer melhor o mundo da Bayer. Os alunos ficaram instalados no Hotel Bayer kasino e do programa constou a visita à Bayer Cropscience,em Monheim, com almoço no Tropicarium, experiências com o poliuretano e futebol no Centro do Comunicação, e passeio pelo parque químico e Jardim Japonês, em Leverkusen, para ficarem com um pouco das três áreas de actuação da empresa. Para complementar a visita, a Bayer propocionou também um momento cultural com visita guiada pela Catedral de Colonia. 10 | entrevista “EM 2008 A BAYER CS FEZ UM GRANDE TRABALHO EM PORTUGAL…” Hans-Joachim Wegfahrt, nasceu na Alemanha, tem 48 anos é casado e tem três filhas. Assumiu a direcção da Bayer CS Portugal em 1 de Fevereiro de 2008, passado cerca de 1 ano da sua estadia entre nós, concedeu uma extensa entrevista à Revista Parceiros. entrevista | Um dos maiores poetas da língua portuguesa Fernando Pessoa escreveu um dia“. O meu país é a minha língua!...”. Passados 10 meses após a sua chegada a Portugal como vai a aprendizagem da nossa língua e da nossa cultura? Esta é a questão mais difícil! Seria demasiado ambicioso afirmar que em um ano se aprende uma língua. Apesar do treino, falta-me a prática no dia a dia, ainda mais tendo o inglês como língua de negócios e o alemão como língua materna. Leva tempo a atingir um nível razoável de uma língua estrangeira, em que a compreensão me parece ser o maior obstáculo. Mas, os ouvidos estão lentamente a acostumar-se à pronúncia e penso que se notam já os primeiros progressos. E o conhecimento da cultura portuguesa virá certamente com o melhor conhecimento da língua. Qual o balanço que faz destes primeiros meses em Portugal? Diferente e um desafio são as primeiras expressões que utilizaria para descrever os meus primeiros meses em Portugal. Não é segredo que Portugal é um país muito atractivo, tanto a nível cultural, como climático e geográfico, pelo que as minhas expectativas e da minha família eram elevadas. E de facto, nenhuma das minhas expectativas saiu defraudada. Por vezes necessitamos de algum tempo para nos habituarmos à beleza de um novo país, mas aqui em Portugal esse processo tem sido muito rápido. A abertura, franqueza e hospitalidade e, não menos importante, o nível de inglês da maioria das pessoas, têm-nos ajudado imenso. Mas, voltando a Fernando Pessoa, a língua é essencial para nos sentirmos num país estrangeiro como em nossa casa, e para estarmos mais perto das pessoas e da sua cultura. Pelo que ainda tenho um caminho a percorrer. trolo mais eficaz das pragas, doenças e infestantes de forma a assegurar as necessidades da produção alimentar a nível mundial. Estes produtos necessitam de satisfazer as exigências cada vez maiores, a nível biológico, ambiental e populacional. Esta tarefa não poderá ser concretizada sem uma área de pesquisa e desenvolvimento intensa de empresas como a Bayer CS. Como exemplo, para 2009 lançaremos quatro novas soluções no mercado: os insecticidas Alsystin Max e Decis Expert, o fungicida Melody cobre e o herbicida Laudis. Por outro lado, estamos também a falar inovação na área dos serviços, em que se disponibilizam soluções completas, que vão desde o produto à assistência técnica, para os problemas dos agricultores. Este factor é particularmente importante em países como Portugal, com um elevado número de pequenas e médias explorações, que não estão em posição de empregar especialistas que assegurem o conhecimento e o uso apropriado da tecnologia mais recente na área da protecção das culturas nas suas explorações. O nosso objectivo é construir um contacto mais directo com estes agricultores, fornecendo formação e promovendo a troca de conhecimentos em diversas áreas, dando mais atenção às suas necessidades, num mundo agrícola em transformação. Apesar da competição global estar a levar a um processo de consolidação a nível mundial, reduzindo o número de explorações com dimensão crítica para uma agricultura rentável, penso sinceramente que em países como Portugal o agricultor de dimensão média continuará a ser um factor importante no negócio agrícola. O desenvolvimento e o êxito assinalável de clubes para agricultores, como o Bayvitis para os viticultores ou o Bayfruta para os fruticultores, ou mesmo para os revendedores o Fidélis Plus, são o testemunho e o exemplo de projectos inovadores ao nível dos serviços da Bayer CS em Portugal nos últimos anos 11 buição Bayer CS enquadram-se dentro desta filosofia de promoção do “conhecimento”? Como já referi anteriormente, acho que a Bayer CS tem a possibilidade e a oportunidade de complementar os serviços técnicos dos organismos oficias à agricultura, que estão passando, não só em Portugal, por cortes orçamentais drásticos. O desenvolvimento de novas tecnologias (ex.:Protecção Integrada, Agricultura de Conservação…), a emergência de novas regulamentações ambientais, a forte pressão da opinião pública, bem como uma globalização crescente também na agricultura, estão a originar uma necessidade crescente de informação e treino por parte dos agricultores, técnicos e distribuidores. O conceito da Academia Distribuição BCS foi recebido de forma muito positiva por todos os participantes, os técnicos dos nossos distribuidores, e veio confirmar a nossa percepção da necessidade de treino e troca de conhecimentos. Contamos em 2009 alargar o conceito da Academia Bayer CS, ligeiramente adaptado, aos revendedores, onde a necessidade de formação parece ser ainda maior. Quais são as grandes “metas” ou objectivos da BCS em Portugal para os próximos anos? A Bayer CS tem como objectivo consolidar o seu papel de líder no Mercado de protecção das plantas, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento sustentado do sector agrícola em Portugal. “Temos de conhecer muito bem as necessidades dos nossos clientes de forma a concebermos soluções à sua medida.” Bayer CS em Portugal “…Inovação, equipa forte e atenção ao cliente. “. Na primeira entrevista há revista Parceiros considerava estes os factores chaves de sucesso que levaram há liderança da Bayer CS no mercado da Protecção das culturas em Portugal. Reitera esta opinião? A minha opinião não se modificou em nada. E estes factores não são só válidos para Portugal, mas também para todos os mercados em que Bayer CS está presente. Pode concretizar alguns exemplos de projectos ou politicas de ”inovação” da BCS para os próximos anos? A área básica de inovação diz respeito aos produtos que saem da “pipeline” de pesquisa da BCS. Estes produtos destinam-se ao con- Gostaria que comentasse a célebre frase do Peter Drucker, inquestionavelmente um dos maiores pensadores da áreas da Gestão de que “…. as sociedades do século XXI serão as do conhecimento … “ Sim, aplica-se de facto à nossa indústria. Os nossos clientes terão no futuro a possibilidade de comparar preços e soluções alternativas de uma forma muito mais fácil que actualmente. Os clientes terão de estar a par das exigências e desenvolvimento globais e para isso necessitam de parceiros globais como a Bayer CS. Temos de conhecer muito bem as necessidades dos nossos clientes de forma a concebermos soluções à sua medida. A informação representa de facto um papel essencial para todos os intervenientes neste mercado global da protecção das culturas. A implementação pela BCS de projectos formativos como a Academia Distri- Em 2009 a organização da Bayer CS em Portugal terá algumas alterações ao nível da sua estrutura directiva. Quer-nos revelar os motivos destas mudanças organizacionais? Como já referi anteriormente, nos últimos anos a Bayer CS tem desenvolvido um número importante de projectos de sucesso que tem sido muito bem aceites pelos nossos clientes. Acredito fortemente nas políticas e nos projectos de diferenciação da Bayer CS, através da oferta de valor adicional para os nossos parceiros do sector agrícola. O número de “ideias criativas” ultrapassou as nossas potencialidades para desenvolver algumas delas ou mesmo para incrementar os projectos existentes. Desde o início, ficou claro para mim, que necessitávamos de reforçar a área de Gestão de Projectos na Bayer CS em Portugal. 12 | entrevista “…para 2009 lançaremos quatro novas soluções no mercado: os insecticidas Alsystin Max e Decis Expert, o fungicida Melody cobre e o herbicida Laudis…” grupo de marketing, que tem tido a mesma estrutura nos últimos anos e que pode beneficiar com esta mudança na responsabilidade do departamento. Por isto tenho a certeza que o novo director de marketing, Eng.º Luís Antunes e a sua equipa continuarão a desenvolver com êxito todas as actividades de marketing da Bayer CS no futuro. Protecção das Culturas Tínhamos esta necessidade na nossa agenda há algum tempo e inclusive entrevistámos alguns potenciais candidatos externos, mas é difícil de encontrar pessoas que tenham o perfil para esta posição. Finalmente e na organização da Bayer CS, considerei que a Eng. ª Maria do Carmo Romeiras, que era a nossa directora de marketing, tinha o perfil ideal para as necessidades e desafios do cargo. Com a sua vasta experiência na área do Marketing, contactos na indústria e as suas capacidades de comunicação estou seguro de que ela acrescentará valor à organização e ao mercado nesta sua nova posição. È também verdade que a troca de responsabilidades e as práticas de rotação no trabalho fornecem novos desafios e alargam a experiência dos profissionais. A mesma filosofia se aplica ao Como correu o Mercado de Protecção das Culturas durante o ano de 2008? Os mercados de protecção das plantas a nível mundial sentiram um forte crescimento em 2008, impulsionado pela crescente procura de alimentos, o debate sobre a competição entre os bio-combustíveis e a produção de alimentos e o decréscimo das reservas de alimentos a nível mundial. Associado a este contexto mundial na Europa verificaram-se igualmente, condições climatéricas favoráveis ao mercado. A Bayer CS poderá capitalizar este desenvolvimento, provavelmente melhor do que outras companhias, tendo em conta ser o líder de mercado de protecção de culturas na Europa, nomeadamente nos cereais, a maior cultura da Europa. Em Portugal o mercado da protecção das Plantas cresceu cerca de 6% no último ano. Quais os factores que determinaram esta subida acentuada? As condições climáticas favoráveis, complementadas com uma mudança positiva na percepção da agricultura, foram os factores principais para tal aumento. A subida de preços, induzida por uma carência a nível mundial de milho, cereais, arroz e soja, levou os agricultores a optimizar a sua produção de forma a participar nesse desenvolvimento. Face a esta conjuntura favorável de Mercado, qual foi a performance da BCS? Penso que em 2008 a Bayer CS fez um grande trabalho em Portugal. Não só consolidou a sua posição de líder de mercado em todos os segmentos/famílias, como acompanhou de uma forma muito positiva o seu crescimento, através do aumento da sua quota de mercado. Para além deste cenário de reforço na posição de liderança da Bayer CS, a empresa construiu também uma sólida relação de cooperação com os seus clientes, fundamental para o futuro do negócio. O espírito no seio da organização é bom, e prevejo to- entrevista | 13 das as oportunidades para crescermos com a nossa equipa nos próximos anos. Na primeira entrevista confessava “não conheço o mercado português “no terreno” passado um ano, quais são as impressões sobre este mercado? Devido aos obstáculo linguísticos a experiência é mais uma visão interna do que de uma visão de campo. A minha experiência de mercado, após um ano em Portugal, é realmente curta para que eu possa afirmar que conheço bem o mercado português. Mas a minha impressão é talvez um pouco mais positiva do que o mercado se apresenta ou é visto por outros. “O conceito da Academia Distribuição BCS foi recebido de forma muito positiva por todos os participantes, os técnicos dos nossos distribuidores, e veio confirmar a nossa percepção da necessidade de treino e troca de conhecimentos…” È verdade que não existem grandes explorações, como existem noutros países. A nossa vantagem – ou desafio – é a diversidade, ou seja o número de diferentes culturas, que para além da vinha, têm alguma importância relativa. O sector vitivinícola não partilha, de certeza, do mesmo entusiasmo que outros sectores agro-alimentares, mas neste sector vitivinícola vejo sinais muito positivos no que respeita às castas locais, níveis de qualidade e consolidação dos produtores em relação ao crescente negócio de exportação do excelente vinho português. Com um mundo que cresce de uma forma cada vez mais global e que vai perdendo a diferenciação entre produtos, o vinho português mantém a sua especificidade e através de um marketing apropriado conseguirá crescer nas exportações acima da média nos próximos anos. Para o elevado numero de produtores de pequena e média dimensão que existem, as oportunidades de colaboração, em diferentes áreas, com a Bayer CS são enormes. Na sua essência, Portugal não é mais um país essencialmente agrícola, mas tem na sua indústria agro-alimentar muitas oportunidades para se desenvolver e crescer. Como vê o sector da distribuição de produtos fitofarmacêuticos? Tal como acontece nos outros países europeus a distribuição está a sofrer um processo de consolidação e mudança. A pressão sobre os preços e as margens continua a crescer todos os anos em consequência da competitividade, não só a nível nacional, mas também global. A questão sobre que serviço será necessário e qual o preço que o agricultor está disposto a pagar por esse serviço, tornase incontornável. Só os distribuidores que conseguirem satisfazer estas necessidades poderão sobreviver. Em 2008 a implementação de legislação que respeita à redução do risco na distribuição e venda de produtos fitofarmacêuticos, exigindo instalações próprias de armazenagem para os produtos, acelerou esse processo de consolidação. Agricultura Europeia e Mundial Produção de alimentos, de bio-combustíveis, protecção do ambiente e do espaço Rural são tendências estruturantes do sector agrícola Internacional. Como vê o futuro da Agricultura nos próximos anos a nível Mundial? Tenho a convicção de que a agricultura é um dos negócios mais sólidos e seguros do futuro. Não foi só após a actual crise financeira que o mundo se concentrou na produção de bens tangíveis. Com o constante crescimento da população mundial e a estabilização ou mesmo diminuição da superfície agrícola, a procura de alimentos, mesmo não falando dos bio–combustíveis, irá aumentar. Para satisfazer esta procura futura de alimentos serão necessários níveis elevados de tecnologia e eficiência. O maior desafio será conciliar: protecção ambiental, produção de alimentos e preços acessíveis dos alimentos, em todo o mundo. Atingir estes três objectivos em simultâneo a um nível elevado é de certeza um grande desafio para o sector. “A Bayer CS tem como objectivo consolidar o seu papel de líder no Mercado de protecção das plantas, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento sustentado do sector agrícola em Portugal...” Os 27 estados da UE tiveram em 2006 um défice comercial de 17 biliões de Euros no sector agrícola. O tempo dos excedentes estruturais faz já parte da história da Agricultura Europeia. Acha que se assiste a um renascer da importância da Agricultura como sector económico determinante na Europa? Não iria tão longe, mas como foi dito anterior- mente a importância da agricultura irá crescer, em particular na percepção e na mente dos consumidores. Tornou-se um facto adquirido no passado que quando as prateleiras estão repletas, as pessoas desejam preços mais baixos. Ao trabalhar nas cidades e não tendo qualquer ligação à agricultura, a maioria das pessoas esqueceram a importância do sector, os seus problemas e as suas limitações. Isto mudará certamente, com o conhecimento dos obstáculos e desafios do sector. 14 | entrevista ”Acredito fortemente nas políticas e nos projectos de diferenciação da Bayer CS, através da oferta de valor adicional para os nossos parceiros do…” Hans-Joachim Wegfahrt Quem é o homem Hans-Joachim Wegfahrt por detrás do Director Geral da BCS? Após um período na universidade, trabalhei num aeroporto militar como controlador aéreo durante o período de cerca de 2 anos do serviço militar, no norte da Alemanha. Logo a seguir, ingressei na Bayer e fiz um estágio de 3 anos e cursei marketing e gestão. Na Bayer CS estive destacado em vários países: Austrália, Quénia, Paquistão e outros países da África Oriental e finalmente em 2008, fui colocado em Portugal. Para além de acompanhar as minhas 3 filhas nos seus últimos anos de escola, estou a gozar de um ambiente de trabalho diferente na Europa. Portugal oferece-nos todas as possibilidades de tempos livre que aprendemos a apreciar nestes anos de estrangeiro, como golfe, vela ou simplesmente passear à beira-mar. E por último, mas não menos importante, gostamos de degustar um bom vinho e uma boa refeição com uma companhia agradável, o que não é difícil de encontrar em Lisboa. Entrou para a Bayer em 1982, desde então, tem passado por diversos cargos e países. Pode-nos falar dos aspectos mais marcantes destes 26 anos na Bayer? Existem, claro, muitos momentos especiais numa vida profissional de 26 anos. Inesquecível foi a primeira partida da Alemanha para Sydney, Austrália. Começar com uma nova língua é como reiniciar a nossa vida de novo. Sem família, sem amigos e um novo ambiente. O trabalho torna-se ainda mais importante e passa a desempenhar um papel fundamental na nossa vida. Conheci a minha mulher na Austrália, pelo que este período ficará para sempre na minha memória. Inesquecíveis foram também os noves meses que passei na Papua Nova Guiné, onde trabalhei com representante de vendas e marketing, construindo um canal de distribuição para a introdução de um fungicida na cultura do café. Foi um sucesso e isto contra todas as expectativas, pois tratava-se de um ambiente violento para o qual nenhum australiano desejava ir. Esta história de sucesso teve o reconhecimento da Bayer CS, pelo que fui enviado para outros países. “…em 2008 a Bayer CS fez um grande trabalho em Portugal. Não só consolidou a sua posição de líder de mercado em todos os segmentos/famílias, como acompanhou de uma forma muito positiva o seu crescimento, através do aumento da sua quota de mercado.” Esteve nos últimos anos em Africa no Quénia. Este contacto com um Continente e uma cultura diferente, quer do ponto de vista empresarial, Quer social foi certamente enriquecedor. Quer partilhar connosco um Pouco dessa experiência? Passei um total de 10 anos no Quénia, pelo que me sinto muito ligado ao país e às pessoas. Costuma-se dizer que de África, ou se odeia ou se ama, e claro, no meu caso a última é válida. As pessoas são simples, mas amigáveis e de espírito aberto. É uma mistura de diferentes culturas, em que período colonial foi ultrapassado de forma positiva, mas ainda não completamente erradicado. África desenvolve-se por vezes com dois passos à frente e um atrás, e parece-me que estive lá sempre no período em que deu os dois passos à frente. Sente-se que apesar de todos os problemas as pessoas conseguiram manter uma atitude positiva perante a vida e tirar o melhor da situação. Viver num país como o Quénia coloca os problemas na Europa numa perspectiva diferente. É admirável como estas pessoas vivem a vida. “Tenho a convicção de que a agricultura é um dos negócios mais sólidos e seguros do futuro…” Gostava para terminar que comentasse, projectando o futuro, uma frase de um célebre autor: “Eles fracassaram porque não começaram pelo sonho” (Shakespeare). Qual o seu “sonho” para os próximos anos? Trabalho numa companhia multinacional que gere realidades e números, por isso não me atrevo a dizer que tenho sonhos, pelo menos relacionados com o negócio. Mas tenho uma forte ambição de ter sucesso na Bayer CS em Portugal, com a nossa equipa nos próximos anos. Substituiria o sonho por uma boa dose de optimismo e visão que são necessários para gerir os desafios do nosso negócio. E acredito que temos boas razões para sermos optimistas no futuro. entrevista: Isidoro Paiva parceiros na fruticultura | 15 BAYER CS LANÇA CLUBE BAYFRUTA: UM CLUBE PARA FRUTICULTORES A Bayer CS lançou em 2008, mais um clube para agricultores, o Clube Bayfruta, destinado a fruticultores, empresas e organizações de produtores ligadas ao sector da fruta em Portugal. Os membros deste novo Clube frutícola foram formalmente convidados para o efeito pela companhia. O Clube Bayfruta nasceu da experiência e do enorme êxito que constituiu o lançamento do Clube Bayvitis pela Bayer CS em 2006. Passados 2 anos do lançamento deste clube e face às constantes solicitações de muitos fruticultores e organizações de produtores para o desenvolvimento de um Clube para o sector da fruticultura, a companhia lançou este novo clube Bayfruta, que espera vá ao encontro das expectativas e das necessidades da fileira frutícola em Portugal. Para o lançamento do Clube Bayfruta, a empresa promoveu a realização de dois Fóruns Bayfruta, respectivamente a 9 de Abril em Viseu na Beira Alta e a 11 de Abril em Alcobaça na região Oeste. 16 | parceiros na fruticultura Prof. Edison Pasqualini (Universidade de Bolonha/Itália): Controlo em protecção Integrada das principais pragas das pomóideas e prunóideas. Prof.Raul Rodrigues (ESAPonte Lima) Fitoseídeos e a limitação natural do aranhiço vermelho. Eng.Torres Paulo (ANP) e Eng. André Alpalhão (ANP) Pêra Rocha: uma marca de futuro Eng. Maria do Carmo Martins (COTHN). O Centro Operativo e Tecnológico Operativo Português A presença de mais de 250 pessoas entre fruticultores, técnicos de organizações de produtores, técnicos dos serviços oficiais e das A.P. Integrada nestas duas primeiras edições do Fórum Bayfruta, constituiu o testemunho da enorme receptividade de toda a fileira frutícola a este novo Clube Bayfruta. Clube Bayfruta Como membros do Clube Bayfruta, os fruticultores recebem um cartão de identificação personalizado Bayfruta com o respectivo número de membro, que lhes dá acesso directo a um diversificado conjunto de serviços e suportes bem como a um aliciante programa de incentivo. Na área dos serviços ao dispor dos membros do Clube Bayfruta destacamos: WBayfruta Noticias Bayfruta Extranet Bayfruta Visitas Técnicas. Bayfruta Visita a Pomares de referência do Mundo. Com o suporte Bayfruta Noticias os membros terão acesso à distribuição regular de uma Newsletter específica para a fruticultura, com temas de interesse para o sector e na qual participarão algumas figuras nacionais e internacionais de referência em toda a fileira de produção. Na extranet Bayfruta, estarão disponíveis conteúdos técnicos específicos relacionados com a área da fruticultura, bem como os prémios e os respectivos créditos em pontos do programa de incentivo Bayfruta. Através do Bayfruta Visitas técnicas, os membros do clube serão regularmente visitados pelos técnicos da Bayer CS para correspondente aconselhamento técnico na área fitossanitária. Com as Bayfruta Visitas Pomares de referência do Mundo, todos os anos alguns fruticultores e técnicos das Ops, membros do clube serão convidados a conhecer diferentes realidades frutícolas como a de Itália, França, Alemanha, Nova Zelândia, …, de forma a possibilitar a transferência de conhecimentos na área da fruticultura. Com o Programa de Incentivo Bayfruta, os membros do clube Bayfruta na compra de produtos da gama da Bayer CS, nos distribuidores da companhia, terão acesso, através de um sistema de bonificação em pontos, a um conjunto de aliciantes prémios em produtos e serviços relacionados com toda a fileira frutícola. A Bayer Cropscience ao desenvolver este Clube Bayfruta, contou com a colaboração de marcas de referência na área da fruticultura, pelo que os prémios ao seu dispor neste programa de incentivo, serão certamente do agrado dos fruticultores. Neste catálogo Bayfruta os fruticultores têm à disposição mais de 60 prémios que foram estruturados em cinco grandes áreas temáticas directamente relacionadas com toda a fileira frutícola, nomeadamente: Viagens Técnicas Bayfruta; Equipamento Bayfruta; Equipamento de Protecção do Aplicador Bayfruta; Formação e Sistemas de Informação Bayfruta No final de 2008 e como corolário da enorme aceitação que o Clube Bayfruta teve em toda a fileira frutícola nacional, o clube conta já, com mais de 100 membros, que representam cerca de 5 mil ha de fruteiras entre Macieiras, Pereiras, Pessegueiros, Ameixeiras e Cerejeiras. parceiros na revenda | 17 BEM-VINDO AO CLUBE FIDÉLIS PLUS Dois anos após o lançamento do primeiro clube para viticultores, o Clube Bayvitis, e com um balanço francamente positivo, era hora de dinamizar a outra vertente da grande rede de distribuição – a revenda – parceiro fundamental para a transferência de conhecimentos, oferta de soluções, serviços e suportes personalizados e na área comercial. Como membros do Clube Fidélis Plus, os revendedores associados ao projecto receberam um cartão de identificação personalizado, com o respectivo número de membro, o que lhes deu acesso directo a um diversificado conjunto de serviços e suportes, bem como a um aliciante programa de incentivos, com atractivos prémios dum catálogo desenvolvido para o efeito. Luís Antunes Director de Marketing Na área dos serviços aos membros do Clube Fidélis Plus destacamos: equipamentos ou escritório e lazer que serão certamente do seu inteiro agrado. Fidélis Plus Extranet, Fidélis Plus SMS, Neste catálogo Fidélis Plus poderá consultar mais de 70 prémios disponíveis neste programa de incentivo que foram estruturados em três grandes áreas temáticas, nomeadamente: Revista Parceiros Com o suporte Revista Parceiros, os membros do Clube têm acesso á distribuição gratuita de uma revista regular específica para o sector da distribuição em Portugal e na qual participarão algumas figuras nacionais e internacionais de referência. Na Extranet Fidélis Plus, estão disponíveis conteúdos técnicos específicos relacionados com a área da distribuição, bem como os prémios e os respectivos créditos em pontos deste inovador programa. Com o serviço Fidélis Plus SMS recebem no seu telemóvel informações sobre avisos de tratamento ou referentes ao seu saldo de pontos no programa de incentivo. Neste Programa de Incentivo Fidélis Plus, os membros do clube Fidélis Plus na compra de produtos da gama da Bayer CS, nos distribuidores da companhia, têm acesso, através de um sistema de bonificação em pontos, a um conjunto de aliciantes prémios em produtos e serviços relacionados com a sua área de actividade. A Bayer Cropscience ao desenvolver este Clube de Revendedores – Fidélis Plus - contou com a colaboração de marcas de referência nas diferentes áreas seleccionadas, como Viagens, Equipamento, Escritório e Lazer Após um ano da entrada em vigor deste aliciante programa de incentivo, temos o prazer de vos comunicar que já contamos com 425 membros efectivos, aos quais foram creditados 12 milhões de pontos. A Bayer Cropscience espera um crescimento exponencial deste Clube Fidélis Plus, e que este contribua para o desenvolvimento sustentado do sector da revenda em Portugal e para o fortalecimento de uma sólida relação de parceria entre os membros do Clube Fidélis Plus a rede de distribuição e a companhia. 18 | parceiros na viticultura CLUBE BAYVITIS O caminho faz-se caminhando! Foi a pensar no sector da vinha e na produção de vinho em Portugal, que a Bayer CS iniciou o “caminho” de se aproximar dos vitivinicultores portugueses com a criação do Clube Bayvitis em 2005. Este Clube Bayvitis oferece aos viticultores nacionais um conjunto alargado de suportes, serviços e um programa de incentivo, que visam contribuir para a melhoria das práticas agronómicas na viticultura, e permitam também a protecção do património vitivinícola, ambiente e das pessoas. Em 2008, e como consequência do assinalável êxito desta iniciativa da Bayer CS, que já leva 3 anos de um caminho de sucesso, os membros do clube continuaram a aumentar. Neste momento o Clube Bayvitis conta com cerca de 300 membros, representando cerca de 23 mil hectares de vinha. Em 2008, a Bayer CS continuou a oferecer aos membros do clube serviços e suportes, que já se tornaram referência neste caminho em comum, nomeadamente: Bayvitis Notícias, Bayvitis Extranet, Bayvitis Recolha de embalagens, Bayvitis Programa de Incentivo, Bayvitis Forum, Bayvitis SOS, e Bayvitis visitas técnicas personalizadas regulares. Paralelamente a estes serviços, outros foram renovados como o Bayvitis: Vinhas de Referência Nacionais, realizando-se duas visitas inter-regionais, quer permitiram o intercâmbio de ideias, a troca de experiências e de conhecimentos vitivinícolas entre os membros do Clube. Nestas visitas os membros do Douro, Minho, Bairrada e Dão foram convidados a conhecer as explorações de alguns dos maiores produtores/membros do Alentejo como a Herdade das Servas, João Portugal Ramos ou Monte da Ravasqueira. Por sua vez os membros do Alentejo, Ribatejo e Oeste foram convidados a visitar alguns dos maiores produtores/membros do Minho e Douro, como a Quinta da Aveleda, Quinta do Portal, Quinta do Ventozelo ou a Quinta do Seixo da Sogrape. Mas em 2008, o Clube também desenvolveu novos serviços e produtos como o BayVitis: Visita a vinhas de referência do Mundo, através de uma viagem a uma das regiões vitivinícolas mais emblemáticas do mundo a região da Toscânia em Itália. Mas, como caminho se faz caminhando!.., o Clube prepara-se para em 2009, lançar novos suportes, nomeadamente um manual técnico para a protecção da cultura da vinha, o Manual Bayvitis, que contará com a participação na produção de conteúdos de algumas figuras de referência da fitossanidade portuguesa e mundial. Também em 2009 contamos lançar um novo sistema de aviso BayVitis, para que os membros do Clube recebam por E-mail ou por SMS regularmente as previsões do tempo, monitorizando o clima e o risco de ocorrência de problemas fitossanitários. Como balanço deste “caminho” realizado pelo Clube em 2008 na direcção da viticultura nacional destacamos neste edição da Revista Parceiros duas das mais marcantes actividades realizadas no ano passado, o Fórum Bayvitis e a viagem Bayvitis vinhas de referência do Mundo: Toscânia. parceiros na viticultura | 19 20 | parceiros na viticultura FÓRUM BAYVITIS 2008 A importância do controlo do risco na Cultura da vinha parceiros na viticultura | O sector vitivinícola é o mais competitivo da agricultura portuguesa a nível internacional. Clima, solos, castas e tradição são um imenso património que tornam a cultura da vinha e a produção de vinho actividades insubstituíveis na nossa agricultura e mundo rural. E porque é na vinha que nasce o vinho, é fundamental haver boas castas e uma boa protecção da vinha ao longo de todo o seu ciclo vegetativo para que o resultado sejam mais e melhores vinhos, que conquistem novos mercados. Esta foi a mensagem de ordem do Forúm Bayvitis 2008, organizado pela Bayer CropScience que contou com a participação de mais de 120 membros do Clube Bayvitis, cujo tema central foi a protecção da cultura da vinha, como planta e como património, e que reuniu especialistas de renome internacional como o Professor Douglas Gubler ,um dos maiores especialistas mundiais na protecção da cultura da vinha, e o Eng º Jorge Bohm, há muitos anos a trabalhar na melhoria das castas portuguesas. Modelo previsional de controle do risco de Oídio UC Davis Powdery Mildew Risk Assessment Model (Gubler-Thomas)”, Doug Gubler, professor da Universidade Davis, nos EUA, e um dos maiores patologistas mundiais na área das doenças da vinha, que fez uma apresentação sobre a importância do controlo das doenças como o oídio através da monitorização do clima e do estudo do risco. Salientou: “Um clima atlântico com influência mediterrânica como o de Portugal, com temperaturas e humidades elevadas, pode influenciar o ciclo de desenvolvimento das doenças na cultura da vinha. Neste contexto a monitorização do clima é fundamental para controlar as doenças. Nos EUA desenvolvemos um modelo de previsão de risco de ocorrência de Oídio (Uncinula necator), já validado em diversas partes do mundo, que permite racionalizar o número de aplicações de soluções fitossanitárias por ano. O modelo assenta na monitorização dos factores climatológicos que condicionam a doença (Humidade relativa, temperatura.) para a previsão do risco da sua ocorrência… ”. Nesta edição da revista Parceiros, o professor Gubler concedeu-nos uma entrevista em que falou da vitivicultura nos EUA e do modelo previsional que desenvolveu para o controle do Oídio. 21 CASTAS PORTUGUESAS Portugal é um dos poucos países com uma longa história vitivinícola pois tem sabido proteger a cultura da vinha. Quem o disse foi Jorge Bohm, autor do “Grande Livro das Castas Portuguesas”, chamando a atenção de que, no entanto, só isso não é suficiente. Após mais de 20 anos de inovação no sector e mais de 100 mil hectares de vinha reestruturada, o rendimento médio por hectare não subiu e continua a ser o mais baixo da Europa. “Tendo em conta os excelentes produtos de protecção fitossanitária da vinha que existem, estas situações não deveriam acontecer. Temos um património de 323 diferentes castas de videira, mas não temos investigação suficiente para conseguirmos decidir quais as castas pilotam para criar uma identidade qualitativa que nos identifique internacionalmente. É preciso produzir grandes volumes de vinho por hectare e vende-lo em mercados que permitam preços mais caros, mas para isso é preciso estudar as castas que nos podem levar a esses resultados”, afirmou Jorge Bohn. A terminar este Fórum Bayvitis 2008, e após os trabalhos, realizou-se um jantar convívio, com a participação de todos os membros deste Clube de vitivinicultores, em que a alegria e o “espírito” do “In Vinu Veritas” esteve presente. Este jantar foi abrilhantado com a actuação do conhecido Fadista Nuno da Câmara Pereira. 22 | parceiros na opinião parceiros na opinião | 23 PROFESSOR DOUGLAS GUBLER Doug Gubler é formado em botânica e zoologia pela Southern Utah State University. O professor tem ainda formação superior em patologia de plantas pela universidade de Arkansas. Gubler completou o Ph.D. na Universidade de Davis, na Califórnia onde, desde 1983, faz investigação no departamento de fitopatologia. É considerado um dos maiores especialistas mundiais na fitossanidade da vinha. Em 1998, Douglas Gubler recebeu o APS Excellence in Extension Award. Um dos objectivos do Clube Bayvitis é proporcionar aos membros do Clube a troca de conhecimentos na área da fitossanidade da vinha quer através de visitas, comentadas, a vinhas de referência nacionais e internacionais, quer através da promoção de Fóruns, espaços de debate, para o qual são convidados alguns dos maiores especialistas mundiais na área da protecção da vinha. Em 2008 e para um maior conhecimento do que se faz em termos de protecção da vinha nos EUA, o Clube Bayvitis convidou Doug Gubler, uma das sumidades da fitossanidade mundial. Durante a sua visita ao nosso país para o fórum Bayvitis, o professor da Universidade de Davis, deu-nos uma entrevista, em que falou acerca das doenças da vinha na Califórnia e como a monitorização do risco tem contribuído para a eficácia do seu controle. “O acompanhamentos das condições climáticas, especialmente dos fenómenos meteorológicos adversos e sua monitorização são estratégicos para a agricultura.” Os EUA são conhecidos como o Novo Mundo no que toca à viticultura. Em termos de produtividade qual é a produção por hectare? Também em Portugal o oídio é uma das principais doenças da vinha. Existe alguma tipo de semelhanças climatéricas que aproximem os dois países? Nos EUA existem cerca de 415 mil hectares de vinha e do ponto de vista tecnológico estamos extremamente avançados. Temos uma produtividade, muito elevada, na ordem dos 60 hl/ha, embora tenhamos uma taxa de consumo baixa (7.7 l/per capita). Portugal tem uma taxa de consumo 6 vezes maior que a nossa. Um clima atlântico com influência mediterrânica como o de Portugal, com temperaturas e humidades relativas elevadas, pode influenciar o ciclo de desenvolvimento das doenças na cultura da vinha, como o oídio. Neste contexto a monitorização do clima é fundamental para controlar as doenças. Quantos hectares de vinha existem na Califórnia e que tipo de vinho produzem? Existem 300 mil hectares de vinha (uvas de mesa, vinho e passas), dos quais cerca de 10 mil são de produção orgânica. As castas de vinho utilizadas são tradicionalmente as francesas como Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot e Pinot Noir e é sobretudo na zona norte da região que se produzem os vinhos mais caros, embora existam vinhas em quase todo o território californiano. Quais as doenças que mais atingem as vinhas californianas? As doenças mais comuns são o oídio (Uncinula necator), que é a principal e as doenças do lenho como a ESCA que é muito significativa nas vinhas mais velhas. O tipo de tratamento que se faz também nos aproxima? Sim, embora as semelhanças tenham sido maiores no passado, com a utilização do enxofre para tratar as vinhas. Escolhiamos este produto porque era barato e porque não havia grandes alternativas no mercado. Mas a eficácia do produto era reduzida porque as propriedades de protecção e de erradicação da doença eram comprometidas com a água das chuvas ou das regas. Isto para não mencionar dos impacto ambiental da sua utilização, pois quando libertado na atmosfera sob a forma de gás e combinado com água, pode resultar em chuva ácida o que compromete todas as plantações. Actualmente são mais usados produtos da família dos triazóis por serem mais eficientes na protecção e menos poluentes. 24 | parceiros na opinião Porque é que o acompanhamento do clima é tão importante para a vinha? Os acompanhamentos das condições climáticas, especialmente dos fenómenos meteorológicos adversos e sua monitorização são estratégicos para a agricultura. A partir das previsões de determinados parâmetros/factores climatológicos é possível fazer a escolha do momento certo para as tomadas de decisões na aplicação dos produtos. Entre os parâmetros /factores climatológicos que influenciam o desenvolvimento das culturas estão: a quantidade e distribuição das chuvas; valores extremos de temperatura máxima e mínima, humidade do ar, vento, radiação solar, entre outros. Por sua vez as condições climáticas também estão relacionadas com a incidência de pragas e doenças que afectam a produção agrícola. relativa e com base nisso foi possível desenvolver um modelo de previsão do risco de ocorrência do Oídio, que assenta em cálculos relacionados com a temperatura (20/30ºC) e a humidade relativa(>25%), propícias à propagação da doença. Com a monitorização dos factores climatológicos é possível prever o risco com a antecedência de cerca de uma semana. Mas só isso basta para prevenir a doença? Não. É preciso ter uma protecção integrada da cultura, conhecer o agente patogénico, monitorizar o risco, posicionar correctamente as intervenções, observar a ocorrência de fenómenos de resistência, e efectuar a aplicação dos fungicidas em programas de alternância. “Um clima atlântico com influência mediterrânica como o de Portugal, com temperaturas e humidades relativas elevadas, pode influenciar o ciclo de desenvolvimento das doenças na cultura da vinha, como o oídio…” Este ano o clima tem estado incerto. Qual a influência que pode ter na produção de vinho? As previsões de colheita são um importante instrumento na gestão da campanha vitivinícola e das perspectivas do mercado. A pouca estabilidade das condições climatéricas caracterizou o ano vitícola. A ocorrência de períodos de calor, e também de chuvas, durante certas fases do desenvolvimento vegetativo da videira conduziram a constrangimentos na condução e protecção da cultura da vinha, tendo influenciado a sua evolução mais ou menos por todo o país. O impacto destes fenómenos pode ter sido menos acentuado nas vinhas que se encontram em regime de protecção integrada e também naquelas onde os tratamentos fitossanitários foram praticados com maior atenção e oportunidade. No entanto, é provável que possa haver uma quebra de produção de vinho. Foi com base na temperatura e humidade que conseguiu desenvolver métodos de previsão do risco? Para produzir vinho de qualidade é preciso controlar as doenças e para isso é preciso conhecê-las. O ciclo de desenvolvimento do agente patogénico é influenciado por factores climatéricos como a temperatura e humidade trolar a doença. Com um índex entre 0 e 30 deve parar-se a aplicação de fungicidas ou aumentar o intervalo entre aplicações. Com elevadas temperaturas, o agente patogénico não se reproduz. Nos intervalos recomendados, índex entre 40 e 50, devem ser aplicados fungicidas, e aqui a doença é fácil de controlar. Com um índex de 60, ou mais, deve encurtar-se o tempo entre tratamentos já que o fungo reproduz-se a cada 5 dias. Um milhão de esporos aumentará para 12 mil milhões em apenas uma semana tornando o controlo difícil. “Na Califórnia mais de 100 mil hectares já usam o modelo de previsão do oídio, através das mais de 3 mil estações meteorológicas que existem no terreno, esta monitorização do risco permite a racionalização nos tratamentos e a poupança de aplicações fungicidas…” Cada vez mais a protecção da cultura da vinha é de precisão? Podemos falar em Protecção Integrada? Sim, porque é necessário ter em conta uma série de factores integrados como: o risco climático, o crescimento vegetativo, o trabalho do viticultor, a modelização da doença, a selecção dos fungicidas, o que facilita e optimiza a racionalização da luta contra o fungo. Na Califórnia o modelo foi bem aceite? Na Califórnia mais de 100 mil hectares já usam o modelo de previsão do oídio, através das mais de 3 mil estações meteorológicas que existem no terreno, esta monitorização do risco permite a racionalização nos tratamentos e a poupança de aplicações fungicidas. Podem poupar-se, em média até 3 tratamentos por ano, embora existam agricultores que poupam até 8. Já foi testado noutros países? O modelo: “UC Davis Powdery Mildew Risk Assessment Model (Gubler-Thomas)”, já foi validado em várias países e regiões vitivinícolas do mundo. Como funciona? Através do “risk index action” que ajuda a prever quais as melhores práticas para con- Sim, sobretudo agora com os modelos de previsão do risco, que se enquadram na definição de agricultura de precisão, ou seja, prática agrícola na qual é utilizada tecnologia de informação baseada no princípio da variabilidade do solo e clima. De salientar também que a agricultura de precisão tem por objectivo a redução dos custos de produção, a diminuição da contaminação do ambiente pelos fungicidas utilizados e, claro, um aumento da produção. Entrevista: Inforpress parceiros na viticultura | 25 Viagem à Toscana. BAYVITIS VINHAS DE REFERÊNCIA DO MUNDO entrevista: Inforpress 26 | parceiros na viticultura Um dos principais objectivos do Clube Bayvitis, clube de vitivinicultores é o de promover o conhecimento, a troca de experiências e o intercâmbio de ideias aos seus membros, através do contacto com diferentes realidades culturais, económicas, vitícolas e enológicas, tanto a nível nacional, como internacional. Foi enquadrada nesta filosofia de troca de “conhecimentos”, que em Julho (9 a 13) de 2008 a Bayer CS lançou uma nova iniciativa destinada aos membros do Clube Bayvitis, conhecer viajando pelas: “Vinhas de referência do Mundo”. Nesta primeira edição das “Vinhas de referência do Mundo” alguns dos mais importantes membros do Clube foram convidados a viajar à região da Toscana, uma das mais importantes regiões vitivinícolas de Itália e do Mundo. A Itália foi o país escolhido para esta primeira iniciativa, tendo em conta ser um dos mais importantes países vitivinícolas do mundo, quer do ponto vista do desenvolvimento tecnológico, quer quanto à sua importância no mercado. É 2º maior produtor mundial de vinho, com cerca de 42,5 milhões de hl, que representam 16,5 % do total da produção, quanto à área de vinha, a Itália encontra-se em 3º lugar no ranking mundial com 870 mil hectares, cerca de 11% da área total. Por sua vez a região da Toscana é inquestionavelmente a região vitivinícola mais famosa de Itália, com os seus 63,6 mil ha de vinha que produzem cerca de 2 milhões de hl. A região é famosa pelos seus vinhos brancos e sobretudo tintos onde o “terroir” da casta Sangiovese é a base de alguns dos mais famosos vinhos de Itália como Brunello de Montalcino, Vino Nobile de Montepulciano ou o célebre Chianti. Esta visita à vitivinicultura toscana contou com a presença de 19 representantes do Clube Bayvitis, que durante 5 dias tiveram a possibilidade de contactar com alguns dos mais importantes centros de investigação vitivinícola de Itália e de conhecer os maiores produtores da região numa visita guiada com a colaboração da Bayer CS Itália. No contacto com os produtores Toscanos um especial destaque para as visitas à região de Montepulciano à Quinta Braccesca da empresa Antinori, na região do Chianti ao Castelo de Varrazano de Greve e a visita á Quinta Tignatello em S.Casciano também da empresa Antinori. Nas visitas aos centros de investigação vitivinícola uma especial referência para a visita à Universidade de Bolonha (Emília Romana), a universidade mais antiga da Europa, fundada em 1088. Nesta universidade os participantes puderam assistir a uma palestra com o Prof. Brunelli Diproval, especialista em Doenças da Vinha, com o Prof. Edison Pasqualini, reputado entomologista e ainda a oportunidade de visitar as vinhas do centro experimental da universidade com o famoso Prof.Cesare Intrieri, especialista em sistemas de condução. Também bastante interessantes as visitam ao Instituto de Viticultura de Arezzo e ao centro experimental Quinta Vegni em Cortona. Para além deste intenso programa técnico, os participantes tiveram também a oportunidade de visitar algumas das cidades mais belas de Itália como Bolonha, a cidade medieval de Siena ou Florença a terra dos Médicis e de Dante Alighieri e um dos berços do renascimento com os seus testemunhos arquitectónicos como o Duomo, o Bargello ou Palazzo Vecchio ou os seus museus como as Galerias Ufifizi ou a Academia. No final, o sentimento geral, do enorme êxito social, cultural e técnico desta iniciativa Bayvits: Vinhas de Referência do Mundo, através da troca de experiências e de conhecimentos com a realidade da cultura e da vitivinicultura italiana. parceiros na viticultura | 27 28 parceiros na distribuição | 29 ENTREVISTA PAULO VACAS DE CARVALHO “…Sem dúvida que hoje aquilo que sou em parte devo-o aos forcados e, como se costuma dizer: forcado por um dia forcado toda a vida.” O grupo de forcados nasceu no século XIX, no reinado de D.Maria II, como resposta há proibição dos touros de morte em Portugal. Descendentes directos dos antigos Monteiros da Choca, grupo de moços que, com os seus bastões terminando em forquilha ou forcados, defendiam na arena o acesso à escadaria do camarote do Rei, os forcados são um símbolo da coragem, confiança, determinação, amizade, e trabalho de grupo. Nesta edição da revista Parceiros entrevistamos: Paulo Vacas de Carvalho, alguém que transporta para a sua vida e para o seu trabalho, os valores da tradição dos forcados, fruto dos vários anos em que assumiu a liderança dos forcados de Montemor, um dos mais emblemáticos de Portugal. Achas que como diz o povo: ”A Pega é uma escola de virtudes”? A cultura do grupo de forcados é: toca para a pega e saltamos para a arena. Há que dominar o medo, ter todos os reflexos à flor da pele. Citar, mandar na investida do touro e depois a reunião com um animal com 500 ou 600 kg. Como deves calcular todo este percurso faz-nos ter emoções muito fortes e difíceis de explicar. Para mim o Grupo de Forcados de Montemor é, sem duvida uma escola de virtudes. Entrei para o grupo com 16 anos e por lá andei durante 19 anos da minha vida. Foi nesse tempo que fiz os meus maiores amigos e, que com eles partilhei grandes momentos que jamais esquecerei. Valores como a amizade, entreajuda, partilha, fizeram com que houvesse uma união entre nós e, só assim conseguia-mos superar qualquer dificuldade que nos fizesse frente. Sem duvida que hoje aquilo que sou em parte devo-o aos forcados e, como se costuma dizer: forcado por um dia forcado toda a vida. 30 | parceiros na distribuição Depois da “circunstância” o homem. Quem é o Paulo Vacas de Carvalho? Paulo Vacas de Carvalho é o filho mais novo de uma família de 14 irmãos, casado com 46 anos de idade é pai de 4 filhos. Vive em Montemor-o-Novo, onde nasceu. Gosta, como é obvio, de tauromaquia, continuando, agora mais que nunca, ligado a seguir os primeiros passos dos seus filhos, o António com dezassete anos a iniciar-se como forcado e o Manuel com dezasseis como cavaleiro tauromáquico. No plano desportivo é um adepto ferrenho do Rugby Clube de Montemor, equipa que acompanha semanalmente nos jogos. Gosto também de fazer a minha semana de neve com a família, para a prática do esqui. Qual foi o teu “caminho” profissional até chegares a sócio gerente da TOPAVIPEC? Formei-me em Engenharia Zootécnica na Universidade de Évora em 1986 e fui trabalhar para uma multinacional de alimentação para animais a CHAROEN POKPAND, passando depois para a concorrência a PURINA. Foi nessa altura que constitui, com dois amigos, a TOPAVI-PEC, empresa que começou por ser distribuidora de rações em Montemor-oNovo.TOPAVI-PEC Produtos Agro-pecuários Lda. Como nasceu a TOPAVI-PEC? Como referi anteriormente a TOPAVI-PEC nasce de um projecto, com dois amigos, de criação de uma empresa de distribuição de rações no concelho de Montemor. Posteriormente, com a procura por parte dos clientes de outros factores de produção, expandimos o negócio para adubos sementes e produtos fitofarmacêuticos. Hoje a TOPAVI-PEC tem como sócios para alem de mim, o meu cunhado José Manuel Sousa e o meu sobrinho João. “A TOPAVI-PEC tem uma facturação anual de mais ou menos 5 milhões de euros, divididos equitativamente por quatro grandes áreas de actividade: adubos; rações; sementes e produtos fitofarmacêuticos.” Em que áreas de negócio a empresa se posiciona e qual a respectiva importância em termos económicos? A empresa tem como principais negócios as rações, onde somos distribuidores da SAPROGAL, adubos, sementes e, como não podia deixar de ser produtos fitofarmacêuticos. A TOPAVI-PEC tem uma facturação anual de mais ou menos 5 milhões de euros, divididos equitativamente por quatro grandes áreas de actividade: adubos; rações; sementes e produtos fitofarmacêuticos. Qual é a organização da TOPAVI-PEC? A empresa tem uma estrutura, quanto a mim, bastante leve, pois somos simplesmente seis pessoas sendo uma comissionista. A nossa organização está dividida da seguinte maneira: eu e o meu cunhado José Manuel dividimos a gestão da empresa acumulando também a área de vendas. O meu sobrinho João Sousa esta inteiramente ligado ao departamento comercial, sobretudo na zona de Évora/Reguengos. O nosso comissionista Francisco Rato trabalha a zona de Estremoz. No escritório com toda a área administrativa de facturação, stocks, contabilidade está o Paulo Caldeira. Na logística (entregas) temos o Sr. Armando e o Luís Parreira. Não fazendo parte da estrutura interna, mas ligado à em- presa temos o nosso contabilista. Na parte de infra-estruturas físicas temos dois carros pesados e dois ligeiros, assim como um armazém recentemente inaugurado com uma área de 900 metros quadrados. Recentemente a TOPAVI-PEC inaugurou umas novas e modernas instalações na zona industrial de Montemor, já em conformidade com as exigências legais no que respeita à redução do risco na Distribuição e Venda de produtos Fitofarmacêuticos (dec. Lei 173/2005). Qual o objectivo da empresa com esta nova infra-estrutura? Com a nova legislação, associada a um crescimento da empresa, decidimos meter mãos à obra e avançar com um investimento indispensável para a continuação do nosso negócio. São hoje uma realidade as novas instalações da TOPAVI-PEC, num lote industrial de 5.000 m2 que adquirimos a Câmara Municipal na zona industrial de Montemor-oNovo, construiu-se um armazém com 900m2 divididos da seguinte forma: armazém de produtos fitofarmacêuticos 150m2; armazém de rações, sementes e adubos 600m2; área social 150m2. Com as novas instalações queremos aumentar o negócio, fidelizando os nossos clientes e, cada vez mais, sermos uma empresa de referência no Alentejo. Que novos projectos têm para o futuro? Bem, a nível de futuro o principal objectivo é consolidarmos o nosso negócio e, como já referi, sermos uma empresa de referência no Alentejo. Queremos como é obvio melhorar alguns aspectos, nomeadamente criar um “site” da empresa na Internet, visto hoje em dia a Internet ser uma referência indispensável, como suporte de comunicação, para todos os agentes ligados ao sector. O Alentejo tem cerca de 50 % da Superfície Agrícola Útil de Portugal, neste contexto falar do futuro da Agricultura em parceiros na distribuição | 31 Portugal é falar do futuro da Agricultura no Alentejo. Achas que a agricultura no Alentejo tem futuro? Claro que sim, desde que hajam politicas, quer agrícolas, quer macroeconómicas para o sector, que sejam estáveis e adequadas aos nossos sistemas de agricultura. Ou seja que tenham em conta os nossos solos, o nosso clima, as nossas culturas e o conhecimento e experiência da nossa gente, assim a agricultura no Alentejo terá futuro. Qual o futuro de sectores/culturas tradicionais na região, como os cereais, o olival, ou a vinha? Os cereais de sequeiro sem apoio, do tipo agro-ambiental, não são sustentáveis. Um dos sectores que poderia ser viável, é a pecuária extensiva, desde que tenha alguns apoios e não continue a ser esquecido. Quanto às culturas da vinha e do olival, desde que se façam em solos propícios e com boas condições agronómicas, penso que continuarão a ser viáveis no Alentejo. “…a vinha e o olival, desde que se façam em solos propícios e com boas condições agronómicas, penso que continuarão a ser viáveis no Alentejo.” cia do Mercado. A campanha agrícola de 2007 / 2008 começou com um enorme entusiasmo por parte dos agricultores no que diz respeito sobretudo à procura e aos preços dos cereais, tanto de sequeiro (trigo e cevada dística) como depois de regadio, sobretudo o milho. Foi sobretudo devido a esta dinâmica por parte do mercado e das explorações agrícolas que se verificou o aumento do mercado dos produtos fitofarmacêuticos, pelos menos no Alentejo. Qual é a tua prospectiva para o mercado da protecção das plantas em 2009 no Alentejo? Nas culturas da vinha e olival acho que o mercado está mais ou menos estável, relativamente aos cereais, e depois de um ano em que os agricultores viram as suas perspectivas furadas com os preços dos cereais muito baixos e, por outro lado com os factores de produção (adubos, sementes) muito elevados, houve um retrocesso, com muito pouca gente a semear. Este ano a minha previsão vai no sentido de uma diminuição no mercado dos produtos fitofarmacêuticos, sobretudo nos herbicidas de cereais. “Parceiro é sem duvida um termo que define bem a relação positiva que existe entre a Bayer CS e a TOPAVI-PEC. O apoio técnico, comercial que a Bayer CS nos dá, assim como aos nossos clientes, faz parte duma parceria que nos motiva no dia a dia…” A TOPAVI-PEC constituiu-se como centro de recolha de embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos no âmbito do projecto Valorfito/SIGERU? Que pensas deste sistema? Como cidadão e numa prospectiva ambientalista, concordo ao máximo com este projecto Valorfito/SIGERU. Como empresário, e pelos custos associados, penso que é um mal necessário ao negócio dos produtos fitofarmacêuticos. Nos últimos anos temos assistido a compra de imensas explorações por empresários/ agricultores de diferentes nacionalidades, sobretudo espanhóis no Alentejo, só na área do Olival contabilizam-se cerca de 20 mil hectares nas mãos de empresários do país vizinho. A que se deve esta dinâmica e quais as principais mais valias que estes trazem para a região? Penso que a venda de explorações de agricultores alentejanos a espanhóis se tem verificado sobretudo a grupos económicos especializados na cultura do olival. Funcionando as explorações adquiridas em Portugal como extensão do seu próprio negocio em Espanha e aproveitando de certa forma a conjuntura de descapitalização da lavoura no nosso pais. Os factores de produção, os consumos intermédios, assim como o produto final na sua maioria vão e vêem de Espanha. A mãode-obra local empregada é escassa, por isso penso que pouco ou nada dinamiza a economia regional. O sector da distribuição de produtos fitofarmacêuticos? Neste ano de, 2008, o mercado da Protecção das Plantas em Portugal aumentou significativamente (+6 %). A que se deve esta tendên- Quais são, no teu entender, os principais problemas com que se confronta o sector da distribuição de produtos fitofarmacêuticos em Portugal? Como sabes o maior problema que se depara este negócio é, sem dúvida, as margens de comercialização que, por via da muita concorrência no sector, nos obriga a reduzir as mesmas para sermos competitivos. Associado a este contexto da distribuição de produtos fitofarmacêuticos, temos um sector agrícola descapitalizado que gera, consequentemente, prazos alargados nos recebimentos aos agricultores e até mesmo incumprimento de pagamentos. “… o Clube Bayvitis é uma mais valia para o nosso negócio e acima de tudo para os viticultores, que assim podem usufruir de um conjunto de suportes e serviços que não estão disponíveis noutras empresas do género.” 32 | parceiros na distribuição Bayer CropScience O lema da Bayer CS é Parceiros no desenvolvimento. Quais são as tuas expectativas como parceiro da Bayer CS? Parceiro é sem duvida um termo que define bem a relação positiva que existe entre a Bayer CS e a TOPAVI-PEC. O apoio técnico, comercial que a Bayer CS nos dá, assim como aos nossos clientes, faz parte duma parceria que nos motiva no dia a dia. Cada vez mais a relação fornecedor / distribuidor tem que ser forte, e não pode ser só encarada do ponto de vista comercial. Em 2006, a empresa lançou o Clube Bayvitis, que oferece um conjunto de serviços, suportes e um programa de incentivo aos viticultores. Tendo a vinha uma importância determinante na Agricultura da região, que pensas desde projecto Clube Bayvitis? Quando o projecto Clube Bayvitis foi lançado pensei que os viticultores não dariam a importância ao programa, que realmente vieram, mais tarde, a dar. Hoje sem dúvida, o Clube Bayvitis é uma mais valia para o nosso negócio e acima de tudo para os viticultores, que assim podem usufruir de um conjunto de suportes e serviços que não estão disponíveis noutras empresas do género. Mais recentemente, em 2008, foi lançado o Clube Fidélis Plus destinado a incentivar o sector da Revenda. Qual a importância desta iniciativa? Assim como o Clube Bayvitis, o Fidélis Plus veio fortalecer a relação entre Bayer CS, o Distribuidor e o Revendedor, o que vai tornar cada vez mais forte a presença da empresa no mercado. O Eugénio de Andrade escreveu um dia:”. O meu Alentejo é aquele horizonte, onde o olhar se estende e consome.” Para terminar um olhar no horizonte através de uma mensagem para o futuro! Em todos os tempos na história da humanidade, a agricultura foi sempre considerada um sector estratégico. Será que no nosso país poderá deixar de o ser? Contra tudo e contra todos, continuo a ser um optimista, e a olhar no “horizonte” vendo e acreditando na importância estratégica do sector agrícola em Portugal. Entrevista: Isidoro Paiva parceiros na região | 33 34 | parceiros na pesquisa APLICAÇÃO PRÁTICA DUM PROGRAMA DE PROTECÇÃO INTEGRADA CONTRA O MILDÍO DA VIDEIRA YVON BUGARET(1) JORGE SILVA(2) Cada vez mais a viticultura encontra-se intimamente ligada às questões ambientais, enfrentando o desafio das novas exigências dos consumidores. Os esforços realizados para aumentar a qualidade do vinho exigem uma protecção fitosanitária das vinhas contra doenças e pragas, mas obrigatoriamente inserida num quadro de agricultura sustentável. A boa utilização dos produtos fitossanitários é uma das chaves para o futuro da viticultura. Estes novos presupostos desencadearam, sobretudo depois do ano 2000, o estudo de novas ferramentas de ajuda à tomada de decisão, sem esquecer a sua validação em vários anos com condições climáticas diferentes, de maneira a controlar as doenças da vinha de acordo com os princípios da Protecção integrada. ANTÓNIO VILLALOBOS(3) VITOR DIAS(4) Em Portugal, o ano de 2007 apresentou condições excepcionais para o desenvolvimento do míldio da videira. A sua virulência manifestou-se em todas as regiões vitícolas, causando elevados prejuízos a nível dos viticultores. A nossa proposta era a de testar alguns dos elementos que permitissem reduzir o número de tratamentos. Os resultados alcançados foram extremamente interessantes, tendo sobretudo em consideração que foram obtidos em condições extremas e de grande severidade da doença, o que nos estimulou a que fossem comunicados aos viticultores assim como a todos os profissionais ligados à viticultura. O principal objectivo era o de testar duas estratégias de tratamento entre si, e estas com uma testemunha não tratada. Com base nos elementos relativos à tomada de decisão foi possível, com apenas 6 tratamentos, controlar o míldio da videira, ao passo que a média dos tratamentos realizados na região foi não só bastante superior mas também, em muitas das situações, conduziu a resultados pouco satisfatórios. (1) Doutor da Universidade de Bordéus, Rue de Riboutet 33760 CREON (France) (2) Bayer CropScience Portugal Departamento Técnico O ensaio foi realizado no vale do Tejo, mais concretamente perto da localidade de Vale de Cavalos, cerca de 15 km a norte de Santarém. (3) Bayer CropScience Portugal Departamento Técnico (4) Bayer CropScience Portugal Departamento Técnico parceiros na pesquisa | OS ELEMENTOS UTILIZADOS PARA A TOMADA DE DECISÃO Dentro do conceito de Protecção integrada dever-se-á intervir apenas quando for necessário, no momento certo, tendo em conta o risco epidemológico calculado, o risco climático e o desenvolvimento vegetativo. Por isso, recorreu-se às seguintes ferramentas de ajuda à tomada de decisão: A gestão climática Uma estação agro-meteorológica recolhe os dados climáticos electronicamente, permitindo analisar estes elementos e as suas consequências sobre o risco epidemológico no desenvolvimento de doenças. Este equipamento, de tecnologia avançada, assegura, em tempo real, através de linha telefónica ou G.S.M, a colheita dos dados que serão posteriormente processados através dum programa informático. Obviamente que para assegurar a qualidade da informação obtida através das estações agro-meteorológicas será necessário a validação dos respectivos dados. chas primárias de míldio permitem verificar se a data de maturação dos oósporos, previsto pelo modelo P.O.M. (Previsão Óptima de Maduração), e a data das contaminações primárias previstas pelo P.C.O.P. (Previsão Contaminação Oósporos Primários) são efectivamente validadas. Esta metodolgia simples, validada depois do ano de 2000, (Bugaret 2001) permite reduzir o número de tratamentos sem comprometer o nível e a qualidade da produção. Para renovar os tratamentos é necessário um rigoroso acompanhamento epidemológico. Para isso, as parcelas de testemunha não tratadas e existentes em cada região agroclimática, permitiu-nos controlar os ciclos epidémicos da doença, e determinar assim o nível de risco. A comparacão dos resultados obtidos neste acompanhamento com as previsões dadas pelo modelo E.P.I (Estado Potencial Infeccioso) permitiram-nos validar a tomada de decisão. A aplicação destas ferramentas de ajuda à tomada de decisão permitiu-nos reduzir significativamente o número de tratamentos nas vinhas acompanhadas em 2007, sempre tendo em conta os princípios duma viticultura sustentável. A modelização Estas ferramentas simulam o desenvolvimento epidémico do míldio facilitando assim o seu controlo. Existem duas categorías: • Os modelos de tendências (E.P.I., P.O.M., P.C.O.P., “Sistema Potencial”) permitem obter uma previsão sobre a data de maturação dos oósporos assim como o risco potencial no final do inverno, isto para além do cálculo do risco epidémico durante a fase vegetativa. - Os modelos descritivos (MILVIT, MILSTOP, DYONIS) representam o desencadear dos ciclos primários, secundários e sucesivos da doença. Foram desenvolvimos pelo S.R.P.V. em França. Entre estes modelos foi escolhido um dos modelos de tendência configurado por um software “METEOPRO”, validado pelo I.N.R.A., e editado pela A.C.T.A. Este modelo tem a vantagem de ser acessível a todos os viticultores. Para o funcionamento rigoroso destes modelos é necessária a obtenção de dados meteorológicos fiáveis e em tempo real. Sempre que possível dever-se-á recorrer a estações meteorológicas ligadas a um computador e controladas por software. As observações na vinha A Protecção Integrada baseia-se no acompanhamento rigoroso da vinha no terreno. É indispensável conhecer o seu estado fisiológico e sanitário, antes da tomada de decisão para a realização de qualquer tratamento. As ferramentas já anteriormente referidas não são mais do que um complemento às observações no terreno. Foi implementada uma rede de cepas de detecção de focos primários, em vinhas do Alentejo e Ribatejo. A detecção das man- ORGANIZAÇÃO E RESULTADOS DO ENSAIO REALIZADO EM 2007 A parcela de vinha na qual decorreu o ensaio localizou-se no Vale do Tejo, perto da localidade de Vale de Cavalos, perto de Santarém. Historicamente, esta parcela encontra-se sujeita a forte pressão de míldio e oídio. Trata-se duma vinha com 39 anos, variedade Fernão Pires enxertada em SO4. A densidade de plantação é de 3333 plantas por hectare, com 35 um compasso de 2,70 m y 1,10 m e com um sistema de condução de cordão Royat palissé. De maneira a avaliar a eficácia dos fungicidas aplicados com diferentes alternâncias foram comparadas duas estratégias, as quais são apresentadas na figura nº 1. Foi utilizado um disposito experimental simples, com 4 blocos casualizados e com 7 plantas de observação na parcela. Em cada repetição, e de modo a assegurar o acompanhamento da epidemoiloga da doença, existiu uma parcela não tratrada. Todas as aplicações de fungicidas foram realizadas recorrendo à maquinaria do viticultor, um pulverizador Tomix rebocável, com bico de cone, sendo pulverizadas os dois lados da cepa. O volume de calda inicial foi de 400 litros/ha, passando a 500 l/ha nas aplicações de pós-floração. Os produtos utilizados bem como a sua composição e dose de emprego apresentam-se na figura nº 1. O ensaio foi desenhado para o controlo de míldio da videira, no entanto foi definido um programa comum às duas estratégias destinado a controlar o oídio da videira. Assim, desde a fase de botões florais separados até o fecho do cacho foi estabelecido um programa de tratamentos baseado na alternância de famílias químicas limitando, deste modo, não só eventuais problemas de resistência como também o nível de resíduos. Será importante referir que com apenas 5 aplicações foi possível assegurar uma excelente protecção anti-oídio. A analíse climatológica foi feita com base nos dados obtidos numa estação agro-meteo- 36 | parceiros na pesquisa rológica “CIMEL Enerco 404 A”, situada a 15 km, em linha recta, do local do ensaio, numa vinha próxima de Santarém. Embora não tenha sido a situação foi porém a possível atendendo a não existir outra mais próxima do local do ensaio. Evolução e controlo do mildío no ano de 2007 na parcela de ensaio. O mês de Setembro de 2006 foi particularmente favorável ao desenvolvimento do míldio mosaico (figura 2). As condições climáticas permitiram o aparecimento da forma sexuada do míldio, o inverno foi suave e bastante chuvoso, registando-se em Santarém 726 mm de precipitação entre o dia 1 de Outubro de 2006 e 31 de Março, (figura 3) ou seja mais 48% que a média dos últimos 10 anos. A precipitação esteve sobretudo concentrada nos meses de Outubro, Novembro e Fevereiro. A forma sexuada (oósporos) do míldio, abundante no período de Outono de 2006, esteve sujeita a uma climatología invernal muito favorável, favorecendo grandemente o seu ciclo de maturação. O risco epidemológico durante a Primavera na parcela de ensaio foi avaliado através dos indicadores P.O.M. e P.C.O.P., provenientes de modelo E.P.I. (versão 89.1 – INRA de Bordéus 1989) baseado num ficheiro histórico climático local (Santarém). Os dados obtidos com os indicadores P.O.M. e P.C.O.P. apresentados na figura nº 4, indicavam, em 31 de Janeiro, o fim da maturação dos oósporos para o dia 7 de Abril, com um índice de gravidade para os ataques primários de 3, numa escala de risco de 1 a 4. Estas previsões de P.O.M. correspondem a um risco de ataque forte, deixando antever um ano problemático em termos de míldio. O indicador P.C.O.P. previu a contaminação dos oósporos primários para a data de 19 de Abril, com o aparecimento provável dos primeiros sintomas de mildío para o dia 26 de Abril. O acompanhamento epidemológico, recorrendo às cepas de detecção presentes na parcela de ensaio, revelaram que as primeiras manchas primárias do mildío surgiram no dia 24 de Abril, ou seja apenas 2 dias antes do previsto através do cálculo teórico do P.C.O.P. Esta pequena diferença revela a elevada precisão dos dados obtidos a partir de P.O.M. e P.C.O.P., mesmo tendo em conta a distância de 15 km entre a origem dos dados climáticos e a parcela de ensaio. Durante a fase de “cachos separados” a cepa encontra-se bastante susceptível aos ataques de míldio, o que exige um elevado grau de vigilância e acompanhamento, tendo também em conta que antecede uma fase de grande crescimento vegetativo. parceiros na pesquisa | As previsões P.O.M. e P.C.O.P., validadas através das observações efectuadas nas cepas de detecção, foram extremamente úteis para o correcto posicionamento do primeiro tratamento. Na figura nº 5 está representada a sequência dos primeiros ciclos de míldio, bem como o posicionamento das diferentes aplicações. As contaminações primárias ocorreram a 9 de Abril, coincidindo com a previsão dada pelo indicador P.C.O.P. Uma chuva de 8 mm, com uma intensidade horária de 35 mm/h, e uma temperatura média de 16.6 ºC foram muito favoráveis à germinação dos oósporos. Os salpicos provocados por esta chuva permitiram a projecção dos zoósporos na página inferior das folhas. O primeiro tratamento, com o fungicida Rhodax Flash, realizou-se a 18 de Abril (figura nº 5) 24 horas antes das contaminações primárias, precisamente antes das chuvas previstas, e depois confirmadas, de 19 e 20 de Abril. Estas chuvas permitiram o aparecimento das contaminações primárias (C1 y C2). As primeiras manchas, em número apreciável e bem esporuladas, foram observadas a 24 de Abril, desencadeando-se assim o processo epidemológico. 3 razões estiveram na base para que o segundo tratamento tivesse sido antecipado para 26 de Abril (ver figura nº 5): 1. O rápido crescimento da vinha, favorecido pelo aumento das temperaturas, expôs à doença um importante volume de vegetação neo-formada. Com um risco epidemológico elevado aconselha-se a redução do intervalo de tratamentos de 14 para 10 dias, ou até menos. 2. A evolucão do risco epidemológico calculado pelo modelo E.P.I. mostrou uma forte progressão nas variações do E.P.I. diário. Este aumento significativo na pressão da doença teve de ser levada em consideração. 3. A organização do trabalho é um dado muito importante estando, muitas vezes, na base do sucesso ou fracasso dum programa de tratamentos. Uma vez que os tratamentos foram realizados recorrendo à maquinaria do próprio agricultor tivemos de sujeitar-nos à disponibilidade da mão-de-obra, pulverizador, fins-de-semana, etc. O segundo tratamento efectuou-se com Melody C, produto que tendo sido aplicado 48 horas após as chuvas contaminantes teve uma acção curativa devido à acção do iprovalicarbe. As fortes chuvas caídas entre 30 de Abril, 1 e 2 de Maio favoreceram repicagens sucessivas (C.4, 5 y 6), a partir das manchas de mildío, numerosas e bem esporuladas, nas parcelas da testemunha não tratada. Foram estas chuvas que desencadearam as fortes infecções registadas nas várias regiões vitícolas portu- 37 guesas. Com efeito, por volta de 8 de Maio, observou-se uma uma verdadeira explosão de novas infecções nos cachos e nas folhas. No Ribatejo, por exemplo, ocorreram fortes ataques de míldio que comprometeram seriamente a futura colheita. A 4 de Maio, 9 dias após a segunda aplicação, realizou-se um terceiro tratamento com Melody Super (estratégia E.1) e Rhodax Flash (estratégia 2). A alternância de fungicidas com acção unisite ocorreu sobretudo na estratégia E.2. O Melody C, aplicado preventivamente a 26 de Abril, revelou-se altamente eficaz. Posteriormente, foi possível concluir que os dois primeiros tratamentos contra o mildío foram muito bem posicionados permitindo assim controlar a doença a qual foi desastrosa para muitos viticultores. Um período de seca e calor, observado entre 4 e 20 de Maio, permitiu a estabilização da doença. Contudo, o elevado grau de humidade nocturna registado entre 10 e 16 de Maio, favoreceu o estabelecimento do parasita nos cachos pertencentes às parcelas não tratadas, levando assim à sua total destruição. 38 | parceiros na pesquisa maneceram estáveis, permitiram aumentar o intervalo entre tratamentos, sem correr riscos. Relativamente ao quarto tratamento foi adoptada uma alternância em ambas as estratégias. Este tratamento foi muito importante tendo em conta a forte instabilidade atmosférica ocorrida a partir do 13 de Junho. A remanescência dos produtos aplicados (Melody Super e Rhodax Flash) não trouxe problemas de eficácia. O menor crescimento vegetativo verificado no mês de Maio aliado a uma boa situação fitossanitária das parcelas tratadas ajudou, igualmente, ao bom comportamento dos produtos. O sexto tratamento, realizado a 18 de Junho (figura 7) foi posicionado de maneira a aproveitar um intervalo sem precipitações significativas. Neste tratamento foi aplicado Rhodax Flash de forma a manter uma cobertura de protecção preventiva relativamente à 13ª chuva contaminante (C.19, 19 de Junho) registada no dia seguinte ao tratamento. Uma observação sobre folhas e cachos efectuou-se no dia 25 de Junho, na fase de fecho do cacho. Até esta data, tinham sido realizados 6 tratamentos, número relativamente reduzido quando comparado com a média de tratamentos realizados na região. Os resultados obtidos nesta observação podem ser interpretados do seguinte modo: Ataque em folhas (figura 8) A primeira contagem em folhas realizou-se a 16 de Maio. Na figura nº 6 apresentam-se as frequências de ataque. Nesta contagem, e para uma frequência média de ataque de 23% na testemunha, a percentagem de folhas atacadas em ambas as estratégias podem considerar-se como insignificantes. Os resultados das contagens foram sujeitos a análise estatística (programa StatboxPro 5.0.). O quarto tratamento realizou-se em 18 de Maio, antes de um período de instabilidade atmosférica anunciado para 20 a 25 de Maio. A eficácia das duas estratégias em estudo foi excelente, não se observando diferenças quer entre ambas tanto a nível das folhas ou dos cachos. Durante o mês de Maio, houve uma forte progressão da curva de E.P.I., situando o nível de risco epidémico Numa zona perigosa (figura nº 10). Com efeito, os valores de E.P.I. subiram do valor de -8,2, no dia 1 de Maio, para +1,6, no dia 31 de Maio, com uma progressão de 5,4 pontos. Esta situação obrigou, para além duma vigilância continua, à continuação dos tratamentos. Os aguaceiros caídos em 20 e 22 de Maio, a pesar de pouco intensos, permitiram a oitava e nona contaminação (C.7 e C.8). Estas contaminações favoreceram a generalização de Rot-gris sobre cachos seguida de Rot-brun. O quinto tratamento foi realizado em 4 de Junho (figuras 5 e 7) ou seja 17 dias despois do realizado em 18 de Maio. As condições climáticas menos favoráveis aos ataques de míldio e os valores do E.P.I, os quais per- São apenas consideradas as frequências de ataque uma vez que as intensidades de ataque tiveram pouco expressão e, por isso, com pouca importância. A frequência de ataque sobre as folhas da primeira geração, ou seja as primeiras contaminações ocorridas em Maio, revelam uma excelente eficácia das duas estratégias de tratamento, quando comparadas com a testemunha não tratada (mais de 54% de ataque). Por isso, foram observadas as extremidades dos lançamentos que se desenvolveram depois do quinto tratamento realizado em 4 de junho. Uma vez que o tratamento de 18 de junho foi realizado depois das fortes contaminações resultantes das precipitações caídas entre 13 e 16 de Junho, foi possível obter informações importantes sobre a protecção dos fungicidas sobre os lançamentos recém formados. Com efeito, em ambas estratégias foi observada uma boa protecção das extremidades dos lançamentos, sem diferenças significativas, mas apesar de tudo com alguma diferença entre os valores obtidos. Estes resultados são particularmente interesantes sobretudo tendo em conta o estado das testemunhas não tratadas. Ataque em cacho (figura 9) A frequência e intensidade de ataque calcu- parceiros na pesquisa | lados sobre o conjunto das testemunhas não tratadas revelam uma gravidade extrema, respectivamente cerca de 100% e 92%. Nestas condições de grande severidade, ambas as estratégias conseguiram uma protecção excelente. A análise estatistica de estes resultados é desnecesária. Uma sétima e última aplicação anti-mildío realizou-se a 2 de Julio (figura 7) com um produto cúprico. Este tratamento teve apenas o objectivo de proteger as folhas no final do ciclo, revelando-se desnecessário. Com 39 efeito, o mês de Julho foi extremamente seco e por isso desfavorável ao desenvolvimento do míldio da videira, condições que se mantiveram até á altura da vindima. o ensaio, os elementos de ajuda à tomada de decisão apresentadas e adoptadas, baseadas na analíse climática, epidemológica, e um acompanhamento regular da vinha, permitiram validar o posicionamento do primeiro e segundo tratamentos. DISCUSSÃO-CONCLUSÃO Os indicadores P.O.M. e P.C.O.P. do modelo E.P.I. 89.1 revelaram-se precisos para a tomada de decisão relativamente ao posicionamento da primeira aplicação, sendo esta uma das chaves da protecção integrada. Não obstante os 7 tratamentos realizados foi possível comprovar que 6 aplicações teriam sido suficientes para garantir o mesmo nível de eficácia. Atendendo ao contexto epidemológico do ano de 2007 tal como o local onde decorreu As previsões obtidas por estos indicadores foram confrontadas com as do modelo MILSTOP utilizado pelo S.R.P.V. francés Service Regionaux de la Protection des Vegetaux du Ministère de l’Agriculture et de la Pêche). As datas das contaminações primárias e do aparecimento das manchas foram coincidentes. A simulação do ciclo correspondem igualmente aquela apresentada nas figuras 5 e 7. Todavía, é importante recordar que, em certos anos, as previsões sobre as infecções primárias do modelo E.P.I. 89.1 podem ser imprecisas. É o que sucede nos primeiros meses do Inverno se são secos (Outubro a Janeiro), seguidos de uma alternância pluviométrica forte em Fevereiro e Março. Será de grande utilidade o estudo de este modelo fazendo ajustamentos que permitan um maior grau de precisão em todas as situações climáticas. A detecção de focos primários de míldio na vinha onde decorreu o ensaio, permite comprovar e validar as datas de maduração dos oósporos e as contaminações primárias previstas pela modelização. O raciocínio sobre os tratamentos seguintes exigiu um acompanhamento fenológico, climático e epidemológico frequente e rigoroso. Este confronto dos resultados com o referido acompanhamento permitiram dar crédito à tomada de decisão. A eficácia das duas estratégias em estudo não revelaram qualquer diferenta significativa. O nível de protecção obtido em folhas e cachos, para além da boa eficácia dos produtos, ficou sobretudo a dever-se ao bom posicionamento dos tratamentos assim como da qualidade do material de aplicação do viticultor. A nível de controlo do oídio a estratégia seguida baseou-se numa verdadeira alternância de substâncias activas, bem como no conhecimento das técnicas actuais, resultando muito eficaz. Resumindo, este ensaio mostrou que é possível reduzir significativamente a carga de fungicidas num ano que, em Portugal, pode considerar-se de referência relativamente ao míldio da videira. Num contexto em que a Primavera anunciava-se como alarmista 40 Estimula as defesas naturais da vinha. Fungicida com sistemia completa para míldio e escoriose. tecnologia Eficácia melhorada. Maior segurança e comodidade para o aplicador. Menor impacto ambiental. www.bayercropscience.pt parceiros na pesquisa | 41 J.F., 1993. Dionys, une aide à la décision. PhytomaLDV, 1993, n°455, 27-31. -BUGARET Y., 2001. Raisonner la lutte contre le mildiou de la vigne : une méthode pour détecter les foyers primaires. Phytoma-LDV, 2001, n°536, 46-48. -BUGARET Y., BESSART S., 2002. Une démarche de protection raisonnée contre le mildiou : essai de validation dans le Bordelais en 2001. Phytoma-LDV, 2002, n°548, 29-32. -BUGARET Y., BERNARD J.L., MAURIN G., MOLOT B., LA ROCQUE B. (De), 2002 Des outils pour la protection raisonnée ou intégrée du vignoble : les mesures de lutte indirectes envisageables. PhytomaLDV, 2002, n°554, 18-22. -BUGARET Y., 2006. Gestion des intrants phytosanitaires et des parasites de la vigne. Revue des Œnologues, 2006, n°121, 28-31. -BUGARET Y., 2006. Prévenir une attaque tardive de mildiou mosaïque de la vigne : valider la lutte dans les délais d’avant récolte. Phytoma-LDV, 2006, n°594, 3739. -BUGARET Y., BUROSSE L., 2005. Contre le mildiou, quand commencer à traiter, comment continuer et avec quels fongicides : prise de décision en protection raisonnée. Phytoma-LDV, 2005, n°583, 58-63. -BUROSSE L., 2004. Formalisation et validation de règles de décision en protection raisonnée du vignoble : étude de leur applicabilité. Mémoire de fin d’études, E.N.I.T.A. de Bordeaux, 2004, 57 p. -TRAN MANH SUNG C., STRIZYK S., CLERJEAU M., 1990. Simulation of the date of maturity of Plasmopara viticola oospores to predict the severity of primary infections in grape-vine. Plant disease 1990, vol. 74, n°2, 120-124. Tradução: António Villalobos a doença foi bem controlada. Este procedimento apresentou numerosas vantagens tanto no plano económico como ambiental. É tambén uma garantia que o nível de resíduos não ultrapassa os LMR’s oficialmente definidos, permitindo assim melhorar a imagem da viticultura. Existe um outro aspecto actual e muito marcante na viticultura portuguesa: a melhoria na prevenção dos riscos de resistência aos fungicidas conseguida devido a uma redução no número de tratamentos com a consequente menor pressão de selecção exercida sobre as populações dos fungos, alternância e, para os fungicidas de maior risco, o seu uso generalizado em associação com outras substâncias activas. Apesar dos bons resultados obtidos neste ensaio, as dificuldades para por à prova as práticas mais razoáveis da protecção fitossanitária são, na actualidade, preocupantes. Os elementos para a tomada de decisão ainda não estão muito difundidas, a disponibilidade indispensável para o acompanhamento no campo é compreendida como uma limitação, e o conhecimento dos níveis económicos de ataque deverão ser mais precisos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS -BESSART S., 2001. Evaluation de schémas de conduite raisonnée de la protection intégrée dans un vignoble bordelais : l’exemple du mildiou de la vigne. Mémoire de fin d’études. E.N.I.T.A. de Bordeaux, 2001, 99 p. -BOUREAU M., BOUDAUD J., MARCHAND P., PION 42 parceiros na comunicação | 43 BRAND FUSION A NOVA IMAGEM DAS MARCAS Maria Carmo Romeiras Gestora de Projectos A Bayer CropScience é uma empresa inovadora. A inovação e as novas ideias são uma condição fundamental para garantir o futuro.Iniciámos em meados de 2007 o processo de “Brand Fusion”, que revoluciona toda a comunicação relacionada com a Marca. As Marcas são um dos activos mais importantes e valiosos da Bayer Cropscience e quando se consegue uma fusão, uma integração dos diversos valores associados aos diferentes elementos da Marca, então o resultado é mais que apenas algo novo, o resultado é poderoso e extremamente eficaz. “ O todo é mais que a simples soma das partes…” já dizia Aristóteles, e isto aplica-se perfeitamente ao conceito do Brand Fusion. Com este novo conceito a Bayer Cropscience combina, funde num só suporte o “BRANDTAG” os três elementos de maior valor da marca: 1- A cruz Bayer, 2 - O escudo Bayer, 3 - A Marca do Produto. A Cruz Bayer, com mais de um século de existência, facilmente reconhecida em todo o mundo, é um símbolo de qualidade, eficácia e confiança,e traduz a missão da nossa companhia. O Escudo Bayer , com a sua forma única que caracteriza a imagem do rótulo de todos os nossos produtos permitindo a identificação rápida dos produtos como produtos Bayer e a associação aos valores intrincecos A Marca do Produto: marcas como MILRAZ, DECIS, CONFIDOR, MIKAL, MELODY e tantas outras, têm uma história e identidades únicas, são todas diferentes, mas todas marcas Bayer CropScience Combinando a força destes três elementos, a Bayer CS junta três activos poderosos de uma forma simples, constante, consistente e eficaz no contacto com os nossos Clientes, garantindo que os nossos produtos são facilmente reconhecidos e associados aos valores, o que não se pode copiar e reforça fortemente a imagem de Marca. O Brand Fusion é um conceito de aplicação mundial e que desde o momento inicial de implementação (meados 2007) tem vindo gradualmente a afectar todos os suportes das marcas, e que já se podem encontrar no mercado como: Os rótulos, as caixas de grupagem, anúncios, apresentações, brindes, folhetos, enfim todos os elementos e suportes de comunicação onde estejam as marcas. No caso dos rótulos, anúncios, brindes, e out- ros suportes a passagem está feita, no caso das caixas de grupagem e folhetos está ainda a decorrer. O nosso objectivo é durante 2009 implementar completamente o Brand Fusion em Portugal, esperando que este seja mais um instrumento para reforçar a imagem dos nossos produtos e reforçar a decisão de compra dos nossos Clientes por produtos Bayer CropScience, porque afinal… o que é Bayer é bom! 44 | parceiros na comunicação MANUAL DE UTILIZAÇÃO BAYER CROSCIENCE 2009 Maria Carmo Romeiras Gestora de Projecto O Mercado português de produtos para a protecção das plantas tem sofrido nos últimos anos alterações profundas na forma como as Empresas comunicam com os seus PARCEIROS e Clientes, quer no tipo de suporte utilizado quer ainda nos seus conteúdos. O papel crescente cada vez mais determinante da comunicação on-line (Internet) revolucionou todo o conceito tradicional de comunicação a par das exigências e necessidades crescentes e cada vez mais diferenciada de conteúdos dos diferentes grupos de Parceiros/Clientes A Bayer CropScience tem sido pioneira em inovação quer dos produtos suportes e serviços oferecidos, e tem diferenciado os suportes de comunicação em função do público-alvo, tratando de uma forma cada vez mais orientada para as necessidades de cada grupo e criando suportes específicos. Mas sabemos a velocidade e rapidez com que actualmente tudo se passa, e que a par de suportes mais direccionados de carácter técnico mais detalhado, muitas vezes e em locais onde o acesso à informação nem sempre é fácil ou quando necessitamos de uma informação fiável e geral sobre os produtos é necessário um suporte fácil de consultar, rápido, e fiável, e se além disto a informação ainda estiver apresentada de uma forma atraente e convidativa, então para uma consulta geral faz todo o sentido um suporte que reúna informação geral sobre a nossa gama de soluções e recomendações de aplicação. Assim nasce o novo catálogo Bayer CropScience. A imagem segue a campanha institucional 2009 inovadora e o formato nem muito grande que dificulte o transporte, nem muito pequeno para que seja de leitura fácil. O conteúdo esta organizado em capítulos. A estrutura dos capítulos foi desenhada para facilitar ao máximo a consulta: recomendações por Cultura, Informações sobre produtos (com uma curta descrição das vantagens dos produtos e ainda uma informação mais detalhada sobre as indicações de aplicação, identificação e ainda embalagens disponíveis para venda).Ainda um capitulo dedicado a informações complementares onde compi- lámos um conjunto de informação direccionada ao utilizador final dos nossos produtos, nomeadamente: Como aplicar correctamente um produto, indicações de segurança, como ler um rótulo, recomendações sobre armazenamento e transporte dos produtos para a protecção das plantas e tabela de compatibilidades. Este novo Manual de Utilização foi um trabalho de equipa que esperamos que seja um instrumento útil de suporte à decisão e utilização da nossa gama de soluções. parceiros na pesquisa | 45 ALSYSTIN MAX® DE OLHOS NO VOO ! Novo Insecticida contra bichado da fruta em macieira e pereira, lagartas mineiras da macieira e anársia do pessegueiro. A elevada especificidade biológica patente no Alsystin Max é um pressuposto fundamental de um insecticida moderno, garantindo a sua eficácia contra as pragas alvo e limitando os eventuais efeitos colaterais sobre o agroecossistema e particularmente, sobre os artrópodes auxiliares, numa protecção racional das culturas. Alsystin Max é um insecticida líquido apresentado sob a forma de suspensão concentrada, com 480 g/l ou 39,4% (p/p) de triflumurão, substância activa pertencente à família das benzoilureias. O Alsystin Max actua por ingestão e contacto bloqueando a eclosão dos ovos e inibindo a síntese de quitina das jovens larvas e impedindo as mudanças de estádio (mudas). As armadilhas sexuais e o método das temperaturas crepusculares desempenham um papel fundamental na determinação do início dos ataques do bichado da fruta (Cydia pomonella L.). Nas nossas condições os adultos da 1ª geração surgem normalmente entre o fim de Março e Abril. A longa persistência de acção de Alsystin Max conjuntamente com o seu modo de acção orientam o posicionamento da aplicação ideal para o início do voo dos adultos do bichado antes das posturas dos ovos, na prática, cerca de 5 a 7 dias após a primeira captura nas armadilhas sexuais. Contra o bichado da fruta em macieira e pereira e mineira da macieira, o Alsystin Max deve aplicar-se na concentração de 20 ml por hectolitro, em alto volume, o que corresponde a uma dose de 200 a 240 ml por hectare para volumes de calda de 1000 a 1200 litros/ha. O intervalo entre aplicações deve ser de 21 dias, podendo ter que ser reduzido para 15 dias, em função da pressão da praga. Os tratamentos com Alsystin Max contra o bichado têm acção contra outras pragas, nomeadamente sobre os ovos brancos da psila (Cacopsylla pyri (L.)), levando a uma diminuição da população presente quando o tratamento coincide com o início da postura primaveril. Também tem acção sobre as brocas dos ramos e dos troncos (Zeuzera pyrina L. e Cossus cossus L.) durante o fim da Primavera e o Verão. Em regra os tratamentos contra o bichado da fruta são também eficazes contra as lagartas mineiras. Contra a anársia do pessegueiro, o Alsystin Max deve aplicar-se na concentração de 20 ml por hectolitro, em alto volume, o que corresponde a uma dose de 160 a 200 ml por hectare para volumes de calda de 800 a 1000 litros/ha. A aplicação deve ser feita segundo as indicações do Serviço de Avisos ou com base no voo dos adultos capturados em armadilha sexual. A aplicação deve ser feita a partir do desenvolvimento do voo dos adultos para atingir os ovos postos e repetir, se necessário, em função da duração do voo dos adultos e das posturas. É fundamental intervir sobre a 1ª geração da Anársia e ter em linha de conta a acção que Alsystin Max tem sobre Avelino Balsinhas Gestor de Produto a Cydia molesta. Quando a aplicação se faz com aparelhos de médio ou baixo volume (turbinas ou atomizadores), a concentração de emprego deve ser aumentada por forma a que a dose de produto por hectare seja igual à do alto volume. O intervalo de segurança que medeia entre a última aplicação e a colheita dos frutos é de 14 dias em pessegueiro e 28 dias em macieira e pereira, não efectuando mais de 3 aplicações por campanha. A recomendação para o combate ao bichado das pomóideas tendo em conta as características das soluções disponíveis passa, necessariamente, pela alternância e adequado posicionamento, com a 1ª geração a ser combatida com Alsystin Max (ISQ) aplicado antes do início das posturas para o controlo dos ovos, seguindo-se tratamentos com Calypso (CNI) ou Runner (MAC) para o controlo simultâneo de ovos e primeiros estádios das larvas. A nova formulação de Alsystin Max alia eficácia e duração de acção, economia e comodidade de forma a maximizar os benefícios para o fruticultor que está de olhos no voo! 46 parceiros na pesquisa | 47 A ESCOLHA SEGURA NO OLIVAL Avelino Balsinhas Gestor de Produto Basta S é o herbicida de largo espectro, não selectivo e não residual, baseado em glufosinato de amónio que tem ganho diariamente novos adeptos. Para além da sua longa história de sucesso, existem duas razões para esta adesão: o controlo de um largo espectro de infestantes e a segurança para as culturas. Espectro de infestantes O uso contínuo das mesmas substâncias no controlo das infestantes, conduz a uma menor eficácia destes herbicidas sobre algumas espécies. Basta S proporciona um excelente controlo de muitas dessas infestantes. Segurança para a cultura Os herbicidas não selectivos afectam o que atingem. Mas Basta S, contrariamente aos herbicidas sistémicos não selectivos, apenas afecta as zonas da planta que contacta. Comparativamente, os sistémicos são translocados por toda a planta e consequentemente, mesmo um pequeno contacto pode ser suficiente para matar a planta. Modo de acção A actividade herbicida de Basta S resulta do seu modo de acção impar, que causa toxicidade amoniacal ao nível celular e inibição da fotossíntese. Actividade na planta Após a aplicação, Basta S é absorvido pela planta com uma velocidade que depende de factores como a humidade, a temperatura e a percipitação. Geralmente, a absorção, velocidade de acção e morte da infestante aumentam quando estamos perante boas condições de desenvolvimento. Uma vez na planta, o movimento do Basta S é limitado, o que assegura algumas das suas maiores vantagens: • O contacto acidental com folhas, ramos ou “ramos ladrões” da nossa cultura, não resulta em danos, excepto para os tecidos directamente atingidos pela calda. • Move-se o suficiente nos pontos de crescimento para evitar o “renascimento” das infestantes que não foram mortas pela acção de contacto. Este aspecto difere do paraquato e diquato, que queimam as extremidades das infestantes, permitindo que estas “renasçam”. • Não destroi as raízes de infestantes perenes, proporcionando uma maior defesa face à erosão dos solos. Rapidez de acção Os sintomas de amarelecimento generalizado podem ser observados poucos dias após a aplicação de Basta S, especialmente com tempo quente. Os sintomas progridem para necroses acastanhadas que aumentam de tamanho até a infestante morrer. Tirar o melhor partido de Basta S Basta S deve ser utilizado como um herbicida de contacto, assegurando-se uma cobertura das infestantes, que proporcione um controlo rápido e completo. O melhor controlo resulta da aplicação a infestantes de porte pequeno a médio, que apresentem uma maior susceptibilidade e permitam uma melhor cobertura da calda. As condições climáticas podem influenciar a performance do Basta S, sendo a absorção melhor perante humidade e temperatura elevadas. A chuva após a apilcação de Basta S pode reduzir a absorção, pelo que este só deve ser aplicado se não se prever chuva nas 6 horas seguintes. A actividade de Basta S não é afectada pelo pH da água entre 6 e 9, mantendo-se utilizável nas 24 horas seguintes à preparação da calda. Segurança para a cultura Basta S é absorvido pelos tecidos verdes e a translocação para além deste ponto de contacto é muito limitada, isto resulta em danos apenas nesses tecidos. Basta S não é absorvido por tecidos lenhificados. Nos primeiros 2 anos do olival, deve-se evitar o contacto da calda com o tronco e ramos, pois a lenhificação desses órgãos pode estar incompleta. Nestas circunstâncias, a aplicação de Basta S só é recomendada se o contacto da calda com o tronco e os ramos poder ser evitado. Isto é, a utilização de Basta S é completamente segura se os troncos dessas plantas jovens estiverem protegidos relativamente ao contacto da calda. Se o caule das árvores estiver suficientemente lenhificado, pode fazer-se simultaneamente um controlo seguro de “ramos ladrões” e infestantes, ficando danificados apenas os tecidos verdes que forem contactados pela calda herbicida de Basta S. Basta S não é absorvido pelas raízes das plantas e nenhum dos metabolitos resultantes da sua degradação tem acção herbicida, pelo que não pode ocorrer qualquer dano por absorção a partir do solo. Basta S é agora também a escolha segura para controlo de infestantes e “ramos ladrões” em olivais. 48 | parceiros na pesquisa DESCUBRA O EFEITO Jorge Matias Gestor de Produto Novo herbicida de pós-emergência para a cultura do milho. Controla as infestantes dicotiledóneas mais difíceis assim como as principais infestantes gramíneas, sem resistências conhecidas. Assegura um largo espectro de acção. Proporciona um rápido controlo sem comprometer a selectividade. Contem uma nova substância activa com um modo de acção diferente, possibilitando a gestão das resistências. Contem a tecnologia de segurança da Bayer. CropScience – safener ou protector de fitotoxicidade. Combinação Inovadora de eficácia e segurança – Tecnologia 2 em 1: oferece um elevado poder herbicida em harmonia com a sua cultura. Tembotriona é o Poder – Isoxadifene proporciona a Harmonia. LAUDIS – SUBSTÂNCIA ACTIVA Tembotriona, a substância activa do Laudis, representa a ultima inovação da Bayer CropScience na família química das tricetonas. A introdução do inovador radical O-CH2-CF3 no sistema de anéis das tricetonas deu origem a um herbicida com características específicas de solubilidade. Tal facto permite ultrapassar mais facialmente as barreiras hidrófilas (aquosas) e lipófilicas (cerosas, oleosas) na trajectória do herbicida, desde a superfície das folhas, até aos alvos de acção molecular no interior nas células das plantas. A adição do isoxadifene, safener ou protector de fitotoxicidade da Bayer CropScience, protege o milho do stress herbicida e oferece maior selectividade, mesmo em condições desfavoráveis ao crescimento do milho. LAUDIS – MODO DE ACÇÃO Tembotriona, a substancia activa do Laudis, inibe a actividade da enzima 4 hidroxi-fenilpiruvato-dioxigenase (4 HPPD). A síntese de carotenóides (pigmentos da planta) é interrompida pelo bloqueio da enzima. O esgotamento dos carotenóides vão privar a clorofila – onde ocorre a fotossíntese – da sua protecção contra uma overdose de luz, o que resulta no seu esbranquiçamento. A progressão dos sintomas decorre através de um esbranquiçamento visível das infestantes, que vão ficando progressivamente mais brancas. Os sintomas tornam-se rapidam- ente visíveis e o controlo total das infestantes pode ser observado poucos dias após a aplicação. As plantas esbranquiçadas definham e morrem. LAUDIS HERBICIDA MILHO Composição: Herbicida (Tembotriona 44g/l); Safener (Isoxadifene 22 g/l); Outros (sistema adjuvante). Formulação: OD 66 – Dispersão em óleo pronta a utilizar para uma melhor cobertura e maior absorção. LAUDIS – ESPECTRO DE ACÇÃO Laudis é eficaz contra um largo espectro de infestantes. Controla as infestantes dicotiledóneas mais difíceis assim como as principais infestantes gramíneas O melhor controlo é atingido quando a aplicação é feita sobre infestantes jovens e em crescimento activo. Espectro de Acção – Infestantes dicotiledóneas Abutilon theophrasti (Malvão), Amaranthus blitoides (Bredo), Amaranthus retroflexus (Moncos-de-perú), Chenopodium álbum (catassol), Datura stramonium (figueira-do-inferno), Polygonum aviculare (Semprenoiva), Polygonum persicaria (Erva-pessegueira), Solanum nigrum (Erva-moira) Espectro de Acção – Infestantes gramíneas Digitaria sanguinalis (Milha-digitada), Echinochloa cruss-galli (Milha-pé-de-galo), Setaria viridis (milha-verde) LAUDIS – ÉPOCA DE APLICAÇÃO Em pós-emergência da cultura (3 a 6 folhas), após a emergência das infestantes. Fixa um novo padrão de selectividade. Sem restrições de variedades. Excelente perfil para rotações culturais. O safener isoxadifene, permite o uso do sistema de adjuvantes mais activo do mercado. Resistente à lavagem 1 hora após a aplicação. Sem restrições no uso de in- secticidas (foliares e de solo). Funciona rapidamente mesmo em condições de secura. LAUDIS – FLEXIBILIDADE DE UTILIZAÇÃO Indicado para milho grão, milho silagem, milho doce, milho para pipocas e produção de semente. Modo de aplicação: Dose: 1,7 a 2,25 l/ha. Volume de Calda: 300-400 l/ha. Estado das infestantes A absorção primária do Laudis ocorre através das folhas das infest antes. Em consequência deste facto o Laudis deve ser sempre aplicado após a emergência das infestantes. O melhor controlo das infestantes gramíneas é atingido quando o Laudis é aplicado sobre infestantes gramíneas jovens, até ao início do afilhamento. O melhor controlo das infestantes dicotiledóneas é atingido quando o Laudis é aplicado sobre infestantes jovens que já desenvolveram pelo menos duas folhas verdadeiras. Resistência aos herbicidas O modo de acção do Laudis (inibição da 4HPPD) ainda não apresenta qualquer desenvolvimento de resistências e pode inclusivamente servir para anular resistências verificadas com outros modos de acção. Embalagens O Laudis vai estar disponível no mercado em embalagens de 1 litro e 5 litros (cerca de 0,5 ha e 2,5 ha tratados respectivamente). 49 50 | parceiros na pesquisa NOVO INSECTICIDA DE CONTACTO E INGESTÃO O mundo da protecção das plantas encontrase em constante mudança. Algumas destas alterações têm vindo a afectar fortemente o segmento dos insecticidas, por um lado devido ao processo de avaliação e retirada do mercado de substâncias activas, por outro devido ao aumento da importância da cadeia alimentar e da qualidade dos alimentos. Os piretróides, em particular o Decis, têm fortes atributos que têm permitido superar em parte estes desafios: Decis continua a garantir a segurança e o êxito dos agricultores em todo o mundo. Decis assegura um rápido e flexível controlo das principais pragas em mais de 300 culturas. Decis representa a melhor combinação custo-benefício na protecção das plantas e o respeito pelos utilizadores, consumidores e ambiente. Decis Expert é um novo insecticida piretróide, de contacto e ingestão, indicado para as culturas do milho, cereais e beterraba, culturas extensivas para as quais está bastante adaptado devido à sua inovadora formulação mais concentrada. Apresenta-se no mercado numa formulação EC – concentrado para emulsão, com um avançado sistema solvente de baixa toxicidade e impacto ambiental, com 100 g/litro de deltametrina. Quimicamente, a deltametrina é um insecticida piretróide de síntese. Actua por contacto e ingestão. Não tem acção de vapor nem acção sistémica. Actua a doses de substância activa muito baixas, com pouca actividade residual, mas com algum efeito repulsivo. O seu modo de acção afecta o sistema nervoso dos insectos despolarizando a membrana dos neurónios, ao nível dos canais de sódio, bloqueando a transmissão dos impulsos nervosos. Numa primeira fase é letal para as formas móveis com uma forte acção de choque e, à medida que se degrada, passa a ser repulsivo para os adultos. A sua actividade residual tem a duração de 7 a 15 dias. A deltametrina tem lipofilidade elevada, o que permite um contacto estreito com a camada lipofílica da cutícula dos insectos. A substância activa não é degradada com rapidez suficiente pelos sistemas enzimáticos dos insectos pelo que as larvas tratadas morrem ao fim de algumas horas. Decis Expert tem baixa toxicidade oral e cutânea para animais de sangue quente. A deltametrina é uma molécula que se degrada rapidamente no solo em condições de campo. Tem baixa solubilidade em água e uma forte capacidade de adsorção ás partículas do solo, podendo ser considerada como imóvel no solo. O risco para as águas superficiais por lexiviação é negligível. Na água ou em ambiente aquático dissipa-se rapidamente. É fotodegradável na presença da luz e é rapidamente adsorvida pelos colóides e materiais em suspensão na água reduzindo deste modo o risco para os organismos aquáticos. Apresenta baixo risco ecotoxicológico, a curto e/ou longo prazo. Não apresenta risco para pequenos mamíferos e vermes do solo. A deltametrina apresenta efectivamente valores de toxicidade para a fauna aquática (peixes e pulgas de água) mas não para algas. Decis Expert está indicado para o combate ás seguintes importantes pragas: roscas (Agrotis spp.), pirale (Ostrinia nubilalis) e sesamia (Sesamia spp.) na cultura do milho; afídeos (Rhopalosiphum padi, Sitobion avenae), larva-lesma (Oulema melanopus) e lagarta peluda (Ocnogyna baetica) em cereais; afídeos (Myzus persicae, Aphis fabae, Macrosiphum euphorbiae), nóctuas (Agrotis spp.e Spodoptera spp.) e mosca (Pegomya betae) da beterraba. A dose de emprego varia entre 63 – 125 ml/ha, devendo ser aplicado no início dos ataques em aplicação foliar, com um volume de calda de 400 l/ha. No caso do combate às nóctuas a aplicação deve ser efectuada ao fim da tarde. Jorge Matias Gestor de Produto Decis Expert em resumo: Nova formulação mais concentrada com um avançado sistema solvente; Baixa dose de aplicação; A substância activa fica imediata e totalmente disponível; Formamse rapidamente sedimentos em película que fazem uma cobertura uniforme das superfícies; Adere fortemente à superfície das plantas e das pragas; Rápida penetração e forte efeito de choque Resistência à chuva/lavagem; Actividade residual; Efeito repulsivo; Excelente relação custo-benefício. Decis Expert encontra-se desde já disponível na distribuição da Bayer CropScience em embalagens adaptadas ao tratamento das referidas culturas extensivas: 1 litro (permite tratar até 8 ha) e 5 litros (permite tratar até 40 ha). Escolha Decis Expert. Escolha o êxito. 51 52 parceiros na pesquisa | 53 O MULTICULTURAS DE FINAL DE CICLO Luís Antunes Director de Marketing Nova geração dum fungicida penetrante, apresentando-se como uma mistura estratégica entre o iprovalicarbe (aminoácido amido carbamato) e o multisite oxicloreto de cobre (ião cobre), homologado para as culturas da vinha, batata, tomate, alface e cebola, contra fungos da classe dos oomicetas, nomeadamente míldios. Características Físico-químicas Nome comum: iprovalicarbe & oxicloreto de cobre Família química: aminoácido amidocarbamato & ião cobre Composição: 40,6% cobre & 8,4% iprovalicarbe Formulação: Grânulos dispersíveis em água (WG) Concentração (Dose): 150g/hl (1,5kg/ha) Intervalo de Segurança: 7 dias em alface e cebola ao ar livre e tomateiro de estufa; 14 dias em batateira; 20 dias em tomateiro ao ar livre e 28 dias em videira Modo de Acção - Biológico O iprovalicarbe representando a família dos aminoácidos, apresenta uma forte acção fungistática sobre oomicetas a qual é conseguida através da inibição da germinação dos zoósporos, do crescimento do tubo germinativo, do crescimento das hifas e da esporulação (excepto na libertação dos zoósporos). Sob o ponto de vista biológico, iprovalicarbe possui ainda uma acção preventiva contra a doença resultante da inibição completa da infecção e curativa, se a infecção se tiver iniciado entre 24 a 48 horas (dependendo das condições climáticas) o que corresponde a cerca de 25% do período de incubação. Apresenta também uma muita boa acção anti-esporulante. Deve no entanto ser usado preventivamente. O cobre é um fungicida de superfície ou contacto que é transportado na forma de complexo com os aminoácidos. Desloca-se tanto no floema como no xilema, sendo as concentrações particularmente elevadas no sistema redicular ou nas folhas mais velhas onde podem inclusivamente formar depósito. aminoácidos nas proteínas, não conduzindo no entanto a qualquer inibição na síntese destas. O iprovalicarbe mesmo quando presente em concentração sub-fungistáticas tem influência no processo de síntese das paredes celulares do fungo. Apesar de não ter tido acção directa na sínteses de glucano celulose, origina a desorganização da estrutura de micro fibras celulósicas. Em consequência, as hifas e os outros orgãos do fungo são anormalmente deformadas conduzindo à sua morte. Sabe-se também que ao contrário das estrobilurinas o iprovalicarbe não afecta a respiração dos zoosporângios, a emergência dos zoósporos ou o transporte de electrões nas mitocôndrias. Não interfere significativamente no metabolismos dos ácidos nucleicos (ex. fenilamidas), nem no metabolismo dos lípidos ou na síntese de glucano/celulose (ex. triazóis e morfolinas). Os catiões de cobre, por seu lado, são essenciais como micronutrientes das plantas. Fazem parte de muitos enzimas que catalizam os processos de oxidação e redução na cadeia respiratória das plantas, além de serem fundamentais para a sintese da clorofila. Maneio das Resistências Modo de Acção - Bioquímico O iprovalicarbe e o cobre são, não só, substâncias activas pertencentes a famílias químicas distintas, como também, possuem um modo de acção complementar, fazendo, por isso, que o Melody ® Cobre para além de exercer uma forte acção sobre fungos oomicetas seja um produto particularmente interessante para o estabelecimento de estratégias de anti-resistência contra o míldio das diferentes culturas para as quais está homologado. Deve, no entanto, ser seguida uma estratégia anti- resistência, pelo que a Bayer CS estabeleceu para o iprovalicarbe e suas misturas, as seguintes recomendações: O iprovalicarbe apesar do seu mecanismo de acção ainda não ser totalmente conhecido, sabe-se que por um lado influencia o metabolismo proteico do fungo, nomeadamente, conduzindo a uma redução no teor de aminoácidos livres contidos no micélio e por outro lado altera as proporções relativas de Não efectuar mais do que 3 tratamentos por campanha com este ou outro fungicida com o mesmo modo de acção (fungicidas CAA, amidas do ácido carboxílico). O Melody® Cobre não deverá ser aplicado nos locais onde se comecem a verificar faltas de eficácia do produto. Utilizar Melody® Cobre preventivamente no combate ao míldio. Organismos Auxiliares A partir dos elementos extraídos do dossier europeu do Melody® Cobre (Anexo IIIA, 10, Ecotoxicology), com base nos estudos efectuados com diversas espécies de artrópodos, não serão de esperar riscos para estes organismos nas aplicações efectuadas com Melody® Cobre. A partir dos resultados obtidos nos ensaios de laboratório e em condições semi-laboratoriais, ficou demonstrado que o iprovalicarbe, não exerceu influência significativa em alguns dos principais grupos de artrópodos: Artrópodos de solo (representados pela espécie Poecilus cupreus); artrópodos de folha (representados pela espécie Coccinela septempunctata); parasitóides (Aphidius rhopalosiphi e Trichogramma cacoeciae) e ácaros predadores (representados pela espécie Typhlodromus pyri). No que respeita ao produto formulado (Melody® Super), foram conduzidos ensaios de laboratório com as espécies Typhlodromus pyri e Aphidius rhopalosiphi, onde o produto foi aplicado em doses quase triplas das doses recomendadas não sendo detectados quaisquer efeitos nefastos sobre as espécies de artrópodos auxiliares estudadas. Melody® Cobre não teve influência negativa nos processos de transformação das uvas, na fermentação dos vinhos, nem nas suas qualidades organolépticas. Em relação ao tomate deve-se referir que a molécula base deste produto – iprovalicarbe – tem LMR defenidos para a Europa, EUA e Japão, permitindo a sua inclusão nas listas positivas da industria. Nas aplicações de Melody® Cobre as doses de ião cobre veiculadas à planta são relativamente baixas variando entre 600 e 800 g de cobre / ha, tratando-se por isso dum produto com excelente fitocompatibilidadee em dose / hectare reduzida do metal pesado cobre. Com um perfil toxicológico e ecotoxicológico favorável é igualmente considerado uma boa alternativa em programas de protecção integrada, estando incluído nas listas Oficiais de Produção Integrada. 54 | parceiros na região “ESPERO CONTRIBUIR PARA O CRESCIMENTO DA BAYER CS NO ALENTEJO E ALGARVE…” José Comenda, alentejano de 42 anos entrou para a Bayer CS Portugal em 2008, assumindo a função de Gestor de Região do Alentejo e Algarve, em entrevista de apresentação. parceiros na região | 55 Quem é o José Comenda? Tenho 42 anos sou natural de Montemor-oNovo, casado, com dois filhos, um rapaz com 14 anos e uma rapariga com 7 anos. Como alentejano e Montemorense, desde sempre tive a admiração pela festa brava, dai ter também passado pelo Grupo de Forcados de Montemor, no qual fiz bons amigos e passei bons momentos da minha juventude, pois era um bom motivo para aliviar o stress dos estudos. No desporto sempre admirei a esgrima, chegando a competir em sabre e florete. No entanto foi com os cavalos que mais me diverti em competição e lazer, já que fui aluno fundador do Centro hípico D. Duarte em Montemoro-Novo. Hoje em dia continuo a ter a paixão pelas touradas, pelos cavalos mas é com a caça que me distraio mais. “a possibilidade de poder vir a ingressar numa empresa como a Bayer deixou-me baralhado, pois era quase como um sonho” Fala-nos, um pouco, do teu percurso profissional? Como estudante fui um aluno igual a tantos outros enquanto estudei no liceu em Montemor, mas quando decidi seguir a área agrícola, foi necessário ir estudar para Évora. Mais tarde e com um grupo de amigos fui estudar para a escola Agrícola D. Diniz (Paiã) na Pontinha em Lisboa da qual guardo boas recordações, que só quem por lá passa reconhece. Fiz o Bacharelato na Escola Superior Agrária de Beja, concluindo o curso de Engenharia de Produção Agrícola. Após ter terminado o curso em Beja ainda tive uma breve passagem pela fábrica de tomate do Divor, no entanto foi na ATEVA (Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo) que realizei o estágio final de curso, vindo a desenvolver funções como técnico na Região vitivinícola de Borba e Portalegre durante 17 anos. Também como trabalhador estudante fiz o curso de Engenharia Agrícola na Universidade de Évora. Como tudo na vida o trabalho realizado na ATEVA e a colaboração que exerci com a CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana) levou-me a criar o gosto pela vinha e pelo vinho, como o apreciar, não só como bebida alcoólica que é mas também pela cultura que representa, dai também fazer parte da Confraria dos Enófilos do Alentejo e ter-me tornado num pequeno Vitivinicultor, produzindo o meu próprio vinho. Esta actividade pelas características que lhe são próprias necessita de bons conhecimentos enológicos, então decidi ir fazer uma Pós-graduação em enologia na Universidade de Évora. Foste nomeado Gestor de Região do Alentejo da Bayer CS no início de 2008. Qual o significado de entrar numa companhia como a BCS? Na verdade enquanto funcionário da ATEVA, sempre tive boas relações com todas as empresas de produtos fitofarmacêuticos e é claro também com os seus técnicos. Assisti a muitas mudanças neste sector, desde fusões de empresas a mudanças de técnicos, mas a Bayer CS foi sempre aquela que conseguiu manter a sua personalidade e liderança de mercado. A sua postura junto dos agricultores e dos técnicos quer das associações quer das empresas agrícolas, faz de si uma empresa invejável. É com orgulho que relembro que trabalhei na ATEVA, a sua postura perante a fileira da vinha e a sua equipe técnica e administrativa, deixou-me muitas marcas que gosto de recordar, mas a possibilidade de poder vir a ingressar numa empresa como a Bayer deixou-me baralhado, pois era quase como um sonho. Hoje faço parte da empresa Bayer, sou Gestor de Região do Alentejo e Algarve, já sinto o peso da responsabilidade que é trabalhar aqui, no entanto os seus níveis de qualidade bem como a sua equipe técnica, permitemme trabalhar com mais confiança junto da distribuição e agricultores o que é agradável. Quais as principais dificuldades que encontras neste novo desafio profissional? A agricultura no nosso País é o sector a que o estado dá menos importância, o desnorte em que o ordenamento agrícola do território se encontra é enorme. Que culturas fazer, onde e quando é o maior desafio do sector. A produção integrada é uma medida cultural que formalizada nas medidas agro-ambientais se torna muito restritiva ao uso dos produtos fitofarmacêuticos, inviabilizando mesmo por vezes o seu uso. O sector da protecção das culturas, hoje em dia sofre de um enorme desgaste concorrencial, já que as empresas que comercializam os genéricos que se encontram no mercado primam essencialmente pelos preços. Desta forma o maior desafio é continuar a fazer chegar junto da distribuição e agricultores, a mensagem de que a Bayer CS através da sua investigação, qualidade dos seus produtos e conhecimento técnico dos seus colaboradores, tem a solução necessária para resolver de uma forma eficaz todos os problemas das culturas. “A agricultura no nosso País é o sector a que o estado dá menos importância” Quais são os teus objectivos para os próximos anos? O maior objectivo que tenho é sem dúvida que na função que desempenho, conseguir, de uma forma sustentável, contribuir para o crescimento da Bayer CS no Alentejo e Algarve e pôr á disposição do sector agrícola da região as soluções mais eficazes para resolver os problemas das culturas. entrevista: Isidoro Paiva 56