Casa cheia - Grupo Photon
Transcrição
Casa cheia - Grupo Photon
Caderno especial Procuro Brindes Ano 22 – Número 213 Entrevista Softwares de gestão são cada vez mais acessíveis Entrevista 487074 0 0 2 1 3 Antônio Carlos Bento fala sobre as mudanças no sistema de gestão da Corneta Autopeças Casa cheia Seminário da Reposição Automotiva: o mais importante evento do aftermarket brasileiro chega à sua 18ª edição Índice 22 CAPA O Seminário 2012 contou com a presença dos principais representantes e profissionais do setor. 8 Entrevista Antônio Carlos Bento conta os planos do Grupo Corneta para os próximos anos no Brasil. 12 Estatísticas Venda interna: a tendência é estagnar a recuperação. 14 Carro 18 42 Especial 50 Eventos Geomarketing 46 Sindirepa 52 Flash 34 Pesados 48 Duas Rodas 54 Procuro Brindes 38 Tecnologia Fiat investe em tecnologia e apresenta o novo Punto. A região Sudeste perde 2% da sua capacidade demandante em relação a 2011. Sinotruk apresenta sua nova linha de caminhões. Conheça como a web pode ajudar na gestão de seus negócios. Sindirepa avança negociação com as seguradoras. Sistema de freios ABS equipa menos de 1% das motocicletas em circulação no Brasil. Automechanika Shanghai 2012 – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços. Caderno especial de Brindes Compressor de ar: componente com função primordial para caminhões e ônibus. Expediente Grupo Photon na internet www.photon.com.br www.twitter.com/grupophoton Diretoria Fotografia Arquivo Photon, Divulgação Jarbas Salles Ávila Filho, diretor Cléa Martins, Christiane Benassi, Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores Mariangela Paganini, revisora Arte e produção Departamento de negócios Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Marilda Costa Salles Ávila [email protected] Jarbas Salles Ávila Filho [email protected] Revista mercado Automotivo na Internet www.revistamercadoautomotivo.com.br www.twitter.com/automotivo Redação [email protected] | agosto 2012 | Edição 213 mÍdias digitais [email protected] Adriano Failde e Jhonathan Vizioli Atendimento e CRM [email protected] Fellipe Mendes Gutenberg Soledade [email protected] Administrativo e Financeiro Karin Runge [email protected] [email protected] Adalgisa Cruz Fernanda Soares [email protected] [email protected] As matérias assinadas são de responsabilidade dos autores. Reproduções de artigos e matérias estão autorizadas, desde que citada a fonte. Ano 22 [email protected] Elvis Santos, arte finalista REVISTA MERCADO AUTOMOTIVO é uma publicação mensal do Grupo Photon. Central de Assinaturas: [email protected] Avenida do Guacá, 1.067, 1º andar - CEP 02435-001 - São Paulo - SP - Brasil Tel./Fax 55 11 2281.1840, [email protected] apoiamos: Editorial www.revistamercadoautomotivo.com.br Esperança renovada O brasileiro é fanático por futebol. Isso todo mundo sabe. Mas, outra característica do nosso povo é a de nunca perder as esperanças. Na realidade, o que nunca admitimos é que uma derrota seja definitiva! É, assim como no futebol, sempre passageira. Ano que vem sempre haverá um novo campeonato! Uma nova chance para se redimir! Somos, portanto, um povo otimista! Sempre “damos um jeitinho” de encontrar algo mais, para esperar! E agora, vejo nos jornais, mais uma esperança sendo lançada para nossa degustação! Um pacote de investimento em infraestrutura que é pra ninguém botar defeito... “60 bilhões de reais” para os próximos cinco anos, podendo chegar a R$ 90 bilhões ao final. Infraestrutura atualmente extremamente carente e importante em todos os segmentos. Entre as áreas a serem beneficiadas estão rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, além de desonerações de impostos nas tarifas de energia elétrica, atingindo em cheio o coração do nosso famigerado “custo Brasil”. Será que agora vai? Apesar de cético, por ter acompanhado e vivido com tantas promessas políticas feitas e esquecidas, assumo que estou esperançoso. Nossas carências são tantas que quando vemos um velho desejo na eminência de vir a ser atendido, somamos em coro o brado contido retumbando em nossos corações ansiosos à esperança agora renovada. Oxalá nossas esperanças sejam enfim atendidas, e reflitam os resultados esperados por todo nosso esperançoso Brasil. O sofrido povo “empreendedor” agradece! O Brasil também! Jarbas Salles Ávila Filho, diretor do Grupo Photon “Que os anjos digam Amém”! Boa Leitura 6 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Em entrevista exclusiva à Revista Mercado Automotivo, Antônio Carlos Bento, presidente do Grupo Corneta, coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva – e conselheiro do Sindipeças, fala sobre as mudanças promovidas no sistema de gestão da Corneta Autopeças. Divulgação Entrevista Investimento em gestão Para Bento, foi necessário investir na chegada de novos gestores para enfrentar os principais desafios do mercado de autopeças que, segundo ele, vive um momento de alta competitividade. Confira a seguir: Redação A Corneta Autopeças passou a adotar um sistema de gestão mais enxuto e profissional, que permitirá ampliar os negócios sem alterar a atual capacidade instalada. Como isso foi possível? O processo de profissionalização partiu dos acionistas, com a criação do Conselho Consultivo, do qual participam juntamente com 8 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 dois conselheiros que possuem amplo conhecimento de mercado. A partir daí, perceberam que havia necessidade de fazer mudanças estruturais na empresa. A nova gestão permitiu que fossem implementados processos que garantem redução de custos e aumento de produtividade, com o objetivo de atingir o patamar de qualidade best in class. Além de todo o mapeamento das operações e investimento em equipamentos para atender as novas tecnologias, também houve ampla renovação da estrutura organizacional com a chegada de novos gestores preparados para enfrentar as adversidades do acirrado mercado de autopeças que vive um momento de alta competitividade. www.revistamercadoautomotivo.com.br Quando e por que a Corneta Autopeças percebeu que deveria promover mudanças em seu sistema de gestão? A empresa acaba de completar 80 anos de operação no Brasil e foi gerida por membros da família até a criação do Conselho Consultivo por volta de dois anos, quando perceberam a necessidade de fazer uma reestruturação. E o que essa mudança representa para a empresa no médio e longo prazos? Representa estar preparada para novos desafios, garantindo maior competitividade e também expansão da atuação, inclusive começando a atuar no mercado de reposição. Primeiro é necessário fazer a lição de casa. Isto é o que estamos fazendo na busca da melhoria constante da produtividade. Olhando do lado dos acionistas, a mudança permite que eles possam se dedicar ao papel principal, que é cuidar dos seus investimentos. O senhor afirma que o mercado de autopeças vive um momento de alta competitividade. Por quê? A frota em crescimento, a tecnologia embarcada nos veículos, margens mais apertadas e a chegada de novas marcas mudam o cenário, tornando o mercado mais competitivo. Além disso, após um forte crescimento, a economia não está tão favorável e a crise europeia começa a respingar. Com a restrição de crédito, tende a cair as vendas de veículos, consequentemente interferindo nos resultados das fabricantes de autopeças. A presença dos produtos falsificados, de qualidade duvidosa, ainda é um dos grandes problemas do setor ou isso está sendo superado? É um problema sim. A boa notícia é que os produtores de peças para o setor de quatro rodas encontrou uma saída com a certificação de autopeças para o mercado de reposição. Já existem cado a ser explorado no segmento de reposição para duas rodas. E quanto aos automóveis e caminhões, como a empresa pretende expandir sua participação nesses setores? Aumentando a produtividade para ampliar a linha de produtos para esses dois segmentos. É importante diversificar. Hoje, somos A frota em crescimento, a tecnologia embarcada nos veículos, margens mais apertadas e a chegada de novas marcas mudam o cenário, tornando o mercado mais competitivo. portarias publicadas e também já estão avançados os estudos para a elaboração de outras. Assim, aos poucos, as autopeças começam a receber o selo do Inmetro, uma forma de coibir a comercialização de produtos de origem duvidosa, assegurando ao consumidor a qualidade comprovada. Esta medida foi adotada, com êxito, por setores como brinquedos e ótico, por exemplo. Infelizmente isso ainda não ocorreu para as motopeças. E isso precisa ser tratado! mais fortes no fornecimento de motopeças para as montadoras, mas vislumbramos aumentar a nossa participação também no OEM para automóveis e caminhões e também passar a atender a reposição nesses três segmentos. Temos conhecimento de forjaria, usinagem, solda e montagem de conjuntos acumulados ao longo desses 80 anos de Brasil. Podemos ser, sem nenhuma dúvida, um parceiro de escolha para nossos clientes, atuais e futuros. A Corneta Autopeças afirma que irá intensificar sua atuação no segmento de Duas Rodas. De que forma isso será feito? A empresa ainda tem grande parte de sua produção destinada a motopeças para montadoras. Com o aumento da frota de motocicletas, que, em dez anos, seguramente, será maior do que o volume da frota de automóveis, vemos um grande nicho de mer- Gostaria que falasse a respeito dos 80 anos do Grupo Corneta. O que essa marca representa? O Grupo Corneta tem uma longa história, somando as operações de Brasil e Alemanha é uma empresa com mais de dois séculos. De origem alemã, a Corneta teve início com a fabricação de lâminas para facas, espadas e depois ferramentas na cidade germânica de Solingen, em 1787. Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 9 Entrevista Chegou ao Brasil, em 1911, ainda como importadora de ferramentas manuais na Florêncio de Abreu, em São Paulo, com o nome Beckmann & Co. Em 1932, foi construída a primeira fábrica do Grupo Corneta para produção de canivetes de lâminas forjadas, quando um dos membros da família Berg, Fritz Berg, que é um dos acionistas da empresa, mudou-se para o País. Os negócios expandiram e a linha de produtos foi ampliada, com a diversificação de itens. Em 1960, quando foi instalada a indústria automobilística no Brasil, as famílias Berg e Bennecke, que possuem grau de parentesco próximo, se uniram para atuar no setor automotivo e impulsionar, ainda mais, os negócios da Corneta no Brasil. A marca da “cornetinha” é conhecida por, principalmente, amantes da cutelaria. Quais foram as principais dificuldades que o Grupo enfrentou nesta trajetória? As dificuldades foram muitas ao longo de oito décadas, conforme ralata um dos proprietários, Fritz Berg, que faz parte do Conselho. Em 1943, por exemplo, a Corneta era famosa pela fabricação de tesouras quando veio a Segunda Guerra Mundial e, como toda empresa de origem alemã, sofreu intervenção do governo brasileiro até 1948. Mas, todos os obstáculos foram vencidos porque a empresa sempre buscou desenvolver e aprimorar os produtos e expandir a sua área de atuação. 10 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 implantação de sistema de gestão enxuta possibilitará expansão dos negócios em até 40% com a atual capacidade instalada. cer conteúdo mais abrangente, com materiais apropriados para a prática aprofundada da cutelaria manual e artesanal. Na década de 60, vislumbrando a chegada das montadoras no Brasil, iniciou as operações no setor automotivo. O portfólio da Corneta Ferramentas tem hoje mais de 1,5 mil itens. É muito difícil lidar com tamanha variedade de produtos ou este amplo portfólio é uma exigência do mercado? Sem dúvida que é importante diversificar o portfólio para atender o mercado, e a Corneta desenvolveu know-how para isso ao longo de toda a sua trajetória. Mas, o mais importante é identificar as oportunidades e aprimorar os produtos. Isso a empresa tem se empenhado em fazer. Alem disso, a tecnologia da informação, por meio de um bom ERP, nos ajuda nessa gestão. Gostaria que falasse da escola de cutelaria que está na fábrica da empresa em Osasco. Como ela funciona e a quem se dedica? A escola de cutelaria é um capítulo à parte. Surgiu como forma de resgatar a arte da cutelaria no Brasil. O Espaço Escola de Cutelaria Corneta tem como objetivo incentivar novos talentos, assim como promover o aperfeiçoamento entre cuteleiros que já possuem algum conhecimento na área. Os cursos são ministrados durante todo o ano por cuteleiros renomados e conhecidos internacionalmente, reunindo equipamentos da oficina com os recursos industriais disponíveis para ofere- Agora, com 80 anos, quais são os planos e as expectativas do Grupo para os próximos cinco anos no Brasil? Os planos para os próximos anos incluem aumentar a produção para veículos leves e pesados e também entrar no mercado de reposição. Acredito que o regime automotivo, bem aplicado, será um estímulo ao desenvolvimento da indústria nacional de autopeças e a Corneta está pronta para participar e oferecer ao mercado amplo portfólio de produtos e serviços bastante competitivos. A implantação de sistema de gestão enxuta possibilitará expansão dos negócios em até 40% com a atual capacidade instalada. Cinto de segurança salva vidas. Estatísticas www.revistamercadoautomotivo.com.br O emplacamento de veículos até julho de 2012 Fotolia.com Os segmentos de automóveis e comerciais leves respondem bem à redução do IPI Sérgio Duque A s medidas governamentais de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) fizeram surtir efeito positivo na venda de automóveis novos, cujo mercado registrou sensível recuperação se comparado o mesmo período de 2012 em relação a 2011. O mesmo se deu para comerciais leves. Encerrado o mês de julho, a queda acumulada no ano, que era de 3,39%, passou para níveis de -1,85%. O acumulado de emplacamento registra o montante de 3,1 milhões de novos veículos automotores que passaram a integrar a frota circulante no País. A tendência de recuperação, porém, deve estagnar em razão do aceno do governo em não querer prorrogar o prazo de redução dos impostos, medida vista pelo setor como reguladora e de provável efeito negativo na alavancagem do desempenho setorial. O segmento de automóveis, que continua sua escalada de recuperação, passou de 0,14% para 3,97% a mais do que o licenciado no mesmo período de 2011, seguido por comerciais leves, que estava com -1,97% e encerrou o período com vendas acumuladas de -0,33%. Por outro 12 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 LICENCIAMENTO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES Segmento Acumulado jan-jul % Var. 2012 2011 1.554.481 1.495.091 3,97 ▲ 429.300 430.702 - 0,33 ▼ Caminhões 80.245 98.329 - 18,39 ▼ Ônibus 16.970 19.178 - 11,51 ▼ Tratores e Máquinas 29.568 34.457 - 14,19 ▼ 987.075 1.078.376 - 8,47 ▼ 3.097.639 3.156.133 - 1,85 ▼ Automóveis Comerciais Leves Motos Total Fonte: Fenabrave. Números de tratores e máquinas incluídos apenas para referência. lado, caminhões, ônibus e motos aumentaram em muito seu déficit no acumulado do ano. Máquinas agrícolas é o segmento com números mais preocupantes. Seu déficit, que era negativo em 3,97%, aumentou para -14,19%. São mínimas as chances deste segmento virar o ano com números pelo menos iguais a 2011, que já não foram bons. Carro Fiat lança a versão 2013 do Punto com foco em esportividade e modernidade Thassio Borges A Fiat apresentou a nova versão do Punto na última semana de julho e deixou claro que fez de tudo para tornar o veículo mais moderno e esportivo. De olho no público jovem masculino, a montadora investiu cerca de R$ 400 milhões na atualização do modelo e espera alcançar uma média de venda de 3,6 mil unidades mensais até o final deste ano. Para tornar o veículo ainda mais atraente, a Fiat promoveu reformulações no interior do Punto. “Ficou mais bonito, mais luxuoso e mais rico em detalhes e sofisticação. Os painéis foram redesenhados e têm revestimento, texturas, tecidos e cores que caracterizam cada versão”, destaca a montadora por meio de comunicado enviado à imprensa. É claro que a parte externa do veículo também não foi esquecida. Com a intenção de deixá-lo mais “imponente e bonito”, como a própria montadora realça, foram usados novos para-choques dianteiros e traseiros, novos faróis, lanternas traseiras de LED, sistema de abertura do porta-malas Logo-Push e novas rodas e calotas. O consumidor ainda tem a opção de equipar seu carro com o teto solar panorâmico Skydome, que Punto 14 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 www.revistamercadoautomotivo.com.br é formado por duas lâminas de vidro e ocupa cerca de 70% da área do teto. Eco Drive Outra novidade tecnológica que vale ser destacada é o sistema Eco Drive, que já está presente nos modelos Fiat 500 equipados com o Blue&Me. O equipamento coleta dados sobre emissões e eficiência do motor que são transmitidos para um pen-drive ou celular. Depois de determinados trajetos, o usuário conecta este pen-drive em seu computador pessoal e o sistema vai transformar essas informações em infográficos sobre o desempenho do carro e o nível de emissões que ocorreu durante cada um dos percursos. Assim, o consumidor poderá calcular de forma mais detalhada o consumo de combustível do veículo em litros e em reais. Divulgação Tecnologia Agora, por mais que a Fiat tenha investido forte em mudanças no interior e exterior do veículo, o que mais chama a atenção na nova versão do Punto são as tecnologias do modelo. Com a intenção de conectar cada vez mais o motorista com seu carro, a montadora italiana aposta no Fiat Social Drive. Trata-se de uma plataforma exclusiva cujo objetivo é informar o condutor a respeito do que acontece na internet enquanto ele dirige. Interessante notar que a Fiat já se refere a esse consumidor como o “usuário”, em alusão às redes sociais que já estão integradas ao cotidiano da imensa maioria de seu público. Pelo computador ou celular, o motorista (ou usuário, para a Fiat) cria uma conta na plataforma e se conecta às suas redes sociais. A partir daí ele seleciona o que deseja receber de atualização e será informado das principais novidades de sua rede enquanto dirige, por meio do sistema Blue&Me, que irá ler essas informações. Além das redes sociais, o usuário poderá receber notícias dos principais sites e portais da internet. O sistema é perfeito para quem passa horas no trânsito e deseja se atualizar por meio da internet, sem correr o risco de se distrair enquanto utiliza o celular ou o tablet. Se desejava atingir um público jovem, a Fiat parece ter acertado em cheio. renovado Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 15 Divulgação Divulgação Carro 16 Divulgação No detalhe, o porta-malas do veículo que recebeu investimentos de cerca de R$ 400 milhões Divulgação A versão mais barata do Novo Punto traz um motor com 85 cavalos de potência Entre outros itens, o veículo é equipado com computador de bordo e airbags duplos frontais Por meio do Seletor DNA, o motorista pode escolher entre três formas de condução, priorizando o desempenho ou a economia durante a viagem Versões A Fiat apresenta o novo Punto em seis versões, com quatro variações de motores e dois câmbios diferentes. A mais em conta é a Attractive 1.4, que sai por R$ 38,5 mil. A versão traz um motor com 85 cavalos de potência, freios ABS, airbags duplos frontais, distribuidor eletrônico de frenagem, direção hidráulica, travas elétricas, computador de bordo, banco do motorista com regulagem de altura, entre outros. Vale destacar também a presença do novo câmbio Dualogic Plus ema algumas das versões. Com ele, é possível mudar as marchas por meio das borboletas posicionadas no volante. Seletor DNA Entre os opcionais do novo Punto está o Seletor DNA, que oferece ao consumidor três formas diferentes de condução: Dinâmico, Normal e Autonomia. O primeiro prioriza o desempenho e o segundo modelo mantém as características usuais de respostas do motor. Já a última opção tem o objetivo de proporcionar maior economia de combustível para o motorista. Dessa forma, o sistema indica ao usuário o melhor momento para a troca de marchas. É por meio destas inovações tecnológicas que a Fiat procura atingir um seleto grupo consumidor. Disputando espaço com o Ford New Fiesta, o Chevrolet Sonic e o Citroën C3, o modelo da montadora italiana promete agitar o mercado brasileiro. Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Geomarketing .S sP s to an i Elv A região Sudeste perde 2% da sua capacidade demandante em relação a 2011 Na região Sudeste há a concentração de 49,1% da demanda nacional de autopeças. Sérgio Duque N a região Sudeste do país existe 1 veículo para cada 3,3 habitantes, e é a região mais cobiçada de participação e interesse para os negócios da reposição Brasil. Aproximadamente US$ 834,2 bilhões, o que equivale a 58% do PIB previsto para 2012 será gerado na região e, considerando a previsão de faturamento do setor da reposição para este ano, nela deverão ser movimentados o montante de US$ 40 bilhões, em toda cadeia da distribuição automotiva, 49,1% do que se espera ocorrer no País, número que sofreu redução de quase 2% em relação ao ano de 2011. 18 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Informações agrupadas da região (Região sudeste) Índice potencial de demanda de autopeças Estados 2011 2012 São Paulo 30,54 29,53 Minas Gerais 10,82 11,09 Rio de Janeiro 7,52 6,89 Espírito Santo 1,89 1,58 50,77 49,09 Total regional em % Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Marknet Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.emarknet.com.br). Informações por estado da região Estados da região Geomarketing População SP MG RJ ES SOMA 42.140.818 25.114.274 15.983.653 3.531.720 86.770.465 465,1 158,4 183,8 26,9 834 Nº de Veículos 17.262.486 4.737.959 3.543.124 827.305 26.370.874 Automóveis 10.559.522 2.432.813 2.104.288 382.479 15.479.102 1.681.629 489.948 344.820 87.613 2.604.010 Caminhões 627.408 215.123 107.842 42.672 993.045 Ônibus 194.027 69.904 47.287 14.732 325.950 Tratores 177.014 68.361 31.785 13.537 290.697 4.022.886 1.461.810 907.102 286.272 6.678.070 2,4 5,3 4,5 4,3 3,3 Lojas de Varejo 8.111 3.314 2.015 425 13.865 Centros Automotivos 2.494 1.211 774 168 4.647 738 358 244 57 1.397 Postos de Combustíveis 7.853 4.202 1.720 563 14.338 Concessionárias 1.677 609 479 122 2.887 Frotistas 8.430 3.897 2.849 356 15.532 645 853 92 78 1.668 248,3 586,5 43,7 46,1 924,6 PIB Estimado 2012 em US$ bi Comerciais Leves Motos Habitantes por Veículo Retíficas Número de Municípios Área em 1.000km2 Fontes: ANP, IBGE e Renavam para dados gerais. Marknet Marketing para dados sobre frota e pontos de venda (www.emarknet.com.br). Minas Gerais foi o único Estado da região que teve o potencial aumentado, mas que deverá retroceder em 2013 em razão de reflexos futuros por problemas climáticos ocorridos no Estado e que afetará a decisão dos habitantes de várias cidades importantes, preocupados em priorizar a recuperação de outros patrimônios. Para construir o índice da demanda potencial, a Audamec, divisão de estudos da frota circulante e de potencial de demanda para produtos automotivos do Grupo Photon, considera o número de veículos emplacados nos Estados, o consumo de combustíveis informado pela ANP-Agência Nacional do Petróleo, o PIB municipal, a relação de participação por segmento da frota e outros fatores econômicos e 20 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 geográficos que são analisados e compõem a fórmula. Este trabalho detalhado está disponível para consulta via web para assinantes no site www.emarknet.com.br, com dados individualizados de 5.800 municípios brasileiros, com permissão de consulta também por região geográfica, por Estados e por região de influência dentro dos Estados. O Instituto Photon de Pesquisas está desenvolvendo estudos customizados para clientes interessados em obter trabalhos ajustados para seu grupo de produtos e segmentados por suas respectivas áreas de atuação regional. Para mais informações ligue para (11) 2281-1840 ou envie e-mail para [email protected]. Cinto de segurança salva vidas. Em sua 18ª edição, Seminário da Reposição Automotiva reúne os principais profissionais do setor para discutir tendências e propostas para os próximos anos Weslei Nunes e Cléa Martins C onsiderado a principal voz do aftermarket brasileiro, o Seminário da Reposição Automotiva teve a sua 18ª edição rea lizada na cidade de São Paulo, especificamente no Centro Cultural Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo). O evento contou com a presença dos principais representantes e profissionais do setor, que debateram propostas e tendências, prevendo os próximos passos da cadeia automotiva no Brasil. Organizado pelo Grupo Photon desde o ano 2000, o Seminário é uma realização do GMA (Grupo da Manutenção Automotiva), que integra as principais entidades – Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes 22 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 para Veículos Automotores), Andap e Sicap (Associação Nacional dos Distribuidores de Autopeças e Sindicato do Comércio Atacadista de Peças e Acessórios para Veículos de São Paulo), Sincopeças (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Estado de São Paulo), Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado de São Paulo) e Abrapneus (Associação Brasileira dos Revendedores de Pneus). Na abertura, Francisco de La Torre, presidente do Sincopeças-SP e que, neste ano, presidiu o evento, agradeceu pela presença do público e por mais uma edição de sucesso do evento. “Esse debate chega num momento importantíssimo, pois temos que discutir as mudanças do setor e principalmente questões acerca da arrecadação tributária, que tem gerado desemprego e informalidade”, disse. Também dando as boas-vindas aos participantes, Antônio Carlos Bento, coordenador do GMA e diretor e conselheiro do Sindipeças, ressaltou a força da reparação. “Não vou falar dos problemas do Brasil porque eles são muito óbvios. Além disso, mesmo com todas as dificuldades a reposição está em pé.” O presidente da Andap e do Sicap, Renato Giannini, seguiu a ponderação de Bento e ratificou a força do setor no mercado brasileiro, tanto em relação ao volume de negócios quanto à geração de empregos. Ele aproveitou para ponderar sobre o encontro: “Trata-se do evento mais esperado pelo segmento, o único dedicado ao aftermarket no País”. O presidente da Abrapneus (Associação Divulgação Capa A voz do setor Brasileira dos Revendedores de Pneus), Dirceu Delamuta, completou: “Fiquei surpreso com a grandiosidade deste seminário”. Antonio Carlos Fiola, presidente do Sindirepa-SP, que também compôs a mesa de abertura do evento, acendeu os debates alegando baixo investimento do governo no setor. “A reposição não vende carros novos, mas os mantém rodando. Porém, não vejo o governo investindo nesse segmento”, afirmou. Fiola questionou ainda o posicionamento de novas marcas de veículos que não têm disponibilizado peças para a reposição: “Essas montadoras acham que vão poder reparar todos os veículos em suas próprias redes de concessionárias, mas elas não estão presentes nem em 10% dos municípios brasileiros”. Panorama econômico Raul Velloso, consultor econômico e colunista, falou em sua apresentação sobre evolução recente e perspectivas da economia brasileira, fazendo um panorama sobre os mercados nacional e internacional. Para o economista, o pagamento da dívida pública externa do Brasil, em 2002, deu início a uma nova etapa socioeconômica para o País. “A partir daquele momento, nos tornamos credores e passamos a investir em uma nova modalidade econômica: fizemos a transição da economia de consumo em massa para a economia de serviços, com maior inclusão social”, explicou. Segundo Velloso, esse novo modelo econômico foi adotado por influência de outros países emergentes. “A China e a Índia adotaram a economia de serviços faz algum tempo e deu certo. No entanto, no Brasil, há um problema: estamos queimando etapas, a implantação desse modelo está acontecendo de maneira forçada.” O especialista explicou ainda que a China e a Índia (o que ele chama de “Chinindia”) caminham cada vez mais para o topo das potências econômicas mundiais, superando os Estados Divulgação www.revistamercadoautomotivo.com.br Unidos. Entretanto, esses dois países não dispõem de recursos naturais próprios, diferentemente dos norte-americanos. “É em cima disso que o Brasil se favorecerá: exportando para esses emergentes”, disse. Se as previsões de Velloso se concretizarem, esse novo cenário fortalecerá a economia brasileira e abrirá novas oportunidades para o mercado interno. “Uma das coisas que faltam a nós é a infraestrutura, que por aqui é deteriorada. Isso torna os custos no Brasil muito altos. Com o aumento das exportações a tendência é que a infraestrutura evolua. Isso beneficiaria o setor de reparação – com a redução de custos”, acredita o consultor. “Temos um caminho para sair da crise – e vamos sair independentemente da Europa: investir na infraestrutura do País, que ainda precisa melhorar muito”, ratificou. O peso da tributação A carga tributária no setor é alta e tem passado por mudanças significativas na forma de arrecadação nos últimos anos, como, por exemplo, a substituição tributária e a implantação (em andamento) do cupom fiscal eletrônico. Diante disso, Luiz Pereda, consultor do Sincopeças-SP, defendeu a atualização da gestão administrativa no setor. Fazendo um histórico da evolução da arrecadação tributária nos últimos anos, o palestrante convidou o público a conhecer a linha histórica da es- tratégia eletrônica de arrecadação de impostos do governo, em que fase ela está e quando definitivamente atingirá todas as empresas que atuam na cadeia produtiva da reposição. O consultor alertou os empresários a se atualizarem quanto às regras de recolhimento de impostos. “O Sincopeças fez uma pesquisa para identificar as dificuldades administrativas nas empresas e acabou percebendo que muitas companhias não sabem nem quem é que cuida da parte fiscal e contábil do estabelecimento”, conta. Segundo Pereda, muitos contadores desconhecem novas maneiras de calcular os tributos do setor. “Poucos conhecem as regras mais recentes, que podem beneficiar a empresa. Aliás, na pesquisa do Sincopeças, percebemos que os estabelecimentos visitados pelos pesquisadores não tinham a declaração de patrimônio, nem sabiam que ela era exigida por lei”, revela. Ainda sobre o novo cenário tributário, Sandra Camargo, conselheira Fiscal da Andap, Renato Feitosa, diretor do Sindirepa-SP, Dirceu Delamuta, da Abrapneus, e Antônio Fiola, do Sindirepa-SP, se juntaram a Luiz Pereda para discutir o tema, num debate mediado por George Rugitsky, conselheiro do Sindipeças. Pereda abriu as discussões defendendo a ideia de que “a substituição tributária e a implantação do cupom fiscal eletrônico trazem mais malefícios Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 23 Divulgação Capa 24 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Divulgação www.revistamercadoautomotivo.com.br Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 25 Divulgação Capa 26 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Divulgação www.revistamercadoautomotivo.com.br Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 27 Capa do que benefícios para o setor”. Segundo os debatedores, esse novo modelo de arrecadação tributária dá vantagens às montadoras e suas redes de concessionárias. “O governo privilegia um segmento que já é privilegiado com muitos benefícios, como o de concessionárias, em detrimento de outro – a reposição”, enfatizou Fiola. “A substituição tributária não serve hoje em dia porque a gente acaba pagando por uma mercadoria que ainda não foi vendida”, explicou mais detalhadamente Delamuta. A conselheira da Andap defendeu que a forma anterior de arrecadação de tributos – crédito e débito – era melhor para o setor: “Nós éramos felizes e não sabíamos”. Segundo Sandra, o Ministério da Fazenda não aceita as reivindicações que o segmento tem feito para se manter no sistema anterior e, além de ser inflexível, cria situações em que cada Estado pode calcular livremente seus impostos. “Os Estados estão aumentando impostos hoje por Portarias”, criticou a especialista em tributação. Comparativo de mercados “O mercado de reposição deverá crescer fortemente no Brasil”, disse Stephan Keese, sócio e diretor da Roland Berger Strategy Consultants, no início de sua palestra sobre o mercado da reposição automotiva atual e futuro. De acordo com o executivo, cinco fatores confirmam sua projeção: poder de compra crescente do consumidor, crescimento do parque automotivo, veículos com mais componentes e itens tecnológicos, mudanças regulatórias e alterações nas garantias e mudanças no comportamento do consumidor (mais consciente quanto as revisões). Divulgação Sustentabilidade O GMA realiza alguns dos programas mais ativos voltados à análise técnica de veículos. Trata-se do Carro 100%, Caminhão 100% e Moto 100%. O coordenador da entidade idealizadora das ações, Antônio Carlos Bento, apresentou um breve histórico de todos os programas e seus atuais focos. Em resumo, foram cinco anos de sucesso e mais de 1.000 veículos analisados até o primeiro semestre deste ano. “Os programas foram criados com bases em pesquisas sobre manutenção veicular que fizemos para oferecer uma ação que realmente atendesse as necessidades do País”, disse. No entanto, um problema ainda assola a iniciativa: verba. “Temos que passar o chapéu para cada entidade do setor contribuir e, a partir daí, darmos andamento ao programa. Nosso grande desafio é fazer as ações gerarem verba para sua própria manutenção.” Bento ainda anunciou a permanência dos contratos com a CCR para a realização do programa em rodovias administradas pela concessionária. 28 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 www.revistamercadoautomotivo.com.br Reposição em discussão O último debate do dia abordou o tema Reposição automotiva no Brasil – potencial de mercado, estrutura e ramos. Mediada por Luiz Sérgio Alvarenga, diretor executivo da Andap e do Sicap, as discussões começaram com a perda de mercado das autopeças para as concessionárias. Ronaldo Teffeha, vice-presidente de Aftermarket da Dayco para a América do Sul, afirma que atualmente 15% das peças são vendidas pelas concessionárias. “Nos Estados Unidos, esse percentual é de 50%. Logo, essa perda de mercado é uma tendência”. Em contrapartida, Rodrigo Carneiro, diretor Comercial da Distribuidora Automotiva, defendeu que o setor dispute com as concessionárias cada fatia desse mercado. “Devemos discutir não a vocação, mas sim a competência, e isso nós temos para brigar por esse mercado”, disse. Pedro Scopino, diretor do Sindirepa-SP, garantiu que o relacionamento é o ponto forte para conquistar o setor. “Na minha empresa de reparação, buscamos ter relacionamento com o consumidor final. É isso que o varejo de autopeças deve fazer. As concessionárias são oportunistas tentando vender peças, mas para a reparação é interessante comprar do varejo, por questões de relacionamento.” Questionado sobre como os reparadores estavam lidando com as novas tecnologias, como a dos câmbios automáticos e automatizados, Heber Carvalho, vice-presidente do Sincopeças-SP, esclareceu que “algumas oficinas têm se especializado e alguns estabelecimentos, inclusive, estão ficando segmentados. Assim, os reparadores que não têm intimidade com os automáticos, por exemplo, terceirizam esse serviço e todos ganham”. O debate foi encerrado com os agradecimentos do mediador: “É uma honra mediar esse debate entre amigos e com um assunto tão relevante”, disse Alvarenga. Como em outras edições, o evento contou com pesquisas interativas realizadas pelo IQA (Instituto da Qualidade Automotiva) e o sorteio de brindes. Affinia, Grupo Car (Roles, Autho Mix, RPR Automotiva), Dayco, Delphi, Goodyear, Mahle, NGK NRK, Pellegrino, Rede Pit Stop, Sachs e Schaeffler foram os patrocinadores do encontro. Divulgação Para Keese, o aumento de renda das famílias faz com que muitos brasileiros comecem a adotar hábitos semelhantes aos existentes nos EUA e Europa. “No Brasil, a manutenção é reativa, isso gera um custo imprevisível. Já nos Estados Unidos e na Europa, a manutenção é preventiva, o que torna o custo previsível para aqueles mercados”, explica. Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 29 Divulgação Capa 30 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Divulgação www.revistamercadoautomotivo.com.br Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 31 Divulgação Capa 32 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Pesados Sinotruk apresenta a família A7 Empresa lança linha de caminhões e anuncia fábrica em Santa Catarina Thassio Borges E m julho a Sinotruk Brasil apresentou ao mercado nacional a família de caminhões A7. Com o lançamento, a empresa chinesa, que pertence à CNHTC (China National Heavy Duty Truck Group Corporation), espera aumentar sua participação no setor de pesados da indústria brasileira. A nova linha deverá estar à disposição dos consumidores a partir de setembro nas 35 revendas da montadora espalhadas pelo Brasil. Com três opções de tração (4x2, 6x2 e 6x4), os caminhões pesados atendem “às mais rigorosas demandas técnicas do mercado brasileiro”, como informa a própria montadora em release enviado à imprensa. Entre as principais qualidades da nova família de veículos, a Sinotruk destaca a tecnologia usada no motor Euro V (que equipa todas as versões): a SCR (Redução 34 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Catalítica Seletiva, na sigla em inglês). Não é um sistema exclusivo, já que outras montadoras no Brasil já o utilizam, mas a tecnologia chama a atenção, pois proporciona uma drástica redução da emissão de NOx (dióxido de nitrogênio). Além disso, a SCR proporciona economia de combustível e os resultados, aponta a empresa, são comprovados por milhares de testes realizados em caminhões de outros países. “A ação da SCR acontece dentro do escapamento, depois da combustão, atenuando por meio de reações químicas os gases formados no catalisador. Para haver essa reação, há a injeção de uma substância química denominada Arla 32 (Agente Redutor Líquido Automotivo), que tem como base água e ureia”, explica a companhia. Para Joel Anderson, diretor-geral da Sinotruk Brasil, os benefícios gerados pelo uso da SCR não estão restri- Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Pesados enquanto utiliza o caminhão. Para isso, optaram por um posicionamento das lâmpadas que facilitasse a visibilidade do condutor durante a noite. “A decoração transmite sensação de conforto que é reforçada pelo design do painel de instrumentos que foi construído com comandos ao alcance do motorista, potencializando ainda mais a ergonomia”, ressalta a empresa. Destaque ainda para a poltrona do motorista, que é equipada com suspensão a ar, aquecimento elétriDetalhes do interior do veículo; a poltrona do motorista é equipada com suspensão a ar, co, apoios de coluna, cinto de seaquecimento elétrico e apoios de coluna gurança de três pontos e descansa tos à queda na emissão de gases. “Além de poluir menos, braços. Itens já considerados básicos, como os pontos os caminhões da família A7, e todos os que utilizam mopara porta-copos e garrafas, também estão distribuídos tores Euro V, vão proporcionar mais economia nas opepelo interior da cabine. Duas camas superpostas e uma rações e gerar mais eficiência ao transporte”, afirmou. mesa retrátil tornam a viagem mais agradável e confortável ao condutor. Crescimento A nova linha de caminhões tem a missão de aumentar a Fábrica no Brasil presença da marca no Brasil. Atualmente, a companhia Por meio de uma joint venture firmada com a Elecsonic responde por 0,86% do total de emplacamentos do mer(responsável por trazer a chinesa ao Brasil), a Sinotruk cado brasileiro de caminhões. O lançamento chega para anunciou também que construirá uma fábrica de caatender o segmento Premium de aplicações rodoviárias minhões na cidade de Lages, em Santa Catarina. Num mais pesadas. Nesse caso, aponta a empresa, estão inprimeiro momento, a empresa importará peças procluídas as composições articuladas como o bitrem, o duzidas diretamente pela CNHTC, mas existe a projerodotrem ou o treminhão. ção de nacionalizar 65% do material até o terceiro ano “O lançamento da família A7 no Brasil é uma consede operações. quência do bom desempenho de vendas que tivemos De acordo com a companhia, serão investidos R$ com a linha Howo, mostrando a aceitação da Sinotruk 300 milhões na primeira fase do projeto, sendo que a pelo mercado que está à espera de mais novidades da fábrica deverá entrar em operação em 2014. A produção marca”, diz Joel Anderson. inicial será de 5 mil unidades no primeiro ano, mas a Há outras características dos caminhões da linha A7 previsão é que a planta atinja 8 mil unidades anualmente que merecem ser destacadas. Os veículos possuem eixo no médio prazo. com freios a disco na dianteira e tambor na traseira. “Esse momento tem grande significado para Lages. Vêm com freio motor com potência de frenagem de 230 A Sinotruk é uma das maiores fábricas de caminhões do a 250 cavalos, ajudando a preservar o sistema de freios. mundo e, em alguns meses, vai gerar centenas de empregos”, afirmou o governador de Santa Catarina, João Conforto Raimundo Colombo, à época da assinatura do protocolo Se o exterior chama a atenção pela segurança e força de intenções para a construção da fábrica. que proporcionam, o interior dos veículos também não Com uma nova linha de pesados e planos concredeixa a desejar. O objetivo da Sinotruk, que contou com tos para construção de sua primeira fábrica no Brasil, estilistas italianos para desenvolver as cabines, era que a Sinotruk deixa claro que chegou para ficar e crescer o motorista tivesse bastante visibilidade e conforto no País. 36 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Cinto de segurança salva vidas. Te c n o l o g i a O sistema de freios pneumáticos aplicado na linha comercial pesada Parte 1 – Mercado demandante na reposição de Compressores de Ar Sérgio Duque O sistema de freios que equipa veículos comerciais pesados (caminhões e ônibus) e alguns da linha comercial leve possui características bastante distintas, além da redobrada missão de garantir a segurança na circulação destes. Veículos pesados necessitam de poderoso circuito de acionamento hidráulico comandado por válvulas e reguladores de pressão, além de outros componentes auxiliares. Essas válvulas e reguladores são controlados pelo ar comprimido gerado nos compressores, equipamento que produz e gerencia toda remessa de ar para o sistema, parte destinado a alimentar o circuito dos freios dianteiros e parte para os freios traseiros, reservando ainda uma quantidade no sistema que deve cuidar da segurança mantendo freado o veículo quando este estiver estacionado. Em todo o sistema, projetado por empresas especialistas em sistemas de frenagem de veículos pesados, como caminhões, ônibus, trens e metrôs, a figura do compressor é presente e eminente. Os cuidados com sua manutenção devem ser elevados, dada sua importância na garantia do funcionamento 38 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 do sistema. Por isso, empresas frotistas de caminhões e ônibus, além de proprietários independentes, recorrem da manutenção preventiva com maior frequência. As válvulas pneumáticas são reparadas através da substituição de componentes internos, como juntas, retentores, molas e outros. Já nos compressores, também são substituídos componentes como anéis de segmento e pistões. À parte a discussão do cuidado que se deve ter na seleção de conjuntos de reparo homologados pelos resDEMANDA DE COMPRESSORES DE AR LINHA COMERCIAL PESADA SEGMENTO 2012 2013 2014 108.000 115.000 123.000 Ônibus 19.000 20.000 22.500 Comerciais leves 40.000 44.000 50.000 167.000 179.000 195.500 + 6,5 + 7,1 + 9,2 Caminhões Total da demanda Base a.a. % Te c n o l o g i a pectivos fabricantes destes componentes, as investigações de comportamento de troca efetiva dos compressores novos acontece em média a cada 8 anos, sendo que neste tempo de uso há pelo menos 3 substituições apenas de conjunto dos componentes internos, o chamado jogo de reparo. Claro que ônibus e caminhões rodoviários, por utilizarem menos o freio, têm períodos mais espaçados do que os 8 anos da média, chegando a 10 anos em casos não tão raros. Aplicando fatores distintos de quilometragem média 40 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 dos veículos nos segmentos de caminhões, ônibus e comerciais leves, ajustados no sistema de cálculo da Audamec, tem-se o quadro de demanda da... até 2014, conforme quadro acima. O sistema de cálculo da demanda da Audamec, que relaciona a frota circulante de veículos com ciclo médio de substituição de autopeças, pode ser aplicado em qualquer linha do segmento. Empresas interessadas podem consultar sobre as bases e os critérios do trabalho pelo telefone (11) 2281-1840, ou por e-mail para [email protected]. Programas de Gestão são hoje cada vez mais acessíveis, seguros e práticos J Christiane Benassi á foi o tempo em que o empresário era obrigado a investir em grandes equipamentos para arquivar e organizar os dados da empresa. Hoje, graças às facilidades trazidas pela web, é possível ter tudo isso em um único equipamento, como um computador portátil e até mesmo um celular. Com a expansão das possibilidades de acesso à internet e da própria rede, veio à tona há algum tempo o conceito nuvem. Na realidade, a nuvem nada mais é do que a própria internet, formada por servidores interligados capazes de armazenar e processar todas as informações depositadas nela. Esses dados ficam à disposição das pessoas para que os acessem de qualquer lugar do mundo e a qualquer hora. Logo, manter os dados de sua empresa em um ambiente seguro com menos investimento tornou-se mais fácil e barato. “Com a web, já não são mais necessários aqueles altos investimentos em hardware e software para manter um servidor dentro da empresa. Além disso, o empresário não precisa manter custos de pessoas de TI para dar suporte e nem o espaço físico para o servidor”, explica Felipe Cataldi, sócio da Betalabs. 42 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Quem ganha com tanta inovação é o pequeno empresário que, com bem menos, pode manter um sistema de gerenciamento do negócio tão seguro e inovador quanto aqueles das grandes empresas. Por que investir? Muitos devem estar se perguntando o porquê de adquirir um software de gestão. Afinal, durante muito tempo foi possível administrar uma empresa sem o auxílio da tecnologia. No entanto, a velocidade com que os negócios são feitos hoje em dia, e principalmente a grande variedade de produtos disponíveis no mercado, não há nada melhor para controlar estoques e fluxos de caixa do que um bom programa de gerenciamento. “Também conhecido como ERP (Enterprise Resource Planning ou Planejamento de Recursos Corporativos), um software de Gestão é acima de tudo uma importante ferramenta de trabalho, com características essenciais de integração e parametrização. Integração como capacidade do software de fluir para outras áreas, a partir de um fato novo, todas as informações decorrentes deste novo fato, Fotolia.com Especial Nas Suas Mãos e parametrização como a capacidade do software de aderir este fato novo, informando suas políticas, normas, processos, etc., em diferentes empresas”, revela Roberto Kowas, consultor em ERP para a Divisão Latino-América do Grupo Alba Spectrum Technology. Na reposição A dinâmica do mercado de reposição exige dos empresários que atuam no segmento muita organização, já que o volume e giro de estoque é muito grande. Além disso, é muito importante administrar corretamente o fluxo de caixa. “Os softwares de Gestão são fundamentais para a atuação da empresa, seja ela de pequeno, médio ou grande porte. Por meio desse sistema é possível saber situação do caixa, controle de estoque, produtividade e vendas. É um recurso altamente eficaz, permitindo que o empresário acompanhe todas as atividades que envolvem o seu negócio, tendo acesso a relatórios e planilhas de resultados. Assim, ele consegue visualizar onde estão as deficiências, fazer comparativos e ficar munido de informações que garantam que a tomada de decisão seja feita www.revistamercadoautomotivo.com.br em cima de dados concretos e substanciais, o que oferece mais chance de acertos”, completa Antônio Carlos Bento, coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva) e conselheiro do Sindipeças. Do tamanho do seu bolso Engana-se quem pensa que programas de gerenciamento de empresas são exclusividade só de grandes corporações. Hoje, graças à internet e a outros recursos tecnológicos, já é possível manter seus negócios organizados e seguros com apenas alguns cliques e poucos reais. Há cerca de três anos o cenário de TI começou a mudar com o avanço do conceito de nuvem. “Os softwares que dominavam as empresas eram sempre off-line e exigiam um espaço interno da empresa para o servidor, além de licenças caríssimas e a exigência de uma equipe. Hoje a tendência é deixar tudo isso fora da empresa, bastando uma senha e um login para ter acesso a todas as informações, sem a necessidade de uma estrutura interna, como hardwares”, revela Cataldi. Cara ou coroa Há hoje disponível no mercado uma imensa variedade de empresas que comercializam programas de gerenciamento de negócios. Diante da infinidade de opções, fica difícil ao empresário escolher qual é o mais adequado para seus negócios. Portanto, ao tomar a decisão, cabe ao administrador fazer uma pesquisa prévia comparando todos os benefícios de todas as alternativas e escolher aquela que mais se adequa às suas necessidades. “Deve ficar bem claro que o ERP seguramente será a principal ferramenta de gestão da empresa, e sua implementação deve ser considerada um investimento e não um custo”, afirma Kowas. A seguir, algumas dicas de como selecionar o sistema de gestão: •• Avaliação inicial – Determine as reais necessidades da empresa e os recursos oferecidos pela tecnologia a ser adquirida; envolva neste processo membros da diretoria e funcionários que estarão diretamente envolvidos com os benefícios gerados pelo ERP. Procure assessoria de especialistas em informática para assessorá-los a escolher a melhor arquitetura tecnológica ou identificar as deficiências que poderão apresentar. •• Aderência – Verifique quais funcionalidades contidas no produto atendem suas necessidades, e se a aplicação das mesmas em seu negócio trarão benefícios como: redução de custos, diminuição de tempo de operações básicas, eliminação de retrabalhos, aumento da eficiência do atendimento a seus clientes e aumento de competitividade. Certamente você gostaria de adquirir um produto que atenda 100% das necessidades de sua empresa, contudo, os Sistemas de Gestão possuem características próprias e distintas, e é através da flexibilidade, parametrização e disponibilidade de se desenvolver particularidades que a empresa fornecedora de ERP irá tentar alcançar ao máximo este percentual. •• Localização – As constantes mudanças em nossa Legislação Tributária promovidas pelo governo obrigam as empresas a realizar rápidas mudanças em seus processos visando ao correto enquadramento dos mesmos às novas normas tributárias. A rapidez exigida destas mudanças é vital para a manutenção da lucratividade do negócio e competitividade no mercado globalizado. Certifique-se de que o produto está adaptado à nossa legislação e principalmente garanta atualização constante em função de alterações em nossa legislação. •• Tecnologia – Verifique se a linguagem utilizada para o desenvolvimento do software é utilizada e aceita mundialmente. A liberdade de escolha do fornecedor do banco de dados a ser utilizado pela aplicação também é um fator importante, primeiro pela segurança e integridade, uma vez que nele estarão gravadas todas suas informações de negócio, e segundo pelo custo de aquisição, que poderá superar o custo do hardware. •• Rastreabilidade – Para garantia da integridade e segurança das transações, o software deve oferecer condições de rastreabilidade, disponibilizando aos administradores do sistema recursos que permitam identificar qual usuário executou determinada operação. •• Integração com internet e outros aplicativos – Hoje em dia está disponível no mercado um número significativo de aplicativos gerenciais ou de aplicação específica que poderão compartilhar informações do ERP; recursos do tipo corte e cole ou conexão direta são fundamentais para extração de dados do ERP. Também devem ser considerados recursos de integração e comunicação de dados (EDI, Biztalk, etc.) com clientes, fornecedores e instituições financeiras. Ao fazer a escolha, a empresa deve ainda tomar alguns cuidados para evitar problemas. Antes de mais nada, é preciso buscar o máximo de referências sobre o produto e sobre a empresa de consultoria que irá realizar a implementação; procure identificar empresas que tenham o mesmo perfil comercial e verifique quais funcionalidades de seu negócio não puderam ser atendidas e qual solução foi oferecida pelo fornecedor do ERP. Fora isso, a implementação de ERP é normalmente um processo que envolve todas as áreas de sua empresa, direta ou indiretamente, por isso é importante que você exponha suas limitações e seus problemas, da mesma forma que você deve ter ciência das limitações do fornecedor. Com isso, vocês estarão estabelecendo uma parceria duradoura e fortalecida. “O mais importante é sempre manter tudo documentado, pois permitirá que novos consultores ou funcionários entendam o que cada funcionalidade do programa faz”, completa o consultor. Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 43 Especial Como funciona a nuvem Fotolia.com Com esse novo conceito, o empresário pagará entre 50 e 100 mil reais para implementar o software e para controlar de maneira mais eficiente seus negócios, além de assegurar dados sobre as empresas. “Portanto, basta somente ter acesso à web, seja por tablets, smartphones ou computadores portáteis”, completa o executivo, que oferece aos clientes todo o suporte e treinamento necessários ao uso do programa, além do desenvolvimento de softwares de gerenciamento personalizados conforme a demanda do empresário. E para aqueles que ainda não confiam na internet esse é um caminho sem volta. Os gestores dos departamentos de TI das maiores empresas do mundo já demonstram preferência pelos benefícios da nuvem, pois as informações ficam protegidas pelos mais avançados programas de segurança, visto que estão armazenadas em grandes servidores, criptografadas e processadas em ambiente seguro, o que aumenta a segurança oferecida pelo programa. Servidor web (maior capacidade e segurança) dados (softwares de gerenciamento instalados em PCs e equipamentos de acesso à web) Sua Empresa Buchas de suspensão Batentes de borracha Coxins de amortecedor Kits de suspensão automotiva Você pode encontrar os produtos Centroflex, nos melhores distribuidores do Brasil EXPORTAÇÃO: Argentina - Uruguai - Paraguai - Chile Peru - Venezuela Equador - Colômbia - México - E.U.A - Canadá - Itália Alemanha - Inglaterra - Dinamarca 44 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Cinto de segurança salva vidas. 100% Brasileira www.revistamercadoautomotivo.com.br A s condições de remuneração e valores defasados praticados pelo mercado de seguradoras às empresas de reparação de funilaria e pintura de todo o País levaram à insatisfação e até ameaça de paralisação do atendimento a veículos sinistrados nas oficinas. Diante desse cenário, o Sindirepa Nacional se mobilizou e somou esforços para tentar reverter essa questão, contando com a participação efetiva do Sindirepa-SP que tem um trabalho de 15 anos realizado junto às seguradoras por meio da Câmara de Colisão da entidade que estabeleceu um canal de comunicação com a Fenseg – Federação Nacional de Seguros Gerais. Para estabelecer um plano de ação, foi realizada assembleia que reuniu em São Paulo (SP) empresas de reparação na área de funilaria e pintura. Na ocasião, ficou definido que seriam realizadas reuniões individuais com as dez principais seguradoras (Allianz, Azul, Bradesco, HDI, Itaú, Mapfre, Marítima, Porto Seguro, Sul América e Tokio Marine). Após vários meses de trabalho com o mercado segurador, o Sindirepa promoveu nova assembleia, realizada no dia 27 de junho, para anunciar o resultado alcançado nas negociações com as seguradoras. Entre as conquistas obtidas destacam-se duas principais: •Reajuste anual de valor de mão de obra. Houve consenso geral e reconhecimento por parte das seguradoras que o valor pago às oficinas está defasado e, por isso, concordaram com a proposta de reajuste anual. “As seguradoras foram unânimes e reconheceram as distorções dos valores por falta de reajuste da remuneração”, afirma o presidente do Sindirepa, Antonio Fiola; •Pagamento de atividades acessórias, compostas por uma série de tarefas desenvolvidas pelas oficinas, elaboração de orçamento, estrutura de atendimento, atendimento técnico, lavagem dos veículos, entre outras. Algumas das seguradoras mencionadas acima já concordaram e estão pagando uma verba a título de atividades acessórias, enquanto outras estão estudando o valor e a forma de pagamento. “Até o momento, a Sul América foi a única 46 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Divulgação Sindirepa Sindirepa avança negociação com as seguradoras empresa que acenou não concordar com esta questão”, revela o presidente do Sindirepa, Antonio Fiola. O presidente da entidade lembra que a situação para as oficinas está insustentável. “Para executarmos o serviço de reparação para as seguradoras, assumimos muitas despesas, entre elas, o custo elevado para manter o sistema de software e o orçamentista, valor que pode chegar a R$ 5 mil, e algumas seguradoras não reajustam a remuneração há cinco anos”, finaliza. Para Fiola, a conquista do reajuste anual da remuneração mostra que as seguradoras entenderam o pleito do setor e representa o início de uma nova fase do relacionamento entre as duas partes, lembrando que o intuito principal é oferecer qualidade de atendimento ao cliente. Segundo o vice-presidente do Sindirepa, José Nogueira dos Santos, as negociações continuam e a entidade deve ter novidades sobre o assunto nos próximos meses, mas faz questão de lembrar que só a união do setor é capaz de vencer barreiras. Com a criação do Sindirepa Nacional, questões primordiais para o setor da reparação de veículos, como o relacionamento das oficinas com as seguradoras, podem ser discutidas em vários Estados. A entidade representa os Sindirepas dos Estados de SP, MG, RS, RJ, GO, PE, BA e MT. Cinto de segurança salva vidas. Divulgação Duas Rodas Tecnologia desconhecida Bosch quer ampliar informações sobre o sistema ABS no mercado de duas rodas brasileiro Weslei Nunes D iferentemente do mercado de automóveis, que cada vez mais aposta nos freios ABS, o setor de duas rodas pouco utiliza esse sistema de frenagem. O gerente de Engenharia de Aplicação de ABS da Robert Bosch, Geraldo Gardinalli, acredita que menos de 1% das quase 19 milhões de motocicletas em circulação no Brasil seja equipada com essa tecnologia de frenagem. “Trata-se de um mercado gigantesco, tanto no Brasil quanto no restante da América Latina, porém que ainda não adotou essa importante tecnologia de segurança.” Segundo Gardinalli, a Bosch identificou, em pesquisa, que o principal motivo pelo qual o ABS ainda não virou tendência no setor duas rodas é a falta de informação: “Muitos motociclistas entrevistados afirmaram não ter conhecimento que esse sistema é aplicável também em motocicletas”. A falta de informação no setor tornou desconhecidos alguns dos benefícios mais importantes desse sistema, como, por exemplo, a fácil ou quase nenhuma manutenção. Conforme explica o gerente da Bosch, “o ABS não exige nenhum tipo de cuidado especial ou diferenciado”. Essa tecnologia carece de revisão muito similar 48 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 A Bosch ainda não registrou falhas do módulo eletrônico, principal item do ABS ação Divulg ao sistema antigo, que tem como principais itens de substituição as pastilhas e o fluído de freio. Vale ressaltar que esses componentes seguem o mesmo padrão de reparação, isto é, o trabalho do mecânico é praticamente o mesmo para realizar a lubrificação e a regulagem da frenagem. No entanto, há um item especial: o módulo eletrônico. Esse não é passivo de conserto. “Em caso de falhas, aconselhamos a substituição desse componente, já que se trata de um sistema complexo. Contudo, ainda não registramos falhas nesse item”, garante o executivo. A Bosch quase não efetua venda de itens de reposição para o sistema de frenagem ABS. E isso acontece por dois motivos: o percentual de motocicletas que estão integradas com a tecnologia é muito pequeno e trata-se de um item de baixa manutenção. “Estamos apostando na dissipação da informação sobre o sistema e, pelo www.revistamercadoautomotivo.com.br A vitrine das motopeças Realizado a cada dois anos, o Salão Nacional e Internacional das Motopeças chegou à sua 7ª edição neste ano. O evento foi realizado no pavilhão amarelo do Expo Center Norte, em São Paulo (SP), e reuniu muitos fabricantes de peças e motocicletas, distribuidores, atacadistas, reparadores, entre outras empresas do setor. Essa é uma feira 100% dedicada ao setor de motopeças, voltada a negócios e relacionamentos entre clientes e grandes empresas. À velocidade de 100 km/h, ABS é 15% mais eficiente na frenagem do que o sistema tradicional tação da tecnologia. Trata-se do uso do ABS apenas na roda dianteira. “Muitos motociclistas têm receio de frear bruscamente a roda dianteira, por isso optamos pela instalação do sistema ali, além disso, muitas motos no Brasil contam com freio a disco apenas na dianteira e a tambor na traseira”, explica o porta-voz. Trata-se de uma ação para que a tecnologia de frenagem conquiste cada vez mais o setor duas rodas. Cinto de segurança salva vidas. próprio andamento do mercado, esse cenário deve mudar em breve e o ABS será uma tendência no setor duas rodas, de forma até mais rápida do que aconteceu com os automóveis”, diz Gardinalli. Uma das questões que também pode tornar mais difícil a adesão ao ABS é o preço. O sistema pode elevar o valor da motocicleta em até 15%. Contudo, a Bosch está oferecendo uma solução nesse início de implan- Divulgação Eventos Automechanika Shanghai 2012 Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços F altando quatro meses para o início de uma das maiores e mais importantes feiras do setor automotivo mundial, a Automechanika Shanghai 2012 já tem mais de 90% do espaço vendido. Este ano a feira disponibilizará mais de 180.000m² aos expositores, um aumento de 13% em relação à última edição. São esperados 3.900 expositores vindos de 37 países e regiões, incluindo 13 pavilhões internacionais. O aumento significativo deve-se a expositores estrangeiros desejosos de desenvolver novos mercados e à expansão dos halls de Reparação & Manutenção e Acessórios & Tuning. 50 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 A mostra deverá também bater o recorde de visitantes, sendo esperados cerca de 70.000 compradores e profissionais do setor. Organizada pela Messe Frankfurt (Shanghai) e pela China National Automotive Industry International Corporation (CNAICO), a Automechanika Shanghai acontecerá de 11 a 14 de dezembro de 2012 no Shanghai New International Expo Centre (Novo Centro de Exposições Internacionais de Shanghai), na China. A mostra, considerada como a mais importante da Ásia, cobre a totalidade dos equipamentos originais para automóveis e de produtos e serviços para o aftermarket. www.revistamercadoautomotivo.com.br Para facilitar a visita, os organizadores dividiram a feira em três setores: Peças & Componentes; Reparação & Manutenção e Acessórios & Tuning. Zonas Internacionais e halls expandidos ajudam os expositores a entrar no mercado da China Face à quantidade e qualidade de expositores e profissionais presentes à feira, esta tornou-se um polo de atração para todos que trabalham na área automotiva. De fabricantes de automóveis, incluindo centros de design, fabricantes de autopeças para OEM e aftermarket, distribuidores e seus canais de distribuição, concessionários a prestadores de serviços e profissionais de centros de serviços de manutenção têm como obrigatória a visita a esta feira, que se tornou um tradicional palco de negócios e transferência de conhecimento e lançamento de novos desenvolvimentos. Para dar suporte à grande procura das empresas estrangeiras que querem ganhar uma quota do mercado de automóveis da China, a Automechanika Shanghai está instalando novas Zonas Internacionais nos halls de produtos, além do já bem estabelecido Hall Internacional. Comentado sobre o número de expositores de marcas de qualidade que procuram expor na Automechanika Shanghai, Jason Cao, diretor-geral da Messe Frankfurt (Shanghai), disse que “muitas marcas locais e internacionais lançam seus produtos na Automechanika Shanghai para aumentar a sua importância na indústria. Este ano a feira acolhe muitas novas empresas líderes da indústria, enquanto muitas das marcas já existentes estão aumentando seus estandes. Além disso, nossos expositores estão bastante entusiasmados quanto à sua participação nos programas internos, tais como os eventos de mostragem de produtos, as conferências de imprensa, as demonstrações de produtos e os workshops, que têm transformado a feira numa importante plataforma para a promoção”. Entre os expositores estreantes de 2012 está a Valeo, um dos principais fornecedores mundiais da indústria automotiva. Daniel Tung, diretor-geral da Valeo Service China, também deixou seu depoimento: “A Valeo Service representou 13% das vendas do Grupo Valeo em 2011. Como a China é o segundo país com mais automóveis, o seu mercado pós-venda nos dá um grande potencial de crescimento, juntamente com os € 753 milhões em vendas da Valeo China OEM em 2011. Estamos nos concentrando em fornecer ao mercado de pós-venda da China mais produtos de primeira qualidade e melhores serviços de valor agregado, bem como em aumentar o reconhecimento da marca Valeo. A Valeo Service China irá expor uma vasta gama de produtos de primeira qualidade (limpa para-brisas, sistemas de freios, filtros, embreagens, motores de arranque/alternadores, sistemas de iluminação, produtos térmicos) na Automechanika Shanghai”. Xuecheng Ji, presidente da CNAICO, acrescentou que “os compradores são atraídos aos halls de produtos de fácil acesso e cada vez mais fabricantes nacionais estão em pé de igualdade com seus concorrentes globais, tanto em termos de tecnologia como de qualidade”. Segundo os organizadores, a China já atingiu a marca recorde de 100 milhões de veículos na frota circulante, cujos veículos dão suporte a uma florescente indústria de pós-venda de automóveis e de manutenção. Até fins de 2012 o mercado de reparação e manutenção deve aumentar 26,9%, para US$ 80 bilhões, e para o mercado de acessórios a previsão é de um aumento na casa dos 29%, para US$ 87 bilhões. Em face disso, a Automechanika Shanghai tem cada vez mais aumentado a visibilidade para as empresas ligadas à manutenção, assim como para as empresas relacionadas com o mercado de pós-venda e acessórios. Os 40.000m2 dedicados ao Hall de Reparação e Manutenção espera atrair mais de 400 expositores, incluindo vários pavilhões, especialmente do setor de ferramentas, que irá duplicar em tamanho na feira de 2012. Os expositores mostrarão equipamentos e ferramentas de oficina, tecnologia de diagnóstico e teste, bem como reparação de carroçaria e pintura para automóveis. O Hall de Acessórios e Tuning deverá dobrar de tamanho em relação a 2011 e são esperados 600 expositores para ocupar os 25.000m² a eles destinados, que incluirá também equipamentos eletrônicos, acessórios exteriores e interiores e equipamentos para o cuidado do automóvel e tuning. A Automechanika Shanghai é uma das doze feiras automotivas realizadas na Ásia, Europa, América do Norte, América do Sul e África. Para mais informações sobre a Automechanika Shanghai, visite os sites www.automechanika-shanghai.com ou www.automechanika.com ou use o e-mail [email protected]. Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 51 Flash Injection Parts reestrutura-se para crescer reparando-se para crescer e dar melhor atendimento a seus clientes, a Injection Parts acaba de contratar o engenheiro Roberto Pereira para assumir a gerência Comercial da importadora de autopeças destinadas a abastecer o aftermarket. Atuando no mercado desde 2007, a Injection Parts importa e distribui regularmente para todo o território nacional bobinas de ignição, bombas, combustíveis, sensores de fluxo de ar e sondas lambdas destinados tanto para carros nacionais quanto para carros importados. P Groupauto Internacional inicia expansão na América Latina m dos fundadores do Groupauto Internacional, Fernando Pardo visitou a Distribuidora Automotiva, empresa do Grupo Comolatti que há 55 anos atua no mercado brasileiro de distribuição de autopeças, e pôde confirmar o rápido crescimento da Rede PitStop que em três anos já chega à marca de 750 pontos de vendas em 300 municípios, detendo o pioneirismo de ser a única rede associativista do mercado de reposição, segundo informa. Pardo também aproveitou a oportunidade para anunciar a expansão do Groupauto para outros países da América Latina, começando por Paraguai e Chile, onde as negociações com distribuidores locais estão bem avançadas. Criado em 1990, o Groupauto reúne mais de 800 distribuidores de autopeças e uma rede com 1.100 varejistas e 6 mil oficinas em 36 países da Europa com os conceitos EuroGarage e Top Truck, ambos presentes no Brasil por meio da Rede PitStop. O modelo associativista de rede surgiu da necessidade do aftermarket se desenvolver para enfrentar a forte concorrência das redes de concessionárias com a chegada de novas tecnologias embarcadas nos veículos europeus. “Após mais de 12 anos de trabalho dedicado à gestão e capacitação das redes, conquistamos o direito de poder reparar o veículo mesmo durante o período de garantia, da mesma forma que é efetuado na concessionária. O consumidor europeu pode escolher onde quer levar o veículo”, explica Pardo. U 52 Revista Mercado Automotivo | agosto | 2012 Divulgação A Divulgação Distribuidora Automotiva tem novo diretor de vendas Distribuidora Automotiva, empresa do Grupo Comolatti responsável pelas unidades de negócios Sama, Laguna, Matrix e Abouchar, tem novo diretor de Vendas: Raimundo Andrade, que tem larga experiência no setor de bebidas, onde ocupou posições de comando em duas das principais fábricas de cerveja do Brasil. O executivo é formado em administração de empresas, com especialização em finanças corporativas. Rodrigo Carneiro permanece na empresa na função de diretor Comercial. Andrade tem como missão implementar processos para otimizar a produtividade na área de vendas. Divulgação Jarbas Ávila Com a consolidação no Brasil da Rede PitStop, o Groupauto deve implantar o modelo de rede associativista no Paraguai, no Chile e também no Panamá, na América Central. O modelo credencia e capacita lojas e oficinas existentes no mercado de reposição através de treinamentos aos reparadores. No Brasil, a Rede PitStop está crescendo, primeiramente, com lojas de autopeças e o trabalho de gestão já tem surtido bons resultados. ”Temos exemplos muito interessantes de associados que demonstram a importância deste trabalho que oferece ao empresário do varejo recursos para aprimorar a administração do seu negócio”, comenta o diretor Comercial da Distribuidora Automotiva, Rodrigo Carneiro. Cinto de segurança salva vidas. D urante o ano várias datas comemorativas podem ser a oportunidade para expor a sua marca. E uma boa maneira de marcar presença é através de brindes e materiais promocionais. No Procuro Brindes você tem acesso rápido, interativo e fácil para busca, seleção e aquisição de brindes, serviços e produtos para suas campanhas promocionais. Caderno especial de brindes w w w . p r o c u r o b r i n d e s . c o m . b r 56 57 58 I72 I09 I73 I72 I60 I52 I51 I72 I51 I28 I28 I28 I28 I54 I50 I11 I32 I26 I63 I71 I31 I04 D43 D48 D49 D23 D42 D46 D49 C86 C43 C181 C166 C01 C11 C50 C234 C32 C64 C230 C161 C31 C156 C243 C218 C90 C74 C152 I58 59 B23 I74 B12 A39 B13 A47 E34 E65 B10 R26 B26 H14 C278 B43 D38 E49 S20 C274 C277 S07 A50 A58 g17 Y18 K06 T11 L56 C272 L16 T12 C82 C253 C226 C122 C262 L03 C84 G03 G34 L21 E62 60 61 62 63 MB411 MB410 MB413 MB412 MB414 (Colete reversível) MB415 Niagara Industrial e Mercantil Ltda. desde 1939 Rua Rubino de Oliveira, 159 - Brás - CEP - 03012-060 - São Paulo - SP Fone: 11 2695.2931 / 2291.0274 / 2292.4975 / 2292.7085 Fax: 11 2695.5370 [email protected] 64 65 66 67
Documentos relacionados
Guimarães - Grupo Photon
O setor de reposição brasileiro é um mercado importantíssimo para a ZF e é por isso que existe uma unidade de negócios dedicada como a ZF Services, que procura levar ao mercado de pós-venda soluçõe...
Leia maiscassorla - Grupo Photon
www.twitter.com/automotivo www.twitter.com/grupophoton NO FACEBOOK
Leia maisA mil por hora
Jarbas Salles Ávila Filho, diretor; Cléa Martins, Christiane Benassi, Patrícia Larsen, Sérgio Duque, Thassio Borges e Weslei Nunes, colaboradores; Mariangela Paganini, revisora Departamento de negó...
Leia maisdarci piana - Grupo Photon
www.twitter.com/automotivo www.twitter.com/grupophoton NO FACEBOOK
Leia mais