lro - lunar reconnaissance orbiter / usa

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lro - lunar reconnaissance orbiter / usa
LRO - LUNAR RECONNAISSANCE ORBITER / USA
LRO - Lunar Reconnaissance Orbiter
Somente após o início da Era Espacial foi possível a primeira visão do lado oculto da
Lua, a partir de imagens capturadas pela nave espacial soviética Luna 3, em 1959. A Lua tinha
escondido algumas surpresas durante todo esse tempo: as imagens mostraram que no lado
oculto praticamente não existia os chamados “Oceanos o Mares” de tonalidade escura, que
dão ao lado lado visível da Lua uma aparência manchada. Além disso, o lado oculto continha
o que seria uma das maiores e mais profundas bacias de impacto de todo o sistema solar, a
chamada Bacia Aitken (Aitken Basin).
Foto: face oculta da Lua - imagem capturada pela missão Apollo 16.
Foto: O lado oculto da Lua como nunca visto antes! O equipamento da sonda LRO, conhecido como LROC,
proporcionou uma projeção ortográfica em WAC (Wide Angle Camera), centrado em 0° de latitude e 180° de
longitude. Crédito: NASA Goddard / Arizona State University.
A Lua era, e continua sendo, o alvo preferido para qualquer nação que crie um
programa espacial. É o destino dos primeiros passos na aventura da exploração planetária.
Dessa forma, a Lua foi, naturalmente, o alvo da corrida espacial entre os Estados Unidos e a
extinta União Soviética nos idos de 1960 e 1970. É o único lugar no sistema solar, além da
Terra, pisado por seres humanos. Ultimamente, a Lua tornou-se o principal destino dos
esforços de muitas nações que procuram expandir-se para o espaço, como por exemplo, o
Japão (Kaguya), China (Chang'E), Índia (Chandrayaan-1), e os Estados
Unidos (Lunar Reconnaissance Orbiter).
Lunar Reconnaissance Orbiter é a primeira missão da NASA, desde o final do
programa Lunar Orbiter, em 1967, concebida para capturar imagens de alta resolução de toda
a superfície da Lua. As imagens vão ajudar na seleção de locais de pouso para futuras missões
tripuladas e robôs exploradores. A espaçonave também carrega vários
instrumentos destinados a dar suporte às futuras presenças humanas na Lua, como por
exemplo, sensores de radiação ambiente.LRO é, atualmente, a unica missão ativa da NASA na
Lua!
Imagem: concepção artística da sonda robótica espacial americana LRO.
Depois de várias décadas em que as missões lunares tiveram um papel secundário,
quando as agências espaciais deram preferência às explorações de mundos mais distantes,
nesse momento, mais uma vez, a Lua torna-se o principal destino para as missões da NASA.
De acordo com as diretrizes da “Visão para Exploração Espacial” americana (Vision
for Space Exploration), a NASA está encarregada de estabelecer uma base permanente
na Lua, onde as tecnologias destinadas a enviar astronautas para Marte possam ser testadas.
Criar um habitat na Lua, no entanto, exige conhecimento íntimo e detalhado do
ambiente lunar, e a NASA está trabalhando em uma série de missões para aprender mais
sobre as condições do grande satélite da Terra. Liderando a empreitada está a Lunar
Reconnaissance Orbiter (LRO), a primeira sonda da NASA para missões de seu programa
precursor robotizado (LPRP – Lunar Precursor and Robotic Program).
O programa LPRP está focado, dentre outros objetivos, em testes de
equipamentos e sistemas que possam ser adaptados para as futuras missões de Marte.
Imagem: outra concepção artística da sonda LRO.
Lançada em 18 de junho de 2009, a LRO levou quatro dias para chegar à Lua e
passou os dois meses seguintes ajustando sua órbita. Ela foi programada com um
procedimento de órbita quase circular, que irá levá-la de um polo a outro na Lua, numa
alturade 50 km (30 milhas) acima da superfície lunar. LRO foi programada para permanecer
nessa órbita polar por cerca de um ano, com o objetivo de fotografar, recolher e gravar dados
sobre as condições lunares.
Como um primeiro passo no sentido de estabelecer a presença humana na Lua, a
sonda LRO foca-se nos fatores que mais afetam a capacidade dos humanos de sobreviver
nas condições hostis do nosso satélite natural. Para isso, a nave
espacial carrega sete instrumentos especiais que permitem, dentre outras coisas, o seguinte:
- executar fotografias em altíssima resolução da superfície lunar;
- medir, com precisão, os níveis de radiação perto da Lua;
- acompanhar as flutuações extremas de temperatura que caracterizam a sua superfície;
- detectar indícios da presença de água na forma de gelo;
- Medição da pouca luz que incide nos polos;
- Executar o mapeamento da presença e nível de hidrogênio;
- Medir a elevação e mapear as regiões permanentemente sombreadas dos polos;
- pesquisar os melhores locais para futuros pousos e muito mais.
Imagem: outra concepção artística da sonda LRO.
A massa de dados científicos que estão sendo coletados pela sonda LRO, servirão para levar os humanos um
passo mais próximo da expansão de nossa presença no Sistema Solar.
Dados sobre a missão LRO:
Data de Lançamento: 18 de junho de 2009;
Veículo de Lançamento: Foguete Atlas 401;
Massa: 1.000 kg, dos quais cerca de 100 kg de capacidade de carga útil;
Orbita: polar, quase circular, a cerca de 50 km (30 milhas) acima da superfície lunar.
Instrumentos embarcados na sonda espacial LRO:
Cosmic Ray Telescope for the Effects of Radiation (CRaTER): tem como missão caracterizar o
ambiente de radiação lunar global e seus impactos biológicos. Medirá e caracterizará esse
aspecto do ambiente de radiação no espaço profundo.
Foto: Cosmic Ray Telescope for the Effects of Radiation (CRaTER)
Diviner Lunar Radiometer Experiment (DIVINER) – medirá as temperaturas da superfície
lunar em escalas que fornecem informações essenciais para as futuras operações de
exploração de superfície. DIVINER mapeará a temperatura global da superfície no dia e na
noite, caracterizando os ambientes térmicos de habitabilidade, determinação da
abundância de rochas nos locais de desembarque e identificação global dos
potenciais reservatórios de gelo polar, além da procura de gelo exposto ou perto da
superfície.
Foto: Diviner Lunar Radiometer Experiment (DIVINER)
Lyman-Alpha Mapping Project (LAMP) - usa o brilho natural do céu e a luz das
estrelas para observar regiões permanentemente sombreadas da Lua (PSR –Permanetly
Shadowed Regions). LAMP identificará e localizará água congelada exposta nessas
regiões, fará um mapeamento em escala da formologia das regiões PSR, demonstrará
a viabilidade do uso do brilho natural do céu e da luz das estrelas para prover iluminações
em futuras missões, além de ensaios na atmosfera lunar e sua variabilidade.
Foto: Lyman-Alpha Mapping Project (LAMP).
Lunar Exploration Neutron Detector (LEND) - fornecerá medições e criará mapas,
detectando possíveis depósitos de água em forma de gelo perto da superfície. Criará mapas
em alta resolução dadistribuição de hidrogênio. Caracterizará a distribuição na superfície e a
densidade de possíveis depósitos de água na forma de gelo nos frios polos da Lua.
Criará um modelo global da composição de nêutrons da radiação espacial numa
altitude de 30-50 km acima da superfície da Lua.
Foto: Lunar Exploration Neutron Detector (LEND)
Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA) – proporcionará um preciso modelo lunar
global topográfico e planilha geodésica, objetivando a criação de mapas em 3-D da Lua.
Foto: Lunar Orbiter Laser Altimeter (LOLA)
Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) - executará fotos da superfície lunar em
altíssima resolução no formato WAC (Wide Angle Camera) e NAC (Narrow Angle Camera),
também abordará os requisitos de medição e certificação dos futuros locais de pousos e
de iluminação natural da região polar.
Foto: Um técnico integra um dos instrumentos da NAC (Narrow Angle Camera - câmera de ângulo estreito)
do Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC).
Mini-RF: A sigla significa radiofrequência em miniatura. Com base em novas tecnologias, este
poderoso instrumento científico (também conhecido como Mini-SAR) consiste de uma
antena e caixas com dispositivos eletrônicos. A massa total do pacote MiniRF embarcado na sonda Lunar Reconnaissance Orbiter pesa aproximadamente 14 kg. O MiniRF é uma demonstração da tecnologia de radar avançado de abertura simples (SAR-Single
Aperture Radar), capaz de medições em banda X e banda S. O Mini-RF irá demonstrar o novo
e leve SAR, além de tecnologias de comunicação e localizar potenciais locais de água em
forma de gelo.
Foto: Mini-RF.
O apoio da Terra - O sistema Laser Ranging (LR):
O objetivo do sistema Laser Ranging (LR) da Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO) é permitir
que a sonda espacial alcance a determinação requerida do curso de órbita. O LR fará
medições de intervalo tempo de envio de pulsos de laser da Terra para a sonda LRO e
determinará a posição da nave espacial a um nível submétrico com relação à Terra e ao centro
de massa da Lua.
Foto: Laser Ranging (LR).
Alguns
exemplos
das
fotos
executadas
espacial Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO):
pelo
LROC
da
onda
Cratera Linné:
Linné é uma minúscula cratera com 2,2 km de diâmetro. É uma bela cratera jovem, muito
bem preservada. As pequenas setas brancas indicam camadas preservadas, logo abaixo da
borda. Estes afloramentos rochosos provavelmente representam depósitos discretos de
derrame de lava.
Foto: Resolução reduzida (3 metros na escala de pixel) do mosaico da cratera Linné. A quadrado
branco mostra a localização da imagem aberta de resolução total. Uma vez que a Lua não tem atmosfera, sem
vento e sem chuva, as características de sua superfície ficam preservadas por milhões de anos.
As novas imagens do LROC mostram uma riqueza de detalhes que confirmam a "pouca" idade da cratera Linné.
Foto: A imagem mostra a área delimitada pelo quadrado branco da foto anterior. A pequena seta preta sobre a
borda, aponta para pequenas e delicadas fraturas externas (canto inferior esquerdo da imagem aberta)
que se formaram quando as paredes caíraminternamente. Observe também que o impacto criador da cratera
Linné derreteu a lava endurecida entre os pedregulhos espalhados ao longo da parede íngreme interna (setas
brancas).
Só para efeito de comparação sobre de qual minúscula cratera estamos falando, mostramos
abaixo, uma foto da Cratera Linné feita pelo Vaz Tolentino Observatório Lunar, executada com
300X de aumento. Ela aparece apenas como um pontinho preto rodeado por material branco.
O material branco é caracterizado por ser formado por escombros ejetados no momento do
impacto que criou a da cratera, indicando ser uma formação mais jovem ou recente.
Foto: cratera Linné no Mare Serenitatis. - Foto por Vaz Tolentino Observatório Lunar / Tolentino.
Os novos pontos de vista fornecido por LROC nos mostram que cada cratera tem sua própria
história para contar - não há duas iguais. A cratera Linné formou-se
emem um depósito espesso num mar de basalto. Normalmente crateras jovens formadas
em
“mares”
de
lava
endurecida
tem
um
grande
número de pedregulhos espalhados seus flancos externos. Não é o caso de Linné !
Rimae Posidonius:
Abrangendo mais de 130 km de comprimento, Rimae Posidonius é um rille ou
canal sinuosamente distribuído pelo chão da cratera Posidonius. O LROC WAC (Wide Algle
Camera) mosaico está com 100 m / pixel. A seta branca aponta para o local do canal onde foi
executado o LROC NAC (Narrow Angle Camera) close-upapresentado abaixo.
Foto: Cratera Posidonius e sua Rimae Posidonius. A Cratera Posidonius localisa-se na margem oeste do Mare
Serenitatis e ao sul do Lacus Somniorum.
Abaixo vemos o resultado do LROC NAC (Narrow Angle Camera) do ponto da seta branca na
foto anterior:
Foto: Close-up dos pedregulhos, derivado do mar de lavas que inundou o piso da cratera, aflorando da parede
leste do canal. O rille (canal) fica à esquerda das rochas expostas. A largura da imagem é de 500 m.
Abaixo, mostramos uma foto da Cratera Posidonius e região. Imagem capturada por Vaz
Tolentino Observatório Lunar.
Foto: Vallis Schroter fotografado por LROC mosaico WAC (Wide Angle Camera), 100 m / pixel.
No close-up da foto abaixo, apresenta-se o ponto indicado pela seta branca da foto anterior.
Foto: LROC NAC (Narrow Angle Camera) close-up do ponto da seta branca da foto anterior, de uma curva ou
dobra no rille (canal) interior do Vallis Schroter (ou Vallis Schröteri), As paredes do canal estão visíveis no canto
superior esquerdo e no inferior direito da imagem. A largura da imagem é de 600 m.
Abaixo mostramos uma foto da Cratera Aristarchus e do Vallis Schroter feita pelo Vaz Tolentino Observatório
Lunar.
Notícia adaptada de:
http://www.vaztolentino.com.br/secao/35-LRO-Lunar-Reconnaissance-Orbiter-USA

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