Análise dos resultados dos produtos da Coudelaria do Rincão e

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Análise dos resultados dos produtos da Coudelaria do Rincão e
ESCOLA DE EQUITAÇÃO DO EXÉRCITO
1º Ten Cav ALAN JONES SOARES DUARTE
O CAVALO DE SALTO DO EXÉRCITO:
ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PRODUTOS DA COUDELARIA DO RINCÃO E
SUAS MELHORIAS GENÉTICAS ENTRE 2010 E 2014.
Rio de Janeiro
2015
1ºTen Cav ALAN JONES SOARES DUARTE
O CAVALO DE SALTO DO EXÉRCITO:
ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PRODUTOS DA COUDELARIA DO RINCÃO E
SUAS MELHORIAS GENÉTICAS ENTRE 2010 E 2014.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Escola de Equitação do
Exército como requisito parcial para a
obtenção do certificado de Pós-graduação
em Equitação.
Orientador: Cap Cav FELIPE MATOS BADU
Rio de Janeiro
2015
1ºTen Cav ALAN JONES SOARES DUARTE
O CAVALO DE SALTO DO EXÉRCITO:
ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PRODUTOS DA COUDELARIA DO RINCÃO E
SUAS MELHORIAS GENÉTICAS ENTRE 2010 E 2014.
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Escola de Equitação do
Exército como requisito parcial para a
obtenção do certificado de Pós-graduação
em Equitação.
Aprovado em
.
COMISSÃO DE AVALIAÇÃO
______________________________________
ALTAIR AMADO ALVES - Maj Cav - Presidente
Escola de Equitação do Exército
_______________________________________
FELIPE MATOS BADU- Cap Cav – 1º Membro
Escola de Equitação do Exército
_____________________________________
DANIELA KAMP – 1º Ten Vet – 2º Membro
Escola de Equitação do Exército
À minha família, uma homenagem pela
confiança em mim depositada em todos
os momentos.
AGRADECIMENTOS
A Deus, por me proporcionar a realização do curso de Instrutor de Equitação
do Exército e me conceder proteção e sabedoria nos momentos de maior provação.
Ao Cap Badu meu orientador, meus sinceros agradecimentos pela distinta
colaboração na realização deste trabalho.
Aos instrutores da EsEqEx, pelos conhecimentos transmitidos em todas as
instruções, sempre com total comprometimento e responsabilidade em ensinar tudo
aquilo que sabem.
A minha família, razão principal de minha existência, meu afeto e eterna
gratidão.
A todos aqueles que direta ou indiretamente colaboraram para este trabalho
ser concluído.
Ao cavalo Rei do Rincão, pelos inúmeros exemplos em que a sua lealdade
era exposta, mesmo quando praticar equitação era dificultado por desmontar o
cavaleiro.
Aos cavalos, pela razão de existir da Cavalaria e que, mesmo com a evolução
do combate, merecem admiração pelos seus feitos do passado.
Deus impeça que eu vá para um céu onde
não haja cavalos (R. B. CUNNINGHAMGRAHAM).
RESUMO
Este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresenta um estudo acerca dos
produtos da Coudelaria de Rincão, sob uma ótica voltada ao resultado em concurso
de salto. O objetivo da análise é buscar uma relação entre a genealogia equina e a
participação em competições de salto de obstáculo de maiores destaques no âmbito
do Exército Brasileiro. Anualmente a Coudelaria de Rincão produz e distribui os seus
cavalos para as Organizações Militares, preenchendo as necessidades do cotidiano
e exercendo as mais diversas atividades equestres. Dentre as atividades, o salto se
apresenta como uma das principais e mais clássica a ser executada pelos animais, o
que faz com que a Coudelaria de Rincão venha se aprimorando na busca de
animais capacitados geneticamente para o Hipismo. Objetiva-se que ao ter o
produto da Coudelaria de Rincão nas principais provas de salto do Exército em sua
série principal permita traçar um paralelo entre seu histórico genealógico e sua
excelência na prática desportiva do salto. A avaliação dos cavalos produzidos pela
Coudelaria de Rincão e seus resultados em competições de salto poderá subsidiar a
Coudelaria como parâmetro para seleção racial e genética de animais com
qualificações para a prática do salto.
Palavras-chave: Coudelaria de Rincão, Cavalos, Salto.
ABSTRACT
This Work Course Conclusion presents a study about the product of the Coudelaria
de Rincão Institution, from a perspective focused on results in jumping contest. The
objective of the analysis is to find a relationship between the equine genealogy and
participation in obstacle jumping competitions of the highlights within the Brazilian
Army. Annually the Coudelaria de Rincão produces and distributes their horses for
Military Organizations, filling everyday needs and exercising the most diverse
equestrian activities. Among the activities, the jump itself as one of the leading and
most classic to be performed by the animals, which causes the Coudelaria de Rincão
will be improving in the search for qualified genetically to the Equestrian. If the
objective is that by having the product of the Coudelaria de Rincão in the main Army
jumping events in its main series enable to draw a parallel between his genealogical
history and its excellence in sports jump practice. The evaluation of horses produced
by Coudelaria de Rincão and the results in jumping competitions may help the
Coudelaria as a parameter for racial and genetic selection of animals with
qualifications for jumping practice.
Keywords: Coudelaria de Rincão Institution, Horses, Jump.
SUMÁRIO
1
INTRODUÇÃO............................................................................................ 10
2.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS.....................................................................
13
2.1
A HISTÓRIA DO CAVALO .........................................................................
13
2.2
O CAVALO E SUAS DEFINIÇÕES............................................................. 15
2.3
O SALTO..................................................................................................... 17
2.4
O CAVALO DE SALTO E SUAS PARTICULARIDADES............................ 20
3.
TRABALHO REALIZADO PELO CAVALEIRO.........................................
22
4.
GENEALOGIA............................................................................................
28
5.
PRODUÇÃO EQUINA DO EXÉRCITO BRASILEIRO...............................
33
6.
PROVAS HÍPICAS DE SALTO DO EXÉRCITO E SEUS RESULTADOS
37
7.
MELHORAMENTO GENÉTICO E ANÁLISE DE VARIÁVEIS.................. 42
8.
CONCLUSÕES...........................................................................................
45
REFERÊNCIAS..........................................................................................
47
ANEXO A – FILIAÇÃO DOS CAVALOS DO RINCÃO DE SALTO DO
EB 2010- 2014............................................................................................
APÊNDICE A – ENTREVISTA CAVALEIRO.............................................
50
53
APÊNDICE B – ENTREVISTA CHEFE DA SEÇÃO DE REMONTA E
VETERINÁRIA............................................................................................ 55
10
1.
INTRODUÇÃO
O cavalo tem sua utilização e relação com o ser humano há milhares de anos. Os
homens utilizavam-se dos animais como alimentos e, da mesma forma, de outros animais
que por ora viessem a surgir em seu caminho. Com o decorrer dos séculos, houve a
domesticação do cavalo, vindo a contribuir de forma importante para o desenvolvimento
das civilizações naquele tempo. Até a Era Medieval, os cavalos eram utilizados
exclusivamente pelos cavaleiros na Europa. O equino passou a ser utilizado para trabalho
e transporte, porém, foi nas batalhas que o animal foi empregado de forma mais evidente
e decisiva.
Com a modernização cada vez mais presente no cotidiano das pessoas, a
revolução tecnológica transformou também as técnicas de combate, tornando o cavalo
mais obsoleto para o aparato bélico que se configurava há época. O cavalo foi substituído
por máquinas de guerra, com viaturas sobre-rodas e sobre-lagartas, além da evolução
estratégica no modo de combater. Dessa forma, a Cavalaria Medieval que se utilizava de
investidas e combates gloriosos sobre o dorso do animal foi sendo substituída pela forma
de combate mecanizada e blindada do século passado.
O cavalo continua presente em diversas atividades militares pelo mundo,
apresentando-se como uma saída inteligente para enfrentar distúrbios da ordem pública e
conflitos urbanos. O equino também vem sendo utilizado para adentrar áreas de acesso
complicado e restrito, utilizado para transporte, usado também em cerimonial militar e
apresentações artísticas, e tratamento locomotor de pessoas com deficiência física.
Dentre todos os empregos atuais do cavalo, é o esporte que se faz destacar pela
criatividade nas execuções do desporto em si e relação entre homem e animal. O esporte
equestre apresenta diversas variações com relação ao que se propõe executar, podendo
ser uma corrida de galope em que o mais rápido vence ou uma corrida de velocidade por
um campo com diversos obstáculos a serem vencidos. Além disso, a atividade equestre
apresenta suas ramificações distribuídas de forma heterogênea pelo Brasil e pelo Mundo,
sendo praticado de forma mais intensa em uma dada região do que em outra.
O salto, ou salto de obstáculo, é uma modalidade equestre reconhecida
internacionalmente e com praticantes em diversas partes do mundo. Ele se configura em
um esporte de grande visibilidade por se tratar de uma modalidade olímpica. Além do que,
a curiosidade e determinação em fazer com que o cavalo transponha um obstáculo pela
11
vontade do homem imposta ao animal faz com que a sua prática ganhe ainda mais
adeptos.
A prática do hipismo de obstáculos é uma atividade que requer poder aquisitivo
superior às outras modalidades desportivas mais populares. O gasto para se montar um
cavalo em clube ou particular vai além do que simplesmente pagar pelas aulas ou pelo
equipamento que utiliza com o cavalo, a prática da equitação mexe com uma quantia
considerável de dinheiro pelo mundo. Os cavalos de grande rendimento ou olímpicos são
exemplos de animais que se tornam uma fonte de investimento para os grandes
conhecedores e amantes deste esporte.
O alto investimento em pesquisa para o melhoramento dos resultados dos cavalos
em provas faz com que cada vez mais o cruzamento genético possibilite um animal mais
disposto para saltar um obstáculo com vigor e confiança que sua capacidade motora lhe
possibilita.
A busca de um cavalo com condições perfeitas para a prática do salto fez com que
o Brasil investisse neste sonho a ponto de criar uma raça de cavalo nacional, Brasileiro de
Hipismo, que apresenta raízes e influência das mais diversas raças do mundo, tornando o
equino um exemplo de equinocultura bem-sucedida.
O Exército Brasileiro, assim como os criadores de cavalos brasileiros que
acreditaram na produção de um exemplar padrão de cavalo, também vêm investindo no
estudo e produção de cavalos mais versáteis e propensos ao desporto. A Coudelaria de
Rincão, organização militar que produz os animais do Exército, produz animais com
características cada vez mais rigorosas e aptidão desportiva ainda mais acentuada.
O estudo do cavalo tem seu primeiro livro intitulado como “Manual de Cavalaria”
escrito por Xenofonte em 400 anos a.C., contendo diversas informações e conhecimentos
sobre o animal. Sendo assim, o acompanhamento do cotidiano do equino, em especial o
desportivo, se torna de fundamental importância quando o objetivo é adquirir um animal
de grandes resultados. Através da avaliação de cada animal, pode se analisar alguns
dados de maneira a verificar o seu desempenho e direcionar o treinamento de forma mais
adequada.
O treinamento direcionado e adequado ao animal de histórico genealógico
predisposto ao salto, por exemplo, permite que o cavalo obtenha sucesso em sua vida
desportiva, alcançando resultados comprobatórios desta associação.
O Exército Brasileiro possui muitas Unidades que se utilizam de cavalos para a
prática desportiva do salto de obstáculos, porém existe uma carência no que tange o
12
acompanhamento de resultados dos animais utilizados para o Hipismo. Uma vez que os
equinos são atletas, a avaliação de seus resultados se torna fundamental para
conhecermos suas qualidades e habilidades.
O presente estudo foi motivado pela necessidade de analisar os resultados dos
diversos conjuntos Cavalo-Cavaleiro nas principais provas hípicas de salto de obstáculos
e analisar sua carga genealógica, traçando um paralelo entre sua ascendência familiar e o
trabalho dirigido ao animal. Assim, podendo fornecer à Coudelaria de Rincão e ao
Exército Brasileiro os seus reprodutores de melhor resultado final para o cavalo de salto.
13
2.
2.1.
PRESSUPOSTOS BÁSICOS
HISTÓRIA DO CAVALO
A história do mundo tem no cavalo um animal de significativa importância. Foi o
equino que esteve presente em diversas guerras junto do homem e o levou aos mais
diversos lugares do mundo, até mesmo na origem da era cristã lá estava presente o
animal. O cavalo e seus ancestrais tem sua origem há milhares de anos, com
características bem diferentes das atuais e muito antes do surgimento do homem.
A história do cavalo tem seu início no baixo Eoceno, há 55 milhões de anos,
quando massas de terra continentais, as faixas montanhosas e os oceanos
Atlântico e Índico começaram a se formar. Durante esse tempo, extinguiram-se os
répteis marinhos, os mamíferos placentários evoluíram e começaram a aparecer
os ancestrais do elefante, do rinoceronte, do boi, do porco, do macaco e do
cavalo.
O cavalo, em sua forma primitiva, cerca de 50 milhões de anos antes da evolução
do homem, era um pequeno mamífero de 30 com e muitos dedos, chamado de
Hyracotherium.
O Hyracotherium desapareceu há cerca de 40 milhões de anos por não conseguir
se adaptar às constantes mudanças geológicas. No baixo Plioceno, surgiu o
Pliohippus , um animal ungulado, três vezes maior que o Hyracotherium, o qual,
pelo inicio da era do homo sapiens , evoluiu para o Equus, atingindo cerca de 1,32
m de altura. SILVER (2000, p. 11-12)
Figura 1: Hyracotherium
Fonte: Enciclopédia Britânica
14
A evolução da então forma primitiva do cavalo, com os seus 30 cm, para a forma
atual, com animais de estatura girando em torno de 1,65m como é o caso do Brasileiro de
Hipismo, possibilitou grande conhecimento e curiosidade do ser humano levando-o a se
aproximar deste animal. A evolução e o povoamento do cavalo pelo mundo possibilitou o
surgimento de novas variedades de equinos.
Como o Hyracotherium , o Equus parece ter-se originado na América do Norte.
Mas, ao contrário do primeiro, migrou para o sul , tornando-se o mais antigo
cavalo sul-americano. Espalhou-se também pela Ásia e Europa, e de lá para o sul,
em direção à África. Há cerca de 8 mil anos, ele tornou-se extinto nas Américas, e
os tipos adaptados da Europa , Ásia e África (diferentes espécies de Equus
surgidas de acordo com o terreno e o clima) tornaram-se os ancestrais exclusivos
do cavalo moderno.
Os três tipos básicos pré-históricos – cavalo das estepes, cavalo da floresta e
cavalo do planalto – são amplamente considerados responsáveis pela imensa
variedade atual de Equus caballus. SILVER (2000,p.12)
Figura 2: Evolução equina a partir dos seus ancestrais
Fonte: The evolution of the horse
Figura 3: Evolução da altura do cavalo e de seus ancestrais
Fonte: Horse over time
15
2.2.
O CAVALO E SUAS DEFINIÇÕES
O cavalo, do latim caballu, é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados,
uma das três subespécies modernas da espécie Equus ferus. A denominação para as
femes é égua, para os machos não castrados, garanhão, e para os filhotes, potro. Esse
grande ungulado é membro da mesma família dos asnos e das zebras, a dos equídeos.
Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo gênero Equus, e podem
relacionar-se e produzir híbridos, não-férteis, como as mulas (Enciclopédia BARSA,
2000).
Os cavalos são animais que apresentam uma característica sociável e se
organizam em grupos liderados por uma matriarca. Utilizam a linguagem corporal para
realizarem a comunicação entre os integrantes de sua manada. Em vida selvagem,
utilizam sua velocidade para escaparem dos predadores.
O uso do cavalo recebe grande atenção pelo ser humano desde a Antiguidade,
onde a domesticação desses animais possibilitou um grande salto evolutivo. As
características dos cavalos, como força, velocidade e resistência, permitiram que o uso
deste ser vivo alcançasse os objetivos a que foram submetidos.
Os cavalos domesticados foram utilizados inicialmente e por muito tempo para o
trabalho de locomoção. Eles apresentavam grande resistência para cobrir distâncias que
a pé seriam inviáveis, elevado grau de força física para transporte de cargas que até
então era realizado por escravos, e velocidade que permitia economizar tempo nos
deslocamentos que duravam dias.
Devido a sua capacidade fisiológica, o cavalo configurou-se como principal meio de
transporte, seja de pessoas, seja de carga. A sua capacidade de trabalho fez com que o
cavalo fosse empregado no meio rural, permitindo ao camponês a sua utilização como
ferramenta na produção agrícola.
Outro emprego do cavalo que acompanhou a evolução em sua domesticação foi o
emprego em campanhas bélicas, caracterizando o seu uso como animais de tração para
o segmento logístico e animais de combate quando montados em sua linha de frente.
Essa evolução na adoção do cavalo como ferramenta de guerra proporcionou a quem
possuísse o animal em suas fileiras como inovadores, como pode é relatado por FLORI
(2005, p.73) “específico do combate a cavalo, ele contribuiu para transformar aqueles que
16
combatiam dessa maneira em uma categoria particular de guerreiros, uma elite[...] como
os primeiros aviadores do início do século XX[...].”
A doma e compreensão do animal chegaram ao ponto de emprego do cavalo como
peça de combate ao realizar movimentos de alto escola para dispersar ou ferir o inimigo,
como por exemplo, as curvetas e cabriolas.
Figura 4: Curveta
Fonte: Med in caballo
Figura 5: Cabriola
17
Fonte: Hotel du Parc
Com a evolução estratégica das guerras e alcance do poder de fogo dos
armamentos, os cavalos deixaram de fazer parte da linha de frente dos conflitos atuais,
porém, sua utilização em Operações de Garantia da Lei e da Ordem e conflitos não
convencionais vêm ganhando cada vez mais força. O cavalo produz grande efeito
psicológico nos causadores da desordem devido ao número de homens montados
equivalerem a três vezes o número de homens a pé.
Os equinos também merecem destaque em outras áreas do cenário nacional,
sendo empregados em atividades terapêuticas, apresentações, lazer e desporto. Dentre
as principais atividades desportivas executadas pelos animais se destacam as corridas,
rodeios, salto de obstáculos, adestramento, polo e cross country.
2.3.
O SALTO
O salto de obstáculo ou hipismo é uma das modalidades desportivas clássicas
reconhecidas pela Federação Equestre Internacional e tem sua prática bastante difundida
em todos os países, podendo ser praticado por homens e mulheres, nas mais diferentes
faixas etárias.
O salto consiste em criar condições favoráveis ao cavalo para que este possa
transpor obstáculos em ordem definida e nas mais diferentes características e
dificuldades, vencendo a barreira com segurança e conforto.
Regida pela FEI – Federação Equestre Internacional – a modalidade Salto consiste
basicamente numa prova em que o conjunto (cavalo/cavaleiro) percorre um percurso
entre 8 a 12 obstáculos diferentes e de variados graus de dificuldade, variando de 0.80
metro (em provas de Escolinhas de Equitação no Brasil) até 1.60 metro (em Grandes
Prêmios,
Jogos
Olímpicos
e
Mundiais).
Disponível
em:
<http://www.brasilhipismo.com.br/salto#sthash.rLJRG26D.dpuf>. Acesso em: 16 setembro
2015.
A
modalidade de Salto tem sua origem possivelmente na Inglaterra, onde os
nobres apreciadores de corrida de cavalos em campo aberto e da caça a raposa,
concurso este que se caracterizava por perseguição à caça acompanhado por cachorros
em campos abertos e, consequentemente, com obstáculos naturais em seu caminho.
18
Figura 6: Caça a raposa
Fonte: Henrique Autran Dourado
Durante a segunda metade do século XIX, os ingleses adaptaram o campo aberto
a um ambiente delimitado e reduzido, reproduzindo os obstáculos encontrados. Surgiram
dessa maneira as provas de salto, podendo ser realizadas em picadeiro ou pista,
ganhando novas atualizações e regras com o decorrer dos anos.
Os créditos na forma como saltar atualmente cabem ao italiano Federico Caprili
que desenvolveu a posição do cavaleiro para realizar o salto além de introduzir cercas de
15 a 20 em sequência para que fossem transpostas, o que se dá o nome de percurso.
Inicialmente os cavaleiros saltavam com o corpo na vertical e para traz tendo como
ponto de equilíbrio a boca do cavalo através das rédeas e as pernas. No final do Século
XIX o capitão italiano Frederico Caprilli inovou a técnica de saltar, deixando a cabeça e o
pescoço do cavalo livres, procurando não interferir no equilíbrio natural do cavalo durante
a trajetória do salto. Mudou a posição do cavaleiro na sela, o cavaleiro com os estribos
mais curtos, o corpo levemente inclinado para frente e seguindo, durante a trajetória do
salto, a mesma direção do corpo do cavalo liberando seu lombo. Disponível em:
<http://www.brasilhipismo.com.br/salto#sthash.rLJRG26D.dpuf>. Acesso em: 16 setembro
2015.
19
Figura 7: Salto realizado antes de Caprilli
Fonte: Rivoluzione
Figura 8: Caprilli saltando
Fonte: Caprilli
As provas de salto têm como objetivo completar o percurso, normalmente entre 8 e
12 obstáculos, dentro das especificidades da competição sem que seja penalizado. O
conjunto concorrente pode ser penalizado, por exemplo, se errar o percurso préestabelecido; refugar diante do obstáculo a ser saltado; derrubar alguma vara ao tentar ou
transpor o obstáculo; exceder o tempo do percurso previamente estabelecido; ou cair do
cavalo.
20
Figura 9: Pista de salto
Fonte: O bairrista
No mundo, a Federação Equestre Internacional, FEI, é que a responsável por
regular a modalidade equestre, criando legislações, fiscalizando o cumprimento de
normas e organizando competições. No Brasil, o salto fica sob responsabilidade da
Confederação Brasileira de Hipismo, CBH. O Exército Brasileiro também participa e
organiza a modalidade de salto nas mais diversas categorias e níveis de dificuldades,
tendo suas provas regulamentadas pelas normas da CBH e FEI.
2.4.
O CAVALO DE SALTO E SUAS PARTICULARIDADES
O cavalo de salto, assim como qualquer outro cavalo de esporte, apresenta
características fundamentais para a modalidade, sejam elas inerente ao animal, sejam
elas desenvolvidas pelo treinamento diário. O cavalo de hipismo na modalidade de salto
deve apresentar entre suas principais qualidades a energia, a potência, a calma, a
fraqueza, a agilidade, a flexibilidade, o equilíbrio, a destreza e o respeito pelo obstáculo.
Essas características podem ser assim definidas:
– ENERGIA – qualidade natural do cavalo, que lhe permite encontrar dentro de si,
reservas que o tornam capaz de enfrentar com êxito, as dificuldades que lhe
apresentemos.
– POTÊNCIA – qualidade natural do cavalo, geralmente resultante de uma sólida
constituição física e um grande desenvolvimento muscular.
21
– CALMA – qualidade que permite ao cavalo manter-se sereno em todas as
ocasiões, avançando serenamente para os obstáculos que lhe são apresentados,
sem perturbações ou hesitações, aguardando serenamente a autorização ou o
comando de seu cavaleiro para transpor cada obstáculo, deixando-se retomar
facilmente após cada salto. [...]
– FRANQUEZA – é a naturalidade com que o cavalo avança para qualquer
obstáculo que lhe seja apresentado, conhecido ou desconhecido, fácil ou difícil,
numa andadura franca, igual, sem hesitação capaz de alongar e encurtar sua
andadura à vontade de seu cavaleiro. [...]
– AGILIDADE – qualidade natural do cavalo, que lhe permite a realização, sem
esforço aparente, das exigências que lhe são feitas. [...]
– FLEXIBILIDADE – muitas vezes natural, mas a ser sempre cada vez mais
desenvolvida, permite ao cavaleiro um grande e fácil domínio sobre sua montada,
em qualquer velocidade e direção, e ao cavalo as retomadas que terá de impor,
por si mesmo, ao seu movimento.
– EQUILIBRIO – é a perfeita distribuição de peso pelo corpo do cavalo,
permitindo-lhe dispor de sua massa, à vontade, conforme as circunstâncias. [...]
– DESTREZA – é a qualidade do cavalo que, mesmo nas piores circunstâncias,
procura e consegue encontrar meios de sair de dificuldades, corrigindo seus
próprios erros ou os de seu cavaleiro. [...]
– RESPEITO PELO OBSTÁCULO – [...] Qualidade que os fará, sempre,
empregar-se a fundo em qualquer obstáculo, para transpô-lo com a certeza de
não o tocar. [...] ( EXÉRCITO
BRASILEIRO, 2013, p.4)
Essas qualidades que são apresentadas pelo animal devem ser estimuladas pelo
trabalho diário, fazendo com que a sua capacidade física interaja com suas qualidades
morais. O sucesso dessa interação é aperfeiçoado pelo método racional de trabalho, que
consiste em iniciar o animal, fazendo com que o mesmo aceite ser trabalhado, passando
ao adestramento, permitindo que o animal execute uma evolução correta, seguindo para o
adestramento no obstáculo, fazendo com que o cavalo realize o salto da maneira
desejada inicialmente, e por fim, o aperfeiçoamento do cavaleiro, visando obter junto ao
seu animal um desenvolvimento expressivo e excelência para o salto. Dessa forma, é fácil
concluir que a existência das inúmeras qualidades no animal de salto para atingir o
sucesso somente será possível se for estimulada e aperfeiçoado por seu cavaleiro.
22
3.
O TRABALHO REALIZADO PELO CAVALEIRO
O trabalho realizado pelo cavaleiro junto a sua montada configura em parte
essencial para a formação do caráter do cavalo e em suas atividades que serão objeto de
exigência para alcançar um patamar elevado em seu desenvolvimento. O cavalo de salto
do Exército, assim como os demais cavalos, é pertencente à União e o seu trabalho
específico é atribuído a um militar que se encarregará de obter do animal as respostas
exigidas na labuta diária do picadeiro, pista de salto e outros terrenos.
A excelência desportiva do cavalo de salto do Exército não é obtida simplesmente
por uma árvore genealógica exemplar, mas pela associação de trabalho específico que
contribui para que o animal desenvolva essa capacidade de alcançar os objetivos
impostos ao animal.
O ponto de destaque e ápice do trabalho do cavalo de salto do Exército é alcançar
a série principal do Campeonato de Salto do Exército, onde os esforços exigidos ao
cavalo e cavaleiro são observados no decorrer de um percurso em dias consecutivos
visando obter um conjunto com o menor número de penalidades dentro do tempo exigido
para a prova.
Os conjuntos participantes compõe um universo entre cavalos reiúnos, reiúnos
vinculados de representação e particulares. Os conjuntos, independentes de sua origem,
saltam a prova que tem altura de 1,20m e geralmente 12 obstáculos.
Para alcançar essa série pelos concorrentes e seus animais, muitos militares
procuram no interior de suas Organizações Militares animais com capacidade para
realizarem a prova, e outro buscam em animais fornecidos pela instituição como animais
vinculados de representação. Estes animais, considerados Reiúnos por serem
pertencentes ao Exército, recebem o treinamento prévio para aquela prova e podem
alcançar níveis mais altos quando bem treinados.
Os cavalos de salto do Exército tem sua capacidade de salto para atingir 1,30m já
que a qualidade equina produzida na Coudelaria de Rincão lhe fornece esse grau, como
relata MIRANDA (2015) “O limite que temos para o salto, no EB, é a série 1,30m. Para
tanto nossa Coudelaria já produz animais de excelente qualidade”.
Da mesma forma, pode se observar participações de conjuntos militares em prova
de 1,30m concorrendo com outros conjuntos de diversas origem, como é o caso da
Temporada Hípica do Campo de Instrução de Gericinó 2014 em que na sua prova de
23
1,30m o conjunto formado pelo Major Marcelo e o cavalo Farrapo do Rincão sagraram-se
campeões da prova.
A aptidão do cavalo para participar de provas de salto de obstáculos é observada
de forma costumeira nas competições em que é julgado em dois dias o seu trabalho
realizado por alguns anos ou décadas. Um exemplo bem-sucedido de animal da
Coudelaria de Rincão que alcançou grande expressão desportiva é a égua Califórnia do
Rincão que foi 5 vezes considerada o melhor cavalo do rincão na modalidade salto,
pentacampeã salto do Comando Militar do Sul, vice-campeã do Campeonato de Salto do
Exército em 2009, além de duas vezes campeã do Campeonato Noturno de Salto do 3º
Regimento de Cavalaria de Guarda.
A égua Califórnia do Rincão é vinculada de representação e montada desde 2002
pelo Major Renato Pacheco. A égua começou a ser montada no 3º Regimento de
Cavalaria de Guarda em 2002, tendo sua iniciação em 2003. Em 2004 a égua já estava
saltando 1,00m, em 2005 saltava 1,10m e a partir de 2006 a égua já saltava séries 1,20 e
1,30m.
Figura 10: Maj Pacheco e Califórnia do Rincão
Fonte: Coudelaria
Outro exemplo é o cavalo Farrapo do Rincão, vinculado de representação do Major
Marcelo Ferme dos Santos, e montado desde 2004. Animal recebido como cavalo de
24
pelotão do 3º Regimento de Cavalaria de Guarda, passou à situação de vinculado de
representação em 2005. Em 2006 saltou provas de 1,20m e 2007 por ocasião da Escola
de Aperfeiçoamento de Oficiais competiu somente provas dentro da guarnição militar do
Rio de Janeiro. Em 2008 voltou a montar regularmente em provas de 1,20m, incluído o
Campeonato de Salto do Exército. Em 2009, fez sua estreia na série 1,30m e em 2010
iniciou a série 1,35m em competições civis.
Figura 11: Maj Marcelo e Farrapo do Rincão
Fonte: EsEqEx
A progressividade do trabalho, dedicação dos cavaleiros e respeito pelas fases de
aprendizado dos animais foram respeitadas em ambos os caso, o que possibilitou aos
cavaleiros formarem conjuntos expressivos e de destaque no âmbito do Exército. Dessa
forma, a progressão e comprometimento são fatores preponderantes para o conjunto
cavalo-cavaleiro.
Creio que, para um conjunto ser competitivo, seja indispensável que o cavaleiro
assuma a condição de atleta do binômio que vai formar. Analisar as aptidões e
possibilidades do cavalo, estudar, planejar, executar com disciplina e coragem de
atleta, adotando como referencial o sistema de progressão de trabalho dos
cavalos de salto do Brasil (categorias da Confederação Brasileira de Hipismo x
idade do cavalo, por exemplo) serão ações constantes do conjunto cavalocavaleiro. (MIRANDA, 2015)
Outro cavalo que foi apresentado durante o Campeonato do Exército de Salto foi o
Cavalo Íntegro do Rincão montado pelo Capitão Vinicius Delevati Lavarda, diferente de
25
outros animais com maior tempo de formação junto ao seu cavaleiro, o conjunto foi
formado um mês antes do Campeonato do Exército de Salto de 2014 para a participação
na prova principal. O cavalo é vinculado de representação do Coronel R-1 Renato
Baldisserra. O animal ainda apresenta um cruzamento julgado melhor para o hipismo pelo
Coronel R-1 Maia, apresentando 3/4 de sua origem de Puro Sangue Inglês. Além do
mais, recebeu atenção especial em seu treinamento após ser distribuído como vinculado
de representação.
Os cavalos de salto do Exército têm sua linhagem relacionada a cruzamento
genético que através do mesmo se obtém um animal de características semelhantes e
pendor desportivo significativo quando trabalhado. LAVARDA (2015) destaca que “Os
cavalos reiúnos possuem o melhor trabalho de base e adestramento, aliados aos sangues
voltados para o salto.” De acordo com PACHECO (2015) “estamos produzindo um plantel
de primeiro mundo com uma seleção apurada de matrizes e garanhões.” GUARIENTI
(2015) afirma que “Pelo padrão apresentado pelos potros da última geração distribuída, a
Coudelaria demonstrou uma grande evolução.” O que permite com que muitos cavaleiros
militares elejam o cavalo do Rincão para a prática do salto de obstáculo devido às suas
aptidões.
Outro exemplo de cavaleiro que optou pelo cavalo do rincão é o Cap Gibson
Aragonez Guarienti que formou um conjunto com o cavalo Exótico do Rincão em 2012,
chegando à série principal do Campeonato do Exército de Salto 2014. O animal é reiúno e
foi selecionado para o trabalho com cavaleiro, atingindo os objetivos estabelecidos pelo
mesmo. GUARIENTI (2015) destaca que “O critério adotado foi a evolução apresentada
no desenvolvimento do trabalho, permitindo atingir objetivos maiores.”
Os cavaleiros ao formarem um conjunto expressivo para competirem em provas de
grande visibilidade no âmbito do Exército buscam qualidades que vão além daquelas
observadas simplesmente por terem uma linhagem de renome ou pré-disposição para o
trabalho, é durante o trabalho rotineiro junto ao animal que vão se observando as
dificuldades e facilidades para a prática do salto. SANTOS (2015)
assegura que “o
trabalho diário, aliado a eterna busca por aperfeiçoamento, com aulas e clinicas além do
cuidado com o bem estar do animal, são a chave para o sucesso.”
Além do mais, é importante que seja dada atenção especial ao plantel que já se
encontram nas Organizações Militares e realizar um trabalho visando desenvolver a
prática desportiva para o salto de obstáculos. Esses animais que se encontram
aquartelados apresentam as mesmas condições para o esporte assim como os demais, o
26
que é ressaltado por PACHECO (2015) “muitos cavalos estão perdidos nas baias, o
importante é acreditar nos cavalos, ser criterioso na formação e ter paciência, um bom
cavalo de salto se faz dia a dia, sem pressa.”
Existem exemplos concretos de cavalos que estavam sendo empregados em
pelotão ou cerimonial militar que recebida a devida atenção criteriosa e paciente pode
desenvolver o animal para o esporte. Um caso concreto é o cavalo Farrapo do Rincão que
foi distribuído ao 3º Regimento de Cavalaria de Guarda para exercer função dentro de
pelotão hipo, sendo posteriormente montado pelo então Tenente Marcelo e que depois
seria vinculado de representação e hoje tem o seu histórico desportivo extenso e
vencedor.
Alguns aspectos importantes observado pelos militares entrevistados sobre o
trabalho que realizaram com os animais atribuem a excelência apresentada ao
temperamento do animal propenso à atividade, amadurecimento do cavalo, os cuidados
com a saúde do animal, a paciência em ensinar o cavalo aquilo que se deseja obter dele,
o planejamento do trabalho a ser executado, a coragem do cavalo e a recompensa por
parte do cavaleiro quando obtido um grau satisfatório na atividade.
Como todo cavalo que se propõe a saltar obstáculos, os cavalos de salto do
Exército apresentam algumas qualidades que lhes possibilitam alcançar grandes
resultados quando bem trabalhados. Perguntados sobre as principais virtudes que
possibilitaram que seus cavalos chegassem às principais provas de salto do Exército, os
entrevistados elencaram algumas que julgam serem indispensáveis, sendo elas: a
franqueza para realizar o salto, a calma na frente do obstáculo, a atenção durante o
percurso, a boa flexibilidade de básculas e andaduras, a força , o equilíbrio, o bom gesto
de salto, a boa trajetória durante o salto, a agilidade e a potência.
O trabalho produzido na Coudelaria de Rincão visa abastecer as necessidades de
animais do Exército, buscando a excelência na formação de um plantel cada vez mais
aprimorado e específico, recebendo a devida atenção durante a seleção e produção dos
diversos animais a serem distribuídos pelo Brasil.
A Coudelaria investe em pesquisas e aperfeiçoamento na excelência do produto
final, porém existe a necessidade do trabalho dos animais por cavaleiros que se
dediquem à prática do salto, verificando as facilidade e dificuldades na montaria e
relatando os mesmos à instituição.
A Coudelaria já tem um plantel de alto nível, se comparado com alguns anos
atrás, porém não tem o mesmo objetivo dos grandes haras do Brasil e nem deve
27
ter, pois esses haras são totalmente voltados para o comércio. A Coudelaria
alcança a demanda do Exército Brasileiro na produção do cavalo de esporte. É
claro que se pode e deve melhorar, mas necessitamos de cavaleiros dispostos a
investir nesses animais. (SANTOS, 2015)
A busca de grandes resultados pode ser verificada pela dedicação que os
cavaleiros que chegaram à grandes provas destinam aos seus animais no dia-a-dia,
sendo a maioria dos cavalos da série principal vinculados de representação ou cavalos
pertencentes à Organização Militar mas que recebeu atenção específica para o salto por
um longo período e por militares comprometidos. Dessa forma, de nada adianta a
Coudelaria de Rincão investir na produção de animais que saltem grandes provas se não
existem cavaleiros que se dediquem ao trabalho com o animal.
28
4.
GENEALOGIA
Nos últimos anos, a produção equina brasileira se desenvolveu e ganhou atenção
especial nas atividades de esporte e lazer. Dono de um plantel que se configura entre os
quatro primeiros do mundo em quantidade, o Brasil apresenta grande destaque na
importação e exportação de animais.
O cavalo produzido no Brasil, em especial o Brasileiro de Hipismo, vem ganhando
destaque pelas suas condições morfológicas específicas e grande capacidade para
realizar o trabalho de salto de obstáculo devido às suas caracteristicas da raça.
O cavalo Brasileiro de Hipismo é resultado do cruzamento de garanhões europeus
em éguas nacionais já adaptadas às atividades do hipismo. Através da reprodução de
excelentes animais, fêmeas e machos, a seleção rigorosa e controlada permitiu um
aperfeiçoamento da raça e estabelecimento de padrão específico ao produto. Os cavalos
brasileiros se caracterizam por serem excelentes saltadores e possuidores de grande
capacidade de assimilação cognitiva.
A necessidade dos cavaleiros de hipismo em obter um cavalo apto para a prática
do salto de obstáculo vem fazendo com que haja um crecente investimento na produção
equina, importação de material genético de reprodutores de grande renome e pesquisas
para seleção de animais.
O método utilizado na reprodução do equino consite e unir animais de características
semelhantes para obtenção do produto desejado, buscando um animal que se aproxime
da espectativa gerada. Dessa forma, o que pode ser observado são dois métodos
diferentes segundo MARCENAC e AUBLET (1969, p.516-517) “a união de indivíduos da
mesma espécie e raças, semelhantes ou não, somente para produzir
cavalos; ou
diferentes espécies (cavalos: Equus caballus, e burros: Equus asinus) para produzir
híbridos (mulas e muares), animais geralmente estéreis.”.
O cavalo produzido, pela união de indivíduos de mesma espécie e raça, passa
então por um processo em que visa estabelecer a excelência e padrão da raça específica,
sendo assim avaliado quanto aos seus aspectos morfológicos e cognitivo. A reprodução
simples pelo acasalamento utiliza um macho e uma fêmea escolhidos especificamente
para gerarem um animal que receba as características marcantes dos seus
descendentes. O desejo pelo animal com as características específicas, como é o caso
dos cavalos de salto, é fomentado por motivos alheios à escolha do próprio animal, sendo
utilizados como fornecedores de material genético com o objetivo de produzir um animal
29
disposto ao trabalho exigido. Além do mais, possibilita a manutenção do padrão
alcançado de animal e, por consequência, a sua evolução, além da possibilidade de
reparar uma tendência negativa da raça através da inserção de animais de ótimas
características na árvore genealógica dos próximos animais.
A seleção consiste em acasalar os animais da mesma raça, escolhendo
especificamente a continuação do melhoramento ao máximo das características
dos futuros produtos e atender aos diversos desejos expressos e às necessidades
economicas projetadas.
É um método seguro de qualquer boa criação, para conservar a pureza de uma
raça (seleção de conservação) e seu desenvolvimento (seleção progressiva) ou
para a purificação de uma raça adulterada, mas sem visar uma grande e única
similaridade genética. (MARCENAC e AUBLET, 1969, p.516-517)
Dessa forma, os animais sofrem o cruzamento objetivando apresentarem e serem
capazes de passarem para as próximas gerações os caracteres positivos que lhes
possibilitou alcançarem os padrões seletivos elevados. Por exemplo, um cavalo com
excelente conformação e aprumos pode ser considerado ótimo para o trabalho, servindo
de referência na produção equina.
Os cavalos que apresentam ao longo da sua existência as respostas as cobrança
estabelecidas para sua multiplicação, terão seus genes aproveitados como reprodutores,
objetivando passarem a diante as características marcantes apresentadas pelo animal.
Diferentemente, os animais que apresentaram uma inadequação aos padrões exigidos
para a raça terão seus materiais genéticos proibidos de servirem como base para um
próximo aniamal.
Por extensão, em termos de cruzamentos, a seleção também é exercida em busca
de valiosos reprodutores com indivíduos de outras raças, eles próprios, também
selecionados.
São rigorosamente exluidos os animais que foram reconhecidos como impróprios
à seleção, com defeitos ou doenças incompatíveis com a destinação do produto
final, pelo contrário, busca-se melhorar as qualidades básicas. (MARCENAC e
AUBLET, 1969, p.516-517)
A seleção do animal é baseada na sua resposta às exigências, sendo
rigorosamente avaliado quanto à execução do trabalho apresentado de forma correta e
30
satisfatória, além de características físicas que lhe insere dentro do grupo de animais a
serem avaliados. A seleção fenótipa, relacão entre a capacidade individual genética e o
ambiente de interação, ganha maior força, assumindo papel preponderante na seleção do
animal. Dessa forma, é possivel avaliar como cada animal interage com o ambiente, de
que forma o trabalho exigido é obtido em condições diversas, e como cada cavalo se
utiliza das suas capacidades genéticas em campo.
O cavalo atleta, praticante do esporte equestre, passa a obter grande atenção por
parte de seus criadores na obtenção de resultados expressivos que façam valer o
investimento realizado por eles na produção do animal. Além da parte exposta
apresentada pelo cavalo de desporto durante seu trabalho, deve ser dada atenção
especial ao fator genético, possibilitando rastrear possíveis anomalias que surgirão no
decorrer da vida, enumerar as qualidades apresentadas pelo animal em decorrência de
seu grau atlético e estabelecer caracteristicas genealógicas com possibilidade de
transmissão para indivíduos futuros.
Uma seleção empírica, baseada unicamente na tradição de julgar o exterior, a
mera aparência, deve ser acrescida agora do exame mais frequente e completo
possível de forma individual dos genitores, de preferencia do seu poder e energia
(seleção fenotípica).
Para os cavalos chegarem ao esporte, olhamos ainda: a linhagem familiar, as
qualidades ancestrais, e a acumulação de genes para correspondência com os
valores pretendidos (seleção genótipica). Assim tem melhorado a velocidade, a
resistência e várias outras habilidades. (MARCENAC e AUBLET, 1969, p.516-517)
Dessa forma, pode se acreditar que um estudo das qualidades apresentadas pelo
cavalo no decorrer da vida são devidamente identificados quando analisada sua carga
genética e seus ancestrais, devendo ser estabelecido um acompanhamento das variáveis
ambientais e das exigências impostas ao cavalo no decorrer do trabalho.
O método de seleção utilizando as informações genéticas do animal é bastante
eficiente quando se procura uma relação entre sua origem e o trabalho que deverá
executar, sendo assim, a técnica deverá receber um contínuo aperfeiçoamento ,
buscando novos elementos que possibilitem o initerrupto avanço na produção equina de
alto rendimento voltado para o esporte.
31
O criador pode ser ajudado na sua escolha pelas informações fornecidas pelos
padrões da raça perfeitamente especificada, os resultados devem ser favoráveis
(homogeneidade de modelo e qualidade); resta somente continuar o método, no
mesmo sentido, eventualmente, buscando novos recursos, sempre com cautela,
sem reivindicar muito rápido por resultados, assim, a técnica será constantemente
favorável. (MARCENAC e AUBLET, 1969, p.516-517)
O Brasil investiu no estudo e aprimoramento da raça Brasileiro de Hipismo, BH,
possuindo atualmente mais de 18 mil animais registrados entre BH e raças formadoras. A
produção da raça iniciou em 1977 com o cruzamento de animais rigorosamente
selecionados das raças Anglo-árabe e Puro Sangue Inglês com as criações tradicionais
Trakener, Hannoveriana, Westfalen, Holsteiner, Oldenburg, Sela Francesa e Sela Belga.
Todo esse trabalho de cruzamento e seleção produziu um cavalo com aptidão para
modalidades de salto, adestramento, concurso completo de equitação enduro e até
mesmo atrelagem.
O aperfeiçoamento da raça de forma genética contribui para animais de grande
capacidade esportiva, como exemplo o salto de obstáculo, porém existe a necessidade de
canalizar este pendor teórico para a prática. Fatores externos podem fazer com que o
animal não desenvolva toda sua capacidade, devendo ser acompanhado e treinado para
que consiga aprender aquilo que se é exigido. Muitos criadores buscam um retorno rápido
do investimento que foi realizado no animal, sem levar em consideração fatores
ambientais na formação do cavalo, como o seu ambiente de descanso e alimentação por
exemplo.
A seleção genômica pode fornecer as ferramentas necessárias para o
aperfeiçoamento do melhoramento das raças equinas embora fatores ambientais
possam interferir no desempenho dos equinos, como nutrição e o treinamento
realizado nos cavalos esportistas. (REGATIERI, 2012, p. 230)
O trabalho realizado pelos pesquisadores e criadores de cavalo vem crescendo
exponencialmente em todo mundo na busca de um equino sadio e com características
individuais de excelente rendimento. O que dificulta todo esse trabalho de melhoramento
genético é a dificuldade de transmitir às novas gerações características singulares, como
por exemplo o desempenho atlético de cada animal.
32
O melhoramento genético dos equinos é tão complexo que conseguir um cavalo
perfeito para as provas equestre ou mesmo para o trabalho é tarefa difícil. A maior
causa dessa dificuldade é a baixa herdabilidade do desempenho atlético e os
valores de correlações genéticas existentes entre as características mais
almejadas nos cavalos. (REGATIERI, 2012, p. 230)
A transmissão genética aos novos equinos de características individuais é
considerada baixa pelos pesquisadores, devido às suas performances receberem
influência do meio em que vivem. Em estudo realizado por pesquisadores pelo mundo
afirma que a herdabilidade de desempenho e conformação do cavalo de salto em relação
aos seus descendentes é inferior a 20%, sendo ratificado por estudos subsequentes ao
redor do mundo.
Koenen et al. (1995) estimaram valores de herdabilidade para performance e suas
correlações com características de conformação, em equinos de salto e
adestramento. Os resultados indicaram
que devido aos baixos valores
encontrados para herdabilidade (0,17 para adestramento e 0,19 para salto) e às
correlações genéticas de baixas a moderadas magnitudes, a seleção indireta para
performance, utilizando características de conformação, não é adequada. Wallin et
al. (2003), observando a performance de cavalos aos quatro anos de idade e ao
longo de suas
competições, também
encontraram
baixos
valores
para
herdabilidades, variando de 0,09 a 0,27, em características de marcha, salto e
adestramento. Bokor et al. (2005), estimando parâmetros genéticos em cavalos de
corrida com obstáculo, por meio de “rank” criado por transformação matemática,
observaram valores de herdabilidades de 0,18 para animais da França e 0,06 para
animais do Reino Unido e Irlanda. (REGATIERI, 2012, p. 230)
A formação de um cavalo não está baseada somente em características
geneticamente controladas, existem inúmeras condicionantes ambientais que são
capazes de influenciar sua eficiência e desempenho, como a alimentação equina, os
cuidados com a higidez do animal e o treinamento oferecido ao cavalo. Mesmo as
características apresentadas pelo cavalo de salto apresentarem um baixo índice de
transmissão a animais futuros, o estudo na equinocultura pelo melhoramento genético e
eficiência na seleção de bons animais vem crescendo e evoluindo com o decorrer dos
anos.
Dessa maneira, a constituição de um animal através de seleção fenotípica e
genética é ineficaz se o animal não for estimulado por um treinamento adequado para que
possa atingir os objetivos estabelecidos, assim também, merecendo atenção e cuidados
quando não estiver realizando o seu trabalho.
33
5.
PRODUÇÃO EQUINA DO EXÉRCITO BRASILEIRO
O Exército Brasileiro possui em sua composição a presença de animais em
diversas atividades do cotidiano das Organizações Militares, em especial o cavalo. O
equino é empregado em instrução militar, cerimonial e práticas desportivas nas mais
diversas modalidades equestres. A instituição tem em seu plantel um número superior a
dois mil cavalos distribuídos para todas as Organizações Militares que necessitam do
animal. Essa quantidade expressiva de equinos faz com que seja destacado tempo para o
estudo das necessidades do Exército e, consequentemente, do melhoramento genético
do plantel para adaptar-se ao cotidiano e exigências da caserna.
O Exército Brasileiro é composto de 2.320 animais de um total de 1.815 cavalos
distribuídos em quase todo o território nacional, com exceção da Região Norte, em
diversas unidades militares, em diferentes atividades. Esses animais são utilizados
pelo Exército Brasileiro para atividades de patrulhamento e guarda de áreas de
fronteira e campos de instrução espalhados pelo território nacional, bem como
para cerimonial militar e práticas desportivas como salto, concurso completo de
equitação, pólo e adestramento. Para atender a esta gama de empregos, a
produção de animais com essa versatilidade e adaptabilidade, não só às tarefas,
mas também às características dos diversos ambientes espalhados pelo Brasil,
torna-se complexa. (CAMPOS et al., 2007)
Essa adaptação e versatilidade dos animais é fruto do que se investe na
Coudelaria de Rincão, centro de produção de equinos para o Exército Brasileiro, que tem
como desafio gerar animais capazes de atender às necessidades operacionais e de
representatividade da Força Terrestre. Além de assegurar o aumento do prestígio do
Exército e a aproximação com a sociedade e Forças amigas através de competições
equestres nacionais e internacionais. A conquista desse desafio somente é possível
através da execução de um rigoroso controle genético dos produtos e acompanhamento
cerrado da produção e manejo destes animais, tendo como objetivo o aumento do
rendimento técnico pelos cavalos.
A Coudelaria de Rincão foi criada em 1922, com o nome de Coudelaria Nacional
do Rincão, oriunda da antiga Estância de São Gabriel, que pertenceu à
Companhia de Jasus. Em 1843 foi sequestrada e incorporada aos bens do
Estado, de acordo com o artigo 36 da Lei 31, de 21 de outubro de 1843. Esteve
34
algumas vezes arrendada aos civis. Em 1891 retornou ao Ministério do Exército
com o nome de Colônia de São Gabriel.
[...] Foi extinta no ano de 1975 sendo o seu acervo encaminhado à Coudelaria de
Campinas e utilizado pelo Ministério do Exército apenas como Campo de
Instrução do Rincão (CIR). Recriada em 19 de agosto de 1987 e organizada com o
nome de Coudelaria de Rincão, com sede em São Borja – RS. [..] suas atividades
de criação, produção e melhoramento genético de equinos, alcançada através de
avançadas técnicas de produção. Sendo os produtos distribuídos posteriormente
às demais unidades do Exército Brasileiro, tais como: os Regimentos de Cavalaria
de Guarda, a Escola de Equitação do Exército, o Instituto de Biologia do Exército,
a Academia Militar das Agulhas Negras, a Escola de Sargento das Armas, Centros
Hípicos Militares e Campos de Instrução de todo Brasil.
A finalidade da Coudelaria de Rincão é a produção de equinos para o Exército
Brasileiro. É dada atenção especial ao manejo sanitário e nutricional do plantel. A
Coudelaria produz animais da raça brasileiro de hipismo, puro sangue inglês, puro
sangue hanoveriano e bretões, também produz animais sem raça definida.
(JUNIOR, 2013)
Os cavalos utilizados pelo Exército tem em sua seleção rigorosa padrões
estabelecidos bem específicos, devendo o animal apresentar características semelhantes
para que seja empregado em atividades militares. As raça que atualmente constituem o
plantel da Força Terrestre tem como exemplo animais Puro Sangue Inglês e Hanoveriano,
usados, por exemplo, em atividade de salto de obstáculos, o Brasileiro de Hipismo, com
capacidade expressiva para Concurso Completo de Equitação e Adestramento, e outros
animais Sem Raça Definida, que são empregados em atividades equestres diversas e
militares.
Todas as raças utilizadas, definidas ou não definidas, precisam apresentar
característica que lhes atestam a sua utilização. As raças definidas devem apresentar as
características específicas da raça, e as raças não definidas devem apresentar
características mínimas para que sejam aproveitas como animal do tipo militar.
As raças para montaria utilizadas atualmente no Exército são: Brasileiro de
Hipismo (BH), Hanoveriano (Han), Puro-Sangue Inglês (PSI) e Sem Raça Definida
(SRD). Ressalta-se que os animais SRD devem atingir um padrão préestabelecido para o cavalo do tipo militar, como altura mínima de 1,45 m, bons
aprumos, boa capacidade cardiorrespiratória, boa cobertura muscular, medidas
lineares harmoniosas e ter como andadura característica o trote, não sendo
35
permitidos cavalos marchadores (DLog, 2002). [...]A produção média é em torno
de 107 potros por ano. Para manter esse plantel, é fundamental que haja sistemas
de produção adequados para produzir animais capazes de se reproduzirem, sem
defeitos genéticos ou congênitos. Deve-se, então, investir no controle rigoroso da
eficiência reprodutiva e do potencial genético dos reprodutores e das matrizes,
além de proporcionar ambiente adequado à manifestação deste potencial.
(CAMPOS
et al., 2007)
A Coudelaria de Rincão é subordinada diretamente à Seção de Remonta e
Veterinária e, e que esta elabora os projetos de melhoria genética e coloca em prática
através da primeira. A realidade dos produtos da Coudelaria de Rincão apontam para a
manutenção dos animais com aptidão para o salto.
Apesar da prioridade ser a produção de animais para o cerimonial militar busca-se
a obtenção de animais que sejam atletas. Cerca de 10% do efetivo distribuído
como VR geralmente para a modalidade de salto Atualmente todos os nossos
reprodutores BH, são de linhagens de salto. Um animal destes é de dupla aptidão
(salto adestramento) um reprodutor BH é meio sangue PSI (Filho de um garanhão
PSI doado pelo Haras Joter)[...].(MENEZES, 2015)
Alguns aspectos podem ser acompanhados da produção equina da Coudelaria,
como por exemplo a elaboração do plano de monta para abastecer e melhorar o plantel
equino do Exército, como esclarece MENEZES (2015) “a elaboração do plano de monta
objetiva produzir animais para abastecer os projetos em andamento, formar um plantel de
matrizes capazes de atender as necessidades do Exército.”.
Outras atividades importantes são destacadas pelo chefe da Remonta e
Veterinária.
Segue-se em um PROGRAMA em desenvolvimento e envolve desde a seleção
de matrizes, aquisição de sêmen de garanhões das melhores linhagens ofertados
no país e dentro da disponibilidade de recursos para a aquisição, avaliação dos
produtos resultantes dos diferentes cruzamentos e do desempenho dos filhos dos
reprodutores como medida para avaliar os mesmos.
Existe um projeto cujo piloto esta sendo desenvolvido no 3º Regimento de
Cavalaria de Guarda cujo escopo é a coleta de embriões de éguas em
campanha desportiva que estejam na carga daquela Organização Militar
(O sêmen é enviado pela Coudelaria de Rincão e a equipe de veterinários
do Regimento insemina a égua escolhida , coleta o embrião e envia para a
Coudelaria de Rincão para ser implantado em uma receptora, ou
36
congelados para posterior implantação). Há previsão de expandir o projeto
para os demais Regimentos e Escola de Equitação do Exército, estando
prevista para o ano de 2016 a formação de mão de obra especializada
para esta prática e aquisição do material necessário[...].São empregadas
na reprodução as técnicas de inseminação artificial, transferência de
embriões .Esta em fase de estudo de viabilidade a implantação de uma
central de congelamento de sêmen na Coudelaria de Rincão. (MENEZES,
2015)
Ainda se destaca a utilização de conhecimento e estudo em parceria com
instituições de ensino e pesquisa no ramo de melhoramento genético e estudo do cavalo
em diversos patamares do conhecimento. Os estudos acadêmicos acerca do cavalo está
ainda mais aquecido e presente juntamente com os produtores de equinos do Exército.
Existem trabalhos de mestrado e doutorado desenvolvidos em parceria com
diferentes universidades e em complementação a trabalhos desenvolvidos na
própria Escola de Equitação do Exército. Paralelamente a isso existem inúmeros
trabalhos de mestrado e doutorado na área de reprodução e clinica realizados
com universidades no Brasil e exterior (Canada, Suíça). (MENEZES, 2015)
Atualmente o Exército produz por ano cerca de 110 cavalos, tendo os mesmos
sofridos um criterioso processo seletivo permitindo que os animais que chegam às
Organizações Militares carreguem consigo um material genético melhorado em relação a
animais antecedentes. O investimento crescente no melhoramento do plantel permite com
que cada cavalo apresente um potencial para a prática militar e desportiva, bastando,
assim, serem trabalhados e incentivados a evoluírem seus condicionamentos.
Se faz necessário melhorar a iniciação dos produtos, pois é importante lembrar
que embora sejam animais de bom porte não se pode apressar o trabalho sob
pena de encurtar a vida útil dos mesmos e de não serem atingidos os objetivos
propostos. (MENEZES, 2015)
37
6.
PROVAS HÍPICAS DE SALTO DO EXÉRCITO E SEUS RESULTADOS
As provas hípicas realizadas no âmbito do Exército servem, entre outras
finalidades, para avaliação do desenvolvimento do animal e do cavaleiro. O cavaleiro
utiliza a relação com o cavalo para desenvolver sua prática na aplicação da teoria
equestre do esporte, buscando aperfeiçoar sua técnica de montaria. O cavalo tem seu
crescimento desportivo desenvolvido por treinamento e realização de provas hípicas.
O cavalo de salto apresenta sua evolução no trabalho atestada em competições e
torneios envolvendo outros animais. Nessas competições podem ser observadas algumas
qualidades que se apresentam somente em dia de provas, como por exemplo sua
capacidade de realizar um percurso de salto sob olhares de um público. A maneira que o
animal executa a transposição de obstáculos dentro de uma condição de tempo e sob
forte estresse faz com que se possam tirar conclusões da evolução do cavalo.
O cavalo de salto tem como evolução confirmada quando realiza um percurso de
salto sem maiores erros provocados pelo animal, isso permite que o equino busque outros
objetivos a serem alcançados. Ao cavalo pode ser imposto como próximo objetivo entrar
em competições de níveis mais difíceis, ou seja, ao animal ser mudado de categoria.
Assim, um cavalo que está saltando provas de 1,00 m pode ser colocado ao animal como
próximo objetivo saltar uma prova de 1,10 m.
O treinamento é consequente aos objetivos a serem alcançados e deve ser
estimulado o cavalo a saltar mais alto e com maior correção, sabendo administrar os seus
lances de galope e com o máximo de equilíbrio.
A Coudelaria de Rincão todo ano produz centenas de cavalos, sendo sua maior
parte empregada em cerimonial militar ou atividades operacionais militar, mas uma boa
parte desses animais acaba se destinando à prática desportiva, isso fruto de uma seleção
pré-definida para o esporte ou mesmo de observação por parte do militar que consegue
ver em um animal um pendor para a prática do salto.
O Exército Brasileiro tem como ferramenta de avaliação do potencial equino as
suas provas hípicas distribuídas pelo diversos cantos do Brasil e, principalmente, pela
realização do Campeonato de Salto do Exército, onde os melhores conjuntos tem a
oportunidade de demonstrarem suas qualidades e capacidades oriundas do trabalho
constante.
38
O presente trabalho avaliou a evolução e resultados dos conjuntos do Exército no
período compreendido entre 2010 e 2014 tendo por base provas regionais e
Campeonatos do Exército de Salto em um universo de 15 provas, entre preliminares (1,10
m) e principais (1,20m a 1,30m).
A participação nas provas por cavalos produzidos pelo Exército é divida com
animais de produções particulares, oriundos de haras e coudelarias nacionais, além de
animais produzidos ou comprados no exterior. Observa-se uma grande presença de
animais particulares nas séries principais em comparação às séries preliminares das
competições do Exército, isso se explica pelo fato de cavaleiros investirem normalmente
em animais prontos para participarem dos eventos equestres naquelas categorias que
almejam resultado mais rápido. As tabelas 1 e 2 levam em consideração a variação de
animais participantes das provas hípicas, sendo desconsiderado o valor absoluto e
unitário por animal.
PRINCIPAL
Particulares
Reiúnos
CAVALO
VARIAÇÃO
PORCENTAGEM
PARTICULARES
96
62,3%
REIÚNOS
58
37,7%
TOTAL
154
100%
Tabela 1: Série Principal
Fonte: elaborado pelo autor
39
CAVALO
VARIAÇÃO
PORCENTAGEM
PARTICULARES
44
41,5%
REIÚNOS
62
58,5%
TOTAL
106
100%
Tabela 2: Série Preliminar
Fonte: elaborado pelo autor
De acordo com o exposto na tabela 1 e 2, pode se observar um afunilamento
seletivo de animais reiúnos da série preliminar para a série principal. Se analisar a
variante dos animais da Coudelaria de Rincão presentes na série preliminar, 58,5%, como
valor absoluto em relação à série principal, pode se chegar à conclusão que os animais
do Rincão na série forte do Exército serão de 37,7%.
Analisando matematicamente os dados, se for considerado os 37,7% de animais
produzidos pela Coudelaria de Rincão presente na série principal das provas hípicas de
salto pode se dizer que 12,4 das variações de cavalos da série preliminar analisados
neste estudo chegarão à principal categoria. Sendo assim, pode se acreditar, sem levar
em consideração as condicionantes climáticas e genéticas, que aproximadamente 12
cavalos entre os 33 chegarão à séries principal.
CAVALOS DO RINCÃO ANALISADOS NAS PROVAS DE SALTO DO EXÉRCITO
SÉRIE PRINCIPAL
SÉRIE PRELIMINAR
BETH
NEXO*
CALIFÓRNIA*
MELANCIA
CONDE
OLIVA*
FARRAPO*
GUAPO
FITA*
LUNAR
GAMBETA
EXÓTICO
GARIMPEIRO
JUBÁ
40
GARTOK*
FAROL
HABILIDOSO*
MIRAGEM*
HEBRAICO*
ILOIMBE
HONRADO
JURUNA*
IDOLATRIA*
JURITI
IJUÍ
ICARO*
IMPLACÁVEL
FOBIA*
ÍNTEGRO*
NICARÁGUA*
JORGELINO
LAMARO
JUNO
LIMOSINE
LANCELOT
MANGRULHO*
LINDAURA*
HISTORIETA
NAKINE
HANGAR*
NIPÔNICA
MARECHAL
FAMOSO
MAZURCA
FACA
INTRÉPIDO
JOSEFINA*
ESPIÃO
LANUS
EXPRESSO
FERROLHO
JANEIRO*
LAMUSCA
LEGENDA
GATILHO
CONDOR
NAVARONE*
INARA*
LAUREADO
MARIPOSA*
TOTAL: 27
TOTAL: 33
Tabela 3: Relação de animais do Rincão presentes nas principais provas do Exército.
Fonte: elaborado pelo autor
Outro ponto a ser considerado na evolução desportiva do cavalo é o seu
treinamento e outras condicionantes como saúde, alimentação, descanso, entre outras.
Levando em consideração somente o treinamento, o cavalo necessita ser estimulado
constantemente para que sua capacidade esportiva seja mantida e, posteriormente,
desenvolvida. Um trabalho contínuo e regrado por um só cavaleiro pode contribuir com
que o desenvolvimento do cavalo seja acompanhado em sua vida desportiva do seu início
até às grandes provas. O gráfico 1 mostra o percentual de cavalos analisados nas provas
41
que são Reiúnos, do Exército, e os VR, vinculados de representação
sob
responsabilidade de um só cavaleiro.
Gráfico 1: Relação de responsabilidade dos cavalos presentes nas provas
Fonte: elaborado pelo autor
De acordo com o gráfico 1, observa-se que aproximadamente 60% dos animais
que participaram das provas de salto entre o ano de 2010 e 2014 estão sob
responsabilidade das Organizações Militares, enquanto que quase 40% dos mesmos
animais do Rincão estão sob responsabilidade de um só militar.
Analisando a variante do treinamento do animal, pode se chegar a conclusão que o
treinamento acompanhado e dirigido por um único militar ao cavalo oriundo da Coudelaria
de Rincão pode oferecer grande salto de desenvolvimento, se comparado aos cavalos
que são de responsabilidade das Organizações Militares e que, devido à rotatividade dos
militares em função das suas transferências, tem o treinamento do animal iniciado e
desenvolvido por mais de um cavaleiro.
42
7.
MELHORAMENTO GENÉTICO E ANÁLISE DE VARIÁVEIS.
A produção de cavalos pelo Exército Brasileiro vem recebendo grande investimento
em estudo de melhoramento genético e aperfeiçoamento da técnica na obtenção de um
cavalo apto às atividades militares e, em especial, às desportivas.
A produção de equinos pela Coudelaria de Rincão gira em torno de 110 animais
por ano, que serão distribuídos para as Organizações Militares e para militares
devidamente determinados. O recebimento destes animais marca o início do trabalho que
será planejado para que o equino chegue à sua idade adulto capacitado a executar aquilo
que foi determinado como objetivo.
O trabalho realizado estimulará a sua carga genética a empregar sua capacidade
física de forma suficiente e planejada. O animal que não recebe um trabalho específico ou
mesmo deficiente tem sua carga genética negligenciada quanto à sua probabilidade de
ser empregado dom maior excelência.
Várias são as formas que são possíveis analisar se o cavalo conseguiu se
desenvolver de acordo com o seu potencial genético, sendo possível por exames de
sangue, análise das fibras musculares do cavalo e, mais visivelmente, através de
realização de provas hípicas.
As provas hípicas, em especial as provas de salto, servem como parâmetro para
analisar
se
o
cavalo
está
devidamente
trabalhado
quanto
às
suas funções
cardiopulmonares e musculares, além de observar se a predisposição para a atividade se
confirma ou retifica.
O Exército Brasileiro tem em sua Coudelaria de Rincão o seu centro de estudo e
produção de cavalos, utilizando reprodutores selecionados e de excelente linhagem para
iniciarem um novo produto a ser distribuído posteriormente.
O presente trabalho analisou os cavalos participantes das principais provas de
salto do cenário equestre militar e foram estabelecidos 60 animais com grande potencial
para o salto de obstáculo e animais já confirmados para o mesmo esporte. O anexo 1 do
presente estudo relacionou, dentro do universo dos animais que participaram das provas
de salto do Exército em análise entre 2010 e 2014, todos aqueles cavalos e éguas que
foram produzidos pela Coudelaria de Rincão.
No universo dos 60 animais observados, pode se observar a existência de animais
que apresentam aptidão para específica determinada pela Coudelaria, caracterizando
43
assim uma preocupação do Exército em qualificar o cavalo militar de acordo com sua
atividade e predisposição para o trabalho. Dos 21 animais que apresentaram alguma
aptidão definida pela Remonta Militar, 12 equinos apresentaram o salto como atividade de
maior qualificação, o que contribui para concluir que o Exército está preocupado em
diferenciar os animais com tendências desportivas para as suas principais atividades.
CAVALOS COM APTIDÃO DEFINIDA PELA REMONTA
NOME
APTIDÃO
BETH
SALTO
CALIFÓRNIA*
SALTO
FARRAPO*
SALTO
FITA*
SALTO
HABILIDOSO*
SALTO
HEBRAICO*
CCE
HONRADO
ADESTRAMENTO
IMPLACÁVEL
INICIAÇÃO
JUNO
CCE
EXÓTICO
SALTO
MIRAGEM*
SALTO
ICARO*
SALTO
FOBIA*
CCE
MANGRULHO*
SALTO
HANGAR*
SALTO
MARECHAL
TROPA
MAZURCA
CCE
EXPRESSO
SALTO
JANEIRO*
INICIAÇÃO
INARA
SALTO
MARIPOSA*
TROPA
Tabela 4: Cavalos que competiram provas de salto com aptidão
Fonte: elaborado pelo autor
Ainda analisando o plantel que se apresentou nas provas hípicas, 60 animais, o
presente estudo analisou a filiação de cada cavalo e égua, relacionando os seus
descendentes até a terceira geração, os bisavôs, como consta no Anexo 1. Buscando
determinar uma linha genealógica de parentesco dos animais considerados como de
44
grande excelência desportiva na modalidade de salto no Exército, foram identificadas
algumas variantes de reprodutores que serviram como base para a produção destes
animais.
Analisando a árvore genealógica de cada animal e considerando os descendentes,
reprodutores e matrizes, até a sua segunda geração, avôs e avós, pode se chegar aos
principais reprodutores que servem como base genética para os principais animais de
salto do Exército.
Dentre os antecedentes machos que serviram como fonte genética para os animais
de salto podem ser destacados três cavalos com maiores incidências, sendo eles:
BARÃO M.E, SOLENE e JET SET PRINCE XX. Os três cavalos relacionados tiveram os
seus materiais genético responsáveis pela origem de 25 animais na primeira linhagem,
possuindo os dois primeiros a formação de nove animais cada e o último, sete.. O cavalo
BARÃO M.E foi o único dos três animais a apresentar participação também na segunda
linhagem, aparecendo como avô de seis cavalos que participaram das provas de salto do
Exército.
A origem do animal não está somente relacionada ao seu genitor masculino, mas
também ao seu feminino, que contribuem como matrizes para a formação de novos
cavalos. Os cavalos de salto apresentam uma baixa repetição de matrizes que deram
origem aos animais de salto em análise, tendo uma variação entre uma ou duas
aparições. Dessa forma, deve se analisar linhagem paterna das matrizes para a obtenção
de um padrão para excelência dos animais. Analisando a reincidência paterna das
matrizes, os cavalos ALTIVO, BARÃO M.E e BOLAPÉ deram origem, respectivamente, a
8 matrizes que originaram 9 cavalos de salto e os dois últimos a 4 matrizes que
originaram 5 cavalos de salto. Dessa forma, é natural concluir que os dois animais tem
fundamental importância na geração de produtos através de suas matrizes.
Dessa forma, levando em consideração que os animais ao chegarem às principais
provas de salto do Exército apresentam uma grande evolução desportiva, pode se
considerar que a origem genealógica contribui para fornecer a capacidade fisiológica para
desenvolver o trabalho. Os cavalos e éguas considerados como fornecedores de material
genético para os equinos do Exército são considerados como base de planejamento e
execução do melhoramento esportivo do produto desenvolvido pela Coudelaria de
Rincão, devendo ser incentivado sua manutenção tendo em vista seus herdeiros
apresentarem grande destaque no âmbito do Exército.
45
8.
CONCLUSÕES
A modalidade de salto é certamente uma das mais importantes quando se tratando
do cenário mundial, tendo em vista se tratar de uma modalidade olímpica e de grande
visibilidade para o esporte equestre. O investimento na prática do salto tem sido cada vez
mais incentivado devido à necessidade de animais mais aptos na prática do salto.
O Exército Brasileiro, através da sua Coudelaria de Rincão, inserido no contexto
mundial, investindo em pesquisas e melhorias no plantel equino com o objetivo de
produzir animais selecionados para a prática desportiva, em especial do salto de
obstáculos.
As provas hípicas distribuídas pelos diversos cantos do Brasil e organizadas pelo
Exército são eventos realizados com o objetivo de interação com a sociedade civil e
militar, competição desportiva e avaliação de rendimento do cavalo em percurso de
obstáculos. As categorias inseridas nas provas hípicas seguem do nível mais básico ao
nível mais alto da categoria principal, sendo esta o parâmetro para se considerar que um
animal alcançou sua excelência desportiva dentro do Exército.
Para analisar se um cavalo atingiu o seu alto rendimento, este trabalho considerou
os animais que participaram das séries principais e preliminares das provas de salto do
Exército. O período de estudo considerado foi entre os anos de 2010 e 2014. A amostra
para avaliação constou de 60 animais, entre cavalos e éguas, praticantes da modalidade
de salto de obstáculos.
Utilizando o efetivo em questão, foram levantados dados referentes à origem
genealógica e informações, constantes em página eletrônica da Remonta, planificando a
hereditariedade de cada cavalo presente no estudo. Dessa forma, pode se chegar aos
principais reprodutores da amostra estudada, sendo 3 garanhões na primeira linhagem e
3 garanhões na segunda linhagem, existindo coexistência de um garanhão procedente
nas duas linhagens, sendo destaque o cavalo BRARÃO M.E como principal formador de
produtos de salto da Coudelaria de Rincão.
Tendo a relação de reprodutores que produziram animais com grande capacidade
desportiva na prática do salto de obstáculos, conclui-se que esses animais serviram seu
material genético para cavalos que detiveram resultados expressivos. Esses resultados
tem grande importância no acompanhamento dos produtos desses genitores, porém, o
estudo deve ser ampliado aos demais animais de salto do Exército possibilitando um
46
resultado mais preciso e de acordo com as evoluções tecnológicas de pesquisa e
reprodução da Coudelaria de Rincão.
Outro fator avaliado foi a participação do cavaleiro e amazona na formação e
aperfeiçoamento do cavalo de salto do Exército. Foram utilizados os resultados das
provas nas mesmas condições anteriores e analisadas a repetência de um conjunto,
cavaleiro ou cavalo, buscando um retrato fiel à amostra em estudo.
Aos cavaleiros dos conjuntos formados foram enviadas entrevistas por meio de
correio eletrônico na busca por informações do conjunto e do cavalo referente ao trabalho
realizado no período de análise na consagração do conjunto ao participar de provas de
salto do Exército. Os entrevistados relataram a necessidade de aperfeiçoamento do
trabalho e acompanhamento contínuo junto ao animal, além de considerarem o trabalho
de pesquisa e reprodução da Coudelaria de Rincão um ponto importante na produção de
animais mais aptos para o salto, e avaliaram o trabalho realizado com o cavalo o fator
preponderante na obtenção de um resultado positivo e desejado. Dessa forma, conclui-se
que não adianta ter um animal de alta carga genética voltada para a prática do salto se
não houver um cavaleiro preparado e comprometido a obter do animal o seu potencial
para saltar com total eficiência.
Tendo como base todas as informações e dados obtidos nas pesquisas e
entrevistas, conclui-se que a Coudelaria de Rincão vem investindo constantemente no
estudo e produção de equino com um melhoramento genético ainda mais selecionado.
Além disso, é necessário que os animais produzidos pela Coudelaria recebam especial
atenção em seu trabalho de base e trabalhos específicos para o salto, de forma a
conseguir extrair do cavalo todo o seu potencial.
47
REFERÊNCIAS
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KOENEN, E. P. C.; VAN VELDHUIZEN, A. E.; BRASCAMPA, E. W. Genetic parameters of linear
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WALLIN, L.; STRANDBERG, E.; PHILIPSSON, J. Genetic correlations between field test results of
Swedish Warmblood Riding Horses as 4-year-olds and life time performance results in dressage
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48
MIRANDA, Coronel Jaguarê Saraiva. Entrevista do cavaleiro concedida para Trabalho de
Conclusão de Curso. Disponível em: <[email protected]> em: 14 setembro
2015.
PACHECO, Major Renato. Entrevista do cavaleiro concedida para Trabalho de Conclusão
de Curso. Disponível em: <[email protected]> em: 14 setembro 2015.
SANTOS, Major Marcelo Ferme dos. Entrevista do cavaleiro concedida para Trabalho de
Conclusão de Curso. Disponível em: <[email protected]> em: 14 setembro
2015.
GUARIENTI, Capitão Gibson Aragonez . Entrevista do cavaleiro concedida para Trabalho
de Conclusão de Curso. Disponível em: <[email protected]> em: 14
setembro 2015.
LAVARDA, Capitão Vinicius Delevati Entrevista do cavaleiro concedida para Trabalho de
Conclusão de Curso. Disponível em: <[email protected]> em: 14 setembro
2015.
MENEZES, Marcelo Espellet. Entrevista do chefe da Seção de Remonta e Veterinária
concedida
para
Trabalho
de
Conclusão
de
Curso.
Disponível
em:
<[email protected]> em: 23 setembro 2015.
MENEZES, Marcelo Espellet. Entrevista TCC EsEqEx. [mensagem pessoal]. Mensagem
recebida por <[email protected]> em: 24 setembro 2015.
PEGASUS. Disponível em: http://www.remontamilitar.com.br/pegasusll_v70/menu.php.
Acesso em: 23 setembro 2015.
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Disponível
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<http://www.prehistoric-
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O
BAIRRISTA
Disponível
em:
<http://obairristadeuruguaiana.blogspot.com/2012/07/olimpiadas-de-londres-2012-aschances.html>. Acesso em: 23 setembro 2015.
CAPRILLI. Disponível em: < http://worksofchivalry.com/en/tag/caprilli/>. Acesso em: 23
setembro 2015.
49
RIVOLUZIONE.
Disponível
em:
<http://www.comune.livorno.it/_cn_online/index.php?id=571>. Acesso em: 23 setembro
2015.
COUDELARIA.
Disponível
em:
<http://www.coudrincao.eb.mil.br/index_thebestjump2.html>. Acesso em: 23 setembro
2015.
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em: 23 setembro 2015.
MED IN CABALLO. Disponível em: < http://medincaballo.skyrock.com/2.html>. Acesso
em: 23 setembro 2015.
HOTEL DU PARC. Disponível em: <http://es.hotelduparc.fr/29-visitar-saumur/1959patrimoine-et-tradition/104-el-cadre-noir-de-saumur.html>. Acesso em: 23 setembro 2015.
HENRIQUE
AUTRAN
DOURADO.
Disponível
em:
<http://blogdohenriqueautran.blogspot.com.br/2014/06/copa-do-mundo-dupla-jurisdicaoe.html>. Acesso em: 23 setembro 2015.
50
ANEXO A - FILIAÇÃO DOS CAVALOS DO RINCÃO DE SALTO DO EB 2010-2014
Nome
Beth
Califórnia*
Conde
Farrapo*
Fita*
Gambeta
Garimpeiro
Gartok*
Habilidoso*
Hebraico*
Honrado
Idolatria*
Ijuí
Implacável
Íntegro*
Jorgelino
Juno
Lancelot
Lindaura*
Nakine
Nipônica
Famoso
Faca
Filiação(Avô X Avó)
Pai: Bronzon (Angico X Alkoven)
Mãe: Vanessa (Bolapé X Tica)
Pai: Argus (Lugano Ii X Wilka)
Mãe: Relva (Akbar X Maçã)
Pai: Lucky Var (Winsor X Varsovie V.D.Wtdendrift)
Mãe: Regata (Altivo X Heloisa)
Pai: Winsor (Lucky Boy X Jolina)
Mãe: Volúpia (Bolapé X Badalada)
Pai: Bronzon (Angico X Alkoven)
Mãe: Quizumba (
X
)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Quizumba (
X
)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Cruzada Do Rincão (Lucky Var X Thora)
Pai: Tobruck (
X
)
Mãe: Vanessa (Bolapé X Tica)
Pai: Bronzon (Angico X Alkoven)
Mãe: Xinca (Altivo X Inca)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Paloma (
X
)
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Resina M.E (Angico X Navarent)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Vedete (Altivo X Inca)
Pai: Flock Paper (Ghadeer X Sissa)
Mãe: Forasteira (
X
)
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Boneca (Lucky Var X Urca)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Yazoo (Maço X Adriana)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Raia (Akbar Var X Editora)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Yelka (Barão X Natacha)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Acácia (
X
)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Indicada (
X
)
Pai: Hercules (Lucky Land X Tijuca)
Mãe: Fauna (Barão X Farpela)
Pai: Fariseu (Amadeus X Queixa Me)
Mãe: Joanita (
X
)
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Pincesa (Akbar X Erótica)
Pai: Winsor (Lucky Boy X Jolina)
Mãe: Tranqueira (Altivo X Itália)
Bisavô
Flieger Ii
Argus
Lugano I
Astuto Ii
Lucky Boy
Lugano Ii
Compromisse
Argus
Flieger Ii
Aptidão
Salto
Salto
Salto
Salto
Lugano Ii
Wohlan
Winsor
Argus
Flieger Ii
Lugano Ii
Lugano Ii
Salto
Cce
Lucky Boy
Flieger Ii
Worlan
Lugano Ii
Lyphard
Adestramento
Lucky Boy
Winsor
Bold Ruler
Akbar
Lugano Ii
Astuto Ii
Bold Ruler
Woldikas
Bold Ruler
Iniciação
Lugano Ii
Winsor
Woldikas
Atlet
Lucky Boy
Astuto Ii
Compromisse
Lugano Ii
Cce
51
Josefina*
Lanus
Ferrolho
Lamusca
Nexo*
Melancia
Oliva*
Guapo
Lunar
Exótico
Jubá
Farol
Miragem*
Iloimbe
Juruna*
Juriti
Icaro*
Fobia*
Nicarágua*
Lamaro
Limosine
Mangrulho*
Historieta
Hangar*
Marechal
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Magali (
X
)
Pai: Eclipse Do Rincão (Anauê X Vedete)
Mãe: Joanita (
X
)
Pai: Winsor (Lucky Boy X Jolina)
Mãe: Vassoura (Bolapé X Cabriúva)
Pai: Ilário Do Rincão (Barão X Quentura)
Mãe: Galhardia Do Rincão (Lucky Land X Quênia)
Pai: Épico Do Rincão (Lucky Land Joter Ii X Troyana M.E)
Mãe: Balda (
X
)
Pai: Fariseu (Amadeus X Queixa Me)
Mãe: Fervorosa (Winsor X Nafca)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Heróica Do Rincão (Barão X Ybuna)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Romana (Argus X Negrita V)
Pai: Flock Paper (Ghadeer X Sissa)
Mãe: Beleza (
X
)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Tentação (Altivo X Inca)
Pai: Dicey Trip (Halpen Bay X Printemps)
Mãe: Veracidade (Althier X Gibele)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Fantástica (
X
)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Guaiaca (
X
)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Inovação (
X
)
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Canção (
X
)
Pai: Eclipse Do Rincão (Anauê X Vedete)
Mãe: Sapeca (Altivo X Gina Ii)
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Resina (Angico X Navarent)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Amoreira Rincão (Bronzon Xgran Rosa)
Pai: Fariseu (Amadeus X Queixa Me)
Mãe: Heróica Do Rincão (Barão X Ybuna)
Pai: Feitiço Do Rincão (Cortino X Ysna Do Rincão)
Mãe: Dominique Do Rincão (Barão X Rainha M.E)
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Flor Do Rincão (Antares Z X Viga)
Pai: Gabarito Do Rincão (Winsor X Vedete Do Rincão)
Mãe: Distância Do Rincão(Bronzon X Rúbia)
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Validade (Pierro X Doninha)
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Troyana (Altivo X Érika Ii)
Pai: Fariseu (Amadeus X Queixa Me)
Mãe: Glória Do Rincão (Lucky Land Joter Ii X Urca)
Lugano Ii
Astuto Ii
Compromisse
Argus
Woldikas
Winsor
Winsor
Atlet
Luck Boy
Bold Ruler
Woldikas
Wohlan
Lugano Ii
Lyphard
Wohlan
Lugano Ii
Salto
Altivo
Wohlan
Bold Ruler
Salto
Wohlan
Bold Ruler
Astuto Ii
Lugano Ii
Lucky Boy
Flieger Ii
Lugano Ii
Angico
Atlet
Woldikas
Cor De La Bryere
Woldikas
Lucky Boy
Alme Z
Luck Boy
Angico
Lugano Ii
Farsplan
Wohlan
Lugano Ii
Atlet
Winsor
Salto
Cce
Salto
Salto
Tropa
52
Mazurca
Pai: Jet Set Prince Xx (Crying To Run X Quituta)
Mãe: Safira (Bolapé X Ilma)
Intrépido
Pai: Flock Paper (Ghadeer X Sissa)
Mãe: Feliciana (
X
)
Espião
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Raia (Akbar Var X Editora)
Expresso
Pai: Lucky Land (Winsor X Landgraefin)
Mãe: Rose (Angico X Chopada)
Janeiro*
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Miss Day (
X
)
Legenda
Pai: Flock Paper (Ghadeer X Sissa)
Mãe: Vedete (Altivo X Inca)
Gatilho
Pai: Bonvouler (
X
)
Mãe: Adrenalina (
X
)
Condor
Pai: Anaue (Astuto Ii X Erna)
Mãe: Sinfonia ( Argus X Jaca)
Navarone*
Pai: Barão M.E (Woldikas X Adriana)
Mãe: Falange Do Rincão (Winsor X Adriana)
Inara*
Pai: Solene (Altivo X Robusta)
Mãe: Queda (Altivo X Harmonia)
Laureado
Pai: Eclipse Do Rincão (Anauê X Vedete)
Mãe: Estrela Do Rincão (Cortino X Taberna)
Mariposa*
Pai: Fariseu (Amadeus X Queixa Me)
Mãe: Zillis (Bronzon X Bigorna)
* Cavalos Vinculados De Representação (Vr)
Fonte: PEGASUS
Bold Ruler
Argus
Lyphard
Wohlan
Astuto Ii
Lucky Boy
Flieger Ii
Lugano Ii
Cce
Salto
Iniciação
Lyphard
Lugano Ii
Weitblick
Lugano Ii
Wohlan
Luck Boy
Lugano Ii
Lugano Ii
Astuto Ii
Cor De La Bryere
Atlet
Angico
Salto
Tropa
53
APÊNDICE A – ENTREVISTA CAVALEIRO
O conjunto foi observado para análise de estudo entre os anos de 2010 e 2014,
sendo levado em consideração as principais provas do Exército Brasileiro em todos os C
Mil A praticantes da Equitação, conforme o que se segue: Campeonato do Exército de
Salto, Temporada da EsEqEx e Copa AMAN (CDE), Ranking Interno do CHDI e Copa
Dragão (CMP), Temporada Hípica do CIG e Temporada do 2º RCG (CML) , Concurso
Hípico Noturno do 3º RCG e Liga Hípica da Fronteira Oeste(CMS) e Copa Guaicurus de
Salto (CMO).
Para esta análise foram selecionadas a série Principal (1,30m ou 1,20m) e a série
Preliminar (1,20m ou 1,10m), de acordo com a programação da prova.
1. Nome do cavaleiro? Nome do cavalo? O conjunto é formado há quanto tempo?
Qual o período de duração do conjunto até participar da prova principal de salto no âmbito
do Exército Brasileiro?
2. O Cavalo é Vinculado de Representação (VR) ou Reiúno?
3. No período de 2010 a 2014 o Sr montou outro cavalo do Rincão e/ou particular
em provas das séries acima citadas? Se positivo, quantos cavalos do Rincão e/ou
Particulares?
4. O Resultado observado nas provas caracteriza uma forte participação de cavalos
de origem particular em prova de salto. O Sr utilizou um animal do Exército para formar o
conjunto. Qual critério adotou para optar por um animal do Rincão em prova de
característica mais forte, como é o caso das séries principais?
5. O Sr considera haver alguma defasagem na qualidade dos produtos da
Coudelaria do Rincão para os disponibilizados em criadores particulares do Brasil?
6. Dentre todos os trabalhos realizados para preparar a montada a participar das
principais provas do Exército, quais as principais dificuldades encontradas pelo seu
animal no desenvolvimento do trabalho? Quais as principais virtudes apresentadas pelo
seu cavalo na obtenção da excelência no Hipismo?
54
7. O cavalo do Sr apresentou um expressivo resultado ao alcançar a série principal
das principais competições de salto do Exército. Qual motivo o Sr atribui à excelência nos
resultados dos seu animal?
8. A Coudelaria de Rincão vem investindo a cada ano em melhorias genéticas para
obtenção de um plantel cada vez mais capacitado para a prática desportiva, dentre as
outras práticas necessárias ao cotidiano das OM. O seu animal é oriundo de um projeto
específico para a prática do Hipismo? O seu animal recebeu atenção especial em sua
seleção para ser distribuído ao Sr?
9. Quais virtudes do seu animal o Sr julga serem mais importantes para o bom
desenvolvimento da prática do Hipismo na modalidade Salto?
10. Quais as deficiências do seu animal o Sr julga serem mais prejudiciais para o
bom desenvolvimento da prática do Hipismo na modalidade Salto? Esta deficiência foi
possível corrigir com o desenvolvimento do trabalho?
11. Observações e considerações de caráter do Cavaleiro:
55
APÊNDICE B – ENTREVISTA CHEFE
VETERINÁRIA
DA SEÇÃO
DE REMONTA E
A presente entrevista visa levantar dados para Trabalho de Conclusão de Curso no
levantamento de dados para análise das melhorias genéticas do plantel da Remonta na
prática do Hipismo no âmbito do Exército.
Entrevistado:
Função:
1.
Quais características básicas para os produtos da Coudelaria de Rincão?
2.
Qual o efetivo, raça e procedência dos reprodutores da Coudelaria de
Rincão?
3.
Qual o critério de seleção dos reprodutores?
4.
Qual o efetivo, raça e procedência das matrizes da Coudelaria de Rincão?
5.
Qual o critério de seleção das matrizes?
6.
Quais os critérios utilizados para a prioridade de escolha das Organizações
Militares de destino dos produtos?
7.
Quais os critérios para prioridade de escolha e distribuição dos animais para
se tornarem Vinculados de Representação?
8.
Existe a possibilidade de uma égua de bons resultados retornar à Coudelaria
de Rincão com a finalidade de tornar-se matriz?
9.
Existe o acompanhamento da Coudelaria de Rincão junto as Organizações
Militares de destino dos seus produtos quanto ao trabalho de realizado e o rendimento
dos animais?
10.
Existe a preocupação das Organizações Militares de informar à Coudelaria
de Rincão o resultado do trabalho realizados com os animais e levantar criticas e
sugestões?
56
11.
A Coudelaria de Rincão realiza uma pré-seleção dos animais baseadas nas
características necessárias para a função que desempenharão?
12.
Existe algum projeto da Coudelaria de Rincão em execução ou em estudo
com a finalidade de aprimorar a qualidade dos produtos?
13.
Existe algum projeto da Coudelaria de Rincão em execução ou em estudo
com a finalidade de produzir produtos para o salto?
14.
Existe algum estudo com Faculdade ou órgão de pesquisa externo ao
Exército para aprimoramento genético e de resultados dos produtos da Coudelaria de
Rincão?
15.
Qual o trabalho realizado pela Coudelaria de Rincão com os cavalos desde o
nascimento até o momento de envio para as Organizações Militares de destino?
16.
Existe um trabalho especifico da Coudelaria de Rincão para a produção de
animais para o salto?
17.
Qual o plano de monta de Coudelaria de Rincão para os produtos?
18.
Quantos cavalos são produzidos por ano na Coudelaria de Rincão? Quantos
são produzidos para prática das modalidades equestres? E quantos são produzidos para
a prática do salto?
19.
Observações e considerações a cargo do entrevistado: