Kin-Ball - Doc. de Apoio para os alunos
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Kin-Ball - Doc. de Apoio para os alunos
Apoio Teórico de Kin-Ball AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE PEDRÓGÃO GRANDE ANO LECTIVO 2014-2015 ÍNDICE Índice 1 – Origem do Kin-Ball............................................................................ 4 2 – Caracterização do Jogo .................................................................... 5 3 – Regulamento .................................................................................... 7 4 – Sinais de Arbitragem ........................................................................ 14 5 – Ações Técnico-tácticas ..................................................................... 18 Bibliografia 1 – Origem do Kin-Ball O KIN-BALL foi criado no Quebec (Canadá), em 1986, por Mario Demers, professor de Educação Física, pretendendo superar a falta de trabalho de equipa verificada nas suas turmas. Os valores e as regras do KIN-BALL incentivam a cooperação e o espírito desportivo. A prática deste desporto é regida por uma Carta de Espírito Desportivo (ver anexo) que não aceita nenhum contacto físico nem violência verbal. Este desporto é praticado com uma bola de grandes dimensões, 1,22m de diâmetro e pouco menos de 1 kg, o que o torna divertido e acessível para pessoas de todas as idades. Atualmente, este desporto é praticado no Canadá, Estados Unidos, Japão, Bélgica, Dinamarca, Alemanha, Espanha, França, Argentina, Suíça e Brasil. Atualmente é praticado por mais de 4 milhões de jogadores em todo o mundo. 4 2 – Caracterização do Jogo Para iniciar o jogo, ou para servir, três jogadores da mesma equipa estão debaixo da bola (formando a base), segurando a bola com as mãos acima da cabeça, enquanto o quarto elemento (batedor) prepara-se para servir. As outras duas equipas devem estar alerta e preparadas para a recepção. O aluno que vai servir, deve pronunciar de forma audível “OMNIKIN” (significa homem em movimento) e de seguida a cor de uma das equipas adversárias. 5 Só depois deverá executar o batimento com uma ou duas mãos, imprimindo à bola uma trajectória horizontal ou ascendente. A equipa da cor chamada torna-se a equipa receptora. Esta deve tentar evitar que a bola toque no chão. Um jogador pode controlar a bola com qualquer parte do corpo mas sem a prender. Se a equipa receptora deixar cair a bola no chão, é cometida uma falta, e atribuído um ponto para as outras duas equipas. Se a bola é recebida e controlada pela equipa chamada, é a sua vez de executar o serviço, não havendo marcação de pontos. As Particularidades do Kin-Ball 3 Equipas participam no jogo - cinza, rosa e preto (4 elementos por equipa); Pontuam sempre 2 equipas (sempre que uma equipa perde as outras 2 pontuam); A Bola tem 1,22 m; Pode-se jogar com qualquer parte do corpo (com a excepção do aluno que vai servir); Proibido o Contacto Físico e Obstrução (ausência de luta directa pela posse de bola e do contacto físico); Desenvolve-se a Cooperação (todos os elementos da equipa tem obrigatoriedade de participar em todas as jogadas). Os jogos podem ser mistos. 6 3 – Regulamento 20 m Terreno de Jogo Bola 20 m A bola oficial tem 1,22 m de diâmetro. Pode ser de 4 cores - rosa, preta, cinza ou azul) O jogo é disputado entre 3 equipas identificadas por 3 Equipas cores diferentes (ex. rosa, preto e cinza). Cada equipa é constituída por 4 jogadores efetivos e 4 suplentes. É o representante da equipa em jogo e deve assumir essa responsabilidade promovendo o espírito desportivo Capitão de Equipa na sua equipa. É também o único que se pode dirigir ao árbitro, com o jogo parado, para se informar da aplicação e interpretação das regras. Árbitro principal: • Avalia as jogadas tendo sempre a última palavra. (Durante o jogo, as suas decisões são soberanas tendo autoridade para anular as decisões dos seus auxiliares); Árbitros • Indica à mesa a falta cometida e a equipa infractora. Árbitro secundário: • Auxilia o árbitro principal nas suas funções; • Repete a cor da equipa nomeada; 7 • Recoloca a bola no local da falta. Equipamento: • Camisola amarela com mangas ou axilas de cor preta; • Braceletes ou pulsos de cor cinzenta e rosa/azul; (O árbitro assinala os pontos voltando-se para a mesa e apontando para a cor correspondente à equipa cometeu a falta). As decisões da equipa de arbitragem não devem ser contestadas, pelo menos, de forma agressiva ou desagradável. O desrespeito por esta regra é considerado grave e obriga os árbitros a penalizar a equipa infractora com um aviso menor, venha o protesto do campo, do banco, ou da bancada. Cada jogo é dividido no máximo em 3 períodos de 15 minutos cada. A equipa que obtiver maior pontuação no Duração do jogo final desses três períodos ganha o jogo. Em caso de empate, procede-se a um prolongamento até que uma equipa atinja 5 pontos. 8 Antes da partida começar, os árbitros reúnem com os capitães de equipa e decide-se, através de um sorteio, quem sai a jogar em cada um dos 3 períodos. Início do jogo Lança-se um cubo pintado com as cores das equipas (uma cor por cada duas faces) ou usa-se uma qualquer outra forma de desempate a três. Sistema de Pontuação Sempre que há uma falta, 2 equipas pontuam. Não há limite de substituições. Estas devem ser feitas em Substituições períodos de paragem de jogo. Batimento • • • • • Ataque • É feito depois da chamada (Omnikin + cor); A chamada só pode ser feita após o primeiro contacto com a bola. Todos os jogadores da equipa devem tocar a bola no preciso momento do remate; A bola deve ser enviada apenas e só com um toque, sem a transportar; A bola deve percorrer, na horizontal, uma distância mínima de 1,83m e sem sofrer qualquer desvio; Não pode ser executado pelo mesmo jogador duas vezes seguidas. Tempo 10 segundos: Depois de assinalada uma falta, e da recolocação da bola pelo árbitro assistente, o árbitro principal dá um tempo em nunca superior a 10 segundos para a equipa entrar em contacto físico com a bola. 5 segundos: Após a nomeação da equipa o jogador lançador dispõem de 5 para lançar a bola. Em jogo corrido, a partir do momento em que o terceiro 9 elemento entra em contacto com a bola, a equipa tem cinco segundos para executar o batimento. Descontos de tempo: O capitão de equipa que tem a posse de bola está autorizado a pedir apenas um desconto de tempo por período – 25 segundos. Ataque Injustificado O Kin-Ball é um desporto criado para ser competitivo e o mais equilibrado possível. Uma equipa deve sempre pensar em atacar o primeiro lugar pelo que o regulamento tenta impedir que se criem grandes fossos no marcador; o sucessivo incumprimento desta regra pode mesmo levar à desqualificação da equipa. Uma equipa não pode nomear outra que tenha dois ou mais pontos de diferença, excepto se a equipa nomeada está na liderança. Caso a equipa que nomeia se encontre empatada na primeira posição com outra equipa, é obrigatório que nomeie a equipa com quem partilha a liderança, a menos que a outra equipa não esteja dois ou mais pontos de diferença. Da mesma forma, uma equipa que se encontre no último lugar, é obrigada a nomear o líder do jogo, a menos que o segundo classificado não esteja a mais de um ponto de diferença. Esta regra não se aplica no último minuto de cada período. Na primeira vez que uma equipa cometa esta falta, recebe apenas uma advertência verbal. 10 Obstrução Voluntária Entre dois jogadores: É considerada obstrução voluntária sempre que um defensor empurre, agarre ou bloqueie um atacante bem como condicionar ou atrapalhar a formação ofensiva da equipa adversária. O mesmo acontecerá se for o jogador atacante a provocar o contacto com o defensor na tentativa de arrancar uma falta. O Kin-Ball não permite qualquer tipo de contacto físico. Obstrução Involuntária Defesa Sempre que um jogador faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar o contacto com a bola mas mesmo assim não consiga evitar o contacto com esta, o árbitro: • caso a trajectória da bola seja desviada, assinala obstrução involuntária e devolve a bola à equipa atacante sem qualquer tipo de penalização para o defensor. • caso a trajectória da bola não seja desviada, deixa o jogo seguir. O árbitro também não interromperá o jogo caso o contacto se tenha dado, de forma fortuita, entre dois jogadores e o mesmo não impeça o normal desenrolar do lance. Nota: O conceito de voluntário ou involuntário depende da avaliação do árbitro. Bola presa A bola nunca pode ser aprisionada por um só jogador. Considera-se bola presa quando há uma imobilização completa com duas partes do corpo. Ao mesmo tempo, não é permitido agarrar a bola pela boquilha. Bola “Fora” e Bola “Dentro” A bola é “fora” quando: - A superfície da bola que toca o solo está completamente fora das linhas de delimitação; 11 - Toca um objecto fora do terreno, o tecto ou alguém exterior ao jogo; A bola é “dentro” quando toca o solo do terreno de jogo, incluindo as linhas de delimitação. (A linha é parte integrante do campo) Um jogador é considerado “fora de jogo” quando nenhuma parte do seu corpo está dentro dos limites da área de jogo quando entra em contacto com a bola. Um jogador pode recuperar a bola fora dos limites do campo se: “Fora de jogo” a) Uma parte do seu corpo está em contacto com a área de jogo (relembrando que a linha faz parte dele mesmo). b) O seu salto é iniciado dentro ou sobre a linha que marca o terreno de jogo, e toma contacto com a bola antes da aterragem, mesmo que os seus braços fiquem fora dos limites. Os avisos servem para punir comportamentos antidesportivos e podem ser aplicados tanto a treinadores como jogadores. O Kin-Ball é um jogo que promove ao máximo o fair-play e o respeito por adversários e árbitros. Sempre que este comportamento saudável e recomendável não se verificar, atribuem-se ao jogador e à equipa infractora avisos maiores ou menores consoante a gravidade da infracção. Avisos Menores e Avisos Maiores Avisos Menores • Cometer faltas de forma deliberada; • Ataque injustificado (a partir da segunda vez; o primeiro ataque injustificado é apenas punido com uma advertência verbal) • Não respeitar as decisões arbitrais; • Obstrução voluntária entre dois jogadores ou entre a bola e um jogador; • Utilizar linguagem imprópria; • Não respeitar adversários sejam eles jogadores ou treinadores. 12 Avisos Maiores • Comentários ofensivos dirigidos a árbitros, treinadores ou jogadores; • Acções com intenção de magoar ou lesionar – agressões; Acumulações de Avisos Quando se dá um segundo, terceiro ou quarto aviso de equipa, cada uma das outras equipas recebe 5 pontos no marcador. O quarto aviso conduz à desclassificação da equipa, continuando o jogo com as restantes duas equipas. O jogador que cometeu a falta tem um aviso pessoal, se receber um segundo aviso, é expulso do jogo. 2 avisos menores = 1 aviso maior 13 Sinais de Arbitragem Começo do período do jogo Fim do período de jogo Fim do jogo Desconto de Tempo Reposição da bola em jogo Nulo Fora dos limites do campo Jogadores a mais na área de Falta de contacto jogo Chamada incorrecta Batimento em trajectória descendente Passos Mesmo jogador lançou 2 vezes Batimento curto Bola perdida Falta por tempo excessivo Defesa ilegal Obstrução voluntária entre dois jogadores 14 Obstrução voluntária entre um jogador e a bola Obstrução involuntária entre dois jogadores Acção / linguagem ofensiva Batimento ilegal Bola agarrada pela abertura Comportamento anti-desportivo Substituições Bola presa 15 1.4 – Carta de Espírito Desportivo • Mostrar espírito desportivo, é, primeiro e antes de tudo, respeitar estritamente todas as regras: é nunca tentar cometer, deliberadamente, uma falta. • Mostrar espírito desportivo, é respeitar todos os responsáveis. A presença de responsáveis ou árbitros é um aspecto essencial em toda a competição. Merecem o total respeito de todos. • Mostrar espírito desportivo, é aceitar todas as decisões do árbitro sem nunca pôr em dúvida o seu juízo. • Mostrar espírito desportivo, é reconhecer dignamente a derrota sem querer discutir com os adversários. • Mostrar espírito desportivo, é aceitar a derrota com modéstia e sem ridicularizar o adversário. • Mostrar espírito desportivo, é reconhecer os bons golpes, as boas técnicas e tácticas dos adversários. • Mostrar espírito desportivo, é renunciar a vencer por meios ilegais. • Mostrar espírito desportivo, é querer medir-se com o oponente com igualdade. É contar apenas com o talento e habilidades próprias para tentar vencer o jogo. • Mostrar espírito desportivo, é animar os companheiros com mais força depois de um erro do que depois de uma boa técnica. • Mostrar espírito desportivo, é manter a dignidade em toda a circunstância: é demonstrar que se é dono de si mesmo. É recusar a violência física ou verbal. O ESPÍRITO DESPORTIVO É O QUE IMPORTA! 16 ACÇÕES TÉCNICO-TÁCTICAS 5 - Acções Técnico-Tácticas - Posição-Base - Alta - Recepção - Média - Baixa - Controlo com um jogador - Controlo da Bola - Controlo com dois jogadores - Papel do 1º e 2º Jogador - Papel do 3º e 4º Jogador - Posição Ofensiva - A duas mãos - Cruzado - Serviço - Martelo - Ombro - Posição Defensiva da Equipa 18 Posição-Base Determinantes técnicas Pés afastados à largura dos ombros; Erros mais Frequentes Posição estática; MI ligeiramente flectidos (C.G. baixo); Tronco ligeiramente inclinado à frente; MS à frente; Olhar dirigido para a bola. 19 RECEPÇÃO Alta Determinantes técnicas As mãos acima da cabeça; Cotovelos flectidos; Palmas das mãos orientadas para a bola; Braços e pernas semi-flectidos para uma melhor absorção do impacto; 20 Média Determinantes técnicas Braços afastados e à frente do corpo; Cotovelos virados para fora; Braços e pernas semi-flectidos para uma melhor absorção do impacto; 21 Determinantes técnicas Dar um golpe vigoroso debaixo da bola, com um ou dois braços ou com o pé; 22 Controlo e transporte da bola Determinantes técnicas Dominar a bola com as duas mãos acima da cabeça, sem a agarrar; 23 Controlo e transporte da bola (Controlo com dois jogadores) Determinantes técnicas Os dois estão frente a frente com as pernas flectidas; Ombros virados para a bola; Palmas das mãos em contacto com a bola e braços em extensão; 24 Base Determinantes técnicas Palmas das mãos debaixo da bola voltadas para cima; Formação de um triângulo (3 elementos); Queixo ao peito; Bola acima da cabeça. 25 Serviço A duas mãos Determinantes técnicas Mãos abertas ou punhos cerrados; Transferir o peso do corpo para a bola; Ombros virados para a bola. 26 Cruzado Determinantes técnicas Erros mais Frequentes Batimento executado com os pulsos; Posição lateral em relação à bola; Falta de rotação do tronco. Braços à altura dos ombros; Batimento é realizado com o antebraço após rotação do tronco. 27 Posição Defensiva da Equipa Determinantes técnicas Os jogadores das equipas defensivas devem formar um quadrado à volta da bola, quando esta vai ser servida. As equipas seguem o movimento da bola. Cada jogador deve estar a três ou quatro metros da bola e de cada canto do terreno de jogo. 28 Bibliografia 1. Graça, A. e Oliveira, J. (1994) - O ensino dos jogos desportivos (3ª edição) - Centro de Estudos dos Jogos Desportivos. FCDEF – UP. 2. International Kin-Ball Sport Federation (2003). Kin-Ball Sport Official Rules. Omnikin Inc. 3. International Kin-Ball Sport Federation (2003). Manual Kin-Ball Sport. Omnikin Inc. 4. Teodorescu, L. (2003). Problemas de teoria e metodologia nos jogos desportivos. Horizonte de cultura física, Lisboa.