Nota Técnica - Secretaria de Energia e Mineração
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Nota Técnica - Secretaria de Energia e Mineração
Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Nota Técnica 011/2009 Oportunidades e estratégias para o desenvolvimento de P&D&I em PGN no Estado de São Paulo Diretoria de Gestão Estratégica - DGE Centro de Tecnologias Ambientais e Energéticas - CETAE Fevereiro - 2009 1 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Nota técnica DGE/CETAE 011/2009 Oportunidades e estratégias para o desenvolvimento de P&D&I no Estado de SP 1 INTRODUÇÃO A partir do mapeamento dos grupos de pesquisa de universidades no Estado de São Paulo que desenvolvem atividades e projetos de pesquisa relacionados ao setor de petróleo e gás natural (PGN)1, alguns foram selecionados para entrevistas em virtude da sua importância relativa em termos de representatividade e atuação no setor. As entrevistas presenciais foram realizadas em uma amostra restrita de grupos de pesquisa, em função do escopo e do tempo deste estudo, como sintetiza o quadro 1 abaixo2, por meio da aplicação de um questionário específico. O objetivo destas entrevistas nos grupos de pesquisa foi identificar e qualificar as suas competências científicas e tecnológicas3, além de permitir um maior detalhamento da sua atuação e possibilitar a identificação de novas oportunidades de pesquisa frente às descobertas recentes na Bacia de Santos. Além dos grupos de pesquisa, foram entrevistadas algumas empresas do setor, como a PETROBRAS, seus fornecedores e outras atuantes nos demais segmentos do setor, como segue no quadro 2. O objetivo destas entrevistas realizadas nas empresas foi identificar os principais gargalos industriais em termos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I) no setor de PGN. Fonte: PETROBRAS. 1 Para mais informações sobre este mapeamento dos grupos de pesquisa atuantes em PGN sugere-se consultar a Nota Técnica IPT 002/2009 – Grupos de pesquisa em petróleo e gás natural no Estado de São Paulo. 2 O detalhamento dos contatos dos entrevistados na pesquisa consta no Anexo B. 3 O questionário aplicado nas entrevistas presenciais está disponível no Anexo A. 2 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Quadro 1 – Síntese das entrevistas realizadas em grupos de pesquisa sobre P&D&I. Entrevistado Grupo Instituição 1 Prof. Osvair Trevisan Centro de Estudos de Petróleo - CEPETRO Unicamp 2 3 Prof. Rubens Maciel Filho Prof. Edmo Campos 4 Prof. Julio Adamowski Cezar 5 Prof. Kazuo Nishimoto Prof. João Carlos Dourado 7 Prof. Colombo Tassinari Fonte: DGE/IPT. 6 Local Campinas/SP Laboratório de Otimização, Projetos e Controle Avançado (LOPCA) – Engenharia Química Laboratório de Modelagem Numérica de Processos Oceânicos (LABMON) – Instituto Oceanográfico Laboratório de ultrasom - Engenharia naval e oceânica Unicamp Campinas/SP USP São Paulo/SP São Paulo/SP Tanque de Provas Numérico – Laboratório de Hidrodinâmica – Engenharia Naval e Oceânica Depto de Geologia Aplicada USP Departamento de Mineralogia e Geotectônica Instituto de Geociências USP USP Unesp Quadro 2 – Síntese das entrevistas realizadas em empresas sobre P&D&I. Entrevistado Empresa Segmento 1 Sr. César Prata Asvac Bombas Industriais e Navais Bombas 2 Sr. Renato Confab equipamentos e tubos Equipamentos para produção Cavalcanti petrolífera e tubos 3 Sr. José Luiz PETROBRAS Operadora Marcusso 4 Sr. Marcio Ramos Projectus Consultoria Ltda Serviços de Engenharia 5 Sr. Abraham Technip Brasil Ltda Diversos Alcalay Fonte: DGE/IPT. São Paulo/SP Rio Claro/SP São Paulo/SP Local São Paulo/SP São Paulo/SP Santos/SP São Paulo/SP Rio de Janeiro/RJ Desta forma, foi possível identificar tanto as ofertas como as demandas tecnológicas para o setor de PGN no Estado de São Paulo. Os dados foram tratados de forma agregada para impedir a identificação das empresas entrevistadas. Em seguida, houve a sistematização e análise destas informações para possibilitar a identificação de oportunidades e recomendações em termos de estratégias de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I) para o setor de PGN no Estado de São Paulo. Esta nota técnica está estruturada em 5 seções, incluindo esta introdução. Na segunda seção são descritas as contribuições dos grupos de pesquisa entrevistados. Em seguida, são discutidas as percepções e as oportunidades de P&D&I identificadas. Na quarta seção, são descritas as redes temáticas da PETROBRAS e as oportunidades para uma maior inserção paulista. Por último, são discutidas algumas sugestões de políticas para P&D&I em PGN para o seu desenvolvimento no Estado de São Paulo. 3 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 2 CONTRIBUIÇÃO POR ÁREA DE CONHECIMENTO DOS GRUPOS DE PESQUISA DO SETOR DE PGN 2.1 Centro de Estudos do Petróleo (CEPETRO)/UNICAMP - Campinas Contribuição teórica e prática nas áreas de engenharia de poços, perfuração e completação. Também realiza estudos de viabilidade técnica de campos produtores, sísmica e modelamento e simulação matemática. O grupo está envolvido em aproximadamente 80 projetos, além de cerca de 300 publicações. Já formou mais de 100 (engenheiros mecânicos, com ênfase em petróleo) e 300 alunos de mestrado e doutorado, o que resulta em uma expressiva contribuição tanto em termos técnicos, como em formação de recursos humanos para as atividades da cadeia de PGN. 2.2 Engenharia Química/UNICAMP - Campinas Atua no melhoramento dos processos de refino (craqueamento catalítico, craqueamento térmico, hidrodessulforização - que resulta na obtenção de diesel com limite máximo de enxofre) e em plantas inteiras de refinarias e processamento e valoração do óleo pesado (extração de componentes de maior valor agregado das correntes de resíduos de óleo pesado, como gás de cozinha, diesel, gasolina, querosene, lubrificantes e asfalto). Há cerca de 30 pesquisadores no grupo, aproximadamente 50 profissionais formados na área de PGN e 5 patentes. Vale destacar que será instalado neste grupo o Laboratório de Processos Intensificados para Avaliação e Valoração de Petróleos (ProcInt-ValPet), que contará com investimentos da ordem de R$ 5,6 milhões da PETROBRAS destinados a obras e compra de equipamentos para desenvolver pesquisas nas áreas de avaliação e valoração de petróleo. 2.3 Instituto Oceanográfico/USP – São Paulo Realiza estudos sobre o comportamento do oceano e sua relação com a atmosfera (entendimento da dinâmica do clima), sendo que a USP é a instituição líder nesses conhecimentos no Brasil, de onde surgiram outros centros reconhecidos nesta área como 4 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas os da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). 2.4 Instituto de Geociências/USP – São Paulo Atua na datação da área geográfica, isto é, na geração de conhecimentos sobre bacias de exploração, na caracterização das rochas geradoras, das rochas reservatório e determinação da idade de migração de petróleo. 2.5 Laboratório de ultrasom – Escola Politécnica/USP – São Paulo Realiza pesquisa acadêmica nas áreas de controle da corrosão, inspeção de dutos, separação da areia do petróleo no processo de extração e transdutores, sendo que o principal avanço do grupo foi o desenvolvimento de várias partes do transdutor para inspeção de tubos, uma competência do país neste tipo de aplicação. Foi desenvolvido um processo de capacitação na equipe do CENPES/PETROBRAS4 nessa área, por meio de intercâmbio de experiências, repassadas à equipe da PETROBRAS. A Pontifícia Universidade Católica PUC/RJ tem competências em inspeção eletromagnética, mas hoje já utiliza o ultrasom nas atividades voltadas para PGN, tendo em vista a interação com o grupo da Escola Politécnica (POLI) da USP. A POLI/USP se concentra na pesquisa básica, de caráter acadêmico, enquanto que a PUC tem foco na difusão e na última fase do desenvolvimento (tecnologia aplicada). 2.6 Tanque de provas numérico – Escola Politécnica/USP – São Paulo O laboratório é pioneiro no Brasil e se destaca mundialmente na área de simulação/validação de sistemas de produção em águas profundas e ultra-profundas. Também é reconhecido pelo uso da computação paralela e visualização 3D. 4 Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello da PETROBRAS. 5 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 2.7 Departamento de Geologia – Universidade Estadual Paulista (UNESP) – Rio Claro Atuação no levantamento do estado da arte da Bacia de Santos para a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) encomendado para as atividades de licitação dos blocos. Atualmente estuda as rochas carbonáticas (sedimentação de carbonatos) em virtude das descobertas recentes no Brasil, pois antes só eram estudados os sedimentos clásticos (formado por pedaços de rochas). Vale mencionar a criação do UNESPETRO, um complexo voltado para a pesquisa e o ensino aplicados à indústria do petróleo, com foco na geologia e no ambiente, que deverá ser lançado em 2009 na UNESP de Rio Claro. O investimento inicial para a edificação e para a compra dos equipamentos é de R$ 5 milhões, realizado pela PETROBRAS. 3 P&D&I EM PGN NO ESTADO DE SÃO PAULO: PERCEPÇÕES E OPORTUNIDADES As entrevistas presenciais demonstraram que os grupos de pesquisa atuantes em PGN possuem conhecimentos e competências em grandes áreas do conhecimento, que não se restringem ao setor de PGN, com exceção do CEPETRO/Unicamp. Este grupo específico é identificado como um centro tradicionalmente especializado e voltado ao atendimento das demandas e projetos de PGN. Os grupos geralmente atuam em grandes áreas de pesquisa, das quais, há alguma aplicação específica e relevante para o setor, mas a atuação do grupo é muito mais ampla e pode ser aplicada em outros setores econômicos. Observou-se que há conhecimento e soluções disponíveis para as demandas tecnológicas que emergem com as descobertas de petróleo na camada pré-sal, que demandarão novos investimentos e projetos em P&D para superar os desafios nesta área5. Pode-se dizer que as inovações tecnológicas radicais foram realizadas com a 5 Inicialmente, foram identificados como desafios do pré-sal: 1) captura e seqüestro de CO2; 2) geociências (qualidade do reservatório); 3) engenharia de reservatório; 4) engenharia de poços; 5) garantia de escoamento; 6) engenharia submarina; 7) unidades de produção do tipo completação seca (UCS) e 8) sistemas de aproveitamento de gás embarcado. Fonte: Revista TN Petróleo, Especial - A Revolução do Présal, 2008, p.68. Mais informações sobre estes desafios da exploração e produção de petróleo pré-sal podem ser consultadas na Nota Técnica IPT 003/2009 – Desafios do Pré-sal. 6 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas mudança de exploração de águas rasas para exploração em águas profundas, e agora serão necessárias adaptações (inovações incrementais) para explorar e produzir petróleo e gás na Bacia de Santos (águas ultra-profundas). Apesar de todo o destaque recente nos meios de comunicação dado aos desafios tecnológicos de exploração no pré-sal, as tecnologias para a extração do petróleo e gás nesta camada de rocha é razoavelmente conhecida, necessitando de adaptações e melhorias dos materiais e equipamentos que já estão sendo utilizados. A grande dificuldade em relação ao pré-sal possui um caráter econômico, o que demandará estudos aprofundados da dinâmica dos reservatórios, de tecnologias de extração e de perfuração mais eficientes que garantam a viabilidade dos poços, ou seja, falta detalhar a viabilidade econômica das soluções tecnológicas existentes para o pré-sal. Identificou-se também que os desafios em termos de logística e segurança, em função da enorme distância das operações do pré-sal se tornaram desafios tecnológicos, na medida em que deverão ser realizadas inovações customizadas para as condições específicas de operação na região. Há também pouco conhecimento disponível sobre o comportamento do fundo do oceano, o que se torna um grande desafio na instalação do sistema de produção em águas ultra-profundas e demandará um maior aprofundamento nos estudos sísmicos. Para se atuar nessa área de águas profundas e pré-sal é fundamental o entendimento do comportamento do oceano, por isso é necessário que haja a formação de engenharia oceânica que entenda conjuntamente de estruturas (plataformas) e do oceano. Para se atuar na área futuramente (inclusive no pré-sal), é prioritário um sistema/base de observação do oceano bem desenvolvido. Para isso, é necessário que haja a instalação de um navio oceanográfico em condições de operação, o que não acontece com o navio oceanográfico da USP (único no Brasil) que se encontra bastante sucateado (com mais de 50 anos de uso), por isso tal iniciativa poderia ser objeto de um investimento público, considerando a sua importância para o desenvolvimento do setor de PGN no Estado. No entanto, embora o conhecimento tecnológico para as demandas do pré-sal esteja disponível, ainda faltam informações sobre o mesmo, ou seja, o conhecimento está disperso nos vários grupos de pesquisa atuantes em PGN espalhados pelo Estado de São Paulo. Por isso, seria importante desenvolver um banco de dados com informações a respeito destes grupos, preferencialmente no âmbito do governo paulista, para que tais 7 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas dados não permaneçam restritos e centralizados na PETROBRAS, que já dispõe de uma amplitude de informações e contatos sobre grupos e instituições de pesquisa atuantes em PGN no país. Há perspectiva para o surgimento de novas oportunidades na área de energia, com pesquisas para produção embarcada de hidrogênio; processos de menor consumo de água na exploração e produção de petróleo; desenvolvimento de biocombustíveis; melhoria dos processos de refino para uso do óleo pesado e tratamento do gás natural para a remoção do gás carbônico para liquefação e para transporte. Na área de ultra-som, existe o potencial de atuação na caracterização de líquidos e de materiais e na medição da densidade dos líquidos que passam nos dutos, para separar óleo da gasolina, por exemplo. 4 REDES TEMÁTICAS DA PETROBRAS: NOVAS OPORTUNIDADES DE INSERÇÃO DE SÃO PAULO EM P&D&I O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (CENPES) é o agente centralizador das atividades de pesquisa da PETROBRAS. Foi criado em 1963 e tem como objetivo antecipar e atender às demandas tecnológicas da empresa. Atualmente, possui cerca de 2 mil funcionários, dos quais 178 são doutores e 478 mestres. Fonte: Sartori e Soares, 2007: 10. Figura 1 – CENPES/PETROBRAS. 8 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas A PETROBRAS implementou, em 2006, um modelo de parceria tecnológica com as universidades e institutos de pesquisa, sob a coordenação do CENPES, que envolve dois modelos de relacionamento estratégico: a) as redes temáticas, e b) os núcleos de competência. Esses modelos de parceria tecnológica envolvem a criação de infraestrutura necessária ao desenvolvimento de projetos de pesquisa nas instituições parceiras e a formação de recursos humanos compatível com as demandas identificadas pela PETROBRAS. As redes temáticas de pesquisa abordam aspectos tecnológicos de interesse estratégico da empresa, sendo que os projetos são desenvolvidos por meio de redes colaborativas entre as instituições de competência reconhecida nos temas selecionados. Atualmente, foram identificadas 38 redes temáticas agrupadas segundo as áreas de atuação da PETROBRAS, ou seja, exploração, produção, abastecimento, gás natural, energia e desenvolvimento sustentável e gestão tecnológica6, como ilustra o quadro 3. 6 A lista completa e o detalhamento sobre os objetivos, agentes e contatos das redes temáticas de pesquisa da PETROBRAS consta no Anexo C. 9 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Quadro 3 - Lista das redes temáticas de pesquisa segundo área de atuação da PETROBRAS Área de Atuação da PETROBRAS Exploração (4) Produção (9) Abastecimento (13) Gás natural, energia desenvolvimento sustentável (8) e Redes Temáticas de Pesquisa Estudos de Geofísica Aplicada Geoquímica Estudos em Sedimentologia e Estratigrafia Estudos Geotectônicos Monitoração, Controle e Automação de Poços Computação e Visualização Científica Gerenciamento de Águas no Segmento Produção de Petróleo Tecnologia de Materiais e Controle de Corrosão Revitalização de Campos Maduros Óleos Pesados Gerenciamento e Simulação de Reservatórios Modelagem e Observação Oceanográfica Estruturas Submarinas Tecnologia em Asfalto Fluidodinâmica Computacional em Processos de Refino Concretos e Refratários para a Indústria do Petróleo Instrumentação, Automação, Controle e Otimização de Processos Desenvolvimento de Tecnologias para Combustíveis Limpos Centro de Desenvolvimento de Produtos e Processos para o Refino Desenvolvimento de Catálise Desenvolvimento Veicular Centro de Materiais Aplicados ao Refino do Petróleo Excelência na Cadeia de Suprimento do Petróleo Rede de Metrologia Tecnologia de Construção Naval Centro de Tecnologia em Dutos Nanotecnologia Aplicada à Indústria de Energia – Nanocatálise e Nanomateriais Hidrogênio: Produção, Uso e Armazenagem Pesquisa em Bioprodutos Centro de Desenvolvimento de Tecnologias do Gás Natural Mudanças Climáticas Planejamento, Gestão e Regulação em Petróleo, Gás Natural, Energia e Desenvolvimento Sustentável Monitoramento Ambiental Marinho Conservação e Recuperação de Ecossistemas e Remediação de Áreas Impactadas Gestão tecnológica (4) Prospecção Tecnológica Integração C&T-Indústria no Processo Produtivo Nacional Metodologia de Processos de Gestão da Inovação Tecnológica Tecnologias Convergentes Fonte: DGE/IPT a partir de dados da PETROBRAS. O gráfico da figura 2 ilustra os gastos da PETROBRAS em suas redes temáticas em 2006. Vale destacar a participação relativa do Estado do Rio de Janeiro, que detém aproximadamente 60% do total de R$ 316,7 milhões investidos em P&D pela empresa, com destaque para a atuação de instituições como a UFRJ e a PUC-RJ. Em São Paulo, a liderança nos gastos das redes temáticas é ocupada pela Unicamp, USP e IPT. 10 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 69 ,3 80,0 70,0 12 ,3 18 ,5 19 ,0 2, 1 0, 6 3, 0 8, 0 0, 5 2, 1 12 ,5 9, 3 14 ,9 14 ,1 24 ,6 48 ,5 SÃO PAULO 0, 0 1, 8 4, 1 1, 8 0, 0 18 ,0 5, 2 0, 7 0, 0 0, 0 0, 0 0,0 6, 5 10,0 2, 7 20,0 0, 3 30,0 ESPIRITO SANTO 40,0 16 ,3 50,0 MINAS GERAIS RIO DE JANEIRO 60,0 Fonte: Gerência de Negócios e Marketing (GENM/IPT) a partir de dados Agência Intelecto - Universidade Federal de Uberlândia e da PETROBRAS. Figura 2 - Distribuição dos gastos das redes temáticas da PETROBRAS por entidade, 2006. Além das redes de pesquisa, existem os Núcleos Regionais de Competência, voltados à execução de atividades de reforma e criação de infra-estrutura, formação e capacitação de recursos humanos, desenvolvimento de projetos de P&D e prestação de serviços tecnológicos de interesse da PETROBRAS, em especial do CENPES. Há núcleos regionais na Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Rio de Janeiro (3) e Rio Grande do Norte. Ressalta-se também a criação do Programa Pró-sal, criado para o desenvolvimento tecnológico demandado pelas descobertas da camada de pré-sal, que mobiliza todas as gerências do CENPES. O Programa foi dividido em cinco áreas: reservatórios, poços, engenharia submarina, unidades de produção e aproveitamento de gás natural. Esta estrutura abastece a nova Gerência Executiva do Pré-sal da PETROBRAS com informações novas a cada poço exploratório perfurado7. 7 Fonte: “Inovação sob medida” notícia publicada na Revista Brasil Energia, fevereiro/2009. 11 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Ainda com relação ao pré-sal, o CENPES finalizou em 2008 o mapeamento de todos os desafios tecnológicos para o desenvolvimento desta área, concluindo que não existem tecnologias de prateleira para estes desafios. Além disso, a PETROBRAS já identificou as empresas, instituições de pesquisa e universidades qualificadas para atender aos projetos tecnológicos que deverão ser desenvolvidos. Porém, é importante considerar que, além dos dois modelos de parceria estratégica para desenvolvimento de P&D, a PETROBRAS realiza ainda contratações específicas de serviços e ensaios com instituições especializadas de acordo com as suas demandas tecnológicas, já que o sistema tecnológico da empresa não se restringe às redes temáticas, como mostra a figura 3. Fonte: Sartori e Soares, 2007: 04. Figura 3 - Sistema tecnológico da PETROBRAS. Uma evidência dessa amplitude dos investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação da PETROBRAS nestas instituições são os dados de investimentos da empresa no IPT, avaliados atualmente em um montante mais de três vezes superior aos 12 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas recursos apontados anteriormente no gráfico 1, dado que o IPT presta outros serviços ao sistema tecnológico da PETROBRAS. 5 RECOMENDAÇÕES E ESTRATÉGIAS PARA P&D&I EM PGN NO ESTADO DE SÃO PAULO Considerando que há conhecimento tecnológico para as demandas do pré-sal, embora esteja disperso pelos vários grupos de pesquisa atuantes em PGN, seria interessante desenvolver um banco de dados com informações a respeito destes grupos no âmbito do governo paulista para que tais dados não permaneçam centralizados somente na PETROBRAS. Tais informações poderiam ser organizadas e centralizadas em um núcleo técnico, instituído no âmbito de uma “inteligência de negócios” do governo paulista, capaz de dispor as informações relativas às competências científicas e tecnológicas do Estado para negociação com a PETROBRAS, funcionando como um banco de dados com as ofertas tecnológicas. Um dos objetivos seria o de aumentar a participação do Estado nas redes temáticas da PETROBRAS, que dispõe de uma amplitude e variedade de recursos para apoio a projetos em PGN. Futuramente, este banco de dados poderia ser complementado com dados sobre as demandas tecnológicas do setor industrial, ou seja, deveria ser realizado um diagnóstico aprofundado das necessidades em termos de tecnologias das empresas atuantes em PGN em São Paulo e tais informações poderiam ser também inseridas neste banco de dados. Desta forma, seria possível mapear as oportunidades de pesquisa e tecnologias existentes para superar os gargalos tecnológicos industriais. Neste contexto, essa “inteligência de negócios” da indústria de PGN no Estado, poderia centralizar e agilizar a negociação de investimentos por meio de seu núcleo estratégico, enquanto que o núcleo técnico poderia monitorar oportunidades tecnológicas e centralizar instrumentos de monitoramento. Sugere-se também a criação de uma linha de financiamento específica para projetos de pesquisa em PGN na FAPESP focada nos desafios tecnológicos estratégicos 13 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas para o Estado no setor. Por meio desta linha poderiam ser apoiados projetos considerados fundamentais para o desenvolvimento do setor. Em função do caráter estratégico do setor de PGN para o Estado e das oportunidades emergentes do cenário atual, deve-se realizar esforços para o desenvolvimento do segmento de máquinas de grande porte e turbomáquinas em São Paulo, pois, atualmente, já há demanda e também existe potencial para surgimento de novos projetos. Vale ressaltar que o mapeamento realizado pelo PROMINP8 demonstrou que este segmento é essencialmente de conteúdo importado e identificou-se que o Estado teria condições de se inserir neste segmento. Para tanto, deveria ser realizado um esforço para a atração de investimentos neste segmento, por meio da Agência de Promoção de Competitividade e Investimentos, a InvesteSP. Além disso, poder-se-ia fomentar a inovação tecnológica no setor por meio de incentivos fiscais e isenção tributária para a realização de parcerias tecnológicas ou transferências tecnológicas, sendo que esta iniciativa poderia ser implementada pela Agência de Fomento do Estado de São Paulo (AFESP), cujas atividades serão iniciadas ainda em 2009. 8 Fonte: Apresentação sobre a competitividade da cadeia de PGN, realizada pelo PROMINP. Disponível em http://www.prominp.com.br/objects/files/2008-08/2242_Apres%20Adilson%20de%20Oliveira_UFRJ.pdf (conforme consulta realizada em 13/02/2009). 14 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Agência Intelecto. Apresentação - Financiamento Petrobras, Universidade Federal de Uberlândia e da PETROBRAS http://www.propp.ufu.br/ufu_pesquisadores.ppt 2006. (conforme Disponível acesso em realizado em 20/01/2009). Revista Brasil Energia, vários números, 2008/2009. Revista TN Petróleo, Especial: A Revolução do Pré-sal, 2008, p.68. SARTORI, F. e SOARES, S. Sistema Tecnológico da PETROBRAS – do poço ao posto. IV Conferencia Panamericana de END, Associacion Argentina de Ensayos No Destructivos e Estructurales, 2007. ______________________ Mariana N. Zanatta Inglez [email protected] DGE/IPT ______________________ Pollyana C. Varrichio [email protected] DGE/IPT 15 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas ANEXOS ANEXO A - Questionário para avaliação de competências em pesquisa, desenvolvimento e inovação IPT Instituto de Pesquisas Tecnológicas DGE – Diretoria de Gestão Estratégica COMPETÊNCIAS E OPORTUNIDADES EM P&D&I NO SETOR DE PGN PAULISTA: MAPEAMENTO DOS GRUPOS DE PESQUISA Data: ___/__/___ I. Identificação do Grupo de Pesquisa 1. Nome do Entrevistado: _________________________________________________________ 1. 2. Nome do Grupo ou Laboratório de Pesquisa: ______________________________________ 1. 3. Linhas de atuação: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 2. Número de profissionais vinculados ao grupo de pesquisa: Formação Profissionais com pós-doutorado Profissionais com doutorado Profissionais com mestrado Profissionais graduados Alunos com pós-doutorado Professores* Alunos com doutorado Alunos com mestrado Alunos de graduação Total *Associados, Livres docentes ou outras categorias. Números 16 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas II. Caracterização das Atividades do Grupo 3. Quais os projetos na área de P&G que o centro possui com empresas privadas?: a) de prestação serviços e consultorias: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ b) de pesquisa tecnológica: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 4. Quais outros projetos de pesquisa (em andamento) em PGN com órgãos e/ou agências governamentais? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 5. Valor médio de todos os projetos destinados ao setor de PGN (a partir de 2005, terminados ou em andamento): Mínimo:________________________________________________________________________ Máximo:_______________________________________________________________________ 6. Em relação às atividades desenvolvidas pelo Grupo, quais os principais avanços e contribuições no campo do conhecimento de PGN? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 17 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 7. Qual o potencial de aplicação das pesquisas do grupo para o setor de PGN (produtos, materiais, componentes ou tecnologias)? Detalhe. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 8. Se houve algum projeto do Grupo implementado no setor, qual foi sua aplicabilidade? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 9. O aprendizado gerado pelas atividades de rotina do grupo proporcionou o desenvolvimento de algum serviço, produto ou processo novo? Se sim, detalhe. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 10. Há alguma patente vinculada ao Grupo de Pesquisa? Se sim, detalhe: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 11. Breve descrição da infra-estrutura do laboratório de pesquisa (equipamentos, recursos computacionais, dentre outros): ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 18 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 12. Questão “Bola de Neve”: indicar pesquisadores que atuam nas áreas críticas de atuação no pré-sal*, cujas atividades tenham potencial aplicação no setor de PGN. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ * Os principais desafios identificados para o pré-sal foram: 1) captura e seqüestro de CO2; 2) geociências (qualidade do reservatório); 3) engenharia de reservatório; 4) engenharia de poços; 5) garantia de escoamento; 6) engenharia submarina; 7) unidades de produção do tipo completação seca (UCS) e 8) sistemas de aproveitamento de gás embarcado. Nota: (entrevistador) Validar tais problemas e verificar a existência de outros. O detalhamento desses problemas consta na Revista TN Petróleo, Especial: A Revolução do Pré-sal, 2008, p.68. 13. Em termos de contribuição do seu grupo de pesquisa para a formação de mão-de-obra, quantifique: ( ) número de alunos de graduação ( ) número de alunos de mestrado ( ) número de alunos de doutorado ( ) número de alunos de pós-doutorado 14. Com relação a essa mão-de-obra formada pelo seu grupo, há inserção no setor privado? Principalmente em qual segmento da cadeia de PGN? Exemplifique. ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 15. Qual o potencial do grupo para atuar em novas linhas de pesquisa e/ou serviços na cadeia de PGN? ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________ 19 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas ANEXO B Quadro 1 - Contatos dos grupos de pesquisa em PGN no Estado de São Paulo Fonte: Elaboração DGE/IPT. 20 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas ANEXO C Quadro 1 - Lista das redes temáticas de pesquisa da PETROBRAS, 2008. Tema Objetivos Elaborar projetos de pesquisas e Nanotecnologia desenvolvimento na área de materiais Aplicada à Indústria nanoestruturados, compósitos, interfaces e 1 de Energia dispositivos de nanotecnologia molecular, e Nanocatálise desenvolver recursos humanos e infraNanomateriais estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de processos de Hidrogênio: produção, armazenamento, distribuição e 2 Produção Uso e aplicação de hidrogênio como vetor Armazenagem energético, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento visando à viabilização técnico-econômica e ambiental de Rede de Pesquisa 3 processos de produção de energia de em Bioprodutos biomassa, biocombustíveis e bioprodutos, e desenvolver recursos humanos e intraestrutura, quando necessário. 4 Elaborar projetos de pesquisa e Centro de desenvolvimento na área de utilização, Desenvolvimento transporte e armazenamento de gás natural, de Tecnologias do e desenvolver recursos humanos e infraGás Natural estrutura, quando necessário. Entender o fenômeno das emissões de gases de efeito estufa e desenvolver rotas Rede de Mudanças de seqüestro de carbono, dentro do contexto 5 de mitigação de mudanças climáticas, para Climáticas disponibilizar as tecnologias para a PETROBRAS. Comitê Técnico Científico Comitê Técnico ou Representante da USP Demais Intituições Fundação da USP IQ-CT Maria Cristina UFRJ USP Espinheira Saba UNICAMP UFMG UFBa CENPES/PDE DS/QM Henrique Eisi TomaIQ-CT UFRGS UFSCAR FUSP - Fernando Baratelli UNICAMP UFRJ Júnior INT INPE IPEN CENPES/PDE DS/GEN - UFRGS IPT UFBa UFSCAR UNIFEI UFSC FUSP ESALQ-CT João Norberto Noschang URFJ UNICAMP USP UFAM Neto CENPES/PDE EMPRAPA DS/PROGER Silvia G. Velazquez/ IPT FIOCRUZ Weber Antônio N. do INT UFRN UFC Amaral-ESALQ-CT UnB FUSP Silvio de Oliveira Júnior-EP-CT ITA PUC-Rio UFRGS UFSC INT UNIFEI FUSP Carlos Clemente Cerri-CENA-R UFRJ USP LBA FURG EMBRAPA FUSP Instituições Participantes EP-CT CENA-R Gestor PETROBRAS Paulo Roberto Barreiros Neves CENPES/PDE DS/PROGAS, Antonio Luiz F. dos Santos GE-MC/TDM UFRJ USP Gina Vasquez UNIFACS PUC-RS CENPES/PDE UFPR INPE INPA DS/BTA 21 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas 6 Elaborar projetos voltados para o Planejamento, desenvolvimento de estudos, ferramentas e Gestão e metodologias relacionadas ao planejamento Regulação em integrado de recursos, políticas e regulação Petróleo, Gás do setor energético, bem como à sua Natural, Energia e otimização, e desenvolver recursos Desenvolvimento humanos e infra-estrutura, quando Sustentável necessário. 7 Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de caracterização e monitoramento de ecossistemas costeiros Monitoramento Ambiental Marinho e marinhos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. 8 Elaborar projetos de pesquisa e Conservação e desenvolvimento na área de recuperação de Recuperação de ecossistemas e remediação de áreas Ecossistemas e impactadas, e desenvolver recursos Remediação de humanos e infra-estrutura, quando Áreas Impactadas necessário. 9 10 Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento em técnicas avançadas de geofísica para exploração e reservatórios, Rede de Estudos nos campos de aquisição, processamento, de Geofísica inversão, monitoramento e interpretação Aplicada geofísicas, bem como de métodos geofísicos não-sísmicos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de Geoquímica Orgânica Molecular, Estratigrafia Química, Geoquímica Isotópica, Geoquímica Ambiental, Espectrometria de Massas, Rede de Modelagem Numérica de Bacias, Mineração Geoquímica de Dados, Inclusões Fluidas de Petróleo, Petrografia Orgânica, além de Caracterização Geoquímica, Geofísica e de Sensoriamento Remoto de Exsudações de Hidrocarbonetos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando IEE-CT Fernando Baratelli USP URFJ UNIFEI Júnior UNICAMP CENPES/PDE DS/GEN IO-CT Pedro Penido Duarte UFRJ USP UFPE Guimarães FURG UFPA CENPES/PDE DS/AMA IB-R Thaís Murce Mendes da UFRJ UFSC UFBa Silva INPA UFRJ CENPES/PDE DS/PROAMB IAG-CT - Edmilson Moutinho do Santos-IEE-CT LACTEC UFBa CEPEL UFPR UFF UFBa INPE PUC-Rio UFES UFRN CT-GAS UFC UEPA Ana Maria S. Pires Vanin-IO-CT MPEG Fundação PróTamar Fundação Baleia Jubarte INPA USP UFPE UFC UFRN UNICAMP UFSCAR Mariana Cabral de Oliveira-IB-R UNESP EMBRAPA UFRGS UEL UFPR UnB MPEG CETEM FUSP FUSP FUSP Eduardo PUC-Rio UFF Lopes de Carlos Alberto UFRJ UFRN UFBa UNICAMP Faria Mendonça USP/IAGUFPA USP UENF UFPR ON IMPA CENPES/PDE CT INPE XP/GEOF FUSP Luiz Antonio Freitas UFRJ UNICAMP Trindade UFRGS UERJ UFF CENPES/PDE XP/GEO FUSP - CETEM UFPA UENF 22 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas necessário. Elaborar projetos de pesquisa e Rede de Estudos desenvolvimento na área de estratigrafia 11 em Sedimentologia física e cronoestratigrafia, e desenvolver e Estratigrafia recursos humanos e infra-estrutura. quando necessário. 12 13 14 15 Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados à estrutura crustal das bacias sedimentares do Rede de Estudos Continente Sul-americano resultante de Geotectônicos processos geológicos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados a soluções tecnológicas econômicas para rodovias de Rede de Tecnologia baixo volume de tráfego, bem como técnicas em Asfalto e produtos para pavimentação asfáltica de alto desempenho, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de estudos Rede em fenomenológicos visando à criação de Fluidodinâmica modelos e sua simulação numérica para Computacional em representar os escoamentos multifásicos e Processos de turbulentos associados aos processos Refino físicos químicos e catalíticos de refino, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de nano, micro e Rede de Concretos mesoescala referente a concretos refratários e Refratários para a para equipamentos de refino e materiais Indústria do para cimentação de revestimento de poços Petróleo a diversas temperaturas e pressões, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Maria Dolores de Carvalho UFRGS UNESP CENPES/PDE UnB UERJ UFRN XP/GSEP UNISINOS USP UFRJ PUC-Rio UFPE FUSP UNICAMP IMPE Jesus Antonio UERJ UFRJ Berrocal Gomes-IAGUFPR UFRGS CT UFF UFMG FUSP Liedi Legi Bariani Bernucci-EP-CT; UFAM UFPA UEMA UFCG UFRN UFBA UNIFACS UFPE UFMG UFSC UFJF USP IME UFPR FUSP - Pedro Paulo Lopes de UFSC UNICAMP Matos UFRJ UFMG UFU CENPES/PDA B/PROREC - PUC-Rio FUSP - Pedro Paulo Lopes de UFRJ UFSCar Matos UFMG UFPB IME CENPES/PDA B/PROREC - UFNR FUSP IG-R IAG-CT EPUSP-CT José Guimarães Rizzo CENPES/PDE XP/GEOTEC USP UnB UFRN UNESP UFOP João Cafruni UFRJ USP UFRGS Filho ABUFC UFS RE/TR/EP André de Oliveira Sawaguchi-IG-R 23 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas UFPA UFC UFPB UFPE UNIFOR UFAL Marcos Isaac CEFET-RN UFRJ UFRGS USP Claudio A. Oller do Assayag CEFET-BA ITEP UFCG UFRN Nascimento-EP-CT CENPES/EB UERJ CEFETAM IME PUCRio UNICAMP UFMG UFBA FUSP - Flavio Dias de Moraes CENPES/PDP /TEP 16 Instrumentação, Automação, Controle e Otimização de Processos Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados ao aumento da Segurança e da rentabilidade das unidades operacionais da indústria do petróleo e gás, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. LSCP-EP-CT 17 Monitoração, Controle e Automação de Poços Elaborar projetos de pesquisas e desenvolvimento na área de tecnologia e engenharia de poço, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Desenvolvimento Elaborar projetos de pesquisa e de Tecnologias desenvolvimento na área de combustíveis 18 para Combustíveis limpos, e desenvolver recursos humanos e Limpos infra-estrutura, quando necessário. 19 20 21 Elaborar projetos de pesquisa e Centro de desenvolvimento na área de processos para Desenvolvimento conversão de petróleo e biomassa na de Produtos e indústria de refino, e desenvolver recursos Processos para humanos e infra-estrutura, quando Refino necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de sistemas catalíticos para o refino visando ao Desenvolvimento processamento de petróleo, produção de de Catálise combustíveis, biocombustíveis e redução de emissões para o meio ambiente, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de combustíveis e lubrificantes para aplicações veiculares, Desenvolvimento visando ao seu desempenho, consumo, Veicular dirigibilidade, durabilidade e proteção do meio ambiente, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. PUC-Rio UFRJ UFRN UFBA UNICAMP - INPE INMETRO UFPE FUSP - Fernando Antonio Duarte UERJ UFF UFMG Santiago UFC UFSCar CENPES/PDA B/HPE - - FUSP - Oscar Rene Chamberlain UFRN UFS UFPE Pravia UFCG UFPB CENPES/PDA B/TFCC - - FUSP - Oscar Rene Chamberlain UFRJ UFRRJ Pravia UNIFACS UFRN CENPES/PDA UFRGS B/TFCC - UFPA UFMA UFPI UFC UFPB UFCG UEPB UFPE UFAL UNIT UFBA UESC UNEB UNIBAHIA UESB FUSP - Décio Magioli Maia CENPES/PDA B/DPM - UFRJ UNIFACS FUSP PUC-Rio UFMG LACTEC IPT 24 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de materiais Centro de Materiais 22 Aplicados ao Refino avançados para aplicação na indústria de do Petróleo refino, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. 23 24 25 26 Elaborar projetos para a gestão estruturada dos conhecimentos relacionados aos Rede de Excelência processos logísticos para o desenvolvimento na Cadeia de sustentável da cadeia de suprimento da Suprimentos do indústria do petróleo e gás natural, e Petróleo desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos para a gestão estruturada dos conhecimentos relacionados à Metrologia como suporte ao setor de Rede de Metrologia petróleo e gás, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e Rede de desenvolvimento relacionados ao emprego Computação e da computação científica e visualização na indústria de petróleo e gás, e desenvolver Visualização Científica recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de gerenciamento de água na produção de petróleo, compreendendo: modelagem teórica e experimental de perda de injetividade, acidulação biogênica, incrustações salinas, Gerenciamento de otimização de projetos de injeção/reinjeção, Águas no caracterização geológica de formações nãoSegmento produtoras para descarte de água Produção de produzida, geomecânica aplicada à injeção Petróleo (CEAPP) de água, remoção de contaminantes tóxicos por rotas fisico-químicas e oxidativas, processos avançados para a remoção de frações orgânicas e processos avançados visando ao reuso da água produzida, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Tecnologia de 27 Construção Naval Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de construção naval e assuntos correlatos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. - Fernando Antonio Duarte UFSCar UFRGS LNLS CETEM IME Santiago CENPES/PDA B/HPE - - FUSP - Carlos Felipe UFRJ PUC-Rio Guimarães UFSC UINISINOS Lodi ABUFC LO/PO - - FUSP - Luiz Fernando de Jesus INMETRO PUC-Rio Bernardo IPT UFBa UFCS CENPES/PDA B/DLT - CTGás FUSP UFSC UNICAMP FUSP - PUC-Rio UFBa FUSP Bernardo Luis Rodrigues de Andrade-EP-CT UFF FUSP EPUSP-CT - EP-CT Álvaro Maia da Costa UFRJ PUC-Rio IPT Kazuo Nishimoto-EPCENPES/PDP USP UFAL ITA CT /MC Farid Salomao Schecarra UFRJ UNICAMP CENPES/PDP UFRN UFF UENF /PRAVAP César José Moraes Del Vecchio CENPES/PDA B/PROTAN IPT USP UFRJ UFPE FURG 25 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de tecnologia de Tecnologia de 28 Materiais e Controle materiais e controle de corrosão, e de Corrosão desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. EPUSP-CT Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de técnicas avançadas de revitalização de campos maduros, compreendendo métodos Revitalização de 29 terciários de recuperação, construção de Campos Maduros poços em ambientes terrestres, elevação artificial e escoamento em ambientes terrestres, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. - Farid Salomao Schecarra CENPES/PDP /PRAVAP 30 31 32 Centro de Tecnologia em Dutos - CTDUT Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados ao setor dutoviário, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Óleos Pesados Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento relacionados ao aproveitamento comercial de jazidas de petróleo pesado, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e Gerenciamento e desenvolvimento na área de gerenciamento Simulação de e simulação numérica de reservatórios de Reservatórios petróleo, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Fábio Jobim Sartori UFRJ IPT UFRGS CENPES/PDP USP UFU /TMEC Júlio Cezar Adamowski-EP-CT INT UFSC FUSP - UFC UNICAMP UNIT UFCG UERJ UENF UFES FUSP - César José Moraes Del CDDUT PUC-Rio Vecchio UFES UFF UFRGS CENPES/PDA B/PROTAN - UFRJ INT FUSP - Wagner Luz UFES PUC-Rio Trindade UNICAMP UFRN CENPES/PDP UFC /PROPES - - FUSP - Antoni Carlos Capeleiro UNICAMP UFSC Pinto UFPE UENF UFRN CENPES/PDP /TR - UFRJ FUSP Edmo José Dias Campos-IO-CT - FUNDESP Celso Pupo PesceEP-CT - FUSP UFPE UFRN UINFACS UFBa UFS Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de modelos José Antônio computacionais, e de coleta e análise de Moreira Lima USP UFRJ UFBa 33 informações meteo-oceanográficas para IO-CT CENPES/PDP FURG IEAPM atender a demandas da indústria de óleo e /MC gás, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área da estruturas Cezar UFRJ UNICAMP submarinas, mediante metodologias de Augusto Silva Rede de Estruturas cálculo estrutural e validação experimental, NDF, CENO e UFRGS USP 34 Paulo Submarinas qualificação de risers e dutos rígidos, risers LIFE&MO EP-CT CEFET-Campos CENPES/PDP (Unidade Macaé) e dutos flexíveis, conectores e demais /TS equipamentos submarinos, permitindo a reavaliação de metodologias e parâmetros Rede de Modelagem e Observação Oceanográfica 26 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas críticos para o projeto de sistemas submarinos, e desenvolver recursos humanos e infra-estrutura, quando necessário. 35 36 37 38 Elaborar projetos relacionados ao desenvolvimento de competências, metodologias e ferramentas para a prospecção da tecnologia, visando à Prospecção elaboração de cenários tecnológicos, identificação de novas tecnologias e Tecnológica trajetórias tecnológicas em áreas de interesse da indústria do petróleo e gás, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento na área de equipamentos, produtos e serviços de interesse da cadeia produtiva de petróleo e gás natural, Integração C&T Indústria no envolvendo universidades e instituições de Processo Produtivo pesquisa, em parceria com empresas Nacional nacionais ou consórcio de empresas, visando à substituição de importações, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos relacionados ao desenvolvimento de competências, Metodologia de metodologias e ferramentas para a melhoria Processos de do processo de gestão da tecnologia, Gestão da Inovação visando à implantação de formas inovadoras Tecnológica para gestão do Sistema Tecnológico, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. Elaborar projetos de pesquisa e desenvolvimento voltados para tecnologias embrionárias identificadas nos estudos Tecnologias prospectivos e não-relacionadas às Convergentes atividades de P&D da indústria do petróleo, e desenvolver recursos humanos e infraestrutura, quando necessário. FEA-CT Solange Melo James Terence Gonzaga UNICAMP USP Coulter Wright-FEACENPES/GTE UFRJ UFMG UFBA CT C/EST FGV FUSP - Paulo Sergio Rodrigues UFRJ UFRN UERJ Alonso UFSC UFRGS MATERIAIS/E MAT - Rede Brasil de Tecnologia REDETEC FUSP FEA-CT Solange Melo Gonzaga UFRJ USP PUCCENPES/GTE Rio UFMG UFBA C/EST Roberto SbragiaFEA-CT UFRGS FGV FUSP Paulo Hilário N. Saldiva-FM-CT - FUSP FM-CT CENPES UFRJ UNICAMP UFRGS USP ITA Fonte: DGE/IPT a partir de dados da USP e da PETROBRAS disponíveis em http://www.tpn.usp.br/petroleo/lista_redes_tematicas.html (conforme acesso realizado 20/01/2009). 27 Nota Técnica 011/2009 – Instituto de Pesquisas Tecnológicas Lista das Notas Técnicas por Tema – Diretoria de Gestão Estratégica - IPT 1) Royalties NT 001 Um Panorama sobre os Fundos de Riqueza Soberana NT 005 Participações governamentais na renda do petróleo no Brasil NT 008 Fundos de Riqueza Soberana: algumas experiências internacionais NT 009 Simulação da arrecadação de royalties decorrentes das atividades de produção de petróleo e gás em São Paulo NT 012 Fundos de Riqueza Soberana: uma análise sobre o Brasil e São Paulo NT 013 Participações governamentais na renda do petróleo: algumas experiências internacionais NT 014 Identificação e análise dos projetos de lei em trâmite com propostas para alterações na arrecadação e distribuição de royalties e participações especiais 2) Mão-de-obra NT 004 Impactos econômicos da exploração de petróleo e gás no Estado de São Paulo NT 006 Mão-de-obra no setor de PGN no Estado de São Paulo: algumas evidências NT 007 Levantamento internacional sobre a mão-de-obra do setor de PGN 3) Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação NT 002 Grupos de pesquisa em petróleo e gás natural no Estado de São Paulo NT 003 Desafios do pré-sal NT 010 IPT: competências, desafios e oportunidades em PGN NT 011 Oportunidades e estratégias para o desenvolvimento de P&D&I em PGN no Estado de São Paulo 28