Clube da Fibra 2012

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Clube da Fibra 2012
-ALGODÃO: CLUBE DA FIBRA INICIA EM INSTANTES NO URUGUAI
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - Inicia em instantes a 18ª edição do Clube da Fibra,
que será realizada até 26 de setembro, no Conrad Punta del Este Resort &
Casino, em Punta del Este, no Uruguai. O painel de abertura será o da
Abrapa e contará com o presidente Sérgio De Marco. O Clube da Fibra terá
a cobertura da Agência SAFRAS no local. Acompanhe abaixo os destaques da
programação:
Dia 24/09
9:00h - 9:30h: Painel ABRAPA
Sérgio De Marco - Presidente da ABRAPA
Marcos Fava Neves - Professor Titular da FEA-RP/USP
9:30h - 10:45: O papel do Brasil nas Cadeias Agrícolas Mundiais –
Plataforma Agro +20
Marcos Sawaya Jank - Especialista em temas globais de agronegócio e
bioenergia
Roberto Rodrigues - Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação
Getulio Vargas e Professor do Departamento de Economia Rural da UNESP –
Jaboticabal.
11:15 as 13:00 - Perspectivas das Cadeias
Cadeia Cana – Luis Carlos Correa Carvalho, Diretor da Canaplan e
Presidente da ABAG.
Cadeia Soja e Milho – Ricardo Tomczyk, Vice presidente da Aprosoja.
Cadeia Algodão – Sérgio de Marco, Presidente da ABRAPA
Cadeia Carne - João de Almeida Sampaio Filho, Presidente do COSAG Conselho Superior do AgroNegócio da FIESP, Vice-Presidente da Associação
Comercial de São Paulo e Conselheiro da Sociedade Rural Brasileira
Dia 25/09
9h00h - 11:00h: Cotton Lounges – Case IH e Heringer
-ALGODÃO: PRODUTOR DEVE APOSTAR EM NOVAS TECNOLOGIAS PARA SEMENTES
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - A 18ª edição do Clube da Fibra, que está sendo
realizado no Conrad Punta del Este Resort & Casino, em Punta del Este, no
Uruguai, iniciou debatendo a importância das sementes na produção de
algodão. "Estamos investindo em novas tecnologias para sementes, que além
de aumentar a produtividade das lavouras, afeta menos o meio ambiente,
pois são utilizados menos agroquímicos", explica Ronaldo Pereira, diretor
comercial da FMC. Para ele, o cotonicultor precisa apostar em novos
produtos, investir em genética.
O presidente da Abrapa, Sérgio de Marco, tem uma opinião semelhante.
"As doenças de solo estão acontecendo no Brasil, já são uma realidade",
frisa. "Precisamos apostar em biotecnologia para sementes e em produtos
que possam corrigir estes problemas do solo nas áreas produtivas de
algodão do país", ressalta.
-ALGODÃO: PRÓXIMOS 40 ANOS SERÃO DE OPORTUNIDADES AO BRASIL
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - Para Marcos Sawaya Jank, especialista em temas globais
de agronegócio e bioenergia, os próximos 40 anos serão de grandes
oportunidades para a produção de alimentos, têxteis, bioenergia e
bioquímicos no país. A opinião foi dada durante o painel "O papel do
Brasil nas Cadeias Agrícolas Mundiais – Plataforma Agro +20, realizado
durante a 18ª edição do Clube da Fibra, que acontece em Punta del Este,
no Uruguai, até o dia 26 de setembro.
Até 2050, a população mundial deve saltar para 9 bilhões de pessoas,
ante as 6 bilhões atuais. "Teremos que alimentar, vestir e produzir
energia para estes indivíduos", comenta. "Porém, o crescimento da
produtividade no campo não está acompanhando o incremento populacional",
pondera. "Um exemplo disto é o rendimento médio das lavouras de algodão,
que está caindo desde 2008 no Brasil por uma série de fatores", completa.
"As duas principais regiões do globo, capazes de suprir esta demanda
por commodities, são o Brasil e o continente africano, que possuem 44%
das áreas agricultáveis sem restrições no mundo", explica. "Além disso, a
diferença é que o nosso país tem boa disponibilidade de água, ao
contrário da África", frisa. "E temos que aproveitar esta demanda até
2050, pois na segunda metade do século a população deve se estabilizar em
torno de 9 bilhões de pessoas", acrescenta.
* ALGODÃO: PRODUÇÃO DO BRASIL PODE FICAR EM 1,8 MI DE T EM 2011/12 ABRAPA
* ALGODÃO: PARA ABRAPA, DEVE FALTAR 100 MIL T NA ENTRESSAFRA NACIONAL
* ALGODÃO: ABRAPA ESTIMA ÁREA DO BRASIL EM 950 MIL HECTARES PARA 2012/13
* ALGODÃO: OFERTA SERÁ MENOR QUE DEMANDA EM 2012/13 - ABRAPA
* ALGODÃO: QUEM PLANTAR PODE GANHAR DINHEIRO EM 2013, DIZ PRESIDENTE DA
ABRAPA
* ALGODÃO: PREÇO MÍNIMO PODE MELHORAR NO ANO QUE VEM
SAFRAS (24) - A seguir mais informações.
-ALGODÃO: QUEM PLANTAR PODE GANHAR DINHEIRO EM 2013, DIZ ABRAPA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - Uma série de fatores pode favorecer o produtor que
plantar algodão na safra 2012/13. A opinião é do presidente da Abrapa
(Associação Brasileira dos Produtores de Algodão), Sérgio de Marco, que
palestrou há pouco durante a 18ª edição do Clube da Fibra, que acontece
em Punta del Este, no Uruguai, até o dia 26 de setembro. "Quem plantar
pode ganhar dinheiro em 2013", aposta.
Um dos motivos é que a produção na safra 2011/12 deve ser um pouco
inferior ao que prevê a Conab - 1,884 milhão de toneladas -, sendo
estimada pela Abrapa e pela Câmara Setorial do Algodão em 1,87 milhão de
toneladas de pluma. "Mas pode ser menor, em torno de 1,8 milhão de
toneladas", acredita.
Para o presidente, com as exportações na temporada 2011/12 estimadas
em 1 milhão de toneladas e consumo da indústria têxtil de 900 mil
toneladas, devem faltar 100 mil toneladas na entressafra. "De janeiro a
abril do ano que vem o mercado pode sentir este déficit, que é favorável
ao preço da pluma", projeta.
Segundo estimativa de setembro da Abrapa, a área a ser plantada com
algodão em 2012/13 no Brasil deve ficar próxima a 950 mil hectares. "Mas
acho que o produtor pode acabar plantando um pouco mais, caso a cotação
da pluma esteja mais favorável na hora da decisão de semear", acrescenta.
Com exceção do Paraná, que conta com um projeto de recuperação da
cultura, todos os estados produtores do país deverão reduzir a área em
torno de 30% na safra 2012/13, "Neste contexto, teremos oferta menor que
a demanda, que é outro fator de suporte às cotações", destaca.
Conforme o diretor comercial da FMC, Ronaldo Pereira, esta redução
na área nacional é um ajuste em função dos preços favoráveis da soja e do
milho. "Mas o mais importante é que as principais culturas estão
remunerando o produtor. Tanto é que o preço do algodão é favorável na
comparação histórica. O problema é a atual rentabilidade da soja",
ressalta.
O último fator que pode favorecer o produtor de algodão é a elevação
do preço mínimo no ano que vem, atualmente em R$ 44,60 por arroba estagnado há sete anos. "É abaixo do custo de produção, estimado em R$ 50
por arroba. Por isto, estamos pedindo R$ 52 por arroba", comenta Sérgio
de Marco. "O Ministério da Agricultura já deu o sinal verde. Falta agora
o Ministério da Fazenda", completa.
-AÇÚCAR: BRASIL PRECISA AUMENTAR PRODUÇÃO EM 50% ATÉ 2016 - CLUBE DA
FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - A produção de açúcar no Brasil necessita incrementar
em 50% até 2016, em virtude da grande demanda mundial pelo produto. A
afirmação é do presidente da ABAG e diretor da Canaplan, Luis Carlos
Correa Carvalho, que palestrou há pouco durante o painel "Perspectivas
das Cadeias", realizado no Clube da Fibra, que acontece em Punta del
Este, no Uruguai. "O Brasil vai precisar aumentar muito a produção nos
próximos anos, já que a perspectiva é de déficit mundial do produto de
2014 a 2024, e o país deve ocupar esta lacuna", pondera.
Porém, há vários limitadores da produção nacional de cana-de-açúcar,
como a legislação ambiental. "Além disso, o país tem de investir em novas
variedades, na mecanização da produção e da colheita, na irrigação das
lavouras e no controle de pragas e ervas daninhas", acrescenta Carvalho.
Outro fator que preocupa o setor sucroalcooleiro é a estagnação na
produção de etanol, que está em torno de 86 bilhões de litros ao ano de
2010 a 2012. "Depende basicamente de políticas públicas", lamenta o
presidente. "Há ainda o problema da gasolina, que tem o preço congelado
desde 2006 por questões políticas, limitando o mercado e a expansão de
etanol no país", frisa.
O presidente lembra que as principais commodities, como soja e
milho, acompanham o preço mundial do petróleo. "Somente no açúcar isto
não ocorre, o que está errado", destaca.
-CARNES: BRASIL TEM DE ACESSAR MERCADOS QUE PAGAM MAIS - CLUBE DA FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - O Brasil tem que parar de apostar em quantidade de
exportações de carnes e investir em qualidade. A opinião é de João de
Almeida Sampaio Filho, presidente do COSAG - Conselho Superior do
Agronegócio da FIESP, vice-presidente da Associação Comercial de São
Paulo e Conselheiro da Sociedade Rural Brasileira, que palestrou há pouco
durante o painel "Perspectivas das Cadeias", realizado no Clube da Fibra,
que acontece em Punta del Este, no Uruguai. "Precisamos acessar mercados
que pagam mais", frisa.
Sampaio Filho cita como exemplo o Japão, que satisfaz grande parte
de sua demanda por carne suína com o produto norte-americano. "Fica
difícil competir em quantidade com os Estados Unidos, mas há um nicho
japonês de 150 mil toneladas por cortes suínos nobres que o Brasil teria
condições de ocupar", exemplifica. "Temos que produzir o que o importador
necessita", frisa.
Para que isto ocorra, o presidente do COSAG acha que uma saída seria
investir na homogeneidade da carne. "É importante termos um selo, como
Nossa Marca Brasil, que agregaria valor ao produto", acredita. "Temos uma
produção natural, um processo sustentável, mão de obra qualificada, grãos
para ração com garantia de origem e sol em abundância", enumera,
acrescentando que o produto precisa ter qualidade durante todo o ano.
-SOJA: BRASIL DEVE PRODUZIR MAIS DE 80 MILHÓES DE T EM 2012/13 - CLUBE DA
FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - O Brasil deve superar a marca de 80 milhões de
toneladas na temporada 2012/13. A estimativa é de Ricardo Tomczyk, vicepresidente da Aprosoja, que palestrou há pouco durante o painel
"Perspectivas das Cadeias", realizado no Clube da Fibra, que acontece em
Punta del Este, no Uruguai. "Com a seca nos Estados Unidos, podemos
ultrapassar a produção daquele país pela primeira vez na história",
lembra, salientando que o clima no Brasil precisa ajudar e a ferrugem
asiática tem de ser controlada.
A Aprosoja espera um aumento de 10% na área brasileira a ser
cultivada com soja em 2012/13. "A produtividade deve crescer 9,3% e a
produção, consequentemente, 20%", pondera Tomczyk. Enquanto o custo de
produção total está estável no país, girando em torno de US$ 1.000 em
média, a rentabilidade vem crescendo, devendo atingir R$ 721 por hectare
em 2012/13, ante R$ 625 em 2011/12.
O volume de soja em grão que pode ser exportado na temporada 2012/13
foi projetado em 39 milhões de toneladas pela Aprosoja, sendo que a China
deve ficar com 67% do total. Mas há fatores que preocupam, como a nova
lei para os caminhoneiros, que ameaça o escoamento da produção. "Nossa
logística, que já é precária, pode piorar", lamenta o vice presidente,
acrescentando que o armazenamento é outro calcanhar de Aquiles do setor.
-MILHO: BRASIL PODE EXPORTAR 15 MILHÓES DE T EM 2012/13 - CLUBE DA FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (24) - O Brasil pode exportar 15 milhões de toneladas de
milho na temporada 2012/13. A projeção é do vice-presidente da Aprosoja,
Ricardo Tomczyk, que palestrou há pouco durante o painel "Perspectivas
das Cadeias", realizado no Clube da Fibra, que acontece em Punta del
Este, no Uruguai. A perspectiva é de preço favorável ao produtor, já que
os estoques mundiais estão bastante apertados, suficientes para apenas 53
dias de consumo", explica, acrescentando que a seca nos Estados Unidos
também atua como fator de suporte ao cereal.
Para Tomczyk, a crise na produção de carne, afetada pelo preço
elevado do milho para ração, deve ser tratada com urgência. Uma das
saídas seria a desoneração do setor e o subsídio do frete. "Mas não pode
haver restrição às vendas do cereal no exterior, o que prejudicaria
demais os exportadores", completa.
* ALGODÃO: MS DEVE TER QUEBRA DE 40% NA ÁREA EM 2012/13 - CLUBE DA FIBRA
* ALGODÃO: SOJA DEVE OCUPAR ÁREAS DA PLUMA EM MS
* ALGODÃO: PREÇO MÍNIMO MELHOR PODERIA GARANTIR ÁREA EM MS
* ALGODÃO: PREÇO ATUAL NÃO COBRE CUSTO DE PRODUÇÃO EM MS
-ALGODÃO: MS DEVE TER QUEBRA DE 40% NA ÁREA EM 2012/13 - CLUBE DA FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (25) - O estado do Mato Grosso do Sul deve experimentar uma
quebra de 40% na área a ser plantada com algodão na temporada 2012/13,
perdendo espaço para commodities mais rentáveis, como a soja. A previsão
é do produtor Darci Boff, de Chapadão do Sul, que concedeu há pouco
entrevista à Agência SAFRAS, durante o Clube da Fibra, que acontece em
Punta del Este, no Uruguai.
Boff - que é presidente da Ampasul (Associação Sul Mato-grossense
dos Produtores de Algodão) e planta algodão há 17 anos - vai reduzir a
área pela primeira vez nos últimos 10 anos. "No meu caso, parte da área
tradicionalmente semeada com a fibra vai para a soja", destaca. Em
2011/12, o produtor plantou 1.500 hectares com algodão. Para 2012/13,
espera reduzir para 1.100 hectares. No caso da soja, deve subir de 3.000
hectares em 2011/12 para 3.400 na próxima temporada. No estado, há pouca
segunda safra de algodão. "A grande maioria é primeira safra mesmo",
frisa.
Na temporada 2011/12, o produtor fez uma experiência plantando 200
hectares com algodão transgênico em sua propriedade. "Mas não vou repetir
neste ano, pois o resultado ficou aquém do esperado", relata o
entrevistado. Segundo ele, a produtividade foi semelhante ao
convencional.
O produtor espera um aumento de 10% a 15% no custo de produção na
safra 2012/13. "Quase todos os insumos já estão comprados", destaca. Em
relação à comercialização antecipada, entretanto, a situação é bastante
diferente. "Eu não vendi nada da temporada 2012/13 ainda", lamenta. Da
temporada 2011/12, 60% da safra do produtor foi comercializada até agora.
Se o preço mínimo do algodão - atualmente em R$ 44,60 por arroba fosse elevado pelo Governo Federal, Darci Boff acredita que a área nem
diminuiria no estado. "Sem dúvida seria uma garantia ao produtor",
ressalta, acrescentado que a realizações de leilões sempre que a cotação
fica abaixo do preço mínimo é essencial. Para todo o Mato Grosso, o
entrevistado prevê uma área de 37 mil hectares, ante 62 mil na safra
2011/12. "Pelo menos, esperamos uma normalidade climática para o ano que
vem", completa.
-AGRONEGÓCIO: SETOR PODE EXPORTAR US$ 200 BI EM 2020 - CLUBE DA FIBRA
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (25) - Para o professor da USP (Universidade de São Paulo),
Marcos Fava Neves, o agronegócio brasileiro tem condições de exportar US$
200 bilhões em 2020. "Mas precisamos encontrar novos nichos de mercado, com
maior valor agregado, para que isto ocorra", destacou há pouco durante o
Clube da Fibra, que acontece em Punta del Este, no Uruguai. Atualmente, o
agronegócio exporta cerca de US$ 100 bilhões ao ano.
Neves lembra que, se não fosse o setor agropecuário, a balança
comercial brasileira estaria uma catástrofe. "Mesmo com o agronegócio, deve
ficar negativa já em 2015 em cerca de US$ 2 bilhões", prevê. "E sem o
agronegócio, seria negativa em mais de US$ 100 bilhões", lembra.
No acumulado do ano, o saldo positivo da balança comercial chega a US$
15,298 bilhões, com o resultado médio diário de US$ 83,1 milhões. No mesmo
período de 2011, o superávit foi de US$ 22,519 bilhões, com média diária de
US$ 125,8 milhões - mostrando que realmente vem caindo. Pela média, houve
queda de 33,9% no comparativo entre os dois períodos. Em 2011, o saldo
comercial atingiu US$ 29,8 bilhões.
Em relação às exportações de algodão, o professor acredita que a atual
média do dólar, em torno de R$ 2,05, serve de alento ao produtor, pois torna
a pluma brasileira mais atrativa no mercado internacional. "Mas precisamos
ficar atentos aos programas de apoio à produção nos Estados Unidos, que
acabam prejudicando a competitividade do mercado global", completa.
-ALGODÃO: SETOR PRECISA REDUZIR CUSTO DE PRODUÇÃO PARA SEGUIR COMPETITIVO
Por Rodrigo Ramos, de Punta del Este
SAFRAS (25) - O setor precisa reduzir os custos de produção das
lavouras de algodão se quiser seguir competitivo. A afirmação é do professor
da USP (Universidade de São Paulo), Marcos Fava Neves, que palestrou há
pouco na 18a edição do Clube da Fibra, que acontece em Punta del Este, no
Uruguai. "Somente assim poderemos enfrentar períodos não tão bons para o
agronegócio em geral", acredita, ressaltando que o bom momento atual pode
não persistir em 2013.
Para Neves, deve haver cada vez mais investimentos em pesquisa, em
busca de novas variedades e produtos que auxiliem o produtor a reduzir
custos. "A cultura do algodão é uma das mais suscetíveis a crises
econômicas, ao contrário das commodities alimentícias e das proteínas, pois
a população tem sempre que se alimentar, mas comprar vestuário fica em
segundo plano", explica, acrescentando que por isto precisa ser competitiva.
O aumento do preço mínimo da pluma também foi solicitado por grande
parte dos participantes do Clube da Fibra, atualmente em R$ 44,60 por arroba
e insuficiente para cobrir o custo de produção. "O produtor também precisa
estar atento às variações do consumo mundial, que no momento está estável, e
no comportamento flutuante da demanda na Índia", finaliza Neves.

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