Constante aposta na formação - Jornal Bombeiros de Portugal

Transcrição

Constante aposta na formação - Jornal Bombeiros de Portugal
IRS DOS BOMBEIROS
LEVA LIGA ÀS FINANÇAS
União salva vidas
Página 5
Página 19
ESTORIL
Fevereiro de 2013
E dição : 317
A no : XXX
1,25€
D irector : R ui R ama da S ilva
Constante aposta na formação
AVEIRO-VELHOS
Página 22
2
FEVEREIRO 2013
ESTORIL
O
Gerir com razão e coração
E
sse é o segredo de tantos nós e, permitam-me, esse também é o meu testemunho, enquanto dirigente, passadas mais de duas décadas
de gestão da associação que me acolheu aos 14
anos e que me incutiu os princípios e o orgulho de
envergar a farda de bombeiro.
Associar o coração à razão é o segredo que
permite a muitos enquadrar e buscar as muitas
soluções para ultrapassar as muitas dificuldades
que avassalam as nossas associações de bombeiros.
Razão e coração, à partida, até parecerão posturas e lógicas antagónicas mas a prática tem
provado precisamente o contrário, ou seja, a
complementaridade, o equilíbrio mútuo e a força
anímica fundamental.
Sem um e o outro, razão e coração, dificilmente conseguiríamos vencer muitas etapas, ultrapassar muitas desilusões e muitos obstáculos
cuja oportunidade e resistência, noutras circunstâncias, facilmente nos vergariam.
Sem um e outro dificilmente conseguiríamos
ultrapassar as nossas próprias limitações, independentemente do seu teor, mas também optimizar as nossas capacidades.
Sem um e outro não seria fácil vencer as nossas dúvidas e receios ou, com tenacidade e humildade, aprender a conviver com os insucessos
mas também com os sucessos.
Para tudo isso, acredito, a razão e o coração
tem ajudado a alcançar as respostas e as soluções possíveis e necessárias para que o dia a dia
das nossas associações e a sua missão principal
de assegurar o socorro tenha continuidade.
Uma qualquer colectividade cultural ou desportiva quando surge a crise limita-se a só abrir as
portas quando pode e a desenvolver actividades
quando consegue. Quando isso ocorre, naturalmente, todos lamentam mas não vem mal especial ao mundo quando acontece. As associações
de bombeiros, contudo, existem para ter as portas abertas e não podem funcionar como as ou-
tras instituições. A sua função obriga precisamente a isso.
Com o início de mais um ano, com a elaboração
de novos orçamentos e na apreciação das contas
do ano transacto tiram-se muitas conclusões.
Com a análise claramente ditada pela razão muitos nem acreditarão terem conseguido vencer e
aqui chegar, tais e tão desmesuradas foram as
dificuldades a vencer. Mas o coração saberá explicar a gana, a determinação que, tantas vezes,
terão conseguido agigantar a nossa resistência e
a capacidade de resposta para tal.
Em novo ano teremos as mesmas e, porventura, novas dificuldades. E, aparte a experiência
acumulada anteriormente na sua abordagem,
poderão também surgir outros obstáculos. Aquele com que mais dificilmente conseguimos conviver é sem dúvida o alheamento ou a indiferença,
da própria comunidade, de alguns grupos ou de
entidades cuja responsabilidade exigiria outra
postura. Essa forma de solidão, com que tantas
vezes convivemos, interpretada à luz da razão facilmente nos levaria a “entregar as chaves”. Mas
é à luz do coração que o nosso pensamento se
altera e recupera a força e a vontade.
Acreditar naquilo que fazemos é o primeiro
passo. O segundo passa naturalmente por quem
nos acompanha, ou seja, pelas tropas que temos,
ou não temos.
Tudo aquilo em que acreditamos faz a diferença se associado também, à força dos que estão a
torcer atrás de nós, que partilham ou com quem
dividimos o mesmo esforço. A começar muito especialmente pelos bombeiros.
O socorro, acima de tudo, é a nossa razão de
ser. Passem as vaidades, o cerimonial ou os
projectos individuais. Por isso, há uns que passam por aqui e outros continuam a resistir a
arrepio das dificuldades. Podemos não ser melhores que os outros mas somos, sem dúvida,
diferentes.
Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia
[email protected]
corpo de bombeiros dos Voluntários do Estoril
perdeu recentemente o seu comandante do Quadro de Honra (QH) e uma das figuras incontornáveis
da história daquela instituição e do conjunto dos
bombeiros voluntários do concelho de Cascais, Francisco dos Santos Felício.
O comandante Felício, já octogenário, não deixava
de ser presença diária no quartel, onde foi acolhido
como cadete em 1947 e promovido a aspirante em
48.E foi ascendendo sucessivamente, a bombeiro de
3.ª (1954), a 2.ª (1958), a 1.ª (1959) e a subchefe
em Abril 1975. Em Novembro desse ano foi nomeado
adjunto de comando. Assumiu o cargo de segundo –
comandante em 1980 e o de comandante em 83. Em
1997, o comandante Felício pediu a passagem ao QH.
BARCELINHOS
A
natal ou zarpar para outras paragens à procura de sustento… de uma vida.
Mesmo com todas as dificuldades, as associações humanitárias e corpos de bombeiros
vão tentando contrariar a crise, dando emprego a muitos homens e mulheres, apenas aos
indispensáveis, bem menos do que seria realmente necessário. Nesta ordem de ideias importa talvez relembrar que os voluntários ainda asseguram o funcionamento de quartéis,
nomeadamente à noite e aos fins de semana.
Poderá o nosso país, o seu povo, suportar o
deficit de voluntariado? Será que este território tem um “plano b” para mitigar os efeitos
do êxodo de portugueses abnegados, prontos
a dar vida pelos outros, determinados a proteger e a salvar pessoas?
Sofia Ribeiro
Associação mais pobre
Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Barcelinhos comunicou-nos o falecimento do seu
subchefe do Quadro de Honra (QH) Henrique Correia da
Silva Santos. A propósito, os Voluntários de Barcelinhos
sublinham que o extinto, desde o seu alistamento naquele corpo de bombeiros em 1971 até novembro último, data da sua passagem ao QH, “prestou sempre serviço efetivo na situação de atividade no quadro”, constituindo um exemplo pela sua dedicação.
O subchefe Henrique Santos ingressou nos Bombeiros
de Barcelinhos como aspirante em 1971 tendo sido promovido a bombeiro de 3.ª em fevereiro de 1972, a 2.ª
em 1980 e a bombeiro de 1.ª em 86. Era detentor do
crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses bem
como das medalhas de assiduidade da mesma confederação relativas a 15 e 30 anos de serviço. Era igualmente detentor da fita dos 5 anos e das medalhas
de assiduidade da sua associação dos 10, 20, 30 e 40 anos.
Emigração retira voluntários dos quartéis N
P
ortugal, durante décadas, assumiu-se
como um país de emigrantes, mais, recentemente, acolheu muitos imigrantes e, agora,
mercê de uma crise difícil de enfrentar, volta a
enviar para fora das suas fronteiras muitos
homens e mulheres das mais diferentes faixas
etárias, condição social e formação académica. Emigrar nos tempos que correm deixou de
ser uma alternativa e já é a única opção para
milhares de portugueses.
O fenómeno é transversal e, assim sendo,
também se começa a fazer sentir nos quartéis
dos bombeiros de Portugal que nos últimos
meses viram partir muitos dos seus voluntários, operacionais válidos, cumpridores, devidamente preparados, que tanta falta fazem no
socorro e proteção das populações.
Comandos e direções de Norte a Sul do país
analisam com preocupação esta situação que,
em algumas associações, já está a criar constrangimentos. Em Braga, Vila Viçosa, Pinhal
Novo e até em Lisboa a emigração está causar
perdas que, se creem, irrecuperáveis.
Num destes dias, um comandante de um
corpo de bombeiros do distrito de Setúbal
dava conta da saída do seu quartel de uma
dezena de voluntários, em apenas poucas semanas, lamentando que a conjuntura não permita “segurar” estes operacionais, dar-lhes a
oportunidade de escolher entre ficar na terra
Adeus ao comandante Felício
Boas notícias!
o dia 18 de Fevereiro foi publicada no Diário da República a Portaria nº 76/2013, que
“Estabelece os termos e condições do Novo Programa Permanente de Cooperação”, instrumento previsto na alínea a) do
artigo 31º da Lei nº 32/2007 de
14 de Agosto, que define o regime jurídico das associações humanitárias de bombeiros (AHB).
Tal como se diz no preâmbulo
deste diploma, ele resulta do
“consenso entre o Estado e os
parceiros do sector no sentido
do mútuo reconhecimento da
necessidade de rever o modelo
de financiamento da actividade
dos corpos de bombeiros”.
É de elementar justiça reconhecer que o modelo de apoio
financeiro à AHB agora aprovado melhora, substancialmente,
o anterior. Para além da actualização dos valores recebidos
pelo conjunto das associações,
destaca-se a racionalidade da
fórmula utilizada para o efeito,
facto que se saúda.
Para se chegar até à versão
agora em vigor, foi preciso muito labor técnico e vontade politica. Labor técnico da parte da
Direcção Nacional de Bombei-
ros da ANPC e da equipa que
em representação da Liga participou na construção deste diploma. Vontade política do Ministro da Administração Interna
e do Secretário de Estado do
mesmo ministério, que viabilizaram as soluções agora consagradas em lei.
Faço esta referência elogiosa
porque em outras ocasiões critiquei a falta de decisões para
responder aos problemas das
estruturas de bombeiros, num
contexto de enormes dificuldades e restrições. Não tenho
uma lógica de terra queimada
nem gosto de utilizar os Bombeiros para outros fins que não
sejam a defesa dos seus interesses.
Os valores investidos pelo
Estado nas AHB têm um retorno
garantido. A título de exemplo,
cabe destacar os muitos indicadores recolhidos através do Recenseamento Nacional os Bombeiros Portugueses (RNBP), administrado pela ANPC.
Diz-nos este importante instrumento de análise e estudo
da realidade do sector de Bombeiros que, em 2012, os 28.541
elementos inseridos no quadro
activo dos 413 corpos de bombeiros voluntários do Continente, prestaram um total de quase 15 milhões de horas de serviço operacional comprovado.
Este número representa uma
média superior a 520/horas/
bombeiro/ano de serviço operacional voluntário.
Outros dados são susceptíveis de serem avançados em
defesa da tese aqui exposta,
aproveitando o rico manancial
de informação que o RNBP hoje
disponibiliza.
Oxalá que o tradicional secretismo que tem afastado a reflexão técnica e cientifica do
sector de Bombeiros, não impeça que se tire todas as conclusões possíveis que este precioso instrumento de gestão e acção politica responsável permite.
Se assim acontecer ganha
toda a gente e, sobretudo, ganham os portugueses que são
os principais destinatários de
um Sistema de Protecção e Socorro, racional e qualificado,
tendo por principais agentes os
Bombeiros.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
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FEVEREIRO 2013
C
Um debate com substância
om a ocorrência de crises a tendência natural é
para que os horizontes
tendam a estreitar-se. Então,
renascem as descrenças, crescem as dúvidas, e as metas e
perspetivas de futuro tendem
a diminuir.
Assistimos, inclusive, ao fenómeno, também recorrente,
da cristalização defensiva das
posturas e dos procedimentos.
A meu ver, ao contrário, os
tempos de hoje são de alargar
horizontes, mesmo se contra a
opinião e até a vontade de
muitos.
Cabe-nos por cobro a redutores desafios de sobrevivência e apostar na vontade expressa e reiterada de relançamento para uma nova etapa,
um novo paradigma, tão forte
e sentido como foram os momentos vividos pelos fundadores na criação das nossas associações, muitas há mais de
um século. Com a mesma convicção, frontalidade e honestidade intelectual que no passado e no presente sempre animaram as associações e corpos de bombeiros e animarão,
no futuro, como objetivo principal e ancestral de socorro a
todos.
Todos, enquanto cidadãos,
munícipes, fregueses, estamos
chamados a participar e a pronunciarmo-nos sobre o futuro
da nossa sociedade. Haverá
questões que, porventura, não
estarão tão perto do nosso
sentir, mas haverá outras em
que a nossa participação e decisão serão fundamentais. A
única dúvida é saber se a mudança se faz connosco ou sem
nós e, por extensão, com ou
sem as instituições que representamos.
Quando falamos das associações de bombeiros não fala-
mos de vontades particulares
ou individuais. Falamos da
soma delas. Falamos de algo
muito próprio, muito específico que inequivocamente nasceu da vontade popular, sem
artifícios de qualquer monta,
com a certeza da missão, fruto
da vontade e da decisão das
bases.
Alguma mudança, alguma
opção nesse domínio, naturalmente, terá que ter em conta
os mesmos percursos e as
mesmas sedes.
Bem podem os governos e o
Estado querer, por si, ditar regras, definir limites ou impor
exigências. No culminar desse
processo, se o fizerem contra a
vontade, dos ricos e pobres,
dos mais simples, até dos menos letrados, ou dos mais académicos e doutorados, no final,
estarão em confronto com os
que, aparte as diferenças, tiveram sempre em comum a vontade de criar e desenvolver as
suas associações de bombeiros. No limite, não ter nada
disso em conta, corresponderia
ao apropriar de bens e valores
alheios e ao condenável uso e
valia dos mesmos. Mas acredito e aposto noutro caminho.
Cooperar com o Estado e
com as autarquias, por isso, e
como temos defendido, deve
passar por regras claras e,
desde logo, pelo respeito mútuo. Importa fazer valer a respetiva quota-parte e respeitar
as dos restantes parceiros.
Dentro dos conceitos do Estado, devem – o Poder Central,
Poder Local e Associações –
assumir parcerias sólidas e objetivas, com opções realistas,
que permitam a concretização
dos legítimos anseios e necessidades das nossas comunidades, mas só na exata medida
em que cada um estiver ciente
do seu papel, da sua responsabilidade e do respeito, de todos por todos.
Nos tempos que correm, na
presente crise que teima em
querer estreitar os horizontes,
esta parceria tem que ter a
vontade, a arte e o engenho
para precisamente fazer o
contrário, ou seja, alargar e
sedimentar os horizontes.
Mais do que meras intenções ou piedosas manifestações de boa vontade, importa
ações que façam crescer e fortalecer a parceria tripartida.
Estamos nesse caminho e o
destino final dele está dependente do quanto apostarmos
nessa via. Desde logo, demonstrado num debate com
substância.
Temos uma memória coleti-
va a preservar, a respeitar e a
fazer respeitar. E é precisamente em nome dela que devemos estar abertos e disponíveis à mudança.
Mas há momentos em que
aquilo que antes parecia óbvio
e assumido tenha que ser de
novo repetido num exercício
de memória e reavivamento.
Será bom relembrar que as
associações, longe de surgirem espontaneamente, nasceram da vontade dos cidadãos e
das suas comunidades e que
qualquer processo de mudança, para ganhar consistência e
oportunidade, acima de tudo
deve ter isso em conta.
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FEVEREIRO 2013
DIRETOR NACIONAL DE RECURSOS DE PROTEÇÃO CIVIL VEIO DA GNR
hama-se José Carlos dos Santos
Teixeira, é coronel de Administração Militar, e já tomou posse como Diretor Nacional de Recursos de Proteção
Civil da ANPC. O militar, escolha pessoal do presidente da ANPC, Manuel Couto, desempenhava até aqui funções de
inspetor-adjunto da GNR.
O coronel José Carlos Teixeira é licenciado em sociologia e conta ainda
com os cursos de Promoção a Capitão
da Escola Prática de Administração Militar e o Curso de Promoção a Oficial
Superior do Instituto de Altos Estudos
Militares. Prestou serviço em diversas
unidades e estabelecimentos da GNR,
nomeadamente no Comando Geral,
nos Serviços Sociais, no Regimento de
Infantaria, na Brigada Territorial N.º 2
e no Comando de Administração de
Recursos Internos, e da sua folha de
serviço constam vários louvores e medalhas. José Carlos Teixeira substitui
no cargo José Gamito Carrilho que na
hora da saída enviou aos colaboradores mais próximos uma carta de despedida à qual o jornal Bombeiros de
Portugal (BP) teve acesso. Na missiva,
enviada por correio electrónico, Gamito Carrilho faz um balanço exaustivo e
pormenorizado do seu trabalho na
ANPC e lamenta que tenha sido informado da substituição “sem que lhe tenha sido apresentada” qualquer explicação.
Ainda relativamente à equipa de diretores nacionais da ANPC, o BP sabe que
o novo Diretor Nacional de Bombeiros só
será anunciado e nomeado quando for
conhecido o futuro presidente da Escola
Nacional de Bombeiros (ENB), isto porque Susana Silva, sabe-se já, vai sair da
ANPC para assumir um dos lugares na
próxima equipa diretiva da ENB, deixando a equipa da Autoridade. José Oliveira, Diretor de Planeamento, continua em
Foto: Marques Valentim
C
ANPC continua a arrumar a casa
funções. A Autoridade Nacional de Proteção Civil aguarda a todo o momento
uma nova Lei Orgânica. A proposta da
ANPC está no gabinete do secretário de
Estado da Administração Interna a ser
ultimada. Filipe Lobo D’Ávila referiu em
declarações ao BP que a ideia é aprovar
o documento até ao final do mês.
Patrícia Cerdeira
PAREDES
AVEIRO
Maior base logística do país recebe CONAC
Homenagem a António Machado
O
recém-nomeado comandante operacional nacional da Autoridade Nacional Protecção Civil
(ANPC), José Manuel Moura, visitou o quartel dos
Bombeiros Voluntários de Paredes. A visita, que
contou também com a presença de outros elementos do comando e da direcção da ANPC, permitiu a José Manuel Moura observar in loco as
condições da única base de apoio logístico do distrito do Porto.
Recorde-se que existe uma base de apoio logístico por distrito e que no Porto essa base está
sediada no quartel dos Bombeiros de Paredes.
Sobretudo na altura do Verão, este quartel fica
preparado para acolher 150 bombeiros em trân-
sito para as localidades onde é necessário um reforço de meios para combate aos fogos florestais.
Verdadeiro Olhar/ Roberto Bessa Moreira
BARREIRO
A
Nova CODIS visita Sul e Sueste
nova Comandante Distrital de
Operações de Socorro de Setúbal, Patrícia Gaspar, visitou no
passado dia 14 de fevereiro os
Voluntários do Sul e Sueste –
Barreiro, tendo a oportunidade de
conhecer as valências do quartel
e as características dos veículos,
bem como constatar o grau de
operacionalidade do corpo de
bombeiros (CB).
Na ocasião, foi apresentada
uma resenha histórica da centenária associação, bem como uma
versão preliminar do relatório de
atividades de 2012, o que permitiu dar a conhecer os últimos dados estatísticos em termos de intervenções do Corpo de Bombeiros em matéria de proteção e socorro, bem como em termos da
formação ministrada durante o
ano. Foi ainda apresentado o plano de atividades para o corrente
ano, no qual se vincaram as iniciativas conducentes ao crescimento e à consolidação do quadro
ativo do Corpo de Bombeiros, para além da forte
aposta na formação.
A direção e o comando sensibilizaram a CODIS
para as questões relacionadas com a sustentabilidade operacional e financeira, com particular
enfoque na premente necessidade de criar no
Corpo de Bombeiros uma Equipa de Intervenção
Permanente (EIP), a financiar em partes iguais
pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pela
Câmara Municipal do Barreiro, na necessidade de
evoluir de Posto de Reserva (PR) para Posto de
O
ex-comandante distrital de
socorro de Aveiro, António
Machado, foi alvo de uma homenagem promovida pela Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, onde estiveram
presentes cerca de duas centenas de pessoas.
O secretário de Estado da
Administração Interna, Filipe
Lobo D´Ávila, também esteve
presente e considerou que o
comandante Machado “ é uma
referência da proteção civil de
Aveiro e do país”, razão pela
qual “não podia deixar de vir”.
António Machado, antigo comandante de bombeiros, muitos anos comandante distrital
da ANPC até outubro último
por imperativo da aposentação, encontrava-se rodeado
dos dois filhos, João e Diogo
Machado.
A homenagem, além do próprio presidente da Federação de
Aveiro, comandante Gomes da
Costa, e de outros dirigentes e
elementos de comando de associações e corpos de bombeiros, contou ainda com a presença do presidente da mesa
dos congressos da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP),
Duarte Caldeira, e do vogal do
conselho executivo, comandante José Luís Morais, do presidente da Câmara Municipal de
Aveiro, do antigo presidente e
atual presidente da assembleia-geral dos Bombeiros Aveiro-
-Velhos, o comandante distrital
António Ribeiro, o coronel Carrasset, em representação dos
bombeiros franceses e, também, muitos outros amigos do
homenageado.
ESMORIZ
Emergência Médica (PEM) do INEM, para o que o
CB cumpre integralmente e de forma consistente
os requisitos estabelecidos, e na urgência em rever as bases de cálculo do Programa Permanente
de Cooperação (PPC), que vigoram há vários
anos, “não correspondendo de modo algum à realidade vigente do CB e constituindo um grave
constrangimento à capacidade de investimento e
manutenção dos equipamentos operacionais,
quer a nível de viaturas de socorro, quer a nível
de equipamento de proteção individual para os
bombeiros”, segundo sublinha fonte da associação.
U
Reconhecimento
na hora da despedida
ma comum reunião de trabalho transformou-se num momento de partilha e de afeto, em
jeito de homenagem ao comandante António Machado, já depois de ter abandonado as funções
de Comandante Operacional Distrital de Aveiro.
Este tributo que aconteceu em S. João da Madeira, com o apoio do presidente da câmara local,
foi mais um pretexto para uma animada troca de
impressões e de experiências mas também para
balanços.
Os comandantes do distrito aproveitaram a
ocasião para oferecer ao homenageado um retrato do CODIS emoldurado com emblemas de todas as associações do distrito.
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FEVEREIRO 2013
ISENÇÃO FISCAL PARA ECIN
Liga reuniu com Ministério das Finanças
Em contagem decrescente para mais uma
época especial de incêndios, o presidente
da Liga dos Bombeiros Portugueses
acredita que o Governo será sensível aos
seus argumentos e que isentará os
bombeiros voluntários que integram as
Equipas de Combate a Incêndios Florestais
(ECIN) das contribuições de IRS. Jaime
Marta Soares reuniu com a equipa das
finanças e diz que sentiu “abertura” por
parte do executivo para esta matéria.
Texto: Patrícia Cerdeira
Fotos: Marques Valentim
O
presidente da Liga dos
Bombeiros
Portugueses
reuniu no passado dia 13 de fevereiro com o secretário de Estado da Finanças, reunião pedida pela Confederação com vista
a garantir a isenção de IRS para
todos os bombeiros voluntários
que integram as ECIN. Falando
aos jornalistas após a reunião
com Paulo Núncio, Jaime Marta
Soares disse ter notado que,
“pela parte do Governo, há uma
abertura muito grande às pro-
postas apresentadas”. “Esta é
uma questão de justiça e de incentivo ao voluntariado”, afirmou Jaime Marta Soares, depois do encontro de cerca de 40
minutos, que contou também
com a presença do secretário
de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo D’Avila.
Os bombeiros vão fazer chegar ao Governo a documentação necessária e o presidente
da LBP assegurou que saiu deste encontro “confiante”. Os
membros da equipa de combate a incêndios (ECIN) que trabalham na época dos fogos florestais recebem cerca de 41 euros por dia, isentos de impostos
e segurança social, enquanto os
funcionários assalariados das
corporações, quando vão para o
terreno após a hora de serviço e
em regime de voluntariado,
veem o valor que recebem ser
agregado ao salário e taxado.
“Esta situação é inaceitável e
injusta”, frisou o dirigente.
Antes mesmo deste encontro, a Liga dos Bombeiros Portugueses já tinha enviado uma
carta a Vítor Gaspar dando con-
ta da atual realidade dos bombeiros que integram as ECIN.
Na missiva, datada de sete de
fevereiro, a Liga descreveu todo
o enquadramento dos bombeiros que integram as ECIN sublinhado as diferenças entre os
bombeiros voluntários e os assalariados.
O Ministério das Finanças
analisa agora todos os argumentos apresentados pela Confederação, aguardando a Liga
uma resposta que possa clarificar, de uma vez por todas, a situação dos elementos das ECIN
em matéria de tributação em
sede de IRS.
GOVERNO ADMITE VENDER KAMOV
Definitivamente não está a correr da melhor forma o projeto do
Governo para a gestão e operação dos meios aéreos do Estado.
Numa altura em que a EMA (Empresa de Meios Aéreos) continua
por extinguir, devido aos vários contratempos com que o executivo
se tem confrontado, o Ministério da Administração Interna (MAI)
continua sem resposta ao concurso lançado para a operação dos
cinco helicópteros pesados Kamov. Ninguém quer o negócio e
sobre esta matéria, fonte do MAI disse ao ‘BP’ que em última
análise não restará outra alternativa que não a “venda das
aeronaves. Esta semana, chegou entretanto ao fim o polémico
concurso para a operação dos 25 helicópteros de combate a
incêndios. A Everjets ganhou à Heliportugal sendo que o consórcio
derrotado já disse que vai recorrer.
Texto: Patrícia Cerdeira
C
hama-se Everjets foi criada recentemente e é a
empresa vencedora do
concurso lançado pelo Estado
para a operação e manutenção
de 25 helicópteros de combate
aos fogos. Chega assim ao fim
um longo e polémico processo
adiado várias vezes por providências cautelares e muita contestação. A Everjets, sociedade
de quatro empresas sedeada
em Famalicão, venceu o concurso público de cinco anos ao
corresponder a uma das principais exigências do caderno de
encargos, o mais baixo custo.
Para trás fica um consórcio de
três históricas empresas do
ramo liderado pela Heliportugal. Ao que o ‘BP’ apurou junto
de fonte ligada a todo o processo, a Everjets (Aviação Executiva S.A.) vai pagar ao Estado
português quase 40 milhões de
euros, menos 1,4 milhões do
que o valor apresentado pelo
outro consórcio concorrente.
A decisão já tinha sido tomada no final do ano passado mas
os outros concorrentes deste
concurso público recorreram à
justiça alegando “falsificação de
documentação” o que fez arrastar todo o processo. As acusações do consórcio liderado pela
Heliportugal de que a Everjet
terá falsificado partes dos manuais de voo das aeronaves apresentadas a concurso acabaram
por não surtir o efeito pretendido, a anulação do concurso.
Ciente de que os meios são
precisos dentro de pouco tempo, a EMA não recorreu da decisão do tribunal evitando assim
que o processo se arrastasse
com prejuízos claros para a
Foto: Arquivo
Everjets venceu concurso dos 25 helicópteros
operação deste ano em matéria
de combate a fogos. Estes 25
helicópteros fazem parte de um
lote mais vasto de 41 aeronaves, cujo concurso para a privatização da operação ainda decorre.
Mais complexa parece ser a
situação dos KAMOV. Depois do
concurso público lançado pelo
estado ter ficado vazio, o executivo pondera “em último recurso” a venda dos aparelhos.
Entretanto a indefinição relativamente ao futuro da operação
dos Kamov está a preocupar os
responsáveis máximos da EMA,
já que todo este cenário estará
a provocar muita “inquietação”
junto dos pilotos. Numa altura
em que a Turquia adquiriu vários Kamov no mercado, fonte
da EMA disse ao ‘BP’ que teme
pela saída dos pilotos portugueses pois num mercado tão concorrencial a EMA “não terá capacidade de competir” com as
propostas de ordenados feitas
por países estrangeiros aos pilotos credenciados e especializados para pilotar este tipo de
aparelhos.
Heliportugal está em
falência técnica
A Heliportugal, concorrente
derrotada no concurso público
das 25 aeronaves, garante
que está em situação de falência técnica. Desde 2010
que enfrenta em tribunal várias queixas por dívidas que
ultrapassam já os dois milhões de euros. Uma delas é a
uma empresa francesa que
reclama mais de um milhão e
700 mil euros. A Heliportugal
justifica a situação de incumprimento com o não pagamento pro parte do Estado
português. Ao que apurámos,
estão em causa 13 milhões de
euros que ainda não foram
pagos e que se referem às
missões do último semestre
de 2012.
6
FEVEREIRO 2013
Raridade recorda Salvadores Bombeiros
Pesquisa/Texto: Luís Miguel Baptista
1
884. Situemo-nos no tempo e no espaço. Desde o
início da segunda metade
do séc. XIX, Portugal vive uma
importante dinâmica associativa, sob influência dos ideais
franceses resultantes da Revolução de 1848. O conceito de
associação – auxílio na proteção aos cidadãos – ganha raízes
no seio da sociedade, vendo-se
traduzido, de grosso modo, na
fundação de associações de
classe e de associações de socorros mútuos. Como se sabe, é
neste contexto que despontam,
também, as primeiras associações de bombeiros voluntários
do país. Lisboa, já pródiga noutros domínios do associativismo, dá o exemplo. Em 18 de
Outubro de 1868 surge a primeiríssima Companhia de Voluntários Bombeiros, mais tarde
denominada por Associação dos
Bombeiros Voluntários de Lisboa.
Entretanto, e ainda na capital, verifica-se o aparecimento
dos Salvadores Bombeiros do
Grémio Humanitário de Portugal (SBGHP), aos quais pertenceu a raridade de capacete que
apresentamos, propriedade da
Liga dos Bombeiros Portugueses.
A história dos SBGHP constitui algo de obscuro, conhecendo-se muito pouco da sua realidade. Em princípio, resultaram
de uma cisão na então Real Associação Humanitária dos Bom-
beiros Voluntários da Ajuda
(fundada em 10 de Abril de
1880), corporação de onde
transitaram, entre outros elementos, para a novel formação,
como simples voluntários, Carlos Luís Lugrin (1.º comandante) e José Baptista Ribeiro (2.º
comandante).
Segundo consulta aos apontamentos manuscritos do comandante Amadeu César da
Silva, à guarda do Núcleo de
História e Património Museológico, intitulados “Subsídios para
a História do Serviço de Incêndios de Lisboa – Parte II, 1868
a 1899”, os Salvadores Bombeiros tiveram curta existência,
num período da história que ficou marcado pela “febre do voluntariado”, escreve aquele estudioso. A sua sede situava-se
no número 33 da Rua Poço do
Borratem, na baixa lisboeta,
junto à Praça da Figueira.
Tanto quanto conseguimos
aprofundar, foram eleitos em
assembleia geral reunida a 11
de Agosto de 1884, para os ór-
gãos dirigentes, duas destacadas figuras da nata da sociedade: José Dias Ferreira, professor de Direito, jurisconsulto,
político e maçom, mais tarde
presidente do Conselho de Ministros; e Augusto Bobone, fotógrafo (das Casas Reais de
Portugal e de Espanha) e pintor.
Por sua vez, a entrega do comando recaiu na pessoa de
França Neto, engenheiro civil de
profissão.
Da intervenção dos SBGHP,
consta que estes nunca mereceram a simpatia do Corpo de
Bombeiros Municipais de Lisboa
(CBML), supostamente, devido
a questões de estatuto que durante décadas rivalizaram voluntários e profissionais. Parece, até, que, por ocasião de um
incêndio deflagrado na Rua dos
Retroseiros, n.º 17, acorreram
ao local, sendo, contudo, impedidos de actuar, debaixo de
conturbado clima.
De acordo com elementos
dispersos, susceptíveis de uma
interpretação que, talvez, não
se distancie muito dos reais
acontecimentos, em 1886, a
corporação desvinculou-se do
Grémio Humanitário de Portugal
e deu lugar a outra: a Associação dos Salvadores Bombeiros
Voluntários, sedeada na Rua das
Portas de Santo Antão, 130 e
132, 1.º andar. Ao que tudo indica foi extinta no ano de 1888.
Por ironia do destino, o seu material reverteu a favor dos Bombeiros Voluntários da Ajuda.
Capacete histórico
mas desvantajoso
Sobre o capacete, oferece-nos referir que se trata de um
modelo tipo francês, semelhante ao dos bombeiros da Metropolitan Fire Brigade, antecessora da London Fire Brigade,
aprovado por Sir Eyre Massey
Shaw (capitão), responsável
pela introdução de várias inovações no serviço de incêndios do
Reino Unido, com destaque
para as célebres bombas a vapor e o uso do telégrafo na acti-
vação do alarme às estações de
Londres. Chegou a visitar Lisboa, assistindo a um exercício
do CBML.”
Em 1881, o jornal “O Bombeiro Portuguez” desaconselhava o uso do capacete de metal,
dando conta das respectivas
desvantagens: “(…) tem o inconveniente de ser muito mais
pesado e o de deteriorar-se
mais promptamente, accrescendo ainda a circumstancia de
ser mais difficil a limpeza”. Não
obstante estas recomendações,
três anos mais tarde e como se
constata, continuava a merecer
preferência, designadamente,
dos SBGHP.
A finalizar, destaque-se o
pormenor do distintivo, de inspiração maçónica, o qual traduz
atitude de nobreza humana, na
protecção do colectivo, aspecto
este consagrado no brasão de
armas que marca a nossa identidade nacional. Tal significado
está ainda patente num coração
aposto na extremidade do ornato em forma de crista, símbolo do amor altruísta e da fidelidade, característica que arriscamos considerar de todo invulgar, face a peças similares que
conhecemos.
Artigo escrito de acordo
com a antiga ortografia
Site do NHPM da LBP:
www.lbpmemoria.wix.com/
nucleomuseologico
ALBUFEIRA
LOUSÃ
Campanha continua a dar frutos
Liga de amigos apoia municipais
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Albufeira (AHBVA) recebeu do
Grupo Petchey Leisure, um cheque no valor de 5700 euros referente ao ano de 2012, resultante de uma campanha que
consiste em adicionar 1 euro à
conta de cada cliente, aquando
do “check out”.
Na sessão de entrega do cheque, os Voluntários de Albufeira
agraciaram com um diploma os
três hotéis da cadeia – Oura
Praia Hotel, Clube Praia da Oura
e Oura View Beach Club.
Fonte da associação defende
que esta ação que decorre desde 2007, gerando muitas receitas para o quartel de Albufeira,
deveria ser seguida por outras
entidades do concelho.
A
recém-criada Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã (LABL) deu importante incremento à já tradicional recolha de brinquedos e roupas
promovida, na quadra natalícia, pelo Corpo de Bombeiros
Municipais da Lousã.
Os contributos de cidadãos
de várias regiões do distrito de
Coimbra, permitiu apoiar as
atividades de apoio social de
várias instituições, nomeadamente da Casa do Gaiato (Miranda do Corvo), da Quinta D. Pedro V (Vila
Nova de Poiares), da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (Mi-
randa do Corvo) e ainda da Junta de Freguesia de Vilarinho
Em jeito de balanço, fonte da LABL reve-
la que “o ano de 2012 fica
marcado por um aumento exponencial de casos de famílias
carenciadas, fruto da conjuntura de crise, pelo que a iniciativa permitiu minimizar as dificuldades de todos os que se
debatem com este drama social”.
A Liga dos Amigos dos Bombeiros da Lousã, que agradece
a todos os que participaram e
colaboraram nesta recolha, espera poder continuar a contar
com o apoio da comunidade e, assim, “chegar a mais Instituições e agregados familiares”.
7
FEVEREIRO 2013
BOMBEIROS DO MÉDIO TEJO NORTE
Já nasceu o primeiro agrupamento
Os bombeiros de Abrantes, Constância e
Mação vão começar a partilhar sinergias,
numa lógica de economia de escala. A
assinatura do protocolo de constituição do
primeiro agrupamento de bombeiros está já
concretizada e o objetivo é melhorar a
gestão dos recursos disponíveis com vista a
uma resposta operacional mais eficaz.
P
ermitir uma melhor gestão
dos recursos disponíveis e
garantir uma resposta operacional mais eficaz é o objetivo
do Agrupamento de Bombeiros
do Médio Tejo Norte, que vai colocar os municípios de Abrantes, Constância e Mação a partilhar os meios materiais e humanos. Inicialmente, estava
prevista a adesão dos Bombeiros Municipais do Sardoal mas a
autarquia não concordou com o
teor do protocolo e adiou para
já a adesão. A cerimónia de assinatura do protocolo de constituição do Agrupamento de
Bombeiros do Médio Tejo Norte
teve lugar no passado dia 5 de
fevereiro, na sede da Comunidade Intermunicipal do Médio
Tejo, em Tomar, e contou com a
presença do secretário de Estado da Administração Interna,
Filipe Lobo D’ Ávila. Este é o primeiro agrupamento de bombeiros a ser constituído no país,
após a publicação da legislação
que abre caminho aos agrupamentos.
O protocolo foi assinado por
cinco outorgantes: Câmaras
Municipal de Abrantes, Constância e Mação e Associação
Humanitária dos Bombeiros de
Constância e Associação Humanitária dos Bombeiros de
Mação. Este primeiro agrupamento tem por base o Decreto-lei 248/2012, de 28 de novembro que permite a criação
de agrupamentos de bombeiros que integrem uma parte ou
totalidade dos elementos pertencentes a diferentes corporações e com áreas de inter-
venção contíguas. Na prática,
se um incêndio se registar
numa freguesia rural de Abrantes, distante da sede de concelho, a corporação que é chamada a combater as chamas
poderá ser a de Constância ou
Mação.
A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, que tem
sido a principal mentora do projeto, disse que a fusão de agrupamentos de bombeiros em
território contíguo vai permitir a
“racionalização e partilha de recursos existentes e uma operacionalização distribuída por um
território mais alargado”. Segundo Maria do Céu Albuquerque, também responsável pela
Proteção Civil em Abrantes, referiu que a atuação desta nova
entidade inclui a prevenção e o
combate a incêndios, o socorro
e transporte de acidentados e
Fotos: Jornal Cidade de Tomar
Texto: Patrícia Cerdeira
doentes, o exercício de atividades de formação e sensibilização e a participação em outras
atividades de proteção civil. “No
fim de contas, tudo se continua
a processar de modo similar,
mas com um compromisso claro entre três autarquias para a
partilha de meios e recursos”,
vincou. Em declarações ao
Bombeiros de Portugal, o comandante dos voluntários de
Constância, Adelino Gomes,
lembra a atual realidade para
explicar a aposta nesta nova
solução: “Por declarada falta de
meios, os Bombeiros Municipais de Abrantes não conseguem responder a todas as solicitações dentro da sua área de
MANOBRAS 2013
O
s Concursos Nacionais de Manobras de 2013, o 32.º Concurso
para Bombeiros e o 31.º para Cadetes, vão decorrer em 1 e 2
de junho próximos, em Fátima. Em circular enviada às associações
e corpos de bombeiros assinada pelo presidente do concelho executivo, comandante Jaime Soares, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) alerta para a necessidade do cumprimento dos prazos
previstos nos respetivos regulamentos, nomeadamente para o envio atempado das fichas de inscrição até 12 de abril próximo. Nesta iniciativa, a LBP conta com o apoio da Câmara Municipal de
Ourém.
“O conselho executivo da LBP continua a pugnar pela realização
dos concursos nacionais de manobras, provas genuínas da nossa
confederação,” refere-se na circular, sublinhando-se, muito positivamente, o crescente número de equipas concorrentes verificado
ao longo dos anos, “desenvolvendo o são convívio desportivo e os
laços de camaradagem entre bombeiros”.
Concursos decorrem em Fátima
intervenção, situação que leva
os voluntários de Constância,
Sardoal e Mação a fazerem
quase 50 por cento do socorro
naquele concelho. Por tudo isto
era premente encontrar uma
solução para o problema, e foi
assim que surgiu o acordo que
visa rentabilizar os meios e
prestar socorro com maior rapidez redistribuindo o espaço
dos quatros concelhos de forma a ganhar economia de escala”.
Por serem corpos de bombeiros municipais, os bombeiros do Sardoal e Abrantes não
recebem, como determina a
atual legislação, qualquer verba do Programa Permanente
de Cooperação (PPC) ou qualquer comparticipação do estado. Refere Adelino Gomes que
com este agrupamento agora
criado, o território passa a ser
“só um”, cenário que abre portas a novos apoios.
Em caso de sinistro com alguma envergadura, as regras
operacionais mantêm-se. Os
meios sairão por proximidade
e a habitual triangulação que é
feita pelo CDOS, ou pelas centrais dos corpos de bombeiros,
continuará a ser “privilegiada”,
explica o responsável operacional.
Questionado se este agrupamento é a resposta ao desafio
do Governo que aponta para,
em nome da rentabilização de
recursos, uma nova geografia
dos corpos de bombeiros em
todo o país, Adelino Gomes
clarifica: ”Esta ideia não é do
Governo mas antes uma proposta antiga dos corpos de
bombeiros do distrito de Santarém que reivindicam este
sistema há já quase cinco
anos. O objetivo do distrito
sempre foi o de acabar com
áreas de atuação fechadas
porque entendemos que as
pessoas estão primeiro”.
Para o processo ficar concluído o Governo deverá agora
proceder à regulamentação da
Lei nº 248 de novembro de
2012. Ou seja fica a faltar a
portaria que regulamenta estes agrupamentos.
8
FEVEREIRO 2013
LOUROSA
O
Bombeiros recuperam com ânimo
s dois bombeiros dos
Voluntários Lourosa, o
oficial bombeiro de 2.ª
Armando Sousa e o bombeiro
de 1.ª Ricardo Silva, vítimas de
acidente em serviço no passado dia 22 de setembro, quando
se deslocavam para um incêndio florestal, continuam a vencer novas etapas da sua recuperação.
Segundo os profissionais de
saúde que os têm assistido é
evidente a demonstração de
notável força anímica e determinação dos dois para voltarem rapidamente à atividade.
Armando Sousa foi submetido com êxito a mais uma intervenção cirúrgica. Esteve internado no Hospital de Santa Maria - Porto de 28 de janeiro a 12
de fevereiro, onde foi seguido
por cirurgia plástica e ortope-
dia. Apesar ainda da total dependência de terceiros para a
sua mobilidade, Armando Sousa considera que este é mais
um duelo ganho na longa e penosa “batalha” que trava desde
o fatídico acidente. O internamento ficou ainda marcado
pela comemoração do aniversário deste jovem, que acompanhado pelos pais, familiares,
camaradas, amigos e pessoal
médico celebrou de forma diferente os seus 26 anos.
O bombeiro Ricardo Silva
mantém sessões de fisioterapia diárias com recuperações
visíveis ao nível do joelho esquerdo mas ainda com complicações na recuperação do joelho direito e ombro esquerdo.
Ricardo Silva, mostra-se contudo confiante na sua total recuperação, continuando a ser
acompanhado no Hospital de
Santa Maria - Porto por ortopedia.
Estes dois operacionais, receberam no passado dia 7 de
fevereiro a visita do comandante operacional nacional da
ANPC, José Manuel Moura,
acompanhado pelo comandante operacional distrital de Aveiro, António Ribeiro e pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Lourosa, José Carlos
Baptista. No caso de Armando
Sousa, dada a sua situação clínica, esta visita ocorreu nas
instalações do hospital, enquanto que Ricardo Silva recebeu essa mesma visita no
quartel dos Voluntários de Lourosa.
José Manuel Moura fez questão de se inteirar do estado clínico dos operacionais bem
como dar-lhes uma palavra de
incentivo nas suas recuperações.
“Para estes dois Homens, o
sonho de regressar ao ativo
continua bem aceso”, adiantou-nos o comandante José
Carlos Baptista.
PAMPILHOSA
Estrutura de comando completa
Fotos: Fernanda Mourão
O
GÓIS
“Experiência, determinação e capacidade de liderança”
M
iguel Pratas foi recentemente empossado como novo
comandante da Associação Humanitária de Bombeiros
Voluntários de Góis.
O salão nobre da associação encontrava-se repleto de associados, bombeiros e amigos da instituição para a tomada
de posse do novo responsável operacional, que após ter assinado o ato de posse e recebido os respetivos galões, tomou uso da palavra enaltecendo o corpo ativo, o seu trabalho e entrega à causa dos bombeiros portugueses.
As necessidades de equipamento de proteção individual e
de mais formação na área dos incêndios urbanos e industriais foram apontadas pelo novo comandante, que sublinhou, no entanto, o empenho da direção na requalificação
das unidades operacionais de Góis e secção de Alvares.
“A experiência, determinação e capacidade de liderança”
foram algumas das qualidades que o 2º comandante distrital Paulo Palrinha atribuiu ao novo comandante, aliás salientadas por outros oradores, nomeadamente, pelo presidente
da direção Jaime Garcia e pelo comandante António Simões
presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de
Coimbra.
Maria de Lurdes Castanheira, presidente da Câmara Municipal de Góis elogiou o trabalho dos soldados da paz, dizendo que na autarquia se encontra em estudo uma forma
de incentivo aos jovens bombeiros, ao mesmo tempo que
confirmou a intenção de manter todo o apoio financeiro possível à associação.
Sérgio Santos
salão nobre dos
Bombeiros Voluntários de Pampilhosa acolheu a cerimónia de tomada de posse, por
“competência própria”,
do 2.º Comandante
Fernando
Marques
Abrantes dos Santos
que até à data exercia a
função de adjunto de
comando, tendo sido
nomeado para o cargo
pela direção da associação humanitária, por
proposta da comandante Paula Ramos, que
escolheu, ainda, para
adjunto de comando o bombeiro de
1.ª António Miguel Silva Marques.
Marcaram presença na sessão bombeiros, dirigentes mas também António Ribeiro, comandante operacional
do distrito de Aveiro, o coronel Albuquerque Pinto, representante da federação dos bombeiros do distrito e ainda os presidentes da câmara municipal
e da junta de freguesia, entre outras
entidades convidadas.
Este é segundo a nova e reforçada
estrutura um mandato marcado pela
expectativa de responder às exigências inerentes ao “bom socorro à população”, mas também de garantir “uma
liderança digna dos Bombeiros da
Pampilhosa”.
CASCAIS
PENICHE
Bolama considera membros honorários
Bispo auxiliar no quartel
O
Conselho de Coordenação da Pró-Bolama, da Guiné-Bissau, decidiu atribuir a categoria
de membros honorários,
à Câmara Municipal de
Cascais, ao seu vereador
Alexandre Faria, à Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Cascais, ao seu vice-presidente da direção, Vitor Neves, e ao seu comandante,
João Loureiro.
Bolama está geminada com Cascais e
é na sequência dos apoios dados pela
autarquia cascalense àquele concelho
da Guiné-Bissau, que os Bombeiros de
Cascais têm participado na parceria facultando meios de socorro. Nesses
meios inclui-se a oferta de duas viaturas, uma ambulância de socorro de origem norte-americana e um veículo de
apoio geral, bem como de diversos
equipamentos.
N
o âmbito de uma visita pastoral à vigararia Caldas/Peniche, o bispo auxiliar de Lisboa, D. Nuno Brás da
Silva Martins, esteve no quartel dos Voluntários de Peniche, onde se inteirou da história mas também da
atividade desta associação.
9
FEVEREIRO 2013
AUDIÇÃO NA COMISSÃO PARLAMENTAR DE SAÚDE
O
INEM vai manter equipas e reforçar viaturas
presidente do INEM negou, no
passado dia 13 de fevereiro, a intenção de retirar meios de socorro das
ruas, afirmando que vai aumentar em
número as viaturas de emergência rápida e as de suporte imediato de vida
e apostar na formação de técnicos.
Ouvido na Comissão Parlamentar
de Saúde, Miguel Oliveira afirmou que
vai dotar este ano os hospitais do Barreiro e Amadora-Sintra com Viaturas
Médicas de Emergência e Reanimação
(VMER), passando das atuais 42 para
44.
As ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV), que em 2012
cresceram 30 por cento em quantidade, vão passar das atuais 33 para
cerca de 40 este ano, sendo objetivo
do INEM alargá-las a todos os serviços básicos. O presidente do instituto
sublinhou a cobertura do interior do
país que foi conseguida com estas
ambulâncias. No que respeita aos
profissionais, o responsável afirmou a
intenção de “cada vez apostar mais
na rede diferenciada, com médicos e
enfermeiros no terreno em VMER e
SIV.
Exemplo desta aposta é a formação feita a cerca de 700 profissionais
de saúde, apontou. Por outro lado,
referiu, o INEM vai investir em mais e
melhor formação de Técnicos de Ambulância de Emergência (TAE) e de
bombeiros, que são os profissionais
das 400 ambulâncias de Suporte Básico de Vida (SBV) espalhadas por
todo o país.
“Não é possível ter médicos em todas as ambulâncias, pelo que devemos dotar os técnicos que lá estão
com técnicas de ‘life saving’”, disse
Miguel Oliveira, acrescentando querer “aumentar a probabilidade de fazer sobreviver”. O aumento das competências dos TAE visa melhor habilitá-los a salvar vidas no limite, antes
do tempo que demora a chegar um
médico, sublinhou, rejeitando que esteja a substituir em funções profissionais mais habilitados por outros menos habilitados.
Rejeitando o provérbio ‘quem não
tem cão caça com gato’ referido pelo
deputado João Semedo, o presidente
do INEM garantiu que continua a
apostar nos cães e a “comprar cães
de boa raça”.
O responsável lançou mesmo um
apelo: “Peço à Ordem dos Médicos, à
Ordem dos Enfermeiros e aos deputados que me deixem pôr os TAE a salvar
vidas, porque se não aumentarem estas competências, há uma série de vidas que não vão ser salvas”.
Miguel Oliveira negou ainda que fosse cobrado dinheiro pela formação, sublinhando que tem feito por aumentar a
formação e alterar o modelo, de forma
a torná-la mais abrangente, nomeadamente passando-a para o horário pós-laboral.
Comentando acusações de que o
INEM piorou desde que saíram enfermeiros do CODU (Centros de Orientação de Doentes Urgentes), Miguel Oliveira disse não haver dados que apontem para isso e lembrou que este serviço continua a ter a coordenação feita
por médicos, com vários médicos por
turno.
Questionado pelo deputado socialista
Manuel Pizarro sobre a existência de
um helitransporte em Macedo de Cavaleiros e nenhum a cobrir o norte o país,
Miguel Oliveira reafirmou a sua intenção de o colocar em Vila Real. Lembrando que a zona litoral norte do país
está bem coberta com meios terrestres,
o presidente do INEM considera que um
helicóptero em Vila Real faz a cobertura
necessária de toda a região norte.
Patrícia Cerdeira
CARTA INTERNA ALERTA PARA “ATRASOS INEXPLICÁVEIS”
O
Presidente do INEM admite falhas técnicas mas garante eficácia
presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi questionado na
Comissão Parlamentar de Saúde sobre uma recente polémica
que aponta para falhas do sistema informático desenvolvido
para passar o registo clínico do
doente do CODU para os profissionais no terreno – Mobile Clinic, falhas que segundo a responsável do INEM da zona Centro podem provocar falhas graves na hora de socorrer. O
responsável máximo do Instituto admitiu que essas falhas
existem, mas negou que as
mesmas condicionem o socorro. “O socorro não está condicionado, porque o INEM não depende exclusivamente do sistema informático”, afirmou, explicando que existem os recursos
alternativos do telemóvel e do
rádio, ambos na posse de todas
as equipas. As ambulâncias,
carros médicos e helicópteros
de emergência médica comunicam com as centrais 112 do
INEM através de computador. O
equipamento, chamado Mobile
Clinic, foi criado de forma a permitir a transmissão rápida dos
sintomas de risco dos doentes e
indicar aos meios de emergência a rota mais rápida para chegar a ele, como um bom GPS.
Mas ao que parece o Mobile Clinic parece não estar a funcionar
de forma eficaz. Há denuncias
de que os computadores bloqueiam, demoram tempo a reiniciar e, pior ainda, muitas vezes nem sequer recebem os
alertas da central 112, induzindo em erro os operadores telefónicos emergência, que julgam
ter ativado ambulâncias que,
afinal, não chegam a receber
qualquer informação.
Uma Ordem de Serviço, emi-
CONTRATO PROGRAMA 2013
O
Formação partilhada
Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Escola Nacional de Bombeiros (ENB) já assinaram o Contrato Programa referente ao plano de formação para
2013 no que diz respeito às áreas de Tripulante de Ambulância de Socorro (TAS) e recertificações TAS Nível II. Com base no contrato assinado, o INEM irá realizar vários
laboratórios de formação de Suporte Básico
de Vida e Desfibrilhação Automática Externa a formadores de cursos TAT. A ENB tem
à sua responsabilidade oito cursos de formação de TAS e 25 cursos de formação TAS
Nível II. Já o INEM realizará 35 Laboratórios
de formação de SBV e DAE para formadores
de curso TAT, em Lisboa, Porto e Coimbra,
até ao final do primeiro semestre de 2013.
Ainda segundo o acordo assinado no passado mês de janeiro, o INEM pagará à Escola cerca de 88 mil euros pela formação ministrada. Os laboratórios de formação ministrados pelo INEM terão um custo de 187
euros por ação. A Escola pagará no total
6.545 euros.
Patrícia Cerdeira
tida pela médica Regina Pimentel, diretora regional do Centro
do INEM, para os coordenadores e supervisores das centrais
de emergência, datada de 28
de novembro, prova a existência de graves atrasos no socorro por falha do equipamento
Mobile Clinic. “Meus caros:
sempre que se aciona um meio
pelo mobile, está escrito que
deve ser confirmada a receção
do evento. Este procedimento
não está a ser feito. Podem dizer-me que há muito trabalho,
mas haverá muito mais se o
evento não chegar onde deve, a
ambulância não sair para o local, a vítima morrer, irmos todos a tribunal ou sermos postos
nos disponíveis ou na rua com
um processo. Todos sabem que
o Mobile não está fiável ainda,
os fluxos vieram trazer celeridade ao envio de meios e nós
não temos a certeza que o meio
foi! Não estamos afazer bem o
nosso trabalho. Há atrasos no
socorro inexplicáveis. Isto não é
um conselho, porque esse já o
dei há muito tempo. É uma ordem e é para cumprir a nível
nacional”, lê-se na comunicação
interna a que o ‘BP’ teve acesso.
Questionado
diretamente
pelo ‘BP’ sobre esta situação, o
INEM respondeu com o comunicado da Comissão de Trabalhadores no qual esta estrutura esclarece que a notícia avançada
pela TVI assenta em pressupostos “falsos” e reveste um caráter “injustificadamente alarmista”. No mesmo email dirigido à
nossa redação, o INEM dá a conhecer uma carta enviada ao
Instituto pelos Bombeiros Voluntários do Dafundo na qual o
comandante Carlos Jaime manifesta o “profundo repudio”
pelo conteúdo das noticias vindas a público. No último parágrafo o responsável operacional
refere mesmo que “eventuais
anomalias pontualmente detetadas, e ao que sabemos em
face de resolução com a atualização de software, nunca colocaram em causa a prestação de
socorro”.
O Mobile Clinic e o GPS Navigator foram adquiridos em
2007 e nos dois primeiros anos
custou um milhão e trezentos
mil euros. Mas foi colocado na
prateleira precisamente devido
à falta de qualidade. No relatório e contas de 2011, a administração do INEM explica que o
equipamento foi colocado em
testes mas que não era de todo
fiável, tendo sido descontinuado.
No primeiro semestre de
2011, contudo, o INEM decidiu
colocar o equipamento em todas as suas ambulâncias, carros médicos e helicópteros de
emergência.
Patrícia Cerdeira
10
FEVEREIRO 2013
11
FEVEREIRO 2013
NOVO MODELO DE FINANCIAMENTO
PPC reforçado em 2500 euros
F
oi publicado, no passado dia 18 de fevereiro
em Diário da República, o novo regime de
apoio financeiro às associações humanitárias de
bombeiros que assenta em indicadores de risco
e de desempenho. Regime que a própria Liga
dos Bombeiros Portugueses sublinha ser transitório, conforme acordado com o Governo, e que
não dispensa um novo regime assente em novas bases que reproduzam melhor a realidade
operacional e técnica das associações e corpo
de bombeiros e as respetivas áreas de intervenção.
Para o cálculo deste regime deixam de ser
tidas em conta as intervenções com o código
4000, 7000 e 8000, não obstante a LBP considerar que não é uma questão fechada e que no
regime definitivo entende que essa questão deverá ter outro tipo de abordagem.
A portaria estabelece os termos e as condições do novo Programa Permanente de Cooperação (PPC), que visa “apoiar de modo regular o
desenvolvimento permanente das missões” dos
corpos de bombeiros.
Esta norma legal corresponde ao “reconhecimento, pelo Estado, da essencialidade da atividade dos corpos de bombeiros detidos pelas as-
sociações humanitárias, no quadro da proteção
civil”, refere o documento.
Segundo a portaria, o apoio financeiro atribuído anualmente pelo Estado aos corpos de bombeiros tem por base o PPC atribuído em 2011 a
cada corporação, risco do concelho, ocorrências
e número de elementos de cada associação humanitária.
O Estado atribui também a cada corporação
4.894 euros, apoio financeiro de montante igual
para todas as associações humanitárias de bombeiros para garantir “a estabilidade e coesão” na
atividade de proteção e socorro. O novo modelo
estabelece igualmente que no PPC de 2013 se verifique um crescimento mínimo de 2500 euros por
corporação e que a verba a atribuir não seja inferior ao PPC de 2011. A portaria adianta que cabe
à Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC)
transferir, em duodécimos, o apoio financeiro e
que o valor destinado ao Fundo de Proteção Social
dos Bombeiros, a transferir anualmente para a
Liga dos Bombeiros Portugueses, seja o equivalente a três por cento do montante anualmente
transferido para as associações humanitárias.
O novo PPC garante ainda um crescimento
mínimo para 2014 e a atualização dos critérios.
DISTRITO DE VILA REAL
Foto: CM Alijó
Investimento de 7,5 milhões em bombeiros e proteção civil
O
distrito de Vila Real tem em curso
um investimento de 7,5 milhões
de euros na construção ou remodelação de quartéis de bombeiros, aquisição de viaturas combate a incêndio ou
equipamento para a neve. Segundo
dados do Programa Operacional de
Valorização do Território (POVT), foram aprovadas 17 candidaturas no
distrito, com um investimento total de
7,5 milhões de euros, comparticipados
pelos fundos comunitários em 6,4 milhões de euros.
No âmbito dessas candidaturas, foi
já inaugurado o novo quartel dos bombeiros de Favaios, concelho de Alijó,
que custou cerca de 900 mil euros.
“Nós vivíamos em 80 metros quadrados e era impossível continuar a viver
lá”, afirmou Joaquim Barros, presidente da direção dos Bombeiros de Favaios.
No velho edifício, os espaços são
exíguos, as camaratas não possuem
condições e só havia espaço para aparcar duas das nove viaturas da corporação. Joaquim Barros referiu ainda que
o quartel antigo vai ser vendido por 60
mil euros e que a verba resultante do
negócio servirá para ajudar a pagar o
investimento no novo edifício.
Esta obra contou ainda com um
apoio financeiro da Câmara de Alijó e
da Adega de Favaios. Porque não é altura para gastos desnecessários, Joaquim Barros referiu que o novo quartel “é 100 por cento operacional” e
“sem luxos”. Depois de concluído este
sonho antigo, o responsável salientou
que a grande preocupação da corporação se volta agora para a “falta de
voluntários”, referindo que pelo menos 10 tiveram que emigrar nos últimos anos. Em 2012, no distrito, foram inauguradas as obras de requalificação dos edifícios dos bombeiros de
Peso da Régua e da Cruz Verde, no
concelho de Vila Real. Em janeiro, foi
a vez da corporação da Cruz Branca,
também em Vila Real, inaugurar o
novo quartel que resultou de uma
candidatura no valor de 1,25 milhões
de euros, comparticipada em 85 por
cento.
Ainda este mês, foram os bombeiros
da Salvação Pública de Chaves que se
mudaram para a nova casa. Há ainda
investimentos em curso nas corporações de Carrazedo de Montenegro
(Valpaços), Murça, Sabrosa e, recentemente, foi lançada a primeira pedra da
construção do quartel de Vila Pouca de
Aguiar.
Outras corporações como Boticas,
Cerva, Ribeira de Pena ou Valpaços optaram por adquirir novas viaturas para
combate a incêndios.
No âmbito do POVT, foram ainda
aprovadas duas candidaturas para
aquisição de equipamento específico
para a neve.
O município de Vila Real foi o chefe
de fila de uma dessas candidaturas,
com um financiamento total de 884 mil
euros, dos quais 752 mil euros são de
fundos comunitários, que permitiu dotar 17 municípios de Trás-os-Montes e
Alto Douro de equipamento para responder a episódios de neve.
Patrícia Cerdeira
FAVAIOS
presidente do conselho
executivo da Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP),
comandante Jaime Marta Soares, elogiou a simplicidade arquitetónica e a funcionalidade
do novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Favaios,
Alijó, durante a sessão solene
que sucedeu à cerimónia de
inauguração daquela infraestrutura.
O presidente da Federação
de Bombeiros do Distrito de
Vila Real, Fernando Queiroga,
salientou também que o edifício não apresenta luxos e que
está apetrechado com todos
os elementos essenciais para
que a associação possa continuar a socorrer as populações.
A inauguração do novo
quartel foi presidida pelo ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, e contou
com a presença do presidente
da Câmara Municipal de Alijó,
Artur Cascarejo, do comandante distrital de operações de
socorro e outros dirigentes e
elementos de comando de associações congéneres. O ministro fez questão de apontar
esta obra como exemplar, tendo em conta o facto de não ter
sofrido qualquer derrapagem
Fotos: CM Alijó
O
Presidente da LBP elogia funcionalidade
orçamental e já se encontrar
integralmente paga.
Na oportunidade, por pro-
posta dos Voluntários de Favaios, foram distinguidos pela
LBP, com o crachá de ouro, o
presidente da Autarquia, e
com a medalha de serviços
distintos, grau ouro e cobre,
respetivamente, os beneméritos, Mário João Leal Monteiro e
Nuno Ricardo Gomes Madeira.
12
FEVEREIRO 2013
ESPINHO
O
Agrupamento entre
associações avança
Agrupamento de Bombeiros da Cidade de Espinho vai
nascer no próximo domingo, 24 de fevereiro, durante a
cerimónia comemorativa do 85.º aniversário da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários Espinhenses.
A cerimónia de assinaturas dos estatutos do Agrupamento
conta com a presença do ministro da Administração Interna,
Miguel Macedo, do presidente do conselho executivo da Liga
dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta
Soares, do presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Aveiro, comandante Gomes da Costa, do presidente da
Autoridade Nacional de Proteção Civil, major general Manuel
Couto, do presidente da assembleia municipal de Espinho e
líder parlamentar social democrata, Luís Montenegro, do
presidente da Câmara Municipal, Pinto Moreira, e dos dirigentes e elementos de comando das duas associações de
bombeiros locais, Voluntários de Espinho e Voluntários Espinhenses.
Ainda integrado nas comemorações do 85.º aniversário
dos Espinhenses, irá proceder-se à inauguração de um veículo tanque tático urbano, comparticipado pelo QREN, e à
atribuição de diversas condecorações, incluindo cinco crachás de ouro da LBP.
Centro de formação
Vitalidade,
dinamismo e a
vontade férrea de
fazer mais e melhor
são imagens de
marca da Associação
Humanitária dos
Bombeiros de
Arouca que, com 49
anos de existência,
se pode orgulhar da
sua rica história e do
vasto património
amealhado.
O amplo, bem
apetrechado e
renovado quartel, a
multidisciplinar área
social, um corpo de
bombeiros
preparado e um
centro de formação
são pois provas da
saúde financeira de
que goza esta
instituição, onde
comando e direção
são, afinal, uma só
peça da
engrenagem.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
O
jornal Bombeiros de Portugal esteve, recentemente, em Arouca para
conhecer o trabalho desenvolvido pelos bombeiros da cidade e
que, aliás, se distingue e merece reconhecimento no distrito
de Aveiro.
As honras desta casa ficam
por conta do presidente da direção, Dario Tomé da Conceição,
e do comandante Floriano Pinho
Duarte, dois homens desde
sempre ligados à instituição
onde assumem o papel principal não só como gestores mas,
também, como orgulhosos quase bairristas - arautos do
voluntariado e do associativismo.
Falam com orgulho do trabalho desenvolvido, da administração rigorosa do património
humano e material, que tem
permitido fomentar o crescimento da instituição e a adaptação a novas realidades e exigências.
Revelam-nos que, há cerca
de um ano, o quartel dos Voluntários de Arouca foi renovado e
ampliado em cerca 900 m2,
empreitada que contemplou a
expansão das áreas de parqueamento de viaturas e a instala-
ção de uma nova central. Esta
intervenção que “não ficou muito cara”, conforme faz questão
de dizer o presidente, permitiu
ainda recolocar alguns serviços
e criar novas áreas para a acolher várias valências.
“Neste momento temos a
nossa casa devidamente organizada Estamos muitíssimo
bem equipados, tanto em termos de viaturas mas também
em equipamentos de proteção
individual”, considera o comandante Floriano Pinho Duarte.
Mas nem tudo é perfeito e em
matéria de lacunas o responsável operacional declara, crítico,
não ser aceitável que “um dos
maiores concelhos florestais do
distrito de Aveiro, não disponha
de Equipa de Intervenção Permanente (EIP), situação que
justifica com “a recusa do presidente da câmara municipal em
assumir esses encargos”, obrigando os voluntários a assegurar essa estrutura com os funcionários da casa, que aliás merecem os maiores elogios do
comando e direção.
“O serviço noturno, os feriados e os fins de semana são assegurados por voluntários que
dão muito apoio à associação.
Felizmente, em Arouca o voluntariado ainda funciona. Aqui
está sempre gente a aparecer,
isto é uma família”, diz o comandante adiantado que “até
mesmo os bombeiros assalariados, apenas nove, estão sempre dispostos a dar horas. Nunca se negam a fazer qualquer
serviço”.
Este “espírito de missão” e
admiração pelo trabalho dos
bombeiros parece “entranhado”
nos arouquenses que começam
muito novos a frequentar o
quartel. Atualmente, a escola
conta com 46 infantes, a que se
juntam mais 12 estagiários
prestes a ingressar no corpo
ativo e a integrar de pleno direito esta enorme família.
A formação é sem dúvida
umas das grandes preocupações do comando que defende
que só operacionais bem preparados podem agir eficazmente
nos diferentes teatros de operações.
Integram o corpo ativo dos
Voluntários de Arouca 90 bombeiros que desde o ano passado
dispõem de centro de formação
em Canelas, um polo com capacidade e condições para acolher
19 operacionais e ministrar formação no âmbito de fogos urbanos/industriais e operações
de desencarceramento de sinistrados.
Instalado na antiga escola
13
FEVEREIRO 2013
AROUCA
já é aposta ganha
primária do Gamarão, o centro
de formação dos Bombeiros de
Arouca tem permitido colmatar
a falta de preparação dos operacionais em matéria de fogos
urbanos e industriais, a contrastar com as reconhecidas
competência e experiência no
combate a fogos florestais. Floriano Duarte fala da importância deste equipamento que, no
verão, em época de fogos florestais, pela sua localização estratégica pode funcionar como
um posto avançado.
“Esta é uma infraestrutura de
grande importância para os
bombeiros arouquenses”, refere, sublinhando os muitos
apoios que viabilizaram o projeto, bem como as iniciativas dinamizadas pela associação para
angariar verbas, que nestas casas quase sempre escasseiam.
A propósito da situação financeira das associações,
quando confrontados com a
questão dos cortes no serviço
de transportes de doentes, dirigente e comandante asseguram
que nesse processo todos os
quartéis foram afetados, mas
O
preferem acentuar a tónica na
situação dramática dos doentes
privados de efetuarem os seus
tratamentos por falta de recursos financeiros.
“Enquanto eu aqui estiver
não deixamos ninguém por socorrer, nem sem transporte
para as consultas, tratamentos
ou fisioterapia. Com as “miga-
lhas” daqui e daqui vamos conseguindo gerir”, garante o comandante, relembrando ainda
a missão dos bombeiros: “socorrer pessoas e bens”.
Na vertente associativa, esta
é também uma instituição que
prima pelo dinamismo e pela
proximidade com a comunidade.
Palavra de presidente
comandante Gomes da
Costa, presidente da
Federação dos Bombeiros
do Distrito de Aveiro, que
acompanhou os jornalistas
nesta visita ao quartel
Arouca, fala com orgulho
da realidade daquele território, onde as associações
ganham força pela união
de esforços e partilha de
recursos, uma estratégia
que “tem dado bons frutos”.
“Esta federação tem uma particularidade
que a distingue”, refere-nos o comandante
Gomes da Costa, explicando que a criação da
Mesa de Encontro de Comandos e da Mesa de
Encontro de Direções, tem permitido agilizar a
resolução de muitas questões comuns às várias associações.
“Nas reuniões os problemas são discutidos
e analisados e, posteriormente, apresentadas
à direção da federação que lhes dá o devido
tratamento ou as encaminha para as respetivas instâncias”, explica o presidente da federação.
Este distrito que tem 26
associações de voluntários
e quatro corpos de bombeiros privativos e conta
com um contingente de
cerca de 2500 operacionais, apresenta realidades
distintas, ditadas em muito
casos pela falta de apoios
das câmaras municipais.
“Na verdade, no distrito temos autarquias
que apoiam muito os seus bombeiros e outras
que nem por isso, o que acaba também por se
refletir no funcionamento de cada uma das associações”.
O presidente termina afirmando que a federação está atenta à vulnerabilidade de algumas associações e empenhada em assegurar
a intervenção de instâncias superiores que
permita assegurar o futuro destes quartéis.
“Em Arouca existe uma enorme dinâmica associativa, mas
não existem espaços para acolher as iniciativas, assim sendo
os bombeiros decidiram contemplar nas instalações áreas
para acolher as mais diversas
atividades” revela o presidente
da direção, adiantando ainda
que os espaços da instituição
são frequentemente cedidos, a
“custo zero” a várias instituições do concelho, a escolas e
até à câmara, nomeadamente o
cine-estúdio, “muito bem equipado e com capacidade para
acolher mais de centena e meia
de pessoas”.
Apesar de tudo parecer devidamente arrumado e organizado,
há sempre muito trabalho por fazer, até porque conforme referem
os Voluntários de Arouca “hoje,
os novos desafios são já preocupações permanentes e prementes” consubstanciados no servir
mais e melhor a comunidade.
14
FEVEREIRO 2013
SETÚBAL
C
CASTELO BRANCO
Mérito para personalidades e instituições
D
istinguir a dedicação, apoio
e trabalho ao serviço ou em
prol dos bombeiros foi o mote
que a Federação Distrital de
Bombeiros de Castelo Branco
(FDBCB) usou como fundamento para a realização da I Gala
dos Bombeiros do Distrito, que
se realizou sexta-feira, dia 25
de janeiro, na Herdade do Regado, em Póvoa de Rio de Moinhos, concelho de Castelo
Branco, onde foram atribuídos
os prémios de mérito propostos
por cada uma das 12 associações do distrito.
Dâmaso Rito, presidente da
assembleia geral da (FDBCB),
explicou que esta distinção se
destina a “bombeiros, dirigentes de associações, autarquias
locais e personalidades em geral que ao longo de um determinado período de tempo trabalho, dedicação e atribuição de
subsídios se tenham dedicado à
causa dos bombeiros, tendo sabido dignificar o seu bom
nome”. Os galardoados foram
propostos pelas direções das
associações e comandantes,
com o parecer técnico da comissão prevista no regulamento.
Dâmaso Rito alertou ainda
para realidades que se avizinham, exigem maior rigor “na
gestão de meios humanos e
técnicos”, dizendo, contudo,
que os quartéis do distrito, “na
generalidade estão bem equipados”, mercê da aquisição de
veículos, “no âmbito do Quadro
de Referência Estratégica Nacional (QREN) e o Programa
Operacional Temático Valorização do Território (POVT) e com
a preciosa ajuda das autarquias”. E como ao nível do socorro o distrito já dispõe de 10
postos de emergência médica,
faltando solucionar Vila de Rei e
Cernache do Bonjardim, “a formação dos bombeiros é fundamental, para responder ainda
com mais eficácia, eficiência e
profissionalismo a todas as situações”. Só em 2012, o distrito
formou em diversas áreas mais
de mil bombeiros, uma ação
exemplar, resultante do trabalho do comandante operacional
distrital, Rui Esteves, e da Federação.
Adriano Capote, vice presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses, exaltou a iniciativa, sublinhando que “cimenta o
principal suporte da atividade e
conquista dos bombeiros, e
eventualmente da legislação e
mudanças que permitam que o
voluntariado nos bombeiros em
Portugal continue a ser uma das
pedras basilares da Proteção Civil”.
Esta gala permitiu revelar “a
unidade da região e o valor da
solidariedade”. “Mas muitas vezes quem nos dirige e governa
não entende o que é um bombeiro. O bombeiro não é um
contribuinte qualquer e era merecedor de ser exceção em sede
de IRS, no que respeita às contribuições das Equipas de Combate a Incêndios (ECIN) e Equipa Logística de Apoio e Combate (ELAC)” referiu Adriano Capote, que, numa outra vertente,
aproveitou a ocasião para defender que a formação deve ser
a aposta, uma questão abordada “a uma só voz”.
Rui Esteves, comandante
operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil,
destacou “o trabalho, a dinâmi-
trito e quem nos visita sinta que
tem segurança”.
José Mariano, o presidente da
Federação dos Bombeiros do
Distrito de Castelo Branco, explicou que esta gala se inicia
“de forma simples, mas com
consistência”, esperando que
“em anos futuros, possam estar
envolvidos mais meios humanos e materiais, porque é propósito da Federação que este
evento tenha lugar anualmente
em cada concelho”.
Joaquim Morão, presidente
da câmara de Castelo Branco,
felicitou a federação pela iniciativa “de homenagear os que
se distinguem por uma causa
nobre que é a dos bombeiros.
E a estes não há gratidão que
chegue para lhes agradecer,
por estarem sempre disponíveis”. E sublinhou que, “quem
dirige a causa pública, tem
obrigação de criar condições
para ajudar estes parceiros,
Federação exige resposta
om o intuito de analisar a realidade em matéria
dos serviços de transporte de doentes requisitados pela Unidade de Saúde do Litoral Alentejano,
o presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Setúbal, Eduardo Correia, acompanhado
pelo secretário técnico, comandante Rui Laranjeira, e pelo tesoureiro, comandante Miguel Silva,
reuniram-se, no passado dia 15 de fevereiro, com
as direções e comandos dos bombeiros de Santiago do Cacém, Sines, Cercal do Alentejo, Santo André e Alvalade.
Registe-se que o protocolo celebrado entre as
associações dos concelhos de Santiago do Cacém
e de Sines, e a comissão instaladora do então Hospital do Litoral Alentejano, foi “quebrado unilateralmente pela Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, com implicações evidentes na sustentabilida-
de financeira de quatro dos cinco associações em
causa, pondo em risco no curto e médio prazo a
manutenção da capacidade operacional em matéria de socorro”, refere a federação em comunicado.
“A implementação de um Sistema de Gestão de
Transporte de Doentes não parametrizado para
atender às particularidades do litoral alentejano
está a causar perturbações consideradas graves”,
pelo que a Federação dos Bombeiros do Distrito de
Setúbal, desde o início de dezembro do ano que
solicita “insistentemente” o agendamento de uma
reunião urgente com o conselho de administração
da Unidade de Saúde do Litoral Alentejano, sem,
no entanto, obter qualquer resposta.
Assim sendo, se o silêncio continuar a imperar, a
federação vai “tomar medidas já no próximo dia 1
de março”.
GUARDA
Associações reunidas
A
Associação dos Bombeiros Egitanienses acolheu a assembleia geral da Federação dos
Bombeiros do Distrito da Guarda que teve como
ordem de trabalhos informação e apresentação e
aprovação do Plano de Atividades e Orçamento
para o ano 2013 e a apreciação, discussão e votação das contas de gerência referentes ao exercício de 2012 e parecer do conselho fiscal.
Na sessão presidida por Benedita Rito Dias, em
substituição de Madeira Grilo, Gil Barreiros que
agradeceu a presença de todos, lamentando a
notada ausência do Prof. Madeira Grilo, informando do seu estado “muito grave de saúde”, salientando a sua preocupação que a Federação, na sua
ausência, não caia num vazio institucional.
Na ocasião, Gil Barreiros alertou para a legislação
publicada todos os dias referente aos bombeiros.
Terminou agradecendo a prestação da família
dos bombeiros do distrito na organização da 3.ª
Gala de Fornos de Algodres, dizendo que já está
a servir de exemplo a outros distritos, nomeadamente Portalegre e Castelo Branco.
Seguiu-se a leitura do Plano de Atividades e
Orçamento para o ano 2013, de imediato foi votado e aprovado por maioria absoluta.
Durante a sessão os responsáveis da federação
apelaram para que as associações com as quotas
em falta as regularizem, uma vez que a gestão
desta estrutura também depende destas verbas.
Neste contexto foi elogiada a associação dos
Bombeiros de Trancoso, que para além da quota
normal, disponibiliza uma verba extra destinada
a apoiar a ação desenvolvida pela federação.
As federadas foram ainda informadas que caso
contem no quartel com formadores reconhecidos
pelo INEM podem dar formação e, assim, angariarem fundos.
As contas de gerência referentes ao exercício
de 2012 depois de analisadas e discutidas foram
aprovadas por unanimidade.
Já fora da ordem de trabalhos, os presentes
guardaram um minuto de silêncio em memória
do comandante Teixeira, dos Voluntários de Manteigas.
CABECEIRAS DE BASTO
ca e a forma como os bombeiros têm sabido estar ao longo
dos anos, porque só por isso é
possível fazer esta gala. Não
fosse a sua disponibilidade para
ir a todas as situações e à formação e dedicação”.
Lembrou que são cerca de
1500 os bombeiros no distrito
de Castelo Branco, que fazem
parte do quadro ativo e disponíveis. “Aprendi muito com estes
homens e com muitos dos que
vão ser assim homenageados e,
por isso, faz-se hoje justiça aos
que ajudaram a criar e manter
os corpos de bombeiros do distrito”, reiterou.
Agradeceu também o apoio
dos autarcas, porque “não fora
a articulação e a vontade de fazer mais e melhor, não era possível obter os resultados dos últimos anos. Boa prática, boa
dinâmica, bom entendimento
entre todos, bombeiros, direções, autarcas e entidades que
ajudam a criar estas condições
para que as populações do dis-
que são os bombeiros, para
que possam servir bem as populações”.
Quanto aos Prémios de Mérito da noite foram atribuídos à
empresa Supermont, Supermercados SA (Belmonte), ao
subchefe João José Folgado
Salavessa (Castelo Branco), ao
ex-comandante e fundador da
corporação António José Bastinho (Cernache do Bonjardim),
corpo ativo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Covilhã (Covilhã),
António Lourenço Marques
(Fundão), Câmara Municipal
de Idanha-a-Nova, Junta de
Freguesia de Penamacor, elemento da fanfarra e juvebombeiro, Vítor Filipe Martins Domingues (Oleiros), José Manuel Fernandes Francisco (Proença-a-Nova), Álvaro Monteiro
(Sertã), Irene Barata (Vila de
Rei) e David Marc (Vila Velha
de Ródão).
Cristina Mota Saraiva/
Lídia Barata
A
Aposta na continuidade
eleição dos órgãos sociais
da Associação Humanitária
de Bombeiros Voluntários Cabeceirenses para o triénio
2012/15 contou com a maior
participação de sempre na história da instituição, não obstante uma única lista de ter apresentado a sufrágio. A equipa liderada uma vez mais por Jorge
Machado propõe-se, assim, dar
continuidade ao trabalho iniciado em 2006.
Do balanço do último mandato a direção destaca como obra
de maior vulto a requalificação
do quartel, mas relembra o reforço da formação dos bombeiros, a aquisição de várias ambulâncias e viaturas de combate a incêndios, entre as quais
uma de combate a incêndios
urbanos e uma outra de desencarceramento.
Mas o passo mais relevante
conseguido pela instituição foi,
segundo a equipa de Jorge Machado, o Posto de Emergência
Médica (PEM), no âmbito de um
protocolo estabelecido entre a
associação e o Instituto Nacional de Emergência Médica
(INEM), que permitiu atingir
mais um dos objetivos traçados
para o ano de 2012.
Entretanto, o re-eleito presidente acompanhado “por uma
equipa renovada e motivada
para apoiar a missão dos bombeiros” apresentou as metas
traçadas para o corrente ano
marcadas pela “ambição” e que
estabelecem a construção de
uma Unidade Local de Formação (ULF),a aquisição de uma
nova viatura ligeira de combate
a incêndios e de uma ambulância “ligeira”, mais pequena,
confortável e económica para o
transporte de doentes não urgentes, um modelo inexistente
em Portugal ou seja uma aposta pioneira.
O trabalho de Jorge Machado
assenta ainda na continuidade
de vários projetos de sucesso,
nomeadamente a atividade
“Aprender a Salvar – Formação
(gratuita) em Suporte Básico
de Vida para a população. Da
mesma forma, a formação será
prioritária até porque “um corpo ativo de Bombeiros mais
qualificado, é um corpo mais
capaz de prestar um melhor
socorro à população que serve”.
15
FEVEREIRO 2013
TORRES VEDRAS
PLANTAÇÃO DE EUCALIPTO AUMENTOU 16 POR CENTO
Órgãos sociais para novo mandato
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Torres Vedras, a sócia número
um da Liga dos Bombeiros Portugueses, acaba de empossar
os órgãos sociais que vão dirigir
os seus destinos no mandato
2013/2014.
Gonçalo Patrocínio é o presidente da direção, acompanhado
pelos vices, João Isidro Martins
e Guilherme Ferreira, pelos secretários, Alfredo Cardoso e
José Bruno Oliveira, pelo tesoureiro e adjunto, Francisco Santos e Rui Bastos, pelos vogais,
Carlos Alberto Bernardes, Fran-
Portugal cada vez
mais inflamável
cisco Caseiro, Jorge Costa, José
Alberto Leiria e Rui Silva, e os
suplentes, Vitor Rodrigues e Joaquim da Conceição.
Na assembleia-geral, a presidência é assegurada por José
Manuel Correia tendo como
vice, Maria Leonor Malhado, e
como secretários, Djalme Ribeiro e José Matos.
A presidência do conselho
fiscal cabe a Fernando Fonseca
tendo como secretário, Guilherme Ferreira, como relator,
Rui Patusco, e como suplentes,
Celestino Pereira e Emanuel
Elias.
VILA NOVA DE FOZ COA
Novo elenco toma posse
N
a sequência do ato eleitoral do passado mês dezembro já tomaram posse os elementos dos órgãos sociais da única lista que se
apresentou a sufrágio e que mantém os presidentes da direção,
assembleia geral e conselho fiscal.
Assim o re-eleito presidente da assembleia-geral, Carlos José
Brito Moura, conta na equipa com Fernando Augusto Mimoso Fachada, Paula Alexandra Melhorado Lourenço e Fernando António
Morgado Ramos. Por seu turno, na direção, António dos Santos
Pimentel Lourenço é coadjuvado por Carlos Alberto Castro Lopes
Pais, José António Granado Velho. Leontina Gonçalves Ribeiro Santos, José do Nascimento Ervedal, Francisco Alcino Tina Melhorado
e António Fernando Trabulo. Já no conselho fiscal, José António
Bispo Pimenta tem o apoio de Rui Manuel Melhorado Reininho e de
Diamantino Augusto Freire Veríssimo.
PAREDES DE COURA
Cultura
apoia bombeiros
Foto: Marques Valentim
Presidentes do conselho fiscal, da assembleia-geral e da direção
Membros da direção, assembleia-geral e conselho fiscal
O
eucalipto é a árvore mais plantada
em Portugal continental, com um
aumento de 16 por cento de área
entre 1995 e 2010, enquanto os povoamentos de pinheiro bravo diminuíram 13
por cento e as plantações de sobreiro aumentaram 4 por cento.
O eucalipto ocupa uma área florestal de
812 mil hectares (26 por cento da área florestal total), seguido do sobreiro, com 737
mil hectares (23 por cento, e do pinheiro
bravo, com 714 mil hectares (23 por cento). O uso agrícola do solo apresenta, no
mesmo período, uma “diminuição acentuada” de 12 por cento. As conclusões constam do relatório preliminar do Inventário
Florestal Nacional 6 (IFN) -- com pontos
de situação de 1995, 2005 e 2010 - apresentado este mês na Tapada Nacional de
Mafra, na presença da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas. De
acordo com IFN, entre 1995 e 2010 a principal alteração ocorreu ao nível do pinheiro bravo, com a plantação a diminuir em
cerca de 263 mil hectares, enquanto se
verificou um aumento da área ocupada
pelo eucalipto em 95 mil hectares.
A maior parte desta área anteriormente
A
Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Ferreira (ACRDF) organizou um passeio todo-o-terreno, como o propósito de
angariar fundos para os Bombeiros de Paredes de Coura. Feitas as
contas, apuradas as necessidades do quartel, os dirigentes da associação entregaram aos voluntários nove rádios portáteis.
O comandante Cândido Gonçalves Pereira sublinhou o gesto solidário da associação de Ferreira, fazendo votos que surjam mais
ações desta natureza que permitam melhoramentos em matéria de
operacionalidade. Já a direção da agremiação ferreirense expressou satisfação em apoiar os bombeiros, manifestando a vontade de
continuar a colaborar com o quartel de Paredes de Coura.
ocupada pelo pinheiro bravo transformou-se em “matos e pastagens” (165 mil hectares), enquanto os eucaliptos passaram a
ocupar 70 mil desses hectares. “O eucalipto cresce um bocadinho e cresce porque
não tem problemas que outras espécies
têm. Temos o declínio do pinheiro, essencialmente devido ao problema das pragas
(o nemátodo do pinheiro) e ao problema
dos incêndios
florestais. São aspetos muito relevantes
que têm penalizado o pinheiro”, explicou a
ministra da Agricultura. A associação ambientalista Quercus já considerou preocupante que o eucalipto se tenha tornado na
espécie que mais espaço ocupa na floresta
nacional, principalmente devido ao risco
de propagação de incêndios florestais. “O
eucalipto já era a árvore número um
quando comparado e utilizando a mesma
metodologia em inventários anteriores.
Teve um acréscimo, sobretudo devido ao
facto de não ter pragas, ao invés do pinheiro, principal árvore que compete com
o eucalipto”, afirmou Assunção Cristas.
Contudo, a governante admitiu que o
facto de o eucalipto ter um retorno financeiro mais rápido e mais seguro leve os
proprietários a optar por plantar esta ár-
vore em detrimento de outras. “Com certeza que se as pessoas puderem receber
dinheiro ao fim de oito ou de nove anos,
em vez de receberem ao fim de 20 ou de
30, hoje em dia, esse é um fator relevante
quando o proprietário toma uma decisão
de saber o que vai fazer com a sua propriedade e com o seu terreno”, referiu.
A ministra salientou, contudo, o empenho em incentivar a aposta noutras árvores.
“É importante termos melhor financiamento para o investimento destas espécies que demoram mais tempo a ter retorno para os seus proprietários
e que também têm mais ameaças. Esperamos encontrar instrumentos para
apoiar a floresta, nomeadamente o pinheiro bravo e o sobreiro, que precisam de ser
mais apoiados”, concluiu Assunção Cristas.
Ainda segundo o INF, o solo de Portugal
continental é ocupado em 35 por cento por
área florestal, 23 por cento por matos e
pastagens e 24 por cento pela agricultura.
A área arborizada (povoamentos) entre
1995 e 2010 aumentou em 150 mil hectares.
Patrícia Cerdeira
LAVAGEM DE ESTRADAS
A
s prestações de serviços
referentes à limpeza da
via pública e lavagem de estradas praticadas pelas associações humanitárias de bom-
Prestação de serviço com IVA
beiros não constam das isenções previstas na lei no âmbito do Imposto de Valor
Acrescentado (IVA). Esta informação foi divulgada recen-
temente pelo conselho executivo da Liga dos Bombeiros
Portugueses (LBP), na sequência de dúvidas colocadas
por algumas associações.
Ainda no âmbito da legislação aplicável, relativa ao IVA,
esses serviços estão sujeitos
à taxa reduzida de 6 por cento.
16
FEVEREIRO 2013
VILA V
Bombeiros combat
Fundada nos de idos de trinta do século
passado, a Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Vila Viçosa,
depois de muito caminho trilhado e de
alguns percalços, vive hoje dias mais
tranquilos. A interioridade obrigou direção
e comando, num passado recente, a uma
gestão musculada que ditou despedimentos
mas que permitiu formatar a instituição às
reais necessidades do território que serve.
Bem instalados, bem equipados os
Bombeiros de Vila Viçosa acautelam o
futuro e tentam gerar recursos que
permitem assegurar uma reposta de
qualidade às populações.
Texto: Sofia Ribeiro
Fotos: Marques Valentim
A
confirmar a teoria de que
de facto, não existem
duas associações de
bombeiros iguais no País, os
Voluntários de Vila Viçosa exibem de forma marcada diferenças e especificidades que,
claro está, os distinguem dos
congéneres. Instalada num
I
moderno, amplo e bem equipado quartel, construído em
2007, a instituição exibe dinamismo e profissionalismo embora apenas oito funcionários
assegurem esta estrutura. A
entrega e disponibilidade de
comando e direção que, emprestam muito do seu tempo e
do seu saber à instituição, permitem garantir um serviço de
qualidade um socorro eficaz,
conforme nos releva Inácio Esperança um dos mais ativos dirigentes da instituição.
Em Vila Viçosa, o jornal
Bombeiros de Portugal é recebido por um grupo bem repre-
Palavra de presidente
nácio Esperança, presidente da Federação dos
Bombeiros do Distrito de
Évora, revela-nos um “retrato um pouco tremido” das
associações humanitárias e
corpos de bombeiros.
Diz-nos que os quartéis
de “Portel, Mora, Viana e
Mourão registam 90 por
cento de redução dos serviços de transporte de doentes”, pelo que enfrentam
uma situação complicada,
ditada por critérios anacrónicos dos centros de saúde,
que nestes concelhos “deixaram de prescrever tratamentos aos utentes”.
“Há instituições a registar
um deficit mensal superior a
10 mil euros mensais”, situação que, na ótica do presidente da federação, pode a
breve trecho por em causa o funcionamento
destes quartéis.
“Mora e Portel estão situação difícil, enquanto Viana e Mourão têm conseguido estar
de porta aberta mercê das Equipas de Intervenção Permamente (EIP)”, especifica.
Inácio Esperança diz que apesar de todo o
esforço e de muitos alertas que visam sensibilizar quem de direito para esta questão, não há
soluções milagrosas para resolver este problema, até porque nestes casos mais sensíveis “as
câmara apoiam muito pouco… na verdade zero”.
“Mas também há autarquias que dizem que
dão e que não dão, nomeadamente a de Évora
que há quatro anos que está em incumpri-
mento com os bombeiros”, denuncia o nosso
interlocutor.
No distrito são 14 os corpos de bombeiros,
que contam com 700 operacionais, ainda assim poucos para as necessidades de uma população idosa.
“Não há muitos voluntários, por isso resta
às associações manter os profissionais para
garantir o socorro a quem realmente necessita”, afiança o dirigente federativo.
Entretanto, a federação vai dinamizando
um conjunto de ações nomeadamente a nível
das EIP, no fomento à criação de Postos de
Emergência Médica (PEM) nos quartéis e no
apoio e dinamização de ações de formação.
sentativo da união que dá força
à instituição. Dirigentes e operacionais trabalham em equipa
e falam a uma só voz. Assim
sendo, numa animada troca de
impressões, todos os anfitriões
acabam por dar o seu contributo, revelando um e outro pormenor do passado, mas também do presente da instituição.
Inácio Esperança, o jovem e
dinâmico tesoureiro da associação é afinal um dos rostos
mais carismáticos da instituição e um trabalhador incansável, que consegue gerir a agenda pessoal, profissional e associativa de forma a estar sempre
presente no dia-a-dia da instituição.
“A associação, como a maioria das congéneres mais pequenina do interior, vive com
algumas dificuldades, em virtude da diminuição do número de
serviços de transportes de doentes”, revela-nos, considerando, no entanto, que já “atravessou períodos bem mais
complicados”.
A estratégia imposta pelas
novas regras em matéria de
serviço de transportes de doentes obrigou a repensar tudo e a
proceder a cortes, conforme
sublinha o nosso interlocutor:
“Foi tudo muito de repente.
De um dia para outro, os transportes para Évora e Lisboa, os
percursos mais significativos,
acabaram. Sofremos uma quebra de oitenta por cento no nú-
17
FEVEREIRO 2013
VIÇOSA
tem a interioridade
mero de serviços. Nessa altura
fomos forçados a não renovar
alguns contratos. Neste momento, o grande número de saídas é para Estremoz, alguns
para Évora e poucos para Lisboa”. Confrontados com esta
nova realidade a alternativa foi
”dispensar cinco motoristas”.
“Não temos centralista. Esse
serviço é assegurado pelas funcionárias da casa durante o dia.
À noite o socorro é assegurado
por um piquete de cinco voluntários, que não recebe absolutamente nada”, adianta o comandante Carlos Vitorino.
Inácio Esperança explica que
as medidas de gestão tomadas
atempadamente permitiram
assegurar o “equilíbrio estrutural e conjuntural”
“A situação está estável, não
temos ordenados em atraso, e
isso é o que de facto importa”,
sublinha.
Por aqui, de um contingente
de 55 bravos soldados da paz, a
esmagadora maioria é voluntária e, ainda assim, ao contrário
do que sucede em muitos quartéis por todo o país, a operacionalidade está garantida.
“Durante o dia é complicado
recorrer à sirene e ter aqui
operacionais, porque estão a
trabalhar. O nosso drama é,
sempre, o período diurno, situação que nos obrigou a criar
uma equipa profissional, sobretudo para assegurar o
transporte de doentes”, diz-nos o comandante, especificando que esse grupo integra
“cinco elementos: dois motoristas, dois maqueiros e um
outro sempre disponível para
qualquer eventualidade”. O
responsável operacional recorda então outros tempos, mais
difíceis, quando faltava quase
tudo e que até o comandante
tinha que “pegar no volante da
ambulância”.
Os voluntários de Vila Viçosa
servem uma população que
rondará os 8200 habitantes,
sendo que o que mais pesa em
matéria de atividade operacional são os acidentes nas pedreiras, os sinistros rodoviários e
ainda um elevado número de
serviços relacionados com o socorro à população sénior.
Para além destas operações,
o 2.º comandante recorda ainda como pontos que exigem
prontidão imediata, o Paço Ducal de Vila Viçosa, onde aliás
em 1987 um incêndio deu algum trabalho e muitas dores de
cabeça aos operacionais.
Neste território, a interioridade parece ser a “mãe de todos
os males”. Os mais jovens procuram outras paragens, outras
oportunidades, até porque o
desemprego também por ali é
um flagelo.
“Infelizmente, já conseguimos fazer dois ECIN com desempregados e ainda temos
que contar com os jovens que
não conseguem o primeiro emprego”, revela o comandante,
não escondendo fundadas preocupações com o futuro daquela
região.
“Não há muitos anos tínhamos aqui 180 pedreiras a operar, atualmente são 30 ou 40
em atividade e breve prazo restarão 15. Aqui nunca houve desemprego, aliás Vila Viçosa
dava trabalho aos concelhos limítrofes. Há 10 anos, o nível de
vida no nosso concelho era bastante alto…” recorda José João
Patacão, dirigente da instituição.
Por agora, e apesar dos pesares, não falta motivação aos voluntários para servir o seu semelhante e até os mais novos,
não obstante de todas as distrações e atrações, começam a
demonstrar interesse pela causa, a avaliar pelo entusiasmo da
cerca de dezena e meia de
crianças que frequentam a “escolinha” dos Voluntários de Vila
Viçosa.
Em matéria de apoios os responsáveis revelam que a câmara municipal, no âmbito de um
protocolo, garante verbas para
a formação, para além de subsídios pontuais para aquisição
de equipamento, nomeadamente de viaturas. Para além
disso, a instituição conta com
subsídio anual da Fundação da
Casa de Bragança.
Os Voluntários de Vila Viçosa
albergam um centro de lavagem de carros, que assegura
alguns proventos para a instituição e dinamiza ainda uma
horta que dá de comer a muitos
operacionais.
A vontade de servir é complementada com meios humanos de excelência e equipamento “razoável”, muito embora,
dizem-nos, “a frota de ambulâncias comece a pedir a renovação que por agora é questão
adiada”.
Apesar de todas as vicissitudes os Bombeiros de Vila Viçosa
vão conseguindo contornar a
crise e garantir o socorro às populações prestando um serviço
que enobrece os bombeiros de
Portugal.
18
FEVEREIRO 2013
SERTÃ
Foto: Paulo Novais/Lusa
Despiste de autocarro provoca 11 mortos
O
despiste de um veículo pesado de
passageiros para uma ravina no
Itinerário Complementar n.º 8 (IC8)
no nó do Carvalhal, concelho da Sertã,
provocou 11 mortos e 33 feridos, no
passado dia 27 de janeiro.
A violência do sinistro esteve na origem da projeção de algumas das vítimas pela ravina e deixou outras encar-
ESMORIZ
ceradas no interior do autocarro, o que
obrigou à mobilização de um vasto dispositivo de socorro composto por 268
SAGRES
Janeiro de má memória
A
Pescador resgatado de falésia
equipa de salvamento em grande ângulo
dos Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo
resgatou do fundo de uma falésia litoral um
pescador vítima de queda. Os bombeiros contaram também com o apoio da Polícia Marítima.
O relato e as imagens que nos chegaram
testemunham, mais uma vez, a competência
demonstrada pelos bombeiros, associada também naturalmente ao risco próprio da missão.
O acidente ocorreu ao princípio da manhã
de 31 de janeiro último numa arriba situada
no sítio das Candeeiras, Sagres, próximo das
antenas da Rádio Naval de Sagres. Um pescador lúdico, José Manuel da Silva Duarte, de 66
anos, encontrava-se acompanhado de um familiar quando ao descerem para o pesqueiro
caiu de uma altura de 4 metros, entre duas
plataformas rochosas sobranceiras uma á outra, situadas a cerca de 15 metros da orla da
falésia e a 12 da água.
A
valente intempérie que se abateu sobre o
nosso País, no fim de semana de 19 e 20 de
janeiro, deu muito trabalho aos bombeiros que
não tiveram mãos a medir para responder a tantas solicitações.
Do quartel de Esmoriz, chegam ecos de uma
situação anómala só comparável ao temporal que
há cerca meio século varreu a região. Ainda assim, o corpo de bombeiros organizou-se e, antecipando a resposta ao alerta vermelho, reforçaram o piquete que passou a contar 20 operacionais.
Os pedidos de socorro, começaram a chegar
ainda de madrugada dando conta de muitas ocorrências quer em edifícios industriais, quer zonas
habitacionais onde o vento arrancou muitas árvores, mesmo as de grande porte.
Telhados, chaminés, placas e estruturas diversas, estradas cortadas, aflição e receio, davam
conta de uma situação perigosa que levou a ecoar da sirene que trouxe ao quartel cerca de 50
homens tenham que se juntaram aos operacionais que se desdobravam no apoio e socorro às
populações. O vento que não perdia força partiu
cabos elétricos e a falha de energia acabou por
complicar ainda mais as operações.
Em simultâneo, ao início da manhã, os Bombeiros de Esmoriz foram chamados à Base Aérea
de Maceda para apoiar o resgate dos membros de
tripulação de um navio cargueiro encalhado ao
largo de S. Jacinto. As condições meteorológicas
impediram a atuação dos helicópteros, a operação foi então deslocada para a zona da Praia da
Torreira, e foram desmobilizados os meios do
quartel de Esmoriz.
A juntar às várias estradas e zonas residenciais
alagadas a inundação do viaduto da Av. da Praia,
em Esmoriz ditou o seu encerramento e deu muito trabalho aos bombeiros.
Depois da tempestade, coube ainda aos bombeiros proteger as habitações, designadamente
telhados com coberturas improvisadas, até ao arranque dos trabalhos de construção civil. Valeram, uma vez mais, os materiais de reserva dos
bombeiros, bem como as ofertas de empresas e
amigos.
Entretanto, sem paragem durante todo o fim
de semana, nas mais distintas intervenções, a
auto grua dos Voluntários de Esmoriz, tombou
pondo em risco a vida do subchefe Salviano Gomes que a operava em trabalhos de remoção de
árvores no Parque de Campismo de Esmoriz.
Depois do susto, direção, comando e corpo ativo uniram-se e com o apoio de empresas da especialidade efetuaram o trabalho de posicionamento e posterior remoção da grua do parque.
“Serão meses até poder voltar a trabalhar arduamente para os Bombeiros de Esmoriz e para o
socorro das populações, mas os Bombeiros confiam que não serão abandonados”, refere fonte
da associação.
operacionais, apoiados por 98 veículos
de socorro e dois helicópteros,
Sérgio Santos
Alertados para o acidente, articulando todas
etapas com o CDOS, os Voluntários de Vila do
Bispo deslocaram-se para o local com uma
ambulância de socorro (INEM) e uma viatura
florestal de combate a incêndios, onde se deslocava a equipa de salvamento em grande ângulo.
Feito o reconhecimento ao local, os bombeiros sinalizaram o perímetro de segurança e
montaram o dispositivo para proceder ao resgate. Os elementos que desceram a falésia,
após o exame primário e secundário à vítima
iniciaram as manobras para a sua ascensão
em maca de resgate. O pescador encontrava-se consciente e apresentava ferimentos na
cabeça e escoriações nas mãos e na anca esquerda que lhe dificultavam a mobilidade.
Concluído o resgate, os Voluntários de Vila
do Bispo procederam ao transporte do pescador ferido para o Hospital de Portimão por indicação do CODU/INEM.
19
FEVEREIRO 2013
ESTORIL
Espírito de missão salva vida
Oito operacionais dos Voluntários do Estoril partilham uma história de coragem e o orgulho de salvar uma vida em condições muito
adversas. Numa operação inesperada, sem grandes meios para responder à missão valeu a preparação e a adrenalina de bombeiro
para retirar das águas agitadas da rochosa praia da Azarujinha, em São João do Estoril, uma idosa “engolida” pela ondulação forte,
juntamente com uma familiar.
Texto: Sofia Ribeiro – Fotos: Marques Valentim
A
ondulação forte que se
fazia sentir a meio da
tarde de 29 de janeiro
varreu o paredão de Cascais/
Estoril e apanhou quatro mulheres, na praia da Azarujinha
em São João do Estoril, sendo
que duas, mais jovens, conseguiram escapar ilesas, mas as
duas outras acabaram por ser
arrastadas para o mar: uma
faleceu e a mais idosa foi salva
por uma equipa dos Bombeiros
do Estoril, depois de uma luta
aguerrida quase desigual com
a natureza.
Dias depois desta operação,
a equipa que perpetrou tão arriscado salvamento voltou à
praia da Azarujinha com o jornal Bombeiros de Portugal,
onde recordou a atribulada
manhã em que foi chamada a
debelar um incêndio num anti-
go apoio de praia e acabou por
ter que enfrentar um mar em
fúria, para salvar uma mulher
que lutava pela vida.
Contou-nos o comandante
Carlos Coelho que quando os
operacionais já desmobilizavam os meios, após a extinção
do incêndio, “uma agente da
Polícia de Segurança Pública
que estava dar apoio à operação deu o alarme. Ali mesmo à
nossa frente, quatro pessoas
eram apanhadas pela agitação
marítima, duas delas, mais jovens conseguiram escapar,
mas duas senhoras foram arrastadas pelo mar”.
“Saímos dos veículos, desfardamo-nos, pois o equipamento de proteção individual
não é ajustado a este tipo de
intervenção, e fomos socorre-las”, continua a contar o co-
mandante, adiantando, visivelmente incomodado, que
“uma das vítimas já se estava
mais ao largo e foi resgatada
com a ajuda dos surfistas, mas
sem vida. Não podíamos fazer
nada.”
A equipa concentrou-se então no resgate e salvamento
da outra mulher. Não foi fácil
porque o mar media forças
com os operacionais e as rochas constituíram um perigo
tanto para a vítima, que aliás
já apresentava várias escoriações, como para a equipa, que
corria sério risco de ser puxada pela ondulação e tornar
ainda mais complexa a operação. Algum tempo depois, a
idosa estava em terreno seguro, mas em paragem cardiorrespiratória, situação que a
equipa, bem preparada, rever-
teu restabelecendo os sinais
vitais, entretanto chegou ao
local a viatura médica do INEM
e a ambulância de socorro dos
voluntários Estoril e a vítima,
já estável, foi transportada ao
Hospital de Cascais.
Olhares cúmplices, sorrisos
nervosos denunciam um momento partilhado que deixou
marcas, mesmo nos mais experientes bombeiros habituados a efetuar resgates no mar,
mas sem memória de qualquer
salvamento.
Naquele local, garante o comandante, não havia até então qualquer registo de situações idênticas, pelo que esta
foi uma experiência nova, “diferente” para todos os operacionais envolvidos.
“Fomos chamados para uma
ocorrência e à nossa frente
acontece uma outra”, sublinha
o comandante para depois reconhecer que esse facto, “a
presença dos bombeiros no local permitiu o sucesso da intervenção”.
“Garantidamente, aquela
senhora só foi salva porque estávamos aqui”, considerou.
“Normalmente, quando saímos do quartel já sabemos ao
que vamos temos maneira de
nos preparar para o que vamos enfrentar, aqui estávamos
preparados para uma situação
e acabámos por ter que responder a uma outra”, revela a
bombeira de 2.ª Filomena Baleizão, que ainda emocionada,
confidencia que nessa noite
não conseguiu dormir. Viu e
reviu o “filme” dessa tarde, já
mais tranquila, garante que
este momento serviu afinal
para (re)confirmar a vocação,
a entrega à missão de salvar
vidas.
“Sabem até chorei, porque
enquanto ali estive a tentar
salvar aquela mulher, não pensei em mais nada… e eu tenho
um filho…” voltou a deixar escapar uma lágrima, para depois já refeita deixar-se levar
pela satisfação do dever cumprido, espelhada em cada um
dos rostos daqueles bombeiros.
“Ficámos com a consciência
que fizemos o que pudemos.
Nesta operação primeiro funcionou o coração, mas os conhecimentos, a formação, a
preparação da equipa foi fundamental para o seu desfecho”, garantiu-nos, orgulhoso, o comandante Carlos Coelho.
A equipa que no dia 29 salvou uma idosa integrava o comandante Carlos Coelho, chefe Joaquim Barbosa, subchefe Luís Martins e os bombeiros de 2.ª Filomena Baleizão, Skrljzen Sadiku e Nuno Vaz que se encontravam no
local no combate às chamas num imóvel devoluto, aos quais se juntaram no socorro à vítima os subchefes Horácio Afilhado e João Fialho
ACIDENTE FERROVIÁRIO
D
ois comboios descarrilaram na linha de Cascais,
um em Algés e outro em Caxias, na manhã do passado
dia 8. O acidente não causou
vítimas mas provocou a interrupção da circulação, entre Oeiras e o Cais do Sodré,
durante todo o dia.
No teatro de operações
estiveram 13 operacionais,
entre os quais 11 bombeiros
apoiados por quatro viaturas.
Dois comboios descarrilam na linha de Cascais
20
FEVEREIRO 2013
ANGRA DO HEROÍSMO
Acidente com matérias perigosas
Foto: BVAH
VILA REAL
U
m veículo pesado de matérias perigosas despistou-se na rotunda da zona do Pico Redondo, em Angra do Heroísmo.
Apesar do embate nas barreiras de proteção da
via, não se verificou qualquer fuga do gás que a
viatura transportava. Ainda assim, por prevenção, os Voluntários de Angra do Heroísmo, com o
apoio de outras entidades, realizaram a trasfega
do produto, numa operação que envolveu 15
operacionais e quatro veículos.
Sérgio Santos
SINTRA
Armazém de móveis destruído
A
Cruz Branca
no apoio à população
neve que nesta época do ano proporciona
imagens de rara beleza, arrasta consigo limitações à mobilidade das populações. Com o intuito de quebrar o isolamento os Bombeiros da Cruz
Branca, Vila Real, estiveram mais uma vez no
apoio à distribuição de refeições aos idosos, serviço que o Centro Social e Paroquial da Campeã
desenvolve nas freguesias da Campeã, Vila Cova
e São Miguel da Pena.
A neve impediu a circulação dos veículos desta
instituição, cabendo aos bombeiros, com um veículo de todo o terreno, cumprir esta missão solidária de grande importância social.
Os Voluntários da Cruz Branca, como é usual
nesta época do ano assegurou muitas outras intervenções de auxílio aos automobilistas apanhados pelo gelo e pela neve nas estradas da serra
do Marão e Alvão.
PENICHE
Muitas ocorrências, muito trabalho
U
m violento incêndio consumiu parcialmente um armazém e loja de móveis da empresa “HCM” em Fervença, concelho de Sintra.
O material inflamável que se
encontrava no interior do edifí-
cio facilitou a propagação das
chamas e dificultou o trabalho
aos cerca de 60 operacionais
dos corpos de bombeiros do
concelho de Sintra que foram
apoiados por 20 veículos.
Neste sinistro também esti-
veram envolvidos um veículo da
secção de assistência e socorro
da base aérea de Sintra (FAP) e
equipas do serviço municipal
proteção civil de Sintra e Guarda Nacional Republicana.
Sérgio Santos
RIBEIRA DE PENA
C
Simulacro na Misericórdia
om o intuito de testar o plano de emergência do lar da 3ª idade e da unidade
fisioterapia e reabilitação da Misericórdia de
Ribeira de Pena bombeiros e funcionários da
instituição estiveram envolvidos num simulacro, que permitiu avaliar meios técnicos e
humanos.
O exercício teve como “guião” a extinção
de um foco de incêndio na cozinha e o resgate e salvamento de seis vítimas que, depois de estabilizadas, foram encaminhadas
para o hospital mais próximo.
O simulacro mobilizou 25 operacionais
dos Voluntários de Ribeira de Pena, duas
viaturas de combate a incêndio, duas ambulâncias de socorro e um veiculo de comando, bem como elementos da Guarda Nacional Republicana e todos os colaboradores da
instituição.
Trabalho de remoção de telhas soltas, na cobertura de proteção às obras de restauro da Igreja de São Pedro,
em Peniche
O
temporal do passado mês de janeiro, parece
ainda bem vivo na memória dos bombeiros
portugueses, que de Norte a Sul dão conta de um
volume anormal de ocorrências.
A título de exemplo, o comandante José António Rodrigues dos Voluntários de Peniche, em comunicado, dá conta de cerca de sete dezenas de
ocorrências que mobilizaram 58 operacionais
apoiados por 14 viaturas.
Os estragos provocados pela intempérie levaram mesmo a Comissão Municipal de Proteção
Civil de Peniche a reunir de emergência, no quartel dos bombeiros para delinear estratégias de
atuação, garantindo a qualidade e celeridade na
resposta às populações.
Segundo dados dos operacionais de Peniche,
os danos em imóveis e quedas de estruturas foram as situações que mais ocuparam os operacionais, que dão, ainda, nota de inúmeras quedas
de árvores e de cabos elétricos.
21
FEVEREIRO 2013
AVEIRO – VELHOS
Foto: Marques Valentim
Exercício bem sucedido em hotel
V
inte e quatro elementos dos
Voluntários de Aveiro – Velhos protagonizaram um bem
sucedido exercício designado
por “Moliceiro 2013” e realizado
no hotel “Mélia – Ria”.
Conforme nos referiu o comandante do corpo de bombeiros, Carlos Pires, o exercício
teve como objetivo “testar a capacidade de resposta e intervenção do corpo de bombeiros no
cenário de incêndio em estabelecimentos de hotelaria”.
Após a receção do alerta no
quartel para “um incêndio no
piso 3 da unidade hoteleira com
2 hóspedes encurralados no
quarto n.º 305 e fumo no piso 2
desconhecendo-se o número
exato de vítimas”, foram enviados 5 veículos, uma viatura urbana de combate a incêndios
(VUCI), uma viatura especial de
combate a incêndios (VECI),
uma plataforma (VP-37), um autotanque (VTTU) e duas ambulâncias de socorro (ABSC).
Chegados ao local, os bombeiros organizam-se, o mais
graduado efetua o reconhecimento e assumiu o comando de
operações (COS). Entra a primeira equipa no interior do hotel
com a missão de localizar o foco
de incêndio, com o conhecimento prévio de que, para já, há 2
hóspedes retidos no interior do
quarto. O COS solicita então a
intervenção da plataforma para
o resgate dos referidos hóspedes pelo exterior do imóvel e,
em face da evolução dos meios
dentro do edifício é possível detetar a existência de mais duas
vítimas entretanto assistidas e
resgatadas para o exterior. Em
simultâneo, noutro ponto do
imóvel a segunda equipa acede
ao terraço do segundo piso para
o resgate dessas vítimas.
Tudo decorre dentro dos procedimentos previstos para este
tipo de ocorrência e no final o
balanço é positivo não obstante
reconhecerem que há sempre
procedimentos a afinar melhor,
“razão fundamental para que estes exercícios se realizem”, sublinhou-nos o comandante Carlos Pires.
O exercício “Moliceiro – 2013”
integrou-se no programa das comemorações do 131.º aniversário da Associação Humanitária
dos Bombeiros Voluntários de
Aveiro-Velhos, a que aludimos
também, em especial, nesta edição.
22
FEVEREIRO 2013
BASE NAVAL DE LISBOA
Incêndios florestais em ação conjunta
O
s Bombeiros Voluntários de Cacilhas em conjunto com a Base Naval de Lisboa, realizaram
recentemente naquele importante perímetro militar um simulacro de incêndio florestal.
A premência do exercício “BNL 2013” assume
particular importância tendo em conta o facto da
área florestal daquela unidade militar da Marinha
de Guerra Portuguesa, integrada no concelho de
Almada, ocupar cerca de 400 hectares de pinhal.
Neste exercício, estiveram envolvidos 3 veículos de combate a incêndio da Base Naval de
Lisboa, 8 veículos e 32 bombeiros dos Voluntários de Cacilhas, nomeadamente 2 veículos de
comando, 1 veículo de comunicações, 3 veículos
florestais de combate a incêndio, 1 veículo ligeiro de combate a incêndios e 1 veículo urbano de
combate a incêndios. Participou também, a Policia da Base Naval, oficiais da Marinha de Guerra
Portuguesa, no posto de comando, e, em modo
“CPX”, o CDOS de Setúbal, um meio aéreo pesado e outros meios de combate a incêndios solicitados.
Os principais objetivos do exercício, segundo o
comandante dos Bombeiros de Cacilhas, Miguel
Silva, foram plenamente alcançados, nomeada-
mente,” o conhecimento do terreno, por parte da
força de bombeiros, a articulação e agilização, do
comando das operações, tendo em conta tratar-
-se de uma instalação militar, o treino das equipas de bombeiros e o treino das próprias equipas
da Marinha”.
VILA NOVA DE GAIA
Simulacro no hotel
BARREIRO
O
O
Hotel Holiday Inn Porto Gaia, na freguesia de Mafamude, testou, uma vez mais o plano de segurança, desta feita com um
simulacro de incêndio num quarto do 17.º piso.
Participaram no exercício os Sapadores de Vila Nova de Gaia e os
Voluntários de Coimbrões, bem como elementos da Proteção Civil
Municipal.
A evacuação e socorro decorreram de uma forma organizada, a
comunicação com os meios externos foi eficaz, tendo o hotel demonstrado preparação e sensibilização para este tipo de ações.
Duplo exercício testa meios
corpo ativo dos Bombeiros
Voluntários do Barreiro –
Corpo de Salvação Pública foi
recentemente colocado à prova
em dois exercícios técnicos.
Num dos cenários no âmbito
do desencarceramento foi encenada a queda de uma estrutura sobre um veículo acidentado, seguido de uma rotura num
reservatório de gás, o que obrigou a abertura de espaços para
extrair as três vítimas e ainda a
proteção ao depósito em fuga.
O outro treino, na vertente de
busca e salvamento recriou um
incêndio numa garagem ampla
com várias viaturas e com visibilidade nula.
Esta ação que teve como objetivo garantir maior eficácia do
corpo de bombeiros do Barreiro
permitiu “atualizar as competências dos operacionais, cumprindo o plano de formação
para corrente ano”, conforme
salientou um dos responsáveis
operacionais ao nosso jornal.
Sérgio Santos
23
FEVEREIRO 2013
ODIVELAS
O
CÂMARA DE LOBOS
O
Plano de segurança é testado
grupo de socorro e resgate
em montanha dos Bombeiros
de Câmara de Lobos (Madeira)
testou, uma vez mais, o plano de
segurança do teleférico da fajã do
Cabo Girão.
Esta infra-estrutura, em funcionamento desde 2002, está vocacionada para servir uma população agrícola, sendo igualmente
explorada na vertente turística,
dispõe de duas estações que distam, na horizontal 335.9 metros
e na vertical 241.7 metros, perfazendo um trajeto de 415.1 metros.
O exercício consistiu, numa
primeira fase, em simular uma
falha de energia e verificar o funcionamento do sistema alternativo de alimentação e num segundo momento simular um proble-
Operacionais treinam em autocarros
s Bombeiros de Odivelas realizaram uma instrução interna de cariz prático sobre o
tema “Elevação de Emergência
de Autocarros”.
Esta ação que teve a duração
de dois dias veio reforçar as aptidões técnicas dos 12 elementos que participaram numa iniciativa que recorda o histórico
de intervenções neste tipo de
cenários e visa a melhor preparação para a intervenção, sendo
que o corpo de bombeiros conta
no seu quadro com elementos
com formação internacional
nesta área.
O sucesso desta instrução
suscitou o interesse de diversos
elementos de outros corpos de
bombeiros o que levou os Voluntários de Odivelas a agendar
para os meses de março e abril
dois workshops subordinados a
esta temática.
Sérgio Santos
FORMAÇÃO
O
ma mecânico do sistema, que ditou o resgate dos ocupantes com
recurso a meios da própria infra-estrutura e outras técnicas e
equipamentos usados pelos bombeiros no resgate em montanha.
A ação permitiu assim testar o
plano de segurança e evacuação
do teleférico e simultaneamente
apurar a operacionalidade dos
bombeiros, conforme sublinhou
ao nosso jornal, Sílvio Freitas,
comandante dos Voluntários de
Câmara de Lobos.
ALIJÓ
Encontro promove uniformização
Regimento promove curso
peracionais dos Sapadores
de Faro e dos Municipais de
Loulé, Olhão e Tavira, bem
como profissionais de Tomar e
Abrantes estão em formação na
Escola do Regimento Sapadores
Bombeiros em Lisboa.
O “Curso de Controlo de
Flashover Nível I” visou dar novas ferramentas aos bombeiros
em matéria de controlo da evolução de incêndios em espaços
confinados dentro de estruturas.
A formação que complementou uma componente teórica,
teve como ponto forte a vertente prática que permitiu aos formandos contactarem com ambientes estruturais com incêndios e fenómenos da combustão envolvendo temperaturas
muito elevadas.
FAFE
Gestão de stress e conflitos
Q
uatro dos corpos de bombeiros voluntários do Concelho de Alijó (Alijó, Cheires,
Favaios e Sanfins do Douro)
juntaram-se para a realização
de um exercício/concurso de
manobras.
Segundo o comandante operacional municipal e comandante dos Voluntários de Alijó,
José Rebelo, “este primeiro encontro, além de proporcionar o
convívio entre todos, teve por
objetivo, tendo por base um
certo clima de competição, a
uniformização de procedimentos e interação entre bombei-
ros voluntários que pode trazer
enormes benefícios futuros”.
A organização deste primeiro “concurso de manobras estilo bombeiro de ferro” ficou a
cargo dos BV Alijó, e culminou
com um lanche convívio nas
suas instalações.
“Os exercícios abordados foram sobre Incêndios Florestais
e Incêndios Urbanos, que puseram à prova os bombeiros de
Alijó, Cheires, Favaios e Sanfins do Douro presentes”, precisou o comandante José Rebelo.
“Não obstante o resultado
final do concurso ser o que
menos importa, os bombeiros
não deixaram os créditos por
mãos alheias e realizaram
tempos de intervenção muito
bons, sem grandes diferenças
entre CBs, o que demonstra
enorme empenho e capacidade de todos” sublinha o comandante municipal.
Assinale-se que este encontro contou com a presença de
todos os quadros de comando
dos corpos de bombeiros envolvidos, bem como do comandante distrital de Vila
Real.
A
formação dos Os Bombeiros de Fafe, na sequência de uma nova aposta do comando,
prepara-se para durante o ano de 2013 aplicar
um novo método de formação com uma componente mais prática, voltada para a realidade e as
necessidades de preparação e instrução dos operacionais.
A “Gestão de Stress e Conflitos” constituiu a
temática de abertura de um ciclo nove ações que
versará diferentes áreas. No final desta formação, os participantes em jeito de balanço sublinharam a importância de uma formação “bastante enriquecedora e produtiva”.
24
FEVEREIRO 2013
VILA REAL
Cruz Verde pioneira com chefia no feminino
A
caminhada enquanto bombeiras começou há quase 17
anos, quando, por iniciativa
própria, decidiram assumir o
desafio de ajudar o próximo,
entrando, para isso, num “mundo de homens”. Hoje, depois de
um percurso completo na carreira e da conquista o seu espaço, são as primeiras mulheres
do distrito de Vila Real a envergar as divisas de subchefe. Recordando os bons e os maus
momentos, Liliana Martins e
Marília Sousa o balanço, no feminino, de uma história dedicada ao lema “Vida por Vida”.
Com um corpo ativo que conta já com 30 por cento de elementos femininos, a Cruz Verde
destaca-se agora por acolher,
desde o início do ano, as duas
primeiras mulheres do distrito a
assumirem funções de subchefe.
Marília Sousa, de 32 anos, e
Liliana Martins, de 33, têm ambas quase 17 anos de dedicação
à associação da Cruz Verde,
tendo progredido na carreira
desde aspirante - hoje, estagiários - a subchefe, conquistando
pelo meio as divisas de bombeiras 3.ª, de 2.ª e de 1.º.
No distrito são as primeiras
mulheres a fazer com sucesso
todo o percurso de uma profissão que é voluntária, mas que
ao longo de mais de década e
meia exigiu muito tempo pes-
soal, muitas vezes roubado à
família.
“Esta foi uma caminhada longa e sofrida, mas valeu a pena”,
diz Marília Sousa, revelando um
“orgulho muito grande” em ter
sido uma das primeiras a completá-la.
Lembrando que “antigamente nem se ouvia falar de mulheres nas corporações”, a bombeira recorda que integrou o primeiro grupo feminino na Cruz
Verde, que integrava, também,
Liliana Martins, que, agora
como subchefe, continua firme
na dedicação ao socorro de
quem precisa.
“Não venho de uma família
de bombeiros, e ainda hoje a
minha família não gosta muito
porque passo muito tempo no
quartel”, explica Marília Sousa,
que atualmente é bombeira
profissional, ou seja, é assalariada da Cruz Verde.
Já a amiga de longa data, casada, com duas filhas e assistente técnica no serviço de fisioterapia do hospital, reconhece que é preciso contar com a
“colaboração da família” para
que a atividade seja possível.
“As minhas filhas ajudam-me
para que eu possa dar um pouco de mim aos bombeiros”, afirma Liliana Martins, revelando
que não abdica de dar atenção
às filhas, ao marido e à casa,
optando por investir nesta mis-
são o tempo que deveria reservar para si.
Seguindo ao exemplo da
irmã mais velha, que aos 18
anos ingressou na Cruz Branca,
a bombeira foi oferecer os seus
à Cruz Verde mas ainda antes
de atingir a maioridade.
“Pedi à minha mãe para me
acompanhar e na altura aceitaram a inscrição. A minha irmã
já saiu, faz parte do Quadro de
Reserva, e eu aqui continuo”,
confidencia.
Apesar de ser notória a paixão desta duas mulheres pelos
bombeiros, ambas revelam que
já pensaram desistir. Liliana recorda, por exemplo, um episódio que fez com que ficasse
afastada do serviço voluntário
durante três anos.
“No ano de 2005 fomos acionados para colaborar num incêndio em Alvações do Corgo.
Chegados ao local, começamos
a atuar, o vento virou e ficámos
cercados pelo fogo. Conseguimos sair mas apercebemo-nos
que um colega de Santa Marta
tinha ficado para trás… Percebemos que não podíamos fazer
nada e quando estávamos a
tentar tirar o corpo, o vento
voltou a virar e eu fiquei encurralada pelas chamas durante
vários minutos, que me pareceram horas”, conta a bombeira, lembrando que pouco tempos depois ficou a saber que
estava grávida da segunda filha.
“Tive que ter ajuda psicológica, porque não estava a saber
gerir a situação. Pensei se valeria a pena perder tudo o que tinha para tentar fazer o bem aos
outros”. Mais tarde, percebeu
que “o que mais queria” era ser
bombeira e regressou ao ativo.
“A grande evolução
dos últimos anos
foi na formação”
Garantindo que já conquistaram o seu espaço na corporação, Marília e Liliana são também testemunhas da evolução
do mundo dos bombeiros, um
progresso, também, ditado pelo
desenvolvimento a nível de formação.
“Na minha perspetiva, a evolução maior foi a nível da formação. Quando entramos era
básica, os nossos chefes transmitiam aquilo que sabiam”, su-
blinha Liliana Martins, reconhecendo as oportunidades que
têm hoje com acesso a vários
cursos e especializações.
Mas a transformação aconteceu também ao nível dos equipamentos.
“Antes, se precisávamos de
umas calças tínhamos que as
comprar. Hoje há um esforço
muito grande para garantir todas as condições”, frisa a bombeira, que refere ainda como
aspeto muito positivo a re-estruturação e ampliação do
quartel, que, concluída no ano
passado, representou uma
enorme mais-valia em termos
de conforto para o corpo ativo
feminino.
Para as mulheres do concelho
que queiram ingressar nos
bombeiros, as duas subchefes
têm palavras de encorajamento. “Em primeiro lugar pensem
bem se é isso que realmente
querem, e quando entrarem
saibam marcar o espaço delas.
Importa que consigam demonstrar que são iguais aos homens
e que não querem benefícios”
num mundo que “ainda é de homens”, explica Marília.
Cruz Verde conta este ano
com 14 novas bombeiras
Para além das 26 mulheres
que já integravam o corpo de
bombeiros, a Cruz Verde recebeu
recentemente mais cinco operacionais e acolhe nove estagiárias.
As mulheres já são uma percentagem significativa do corpo
ativo”, regista o comandante Miguel Fonseca, que fala com “orgulho” do percurso de Liliana e
Marília, dois elementos próximas, uma vez que partilharam
consigo toda a carreira até ao
momento em que assumiu o comando.
“Hoje elas são duas peças
fundamentais, basilares, neste
corpo de bombeiros”, afiança.
Maria Meireles
SERPINS
Novo quartel em julho
TORRES NOVAS
Associação promove e recebe reforços
A
O
salão nobre da Associação
Humanitária dos Bombeiros
Voluntários Torrejanos, foi palco
da entrega de divisas a novos
11 operacionais. Na mesma
ocasião, o quartel deu as boas
vindas a seis bombeiros de 2.ª
e sete de subchefes, recentemente promovidos.
O comandante, Coronel António Leitão felicitou os opera-
cionais e relembrou responsabilidades acrescidas destas promoções agradecendo a todos o
empenho e dedicação às causas
humanitárias desempenhadas
por esta associação.
De salientar a presença dos
elementos da direção da instituição, que pela voz do presidente Arnaldo Santos, enalteceu a disponibilidade e
prontidão de todos os operacionais.
Registe-se que, já este ano,
teve início um curso de formação inicial para bombeiros, tratando-se de uma inicativa conjunta que envolve também os
Municipais Alcanena e conta
com 24 participantes, 16 voluntários e os restantes aspirantes
a profissionais.
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Serpins agendou para meados de
julho a cerimónia de inauguração das novas instalações.
Com o início das obras no ano transato, os soldados da paz de Serpins começaram a realizar
um sonho antigo que se concretizará “nos próximos meses”, logo após a conclusão de pequenos
trabalhos e dos arranjos exteriores, conforme salientou ao nosso jornal um dos responsáveis da
associação.
Numa área total de 10 mil metros quadrados,
em terreno adquirido pela Junta de Freguesia de
Serpins, surge o novo quartel com uma área de
construção de cerca mil metros quadrados que
alberga o edifício operacional e um parque de viaturas.
A obra teve um custo de 610 mil euros, comparticipado em 85% pelo QREN, sendo a verba
restante assegurada pela Câmara Municipal da
Lousã, Junta de Freguesia de Serpins e a própria
associação.
O corpo de bombeiros voluntários de Serpins
foi fundado em 1995, servindo a zona a norte do
concelho da Lousã e tem nos seus quadros 70
operacionais, 16 veículos e uma escola de cadetes e infantes com cerca de 40 elementos.
Sérgio Santos
25
FEVEREIRO 2013
CHAVES
IRS debatido em cerimónia de inauguração
A
insistência da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) junto do Governo para
isentar os bombeiros do pagamento do IRS
no âmbito do DECIF foi um dos temas centrais das intervenções realizadas durante a
cerimónia de inauguração do novo quartel
da Associação Humanitária dos Bombeiros
Voluntários de Salvação Pública de Chaves.
Na oportunidade, o presidente do conselho
executivo da LBP, comandante Jaime Soares, chamou a atenção do secretário de Estado adjunto do ministro da Administração
Interna, Juvenal Peneda, para a necessidade de isentar do pagamento de IRS as verbas recebidas pelos assalariados das associações, após o seu horário de trabalho
quando participam no Dispositivo Especial
de Combate aos Incêndios Florestais (DECIF).
Jaime Soares lembrou na ocasião que
para debater essa questão estava eminente
uma reunião da Liga com o secretário de
Estado dos Assuntos Fiscais, como entretanto veio a acontecer, e da qual damos
destaque nesta edição.
O novo quartel da Salvação Pública de
Chaves custou cerca de 1,2 milhões de euros e situa-se na zona industrial do Alto da
Cocanha, reunindo as condições de operacionalidade e conforto que tantos anos tardaram. A nova localização beneficia também o tempo de resposta dos bombeiros
mas suscita alguma preocupação da parte
destes em acederem à nova infra-estrutura
instalada agora fora do centro da cidade.
ÓBIDOS
Bombeiros já têm unidade de socorro
VFCI chega ao quartel
Fotos: CMSines
SINES
A
Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Sines inaugurou com pompa e circunstância, no passado dia 2 de fevereiro, o novo
quartel destinado a área do socorro.
A cerimónia teve início com uma grandiosa formatura que acolheu as entidades convidadas na
nova unidade de socorro, a que se seguiu a bênção e inauguração do moderno edifício.
Esta extensão das instalações dos Voluntários
de Sines, orçada em 800 mil euros, acolherá a
urgência e o socorro, sendo que o antigo quartel
assume em exclusivo os serviços de saúde e
apoio hospitalar, uma estratégia que o presidente
da direção João Santa Bárbara considera fundamental para “garantir o futuro dos bombeiros, e a
certificação do serviço prestado à comunidade”.
Construído numa área de cinco mil metros quadrados, na zona industrial n.º 2, a nova edificação
permite reforçar a operacionalidade do corpo de
bombeiros e “servir as grandes empresas” que segundo o presidente da direção devem por seu turno “apoiar os bombeiros”, para que “crescimento
industrial e nível de risco sejam compatíveis com
a capacidade de resposta da corporação”.
Vítor Pereira, o comandante interino, salientou
que face à dimensão do concelho e os riscos ine-
rentes, o corpo de bombeiros não só necessitava
destas novas instalações mas também de mais
operacionais nos quadros.
Numa cerimónia marcante para os soldados da
paz de Sines, um dos momentos altos a distinção
de João Santa Bárbara com o Crachá de Ouro da
Liga dos Bombeiros Portugueses, galardão que
também foi entregue aos beneméritos António Pimenta, Francisco do Ó Pacheco, Carlos Lopes
Paulo e José Catarino. A sessão contemplou ainda
a apresentação da escola de cadetes e infantes, a
promoção de alguns operacionais e a atribuição
de medalhas da Liga dos Bombeiros Portugueses.
A cerimónia presidida pelo secretário de estado
da Administração Interna Filipe Lobo D’Ávila,
contou igualmente com as presenças de Manuel
Coelho, presidente da Câmara Municipal de Sines, bem como do diretor nacional de planeamento e emergência da ANPC, João Oliveira, do
vice presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, Rodeia Machado, da comandante distrital Patrícia Gaspar, do presidente da federação dos
bombeiros de Setúbal, Eduardo Correia e representantes de entidades militares e associações
congéneres do distrito.
Sérgio Santos
O
s Bombeiros de Óbidos adquiriram, recentemente, um Veículo Florestal de Combate a
Incêndios (VFCI), um investimento na operacionalidade, que visa dar resposta “à cada vez mais
exigente ação de combate a incêndios”, conforme
explica fonte a associação.
O veículo de marca MAN de modelo TGM
13/290 é apresentado como “sofisticado ao nível
do equipamento, da bomba acoplada, mas também dos sistemas de proteção do próprio viatura
e da sua guarnição”,
Os Voluntários de Óbidos adiantam, ainda, que
o novo VFCI “tem uma boa prestação tanto em
estrada como em todo-o-terreno, dispondo de
uma caixa de velocidades de baixo e alto regime”.
Da mesma forma, é salientado o conforto da cabine, uma mais-valia na ótica dos operacionais,
nomeadamente, no “período de incêndios florestais, quando se torna obrigatória a realização de
longas viagens para a prestação de auxílio nas
mais variadas regiões do País”.
A segurança pessoal é outro fator a considerar
neste veículo, tendo em conta que a guarnição
pode dispor de um sistema de ar comprimido
com seis saídas diretas facilitando a respiração
em ambientes hostis face à existência de muito
fumo. O veículo dispõe ainda um sistema de
springlers que permite a utilização de água sob a
forma de chuveiro, ao longo de todo o chassi e
nas 4 rodas, assegurando uma proteção importante na circulação por áreas em chamas ou com
temperaturas elevadas.
MORA
Associação assinala 73.º Aniversário
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de
Mora celebrou o 73.º aniversário, com um programa que integrou o tradicional hastear das
bandeiras na sede da instituição, a missa na Igreja da Mise-
ricórdia e um almoço convívio
que reuniu no quartel dirigentes, bombeiros e respetivas famílias.
A efeméride realizou-se sob a
égide do reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos bom-
beiros voluntários e dirigentes,
marcado pela “dedicação e eficácia nos diversos cenários para
que foram solicitados, quer no
concelho de Mora, quer no apoio
aos diversos corpos de bombeiros de todo o País”.
26
FEVEREIRO 2013
LISBONENSES
Emigração também atinge instituição
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários Lisbonenses comemorou o 104.º
aniversário com a promoção a
bombeiro de 3.ª de 3 elementos. O quarto elemento, uma
mulher e enfermeira de profissão, que também deveria ser
sido promovido, acabou por não
estar presente dado que, entretanto, se viu na contingência de
emigrar para a Alemanha.
Este será o caso mais recente
com que os Voluntários Lisbonenses se confrontam, mas
vem provar que o fenómeno da
emigração que está a atingir os
bombeiros portugueses, afinal,
é generalizado.
Três viaturas avariadas, duas
ambulâncias e um veículo urbano de combate a incêndios, são
outra das dores de cabeça lembradas pelo presidente da direção, Manuel Correia, e pelo comandante substituto, António
Freire, nas suas alocuções. Para
a reparação de uma ambulância, conforme foi então referido,
já reuniram os meios necessários, mas ficam em falta os
meios para a reparação das restantes viaturas.
Durante a sessão solene comemorativa, por proposta da
Associação, foram atribuídas
medalhas de serviços distintos
grau cobre aos bombeiros de
3.ª, Maria João Pereira Faustino,
Emílio da Ascensão Rodrigues,
Justino Gonçalves dos Santos,
Rui Daniel Figueira, ao bombeiro
de 1.ª Carlos Alberto Rodrigues,
ao subchefe João do Carmo Pereira e ao adjunto de comando
Paulo César Alberto. Foram
também entregues medalhas de
assiduidade, diplomas de agradecimento e reconhecimento a
várias entidades e ainda aos
Bombeiros Voluntários de Montelavar, Dafundo e Barcarena.
Foi homenageado com a medalha de dedicação dos Lisbonenses um antigo funcionário e
bombeiro, José Pereira Jacinto,
só recentemente retirado apesar dos seus 84 anos.
No âmbito da atividade operacional foi atribuído, o troféu
“Fogo” ao bombeiro de 2.ª André Saraiva, por 48 saídas para
fogo em 2012, o troféu “Saúde”
ao bombeiro de 3.ª Alexandre
Figueiredo, por 105 emergências e transporte de doentes, e
o troféu “Disponibilidade” ao
subchefe José Carmo Pereira.
A sessão solene contou com
as presenças do comandante
do Regimento Sapadores Bombeiros, coronel Joaquim Leitão,
em representação do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, do presidente da assembleia-geral da instituição, João
Costa Martins, do vice-presidente da Liga dos Bombeiros
Portugueses, Rui Rama da Silva, dos presidente e vice-presidente da Reviver Mais, Lourenço Baptista e França de Sousa,
do comandante Manuel Varela,
em representação da Federação de Bombeiros do Distrito
de Lisboa, do general Governo
Maia, a representar a Cruz Vermelha Portuguesa, do adjunto
do comando distrital de socorro
de Lisboa, Francisco Oliveira, o
presidente da Junta de Freguesia de Arroios, o vice-presidente da direção e o comandante
substituto dos Bombeiros Voluntários Portuenses, Alberto
Silva e chefe Luís Sousa, e o
presidente do conselho fiscal
dos Lisbonenses, Bragança
Mendes, entre muitos amigos e
convidados.
AVEIRO
Velhos comemoram 131.º aniversário
A
Associação Humanitária dos
Bombeiros de Aveiro – Velhos, assinalou o 131.º aniversário com um diversificado programa festivo que para além
das cerimónias oficiais incluiu o
I Torneio Futsal 24h INEM-Bombeiros, as “II Jornadas Técnicas
de Emergência e Intervenção
na Crise” e o exercício “Moliceiro 2013”.
No dia 4 de fevereiro, a encerrar os festejos, cumpriu-se a
tradição com hastear das bandeiras, a romagem aos cemitérios, a missa na Sé de Aveiro e
as cerimónias em parada durante as quais a associação deu
as boas-vindas a 17 novos
bombeiros. Na mesma ocasião,
foram entregues os prémios
aos elementos que mais se destacaram na formação e promo-
vidos vários elementos do corpo ativo.
Das diversas distinções que
abrilhantaram a sessão destaque para o Crachá de Ouro da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) entregue a António
Tavares Santos, que há 37
anos integra o elenco diretivo
dos Bombeiros de Aveiro – Velhos.
O tradicional desfile apeado
e motorizado, antecedeu a
bênção e inauguração de um
Veículo Tanque Tático Urbano
(VTTU), adquirido com a comparticipação do QREN e uma
nova ambulância de transporte
de doentes, totalmente custeada pela associação, ao que se
seguiu a inauguração de uma
exposição versando a atividade do corpo de bombeiros.
Ainda no âmbito das comemorações, as “II Jornadas
Técnicas de Intervenção na
Crise dos Bombeiros de Aveiro
– Velhos” que juntaram cerca
de 100 agentes de proteção civil.
Das intervenções destaque
para o Tenente Coronel Médico, Dr. Joaquim Cardoso que
apresentou o tema “A interligação de Meios em Situação
de Catástrofe”, bem como
para a enfermeira VMER de
Aveiro, Paula Rocha, que falou
sobre “Acidente na A25 de 23
de agosto de 2010”. Este fórum permitiu, igualmente,
abordar temáticas como “Papel das Equipas de Apoio Psicossocial (EAPS) da ANPC nos
Bombeiros” e as “Vivências
Traumáticas nos Bombeiros”
Numa outra vertente, registo ainda do “I Torneio Futsal
24h Inter-Bombeiros” que juntou no Pavilhão Aristides Hall,
em Aveiro para além da for-
mação anfitriã, as equipas dos
voluntários Arouca, Espinho,
Estarreja, Murtosa, Sever do
Vouga e Albergaria-a-Velha e
ainda os sapadores do Porto e
de Gaia. Na final, os Sapadores do Porto derrotaram os de
Gaia. O 3.º lugar ficou para a
equipa da casa, seguida pelo
grupo de Arouca.
27
FEVEREIRO 2013
AZAMBUJA
Bombeiros recebem novo comandante em dia de festa
A
rmando Batista, o novo comandante da Associação
Humanitária de Bombeiros Voluntários de Azambuja, tomou
posse, recentemente, no decorrer das cerimónias do 81.º
aniversário da instituição.
Na sessão que teve lugar no
salão nobre da associação o comandante Armando Batista, falou da importância de dar continuidade ao “trabalho conjunto”, prometendo “empenho
pessoal nesta função para desenvolver novos projetos que
beneficiem os soldados da
paz”.
Já o presidente da direção,
André Salema, defendeu a necessidade de “juntar as sinergias dos agentes de proteção
civil do concelho” para que seja
possível estabilizar e articular
as funções de socorro. Por outro lado, falou na urgência na
aquisição de uma ambulância
de socorro o que a par da criação das equipas de primeira intervenção permitiria maior eficácia na resposta à população.
A apresentação de um veículo de comunicações (VCOC), a
promoção de seis estagiários à
categoria de bombeiro de 3.ª, e
a imposição de medalhas da
Liga dos Bombeiros Portugueses a vários elementos constituíram outros momentos marcantes das comemorações. Dos
muitos agraciados destacam-se
pelos anos de serviço respeitoso, distinto e abnegado em prol
do lema “Vida por Vida” o comandante QH Pedro Cardoso, o
2.º comandante Marcos Duarte, o antigo presidente da direção António Duarte entre outros dirigentes.
Associaram-se às cerimó-
nias, entre outras individualidades, o presidente da Câmara
Municipal de Azambuja Joaquim Ramos, o vice-presidente
da LBP, comandante Adelino
Gomes, o comandante distrital
da ANPC Elísio Oliveira, o presi-
dente da federação de bombeiros de Lisboa, António Carvalho
e representantes de associa-
COJA
A
Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários de
Coja comemorou bodas de ouro
no passado dia 27 de janeiro
homenageando e distinguindo
bombeiros e dirigentes.
O programa festivo teve início com a romagem ao cemitério seguida de uma missa solene em memória dos bombeiros
e dirigentes falecidos e ainda o
batismo e inauguração de um
veículo florestal de combate a
incêndios (VFCI) e de uma ambulância de transporte de doentes (ABTD) apadrinhados pelas
autarquias de Pomares e Benfeita.
Em formatura do corpo ativo
acolheu as entidades convidadas com brio demonstrativo de
rigor e empenho à causa do voluntariado destes operacionais
que foram, aliás, agraciados
com várias medalhas da Liga
dos Bombeiros Portugueses.
Já no decorrer da sessão solene, o presidente da assembleia geral Carlos Castanheira
falou da história da instituição,
enaltecendo os feitos dos fundadores e dos que nela tem
trabalhado voluntariamente ao
longo dos anos, num esforço
meritório de “bem servir, em
prol da comunidade”. A terminar o responsável agradeceu a
todos os que tem apoiado a associação para que na atualidade exiba vitalidade, estabilidade e o dinamismo que lhe permitem encarar o futuro com
otimismo.
Por sua vez, o comandante
Paulo Tavares demonstrou orgulho nos seus homens e mulheres sempre disponíveis para
Bodas de Ouro e muitas distinções
apoiar a associação e para desempenhar de forma exemplar
as missões de socorro que lhe
são confiadas. Foi numa intervenção emotiva que o responsável operacional relembrou os
bombeiros falecidos no verão
passado, Patrícia Abreu e Pedro
Brito deixando assim palavras
de conforto aos restantes elementos, que unidos nesta família irão continuar a fazer o que
melhor sabem: “salvar vidas e
bens”.
Contudo o ponto alto das cerimónias aconteceu com a entrega de três crachás de ouro
da Liga dos Bombeiros Portugueses ao fundador da associação, João Luís Quaresma Nunes
e aos bombeiros de 1.ª António
Figueiredo e Anselmo Abreu.
A associação viu ainda reconhecido o mérito de serviço público sendo agraciada com a
medalha de proteção e socorro,
no grau prata e distintivo azul
do ministério da Administração
Interna. O galardão foi colocado
no estandarte da associação
pelo secretário de estado Filipe
Lobo D’Ávila e por Jaime Marta
Soares presidente da Liga dos
Bombeiros Portugueses.
Na efeméride estiveram ainda presentes o presidente da
Autoridade Nacional de Proteção Civil, Manuel Mateus Couto,
o presidente da Câmara Municipal de Arganil Ricardo Pereira
Alves, o presidente da Câmara
Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Mendes, o comandante António Simões presidente da federação bombeiros
de Coimbra e representantes da
Guarda Nacional Republicana e
de associações congéneres do
distrito.
Sérgio Santos
ções congéneres do norte do
distrito.
Sérgio Santos
28
FEVEREIRO 2013
BALTAR
Várias homenagens marcam sessão comemorativa
Os Bombeiros Voluntários de Baltar (BVB)
celebraram 85 anos de existência. A
cerimónia ficou marcada pela homenagem
que a associação prestou ao presidente da
Câmara Municipal de Paredes, Celso Ferreira,
e à ex-governadora civil do distrito do Porto,
Isabel Oneto, pelo contributo dado à
construção do heliporto.
Na mesma ocasião, a instituição foi
surpreendida com o crachá de ouro atribuído
pela Liga de Bombeiros Portugueses.
Texto e fotos: Verdadeiro Olhar/Roberto Bessa Moreira
F
oi num clima de entusiasmo que os Bombeiros de
Baltar festejaram o 85.º
aniversário. Em todos os discursos ficou salientado a dinâmica e o otimismo que impera
nesta associação.
“Sinto-me muito honrado por
ser o comandante de uma casa
que conta uma história desta
dimensão e faço quanto posso e
sei para poder estar à altura da
tarefa que me foi confiada”, começou por referir Delfim Cruz.
Em seguida, o comandante
dos BVB evidenciou a aposta na
formação que tem elevado a
qualidade dos serviços prestados pela instituição.
“Não são as viaturas ou as
condições mais ou menos luxuosas do quartel que fazem a diferença, mas sim know-how. De
nada vale termos as viaturas
mais modernas e o equipamento mais sofisticado se os recursos humanos não detêm o conhecimento para os poder utilizar em pleno. Para isso, tem
sido investido muito no conhe-
cimento das bombeiras e bombeiros desta casa, com um forte
apoio e incentivo para a frequência em formação mais
avançada”, resumiu.
No entanto, para Delfim
Cruz, torna-se necessário que
também “os Serviços Municipais de Proteção Civil tenham
um papel mais ativo. No âmbito
das suas competências muito
há para fazer, para não dizer
que quase tudo está por fazer”,
criticou.
Já o presidente da direção
garantiu que “esta é uma das
instituições que, ao nível do socorro, é das melhor equipada
do país”.
Elogios à associação chegaram ainda do presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito do Porto.
“Esta corporação é um exem-
plo de que, num tempo de depressão, também há desenvolvimento e investimento. Aqui
não há crise”, referiu José Miranda. “Estamos numa infraestrutura do século XXI no que diz
respeito a meios técnicos e humanos”, acrescentou o comandante distrital da Autoridade
Nacional da Proteção Civil, coronel Teixeira Leite.
Em dia de aniversário, os
Bombeiros de Baltar agradeceram à ex-governadora civil do
distrito do Porto, Isabel Oneto,
e ao presidente da câmara de
Paredes, Celso Ferreira, o contributo dado à construção do
seu heliporto com a simbólica
colocação de uma placa numa
das paredes do quartel.
Heliporto que, em julho de
2010, custou quase dois milhões de euros, mas que, de-
pois da saída do helicóptero do
INEM em setembro do ano
passado, não dispõe de qualquer meio aéreo em permanência.
“Com a saída do INEM esta
infraestrutura parece que está
ao abandono, mas não está”,
disse o coronel Teixeira Leite,
que garantiu haver intenção de
melhor aproveitar uma estrutura com capacidade para acolher
seis helicópteros e que dispõe
de hangar e edifícios de apoio.
Ao nosso jornal Teixeira Leite
afirmou, no entanto, que “ainda
está a ser estudada a melhor
forma de rentabilizar este heliporto” e que, apenas, “está garantido um helicóptero no Verão”.
Para o comandante dos Bombeiros de Baltar “é uma pena
uma infraestrutura destas estar
desaproveitada”. “Não fomos
contactados por ninguém quando saiu o helicóptero do INEM.
É uma decisão incompreensível”, criticou Delfim Cruz.
Aquando da inauguração, o
então ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciava um papel importante para
VIALONGA
Novo comandante e várias condecorações
O
36.º aniversário dos Voluntários
de Vialonga, assinalado no dia
17 de fevereiro, ficou marcado pela
tomada de posse comandante Luís
Rodrigues, mas também pela condecoração de vários bombeiros.
A celebração de uma missa em
memória dos bombeiros e dirigentes falecidos abriu as celebrações
que contemplaram a simbólica romagem ao cemitério e a já tradicional deposição de uma coroa de flores junto à estátua do bombeiro, já
na presença das entidades convidadas.
Já no decorrer da sessão solene,
foram entregues medalhas da Liga
dos Bombeiros Portugueses a alguns operacionais, a distinção de
vários associados e a incorporação
três estagiários, nesta cerimónia
promovidos à categoria de bombeiro de 3.ª. Momento alto foi ainda a
cerimónia de tomada de posse de
Luís Rodrigues, o novo comandante
dos Voluntários de Vialonga.
A questão da necessidade urgente de um novo quartel para o corpo
de bombeiros foi novamente realçada tanto pelo presidente da direção
José Luís Rocha como pelo recém-empossado comandante.
Estiveram presentes na sessão diversas individualidades nomeadamente Maria Luz Rosinha, presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, o comandante Adelino
Gomes da Liga dos Bombeiros Portugueses, o comandante distrital Elísio Oliveira e ainda Rui Ferreira, da
Federação dos Bombeiros do Distrito
de Lisboa e representantes de associações congéneres do concelho e da
Guarda Nacional Republicana.
Sérgio Santos
o equipamento de Baltar. “Não
servirá apenas para o combate
aos fogos florestais. Esta base
aérea poderá funcionar ainda
como plataforma em missões
de segurança, de socorro ou até
de controlo de trânsito”, afirmou Rui Pereira. Já o presidente da Empresa de Meios Aéreos,
Rogério Pinheiro, dizia que
“este heliporto vai ter uma utilização plena e articulada com
várias forças”.
Celso Ferreira desvalorizou o
seu papel na construção do heliporto de Baltar, mas não deixou de se mostrar “sensibilizado” com a homenagem prestada pela corporação.
Em dia de aniversário, dois
operacionais foram promovidos
à categoria de chefe, enquanto
outros dois passaram a subchefe. Houve ainda nove promoções a bombeiros de 1.ª e cinco
a 2.ª.
Em destaque esteve também
todo o comando. O comandante
Delfim Cruz, o 2.º comandante
José Aires e o adjunto de comando António Ferreira foram
homenageados pelos serviços
prestados.
29
FEVEREIRO 2013
ALVERCA
OLIVEIRA DE AZEMÉIS
Miniaturas em exposição
Seleção nacional visita CB
PORTO
U
ma exposição de miniaturas de bombeiros encontra-se patente
em frente ao quartel dos Voluntários de Alverca, no espaço,
habitualmente, ocupado pelo presépio dos soldados da paz.
Esta iniciativa tem como responsáveis o subchefe João Correia,
o bombeiro de 1.ª Paulo Martins e o bombeiro de 2.ª Luís Valadas
que reuniram cerca de duas centenas de peças das suas coleções
nesta mostra enriquecida pela recreação de vários cenários de intervenção de acidentes rodoviários, socorro no rio Tejo e linha férrea.
Tem sido muitos os curiosos, em especial os mais jovens que diariamente visitam o quartel dos Bombeiros Voluntários de Alverca.
Sérgio Santos
Operadores de comunicação
em convívio
R
ealizou-se o XIV Convívio de Operadores de Comunicações da
ZO/01 Porto, constituída pelos bombeiros do concelho de Gondomar e Valongo.
O encontro que teve como cenário a cidade de Valbom, organizado pelos bombeiros locais, contou com a presença de operadores
de Gondomar, Areosa-Rio Tinto, São Pedro da Cova, Ermesinde e
Valongo.
O jantar ficou uma vez mais marcado pelo excelente convívio
entre todos, num ambiente acolhedor e de harmonia. Entretanto, o
“testemunho” foi entregue aos bombeiros da Areosa-Rio Tinto, responsáveis pela organização do próximo convívio.
N
o âmbito do Campeonato Mundial de Futsal Feminino, que se
realizou em Oliveira de Azeméis, os voluntários da cidade receberam a visita das jogadoras da seleção nacional.
Recebidas pelo presidente da direção e pelo comandante no auditório António Rodrigues e Maria Aldina Fernandes, as atletas ofereceram aos bombeiros uma camisola devidamente autografada e
diversos brindes, levaram como recordação medalhas e galhardetes da associação.
De seguida, no quartel, as atletas experimentaram os capacetes,
entraram nas viaturas e trocaram impressões com os operacionais.
De assinalar que, durante os 27 jogos do evento, este corpo de
bombeiros manteve, em permanência, um dispositivo que contemplou, no mínimo, oito operacionais, duas ambulâncias de socorro e
diverso material de suporte avançado de vida.
AVEIRO
Distrito promove primeira gala
em fevereiro de 1993
C
erca de 80 jovens bombeiros reuniram-se na
Primeira Gala da JuveBombeiro do Distrito de
Aveiro que decorreu em Pampilhosa do Botão,
concelho da Mealhada, organizada pelos núcleos
de Voluntários de Pampilhosa e de Castelo de Paiva.
Foram diversas as entidades distinguidas, nomeadamente Herminio Loureiro, presidente da
Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, que recebeu o prémio “Honra e compromisso para com
os Bombeiros”.
O autarca partilhou a distinção com todos os
bombeiros do seu concelho que “têm sido inexcedíveis no trabalho que realizam. Infelizmente
muitas vezes injustamente criticados e só lembrados em caso de emergência”.
“Este prémio deixa-me bastante orgulhoso”,
disse, lançando de seguida o desafio da organiza-
ção da segunda edição do evento aos Voluntários
Oliveira de Azeméis.
Na ocasião, foi também distinguido, entre outras individualidades, Francisco Manuel, com o
galardão “Bombeiros nos média”. Os Bombeiros
Voluntários de Oliveira de Azeméis ganharam o
prémio “Núcleo mais participativo”, numa gala
que premiou também delegados e subdelegados
em diferentes categorias.
VILA REAL
R
Juve tem novo coordenador
ui Dinis é o novo coordenador
da Juvebombeiro do distrito de
Vila Real.
Rui Dinís que já está a organizar
a equipa de trabalho, assume a
missão de promover esta estrutura
no distrito e aumentar o número de
elementos inscritos ativos, bem
como incentivar a promoção de iniciativas que possibilitem cativar os jovens
para os bombeiros.
O novo coordenador distrital apelou, na oca-
sião, para que os comandantes não
criem barreiras e incentivem os mais
jovens a integrar esta organização,
pois é desses elementos que dependem os bombeiros do amanhã.
Nesta reunião extraordinária marcaram presença, para além de representantes dos corpos de bombeiros
de Vila Real, os coordenadores distritais de Bragança e do Porto e ainda o comandante dos Voluntários de Mondim de Basto, que
aliás foi o anfitrião deste encontro.
30
FEVEREIRO 2013
JUVEBOMBEIRO
A
Comissão Coordenadora Nacional discute regulamento
O
Foto: Sandra Teixeira
Comissão Coordenadora
Nacional da Juvebombeiro reuniu no passado dia 19
de janeiro nas instalações da
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), em Lisboa.
Da agenda da reunião
constou a análise e discussão das propostas de alteração ao regulamento desta
estrutura, apresentadas por
alguns coordenadores distritais.
A reunião, coordenada
pelo vogal do Conselho Executivo da LBP, comandante
José Morais, proporcionou
um debate vivo.
CANEÇAS
FAFE
Jovens bombeiros debatem futuro
Juvebombeiro
tem novo delegado
quartel dos Voluntários de
Caneças acolheu o jantar de
reis da Juvebombeiro do distrito
de Lisboa.
Cerca de 40 os jovens, em representação de alguns corpos de
bombeiros do distrito, estiveram
presentes nesta iniciativa que
teve como objetivo debater o futuro deste órgão distrital e a dinamização de atividades, mas,
também a partilha de ideias e
experiências, nomeadamente no
que diz respeito à legislação, angariação de fundos e o recrutamento de reforços para as fileiras dos corpos de bombeiros.
Os coordenadores da Juvebombeiro de Castelo Branco e
de Setúbal, David Monteiro e
Nuno Delicado, respetivamen-
te, marcaram presença neste
encontro transmitindo conselhos e ideias inovadoras que
permitam assegurar o futuro
VILA REAL DE SANTO ANTÓNIO
A
Escola de Infantes e Cadetes dos Voluntários de Vila
Real de Santo António, promoveu um exercício de assistência
a um acidente de viação com
vítimas e combate a incêndio no
exterior do quartel, iniciativa
que visou testar os bombeiros
de palmo e meio nas diversas
áreas de formação, mas também a nível emocional.
Os pequenos soldados da paz
exibiram perante a comunidade
á vontade no ataque a incêndios nascentes, nas manobras
de suporte básico de vida, bem
como na extração e imobilização de vítimas.
Terminado o simulacro, que
envolveu dos 33 bombeiritos,
Escolinha em simulacro
cinco dos quais foram nessa
ocasião promovidos a cadetes e
outros tantos a estagiários.
Para além elementos da escola e dos respetivos formadores, marcaram presença nesta
iniciativa representantes do comando e direção da associação,
representantes da Proteção Civil Municipal e do Município de
Vila Real de Santo António.
deste movimento a nível nacional.
Após um debate produtivo
que contou com as intervenções do coordenador de Lisboa,
Sandro Lopes e do delegado do
núcleo de Caneças, Tiago Santos, realizou-se um jantar convívio que terminou com uma
animada sessão de karaoke.
Esta iniciativa organizada pelos Voluntários de Caneças e da
Póvoa de Santa Iria, contou
com o apoio da Federação de
Bombeiros do Distrito de Lisboa.
Sérgio Santos
P
aulo Soares, bombeiro de
3.ª, foi, recentemente, eleito
delegado do Núcleo de Fafe da
Juvebombeiro.
Ainda antes da votação o comandante e o 2.º comandante
agradeceram e deram os parabéns aos delegados que cessaram funções, sublinhando a
“dedicação e o magnífico trabalho desenvolvido ao longo destes últimos 3 anos, nomeadamente por Pedro Cunha (delegado) e Filipa Ribeiro (Sub-Delegada)”. Na ocasião, foi ainda realçado que o excelente trabalho realizado “deixou a fasquia muito
alta para o novo delegado”.
Depois da eleição Paulo Soares assumiu o compromisso de “dinamizar e criar mais coesão entre os membros da Juvebombeiro e
conseguir ainda agarrar os restantes elementos dos diferentes
quadros, que não fazem parte da estrutura, a colaborar nas atividades”.
BARREIRO
Bombeiros
acolhem escuteiros
O
s agrupamentos de escuteiros do Barreiro comemoraram no
quartel dos Voluntários do Sul e Sueste, o Dia do Escuteiro,
evento serviu para assinalar a data de fundação do movimento no
concelho.
O almoço de confraternização que reuniu centenas de convivas,
foi ainda uma excelente ocasião para a promoção da atividade dos
bombeiros, tendo em conta que as condições atmosféricas adversas verificadas no dia do evento, permitiram aos escuteiros assistir
à movimentação excecional dos meios de socorro, bem assim
como às operações de comandando e gestão.
31
FEVEREIRO 2013
T
Uma Parada de Bombeiros
enho aqui à minha frente
uma pequena medalha alusiva a um acontecimento passado no longínquo ano de
1936. Encontrei-a por acaso
guardada numa estante do Museu de Araújo Correia, como é
assim conhecido o museu dos
bombeiros da Régua.
Chamou-me a atenção também por ser um objeto com
uma incomum simplicidade estética, embora o seu valor histórico me tenha despertado
mais curiosidade.
Antes de aí repousar, como
um cadáver que repousa em
vala, deve ter sido objeto de
culto e um bem precioso que
deve ter feito parte do historial
do quartel que esteve instalado
numa humilde casa, no Cimo
da Régua. Se não fosse um objeto de valor histórico, teria
tido um destino diferente, não
teria chegado com o seu brilho
e memória do seu ao nosso
tempo.
Por si só, a medalha conta-nos a sua verdadeira história,
isto é, revela uma história de
uma cerimónia festiva que integrou no, seu programa de
atividades, uma Parada de
Bombeiros. Como tal, atualmente, embora pareça ter uma
função meramente decorativa,
ela certifica um reconhecimento público pela participação do
Corpo de Bombeiros da Régua.
Pois, era só isto que a medalha me deixava entrever do seu
passado e, assim, justificava a
sua existência no museu dos
bombeiros da Régua, até que
dia questionei o meu amigo Comandante Álvaro Ribeiro, dos
Bombeiros da Cruz Branca que,
embora desconhecendo da sua
existência, tratou de me encontrar a informação que eu procurava para responder a algumas
das minhas dúvidas: Quem organizou esta parada? Os bombeiros de cima ou bombeiros de
baixo? Que ruas percorreram?
Quantas corporações desfilaram? Como foi a reação da população que assistiu?
Tempo mais tarde, a precio-
sa informação veio-me direitinha nas páginas digitalizadas
do jornal O Vilarealense, nas
edições de 26 de maio e de 25
de junho de 1936. A primeira
informava que no dia 14 de junho, desse ano, se realizava a
“Parada Solene de Bombeiros
com a participação de todas as
corporações do distrito” e, na
segunda lia-se na notícia Depois das Festas, o seguinte:
“Sobre a Parada de Bombeiros,
diremos que teve um brilho
inexcedível, sendo merecedora
de todos os elogios as duas
Corporações que a organizaram”.
Quem organizou esta parada
de bombeiros, pretendeu imitar
as primeiras paradas de bombeiros portugueses realizadas
com sucesso no Porto e em Lisboa. Era moda os bombeiros
organizarem estas iniciativas
para o público, de forma a destacar a sua afirmação e importância no seio da sociedade.
Confesso que, depois de partilhar a informação recolhida no
velho jornal, não tenho mais
nenhuma informação para satisfazer a curiosidade do leitor
mais curioso pelo passado dos
bombeiros. Quem a tiver, peço
aqui que nos ajude a completar
as memórias que evoca esta
medalha rara, que vai voltar,
outra vez, a ocupar o seu lugar
no silêncio do museu dos bombeiros da Régua.
Talvez, a partir de agora, não
seja mais observada como uma
raridade de um momento de
glórias esquecidas na grande
história dos Bombeiros da Régua, mas como um verdadeiro
e singelo documento que recorda uma inédita Parada de Bombeiros, realizada na cidade de
Vila Real, por ocasião das Festas da Cidade de 1936.
Digo inédita parada de bombeiros, mas deveria dizer a única que aconteceu na capital do
nosso “reino maravilhoso”, o
que prova a ousadia dos bombeiros de Vila Real, que foram
capazes de se unirem e de
mostrarem à sociedade a sua
força e o seu exemplo de altruísmo, generosidade e de verdadeiro serviço público.
Uma parada de bombeiros
que fez história, se bem que tenha ficado até hoje esquecida,
mas que será sempre uma admirável realização dos bombeiros transmontanos - durienses.
Toda esta história, devo dizer, me conta a medalha que já
não tenho diante de mim. Voltou ao seu museu para refazer
uma nova página da História
dos Bombeiros da Régua.
José Alfredo Almeida
BRASIL
O
Homenagem
ao comandante Geraldes Mota
comandante Henrique Geraldes Mota,
sócio de mérito e Crachá
de Ouro da Liga dos
Bombeiros Portugueses,
foi recentemente agraciado com título de “Cidadão Honorário” da cidade de Balneário – Piçarras, no Brasil. O presidente da câmara local,
Óscar Francisco Pedroso, efetuou a entrega do
diploma numa cerimónia
testemunhada por vereadores e muito populares, mas também pela
esposa, filhos e demais
familiares do comandante Mota.
ANIVERSÁRIOS
1 de Março
Bombeiros Voluntários de Angra do Heroísmo . . 91
Bombeiros Voluntários de Samora Correia . . . 38
Bombeiros Voluntários de Vila de Rei . . . . . . . 36
2 de Março
Bombeiros Voluntários de Castro de Aire . . . 135
Bombeiros Voluntários de Ponte da Barca . . . 78
3 de Março
Bombeiros Voluntários de Tabuaço . . . . . . . . 81
Bombeiros Voluntários do Beato e Olivais . . . . 81
4 de Março
Bombeiros Voluntários de Belmonte . . . . . . . 59
5 de Março
Bombeiros Voluntários de Cerva . . . . . . . . . . 31
6 de Março
Bombeiros Municipais de Alpiarça . . . . . . . . . 64
7 de Março
Bombeiros Voluntários de Alvaiázere . . . . . . . 73
8 de Março
Bombeiros Voluntários de São Bartolomeu de
Messines . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
Bombeiros Voluntários de Canha . . . . . . . . . . 30
9 de Março
Bombeiros Voluntários de Colares . . . . . . . . 123
Bombeiros Voluntários de Fontes . . . . . . . . . 47
11 de Março
Bombeiros Municipais da Figueira da Foz . . . 148
Bombeiros Voluntários do Dafundo . . . . . . . 101
13 de Março
Bombeiros Sapadores de Coimbra . . . . . . . . 232
15 de Março
Bombeiros Voluntários de Moscavide e Portela 86
Bombeiros Voluntários de Mesão Frio . . . . . . . 75
Bombeiros Voluntários de Resende . . . . . . . . 63
16 de Março
Bombeiros Voluntários de Amarante . . . . . . . 91
Bombeiros Voluntários de Fão . . . . . . . . . . . . 87
Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Tazem . 48
Bombeiros Voluntários de Torre Dona Chama . 35
17 de Março
Bombeiros Voluntários da Graciosa . . . . . . . . 32
18 de Março
Bombeiros Voluntários de Braga . . . . . . . . . 136
19 de Março
Bombeiros Voluntários de Guimarães . . . . . . 136
Bombeiros Voluntários de Monção . . . . . . . . 113
20 de Março
Bombeiros Voluntários de Leixões . . . . . . . . . 82
21 de Março
Bombeiros Municipais de Tavira . . . . . . . . . 125
Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital . 91
Bombeiros Voluntários de Melgaço . . . . . . . . 86
Bombeiros Voluntários de Oliveira do Bairro . . 39
22 de Março
Bombeiros Municipais de Viana do Castelo . . 233
23 de Março
Bombeiros Voluntários de Vendas Novas . . . . 87
24 de Março
Bombeiros Voluntários de Gonçalo . . . . . . . . 33
25 de Março
Bombeiros Voluntários de Barcarena . . . . . . 133
Bombeiros Voluntários de Albufeira . . . . . . . . 36
26 de Março
Bombeiros Voluntários Viseenses . . . . . . . . 127
29 de Março
Bombeiros Voluntários de Aguda . . . . . . . . . . 88
Bombeiros Privativos Toyota Caetano . . . . . . 29
30 de Março
Bombeiros Voluntários de Mafra . . . . . . . . . . 85
Bombeiros Voluntários de Montelavar . . . . . . 30
Fonte: Base de Dados LBP
A conceção das associações humanitárias
de bombeiros voluntários
A
conceção de uma Associação Humanitária de
Bombeiros Voluntários deve consistir e assentar num modelo de resposta integrada, dinâmica
e evolutiva, baseado no conhecimento global da
realidade onde a intervenção é imprescindível,
tendo em conta nomeadamente as características
sociais, económicas, ambientais, culturais, as necessidades e os recursos existentes na comunidade onde está inserida.
Deverá ser elaborado um diagnóstico aprofundado junto da comunidade, o qual irá contribuir
para a construção e consolidação da Associação.
Este diagnóstico pode ser feito de uma forma
simples, sucinto, claro e dinâmico através do levantamento participativo dos intervenientes e
atualizado para a comunidade à qual se refere.
A subsistência da Associação vai depender de
parcerias, apoios governamentais e da sociedade
local.
Tem de haver uma responsabilização envolvente de todas as partes, principalmente do Governo
e da comunidade onde está inserida a Associação. Essa responsabilização, refere-se à gestão
dos recursos humanos e materiais, mas também
tem por obrigatoriedade, manter sempre junto
da população local, uma consciência dos problemas inerentes à criação e manutenção da Associação.
A criação da Associação, obedece a princípios e
objetivos que têm de ser delineados antes mesmo da sua criação. O objetivo principal é possibilitar e proporcionar cuidados totais aos utilizadores, nas áreas da saúde, incêndios e socorro a
náufragos com a participação dos intervenientes,
entidades locais e governamentais.
As Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários têm um âmbito local, uma área geográfica previamente definida mas de algum modo
pode abrir-se a outras comunidades, quer locais
ou mesmo regionais. Neste caso, são muito importantes, o envolvimento de outras Associações,
entidades locais e governamentais.
O funcionamento e a localização da Associação, deve ser o mais próximo possível da população que irá ser servida pela mesma porque deste
modo consegue estar atualizada e “atual” em re-
lação aos problemas da comunidade onde está
inserida, podendo assim dar resposta, sempre
que possível, a esses problemas. Poderá também
deste modo “moldar-se” e envolver a comunidade local nos problemas da mesma.
Os recursos humanos da Associação, deverão
basear-se numa equipa de elementos tecnicamente bem preparados e formados nas diferentes áreas de atuação, para responderem diariamente às solicitações da população.
A instalação da Associação poderá ser feita
uma estrutura de construção de raiz, ou adaptar-se uma estrutura já existente. No entanto, não
deverão ser esquecidos os espaços para os meios
materiais, as estruturas de apoio aos mesmos e
os espaços para os recursos humanos que trabalham diariamente na Associação.
Luís Picanço
Comandante do Corpo
dos Bombeiros Voluntários
de Angra do Heroísmo
32
FEVEREIRO 2013
MAI ANUNCIA
Mais aeronaves para vigilância
ministro da Administração Interna, Miguel Macedo,
anunciou, no passado dia 17 de fevereiro, um reforço de “mais cinco ou seis meios” aéreos para o dispositivo de combate a incêndios de 2013 e que o DECIF 2013
deverá ser apresentado “dentro de poucas semanas”.
“Verificarão na altura, tal como eu tenho prometido, que
não haverá nenhum corte, pelo contrário, vai haver um
crescimento de apoio às estruturas da proteção civil”,
salientou. Miguel Macedo prevê que Portugal possa ter
em 2013 “cinco ou seis meios aéreos a mais” em relação
àqueles que estiveram disponíveis no ano passado. Em
causa, e ao que o ‘BP’ apurou, o ministro deverá estar a
estudar a inclusão de meios de “vigilância” e “prevenção”, propriedade quer das forças armadas, quer do grupo Afocelca.
O governante referiu ainda que, até ao final do mês, o
Governo possui um calendário “muito exigente” na área
da proteção civil. “Temos prontos cinco diplomas que
constituem uma alteração importante no domínio da
proteção civil”, salientou. O ministro adiantou que, até
ao final do mês, serão introduzidas “alterações importantes” na estrutura de formação dos bombeiros, com a
reconfiguração daquilo que é a Escola Nacional de Bombeiros, a plena utilização das unidades locais de forma-
ção, a possibilidade de um sistema de formação que seja
mais adequado em relação às exigências de hoje.
Miguel Macedo anunciou também que este fundo “vai
finalmente pôr em prática o sistema de vigilância médica” dos voluntários. “Este sistema já estava previsto há
muito tempo na lei, nunca foi concretizado. O que ficou
acertado foi que será da responsabilidade da Liga a
montagem do sistema”, salientou. O Estado, prometeu o
governante, dotará o fundo social com os meios necessários para que tudo isto possa funcionar sem falhas, em
tempo e pagando os compromissos que são pedidos”.
Patrícia Cerdeira
CONSELHO NACIONAL DA LBP
BOMBEIRO DE MÉRITO 2012
Próxima reunião no Barreiro
Candidaturas até 8 de março
conjunto alargado e diversificado de equipamentos industriais
de diferentes épocas e um acervo documental e iconográfico
igualmente importante.
O museu onde vai decorrer o
CN da LBP está instalado na antiga central a diesel datada de
1935 e recuperada a partir de
1999.
LOUVOR/REPREENSÃO
Às associações de bombeiros, Espinhenses, Aveiro-Velhos e outras, pelos exercícios
realizados em hotéis, com os
quais acabam também por
apoiar e incentivar o turismo.
À Refer pela falta de resposta às questões apresentadas
pelos bombeiros acerca das
condições de segurança para a
circulação de comboios na Linha de Cascais.
Foto: Marques Valentim
Foto: Marques Valentim
A
Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) vai realizar no
Barreiro o primeiro Conselho Nacional (CN) de 2013, dos três estatutariamente previstos. A reunião, que conta com o apoio da
Câmara Municipal do Barreiro,
vai decorrer nas instalações do
museu industrial e centro de documentação criado pela Quimiparque, atual Baía do Tejo, SA.
O conjunto museológico,
onde se enquadra também um
núcleo dedicado ao antigo corpo de bombeiros privativo da
CUF, é o registo histórico de um
dos mais importantes complexos industriais europeus do século XX. O museu acolhe um
Foto: Paulo Cunha/LUSA
O
C
omeçaram já a dar entrada na Liga dos
Bombeiros Portugueses (LBP) as candidaturas ao Prémio Bombeiro de Mérito 2012,
cujo prazo de entrega termina 8 de março
próximo, de acordo com o estabelecido no Regulamento. Recorde-se que os atos praticados
por bombeiros passíveis de candidatura deverão ter ocorrido obrigatoriamente no decurso
de 2012.
Para a edição do Prémio de 2012 a LBP conta novamente com o patrocínio do Montepio
Geral. O Prémio tem um valor pecuniário de 5
mil euros, distribuídos pelo vencedor, 3 mil eu-
ros e pelo corpo de bombeiros a que pertence,
2 mil, além do diploma e respetivo troféu.
As candidaturas serão analisadas até final
de março pela Comissão de Nomeação e,
após a sua seleção, serão presentes até final
de abril ao Júri Nacional do Prémio para decisão.
Além de galardoar o Bombeiro de Mérito, o
Prémio prevê Menções Honrosas para Câmara
Municipal, Dirigente Associativo, Elemento do
Quadro de Comando, Personalidade Empresarial ou Empresa e Personalidade da Sociedade
Portuguesa.
A Crónica
do bombeiro Manel
D
Mandaram o 4000 às ortigas?
izem-me que não foi o combinado
com a nossa Liga mas o que é certo
é que aquela portaria que saiu agora é
a porta para mandar o código 4000
para as ortigas. Isso quer dizer, segundo me explicaram, que na emergência
pré-hospitalar os CDOS podem deixar
de registar esse tipo de serviço. Se isso
acontecer, quer dizer que 80 por cento
dos serviços que prestamos podem deixar de merecer o devido registo. Então
porque está na lei que uma das mis-
sões dos bombeiros até é a emergência
pré-hospitalar? Já não percebo nada o
que se passa. Combinamos uma coisa
com o Estado, como me disseram e depois passam-nos a perna? Será assim?
Só espero que alguém explique por que
aqui na nossa associação ficou tudo assustado. No papel vamos passar a fazer
menos serviços? Na realidade nada
mudou mas também ninguém diz que
não vai mudar.
Agora outro tema que tem a ver com
o inverno. O presidente lá das Estradas
veio dizer outro dia, como me mostraram, que há limpa-neve a mais e que
também quer acabar como os postos
SOS. Não sei se há limpa-neve a mais
ou se os que existem estão mais utilizados. Muitas vezes se calhar só pensam nessas viaturas para abrir o caminho aos turistas. Mas há muita gente
que não é turista, vive cá e que precisa
que lhe limpem os caminhos para irem
à vida deles, ao trabalho, aos hospitais
ou às escolas. Será que esses não merecem? E neste caso dizem-me que
ainda á falta de equipamentos para
chegar às aldeias e aos lugares para levar as crianças à escol ou as refeições
aos velhinhos como outro dia aqui fizemos durante vários dias.
Eu acho que não podemos continuar
a vida a ver dar com uma e atirar com
a outra. Achava que as coisas quando
se desenvolvem é para ir em frente e
para não voltar atrás. Agora anda tudo
ao contrário. E esta do código 4000,
deus nos livre, não dá para perceber.
[email protected]
FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia
Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses –
Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83
– E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: Elemento Visual – Design e Comunicação, Lda.
– Apartado 27, 2685-997 Sacavém – Telef.: 302 049 000 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro –
Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

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