Constante aposta na formação - Jornal Bombeiros de Portugal
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Constante aposta na formação - Jornal Bombeiros de Portugal
IRS DOS BOMBEIROS LEVA LIGA ÀS FINANÇAS União salva vidas Página 5 Página 19 ESTORIL Fevereiro de 2013 E dição : 317 A no : XXX 1,25€ D irector : R ui R ama da S ilva Constante aposta na formação AVEIRO-VELHOS Página 22 2 FEVEREIRO 2013 ESTORIL O Gerir com razão e coração E sse é o segredo de tantos nós e, permitam-me, esse também é o meu testemunho, enquanto dirigente, passadas mais de duas décadas de gestão da associação que me acolheu aos 14 anos e que me incutiu os princípios e o orgulho de envergar a farda de bombeiro. Associar o coração à razão é o segredo que permite a muitos enquadrar e buscar as muitas soluções para ultrapassar as muitas dificuldades que avassalam as nossas associações de bombeiros. Razão e coração, à partida, até parecerão posturas e lógicas antagónicas mas a prática tem provado precisamente o contrário, ou seja, a complementaridade, o equilíbrio mútuo e a força anímica fundamental. Sem um e o outro, razão e coração, dificilmente conseguiríamos vencer muitas etapas, ultrapassar muitas desilusões e muitos obstáculos cuja oportunidade e resistência, noutras circunstâncias, facilmente nos vergariam. Sem um e outro dificilmente conseguiríamos ultrapassar as nossas próprias limitações, independentemente do seu teor, mas também optimizar as nossas capacidades. Sem um e outro não seria fácil vencer as nossas dúvidas e receios ou, com tenacidade e humildade, aprender a conviver com os insucessos mas também com os sucessos. Para tudo isso, acredito, a razão e o coração tem ajudado a alcançar as respostas e as soluções possíveis e necessárias para que o dia a dia das nossas associações e a sua missão principal de assegurar o socorro tenha continuidade. Uma qualquer colectividade cultural ou desportiva quando surge a crise limita-se a só abrir as portas quando pode e a desenvolver actividades quando consegue. Quando isso ocorre, naturalmente, todos lamentam mas não vem mal especial ao mundo quando acontece. As associações de bombeiros, contudo, existem para ter as portas abertas e não podem funcionar como as ou- tras instituições. A sua função obriga precisamente a isso. Com o início de mais um ano, com a elaboração de novos orçamentos e na apreciação das contas do ano transacto tiram-se muitas conclusões. Com a análise claramente ditada pela razão muitos nem acreditarão terem conseguido vencer e aqui chegar, tais e tão desmesuradas foram as dificuldades a vencer. Mas o coração saberá explicar a gana, a determinação que, tantas vezes, terão conseguido agigantar a nossa resistência e a capacidade de resposta para tal. Em novo ano teremos as mesmas e, porventura, novas dificuldades. E, aparte a experiência acumulada anteriormente na sua abordagem, poderão também surgir outros obstáculos. Aquele com que mais dificilmente conseguimos conviver é sem dúvida o alheamento ou a indiferença, da própria comunidade, de alguns grupos ou de entidades cuja responsabilidade exigiria outra postura. Essa forma de solidão, com que tantas vezes convivemos, interpretada à luz da razão facilmente nos levaria a “entregar as chaves”. Mas é à luz do coração que o nosso pensamento se altera e recupera a força e a vontade. Acreditar naquilo que fazemos é o primeiro passo. O segundo passa naturalmente por quem nos acompanha, ou seja, pelas tropas que temos, ou não temos. Tudo aquilo em que acreditamos faz a diferença se associado também, à força dos que estão a torcer atrás de nós, que partilham ou com quem dividimos o mesmo esforço. A começar muito especialmente pelos bombeiros. O socorro, acima de tudo, é a nossa razão de ser. Passem as vaidades, o cerimonial ou os projectos individuais. Por isso, há uns que passam por aqui e outros continuam a resistir a arrepio das dificuldades. Podemos não ser melhores que os outros mas somos, sem dúvida, diferentes. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia [email protected] corpo de bombeiros dos Voluntários do Estoril perdeu recentemente o seu comandante do Quadro de Honra (QH) e uma das figuras incontornáveis da história daquela instituição e do conjunto dos bombeiros voluntários do concelho de Cascais, Francisco dos Santos Felício. O comandante Felício, já octogenário, não deixava de ser presença diária no quartel, onde foi acolhido como cadete em 1947 e promovido a aspirante em 48.E foi ascendendo sucessivamente, a bombeiro de 3.ª (1954), a 2.ª (1958), a 1.ª (1959) e a subchefe em Abril 1975. Em Novembro desse ano foi nomeado adjunto de comando. Assumiu o cargo de segundo – comandante em 1980 e o de comandante em 83. Em 1997, o comandante Felício pediu a passagem ao QH. BARCELINHOS A natal ou zarpar para outras paragens à procura de sustento… de uma vida. Mesmo com todas as dificuldades, as associações humanitárias e corpos de bombeiros vão tentando contrariar a crise, dando emprego a muitos homens e mulheres, apenas aos indispensáveis, bem menos do que seria realmente necessário. Nesta ordem de ideias importa talvez relembrar que os voluntários ainda asseguram o funcionamento de quartéis, nomeadamente à noite e aos fins de semana. Poderá o nosso país, o seu povo, suportar o deficit de voluntariado? Será que este território tem um “plano b” para mitigar os efeitos do êxodo de portugueses abnegados, prontos a dar vida pelos outros, determinados a proteger e a salvar pessoas? Sofia Ribeiro Associação mais pobre Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Barcelinhos comunicou-nos o falecimento do seu subchefe do Quadro de Honra (QH) Henrique Correia da Silva Santos. A propósito, os Voluntários de Barcelinhos sublinham que o extinto, desde o seu alistamento naquele corpo de bombeiros em 1971 até novembro último, data da sua passagem ao QH, “prestou sempre serviço efetivo na situação de atividade no quadro”, constituindo um exemplo pela sua dedicação. O subchefe Henrique Santos ingressou nos Bombeiros de Barcelinhos como aspirante em 1971 tendo sido promovido a bombeiro de 3.ª em fevereiro de 1972, a 2.ª em 1980 e a bombeiro de 1.ª em 86. Era detentor do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses bem como das medalhas de assiduidade da mesma confederação relativas a 15 e 30 anos de serviço. Era igualmente detentor da fita dos 5 anos e das medalhas de assiduidade da sua associação dos 10, 20, 30 e 40 anos. Emigração retira voluntários dos quartéis N P ortugal, durante décadas, assumiu-se como um país de emigrantes, mais, recentemente, acolheu muitos imigrantes e, agora, mercê de uma crise difícil de enfrentar, volta a enviar para fora das suas fronteiras muitos homens e mulheres das mais diferentes faixas etárias, condição social e formação académica. Emigrar nos tempos que correm deixou de ser uma alternativa e já é a única opção para milhares de portugueses. O fenómeno é transversal e, assim sendo, também se começa a fazer sentir nos quartéis dos bombeiros de Portugal que nos últimos meses viram partir muitos dos seus voluntários, operacionais válidos, cumpridores, devidamente preparados, que tanta falta fazem no socorro e proteção das populações. Comandos e direções de Norte a Sul do país analisam com preocupação esta situação que, em algumas associações, já está a criar constrangimentos. Em Braga, Vila Viçosa, Pinhal Novo e até em Lisboa a emigração está causar perdas que, se creem, irrecuperáveis. Num destes dias, um comandante de um corpo de bombeiros do distrito de Setúbal dava conta da saída do seu quartel de uma dezena de voluntários, em apenas poucas semanas, lamentando que a conjuntura não permita “segurar” estes operacionais, dar-lhes a oportunidade de escolher entre ficar na terra Adeus ao comandante Felício Boas notícias! o dia 18 de Fevereiro foi publicada no Diário da República a Portaria nº 76/2013, que “Estabelece os termos e condições do Novo Programa Permanente de Cooperação”, instrumento previsto na alínea a) do artigo 31º da Lei nº 32/2007 de 14 de Agosto, que define o regime jurídico das associações humanitárias de bombeiros (AHB). Tal como se diz no preâmbulo deste diploma, ele resulta do “consenso entre o Estado e os parceiros do sector no sentido do mútuo reconhecimento da necessidade de rever o modelo de financiamento da actividade dos corpos de bombeiros”. É de elementar justiça reconhecer que o modelo de apoio financeiro à AHB agora aprovado melhora, substancialmente, o anterior. Para além da actualização dos valores recebidos pelo conjunto das associações, destaca-se a racionalidade da fórmula utilizada para o efeito, facto que se saúda. Para se chegar até à versão agora em vigor, foi preciso muito labor técnico e vontade politica. Labor técnico da parte da Direcção Nacional de Bombei- ros da ANPC e da equipa que em representação da Liga participou na construção deste diploma. Vontade política do Ministro da Administração Interna e do Secretário de Estado do mesmo ministério, que viabilizaram as soluções agora consagradas em lei. Faço esta referência elogiosa porque em outras ocasiões critiquei a falta de decisões para responder aos problemas das estruturas de bombeiros, num contexto de enormes dificuldades e restrições. Não tenho uma lógica de terra queimada nem gosto de utilizar os Bombeiros para outros fins que não sejam a defesa dos seus interesses. Os valores investidos pelo Estado nas AHB têm um retorno garantido. A título de exemplo, cabe destacar os muitos indicadores recolhidos através do Recenseamento Nacional os Bombeiros Portugueses (RNBP), administrado pela ANPC. Diz-nos este importante instrumento de análise e estudo da realidade do sector de Bombeiros que, em 2012, os 28.541 elementos inseridos no quadro activo dos 413 corpos de bombeiros voluntários do Continente, prestaram um total de quase 15 milhões de horas de serviço operacional comprovado. Este número representa uma média superior a 520/horas/ bombeiro/ano de serviço operacional voluntário. Outros dados são susceptíveis de serem avançados em defesa da tese aqui exposta, aproveitando o rico manancial de informação que o RNBP hoje disponibiliza. Oxalá que o tradicional secretismo que tem afastado a reflexão técnica e cientifica do sector de Bombeiros, não impeça que se tire todas as conclusões possíveis que este precioso instrumento de gestão e acção politica responsável permite. Se assim acontecer ganha toda a gente e, sobretudo, ganham os portugueses que são os principais destinatários de um Sistema de Protecção e Socorro, racional e qualificado, tendo por principais agentes os Bombeiros. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia 3 FEVEREIRO 2013 C Um debate com substância om a ocorrência de crises a tendência natural é para que os horizontes tendam a estreitar-se. Então, renascem as descrenças, crescem as dúvidas, e as metas e perspetivas de futuro tendem a diminuir. Assistimos, inclusive, ao fenómeno, também recorrente, da cristalização defensiva das posturas e dos procedimentos. A meu ver, ao contrário, os tempos de hoje são de alargar horizontes, mesmo se contra a opinião e até a vontade de muitos. Cabe-nos por cobro a redutores desafios de sobrevivência e apostar na vontade expressa e reiterada de relançamento para uma nova etapa, um novo paradigma, tão forte e sentido como foram os momentos vividos pelos fundadores na criação das nossas associações, muitas há mais de um século. Com a mesma convicção, frontalidade e honestidade intelectual que no passado e no presente sempre animaram as associações e corpos de bombeiros e animarão, no futuro, como objetivo principal e ancestral de socorro a todos. Todos, enquanto cidadãos, munícipes, fregueses, estamos chamados a participar e a pronunciarmo-nos sobre o futuro da nossa sociedade. Haverá questões que, porventura, não estarão tão perto do nosso sentir, mas haverá outras em que a nossa participação e decisão serão fundamentais. A única dúvida é saber se a mudança se faz connosco ou sem nós e, por extensão, com ou sem as instituições que representamos. Quando falamos das associações de bombeiros não fala- mos de vontades particulares ou individuais. Falamos da soma delas. Falamos de algo muito próprio, muito específico que inequivocamente nasceu da vontade popular, sem artifícios de qualquer monta, com a certeza da missão, fruto da vontade e da decisão das bases. Alguma mudança, alguma opção nesse domínio, naturalmente, terá que ter em conta os mesmos percursos e as mesmas sedes. Bem podem os governos e o Estado querer, por si, ditar regras, definir limites ou impor exigências. No culminar desse processo, se o fizerem contra a vontade, dos ricos e pobres, dos mais simples, até dos menos letrados, ou dos mais académicos e doutorados, no final, estarão em confronto com os que, aparte as diferenças, tiveram sempre em comum a vontade de criar e desenvolver as suas associações de bombeiros. No limite, não ter nada disso em conta, corresponderia ao apropriar de bens e valores alheios e ao condenável uso e valia dos mesmos. Mas acredito e aposto noutro caminho. Cooperar com o Estado e com as autarquias, por isso, e como temos defendido, deve passar por regras claras e, desde logo, pelo respeito mútuo. Importa fazer valer a respetiva quota-parte e respeitar as dos restantes parceiros. Dentro dos conceitos do Estado, devem – o Poder Central, Poder Local e Associações – assumir parcerias sólidas e objetivas, com opções realistas, que permitam a concretização dos legítimos anseios e necessidades das nossas comunidades, mas só na exata medida em que cada um estiver ciente do seu papel, da sua responsabilidade e do respeito, de todos por todos. Nos tempos que correm, na presente crise que teima em querer estreitar os horizontes, esta parceria tem que ter a vontade, a arte e o engenho para precisamente fazer o contrário, ou seja, alargar e sedimentar os horizontes. Mais do que meras intenções ou piedosas manifestações de boa vontade, importa ações que façam crescer e fortalecer a parceria tripartida. Estamos nesse caminho e o destino final dele está dependente do quanto apostarmos nessa via. Desde logo, demonstrado num debate com substância. Temos uma memória coleti- va a preservar, a respeitar e a fazer respeitar. E é precisamente em nome dela que devemos estar abertos e disponíveis à mudança. Mas há momentos em que aquilo que antes parecia óbvio e assumido tenha que ser de novo repetido num exercício de memória e reavivamento. Será bom relembrar que as associações, longe de surgirem espontaneamente, nasceram da vontade dos cidadãos e das suas comunidades e que qualquer processo de mudança, para ganhar consistência e oportunidade, acima de tudo deve ter isso em conta. 4 FEVEREIRO 2013 DIRETOR NACIONAL DE RECURSOS DE PROTEÇÃO CIVIL VEIO DA GNR hama-se José Carlos dos Santos Teixeira, é coronel de Administração Militar, e já tomou posse como Diretor Nacional de Recursos de Proteção Civil da ANPC. O militar, escolha pessoal do presidente da ANPC, Manuel Couto, desempenhava até aqui funções de inspetor-adjunto da GNR. O coronel José Carlos Teixeira é licenciado em sociologia e conta ainda com os cursos de Promoção a Capitão da Escola Prática de Administração Militar e o Curso de Promoção a Oficial Superior do Instituto de Altos Estudos Militares. Prestou serviço em diversas unidades e estabelecimentos da GNR, nomeadamente no Comando Geral, nos Serviços Sociais, no Regimento de Infantaria, na Brigada Territorial N.º 2 e no Comando de Administração de Recursos Internos, e da sua folha de serviço constam vários louvores e medalhas. José Carlos Teixeira substitui no cargo José Gamito Carrilho que na hora da saída enviou aos colaboradores mais próximos uma carta de despedida à qual o jornal Bombeiros de Portugal (BP) teve acesso. Na missiva, enviada por correio electrónico, Gamito Carrilho faz um balanço exaustivo e pormenorizado do seu trabalho na ANPC e lamenta que tenha sido informado da substituição “sem que lhe tenha sido apresentada” qualquer explicação. Ainda relativamente à equipa de diretores nacionais da ANPC, o BP sabe que o novo Diretor Nacional de Bombeiros só será anunciado e nomeado quando for conhecido o futuro presidente da Escola Nacional de Bombeiros (ENB), isto porque Susana Silva, sabe-se já, vai sair da ANPC para assumir um dos lugares na próxima equipa diretiva da ENB, deixando a equipa da Autoridade. José Oliveira, Diretor de Planeamento, continua em Foto: Marques Valentim C ANPC continua a arrumar a casa funções. A Autoridade Nacional de Proteção Civil aguarda a todo o momento uma nova Lei Orgânica. A proposta da ANPC está no gabinete do secretário de Estado da Administração Interna a ser ultimada. Filipe Lobo D’Ávila referiu em declarações ao BP que a ideia é aprovar o documento até ao final do mês. Patrícia Cerdeira PAREDES AVEIRO Maior base logística do país recebe CONAC Homenagem a António Machado O recém-nomeado comandante operacional nacional da Autoridade Nacional Protecção Civil (ANPC), José Manuel Moura, visitou o quartel dos Bombeiros Voluntários de Paredes. A visita, que contou também com a presença de outros elementos do comando e da direcção da ANPC, permitiu a José Manuel Moura observar in loco as condições da única base de apoio logístico do distrito do Porto. Recorde-se que existe uma base de apoio logístico por distrito e que no Porto essa base está sediada no quartel dos Bombeiros de Paredes. Sobretudo na altura do Verão, este quartel fica preparado para acolher 150 bombeiros em trân- sito para as localidades onde é necessário um reforço de meios para combate aos fogos florestais. Verdadeiro Olhar/ Roberto Bessa Moreira BARREIRO A Nova CODIS visita Sul e Sueste nova Comandante Distrital de Operações de Socorro de Setúbal, Patrícia Gaspar, visitou no passado dia 14 de fevereiro os Voluntários do Sul e Sueste – Barreiro, tendo a oportunidade de conhecer as valências do quartel e as características dos veículos, bem como constatar o grau de operacionalidade do corpo de bombeiros (CB). Na ocasião, foi apresentada uma resenha histórica da centenária associação, bem como uma versão preliminar do relatório de atividades de 2012, o que permitiu dar a conhecer os últimos dados estatísticos em termos de intervenções do Corpo de Bombeiros em matéria de proteção e socorro, bem como em termos da formação ministrada durante o ano. Foi ainda apresentado o plano de atividades para o corrente ano, no qual se vincaram as iniciativas conducentes ao crescimento e à consolidação do quadro ativo do Corpo de Bombeiros, para além da forte aposta na formação. A direção e o comando sensibilizaram a CODIS para as questões relacionadas com a sustentabilidade operacional e financeira, com particular enfoque na premente necessidade de criar no Corpo de Bombeiros uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), a financiar em partes iguais pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pela Câmara Municipal do Barreiro, na necessidade de evoluir de Posto de Reserva (PR) para Posto de O ex-comandante distrital de socorro de Aveiro, António Machado, foi alvo de uma homenagem promovida pela Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, onde estiveram presentes cerca de duas centenas de pessoas. O secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D´Ávila, também esteve presente e considerou que o comandante Machado “ é uma referência da proteção civil de Aveiro e do país”, razão pela qual “não podia deixar de vir”. António Machado, antigo comandante de bombeiros, muitos anos comandante distrital da ANPC até outubro último por imperativo da aposentação, encontrava-se rodeado dos dois filhos, João e Diogo Machado. A homenagem, além do próprio presidente da Federação de Aveiro, comandante Gomes da Costa, e de outros dirigentes e elementos de comando de associações e corpos de bombeiros, contou ainda com a presença do presidente da mesa dos congressos da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Duarte Caldeira, e do vogal do conselho executivo, comandante José Luís Morais, do presidente da Câmara Municipal de Aveiro, do antigo presidente e atual presidente da assembleia-geral dos Bombeiros Aveiro- -Velhos, o comandante distrital António Ribeiro, o coronel Carrasset, em representação dos bombeiros franceses e, também, muitos outros amigos do homenageado. ESMORIZ Emergência Médica (PEM) do INEM, para o que o CB cumpre integralmente e de forma consistente os requisitos estabelecidos, e na urgência em rever as bases de cálculo do Programa Permanente de Cooperação (PPC), que vigoram há vários anos, “não correspondendo de modo algum à realidade vigente do CB e constituindo um grave constrangimento à capacidade de investimento e manutenção dos equipamentos operacionais, quer a nível de viaturas de socorro, quer a nível de equipamento de proteção individual para os bombeiros”, segundo sublinha fonte da associação. U Reconhecimento na hora da despedida ma comum reunião de trabalho transformou-se num momento de partilha e de afeto, em jeito de homenagem ao comandante António Machado, já depois de ter abandonado as funções de Comandante Operacional Distrital de Aveiro. Este tributo que aconteceu em S. João da Madeira, com o apoio do presidente da câmara local, foi mais um pretexto para uma animada troca de impressões e de experiências mas também para balanços. Os comandantes do distrito aproveitaram a ocasião para oferecer ao homenageado um retrato do CODIS emoldurado com emblemas de todas as associações do distrito. 5 FEVEREIRO 2013 ISENÇÃO FISCAL PARA ECIN Liga reuniu com Ministério das Finanças Em contagem decrescente para mais uma época especial de incêndios, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses acredita que o Governo será sensível aos seus argumentos e que isentará os bombeiros voluntários que integram as Equipas de Combate a Incêndios Florestais (ECIN) das contribuições de IRS. Jaime Marta Soares reuniu com a equipa das finanças e diz que sentiu “abertura” por parte do executivo para esta matéria. Texto: Patrícia Cerdeira Fotos: Marques Valentim O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses reuniu no passado dia 13 de fevereiro com o secretário de Estado da Finanças, reunião pedida pela Confederação com vista a garantir a isenção de IRS para todos os bombeiros voluntários que integram as ECIN. Falando aos jornalistas após a reunião com Paulo Núncio, Jaime Marta Soares disse ter notado que, “pela parte do Governo, há uma abertura muito grande às pro- postas apresentadas”. “Esta é uma questão de justiça e de incentivo ao voluntariado”, afirmou Jaime Marta Soares, depois do encontro de cerca de 40 minutos, que contou também com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’Avila. Os bombeiros vão fazer chegar ao Governo a documentação necessária e o presidente da LBP assegurou que saiu deste encontro “confiante”. Os membros da equipa de combate a incêndios (ECIN) que trabalham na época dos fogos florestais recebem cerca de 41 euros por dia, isentos de impostos e segurança social, enquanto os funcionários assalariados das corporações, quando vão para o terreno após a hora de serviço e em regime de voluntariado, veem o valor que recebem ser agregado ao salário e taxado. “Esta situação é inaceitável e injusta”, frisou o dirigente. Antes mesmo deste encontro, a Liga dos Bombeiros Portugueses já tinha enviado uma carta a Vítor Gaspar dando con- ta da atual realidade dos bombeiros que integram as ECIN. Na missiva, datada de sete de fevereiro, a Liga descreveu todo o enquadramento dos bombeiros que integram as ECIN sublinhado as diferenças entre os bombeiros voluntários e os assalariados. O Ministério das Finanças analisa agora todos os argumentos apresentados pela Confederação, aguardando a Liga uma resposta que possa clarificar, de uma vez por todas, a situação dos elementos das ECIN em matéria de tributação em sede de IRS. GOVERNO ADMITE VENDER KAMOV Definitivamente não está a correr da melhor forma o projeto do Governo para a gestão e operação dos meios aéreos do Estado. Numa altura em que a EMA (Empresa de Meios Aéreos) continua por extinguir, devido aos vários contratempos com que o executivo se tem confrontado, o Ministério da Administração Interna (MAI) continua sem resposta ao concurso lançado para a operação dos cinco helicópteros pesados Kamov. Ninguém quer o negócio e sobre esta matéria, fonte do MAI disse ao ‘BP’ que em última análise não restará outra alternativa que não a “venda das aeronaves. Esta semana, chegou entretanto ao fim o polémico concurso para a operação dos 25 helicópteros de combate a incêndios. A Everjets ganhou à Heliportugal sendo que o consórcio derrotado já disse que vai recorrer. Texto: Patrícia Cerdeira C hama-se Everjets foi criada recentemente e é a empresa vencedora do concurso lançado pelo Estado para a operação e manutenção de 25 helicópteros de combate aos fogos. Chega assim ao fim um longo e polémico processo adiado várias vezes por providências cautelares e muita contestação. A Everjets, sociedade de quatro empresas sedeada em Famalicão, venceu o concurso público de cinco anos ao corresponder a uma das principais exigências do caderno de encargos, o mais baixo custo. Para trás fica um consórcio de três históricas empresas do ramo liderado pela Heliportugal. Ao que o ‘BP’ apurou junto de fonte ligada a todo o processo, a Everjets (Aviação Executiva S.A.) vai pagar ao Estado português quase 40 milhões de euros, menos 1,4 milhões do que o valor apresentado pelo outro consórcio concorrente. A decisão já tinha sido tomada no final do ano passado mas os outros concorrentes deste concurso público recorreram à justiça alegando “falsificação de documentação” o que fez arrastar todo o processo. As acusações do consórcio liderado pela Heliportugal de que a Everjet terá falsificado partes dos manuais de voo das aeronaves apresentadas a concurso acabaram por não surtir o efeito pretendido, a anulação do concurso. Ciente de que os meios são precisos dentro de pouco tempo, a EMA não recorreu da decisão do tribunal evitando assim que o processo se arrastasse com prejuízos claros para a Foto: Arquivo Everjets venceu concurso dos 25 helicópteros operação deste ano em matéria de combate a fogos. Estes 25 helicópteros fazem parte de um lote mais vasto de 41 aeronaves, cujo concurso para a privatização da operação ainda decorre. Mais complexa parece ser a situação dos KAMOV. Depois do concurso público lançado pelo estado ter ficado vazio, o executivo pondera “em último recurso” a venda dos aparelhos. Entretanto a indefinição relativamente ao futuro da operação dos Kamov está a preocupar os responsáveis máximos da EMA, já que todo este cenário estará a provocar muita “inquietação” junto dos pilotos. Numa altura em que a Turquia adquiriu vários Kamov no mercado, fonte da EMA disse ao ‘BP’ que teme pela saída dos pilotos portugueses pois num mercado tão concorrencial a EMA “não terá capacidade de competir” com as propostas de ordenados feitas por países estrangeiros aos pilotos credenciados e especializados para pilotar este tipo de aparelhos. Heliportugal está em falência técnica A Heliportugal, concorrente derrotada no concurso público das 25 aeronaves, garante que está em situação de falência técnica. Desde 2010 que enfrenta em tribunal várias queixas por dívidas que ultrapassam já os dois milhões de euros. Uma delas é a uma empresa francesa que reclama mais de um milhão e 700 mil euros. A Heliportugal justifica a situação de incumprimento com o não pagamento pro parte do Estado português. Ao que apurámos, estão em causa 13 milhões de euros que ainda não foram pagos e que se referem às missões do último semestre de 2012. 6 FEVEREIRO 2013 Raridade recorda Salvadores Bombeiros Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista 1 884. Situemo-nos no tempo e no espaço. Desde o início da segunda metade do séc. XIX, Portugal vive uma importante dinâmica associativa, sob influência dos ideais franceses resultantes da Revolução de 1848. O conceito de associação – auxílio na proteção aos cidadãos – ganha raízes no seio da sociedade, vendo-se traduzido, de grosso modo, na fundação de associações de classe e de associações de socorros mútuos. Como se sabe, é neste contexto que despontam, também, as primeiras associações de bombeiros voluntários do país. Lisboa, já pródiga noutros domínios do associativismo, dá o exemplo. Em 18 de Outubro de 1868 surge a primeiríssima Companhia de Voluntários Bombeiros, mais tarde denominada por Associação dos Bombeiros Voluntários de Lisboa. Entretanto, e ainda na capital, verifica-se o aparecimento dos Salvadores Bombeiros do Grémio Humanitário de Portugal (SBGHP), aos quais pertenceu a raridade de capacete que apresentamos, propriedade da Liga dos Bombeiros Portugueses. A história dos SBGHP constitui algo de obscuro, conhecendo-se muito pouco da sua realidade. Em princípio, resultaram de uma cisão na então Real Associação Humanitária dos Bom- beiros Voluntários da Ajuda (fundada em 10 de Abril de 1880), corporação de onde transitaram, entre outros elementos, para a novel formação, como simples voluntários, Carlos Luís Lugrin (1.º comandante) e José Baptista Ribeiro (2.º comandante). Segundo consulta aos apontamentos manuscritos do comandante Amadeu César da Silva, à guarda do Núcleo de História e Património Museológico, intitulados “Subsídios para a História do Serviço de Incêndios de Lisboa – Parte II, 1868 a 1899”, os Salvadores Bombeiros tiveram curta existência, num período da história que ficou marcado pela “febre do voluntariado”, escreve aquele estudioso. A sua sede situava-se no número 33 da Rua Poço do Borratem, na baixa lisboeta, junto à Praça da Figueira. Tanto quanto conseguimos aprofundar, foram eleitos em assembleia geral reunida a 11 de Agosto de 1884, para os ór- gãos dirigentes, duas destacadas figuras da nata da sociedade: José Dias Ferreira, professor de Direito, jurisconsulto, político e maçom, mais tarde presidente do Conselho de Ministros; e Augusto Bobone, fotógrafo (das Casas Reais de Portugal e de Espanha) e pintor. Por sua vez, a entrega do comando recaiu na pessoa de França Neto, engenheiro civil de profissão. Da intervenção dos SBGHP, consta que estes nunca mereceram a simpatia do Corpo de Bombeiros Municipais de Lisboa (CBML), supostamente, devido a questões de estatuto que durante décadas rivalizaram voluntários e profissionais. Parece, até, que, por ocasião de um incêndio deflagrado na Rua dos Retroseiros, n.º 17, acorreram ao local, sendo, contudo, impedidos de actuar, debaixo de conturbado clima. De acordo com elementos dispersos, susceptíveis de uma interpretação que, talvez, não se distancie muito dos reais acontecimentos, em 1886, a corporação desvinculou-se do Grémio Humanitário de Portugal e deu lugar a outra: a Associação dos Salvadores Bombeiros Voluntários, sedeada na Rua das Portas de Santo Antão, 130 e 132, 1.º andar. Ao que tudo indica foi extinta no ano de 1888. Por ironia do destino, o seu material reverteu a favor dos Bombeiros Voluntários da Ajuda. Capacete histórico mas desvantajoso Sobre o capacete, oferece-nos referir que se trata de um modelo tipo francês, semelhante ao dos bombeiros da Metropolitan Fire Brigade, antecessora da London Fire Brigade, aprovado por Sir Eyre Massey Shaw (capitão), responsável pela introdução de várias inovações no serviço de incêndios do Reino Unido, com destaque para as célebres bombas a vapor e o uso do telégrafo na acti- vação do alarme às estações de Londres. Chegou a visitar Lisboa, assistindo a um exercício do CBML.” Em 1881, o jornal “O Bombeiro Portuguez” desaconselhava o uso do capacete de metal, dando conta das respectivas desvantagens: “(…) tem o inconveniente de ser muito mais pesado e o de deteriorar-se mais promptamente, accrescendo ainda a circumstancia de ser mais difficil a limpeza”. Não obstante estas recomendações, três anos mais tarde e como se constata, continuava a merecer preferência, designadamente, dos SBGHP. A finalizar, destaque-se o pormenor do distintivo, de inspiração maçónica, o qual traduz atitude de nobreza humana, na protecção do colectivo, aspecto este consagrado no brasão de armas que marca a nossa identidade nacional. Tal significado está ainda patente num coração aposto na extremidade do ornato em forma de crista, símbolo do amor altruísta e da fidelidade, característica que arriscamos considerar de todo invulgar, face a peças similares que conhecemos. Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia Site do NHPM da LBP: www.lbpmemoria.wix.com/ nucleomuseologico ALBUFEIRA LOUSÃ Campanha continua a dar frutos Liga de amigos apoia municipais A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albufeira (AHBVA) recebeu do Grupo Petchey Leisure, um cheque no valor de 5700 euros referente ao ano de 2012, resultante de uma campanha que consiste em adicionar 1 euro à conta de cada cliente, aquando do “check out”. Na sessão de entrega do cheque, os Voluntários de Albufeira agraciaram com um diploma os três hotéis da cadeia – Oura Praia Hotel, Clube Praia da Oura e Oura View Beach Club. Fonte da associação defende que esta ação que decorre desde 2007, gerando muitas receitas para o quartel de Albufeira, deveria ser seguida por outras entidades do concelho. A recém-criada Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã (LABL) deu importante incremento à já tradicional recolha de brinquedos e roupas promovida, na quadra natalícia, pelo Corpo de Bombeiros Municipais da Lousã. Os contributos de cidadãos de várias regiões do distrito de Coimbra, permitiu apoiar as atividades de apoio social de várias instituições, nomeadamente da Casa do Gaiato (Miranda do Corvo), da Quinta D. Pedro V (Vila Nova de Poiares), da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (Mi- randa do Corvo) e ainda da Junta de Freguesia de Vilarinho Em jeito de balanço, fonte da LABL reve- la que “o ano de 2012 fica marcado por um aumento exponencial de casos de famílias carenciadas, fruto da conjuntura de crise, pelo que a iniciativa permitiu minimizar as dificuldades de todos os que se debatem com este drama social”. A Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã, que agradece a todos os que participaram e colaboraram nesta recolha, espera poder continuar a contar com o apoio da comunidade e, assim, “chegar a mais Instituições e agregados familiares”. 7 FEVEREIRO 2013 BOMBEIROS DO MÉDIO TEJO NORTE Já nasceu o primeiro agrupamento Os bombeiros de Abrantes, Constância e Mação vão começar a partilhar sinergias, numa lógica de economia de escala. A assinatura do protocolo de constituição do primeiro agrupamento de bombeiros está já concretizada e o objetivo é melhorar a gestão dos recursos disponíveis com vista a uma resposta operacional mais eficaz. P ermitir uma melhor gestão dos recursos disponíveis e garantir uma resposta operacional mais eficaz é o objetivo do Agrupamento de Bombeiros do Médio Tejo Norte, que vai colocar os municípios de Abrantes, Constância e Mação a partilhar os meios materiais e humanos. Inicialmente, estava prevista a adesão dos Bombeiros Municipais do Sardoal mas a autarquia não concordou com o teor do protocolo e adiou para já a adesão. A cerimónia de assinatura do protocolo de constituição do Agrupamento de Bombeiros do Médio Tejo Norte teve lugar no passado dia 5 de fevereiro, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, em Tomar, e contou com a presença do secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’ Ávila. Este é o primeiro agrupamento de bombeiros a ser constituído no país, após a publicação da legislação que abre caminho aos agrupamentos. O protocolo foi assinado por cinco outorgantes: Câmaras Municipal de Abrantes, Constância e Mação e Associação Humanitária dos Bombeiros de Constância e Associação Humanitária dos Bombeiros de Mação. Este primeiro agrupamento tem por base o Decreto-lei 248/2012, de 28 de novembro que permite a criação de agrupamentos de bombeiros que integrem uma parte ou totalidade dos elementos pertencentes a diferentes corporações e com áreas de inter- venção contíguas. Na prática, se um incêndio se registar numa freguesia rural de Abrantes, distante da sede de concelho, a corporação que é chamada a combater as chamas poderá ser a de Constância ou Mação. A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, que tem sido a principal mentora do projeto, disse que a fusão de agrupamentos de bombeiros em território contíguo vai permitir a “racionalização e partilha de recursos existentes e uma operacionalização distribuída por um território mais alargado”. Segundo Maria do Céu Albuquerque, também responsável pela Proteção Civil em Abrantes, referiu que a atuação desta nova entidade inclui a prevenção e o combate a incêndios, o socorro e transporte de acidentados e Fotos: Jornal Cidade de Tomar Texto: Patrícia Cerdeira doentes, o exercício de atividades de formação e sensibilização e a participação em outras atividades de proteção civil. “No fim de contas, tudo se continua a processar de modo similar, mas com um compromisso claro entre três autarquias para a partilha de meios e recursos”, vincou. Em declarações ao Bombeiros de Portugal, o comandante dos voluntários de Constância, Adelino Gomes, lembra a atual realidade para explicar a aposta nesta nova solução: “Por declarada falta de meios, os Bombeiros Municipais de Abrantes não conseguem responder a todas as solicitações dentro da sua área de MANOBRAS 2013 O s Concursos Nacionais de Manobras de 2013, o 32.º Concurso para Bombeiros e o 31.º para Cadetes, vão decorrer em 1 e 2 de junho próximos, em Fátima. Em circular enviada às associações e corpos de bombeiros assinada pelo presidente do concelho executivo, comandante Jaime Soares, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) alerta para a necessidade do cumprimento dos prazos previstos nos respetivos regulamentos, nomeadamente para o envio atempado das fichas de inscrição até 12 de abril próximo. Nesta iniciativa, a LBP conta com o apoio da Câmara Municipal de Ourém. “O conselho executivo da LBP continua a pugnar pela realização dos concursos nacionais de manobras, provas genuínas da nossa confederação,” refere-se na circular, sublinhando-se, muito positivamente, o crescente número de equipas concorrentes verificado ao longo dos anos, “desenvolvendo o são convívio desportivo e os laços de camaradagem entre bombeiros”. Concursos decorrem em Fátima intervenção, situação que leva os voluntários de Constância, Sardoal e Mação a fazerem quase 50 por cento do socorro naquele concelho. Por tudo isto era premente encontrar uma solução para o problema, e foi assim que surgiu o acordo que visa rentabilizar os meios e prestar socorro com maior rapidez redistribuindo o espaço dos quatros concelhos de forma a ganhar economia de escala”. Por serem corpos de bombeiros municipais, os bombeiros do Sardoal e Abrantes não recebem, como determina a atual legislação, qualquer verba do Programa Permanente de Cooperação (PPC) ou qualquer comparticipação do estado. Refere Adelino Gomes que com este agrupamento agora criado, o território passa a ser “só um”, cenário que abre portas a novos apoios. Em caso de sinistro com alguma envergadura, as regras operacionais mantêm-se. Os meios sairão por proximidade e a habitual triangulação que é feita pelo CDOS, ou pelas centrais dos corpos de bombeiros, continuará a ser “privilegiada”, explica o responsável operacional. Questionado se este agrupamento é a resposta ao desafio do Governo que aponta para, em nome da rentabilização de recursos, uma nova geografia dos corpos de bombeiros em todo o país, Adelino Gomes clarifica: ”Esta ideia não é do Governo mas antes uma proposta antiga dos corpos de bombeiros do distrito de Santarém que reivindicam este sistema há já quase cinco anos. O objetivo do distrito sempre foi o de acabar com áreas de atuação fechadas porque entendemos que as pessoas estão primeiro”. Para o processo ficar concluído o Governo deverá agora proceder à regulamentação da Lei nº 248 de novembro de 2012. Ou seja fica a faltar a portaria que regulamenta estes agrupamentos. 8 FEVEREIRO 2013 LOUROSA O Bombeiros recuperam com ânimo s dois bombeiros dos Voluntários Lourosa, o oficial bombeiro de 2.ª Armando Sousa e o bombeiro de 1.ª Ricardo Silva, vítimas de acidente em serviço no passado dia 22 de setembro, quando se deslocavam para um incêndio florestal, continuam a vencer novas etapas da sua recuperação. Segundo os profissionais de saúde que os têm assistido é evidente a demonstração de notável força anímica e determinação dos dois para voltarem rapidamente à atividade. Armando Sousa foi submetido com êxito a mais uma intervenção cirúrgica. Esteve internado no Hospital de Santa Maria - Porto de 28 de janeiro a 12 de fevereiro, onde foi seguido por cirurgia plástica e ortope- dia. Apesar ainda da total dependência de terceiros para a sua mobilidade, Armando Sousa considera que este é mais um duelo ganho na longa e penosa “batalha” que trava desde o fatídico acidente. O internamento ficou ainda marcado pela comemoração do aniversário deste jovem, que acompanhado pelos pais, familiares, camaradas, amigos e pessoal médico celebrou de forma diferente os seus 26 anos. O bombeiro Ricardo Silva mantém sessões de fisioterapia diárias com recuperações visíveis ao nível do joelho esquerdo mas ainda com complicações na recuperação do joelho direito e ombro esquerdo. Ricardo Silva, mostra-se contudo confiante na sua total recuperação, continuando a ser acompanhado no Hospital de Santa Maria - Porto por ortopedia. Estes dois operacionais, receberam no passado dia 7 de fevereiro a visita do comandante operacional nacional da ANPC, José Manuel Moura, acompanhado pelo comandante operacional distrital de Aveiro, António Ribeiro e pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Lourosa, José Carlos Baptista. No caso de Armando Sousa, dada a sua situação clínica, esta visita ocorreu nas instalações do hospital, enquanto que Ricardo Silva recebeu essa mesma visita no quartel dos Voluntários de Lourosa. José Manuel Moura fez questão de se inteirar do estado clínico dos operacionais bem como dar-lhes uma palavra de incentivo nas suas recuperações. “Para estes dois Homens, o sonho de regressar ao ativo continua bem aceso”, adiantou-nos o comandante José Carlos Baptista. PAMPILHOSA Estrutura de comando completa Fotos: Fernanda Mourão O GÓIS “Experiência, determinação e capacidade de liderança” M iguel Pratas foi recentemente empossado como novo comandante da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Góis. O salão nobre da associação encontrava-se repleto de associados, bombeiros e amigos da instituição para a tomada de posse do novo responsável operacional, que após ter assinado o ato de posse e recebido os respetivos galões, tomou uso da palavra enaltecendo o corpo ativo, o seu trabalho e entrega à causa dos bombeiros portugueses. As necessidades de equipamento de proteção individual e de mais formação na área dos incêndios urbanos e industriais foram apontadas pelo novo comandante, que sublinhou, no entanto, o empenho da direção na requalificação das unidades operacionais de Góis e secção de Alvares. “A experiência, determinação e capacidade de liderança” foram algumas das qualidades que o 2º comandante distrital Paulo Palrinha atribuiu ao novo comandante, aliás salientadas por outros oradores, nomeadamente, pelo presidente da direção Jaime Garcia e pelo comandante António Simões presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra. Maria de Lurdes Castanheira, presidente da Câmara Municipal de Góis elogiou o trabalho dos soldados da paz, dizendo que na autarquia se encontra em estudo uma forma de incentivo aos jovens bombeiros, ao mesmo tempo que confirmou a intenção de manter todo o apoio financeiro possível à associação. Sérgio Santos salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Pampilhosa acolheu a cerimónia de tomada de posse, por “competência própria”, do 2.º Comandante Fernando Marques Abrantes dos Santos que até à data exercia a função de adjunto de comando, tendo sido nomeado para o cargo pela direção da associação humanitária, por proposta da comandante Paula Ramos, que escolheu, ainda, para adjunto de comando o bombeiro de 1.ª António Miguel Silva Marques. Marcaram presença na sessão bombeiros, dirigentes mas também António Ribeiro, comandante operacional do distrito de Aveiro, o coronel Albuquerque Pinto, representante da federação dos bombeiros do distrito e ainda os presidentes da câmara municipal e da junta de freguesia, entre outras entidades convidadas. Este é segundo a nova e reforçada estrutura um mandato marcado pela expectativa de responder às exigências inerentes ao “bom socorro à população”, mas também de garantir “uma liderança digna dos Bombeiros da Pampilhosa”. CASCAIS PENICHE Bolama considera membros honorários Bispo auxiliar no quartel O Conselho de Coordenação da Pró-Bolama, da Guiné-Bissau, decidiu atribuir a categoria de membros honorários, à Câmara Municipal de Cascais, ao seu vereador Alexandre Faria, à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Cascais, ao seu vice-presidente da direção, Vitor Neves, e ao seu comandante, João Loureiro. Bolama está geminada com Cascais e é na sequência dos apoios dados pela autarquia cascalense àquele concelho da Guiné-Bissau, que os Bombeiros de Cascais têm participado na parceria facultando meios de socorro. Nesses meios inclui-se a oferta de duas viaturas, uma ambulância de socorro de origem norte-americana e um veículo de apoio geral, bem como de diversos equipamentos. N o âmbito de uma visita pastoral à vigararia Caldas/Peniche, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás da Silva Martins, esteve no quartel dos Voluntários de Peniche, onde se inteirou da história mas também da atividade desta associação. 9 FEVEREIRO 2013 AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DE SAÚDE O INEM vai manter equipas e reforçar viaturas presidente do INEM negou, no passado dia 13 de fevereiro, a intenção de retirar meios de socorro das ruas, afirmando que vai aumentar em número as viaturas de emergência rápida e as de suporte imediato de vida e apostar na formação de técnicos. Ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, Miguel Oliveira afirmou que vai dotar este ano os hospitais do Barreiro e Amadora-Sintra com Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER), passando das atuais 42 para 44. As ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), que em 2012 cresceram 30 por cento em quantidade, vão passar das atuais 33 para cerca de 40 este ano, sendo objetivo do INEM alargá-las a todos os serviços básicos. O presidente do instituto sublinhou a cobertura do interior do país que foi conseguida com estas ambulâncias. No que respeita aos profissionais, o responsável afirmou a intenção de “cada vez apostar mais na rede diferenciada, com médicos e enfermeiros no terreno em VMER e SIV. Exemplo desta aposta é a formação feita a cerca de 700 profissionais de saúde, apontou. Por outro lado, referiu, o INEM vai investir em mais e melhor formação de Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE) e de bombeiros, que são os profissionais das 400 ambulâncias de Suporte Básico de Vida (SBV) espalhadas por todo o país. “Não é possível ter médicos em todas as ambulâncias, pelo que devemos dotar os técnicos que lá estão com técnicas de ‘life saving’”, disse Miguel Oliveira, acrescentando querer “aumentar a probabilidade de fazer sobreviver”. O aumento das competências dos TAE visa melhor habilitá-los a salvar vidas no limite, antes do tempo que demora a chegar um médico, sublinhou, rejeitando que esteja a substituir em funções profissionais mais habilitados por outros menos habilitados. Rejeitando o provérbio ‘quem não tem cão caça com gato’ referido pelo deputado João Semedo, o presidente do INEM garantiu que continua a apostar nos cães e a “comprar cães de boa raça”. O responsável lançou mesmo um apelo: “Peço à Ordem dos Médicos, à Ordem dos Enfermeiros e aos deputados que me deixem pôr os TAE a salvar vidas, porque se não aumentarem estas competências, há uma série de vidas que não vão ser salvas”. Miguel Oliveira negou ainda que fosse cobrado dinheiro pela formação, sublinhando que tem feito por aumentar a formação e alterar o modelo, de forma a torná-la mais abrangente, nomeadamente passando-a para o horário pós-laboral. Comentando acusações de que o INEM piorou desde que saíram enfermeiros do CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes), Miguel Oliveira disse não haver dados que apontem para isso e lembrou que este serviço continua a ter a coordenação feita por médicos, com vários médicos por turno. Questionado pelo deputado socialista Manuel Pizarro sobre a existência de um helitransporte em Macedo de Cavaleiros e nenhum a cobrir o norte o país, Miguel Oliveira reafirmou a sua intenção de o colocar em Vila Real. Lembrando que a zona litoral norte do país está bem coberta com meios terrestres, o presidente do INEM considera que um helicóptero em Vila Real faz a cobertura necessária de toda a região norte. Patrícia Cerdeira CARTA INTERNA ALERTA PARA “ATRASOS INEXPLICÁVEIS” O Presidente do INEM admite falhas técnicas mas garante eficácia presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi questionado na Comissão Parlamentar de Saúde sobre uma recente polémica que aponta para falhas do sistema informático desenvolvido para passar o registo clínico do doente do CODU para os profissionais no terreno – Mobile Clinic, falhas que segundo a responsável do INEM da zona Centro podem provocar falhas graves na hora de socorrer. O responsável máximo do Instituto admitiu que essas falhas existem, mas negou que as mesmas condicionem o socorro. “O socorro não está condicionado, porque o INEM não depende exclusivamente do sistema informático”, afirmou, explicando que existem os recursos alternativos do telemóvel e do rádio, ambos na posse de todas as equipas. As ambulâncias, carros médicos e helicópteros de emergência médica comunicam com as centrais 112 do INEM através de computador. O equipamento, chamado Mobile Clinic, foi criado de forma a permitir a transmissão rápida dos sintomas de risco dos doentes e indicar aos meios de emergência a rota mais rápida para chegar a ele, como um bom GPS. Mas ao que parece o Mobile Clinic parece não estar a funcionar de forma eficaz. Há denuncias de que os computadores bloqueiam, demoram tempo a reiniciar e, pior ainda, muitas vezes nem sequer recebem os alertas da central 112, induzindo em erro os operadores telefónicos emergência, que julgam ter ativado ambulâncias que, afinal, não chegam a receber qualquer informação. Uma Ordem de Serviço, emi- CONTRATO PROGRAMA 2013 O Formação partilhada Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Escola Nacional de Bombeiros (ENB) já assinaram o Contrato Programa referente ao plano de formação para 2013 no que diz respeito às áreas de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS) e recertificações TAS Nível II. Com base no contrato assinado, o INEM irá realizar vários laboratórios de formação de Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa a formadores de cursos TAT. A ENB tem à sua responsabilidade oito cursos de formação de TAS e 25 cursos de formação TAS Nível II. Já o INEM realizará 35 Laboratórios de formação de SBV e DAE para formadores de curso TAT, em Lisboa, Porto e Coimbra, até ao final do primeiro semestre de 2013. Ainda segundo o acordo assinado no passado mês de janeiro, o INEM pagará à Escola cerca de 88 mil euros pela formação ministrada. Os laboratórios de formação ministrados pelo INEM terão um custo de 187 euros por ação. A Escola pagará no total 6.545 euros. Patrícia Cerdeira tida pela médica Regina Pimentel, diretora regional do Centro do INEM, para os coordenadores e supervisores das centrais de emergência, datada de 28 de novembro, prova a existência de graves atrasos no socorro por falha do equipamento Mobile Clinic. “Meus caros: sempre que se aciona um meio pelo mobile, está escrito que deve ser confirmada a receção do evento. Este procedimento não está a ser feito. Podem dizer-me que há muito trabalho, mas haverá muito mais se o evento não chegar onde deve, a ambulância não sair para o local, a vítima morrer, irmos todos a tribunal ou sermos postos nos disponíveis ou na rua com um processo. Todos sabem que o Mobile não está fiável ainda, os fluxos vieram trazer celeridade ao envio de meios e nós não temos a certeza que o meio foi! Não estamos afazer bem o nosso trabalho. Há atrasos no socorro inexplicáveis. Isto não é um conselho, porque esse já o dei há muito tempo. É uma ordem e é para cumprir a nível nacional”, lê-se na comunicação interna a que o ‘BP’ teve acesso. Questionado diretamente pelo ‘BP’ sobre esta situação, o INEM respondeu com o comunicado da Comissão de Trabalhadores no qual esta estrutura esclarece que a notícia avançada pela TVI assenta em pressupostos “falsos” e reveste um caráter “injustificadamente alarmista”. No mesmo email dirigido à nossa redação, o INEM dá a conhecer uma carta enviada ao Instituto pelos Bombeiros Voluntários do Dafundo na qual o comandante Carlos Jaime manifesta o “profundo repudio” pelo conteúdo das noticias vindas a público. No último parágrafo o responsável operacional refere mesmo que “eventuais anomalias pontualmente detetadas, e ao que sabemos em face de resolução com a atualização de software, nunca colocaram em causa a prestação de socorro”. O Mobile Clinic e o GPS Navigator foram adquiridos em 2007 e nos dois primeiros anos custou um milhão e trezentos mil euros. Mas foi colocado na prateleira precisamente devido à falta de qualidade. No relatório e contas de 2011, a administração do INEM explica que o equipamento foi colocado em testes mas que não era de todo fiável, tendo sido descontinuado. No primeiro semestre de 2011, contudo, o INEM decidiu colocar o equipamento em todas as suas ambulâncias, carros médicos e helicópteros de emergência. Patrícia Cerdeira 10 FEVEREIRO 2013 11 FEVEREIRO 2013 NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO PPC reforçado em 2500 euros F oi publicado, no passado dia 18 de fevereiro em Diário da República, o novo regime de apoio financeiro às associações humanitárias de bombeiros que assenta em indicadores de risco e de desempenho. Regime que a própria Liga dos Bombeiros Portugueses sublinha ser transitório, conforme acordado com o Governo, e que não dispensa um novo regime assente em novas bases que reproduzam melhor a realidade operacional e técnica das associações e corpo de bombeiros e as respetivas áreas de intervenção. Para o cálculo deste regime deixam de ser tidas em conta as intervenções com o código 4000, 7000 e 8000, não obstante a LBP considerar que não é uma questão fechada e que no regime definitivo entende que essa questão deverá ter outro tipo de abordagem. A portaria estabelece os termos e as condições do novo Programa Permanente de Cooperação (PPC), que visa “apoiar de modo regular o desenvolvimento permanente das missões” dos corpos de bombeiros. Esta norma legal corresponde ao “reconhecimento, pelo Estado, da essencialidade da atividade dos corpos de bombeiros detidos pelas as- sociações humanitárias, no quadro da proteção civil”, refere o documento. Segundo a portaria, o apoio financeiro atribuído anualmente pelo Estado aos corpos de bombeiros tem por base o PPC atribuído em 2011 a cada corporação, risco do concelho, ocorrências e número de elementos de cada associação humanitária. O Estado atribui também a cada corporação 4.894 euros, apoio financeiro de montante igual para todas as associações humanitárias de bombeiros para garantir “a estabilidade e coesão” na atividade de proteção e socorro. O novo modelo estabelece igualmente que no PPC de 2013 se verifique um crescimento mínimo de 2500 euros por corporação e que a verba a atribuir não seja inferior ao PPC de 2011. A portaria adianta que cabe à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) transferir, em duodécimos, o apoio financeiro e que o valor destinado ao Fundo de Proteção Social dos Bombeiros, a transferir anualmente para a Liga dos Bombeiros Portugueses, seja o equivalente a três por cento do montante anualmente transferido para as associações humanitárias. O novo PPC garante ainda um crescimento mínimo para 2014 e a atualização dos critérios. DISTRITO DE VILA REAL Foto: CM Alijó Investimento de 7,5 milhões em bombeiros e proteção civil O distrito de Vila Real tem em curso um investimento de 7,5 milhões de euros na construção ou remodelação de quartéis de bombeiros, aquisição de viaturas combate a incêndio ou equipamento para a neve. Segundo dados do Programa Operacional de Valorização do Território (POVT), foram aprovadas 17 candidaturas no distrito, com um investimento total de 7,5 milhões de euros, comparticipados pelos fundos comunitários em 6,4 milhões de euros. No âmbito dessas candidaturas, foi já inaugurado o novo quartel dos bombeiros de Favaios, concelho de Alijó, que custou cerca de 900 mil euros. “Nós vivíamos em 80 metros quadrados e era impossível continuar a viver lá”, afirmou Joaquim Barros, presidente da direção dos Bombeiros de Favaios. No velho edifício, os espaços são exíguos, as camaratas não possuem condições e só havia espaço para aparcar duas das nove viaturas da corporação. Joaquim Barros referiu ainda que o quartel antigo vai ser vendido por 60 mil euros e que a verba resultante do negócio servirá para ajudar a pagar o investimento no novo edifício. Esta obra contou ainda com um apoio financeiro da Câmara de Alijó e da Adega de Favaios. Porque não é altura para gastos desnecessários, Joaquim Barros referiu que o novo quartel “é 100 por cento operacional” e “sem luxos”. Depois de concluído este sonho antigo, o responsável salientou que a grande preocupação da corporação se volta agora para a “falta de voluntários”, referindo que pelo menos 10 tiveram que emigrar nos últimos anos. Em 2012, no distrito, foram inauguradas as obras de requalificação dos edifícios dos bombeiros de Peso da Régua e da Cruz Verde, no concelho de Vila Real. Em janeiro, foi a vez da corporação da Cruz Branca, também em Vila Real, inaugurar o novo quartel que resultou de uma candidatura no valor de 1,25 milhões de euros, comparticipada em 85 por cento. Ainda este mês, foram os bombeiros da Salvação Pública de Chaves que se mudaram para a nova casa. Há ainda investimentos em curso nas corporações de Carrazedo de Montenegro (Valpaços), Murça, Sabrosa e, recentemente, foi lançada a primeira pedra da construção do quartel de Vila Pouca de Aguiar. Outras corporações como Boticas, Cerva, Ribeira de Pena ou Valpaços optaram por adquirir novas viaturas para combate a incêndios. No âmbito do POVT, foram ainda aprovadas duas candidaturas para aquisição de equipamento específico para a neve. O município de Vila Real foi o chefe de fila de uma dessas candidaturas, com um financiamento total de 884 mil euros, dos quais 752 mil euros são de fundos comunitários, que permitiu dotar 17 municípios de Trás-os-Montes e Alto Douro de equipamento para responder a episódios de neve. Patrícia Cerdeira FAVAIOS presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, elogiou a simplicidade arquitetónica e a funcionalidade do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Favaios, Alijó, durante a sessão solene que sucedeu à cerimónia de inauguração daquela infraestrutura. O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Vila Real, Fernando Queiroga, salientou também que o edifício não apresenta luxos e que está apetrechado com todos os elementos essenciais para que a associação possa continuar a socorrer as populações. A inauguração do novo quartel foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Alijó, Artur Cascarejo, do comandante distrital de operações de socorro e outros dirigentes e elementos de comando de associações congéneres. O ministro fez questão de apontar esta obra como exemplar, tendo em conta o facto de não ter sofrido qualquer derrapagem Fotos: CM Alijó O Presidente da LBP elogia funcionalidade orçamental e já se encontrar integralmente paga. Na oportunidade, por pro- posta dos Voluntários de Favaios, foram distinguidos pela LBP, com o crachá de ouro, o presidente da Autarquia, e com a medalha de serviços distintos, grau ouro e cobre, respetivamente, os beneméritos, Mário João Leal Monteiro e Nuno Ricardo Gomes Madeira. 12 FEVEREIRO 2013 ESPINHO O Agrupamento entre associações avança Agrupamento de Bombeiros da Cidade de Espinho vai nascer no próximo domingo, 24 de fevereiro, durante a cerimónia comemorativa do 85.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Espinhenses. A cerimónia de assinaturas dos estatutos do Agrupamento conta com a presença do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, comandante Gomes da Costa, do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, major general Manuel Couto, do presidente da assembleia municipal de Espinho e líder parlamentar social democrata, Luís Montenegro, do presidente da Câmara Municipal, Pinto Moreira, e dos dirigentes e elementos de comando das duas associações de bombeiros locais, Voluntários de Espinho e Voluntários Espinhenses. Ainda integrado nas comemorações do 85.º aniversário dos Espinhenses, irá proceder-se à inauguração de um veículo tanque tático urbano, comparticipado pelo QREN, e à atribuição de diversas condecorações, incluindo cinco crachás de ouro da LBP. Centro de formação Vitalidade, dinamismo e a vontade férrea de fazer mais e melhor são imagens de marca da Associação Humanitária dos Bombeiros de Arouca que, com 49 anos de existência, se pode orgulhar da sua rica história e do vasto património amealhado. O amplo, bem apetrechado e renovado quartel, a multidisciplinar área social, um corpo de bombeiros preparado e um centro de formação são pois provas da saúde financeira de que goza esta instituição, onde comando e direção são, afinal, uma só peça da engrenagem. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim O jornal Bombeiros de Portugal esteve, recentemente, em Arouca para conhecer o trabalho desenvolvido pelos bombeiros da cidade e que, aliás, se distingue e merece reconhecimento no distrito de Aveiro. As honras desta casa ficam por conta do presidente da direção, Dario Tomé da Conceição, e do comandante Floriano Pinho Duarte, dois homens desde sempre ligados à instituição onde assumem o papel principal não só como gestores mas, também, como orgulhosos quase bairristas - arautos do voluntariado e do associativismo. Falam com orgulho do trabalho desenvolvido, da administração rigorosa do património humano e material, que tem permitido fomentar o crescimento da instituição e a adaptação a novas realidades e exigências. Revelam-nos que, há cerca de um ano, o quartel dos Voluntários de Arouca foi renovado e ampliado em cerca 900 m2, empreitada que contemplou a expansão das áreas de parqueamento de viaturas e a instala- ção de uma nova central. Esta intervenção que “não ficou muito cara”, conforme faz questão de dizer o presidente, permitiu ainda recolocar alguns serviços e criar novas áreas para a acolher várias valências. “Neste momento temos a nossa casa devidamente organizada Estamos muitíssimo bem equipados, tanto em termos de viaturas mas também em equipamentos de proteção individual”, considera o comandante Floriano Pinho Duarte. Mas nem tudo é perfeito e em matéria de lacunas o responsável operacional declara, crítico, não ser aceitável que “um dos maiores concelhos florestais do distrito de Aveiro, não disponha de Equipa de Intervenção Permanente (EIP), situação que justifica com “a recusa do presidente da câmara municipal em assumir esses encargos”, obrigando os voluntários a assegurar essa estrutura com os funcionários da casa, que aliás merecem os maiores elogios do comando e direção. “O serviço noturno, os feriados e os fins de semana são assegurados por voluntários que dão muito apoio à associação. Felizmente, em Arouca o voluntariado ainda funciona. Aqui está sempre gente a aparecer, isto é uma família”, diz o comandante adiantado que “até mesmo os bombeiros assalariados, apenas nove, estão sempre dispostos a dar horas. Nunca se negam a fazer qualquer serviço”. Este “espírito de missão” e admiração pelo trabalho dos bombeiros parece “entranhado” nos arouquenses que começam muito novos a frequentar o quartel. Atualmente, a escola conta com 46 infantes, a que se juntam mais 12 estagiários prestes a ingressar no corpo ativo e a integrar de pleno direito esta enorme família. A formação é sem dúvida umas das grandes preocupações do comando que defende que só operacionais bem preparados podem agir eficazmente nos diferentes teatros de operações. Integram o corpo ativo dos Voluntários de Arouca 90 bombeiros que desde o ano passado dispõem de centro de formação em Canelas, um polo com capacidade e condições para acolher 19 operacionais e ministrar formação no âmbito de fogos urbanos/industriais e operações de desencarceramento de sinistrados. Instalado na antiga escola 13 FEVEREIRO 2013 AROUCA já é aposta ganha primária do Gamarão, o centro de formação dos Bombeiros de Arouca tem permitido colmatar a falta de preparação dos operacionais em matéria de fogos urbanos e industriais, a contrastar com as reconhecidas competência e experiência no combate a fogos florestais. Floriano Duarte fala da importância deste equipamento que, no verão, em época de fogos florestais, pela sua localização estratégica pode funcionar como um posto avançado. “Esta é uma infraestrutura de grande importância para os bombeiros arouquenses”, refere, sublinhando os muitos apoios que viabilizaram o projeto, bem como as iniciativas dinamizadas pela associação para angariar verbas, que nestas casas quase sempre escasseiam. A propósito da situação financeira das associações, quando confrontados com a questão dos cortes no serviço de transportes de doentes, dirigente e comandante asseguram que nesse processo todos os quartéis foram afetados, mas O preferem acentuar a tónica na situação dramática dos doentes privados de efetuarem os seus tratamentos por falta de recursos financeiros. “Enquanto eu aqui estiver não deixamos ninguém por socorrer, nem sem transporte para as consultas, tratamentos ou fisioterapia. Com as “miga- lhas” daqui e daqui vamos conseguindo gerir”, garante o comandante, relembrando ainda a missão dos bombeiros: “socorrer pessoas e bens”. Na vertente associativa, esta é também uma instituição que prima pelo dinamismo e pela proximidade com a comunidade. Palavra de presidente comandante Gomes da Costa, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Aveiro, que acompanhou os jornalistas nesta visita ao quartel Arouca, fala com orgulho da realidade daquele território, onde as associações ganham força pela união de esforços e partilha de recursos, uma estratégia que “tem dado bons frutos”. “Esta federação tem uma particularidade que a distingue”, refere-nos o comandante Gomes da Costa, explicando que a criação da Mesa de Encontro de Comandos e da Mesa de Encontro de Direções, tem permitido agilizar a resolução de muitas questões comuns às várias associações. “Nas reuniões os problemas são discutidos e analisados e, posteriormente, apresentadas à direção da federação que lhes dá o devido tratamento ou as encaminha para as respetivas instâncias”, explica o presidente da federação. Este distrito que tem 26 associações de voluntários e quatro corpos de bombeiros privativos e conta com um contingente de cerca de 2500 operacionais, apresenta realidades distintas, ditadas em muito casos pela falta de apoios das câmaras municipais. “Na verdade, no distrito temos autarquias que apoiam muito os seus bombeiros e outras que nem por isso, o que acaba também por se refletir no funcionamento de cada uma das associações”. O presidente termina afirmando que a federação está atenta à vulnerabilidade de algumas associações e empenhada em assegurar a intervenção de instâncias superiores que permita assegurar o futuro destes quartéis. “Em Arouca existe uma enorme dinâmica associativa, mas não existem espaços para acolher as iniciativas, assim sendo os bombeiros decidiram contemplar nas instalações áreas para acolher as mais diversas atividades” revela o presidente da direção, adiantando ainda que os espaços da instituição são frequentemente cedidos, a “custo zero” a várias instituições do concelho, a escolas e até à câmara, nomeadamente o cine-estúdio, “muito bem equipado e com capacidade para acolher mais de centena e meia de pessoas”. Apesar de tudo parecer devidamente arrumado e organizado, há sempre muito trabalho por fazer, até porque conforme referem os Voluntários de Arouca “hoje, os novos desafios são já preocupações permanentes e prementes” consubstanciados no servir mais e melhor a comunidade. 14 FEVEREIRO 2013 SETÚBAL C CASTELO BRANCO Mérito para personalidades e instituições D istinguir a dedicação, apoio e trabalho ao serviço ou em prol dos bombeiros foi o mote que a Federação Distrital de Bombeiros de Castelo Branco (FDBCB) usou como fundamento para a realização da I Gala dos Bombeiros do Distrito, que se realizou sexta-feira, dia 25 de janeiro, na Herdade do Regado, em Póvoa de Rio de Moinhos, concelho de Castelo Branco, onde foram atribuídos os prémios de mérito propostos por cada uma das 12 associações do distrito. Dâmaso Rito, presidente da assembleia geral da (FDBCB), explicou que esta distinção se destina a “bombeiros, dirigentes de associações, autarquias locais e personalidades em geral que ao longo de um determinado período de tempo trabalho, dedicação e atribuição de subsídios se tenham dedicado à causa dos bombeiros, tendo sabido dignificar o seu bom nome”. Os galardoados foram propostos pelas direções das associações e comandantes, com o parecer técnico da comissão prevista no regulamento. Dâmaso Rito alertou ainda para realidades que se avizinham, exigem maior rigor “na gestão de meios humanos e técnicos”, dizendo, contudo, que os quartéis do distrito, “na generalidade estão bem equipados”, mercê da aquisição de veículos, “no âmbito do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) e o Programa Operacional Temático Valorização do Território (POVT) e com a preciosa ajuda das autarquias”. E como ao nível do socorro o distrito já dispõe de 10 postos de emergência médica, faltando solucionar Vila de Rei e Cernache do Bonjardim, “a formação dos bombeiros é fundamental, para responder ainda com mais eficácia, eficiência e profissionalismo a todas as situações”. Só em 2012, o distrito formou em diversas áreas mais de mil bombeiros, uma ação exemplar, resultante do trabalho do comandante operacional distrital, Rui Esteves, e da Federação. Adriano Capote, vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, exaltou a iniciativa, sublinhando que “cimenta o principal suporte da atividade e conquista dos bombeiros, e eventualmente da legislação e mudanças que permitam que o voluntariado nos bombeiros em Portugal continue a ser uma das pedras basilares da Proteção Civil”. Esta gala permitiu revelar “a unidade da região e o valor da solidariedade”. “Mas muitas vezes quem nos dirige e governa não entende o que é um bombeiro. O bombeiro não é um contribuinte qualquer e era merecedor de ser exceção em sede de IRS, no que respeita às contribuições das Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) e Equipa Logística de Apoio e Combate (ELAC)” referiu Adriano Capote, que, numa outra vertente, aproveitou a ocasião para defender que a formação deve ser a aposta, uma questão abordada “a uma só voz”. Rui Esteves, comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil, destacou “o trabalho, a dinâmi- trito e quem nos visita sinta que tem segurança”. José Mariano, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Castelo Branco, explicou que esta gala se inicia “de forma simples, mas com consistência”, esperando que “em anos futuros, possam estar envolvidos mais meios humanos e materiais, porque é propósito da Federação que este evento tenha lugar anualmente em cada concelho”. Joaquim Morão, presidente da câmara de Castelo Branco, felicitou a federação pela iniciativa “de homenagear os que se distinguem por uma causa nobre que é a dos bombeiros. E a estes não há gratidão que chegue para lhes agradecer, por estarem sempre disponíveis”. E sublinhou que, “quem dirige a causa pública, tem obrigação de criar condições para ajudar estes parceiros, Federação exige resposta om o intuito de analisar a realidade em matéria dos serviços de transporte de doentes requisitados pela Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia, acompanhado pelo secretário técnico, comandante Rui Laranjeira, e pelo tesoureiro, comandante Miguel Silva, reuniram-se, no passado dia 15 de fevereiro, com as direções e comandos dos bombeiros de Santiago do Cacém, Sines, Cercal do Alentejo, Santo André e Alvalade. Registe-se que o protocolo celebrado entre as associações dos concelhos de Santiago do Cacém e de Sines, e a comissão instaladora do então Hospital do Litoral Alentejano, foi “quebrado unilateralmente pela Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, com implicações evidentes na sustentabilida- de financeira de quatro dos cinco associações em causa, pondo em risco no curto e médio prazo a manutenção da capacidade operacional em matéria de socorro”, refere a federação em comunicado. “A implementação de um Sistema de Gestão de Transporte de Doentes não parametrizado para atender às particularidades do litoral alentejano está a causar perturbações consideradas graves”, pelo que a Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, desde o início de dezembro do ano que solicita “insistentemente” o agendamento de uma reunião urgente com o conselho de administração da Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, sem, no entanto, obter qualquer resposta. Assim sendo, se o silêncio continuar a imperar, a federação vai “tomar medidas já no próximo dia 1 de março”. GUARDA Associações reunidas A Associação dos Bombeiros Egitanienses acolheu a assembleia geral da Federação dos Bombeiros do Distrito da Guarda que teve como ordem de trabalhos informação e apresentação e aprovação do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2013 e a apreciação, discussão e votação das contas de gerência referentes ao exercício de 2012 e parecer do conselho fiscal. Na sessão presidida por Benedita Rito Dias, em substituição de Madeira Grilo, Gil Barreiros que agradeceu a presença de todos, lamentando a notada ausência do Prof. Madeira Grilo, informando do seu estado “muito grave de saúde”, salientando a sua preocupação que a Federação, na sua ausência, não caia num vazio institucional. Na ocasião, Gil Barreiros alertou para a legislação publicada todos os dias referente aos bombeiros. Terminou agradecendo a prestação da família dos bombeiros do distrito na organização da 3.ª Gala de Fornos de Algodres, dizendo que já está a servir de exemplo a outros distritos, nomeadamente Portalegre e Castelo Branco. Seguiu-se a leitura do Plano de Atividades e Orçamento para o ano 2013, de imediato foi votado e aprovado por maioria absoluta. Durante a sessão os responsáveis da federação apelaram para que as associações com as quotas em falta as regularizem, uma vez que a gestão desta estrutura também depende destas verbas. Neste contexto foi elogiada a associação dos Bombeiros de Trancoso, que para além da quota normal, disponibiliza uma verba extra destinada a apoiar a ação desenvolvida pela federação. As federadas foram ainda informadas que caso contem no quartel com formadores reconhecidos pelo INEM podem dar formação e, assim, angariarem fundos. As contas de gerência referentes ao exercício de 2012 depois de analisadas e discutidas foram aprovadas por unanimidade. Já fora da ordem de trabalhos, os presentes guardaram um minuto de silêncio em memória do comandante Teixeira, dos Voluntários de Manteigas. CABECEIRAS DE BASTO ca e a forma como os bombeiros têm sabido estar ao longo dos anos, porque só por isso é possível fazer esta gala. Não fosse a sua disponibilidade para ir a todas as situações e à formação e dedicação”. Lembrou que são cerca de 1500 os bombeiros no distrito de Castelo Branco, que fazem parte do quadro ativo e disponíveis. “Aprendi muito com estes homens e com muitos dos que vão ser assim homenageados e, por isso, faz-se hoje justiça aos que ajudaram a criar e manter os corpos de bombeiros do distrito”, reiterou. Agradeceu também o apoio dos autarcas, porque “não fora a articulação e a vontade de fazer mais e melhor, não era possível obter os resultados dos últimos anos. Boa prática, boa dinâmica, bom entendimento entre todos, bombeiros, direções, autarcas e entidades que ajudam a criar estas condições para que as populações do dis- que são os bombeiros, para que possam servir bem as populações”. Quanto aos Prémios de Mérito da noite foram atribuídos à empresa Supermont, Supermercados SA (Belmonte), ao subchefe João José Folgado Salavessa (Castelo Branco), ao ex-comandante e fundador da corporação António José Bastinho (Cernache do Bonjardim), corpo ativo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (Covilhã), António Lourenço Marques (Fundão), Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, Junta de Freguesia de Penamacor, elemento da fanfarra e juvebombeiro, Vítor Filipe Martins Domingues (Oleiros), José Manuel Fernandes Francisco (Proença-a-Nova), Álvaro Monteiro (Sertã), Irene Barata (Vila de Rei) e David Marc (Vila Velha de Ródão). Cristina Mota Saraiva/ Lídia Barata A Aposta na continuidade eleição dos órgãos sociais da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários Cabeceirenses para o triénio 2012/15 contou com a maior participação de sempre na história da instituição, não obstante uma única lista de ter apresentado a sufrágio. A equipa liderada uma vez mais por Jorge Machado propõe-se, assim, dar continuidade ao trabalho iniciado em 2006. Do balanço do último mandato a direção destaca como obra de maior vulto a requalificação do quartel, mas relembra o reforço da formação dos bombeiros, a aquisição de várias ambulâncias e viaturas de combate a incêndios, entre as quais uma de combate a incêndios urbanos e uma outra de desencarceramento. Mas o passo mais relevante conseguido pela instituição foi, segundo a equipa de Jorge Machado, o Posto de Emergência Médica (PEM), no âmbito de um protocolo estabelecido entre a associação e o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que permitiu atingir mais um dos objetivos traçados para o ano de 2012. Entretanto, o re-eleito presidente acompanhado “por uma equipa renovada e motivada para apoiar a missão dos bombeiros” apresentou as metas traçadas para o corrente ano marcadas pela “ambição” e que estabelecem a construção de uma Unidade Local de Formação (ULF),a aquisição de uma nova viatura ligeira de combate a incêndios e de uma ambulância “ligeira”, mais pequena, confortável e económica para o transporte de doentes não urgentes, um modelo inexistente em Portugal ou seja uma aposta pioneira. O trabalho de Jorge Machado assenta ainda na continuidade de vários projetos de sucesso, nomeadamente a atividade “Aprender a Salvar – Formação (gratuita) em Suporte Básico de Vida para a população. Da mesma forma, a formação será prioritária até porque “um corpo ativo de Bombeiros mais qualificado, é um corpo mais capaz de prestar um melhor socorro à população que serve”. 15 FEVEREIRO 2013 TORRES VEDRAS PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO AUMENTOU 16 POR CENTO Órgãos sociais para novo mandato A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Torres Vedras, a sócia número um da Liga dos Bombeiros Portugueses, acaba de empossar os órgãos sociais que vão dirigir os seus destinos no mandato 2013/2014. Gonçalo Patrocínio é o presidente da direção, acompanhado pelos vices, João Isidro Martins e Guilherme Ferreira, pelos secretários, Alfredo Cardoso e José Bruno Oliveira, pelo tesoureiro e adjunto, Francisco Santos e Rui Bastos, pelos vogais, Carlos Alberto Bernardes, Fran- Portugal cada vez mais inflamável cisco Caseiro, Jorge Costa, José Alberto Leiria e Rui Silva, e os suplentes, Vitor Rodrigues e Joaquim da Conceição. Na assembleia-geral, a presidência é assegurada por José Manuel Correia tendo como vice, Maria Leonor Malhado, e como secretários, Djalme Ribeiro e José Matos. A presidência do conselho fiscal cabe a Fernando Fonseca tendo como secretário, Guilherme Ferreira, como relator, Rui Patusco, e como suplentes, Celestino Pereira e Emanuel Elias. VILA NOVA DE FOZ COA Novo elenco toma posse N a sequência do ato eleitoral do passado mês dezembro já tomaram posse os elementos dos órgãos sociais da única lista que se apresentou a sufrágio e que mantém os presidentes da direção, assembleia geral e conselho fiscal. Assim o re-eleito presidente da assembleia-geral, Carlos José Brito Moura, conta na equipa com Fernando Augusto Mimoso Fachada, Paula Alexandra Melhorado Lourenço e Fernando António Morgado Ramos. Por seu turno, na direção, António dos Santos Pimentel Lourenço é coadjuvado por Carlos Alberto Castro Lopes Pais, José António Granado Velho. Leontina Gonçalves Ribeiro Santos, José do Nascimento Ervedal, Francisco Alcino Tina Melhorado e António Fernando Trabulo. Já no conselho fiscal, José António Bispo Pimenta tem o apoio de Rui Manuel Melhorado Reininho e de Diamantino Augusto Freire Veríssimo. PAREDES DE COURA Cultura apoia bombeiros Foto: Marques Valentim Presidentes do conselho fiscal, da assembleia-geral e da direção Membros da direção, assembleia-geral e conselho fiscal O eucalipto é a árvore mais plantada em Portugal continental, com um aumento de 16 por cento de área entre 1995 e 2010, enquanto os povoamentos de pinheiro bravo diminuíram 13 por cento e as plantações de sobreiro aumentaram 4 por cento. O eucalipto ocupa uma área florestal de 812 mil hectares (26 por cento da área florestal total), seguido do sobreiro, com 737 mil hectares (23 por cento, e do pinheiro bravo, com 714 mil hectares (23 por cento). O uso agrícola do solo apresenta, no mesmo período, uma “diminuição acentuada” de 12 por cento. As conclusões constam do relatório preliminar do Inventário Florestal Nacional 6 (IFN) -- com pontos de situação de 1995, 2005 e 2010 - apresentado este mês na Tapada Nacional de Mafra, na presença da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas. De acordo com IFN, entre 1995 e 2010 a principal alteração ocorreu ao nível do pinheiro bravo, com a plantação a diminuir em cerca de 263 mil hectares, enquanto se verificou um aumento da área ocupada pelo eucalipto em 95 mil hectares. A maior parte desta área anteriormente A Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Ferreira (ACRDF) organizou um passeio todo-o-terreno, como o propósito de angariar fundos para os Bombeiros de Paredes de Coura. Feitas as contas, apuradas as necessidades do quartel, os dirigentes da associação entregaram aos voluntários nove rádios portáteis. O comandante Cândido Gonçalves Pereira sublinhou o gesto solidário da associação de Ferreira, fazendo votos que surjam mais ações desta natureza que permitam melhoramentos em matéria de operacionalidade. Já a direção da agremiação ferreirense expressou satisfação em apoiar os bombeiros, manifestando a vontade de continuar a colaborar com o quartel de Paredes de Coura. ocupada pelo pinheiro bravo transformou-se em “matos e pastagens” (165 mil hectares), enquanto os eucaliptos passaram a ocupar 70 mil desses hectares. “O eucalipto cresce um bocadinho e cresce porque não tem problemas que outras espécies têm. Temos o declínio do pinheiro, essencialmente devido ao problema das pragas (o nemátodo do pinheiro) e ao problema dos incêndios florestais. São aspetos muito relevantes que têm penalizado o pinheiro”, explicou a ministra da Agricultura. A associação ambientalista Quercus já considerou preocupante que o eucalipto se tenha tornado na espécie que mais espaço ocupa na floresta nacional, principalmente devido ao risco de propagação de incêndios florestais. “O eucalipto já era a árvore número um quando comparado e utilizando a mesma metodologia em inventários anteriores. Teve um acréscimo, sobretudo devido ao facto de não ter pragas, ao invés do pinheiro, principal árvore que compete com o eucalipto”, afirmou Assunção Cristas. Contudo, a governante admitiu que o facto de o eucalipto ter um retorno financeiro mais rápido e mais seguro leve os proprietários a optar por plantar esta ár- vore em detrimento de outras. “Com certeza que se as pessoas puderem receber dinheiro ao fim de oito ou de nove anos, em vez de receberem ao fim de 20 ou de 30, hoje em dia, esse é um fator relevante quando o proprietário toma uma decisão de saber o que vai fazer com a sua propriedade e com o seu terreno”, referiu. A ministra salientou, contudo, o empenho em incentivar a aposta noutras árvores. “É importante termos melhor financiamento para o investimento destas espécies que demoram mais tempo a ter retorno para os seus proprietários e que também têm mais ameaças. Esperamos encontrar instrumentos para apoiar a floresta, nomeadamente o pinheiro bravo e o sobreiro, que precisam de ser mais apoiados”, concluiu Assunção Cristas. Ainda segundo o INF, o solo de Portugal continental é ocupado em 35 por cento por área florestal, 23 por cento por matos e pastagens e 24 por cento pela agricultura. A área arborizada (povoamentos) entre 1995 e 2010 aumentou em 150 mil hectares. Patrícia Cerdeira LAVAGEM DE ESTRADAS A s prestações de serviços referentes à limpeza da via pública e lavagem de estradas praticadas pelas associações humanitárias de bom- Prestação de serviço com IVA beiros não constam das isenções previstas na lei no âmbito do Imposto de Valor Acrescentado (IVA). Esta informação foi divulgada recen- temente pelo conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), na sequência de dúvidas colocadas por algumas associações. Ainda no âmbito da legislação aplicável, relativa ao IVA, esses serviços estão sujeitos à taxa reduzida de 6 por cento. 16 FEVEREIRO 2013 VILA V Bombeiros combat Fundada nos de idos de trinta do século passado, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa, depois de muito caminho trilhado e de alguns percalços, vive hoje dias mais tranquilos. A interioridade obrigou direção e comando, num passado recente, a uma gestão musculada que ditou despedimentos mas que permitiu formatar a instituição às reais necessidades do território que serve. Bem instalados, bem equipados os Bombeiros de Vila Viçosa acautelam o futuro e tentam gerar recursos que permitem assegurar uma reposta de qualidade às populações. Texto: Sofia Ribeiro Fotos: Marques Valentim A confirmar a teoria de que de facto, não existem duas associações de bombeiros iguais no País, os Voluntários de Vila Viçosa exibem de forma marcada diferenças e especificidades que, claro está, os distinguem dos congéneres. Instalada num I moderno, amplo e bem equipado quartel, construído em 2007, a instituição exibe dinamismo e profissionalismo embora apenas oito funcionários assegurem esta estrutura. A entrega e disponibilidade de comando e direção que, emprestam muito do seu tempo e do seu saber à instituição, permitem garantir um serviço de qualidade um socorro eficaz, conforme nos releva Inácio Esperança um dos mais ativos dirigentes da instituição. Em Vila Viçosa, o jornal Bombeiros de Portugal é recebido por um grupo bem repre- Palavra de presidente nácio Esperança, presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Évora, revela-nos um “retrato um pouco tremido” das associações humanitárias e corpos de bombeiros. Diz-nos que os quartéis de “Portel, Mora, Viana e Mourão registam 90 por cento de redução dos serviços de transporte de doentes”, pelo que enfrentam uma situação complicada, ditada por critérios anacrónicos dos centros de saúde, que nestes concelhos “deixaram de prescrever tratamentos aos utentes”. “Há instituições a registar um deficit mensal superior a 10 mil euros mensais”, situação que, na ótica do presidente da federação, pode a breve trecho por em causa o funcionamento destes quartéis. “Mora e Portel estão situação difícil, enquanto Viana e Mourão têm conseguido estar de porta aberta mercê das Equipas de Intervenção Permamente (EIP)”, especifica. Inácio Esperança diz que apesar de todo o esforço e de muitos alertas que visam sensibilizar quem de direito para esta questão, não há soluções milagrosas para resolver este problema, até porque nestes casos mais sensíveis “as câmara apoiam muito pouco… na verdade zero”. “Mas também há autarquias que dizem que dão e que não dão, nomeadamente a de Évora que há quatro anos que está em incumpri- mento com os bombeiros”, denuncia o nosso interlocutor. No distrito são 14 os corpos de bombeiros, que contam com 700 operacionais, ainda assim poucos para as necessidades de uma população idosa. “Não há muitos voluntários, por isso resta às associações manter os profissionais para garantir o socorro a quem realmente necessita”, afiança o dirigente federativo. Entretanto, a federação vai dinamizando um conjunto de ações nomeadamente a nível das EIP, no fomento à criação de Postos de Emergência Médica (PEM) nos quartéis e no apoio e dinamização de ações de formação. sentativo da união que dá força à instituição. Dirigentes e operacionais trabalham em equipa e falam a uma só voz. Assim sendo, numa animada troca de impressões, todos os anfitriões acabam por dar o seu contributo, revelando um e outro pormenor do passado, mas também do presente da instituição. Inácio Esperança, o jovem e dinâmico tesoureiro da associação é afinal um dos rostos mais carismáticos da instituição e um trabalhador incansável, que consegue gerir a agenda pessoal, profissional e associativa de forma a estar sempre presente no dia-a-dia da instituição. “A associação, como a maioria das congéneres mais pequenina do interior, vive com algumas dificuldades, em virtude da diminuição do número de serviços de transportes de doentes”, revela-nos, considerando, no entanto, que já “atravessou períodos bem mais complicados”. A estratégia imposta pelas novas regras em matéria de serviço de transportes de doentes obrigou a repensar tudo e a proceder a cortes, conforme sublinha o nosso interlocutor: “Foi tudo muito de repente. De um dia para outro, os transportes para Évora e Lisboa, os percursos mais significativos, acabaram. Sofremos uma quebra de oitenta por cento no nú- 17 FEVEREIRO 2013 VIÇOSA tem a interioridade mero de serviços. Nessa altura fomos forçados a não renovar alguns contratos. Neste momento, o grande número de saídas é para Estremoz, alguns para Évora e poucos para Lisboa”. Confrontados com esta nova realidade a alternativa foi ”dispensar cinco motoristas”. “Não temos centralista. Esse serviço é assegurado pelas funcionárias da casa durante o dia. À noite o socorro é assegurado por um piquete de cinco voluntários, que não recebe absolutamente nada”, adianta o comandante Carlos Vitorino. Inácio Esperança explica que as medidas de gestão tomadas atempadamente permitiram assegurar o “equilíbrio estrutural e conjuntural” “A situação está estável, não temos ordenados em atraso, e isso é o que de facto importa”, sublinha. Por aqui, de um contingente de 55 bravos soldados da paz, a esmagadora maioria é voluntária e, ainda assim, ao contrário do que sucede em muitos quartéis por todo o país, a operacionalidade está garantida. “Durante o dia é complicado recorrer à sirene e ter aqui operacionais, porque estão a trabalhar. O nosso drama é, sempre, o período diurno, situação que nos obrigou a criar uma equipa profissional, sobretudo para assegurar o transporte de doentes”, diz-nos o comandante, especificando que esse grupo integra “cinco elementos: dois motoristas, dois maqueiros e um outro sempre disponível para qualquer eventualidade”. O responsável operacional recorda então outros tempos, mais difíceis, quando faltava quase tudo e que até o comandante tinha que “pegar no volante da ambulância”. Os voluntários de Vila Viçosa servem uma população que rondará os 8200 habitantes, sendo que o que mais pesa em matéria de atividade operacional são os acidentes nas pedreiras, os sinistros rodoviários e ainda um elevado número de serviços relacionados com o socorro à população sénior. Para além destas operações, o 2.º comandante recorda ainda como pontos que exigem prontidão imediata, o Paço Ducal de Vila Viçosa, onde aliás em 1987 um incêndio deu algum trabalho e muitas dores de cabeça aos operacionais. Neste território, a interioridade parece ser a “mãe de todos os males”. Os mais jovens procuram outras paragens, outras oportunidades, até porque o desemprego também por ali é um flagelo. “Infelizmente, já conseguimos fazer dois ECIN com desempregados e ainda temos que contar com os jovens que não conseguem o primeiro emprego”, revela o comandante, não escondendo fundadas preocupações com o futuro daquela região. “Não há muitos anos tínhamos aqui 180 pedreiras a operar, atualmente são 30 ou 40 em atividade e breve prazo restarão 15. Aqui nunca houve desemprego, aliás Vila Viçosa dava trabalho aos concelhos limítrofes. Há 10 anos, o nível de vida no nosso concelho era bastante alto…” recorda José João Patacão, dirigente da instituição. Por agora, e apesar dos pesares, não falta motivação aos voluntários para servir o seu semelhante e até os mais novos, não obstante de todas as distrações e atrações, começam a demonstrar interesse pela causa, a avaliar pelo entusiasmo da cerca de dezena e meia de crianças que frequentam a “escolinha” dos Voluntários de Vila Viçosa. Em matéria de apoios os responsáveis revelam que a câmara municipal, no âmbito de um protocolo, garante verbas para a formação, para além de subsídios pontuais para aquisição de equipamento, nomeadamente de viaturas. Para além disso, a instituição conta com subsídio anual da Fundação da Casa de Bragança. Os Voluntários de Vila Viçosa albergam um centro de lavagem de carros, que assegura alguns proventos para a instituição e dinamiza ainda uma horta que dá de comer a muitos operacionais. A vontade de servir é complementada com meios humanos de excelência e equipamento “razoável”, muito embora, dizem-nos, “a frota de ambulâncias comece a pedir a renovação que por agora é questão adiada”. Apesar de todas as vicissitudes os Bombeiros de Vila Viçosa vão conseguindo contornar a crise e garantir o socorro às populações prestando um serviço que enobrece os bombeiros de Portugal. 18 FEVEREIRO 2013 SERTÃ Foto: Paulo Novais/Lusa Despiste de autocarro provoca 11 mortos O despiste de um veículo pesado de passageiros para uma ravina no Itinerário Complementar n.º 8 (IC8) no nó do Carvalhal, concelho da Sertã, provocou 11 mortos e 33 feridos, no passado dia 27 de janeiro. A violência do sinistro esteve na origem da projeção de algumas das vítimas pela ravina e deixou outras encar- ESMORIZ ceradas no interior do autocarro, o que obrigou à mobilização de um vasto dispositivo de socorro composto por 268 SAGRES Janeiro de má memória A Pescador resgatado de falésia equipa de salvamento em grande ângulo dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo resgatou do fundo de uma falésia litoral um pescador vítima de queda. Os bombeiros contaram também com o apoio da Polícia Marítima. O relato e as imagens que nos chegaram testemunham, mais uma vez, a competência demonstrada pelos bombeiros, associada também naturalmente ao risco próprio da missão. O acidente ocorreu ao princípio da manhã de 31 de janeiro último numa arriba situada no sítio das Candeeiras, Sagres, próximo das antenas da Rádio Naval de Sagres. Um pescador lúdico, José Manuel da Silva Duarte, de 66 anos, encontrava-se acompanhado de um familiar quando ao descerem para o pesqueiro caiu de uma altura de 4 metros, entre duas plataformas rochosas sobranceiras uma á outra, situadas a cerca de 15 metros da orla da falésia e a 12 da água. A valente intempérie que se abateu sobre o nosso País, no fim de semana de 19 e 20 de janeiro, deu muito trabalho aos bombeiros que não tiveram mãos a medir para responder a tantas solicitações. Do quartel de Esmoriz, chegam ecos de uma situação anómala só comparável ao temporal que há cerca meio século varreu a região. Ainda assim, o corpo de bombeiros organizou-se e, antecipando a resposta ao alerta vermelho, reforçaram o piquete que passou a contar 20 operacionais. Os pedidos de socorro, começaram a chegar ainda de madrugada dando conta de muitas ocorrências quer em edifícios industriais, quer zonas habitacionais onde o vento arrancou muitas árvores, mesmo as de grande porte. Telhados, chaminés, placas e estruturas diversas, estradas cortadas, aflição e receio, davam conta de uma situação perigosa que levou a ecoar da sirene que trouxe ao quartel cerca de 50 homens tenham que se juntaram aos operacionais que se desdobravam no apoio e socorro às populações. O vento que não perdia força partiu cabos elétricos e a falha de energia acabou por complicar ainda mais as operações. Em simultâneo, ao início da manhã, os Bombeiros de Esmoriz foram chamados à Base Aérea de Maceda para apoiar o resgate dos membros de tripulação de um navio cargueiro encalhado ao largo de S. Jacinto. As condições meteorológicas impediram a atuação dos helicópteros, a operação foi então deslocada para a zona da Praia da Torreira, e foram desmobilizados os meios do quartel de Esmoriz. A juntar às várias estradas e zonas residenciais alagadas a inundação do viaduto da Av. da Praia, em Esmoriz ditou o seu encerramento e deu muito trabalho aos bombeiros. Depois da tempestade, coube ainda aos bombeiros proteger as habitações, designadamente telhados com coberturas improvisadas, até ao arranque dos trabalhos de construção civil. Valeram, uma vez mais, os materiais de reserva dos bombeiros, bem como as ofertas de empresas e amigos. Entretanto, sem paragem durante todo o fim de semana, nas mais distintas intervenções, a auto grua dos Voluntários de Esmoriz, tombou pondo em risco a vida do subchefe Salviano Gomes que a operava em trabalhos de remoção de árvores no Parque de Campismo de Esmoriz. Depois do susto, direção, comando e corpo ativo uniram-se e com o apoio de empresas da especialidade efetuaram o trabalho de posicionamento e posterior remoção da grua do parque. “Serão meses até poder voltar a trabalhar arduamente para os Bombeiros de Esmoriz e para o socorro das populações, mas os Bombeiros confiam que não serão abandonados”, refere fonte da associação. operacionais, apoiados por 98 veículos de socorro e dois helicópteros, Sérgio Santos Alertados para o acidente, articulando todas etapas com o CDOS, os Voluntários de Vila do Bispo deslocaram-se para o local com uma ambulância de socorro (INEM) e uma viatura florestal de combate a incêndios, onde se deslocava a equipa de salvamento em grande ângulo. Feito o reconhecimento ao local, os bombeiros sinalizaram o perímetro de segurança e montaram o dispositivo para proceder ao resgate. Os elementos que desceram a falésia, após o exame primário e secundário à vítima iniciaram as manobras para a sua ascensão em maca de resgate. O pescador encontrava-se consciente e apresentava ferimentos na cabeça e escoriações nas mãos e na anca esquerda que lhe dificultavam a mobilidade. Concluído o resgate, os Voluntários de Vila do Bispo procederam ao transporte do pescador ferido para o Hospital de Portimão por indicação do CODU/INEM. 19 FEVEREIRO 2013 ESTORIL Espírito de missão salva vida Oito operacionais dos Voluntários do Estoril partilham uma história de coragem e o orgulho de salvar uma vida em condições muito adversas. Numa operação inesperada, sem grandes meios para responder à missão valeu a preparação e a adrenalina de bombeiro para retirar das águas agitadas da rochosa praia da Azarujinha, em São João do Estoril, uma idosa “engolida” pela ondulação forte, juntamente com uma familiar. Texto: Sofia Ribeiro – Fotos: Marques Valentim A ondulação forte que se fazia sentir a meio da tarde de 29 de janeiro varreu o paredão de Cascais/ Estoril e apanhou quatro mulheres, na praia da Azarujinha em São João do Estoril, sendo que duas, mais jovens, conseguiram escapar ilesas, mas as duas outras acabaram por ser arrastadas para o mar: uma faleceu e a mais idosa foi salva por uma equipa dos Bombeiros do Estoril, depois de uma luta aguerrida quase desigual com a natureza. Dias depois desta operação, a equipa que perpetrou tão arriscado salvamento voltou à praia da Azarujinha com o jornal Bombeiros de Portugal, onde recordou a atribulada manhã em que foi chamada a debelar um incêndio num anti- go apoio de praia e acabou por ter que enfrentar um mar em fúria, para salvar uma mulher que lutava pela vida. Contou-nos o comandante Carlos Coelho que quando os operacionais já desmobilizavam os meios, após a extinção do incêndio, “uma agente da Polícia de Segurança Pública que estava dar apoio à operação deu o alarme. Ali mesmo à nossa frente, quatro pessoas eram apanhadas pela agitação marítima, duas delas, mais jovens conseguiram escapar, mas duas senhoras foram arrastadas pelo mar”. “Saímos dos veículos, desfardamo-nos, pois o equipamento de proteção individual não é ajustado a este tipo de intervenção, e fomos socorre-las”, continua a contar o co- mandante, adiantando, visivelmente incomodado, que “uma das vítimas já se estava mais ao largo e foi resgatada com a ajuda dos surfistas, mas sem vida. Não podíamos fazer nada.” A equipa concentrou-se então no resgate e salvamento da outra mulher. Não foi fácil porque o mar media forças com os operacionais e as rochas constituíram um perigo tanto para a vítima, que aliás já apresentava várias escoriações, como para a equipa, que corria sério risco de ser puxada pela ondulação e tornar ainda mais complexa a operação. Algum tempo depois, a idosa estava em terreno seguro, mas em paragem cardiorrespiratória, situação que a equipa, bem preparada, rever- teu restabelecendo os sinais vitais, entretanto chegou ao local a viatura médica do INEM e a ambulância de socorro dos voluntários Estoril e a vítima, já estável, foi transportada ao Hospital de Cascais. Olhares cúmplices, sorrisos nervosos denunciam um momento partilhado que deixou marcas, mesmo nos mais experientes bombeiros habituados a efetuar resgates no mar, mas sem memória de qualquer salvamento. Naquele local, garante o comandante, não havia até então qualquer registo de situações idênticas, pelo que esta foi uma experiência nova, “diferente” para todos os operacionais envolvidos. “Fomos chamados para uma ocorrência e à nossa frente acontece uma outra”, sublinha o comandante para depois reconhecer que esse facto, “a presença dos bombeiros no local permitiu o sucesso da intervenção”. “Garantidamente, aquela senhora só foi salva porque estávamos aqui”, considerou. “Normalmente, quando saímos do quartel já sabemos ao que vamos temos maneira de nos preparar para o que vamos enfrentar, aqui estávamos preparados para uma situação e acabámos por ter que responder a uma outra”, revela a bombeira de 2.ª Filomena Baleizão, que ainda emocionada, confidencia que nessa noite não conseguiu dormir. Viu e reviu o “filme” dessa tarde, já mais tranquila, garante que este momento serviu afinal para (re)confirmar a vocação, a entrega à missão de salvar vidas. “Sabem até chorei, porque enquanto ali estive a tentar salvar aquela mulher, não pensei em mais nada… e eu tenho um filho…” voltou a deixar escapar uma lágrima, para depois já refeita deixar-se levar pela satisfação do dever cumprido, espelhada em cada um dos rostos daqueles bombeiros. “Ficámos com a consciência que fizemos o que pudemos. Nesta operação primeiro funcionou o coração, mas os conhecimentos, a formação, a preparação da equipa foi fundamental para o seu desfecho”, garantiu-nos, orgulhoso, o comandante Carlos Coelho. A equipa que no dia 29 salvou uma idosa integrava o comandante Carlos Coelho, chefe Joaquim Barbosa, subchefe Luís Martins e os bombeiros de 2.ª Filomena Baleizão, Skrljzen Sadiku e Nuno Vaz que se encontravam no local no combate às chamas num imóvel devoluto, aos quais se juntaram no socorro à vítima os subchefes Horácio Afilhado e João Fialho ACIDENTE FERROVIÁRIO D ois comboios descarrilaram na linha de Cascais, um em Algés e outro em Caxias, na manhã do passado dia 8. O acidente não causou vítimas mas provocou a interrupção da circulação, entre Oeiras e o Cais do Sodré, durante todo o dia. No teatro de operações estiveram 13 operacionais, entre os quais 11 bombeiros apoiados por quatro viaturas. Dois comboios descarrilam na linha de Cascais 20 FEVEREIRO 2013 ANGRA DO HEROÍSMO Acidente com matérias perigosas Foto: BVAH VILA REAL U m veículo pesado de matérias perigosas despistou-se na rotunda da zona do Pico Redondo, em Angra do Heroísmo. Apesar do embate nas barreiras de proteção da via, não se verificou qualquer fuga do gás que a viatura transportava. Ainda assim, por prevenção, os Voluntários de Angra do Heroísmo, com o apoio de outras entidades, realizaram a trasfega do produto, numa operação que envolveu 15 operacionais e quatro veículos. Sérgio Santos SINTRA Armazém de móveis destruído A Cruz Branca no apoio à população neve que nesta época do ano proporciona imagens de rara beleza, arrasta consigo limitações à mobilidade das populações. Com o intuito de quebrar o isolamento os Bombeiros da Cruz Branca, Vila Real, estiveram mais uma vez no apoio à distribuição de refeições aos idosos, serviço que o Centro Social e Paroquial da Campeã desenvolve nas freguesias da Campeã, Vila Cova e São Miguel da Pena. A neve impediu a circulação dos veículos desta instituição, cabendo aos bombeiros, com um veículo de todo o terreno, cumprir esta missão solidária de grande importância social. Os Voluntários da Cruz Branca, como é usual nesta época do ano assegurou muitas outras intervenções de auxílio aos automobilistas apanhados pelo gelo e pela neve nas estradas da serra do Marão e Alvão. PENICHE Muitas ocorrências, muito trabalho U m violento incêndio consumiu parcialmente um armazém e loja de móveis da empresa “HCM” em Fervença, concelho de Sintra. O material inflamável que se encontrava no interior do edifí- cio facilitou a propagação das chamas e dificultou o trabalho aos cerca de 60 operacionais dos corpos de bombeiros do concelho de Sintra que foram apoiados por 20 veículos. Neste sinistro também esti- veram envolvidos um veículo da secção de assistência e socorro da base aérea de Sintra (FAP) e equipas do serviço municipal proteção civil de Sintra e Guarda Nacional Republicana. Sérgio Santos RIBEIRA DE PENA C Simulacro na Misericórdia om o intuito de testar o plano de emergência do lar da 3ª idade e da unidade fisioterapia e reabilitação da Misericórdia de Ribeira de Pena bombeiros e funcionários da instituição estiveram envolvidos num simulacro, que permitiu avaliar meios técnicos e humanos. O exercício teve como “guião” a extinção de um foco de incêndio na cozinha e o resgate e salvamento de seis vítimas que, depois de estabilizadas, foram encaminhadas para o hospital mais próximo. O simulacro mobilizou 25 operacionais dos Voluntários de Ribeira de Pena, duas viaturas de combate a incêndio, duas ambulâncias de socorro e um veiculo de comando, bem como elementos da Guarda Nacional Republicana e todos os colaboradores da instituição. Trabalho de remoção de telhas soltas, na cobertura de proteção às obras de restauro da Igreja de São Pedro, em Peniche O temporal do passado mês de janeiro, parece ainda bem vivo na memória dos bombeiros portugueses, que de Norte a Sul dão conta de um volume anormal de ocorrências. A título de exemplo, o comandante José António Rodrigues dos Voluntários de Peniche, em comunicado, dá conta de cerca de sete dezenas de ocorrências que mobilizaram 58 operacionais apoiados por 14 viaturas. Os estragos provocados pela intempérie levaram mesmo a Comissão Municipal de Proteção Civil de Peniche a reunir de emergência, no quartel dos bombeiros para delinear estratégias de atuação, garantindo a qualidade e celeridade na resposta às populações. Segundo dados dos operacionais de Peniche, os danos em imóveis e quedas de estruturas foram as situações que mais ocuparam os operacionais, que dão, ainda, nota de inúmeras quedas de árvores e de cabos elétricos. 21 FEVEREIRO 2013 AVEIRO – VELHOS Foto: Marques Valentim Exercício bem sucedido em hotel V inte e quatro elementos dos Voluntários de Aveiro – Velhos protagonizaram um bem sucedido exercício designado por “Moliceiro 2013” e realizado no hotel “Mélia – Ria”. Conforme nos referiu o comandante do corpo de bombeiros, Carlos Pires, o exercício teve como objetivo “testar a capacidade de resposta e intervenção do corpo de bombeiros no cenário de incêndio em estabelecimentos de hotelaria”. Após a receção do alerta no quartel para “um incêndio no piso 3 da unidade hoteleira com 2 hóspedes encurralados no quarto n.º 305 e fumo no piso 2 desconhecendo-se o número exato de vítimas”, foram enviados 5 veículos, uma viatura urbana de combate a incêndios (VUCI), uma viatura especial de combate a incêndios (VECI), uma plataforma (VP-37), um autotanque (VTTU) e duas ambulâncias de socorro (ABSC). Chegados ao local, os bombeiros organizam-se, o mais graduado efetua o reconhecimento e assumiu o comando de operações (COS). Entra a primeira equipa no interior do hotel com a missão de localizar o foco de incêndio, com o conhecimento prévio de que, para já, há 2 hóspedes retidos no interior do quarto. O COS solicita então a intervenção da plataforma para o resgate dos referidos hóspedes pelo exterior do imóvel e, em face da evolução dos meios dentro do edifício é possível detetar a existência de mais duas vítimas entretanto assistidas e resgatadas para o exterior. Em simultâneo, noutro ponto do imóvel a segunda equipa acede ao terraço do segundo piso para o resgate dessas vítimas. Tudo decorre dentro dos procedimentos previstos para este tipo de ocorrência e no final o balanço é positivo não obstante reconhecerem que há sempre procedimentos a afinar melhor, “razão fundamental para que estes exercícios se realizem”, sublinhou-nos o comandante Carlos Pires. O exercício “Moliceiro – 2013” integrou-se no programa das comemorações do 131.º aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Aveiro-Velhos, a que aludimos também, em especial, nesta edição. 22 FEVEREIRO 2013 BASE NAVAL DE LISBOA Incêndios florestais em ação conjunta O s Bombeiros Voluntários de Cacilhas em conjunto com a Base Naval de Lisboa, realizaram recentemente naquele importante perímetro militar um simulacro de incêndio florestal. A premência do exercício “BNL 2013” assume particular importância tendo em conta o facto da área florestal daquela unidade militar da Marinha de Guerra Portuguesa, integrada no concelho de Almada, ocupar cerca de 400 hectares de pinhal. Neste exercício, estiveram envolvidos 3 veículos de combate a incêndio da Base Naval de Lisboa, 8 veículos e 32 bombeiros dos Voluntários de Cacilhas, nomeadamente 2 veículos de comando, 1 veículo de comunicações, 3 veículos florestais de combate a incêndio, 1 veículo ligeiro de combate a incêndios e 1 veículo urbano de combate a incêndios. Participou também, a Policia da Base Naval, oficiais da Marinha de Guerra Portuguesa, no posto de comando, e, em modo “CPX”, o CDOS de Setúbal, um meio aéreo pesado e outros meios de combate a incêndios solicitados. Os principais objetivos do exercício, segundo o comandante dos Bombeiros de Cacilhas, Miguel Silva, foram plenamente alcançados, nomeada- mente,” o conhecimento do terreno, por parte da força de bombeiros, a articulação e agilização, do comando das operações, tendo em conta tratar- -se de uma instalação militar, o treino das equipas de bombeiros e o treino das próprias equipas da Marinha”. VILA NOVA DE GAIA Simulacro no hotel BARREIRO O O Hotel Holiday Inn Porto Gaia, na freguesia de Mafamude, testou, uma vez mais o plano de segurança, desta feita com um simulacro de incêndio num quarto do 17.º piso. Participaram no exercício os Sapadores de Vila Nova de Gaia e os Voluntários de Coimbrões, bem como elementos da Proteção Civil Municipal. A evacuação e socorro decorreram de uma forma organizada, a comunicação com os meios externos foi eficaz, tendo o hotel demonstrado preparação e sensibilização para este tipo de ações. Duplo exercício testa meios corpo ativo dos Bombeiros Voluntários do Barreiro – Corpo de Salvação Pública foi recentemente colocado à prova em dois exercícios técnicos. Num dos cenários no âmbito do desencarceramento foi encenada a queda de uma estrutura sobre um veículo acidentado, seguido de uma rotura num reservatório de gás, o que obrigou a abertura de espaços para extrair as três vítimas e ainda a proteção ao depósito em fuga. O outro treino, na vertente de busca e salvamento recriou um incêndio numa garagem ampla com várias viaturas e com visibilidade nula. Esta ação que teve como objetivo garantir maior eficácia do corpo de bombeiros do Barreiro permitiu “atualizar as competências dos operacionais, cumprindo o plano de formação para corrente ano”, conforme salientou um dos responsáveis operacionais ao nosso jornal. Sérgio Santos 23 FEVEREIRO 2013 ODIVELAS O CÂMARA DE LOBOS O Plano de segurança é testado grupo de socorro e resgate em montanha dos Bombeiros de Câmara de Lobos (Madeira) testou, uma vez mais, o plano de segurança do teleférico da fajã do Cabo Girão. Esta infra-estrutura, em funcionamento desde 2002, está vocacionada para servir uma população agrícola, sendo igualmente explorada na vertente turística, dispõe de duas estações que distam, na horizontal 335.9 metros e na vertical 241.7 metros, perfazendo um trajeto de 415.1 metros. O exercício consistiu, numa primeira fase, em simular uma falha de energia e verificar o funcionamento do sistema alternativo de alimentação e num segundo momento simular um proble- Operacionais treinam em autocarros s Bombeiros de Odivelas realizaram uma instrução interna de cariz prático sobre o tema “Elevação de Emergência de Autocarros”. Esta ação que teve a duração de dois dias veio reforçar as aptidões técnicas dos 12 elementos que participaram numa iniciativa que recorda o histórico de intervenções neste tipo de cenários e visa a melhor preparação para a intervenção, sendo que o corpo de bombeiros conta no seu quadro com elementos com formação internacional nesta área. O sucesso desta instrução suscitou o interesse de diversos elementos de outros corpos de bombeiros o que levou os Voluntários de Odivelas a agendar para os meses de março e abril dois workshops subordinados a esta temática. Sérgio Santos FORMAÇÃO O ma mecânico do sistema, que ditou o resgate dos ocupantes com recurso a meios da própria infra-estrutura e outras técnicas e equipamentos usados pelos bombeiros no resgate em montanha. A ação permitiu assim testar o plano de segurança e evacuação do teleférico e simultaneamente apurar a operacionalidade dos bombeiros, conforme sublinhou ao nosso jornal, Sílvio Freitas, comandante dos Voluntários de Câmara de Lobos. ALIJÓ Encontro promove uniformização Regimento promove curso peracionais dos Sapadores de Faro e dos Municipais de Loulé, Olhão e Tavira, bem como profissionais de Tomar e Abrantes estão em formação na Escola do Regimento Sapadores Bombeiros em Lisboa. O “Curso de Controlo de Flashover Nível I” visou dar novas ferramentas aos bombeiros em matéria de controlo da evolução de incêndios em espaços confinados dentro de estruturas. A formação que complementou uma componente teórica, teve como ponto forte a vertente prática que permitiu aos formandos contactarem com ambientes estruturais com incêndios e fenómenos da combustão envolvendo temperaturas muito elevadas. FAFE Gestão de stress e conflitos Q uatro dos corpos de bombeiros voluntários do Concelho de Alijó (Alijó, Cheires, Favaios e Sanfins do Douro) juntaram-se para a realização de um exercício/concurso de manobras. Segundo o comandante operacional municipal e comandante dos Voluntários de Alijó, José Rebelo, “este primeiro encontro, além de proporcionar o convívio entre todos, teve por objetivo, tendo por base um certo clima de competição, a uniformização de procedimentos e interação entre bombei- ros voluntários que pode trazer enormes benefícios futuros”. A organização deste primeiro “concurso de manobras estilo bombeiro de ferro” ficou a cargo dos BV Alijó, e culminou com um lanche convívio nas suas instalações. “Os exercícios abordados foram sobre Incêndios Florestais e Incêndios Urbanos, que puseram à prova os bombeiros de Alijó, Cheires, Favaios e Sanfins do Douro presentes”, precisou o comandante José Rebelo. “Não obstante o resultado final do concurso ser o que menos importa, os bombeiros não deixaram os créditos por mãos alheias e realizaram tempos de intervenção muito bons, sem grandes diferenças entre CBs, o que demonstra enorme empenho e capacidade de todos” sublinha o comandante municipal. Assinale-se que este encontro contou com a presença de todos os quadros de comando dos corpos de bombeiros envolvidos, bem como do comandante distrital de Vila Real. A formação dos Os Bombeiros de Fafe, na sequência de uma nova aposta do comando, prepara-se para durante o ano de 2013 aplicar um novo método de formação com uma componente mais prática, voltada para a realidade e as necessidades de preparação e instrução dos operacionais. A “Gestão de Stress e Conflitos” constituiu a temática de abertura de um ciclo nove ações que versará diferentes áreas. No final desta formação, os participantes em jeito de balanço sublinharam a importância de uma formação “bastante enriquecedora e produtiva”. 24 FEVEREIRO 2013 VILA REAL Cruz Verde pioneira com chefia no feminino A caminhada enquanto bombeiras começou há quase 17 anos, quando, por iniciativa própria, decidiram assumir o desafio de ajudar o próximo, entrando, para isso, num “mundo de homens”. Hoje, depois de um percurso completo na carreira e da conquista o seu espaço, são as primeiras mulheres do distrito de Vila Real a envergar as divisas de subchefe. Recordando os bons e os maus momentos, Liliana Martins e Marília Sousa o balanço, no feminino, de uma história dedicada ao lema “Vida por Vida”. Com um corpo ativo que conta já com 30 por cento de elementos femininos, a Cruz Verde destaca-se agora por acolher, desde o início do ano, as duas primeiras mulheres do distrito a assumirem funções de subchefe. Marília Sousa, de 32 anos, e Liliana Martins, de 33, têm ambas quase 17 anos de dedicação à associação da Cruz Verde, tendo progredido na carreira desde aspirante - hoje, estagiários - a subchefe, conquistando pelo meio as divisas de bombeiras 3.ª, de 2.ª e de 1.º. No distrito são as primeiras mulheres a fazer com sucesso todo o percurso de uma profissão que é voluntária, mas que ao longo de mais de década e meia exigiu muito tempo pes- soal, muitas vezes roubado à família. “Esta foi uma caminhada longa e sofrida, mas valeu a pena”, diz Marília Sousa, revelando um “orgulho muito grande” em ter sido uma das primeiras a completá-la. Lembrando que “antigamente nem se ouvia falar de mulheres nas corporações”, a bombeira recorda que integrou o primeiro grupo feminino na Cruz Verde, que integrava, também, Liliana Martins, que, agora como subchefe, continua firme na dedicação ao socorro de quem precisa. “Não venho de uma família de bombeiros, e ainda hoje a minha família não gosta muito porque passo muito tempo no quartel”, explica Marília Sousa, que atualmente é bombeira profissional, ou seja, é assalariada da Cruz Verde. Já a amiga de longa data, casada, com duas filhas e assistente técnica no serviço de fisioterapia do hospital, reconhece que é preciso contar com a “colaboração da família” para que a atividade seja possível. “As minhas filhas ajudam-me para que eu possa dar um pouco de mim aos bombeiros”, afirma Liliana Martins, revelando que não abdica de dar atenção às filhas, ao marido e à casa, optando por investir nesta mis- são o tempo que deveria reservar para si. Seguindo ao exemplo da irmã mais velha, que aos 18 anos ingressou na Cruz Branca, a bombeira foi oferecer os seus à Cruz Verde mas ainda antes de atingir a maioridade. “Pedi à minha mãe para me acompanhar e na altura aceitaram a inscrição. A minha irmã já saiu, faz parte do Quadro de Reserva, e eu aqui continuo”, confidencia. Apesar de ser notória a paixão desta duas mulheres pelos bombeiros, ambas revelam que já pensaram desistir. Liliana recorda, por exemplo, um episódio que fez com que ficasse afastada do serviço voluntário durante três anos. “No ano de 2005 fomos acionados para colaborar num incêndio em Alvações do Corgo. Chegados ao local, começamos a atuar, o vento virou e ficámos cercados pelo fogo. Conseguimos sair mas apercebemo-nos que um colega de Santa Marta tinha ficado para trás… Percebemos que não podíamos fazer nada e quando estávamos a tentar tirar o corpo, o vento voltou a virar e eu fiquei encurralada pelas chamas durante vários minutos, que me pareceram horas”, conta a bombeira, lembrando que pouco tempos depois ficou a saber que estava grávida da segunda filha. “Tive que ter ajuda psicológica, porque não estava a saber gerir a situação. Pensei se valeria a pena perder tudo o que tinha para tentar fazer o bem aos outros”. Mais tarde, percebeu que “o que mais queria” era ser bombeira e regressou ao ativo. “A grande evolução dos últimos anos foi na formação” Garantindo que já conquistaram o seu espaço na corporação, Marília e Liliana são também testemunhas da evolução do mundo dos bombeiros, um progresso, também, ditado pelo desenvolvimento a nível de formação. “Na minha perspetiva, a evolução maior foi a nível da formação. Quando entramos era básica, os nossos chefes transmitiam aquilo que sabiam”, su- blinha Liliana Martins, reconhecendo as oportunidades que têm hoje com acesso a vários cursos e especializações. Mas a transformação aconteceu também ao nível dos equipamentos. “Antes, se precisávamos de umas calças tínhamos que as comprar. Hoje há um esforço muito grande para garantir todas as condições”, frisa a bombeira, que refere ainda como aspeto muito positivo a re-estruturação e ampliação do quartel, que, concluída no ano passado, representou uma enorme mais-valia em termos de conforto para o corpo ativo feminino. Para as mulheres do concelho que queiram ingressar nos bombeiros, as duas subchefes têm palavras de encorajamento. “Em primeiro lugar pensem bem se é isso que realmente querem, e quando entrarem saibam marcar o espaço delas. Importa que consigam demonstrar que são iguais aos homens e que não querem benefícios” num mundo que “ainda é de homens”, explica Marília. Cruz Verde conta este ano com 14 novas bombeiras Para além das 26 mulheres que já integravam o corpo de bombeiros, a Cruz Verde recebeu recentemente mais cinco operacionais e acolhe nove estagiárias. As mulheres já são uma percentagem significativa do corpo ativo”, regista o comandante Miguel Fonseca, que fala com “orgulho” do percurso de Liliana e Marília, dois elementos próximas, uma vez que partilharam consigo toda a carreira até ao momento em que assumiu o comando. “Hoje elas são duas peças fundamentais, basilares, neste corpo de bombeiros”, afiança. Maria Meireles SERPINS Novo quartel em julho TORRES NOVAS Associação promove e recebe reforços A O salão nobre da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Torrejanos, foi palco da entrega de divisas a novos 11 operacionais. Na mesma ocasião, o quartel deu as boas vindas a seis bombeiros de 2.ª e sete de subchefes, recentemente promovidos. O comandante, Coronel António Leitão felicitou os opera- cionais e relembrou responsabilidades acrescidas destas promoções agradecendo a todos o empenho e dedicação às causas humanitárias desempenhadas por esta associação. De salientar a presença dos elementos da direção da instituição, que pela voz do presidente Arnaldo Santos, enalteceu a disponibilidade e prontidão de todos os operacionais. Registe-se que, já este ano, teve início um curso de formação inicial para bombeiros, tratando-se de uma inicativa conjunta que envolve também os Municipais Alcanena e conta com 24 participantes, 16 voluntários e os restantes aspirantes a profissionais. Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Serpins agendou para meados de julho a cerimónia de inauguração das novas instalações. Com o início das obras no ano transato, os soldados da paz de Serpins começaram a realizar um sonho antigo que se concretizará “nos próximos meses”, logo após a conclusão de pequenos trabalhos e dos arranjos exteriores, conforme salientou ao nosso jornal um dos responsáveis da associação. Numa área total de 10 mil metros quadrados, em terreno adquirido pela Junta de Freguesia de Serpins, surge o novo quartel com uma área de construção de cerca mil metros quadrados que alberga o edifício operacional e um parque de viaturas. A obra teve um custo de 610 mil euros, comparticipado em 85% pelo QREN, sendo a verba restante assegurada pela Câmara Municipal da Lousã, Junta de Freguesia de Serpins e a própria associação. O corpo de bombeiros voluntários de Serpins foi fundado em 1995, servindo a zona a norte do concelho da Lousã e tem nos seus quadros 70 operacionais, 16 veículos e uma escola de cadetes e infantes com cerca de 40 elementos. Sérgio Santos 25 FEVEREIRO 2013 CHAVES IRS debatido em cerimónia de inauguração A insistência da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) junto do Governo para isentar os bombeiros do pagamento do IRS no âmbito do DECIF foi um dos temas centrais das intervenções realizadas durante a cerimónia de inauguração do novo quartel da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvação Pública de Chaves. Na oportunidade, o presidente do conselho executivo da LBP, comandante Jaime Soares, chamou a atenção do secretário de Estado adjunto do ministro da Administração Interna, Juvenal Peneda, para a necessidade de isentar do pagamento de IRS as verbas recebidas pelos assalariados das associações, após o seu horário de trabalho quando participam no Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF). Jaime Soares lembrou na ocasião que para debater essa questão estava eminente uma reunião da Liga com o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, como entretanto veio a acontecer, e da qual damos destaque nesta edição. O novo quartel da Salvação Pública de Chaves custou cerca de 1,2 milhões de euros e situa-se na zona industrial do Alto da Cocanha, reunindo as condições de operacionalidade e conforto que tantos anos tardaram. A nova localização beneficia também o tempo de resposta dos bombeiros mas suscita alguma preocupação da parte destes em acederem à nova infra-estrutura instalada agora fora do centro da cidade. ÓBIDOS Bombeiros já têm unidade de socorro VFCI chega ao quartel Fotos: CMSines SINES A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sines inaugurou com pompa e circunstância, no passado dia 2 de fevereiro, o novo quartel destinado a área do socorro. A cerimónia teve início com uma grandiosa formatura que acolheu as entidades convidadas na nova unidade de socorro, a que se seguiu a bênção e inauguração do moderno edifício. Esta extensão das instalações dos Voluntários de Sines, orçada em 800 mil euros, acolherá a urgência e o socorro, sendo que o antigo quartel assume em exclusivo os serviços de saúde e apoio hospitalar, uma estratégia que o presidente da direção João Santa Bárbara considera fundamental para “garantir o futuro dos bombeiros, e a certificação do serviço prestado à comunidade”. Construído numa área de cinco mil metros quadrados, na zona industrial n.º 2, a nova edificação permite reforçar a operacionalidade do corpo de bombeiros e “servir as grandes empresas” que segundo o presidente da direção devem por seu turno “apoiar os bombeiros”, para que “crescimento industrial e nível de risco sejam compatíveis com a capacidade de resposta da corporação”. Vítor Pereira, o comandante interino, salientou que face à dimensão do concelho e os riscos ine- rentes, o corpo de bombeiros não só necessitava destas novas instalações mas também de mais operacionais nos quadros. Numa cerimónia marcante para os soldados da paz de Sines, um dos momentos altos a distinção de João Santa Bárbara com o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, galardão que também foi entregue aos beneméritos António Pimenta, Francisco do Ó Pacheco, Carlos Lopes Paulo e José Catarino. A sessão contemplou ainda a apresentação da escola de cadetes e infantes, a promoção de alguns operacionais e a atribuição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses. A cerimónia presidida pelo secretário de estado da Administração Interna Filipe Lobo D’Ávila, contou igualmente com as presenças de Manuel Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, bem como do diretor nacional de planeamento e emergência da ANPC, João Oliveira, do vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado, da comandante distrital Patrícia Gaspar, do presidente da federação dos bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia e representantes de entidades militares e associações congéneres do distrito. Sérgio Santos O s Bombeiros de Óbidos adquiriram, recentemente, um Veículo Florestal de Combate a Incêndios (VFCI), um investimento na operacionalidade, que visa dar resposta “à cada vez mais exigente ação de combate a incêndios”, conforme explica fonte a associação. O veículo de marca MAN de modelo TGM 13/290 é apresentado como “sofisticado ao nível do equipamento, da bomba acoplada, mas também dos sistemas de proteção do próprio viatura e da sua guarnição”, Os Voluntários de Óbidos adiantam, ainda, que o novo VFCI “tem uma boa prestação tanto em estrada como em todo-o-terreno, dispondo de uma caixa de velocidades de baixo e alto regime”. Da mesma forma, é salientado o conforto da cabine, uma mais-valia na ótica dos operacionais, nomeadamente, no “período de incêndios florestais, quando se torna obrigatória a realização de longas viagens para a prestação de auxílio nas mais variadas regiões do País”. A segurança pessoal é outro fator a considerar neste veículo, tendo em conta que a guarnição pode dispor de um sistema de ar comprimido com seis saídas diretas facilitando a respiração em ambientes hostis face à existência de muito fumo. O veículo dispõe ainda um sistema de springlers que permite a utilização de água sob a forma de chuveiro, ao longo de todo o chassi e nas 4 rodas, assegurando uma proteção importante na circulação por áreas em chamas ou com temperaturas elevadas. MORA Associação assinala 73.º Aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora celebrou o 73.º aniversário, com um programa que integrou o tradicional hastear das bandeiras na sede da instituição, a missa na Igreja da Mise- ricórdia e um almoço convívio que reuniu no quartel dirigentes, bombeiros e respetivas famílias. A efeméride realizou-se sob a égide do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos bom- beiros voluntários e dirigentes, marcado pela “dedicação e eficácia nos diversos cenários para que foram solicitados, quer no concelho de Mora, quer no apoio aos diversos corpos de bombeiros de todo o País”. 26 FEVEREIRO 2013 LISBONENSES Emigração também atinge instituição A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses comemorou o 104.º aniversário com a promoção a bombeiro de 3.ª de 3 elementos. O quarto elemento, uma mulher e enfermeira de profissão, que também deveria ser sido promovido, acabou por não estar presente dado que, entretanto, se viu na contingência de emigrar para a Alemanha. Este será o caso mais recente com que os Voluntários Lisbonenses se confrontam, mas vem provar que o fenómeno da emigração que está a atingir os bombeiros portugueses, afinal, é generalizado. Três viaturas avariadas, duas ambulâncias e um veículo urbano de combate a incêndios, são outra das dores de cabeça lembradas pelo presidente da direção, Manuel Correia, e pelo comandante substituto, António Freire, nas suas alocuções. Para a reparação de uma ambulância, conforme foi então referido, já reuniram os meios necessários, mas ficam em falta os meios para a reparação das restantes viaturas. Durante a sessão solene comemorativa, por proposta da Associação, foram atribuídas medalhas de serviços distintos grau cobre aos bombeiros de 3.ª, Maria João Pereira Faustino, Emílio da Ascensão Rodrigues, Justino Gonçalves dos Santos, Rui Daniel Figueira, ao bombeiro de 1.ª Carlos Alberto Rodrigues, ao subchefe João do Carmo Pereira e ao adjunto de comando Paulo César Alberto. Foram também entregues medalhas de assiduidade, diplomas de agradecimento e reconhecimento a várias entidades e ainda aos Bombeiros Voluntários de Montelavar, Dafundo e Barcarena. Foi homenageado com a medalha de dedicação dos Lisbonenses um antigo funcionário e bombeiro, José Pereira Jacinto, só recentemente retirado apesar dos seus 84 anos. No âmbito da atividade operacional foi atribuído, o troféu “Fogo” ao bombeiro de 2.ª André Saraiva, por 48 saídas para fogo em 2012, o troféu “Saúde” ao bombeiro de 3.ª Alexandre Figueiredo, por 105 emergências e transporte de doentes, e o troféu “Disponibilidade” ao subchefe José Carmo Pereira. A sessão solene contou com as presenças do comandante do Regimento Sapadores Bombeiros, coronel Joaquim Leitão, em representação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, do presidente da assembleia-geral da instituição, João Costa Martins, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rui Rama da Silva, dos presidente e vice-presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista e França de Sousa, do comandante Manuel Varela, em representação da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, do general Governo Maia, a representar a Cruz Vermelha Portuguesa, do adjunto do comando distrital de socorro de Lisboa, Francisco Oliveira, o presidente da Junta de Freguesia de Arroios, o vice-presidente da direção e o comandante substituto dos Bombeiros Voluntários Portuenses, Alberto Silva e chefe Luís Sousa, e o presidente do conselho fiscal dos Lisbonenses, Bragança Mendes, entre muitos amigos e convidados. AVEIRO Velhos comemoram 131.º aniversário A Associação Humanitária dos Bombeiros de Aveiro – Velhos, assinalou o 131.º aniversário com um diversificado programa festivo que para além das cerimónias oficiais incluiu o I Torneio Futsal 24h INEM-Bombeiros, as “II Jornadas Técnicas de Emergência e Intervenção na Crise” e o exercício “Moliceiro 2013”. No dia 4 de fevereiro, a encerrar os festejos, cumpriu-se a tradição com hastear das bandeiras, a romagem aos cemitérios, a missa na Sé de Aveiro e as cerimónias em parada durante as quais a associação deu as boas-vindas a 17 novos bombeiros. Na mesma ocasião, foram entregues os prémios aos elementos que mais se destacaram na formação e promo- vidos vários elementos do corpo ativo. Das diversas distinções que abrilhantaram a sessão destaque para o Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entregue a António Tavares Santos, que há 37 anos integra o elenco diretivo dos Bombeiros de Aveiro – Velhos. O tradicional desfile apeado e motorizado, antecedeu a bênção e inauguração de um Veículo Tanque Tático Urbano (VTTU), adquirido com a comparticipação do QREN e uma nova ambulância de transporte de doentes, totalmente custeada pela associação, ao que se seguiu a inauguração de uma exposição versando a atividade do corpo de bombeiros. Ainda no âmbito das comemorações, as “II Jornadas Técnicas de Intervenção na Crise dos Bombeiros de Aveiro – Velhos” que juntaram cerca de 100 agentes de proteção civil. Das intervenções destaque para o Tenente Coronel Médico, Dr. Joaquim Cardoso que apresentou o tema “A interligação de Meios em Situação de Catástrofe”, bem como para a enfermeira VMER de Aveiro, Paula Rocha, que falou sobre “Acidente na A25 de 23 de agosto de 2010”. Este fórum permitiu, igualmente, abordar temáticas como “Papel das Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) da ANPC nos Bombeiros” e as “Vivências Traumáticas nos Bombeiros” Numa outra vertente, registo ainda do “I Torneio Futsal 24h Inter-Bombeiros” que juntou no Pavilhão Aristides Hall, em Aveiro para além da for- mação anfitriã, as equipas dos voluntários Arouca, Espinho, Estarreja, Murtosa, Sever do Vouga e Albergaria-a-Velha e ainda os sapadores do Porto e de Gaia. Na final, os Sapadores do Porto derrotaram os de Gaia. O 3.º lugar ficou para a equipa da casa, seguida pelo grupo de Arouca. 27 FEVEREIRO 2013 AZAMBUJA Bombeiros recebem novo comandante em dia de festa A rmando Batista, o novo comandante da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Azambuja, tomou posse, recentemente, no decorrer das cerimónias do 81.º aniversário da instituição. Na sessão que teve lugar no salão nobre da associação o comandante Armando Batista, falou da importância de dar continuidade ao “trabalho conjunto”, prometendo “empenho pessoal nesta função para desenvolver novos projetos que beneficiem os soldados da paz”. Já o presidente da direção, André Salema, defendeu a necessidade de “juntar as sinergias dos agentes de proteção civil do concelho” para que seja possível estabilizar e articular as funções de socorro. Por outro lado, falou na urgência na aquisição de uma ambulância de socorro o que a par da criação das equipas de primeira intervenção permitiria maior eficácia na resposta à população. A apresentação de um veículo de comunicações (VCOC), a promoção de seis estagiários à categoria de bombeiro de 3.ª, e a imposição de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses a vários elementos constituíram outros momentos marcantes das comemorações. Dos muitos agraciados destacam-se pelos anos de serviço respeitoso, distinto e abnegado em prol do lema “Vida por Vida” o comandante QH Pedro Cardoso, o 2.º comandante Marcos Duarte, o antigo presidente da direção António Duarte entre outros dirigentes. Associaram-se às cerimó- nias, entre outras individualidades, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja Joaquim Ramos, o vice-presidente da LBP, comandante Adelino Gomes, o comandante distrital da ANPC Elísio Oliveira, o presi- dente da federação de bombeiros de Lisboa, António Carvalho e representantes de associa- COJA A Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Coja comemorou bodas de ouro no passado dia 27 de janeiro homenageando e distinguindo bombeiros e dirigentes. O programa festivo teve início com a romagem ao cemitério seguida de uma missa solene em memória dos bombeiros e dirigentes falecidos e ainda o batismo e inauguração de um veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) e de uma ambulância de transporte de doentes (ABTD) apadrinhados pelas autarquias de Pomares e Benfeita. Em formatura do corpo ativo acolheu as entidades convidadas com brio demonstrativo de rigor e empenho à causa do voluntariado destes operacionais que foram, aliás, agraciados com várias medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses. Já no decorrer da sessão solene, o presidente da assembleia geral Carlos Castanheira falou da história da instituição, enaltecendo os feitos dos fundadores e dos que nela tem trabalhado voluntariamente ao longo dos anos, num esforço meritório de “bem servir, em prol da comunidade”. A terminar o responsável agradeceu a todos os que tem apoiado a associação para que na atualidade exiba vitalidade, estabilidade e o dinamismo que lhe permitem encarar o futuro com otimismo. Por sua vez, o comandante Paulo Tavares demonstrou orgulho nos seus homens e mulheres sempre disponíveis para Bodas de Ouro e muitas distinções apoiar a associação e para desempenhar de forma exemplar as missões de socorro que lhe são confiadas. Foi numa intervenção emotiva que o responsável operacional relembrou os bombeiros falecidos no verão passado, Patrícia Abreu e Pedro Brito deixando assim palavras de conforto aos restantes elementos, que unidos nesta família irão continuar a fazer o que melhor sabem: “salvar vidas e bens”. Contudo o ponto alto das cerimónias aconteceu com a entrega de três crachás de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses ao fundador da associação, João Luís Quaresma Nunes e aos bombeiros de 1.ª António Figueiredo e Anselmo Abreu. A associação viu ainda reconhecido o mérito de serviço público sendo agraciada com a medalha de proteção e socorro, no grau prata e distintivo azul do ministério da Administração Interna. O galardão foi colocado no estandarte da associação pelo secretário de estado Filipe Lobo D’Ávila e por Jaime Marta Soares presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Na efeméride estiveram ainda presentes o presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Manuel Mateus Couto, o presidente da Câmara Municipal de Arganil Ricardo Pereira Alves, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Mendes, o comandante António Simões presidente da federação bombeiros de Coimbra e representantes da Guarda Nacional Republicana e de associações congéneres do distrito. Sérgio Santos ções congéneres do norte do distrito. Sérgio Santos 28 FEVEREIRO 2013 BALTAR Várias homenagens marcam sessão comemorativa Os Bombeiros Voluntários de Baltar (BVB) celebraram 85 anos de existência. A cerimónia ficou marcada pela homenagem que a associação prestou ao presidente da Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira, e à ex-governadora civil do distrito do Porto, Isabel Oneto, pelo contributo dado à construção do heliporto. Na mesma ocasião, a instituição foi surpreendida com o crachá de ouro atribuído pela Liga de Bombeiros Portugueses. Texto e fotos: Verdadeiro Olhar/Roberto Bessa Moreira F oi num clima de entusiasmo que os Bombeiros de Baltar festejaram o 85.º aniversário. Em todos os discursos ficou salientado a dinâmica e o otimismo que impera nesta associação. “Sinto-me muito honrado por ser o comandante de uma casa que conta uma história desta dimensão e faço quanto posso e sei para poder estar à altura da tarefa que me foi confiada”, começou por referir Delfim Cruz. Em seguida, o comandante dos BVB evidenciou a aposta na formação que tem elevado a qualidade dos serviços prestados pela instituição. “Não são as viaturas ou as condições mais ou menos luxuosas do quartel que fazem a diferença, mas sim know-how. De nada vale termos as viaturas mais modernas e o equipamento mais sofisticado se os recursos humanos não detêm o conhecimento para os poder utilizar em pleno. Para isso, tem sido investido muito no conhe- cimento das bombeiras e bombeiros desta casa, com um forte apoio e incentivo para a frequência em formação mais avançada”, resumiu. No entanto, para Delfim Cruz, torna-se necessário que também “os Serviços Municipais de Proteção Civil tenham um papel mais ativo. No âmbito das suas competências muito há para fazer, para não dizer que quase tudo está por fazer”, criticou. Já o presidente da direção garantiu que “esta é uma das instituições que, ao nível do socorro, é das melhor equipada do país”. Elogios à associação chegaram ainda do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto. “Esta corporação é um exem- plo de que, num tempo de depressão, também há desenvolvimento e investimento. Aqui não há crise”, referiu José Miranda. “Estamos numa infraestrutura do século XXI no que diz respeito a meios técnicos e humanos”, acrescentou o comandante distrital da Autoridade Nacional da Proteção Civil, coronel Teixeira Leite. Em dia de aniversário, os Bombeiros de Baltar agradeceram à ex-governadora civil do distrito do Porto, Isabel Oneto, e ao presidente da câmara de Paredes, Celso Ferreira, o contributo dado à construção do seu heliporto com a simbólica colocação de uma placa numa das paredes do quartel. Heliporto que, em julho de 2010, custou quase dois milhões de euros, mas que, de- pois da saída do helicóptero do INEM em setembro do ano passado, não dispõe de qualquer meio aéreo em permanência. “Com a saída do INEM esta infraestrutura parece que está ao abandono, mas não está”, disse o coronel Teixeira Leite, que garantiu haver intenção de melhor aproveitar uma estrutura com capacidade para acolher seis helicópteros e que dispõe de hangar e edifícios de apoio. Ao nosso jornal Teixeira Leite afirmou, no entanto, que “ainda está a ser estudada a melhor forma de rentabilizar este heliporto” e que, apenas, “está garantido um helicóptero no Verão”. Para o comandante dos Bombeiros de Baltar “é uma pena uma infraestrutura destas estar desaproveitada”. “Não fomos contactados por ninguém quando saiu o helicóptero do INEM. É uma decisão incompreensível”, criticou Delfim Cruz. Aquando da inauguração, o então ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciava um papel importante para VIALONGA Novo comandante e várias condecorações O 36.º aniversário dos Voluntários de Vialonga, assinalado no dia 17 de fevereiro, ficou marcado pela tomada de posse comandante Luís Rodrigues, mas também pela condecoração de vários bombeiros. A celebração de uma missa em memória dos bombeiros e dirigentes falecidos abriu as celebrações que contemplaram a simbólica romagem ao cemitério e a já tradicional deposição de uma coroa de flores junto à estátua do bombeiro, já na presença das entidades convidadas. Já no decorrer da sessão solene, foram entregues medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses a alguns operacionais, a distinção de vários associados e a incorporação três estagiários, nesta cerimónia promovidos à categoria de bombeiro de 3.ª. Momento alto foi ainda a cerimónia de tomada de posse de Luís Rodrigues, o novo comandante dos Voluntários de Vialonga. A questão da necessidade urgente de um novo quartel para o corpo de bombeiros foi novamente realçada tanto pelo presidente da direção José Luís Rocha como pelo recém-empossado comandante. Estiveram presentes na sessão diversas individualidades nomeadamente Maria Luz Rosinha, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o comandante Adelino Gomes da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante distrital Elísio Oliveira e ainda Rui Ferreira, da Federação dos Bombeiros do Distrito de Lisboa e representantes de associações congéneres do concelho e da Guarda Nacional Republicana. Sérgio Santos o equipamento de Baltar. “Não servirá apenas para o combate aos fogos florestais. Esta base aérea poderá funcionar ainda como plataforma em missões de segurança, de socorro ou até de controlo de trânsito”, afirmou Rui Pereira. Já o presidente da Empresa de Meios Aéreos, Rogério Pinheiro, dizia que “este heliporto vai ter uma utilização plena e articulada com várias forças”. Celso Ferreira desvalorizou o seu papel na construção do heliporto de Baltar, mas não deixou de se mostrar “sensibilizado” com a homenagem prestada pela corporação. Em dia de aniversário, dois operacionais foram promovidos à categoria de chefe, enquanto outros dois passaram a subchefe. Houve ainda nove promoções a bombeiros de 1.ª e cinco a 2.ª. Em destaque esteve também todo o comando. O comandante Delfim Cruz, o 2.º comandante José Aires e o adjunto de comando António Ferreira foram homenageados pelos serviços prestados. 29 FEVEREIRO 2013 ALVERCA OLIVEIRA DE AZEMÉIS Miniaturas em exposição Seleção nacional visita CB PORTO U ma exposição de miniaturas de bombeiros encontra-se patente em frente ao quartel dos Voluntários de Alverca, no espaço, habitualmente, ocupado pelo presépio dos soldados da paz. Esta iniciativa tem como responsáveis o subchefe João Correia, o bombeiro de 1.ª Paulo Martins e o bombeiro de 2.ª Luís Valadas que reuniram cerca de duas centenas de peças das suas coleções nesta mostra enriquecida pela recreação de vários cenários de intervenção de acidentes rodoviários, socorro no rio Tejo e linha férrea. Tem sido muitos os curiosos, em especial os mais jovens que diariamente visitam o quartel dos Bombeiros Voluntários de Alverca. Sérgio Santos Operadores de comunicação em convívio R ealizou-se o XIV Convívio de Operadores de Comunicações da ZO/01 Porto, constituída pelos bombeiros do concelho de Gondomar e Valongo. O encontro que teve como cenário a cidade de Valbom, organizado pelos bombeiros locais, contou com a presença de operadores de Gondomar, Areosa-Rio Tinto, São Pedro da Cova, Ermesinde e Valongo. O jantar ficou uma vez mais marcado pelo excelente convívio entre todos, num ambiente acolhedor e de harmonia. Entretanto, o “testemunho” foi entregue aos bombeiros da Areosa-Rio Tinto, responsáveis pela organização do próximo convívio. N o âmbito do Campeonato Mundial de Futsal Feminino, que se realizou em Oliveira de Azeméis, os voluntários da cidade receberam a visita das jogadoras da seleção nacional. Recebidas pelo presidente da direção e pelo comandante no auditório António Rodrigues e Maria Aldina Fernandes, as atletas ofereceram aos bombeiros uma camisola devidamente autografada e diversos brindes, levaram como recordação medalhas e galhardetes da associação. De seguida, no quartel, as atletas experimentaram os capacetes, entraram nas viaturas e trocaram impressões com os operacionais. De assinalar que, durante os 27 jogos do evento, este corpo de bombeiros manteve, em permanência, um dispositivo que contemplou, no mínimo, oito operacionais, duas ambulâncias de socorro e diverso material de suporte avançado de vida. AVEIRO Distrito promove primeira gala em fevereiro de 1993 C erca de 80 jovens bombeiros reuniram-se na Primeira Gala da JuveBombeiro do Distrito de Aveiro que decorreu em Pampilhosa do Botão, concelho da Mealhada, organizada pelos núcleos de Voluntários de Pampilhosa e de Castelo de Paiva. Foram diversas as entidades distinguidas, nomeadamente Herminio Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que recebeu o prémio “Honra e compromisso para com os Bombeiros”. O autarca partilhou a distinção com todos os bombeiros do seu concelho que “têm sido inexcedíveis no trabalho que realizam. Infelizmente muitas vezes injustamente criticados e só lembrados em caso de emergência”. “Este prémio deixa-me bastante orgulhoso”, disse, lançando de seguida o desafio da organiza- ção da segunda edição do evento aos Voluntários Oliveira de Azeméis. Na ocasião, foi também distinguido, entre outras individualidades, Francisco Manuel, com o galardão “Bombeiros nos média”. Os Bombeiros Voluntários de Oliveira de Azeméis ganharam o prémio “Núcleo mais participativo”, numa gala que premiou também delegados e subdelegados em diferentes categorias. VILA REAL R Juve tem novo coordenador ui Dinis é o novo coordenador da Juvebombeiro do distrito de Vila Real. Rui Dinís que já está a organizar a equipa de trabalho, assume a missão de promover esta estrutura no distrito e aumentar o número de elementos inscritos ativos, bem como incentivar a promoção de iniciativas que possibilitem cativar os jovens para os bombeiros. O novo coordenador distrital apelou, na oca- sião, para que os comandantes não criem barreiras e incentivem os mais jovens a integrar esta organização, pois é desses elementos que dependem os bombeiros do amanhã. Nesta reunião extraordinária marcaram presença, para além de representantes dos corpos de bombeiros de Vila Real, os coordenadores distritais de Bragança e do Porto e ainda o comandante dos Voluntários de Mondim de Basto, que aliás foi o anfitrião deste encontro. 30 FEVEREIRO 2013 JUVEBOMBEIRO A Comissão Coordenadora Nacional discute regulamento O Foto: Sandra Teixeira Comissão Coordenadora Nacional da Juvebombeiro reuniu no passado dia 19 de janeiro nas instalações da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), em Lisboa. Da agenda da reunião constou a análise e discussão das propostas de alteração ao regulamento desta estrutura, apresentadas por alguns coordenadores distritais. A reunião, coordenada pelo vogal do Conselho Executivo da LBP, comandante José Morais, proporcionou um debate vivo. CANEÇAS FAFE Jovens bombeiros debatem futuro Juvebombeiro tem novo delegado quartel dos Voluntários de Caneças acolheu o jantar de reis da Juvebombeiro do distrito de Lisboa. Cerca de 40 os jovens, em representação de alguns corpos de bombeiros do distrito, estiveram presentes nesta iniciativa que teve como objetivo debater o futuro deste órgão distrital e a dinamização de atividades, mas, também a partilha de ideias e experiências, nomeadamente no que diz respeito à legislação, angariação de fundos e o recrutamento de reforços para as fileiras dos corpos de bombeiros. Os coordenadores da Juvebombeiro de Castelo Branco e de Setúbal, David Monteiro e Nuno Delicado, respetivamen- te, marcaram presença neste encontro transmitindo conselhos e ideias inovadoras que permitam assegurar o futuro VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO A Escola de Infantes e Cadetes dos Voluntários de Vila Real de Santo António, promoveu um exercício de assistência a um acidente de viação com vítimas e combate a incêndio no exterior do quartel, iniciativa que visou testar os bombeiros de palmo e meio nas diversas áreas de formação, mas também a nível emocional. Os pequenos soldados da paz exibiram perante a comunidade á vontade no ataque a incêndios nascentes, nas manobras de suporte básico de vida, bem como na extração e imobilização de vítimas. Terminado o simulacro, que envolveu dos 33 bombeiritos, Escolinha em simulacro cinco dos quais foram nessa ocasião promovidos a cadetes e outros tantos a estagiários. Para além elementos da escola e dos respetivos formadores, marcaram presença nesta iniciativa representantes do comando e direção da associação, representantes da Proteção Civil Municipal e do Município de Vila Real de Santo António. deste movimento a nível nacional. Após um debate produtivo que contou com as intervenções do coordenador de Lisboa, Sandro Lopes e do delegado do núcleo de Caneças, Tiago Santos, realizou-se um jantar convívio que terminou com uma animada sessão de karaoke. Esta iniciativa organizada pelos Voluntários de Caneças e da Póvoa de Santa Iria, contou com o apoio da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa. Sérgio Santos P aulo Soares, bombeiro de 3.ª, foi, recentemente, eleito delegado do Núcleo de Fafe da Juvebombeiro. Ainda antes da votação o comandante e o 2.º comandante agradeceram e deram os parabéns aos delegados que cessaram funções, sublinhando a “dedicação e o magnífico trabalho desenvolvido ao longo destes últimos 3 anos, nomeadamente por Pedro Cunha (delegado) e Filipa Ribeiro (Sub-Delegada)”. Na ocasião, foi ainda realçado que o excelente trabalho realizado “deixou a fasquia muito alta para o novo delegado”. Depois da eleição Paulo Soares assumiu o compromisso de “dinamizar e criar mais coesão entre os membros da Juvebombeiro e conseguir ainda agarrar os restantes elementos dos diferentes quadros, que não fazem parte da estrutura, a colaborar nas atividades”. BARREIRO Bombeiros acolhem escuteiros O s agrupamentos de escuteiros do Barreiro comemoraram no quartel dos Voluntários do Sul e Sueste, o Dia do Escuteiro, evento serviu para assinalar a data de fundação do movimento no concelho. O almoço de confraternização que reuniu centenas de convivas, foi ainda uma excelente ocasião para a promoção da atividade dos bombeiros, tendo em conta que as condições atmosféricas adversas verificadas no dia do evento, permitiram aos escuteiros assistir à movimentação excecional dos meios de socorro, bem assim como às operações de comandando e gestão. 31 FEVEREIRO 2013 T Uma Parada de Bombeiros enho aqui à minha frente uma pequena medalha alusiva a um acontecimento passado no longínquo ano de 1936. Encontrei-a por acaso guardada numa estante do Museu de Araújo Correia, como é assim conhecido o museu dos bombeiros da Régua. Chamou-me a atenção também por ser um objeto com uma incomum simplicidade estética, embora o seu valor histórico me tenha despertado mais curiosidade. Antes de aí repousar, como um cadáver que repousa em vala, deve ter sido objeto de culto e um bem precioso que deve ter feito parte do historial do quartel que esteve instalado numa humilde casa, no Cimo da Régua. Se não fosse um objeto de valor histórico, teria tido um destino diferente, não teria chegado com o seu brilho e memória do seu ao nosso tempo. Por si só, a medalha conta-nos a sua verdadeira história, isto é, revela uma história de uma cerimónia festiva que integrou no, seu programa de atividades, uma Parada de Bombeiros. Como tal, atualmente, embora pareça ter uma função meramente decorativa, ela certifica um reconhecimento público pela participação do Corpo de Bombeiros da Régua. Pois, era só isto que a medalha me deixava entrever do seu passado e, assim, justificava a sua existência no museu dos bombeiros da Régua, até que dia questionei o meu amigo Comandante Álvaro Ribeiro, dos Bombeiros da Cruz Branca que, embora desconhecendo da sua existência, tratou de me encontrar a informação que eu procurava para responder a algumas das minhas dúvidas: Quem organizou esta parada? Os bombeiros de cima ou bombeiros de baixo? Que ruas percorreram? Quantas corporações desfilaram? Como foi a reação da população que assistiu? Tempo mais tarde, a precio- sa informação veio-me direitinha nas páginas digitalizadas do jornal O Vilarealense, nas edições de 26 de maio e de 25 de junho de 1936. A primeira informava que no dia 14 de junho, desse ano, se realizava a “Parada Solene de Bombeiros com a participação de todas as corporações do distrito” e, na segunda lia-se na notícia Depois das Festas, o seguinte: “Sobre a Parada de Bombeiros, diremos que teve um brilho inexcedível, sendo merecedora de todos os elogios as duas Corporações que a organizaram”. Quem organizou esta parada de bombeiros, pretendeu imitar as primeiras paradas de bombeiros portugueses realizadas com sucesso no Porto e em Lisboa. Era moda os bombeiros organizarem estas iniciativas para o público, de forma a destacar a sua afirmação e importância no seio da sociedade. Confesso que, depois de partilhar a informação recolhida no velho jornal, não tenho mais nenhuma informação para satisfazer a curiosidade do leitor mais curioso pelo passado dos bombeiros. Quem a tiver, peço aqui que nos ajude a completar as memórias que evoca esta medalha rara, que vai voltar, outra vez, a ocupar o seu lugar no silêncio do museu dos bombeiros da Régua. Talvez, a partir de agora, não seja mais observada como uma raridade de um momento de glórias esquecidas na grande história dos Bombeiros da Régua, mas como um verdadeiro e singelo documento que recorda uma inédita Parada de Bombeiros, realizada na cidade de Vila Real, por ocasião das Festas da Cidade de 1936. Digo inédita parada de bombeiros, mas deveria dizer a única que aconteceu na capital do nosso “reino maravilhoso”, o que prova a ousadia dos bombeiros de Vila Real, que foram capazes de se unirem e de mostrarem à sociedade a sua força e o seu exemplo de altruísmo, generosidade e de verdadeiro serviço público. Uma parada de bombeiros que fez história, se bem que tenha ficado até hoje esquecida, mas que será sempre uma admirável realização dos bombeiros transmontanos - durienses. Toda esta história, devo dizer, me conta a medalha que já não tenho diante de mim. Voltou ao seu museu para refazer uma nova página da História dos Bombeiros da Régua. José Alfredo Almeida BRASIL O Homenagem ao comandante Geraldes Mota comandante Henrique Geraldes Mota, sócio de mérito e Crachá de Ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses, foi recentemente agraciado com título de “Cidadão Honorário” da cidade de Balneário – Piçarras, no Brasil. O presidente da câmara local, Óscar Francisco Pedroso, efetuou a entrega do diploma numa cerimónia testemunhada por vereadores e muito populares, mas também pela esposa, filhos e demais familiares do comandante Mota. ANIVERSÁRIOS 1 de Março Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo . . 91 Bombeiros Voluntários de Samora Correia . . . 38 Bombeiros Voluntários de Vila de Rei . . . . . . . 36 2 de Março Bombeiros Voluntários de Castro de Aire . . . 135 Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca . . . 78 3 de Março Bombeiros Voluntários de Tabuaço . . . . . . . . 81 Bombeiros Voluntários do Beato e Olivais . . . . 81 4 de Março Bombeiros Voluntários de Belmonte . . . . . . . 59 5 de Março Bombeiros Voluntários de Cerva . . . . . . . . . . 31 6 de Março Bombeiros Municipais de Alpiarça . . . . . . . . . 64 7 de Março Bombeiros Voluntários de Alvaiázere . . . . . . . 73 8 de Março Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de Messines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36 Bombeiros Voluntários de Canha . . . . . . . . . . 30 9 de Março Bombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . . 123 Bombeiros Voluntários de Fontes . . . . . . . . . 47 11 de Março Bombeiros Municipais da Figueira da Foz . . . 148 Bombeiros Voluntários do Dafundo . . . . . . . 101 13 de Março Bombeiros Sapadores de Coimbra . . . . . . . . 232 15 de Março Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela 86 Bombeiros Voluntários de Mesão Frio . . . . . . . 75 Bombeiros Voluntários de Resende . . . . . . . . 63 16 de Março Bombeiros Voluntários de Amarante . . . . . . . 91 Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . . . 87 Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem . 48 Bombeiros Voluntários de Torre Dona Chama . 35 17 de Março Bombeiros Voluntários da Graciosa . . . . . . . . 32 18 de Março Bombeiros Voluntários de Braga . . . . . . . . . 136 19 de Março Bombeiros Voluntários de Guimarães . . . . . . 136 Bombeiros Voluntários de Monção . . . . . . . . 113 20 de Março Bombeiros Voluntários de Leixões . . . . . . . . . 82 21 de Março Bombeiros Municipais de Tavira . . . . . . . . . 125 Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital . 91 Bombeiros Voluntários de Melgaço . . . . . . . . 86 Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro . . 39 22 de Março Bombeiros Municipais de Viana do Castelo . . 233 23 de Março Bombeiros Voluntários de Vendas Novas . . . . 87 24 de Março Bombeiros Voluntários de Gonçalo . . . . . . . . 33 25 de Março Bombeiros Voluntários de Barcarena . . . . . . 133 Bombeiros Voluntários de Albufeira . . . . . . . . 36 26 de Março Bombeiros Voluntários Viseenses . . . . . . . . 127 29 de Março Bombeiros Voluntários de Aguda . . . . . . . . . . 88 Bombeiros Privativos Toyota Caetano . . . . . . 29 30 de Março Bombeiros Voluntários de Mafra . . . . . . . . . . 85 Bombeiros Voluntários de Montelavar . . . . . . 30 Fonte: Base de Dados LBP A conceção das associações humanitárias de bombeiros voluntários A conceção de uma Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários deve consistir e assentar num modelo de resposta integrada, dinâmica e evolutiva, baseado no conhecimento global da realidade onde a intervenção é imprescindível, tendo em conta nomeadamente as características sociais, económicas, ambientais, culturais, as necessidades e os recursos existentes na comunidade onde está inserida. Deverá ser elaborado um diagnóstico aprofundado junto da comunidade, o qual irá contribuir para a construção e consolidação da Associação. Este diagnóstico pode ser feito de uma forma simples, sucinto, claro e dinâmico através do levantamento participativo dos intervenientes e atualizado para a comunidade à qual se refere. A subsistência da Associação vai depender de parcerias, apoios governamentais e da sociedade local. Tem de haver uma responsabilização envolvente de todas as partes, principalmente do Governo e da comunidade onde está inserida a Associação. Essa responsabilização, refere-se à gestão dos recursos humanos e materiais, mas também tem por obrigatoriedade, manter sempre junto da população local, uma consciência dos problemas inerentes à criação e manutenção da Associação. A criação da Associação, obedece a princípios e objetivos que têm de ser delineados antes mesmo da sua criação. O objetivo principal é possibilitar e proporcionar cuidados totais aos utilizadores, nas áreas da saúde, incêndios e socorro a náufragos com a participação dos intervenientes, entidades locais e governamentais. As Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários têm um âmbito local, uma área geográfica previamente definida mas de algum modo pode abrir-se a outras comunidades, quer locais ou mesmo regionais. Neste caso, são muito importantes, o envolvimento de outras Associações, entidades locais e governamentais. O funcionamento e a localização da Associação, deve ser o mais próximo possível da população que irá ser servida pela mesma porque deste modo consegue estar atualizada e “atual” em re- lação aos problemas da comunidade onde está inserida, podendo assim dar resposta, sempre que possível, a esses problemas. Poderá também deste modo “moldar-se” e envolver a comunidade local nos problemas da mesma. Os recursos humanos da Associação, deverão basear-se numa equipa de elementos tecnicamente bem preparados e formados nas diferentes áreas de atuação, para responderem diariamente às solicitações da população. A instalação da Associação poderá ser feita uma estrutura de construção de raiz, ou adaptar-se uma estrutura já existente. No entanto, não deverão ser esquecidos os espaços para os meios materiais, as estruturas de apoio aos mesmos e os espaços para os recursos humanos que trabalham diariamente na Associação. Luís Picanço Comandante do Corpo dos Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo 32 FEVEREIRO 2013 MAI ANUNCIA Mais aeronaves para vigilância ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, anunciou, no passado dia 17 de fevereiro, um reforço de “mais cinco ou seis meios” aéreos para o dispositivo de combate a incêndios de 2013 e que o DECIF 2013 deverá ser apresentado “dentro de poucas semanas”. “Verificarão na altura, tal como eu tenho prometido, que não haverá nenhum corte, pelo contrário, vai haver um crescimento de apoio às estruturas da proteção civil”, salientou. Miguel Macedo prevê que Portugal possa ter em 2013 “cinco ou seis meios aéreos a mais” em relação àqueles que estiveram disponíveis no ano passado. Em causa, e ao que o ‘BP’ apurou, o ministro deverá estar a estudar a inclusão de meios de “vigilância” e “prevenção”, propriedade quer das forças armadas, quer do grupo Afocelca. O governante referiu ainda que, até ao final do mês, o Governo possui um calendário “muito exigente” na área da proteção civil. “Temos prontos cinco diplomas que constituem uma alteração importante no domínio da proteção civil”, salientou. O ministro adiantou que, até ao final do mês, serão introduzidas “alterações importantes” na estrutura de formação dos bombeiros, com a reconfiguração daquilo que é a Escola Nacional de Bombeiros, a plena utilização das unidades locais de forma- ção, a possibilidade de um sistema de formação que seja mais adequado em relação às exigências de hoje. Miguel Macedo anunciou também que este fundo “vai finalmente pôr em prática o sistema de vigilância médica” dos voluntários. “Este sistema já estava previsto há muito tempo na lei, nunca foi concretizado. O que ficou acertado foi que será da responsabilidade da Liga a montagem do sistema”, salientou. O Estado, prometeu o governante, dotará o fundo social com os meios necessários para que tudo isto possa funcionar sem falhas, em tempo e pagando os compromissos que são pedidos”. Patrícia Cerdeira CONSELHO NACIONAL DA LBP BOMBEIRO DE MÉRITO 2012 Próxima reunião no Barreiro Candidaturas até 8 de março conjunto alargado e diversificado de equipamentos industriais de diferentes épocas e um acervo documental e iconográfico igualmente importante. O museu onde vai decorrer o CN da LBP está instalado na antiga central a diesel datada de 1935 e recuperada a partir de 1999. LOUVOR/REPREENSÃO Às associações de bombeiros, Espinhenses, Aveiro-Velhos e outras, pelos exercícios realizados em hotéis, com os quais acabam também por apoiar e incentivar o turismo. À Refer pela falta de resposta às questões apresentadas pelos bombeiros acerca das condições de segurança para a circulação de comboios na Linha de Cascais. Foto: Marques Valentim Foto: Marques Valentim A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai realizar no Barreiro o primeiro Conselho Nacional (CN) de 2013, dos três estatutariamente previstos. A reunião, que conta com o apoio da Câmara Municipal do Barreiro, vai decorrer nas instalações do museu industrial e centro de documentação criado pela Quimiparque, atual Baía do Tejo, SA. O conjunto museológico, onde se enquadra também um núcleo dedicado ao antigo corpo de bombeiros privativo da CUF, é o registo histórico de um dos mais importantes complexos industriais europeus do século XX. O museu acolhe um Foto: Paulo Cunha/LUSA O C omeçaram já a dar entrada na Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) as candidaturas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2012, cujo prazo de entrega termina 8 de março próximo, de acordo com o estabelecido no Regulamento. Recorde-se que os atos praticados por bombeiros passíveis de candidatura deverão ter ocorrido obrigatoriamente no decurso de 2012. Para a edição do Prémio de 2012 a LBP conta novamente com o patrocínio do Montepio Geral. O Prémio tem um valor pecuniário de 5 mil euros, distribuídos pelo vencedor, 3 mil eu- ros e pelo corpo de bombeiros a que pertence, 2 mil, além do diploma e respetivo troféu. As candidaturas serão analisadas até final de março pela Comissão de Nomeação e, após a sua seleção, serão presentes até final de abril ao Júri Nacional do Prémio para decisão. Além de galardoar o Bombeiro de Mérito, o Prémio prevê Menções Honrosas para Câmara Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do Quadro de Comando, Personalidade Empresarial ou Empresa e Personalidade da Sociedade Portuguesa. A Crónica do bombeiro Manel D Mandaram o 4000 às ortigas? izem-me que não foi o combinado com a nossa Liga mas o que é certo é que aquela portaria que saiu agora é a porta para mandar o código 4000 para as ortigas. Isso quer dizer, segundo me explicaram, que na emergência pré-hospitalar os CDOS podem deixar de registar esse tipo de serviço. Se isso acontecer, quer dizer que 80 por cento dos serviços que prestamos podem deixar de merecer o devido registo. Então porque está na lei que uma das mis- sões dos bombeiros até é a emergência pré-hospitalar? Já não percebo nada o que se passa. Combinamos uma coisa com o Estado, como me disseram e depois passam-nos a perna? Será assim? Só espero que alguém explique por que aqui na nossa associação ficou tudo assustado. No papel vamos passar a fazer menos serviços? Na realidade nada mudou mas também ninguém diz que não vai mudar. Agora outro tema que tem a ver com o inverno. O presidente lá das Estradas veio dizer outro dia, como me mostraram, que há limpa-neve a mais e que também quer acabar como os postos SOS. Não sei se há limpa-neve a mais ou se os que existem estão mais utilizados. Muitas vezes se calhar só pensam nessas viaturas para abrir o caminho aos turistas. Mas há muita gente que não é turista, vive cá e que precisa que lhe limpem os caminhos para irem à vida deles, ao trabalho, aos hospitais ou às escolas. Será que esses não merecem? E neste caso dizem-me que ainda á falta de equipamentos para chegar às aldeias e aos lugares para levar as crianças à escol ou as refeições aos velhinhos como outro dia aqui fizemos durante vários dias. Eu acho que não podemos continuar a vida a ver dar com uma e atirar com a outra. Achava que as coisas quando se desenvolvem é para ir em frente e para não voltar atrás. Agora anda tudo ao contrário. E esta do código 4000, deus nos livre, não dá para perceber. [email protected] FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda. – Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal
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