INTRODUÇÃO À HISTÓRIA E MISSÃO DA ORDEM DE CAVALARIA
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INTRODUÇÃO À HISTÓRIA E MISSÃO DA ORDEM DE CAVALARIA
Origens e História da Ordem INTRODUÇÃO À HISTÓRIA E MISSÃO DA ORDEM DE CAVALARIA DO SANTO SEPULCRO DE JERUSALÉM1 LUGAR-TENÊNCIA DE PORTUGAL Introdução Qualquer pessoa que presencie, hoje em dia, uma cerimónia de Investidura dos Cavaleiros e das Damas da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, sentir-se-á profundamente impressionado, como se o tempo tivesse parado por volta do ano de 1100. É que, efectivamente, as cerimónias são celebradas em imponentes catedrais ou antigos mosteiros seguindo um ritual que sofreu escassas modificações através dos séculos. Mas estas celebrações também levantam ao observador algumas questões. Por exemplo: Quando se fundou a Ordem? Como sobreviveu e se desenvolveu ao longo de um milénio? E, sobretudo, qual é o seu papel no mundo contemporâneo? A resposta a estas perguntas torna-se especialmente interessante para aquelas pessoas que se sentem atraídas a fazer parte da nossa Ordem. As páginas que seguem têm por objecto responder a estas questões, ainda que de forma concisa. 1 Baseado na publicação com o mesmo título da Lugar-Tenência de Para se perceber bem a razão de ser d convém fazer uma visita retrospectiva à situaçã social e religiosa da Europa Ocidental no c século XI: a devoção ao Santo Sepulcro, o senti havê-lo perdido, o espírito cavaleiresco e o peregrinação aos Lugares Santos despertaram pela defesa do Sepulcro do Senhor. O chamamento pontifício, realizado p Urbano II, em 18 de Novembro de 1095, na encerramento do Concílio reunido em Clermon incitou todos os que ali estavam reunidos a e suas divergências internas juntando-se numa pe armada dirigida a resgatar o Santo Sepulcro em muçulmanos que o haviam arrebatado pelas cristãos bizantinos. Proposta que seria aco multidão de guerreiros congregados pelo grito lo Vult”, ou “Deus o quer”! Assumida como u de mobilização geral para todos os guerreiros d consequentemente milhares deles tomaram o P seu Senhor natural e se apressaram a rumar à como autênticos cruzados da Igreja. Depois anos de guerra incessante, durante a qu perderam a vida, às mãos dos muçulmano inclemência do clima, os cruzados conseguiram a cidade de Jerusalém, no dia 10 de Julho de 1 o seu chefe Godofredo de Bulhão restabelecido Santo Sepulcro, organizando, para o efeito, um Cónegos, aos quais se uniu um conjunto de com o fim de assegurar a ordem e a defesa deste Santo Lugar, montando uma guarda de honra. Godofredo de Bulhão, Protector do Santo Sepulcro, e posteriormente seu irmão e sucessor Balduíno I, reconheceram a importância do papel que realizavam estes Cavaleiros e concederam-lhes a sua protecção, a fim de fortalecer a custódia dos Santos Lugares, sempre expostos às depredações dos malfeitores e dos sarracenos, foi, assim, constituída uma guarda especial permanente, autónoma e independente, em que a denominação da Ordem se justificava pelo facto dos seus membros constituírem uma unidade compacta e organizada formada por cinquenta Cavaleiros que haviam previamente recebido a sua Investidura como tais, separada do resto do exército cruzado e com a finalidade específica de velar pelo Santo Sepulcro. Foram-lhes dados uns estatutos para se regerem. Os chamados Assises ou Estatutos do Santo Sepulcro, nos quais se estabelecia que a Ordem fosse dirigida no campo espiritual pelo Patriarca de Jerusalém, e no temporal pelo Rei de Jerusalém, como soberano, chefe e protector da Ordem. O Papa Eugénio III reconheceu-os em sua dupla condição religiosa e militar. Estabelecia-se assim a Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro de Jerusalém, a primeira e mais antiga das Ordens de Cavaleiros na Terra Santa, formada por Cónegos, encarregados do culto divino, e Cavaleiros, encarregados de defender o Santo Sepulcro. Durante cerca de duzentos anos foram os paladinos que espadas o defenderam, até à queda do Reino Jerusalém depois de se perder, em 1291, S. Joã a última fortaleza dos Cruzados na Palestin disso, tal como as demais Ordens, regressaram lugares de origem na Europa2. Mas deste resultou o desaparecimento dos Cavaleiros d pois os franciscanos que custodiavam o Santo sob a protecção dos sultões otomanos, pro investindo novos Cavaleiros entre os peregrin que o visitavam. O que seria ratificado pe concedendo aos “Custódios” da Terra Santa o exclusivo de investir os “Cavaleiros do Santo Foram vários os Cavaleiros portugueses, por e investidos na Terra Santa, entre eles D. Montano cujo pergaminho original de conc insígnias e grau de Cavaleiro, datado de 30.01 Jerusalém, Convento do Santo Salvador, se e Sede da Lugar-Tenência de Portugal. Assim se inicia a fase denominada Pere decorre na Europa, entre os anos 1291 caracterizada pela fragmentação da Ordem 2 Em Portugal, a Ordem já existia desde o primeiro qu XII, possuindo, sobretudo na Beira Alta, grandes p coutadas e honradas, e teve Mosteiros em Vila Nova d em Águas Santas (Trancozelos, Penalva do Castelo). hoje, pode ser visto, na ombreira esquerda da porta da monumento românico, a Cruz patriarcal usada pelos Santo Sepulcro (VASCO VALENTE: “A Ordem do Sto Portugal”). Trata-se, possivelmente, do primeiro Most grandes Priorados que disputam a primazia: Cápua (Itália), Calatayud e Toro (Espanha), Orléans (França), Denkendorf (Alemanha), Miechow (Polónia) e Warwick (Inglaterra), até que, por consequência da Bula de Inocêncio VIII, de 1489, e do cisma inglês de Henrique VIII se reduziram a três: Catalayud, Orléans e Miechow. No ano de 1489, o Papa Inocêncio VIII entusiasmado com a ideia de preparar uma grande Cruzada contra o Islão – que nunca se chegaria a realizar - dirigida por Pierre D’Abuson, Grão-Mestre da Ordem de São João decidiu, através da Bula “Cum solerti mediatione”, de 28 de Março3, contribuir para a mesma incorporando a Ordem do Santo Sepulcro e a Ordem de São Lázaro, com todos os seus bens, na Ordem Hospitalária de São João (Ordem de Malta) no sentido de reforçar o aparelho militar. Esta decisão provocou o vigoroso protesto do Rei Fernando, “O Católico” que recusou a anexação e resistiu até conseguir do Papa Alexandre VI, em 1496, a anulação da anexação dos Cavaleiros espanhóis que ficaram sob a protecção da Coroa, convertendo-se assim, à época, nos únicos Cavaleiros e Cónegos do Santo Sepulcro em todo o mundo. Desta forma, a Ordem sobreviveu em Espanha durante os 24 anos que durou a anexação geral da Ordem de São João. Singularidade única que hoje em dia é recordada pelo duplo manto, capa e hábito de coro, que usam exclusivamente as Lugar-Tenências espanholas. Foi 3 o Papa Leão X, pela Bula de 29 de Outubro quem anulou a anexação efectuada por Inocên restituiu a sua independência debaixo da auto Santa Sé. No ano de 1847 ocorreu uma importante que terminou com o secular confronto entre a os sultões otomanos que dominavam a assinando-se um Acordo entre ambos que restabelecer o Patriarcado Latino de Jerus regresso de um Bispo Católico, com jurisdiçã Terra Santa, depois de seis séculos de ausênc pelo Breve Nulla Celebrior, de 23 de Julho restabeleceu-se a Cadeira Patriarcal do Rito L Jerusalém, a fim de garantir a presença neutralizando assim as intenções dos império Alemão de colocar a religião protestante a co Lugares Santos. Deste modo, a Ordem do Sant regressou à Terra Santa, terminando o seu exílio Com a restauração da autoridade Pat Jerusalém, foi suprimida a faculdade conc Padres Custódios da Terra Santa de investir Cav Santo Sepulcro, exercida por delegação apostó a Bula de Alexandre VI, passando a ser prerr Patriarca como já havia sucedido no passado. Anos mais tarde, pelas Cartas Apostóli multa Sapienter”, de Pio IX, de 24 de Janeiro Ordem do Santo Sepulcro foi reorganizada adaptá-la aos novos tempos. Desde essa dat Estatutos registaram diversas alterações. De entre as medidas de maior relevância introduzidas neste período refira-se a da renúncia do Papa ao cargo de Grão Mestre em benefício de um Cardeal da Igreja Católica Romana e a que foi introduzida pelo Papa Leão XIII, que permitiu a admissão de Damas na Ordem. Como curiosidade, assinale-se que depois de nove séculos de interregno, foram portugueses os primeiros Cavaleiros e Damas a serem investidos na Basílica do Santo Sepulcro, em Cerimónia presidida por Sua Beatitude o Patriarca Latino Mons. Fouad Twal, no dia 5 de Outubro de 2010. Actualmente, no início do III Milénio, decorridos novecentos anos da sua fundação, a Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcro não é uma relíquia do passado mas sim uma Instituição activa e dotada de grande vitalidade. É uma Ordem Católica que, actualmente, se estende por todos os Continentes e cuja principal missão é a protecção e ajuda à presença cristã na Terra Santa. Embora tenham passado os tempos do Cavaleiro de brilhante armadura que ajudava com a sua espada a defender o Santo Sepulcro, este ainda ali está em Jerusalém e tão ameaçado como no passado. Actualmente os membros da Ordem são Cavaleiros pacíficos, ainda que devamos acrescentar que a coragem e a perseverança requeridas para poder, nestes tempos, cumprir a nossa missão de protecção do legado cristão na Terra Santa, não são menores que as que eram necessárias no passado. Os Cavaleiros da Ordem substituíram a força das armas pela fraternal caridade. Agora combate-se at testemunho pessoal, lembrando e dando a conh o nosso empenho, as dramáticas circunstância atravessam, hoje em dia, os Lugares Santos e que neles habitam, bem como promovendo e fi iniciativas de assistência e desenvolvimento da Objectivos da Ordem O que é hoje a Ordem do Santo Sepulcro a definição do Código canónico, é uma “Associ de fiéis… sob a protecção da Santa Sé” e pel dos seus Estatutos, a Ordem é uma pessoa j Direito Canónico, segundo as Cartas Apostólic Santidade Pio XII de 14 de Setembro de 1949 Santidade João XXIII de 8 de Dezembro d também pessoa jurídica vaticana, segundo o R Sua Santidade João Paulo II de 1 de Fevereiro Os Estatutos actuais de 1977 estabelec outros, dois objectivos fundamentais para a Ord 1. “Reforçar nos seus membros a prátic cristã, com absoluta fidelidade ao Sumo e de acordo com os ensinamentos da Igr 2. “Sustentar e ajudar as obras e as in caritativas, culturais e sociais da Igrej na Terra Santa, particularmente as Patriarcado Latino de Jerusalém”. A Premissa dos Estatutos é, todavia, mais precisa e estabelece que, “o zelo à renúncia, no meio desta sociedade de abundância, o generoso empenho pelos mais débeis e desprotegidos, a luta corajosa pela justiça e pela paz, são as características da Ordem do Santo Sepulcro”. Além disso, a “obra caritativa da Ordem deve ter as suas raízes na espiritualidade dos seus membros”, e, finalmente, “a prática da Fé cristã deve demonstrar-se no seio da própria família, no lugar de trabalho, na obediência ao Santo Padre e colaborando na própria Paróquia e na própria Diocese, nas actividades cristãs”. A Ordem requer de seus membros: • • • • Uma exemplar conduta moral. Devoção religiosa. Participação nas actividades da Igreja, prestandolhe os serviços necessários – apostolado leigo. Defesa dos direitos da Igreja Católica na Terra Santa. É claro que o que a Ordem espera dos seus membros não é um interesse superficial ou ocasional, é antes um compromisso constante, que exclui os que tomem parte “em actividades de entidades, organizações e associações, cujos caracteres, fins e programas estejam em contraste com a doutrina e os ensinamentos da Igreja Católica”, e aqueles que simplesmente desejam “coleccionar condecorações”. Estrutura e funcionamento A Ordem tem à sua cabeça o Grão-Mes um Cardeal da Igreja Católica Romana nom Papa. É ajudado na sua gestão pelo Grão-Magis tem funções de assessoria integrando um númer de 18 membros de diferentes áreas geográfica designados pelo Grão-Mestre - bem como pelo Latino de Jerusalém, que é o Grão-Prior da Ord A organização local está constituída p Tenências (uma ou mais por País), sendo cada dirigida por um Lugar-Tenente, um Grão-P Conselho. Em resposta à pergunta de como se dist poderes dentro da Ordem, pode dizer-se qu Mestre é quem desempenha o poder executiv ajuda do seu Gabinete, sendo o Governador-G que o Ministro de Estado. O Grão-Magistério dos anos e de acordo com o Grão-Mestre e o Latino, tem assumido uma capacidade quase l com a função específica de formular orientadoras das normas de conduta. Outro organismo que reúne em torno Mestre, dos membros do Grão-Magistério e d Lugar-Tenentes, é a “Consulta”, uma espécie d “parlamento” ou, poderia também dizer-se, um que tem lugar cada cinco anos e dura uns pouc A Consulta, que pode criar “Comissões ad hoc e revê os objectivos, estratégias e procedimentos desenvolvidos pela Ordem. Também é importante assinalar a grande autonomia de que gozam as Lugar-Tenências, assim como o contínuo diálogo existente entre o Grão-Magistério e as próprias Lugar-Tenências. O funcionamento da Ordem tem primordial importância nas iniciativas caritativas na Terra Santa, que se dirigem especialmente aos palestinianos cristãos que ali habitam, alguns dos quais podem ser, inclusive, descendentes das primeiras comunidades cristãs fundadas pelos Apóstolos. Não parece necessário explicar a razão pela qual aquele povo precisa do nosso apoio. Como árabes que são enfrentam a mesma difícil situação que sofrem seus compatriotas muçulmanos em Israel, nação em confronto com todos os países da Liga Árabe. O problema agravase pelo facto de constituir uma minoria cristã no seio de uma população muçulmana. Na Jordânia, a situação é algo mais favorável, apesar de ali sofrerem também sérios problemas económicos, o que os obriga a emigrar. A diáspora palestiniana não é um fenómeno novo, mas é particularmente preocupante para os cristãos, porque, de ano para ano, diminuem em número. Como afirmou o Papa Paulo VI, se todos eles decidissem abandonar a Palestina, a Terra Santa convertia-se num “museu vazio”. Os fundos reunidos pelas Lugar-Tenências e enviados por estas à Terra Santa são utilizados, de acordo com certas prioridades estabelecidas, para s orçamento corrente do Patriarcado, cobrindo suas necessidades. No ano de 2011, est ultrapassaram 11 milhões de euros, tendo Tenência de Portugal assegurado, com 71 m reestruturação do Convento das Irmãs do R Aboud (Território Palestiniano) cuja visita foi i programa da Peregrinação portuguesa de âmbito desta peregrinação, a Lugar-Tenência d ofereceu ao Santuário da Natividade, em Naz Santa), um painel em azulejos de Nossa S Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal. E montante da contribuição portuguesa ultrapasso euros incluindo apoios aos cristãos de Gaza guerra. A Terra Santa é uma Diocese “sui gener porque cobre uma grande área (a juris Patriarcado compreende a própria Cidade Territórios Palestinianos, Israel, Jordânia e Ch 68 paróquias), mas também porque, como Diocese, mantém outras actividades; neste infantários, 26 escolas de ensino secundário e 7 com uma assistência de perto de 20.00 acompanhados por 107 freiras e 862 m professores. Cabe perguntar se existe outra Diocese que se confronte com uma tarefa tão exige dependa financeiramente em tão alto grau associação católica secular. Mas o trabalho da Ordem não se limita a apoiar o orçamento corrente do Patriarcado, pois o seu auxílio estende-se a determinados projectos sociais, assim como a muitas outras instituições religiosas da Terra Santa, como por exemplo, à Universidade de Belém e também à concessão de bolsas de estudo em escolas técnicas. A peregrinação à Terra Santa é uma ocasião muito especial na vida de um Cavaleiro ou Dama do Santo Sepulcro, não só deve incluir a veneração dos lugares santificados pelo nosso Redentor há dois mil anos, mas também a visita a um seminário ou convento, a uma ou mais paróquias e um encontro com as comunidades cristãs, religiosos e mestres. Através desta experiência pessoal, e do testemunho vivo daqueles a quem apoiamos, os nossos membros podem compreender e valorizar melhor os problemas destes nossos irmãos, suas preocupações, suas necessidades materiais e, sobretudo, sua profunda necessidade de paz, de trabalho e de liberdade no seu próprio País. O que se oferece em troca é fraterna caridade: darmos testemunho do que a Ordem está a fazer pelo povo da Terra Santa e fazê-los sentiremse menos sós e, quiçá, melhor e mais fortemente preparados para enfrentarem os problemas de cada dia. Estes encontros permitem, frequentemente, às Lugar-Tenências promover iniciativas concretas para atender às necessidades de determinadas paróquias ou escolas. Em alguns casos, uma ou mais Lugar-Tenências assumiram a responsabilidade de projectos alcance em zonas que sofrem graves neces problemas. Todos os recursos financeiros recolhi Lugar-Tenências e enviados para a Terra Sant da generosidade dos Cavaleiros, das Eclesiásticos da Ordem do Santo Sepulcro, e das suas actividades. Ao contrário de outras Ordens de Caval ainda que dedicadas igualmente a actividades – possuem fortunas consideráveis, o nos património é o Palácio della Rovere, situado na Conziliazione, no Vaticano, muito perto da Pra Pedro. Por outras palavras, todo o dinheiro generosidade dos membros da nossa Ordem é e na Terra Santa. Quem e quantos somos O número total de membros da Ordem mundo é de 30.000, incluindo Cavaleiros, Eclesiásticos. Existem 62 Lugar-Tenências e D Magistrais estabelecidas nos cinco Continent países. Em Portugal há uma Lugar-Tenênci Delegações Regionais (Norte, Centro, Sul integrando, em 2014, um número global de ce Cavaleiros e Damas. Entre 2010 e 2014 foram admitidos 84 novos membros (incluindo o Grão Prior de Portugal, Sua Eminência o Patriarca de Lisboa, e os Priores das quatro Delegações, SS.EE.RR. os Arcebispos de Évora e Braga e os Bispos dos Açores e Coimbra) – nas Investiduras em Jerusalém, 2010 e 2012, em Évora, 2011, em Angra, 2013 e, em Coimbra, 2014. Nuns poucos casos, os grupos locais são denominados como “Delegações Magistrais” devido ao reduzido número de membros que as integram. Apesar de que estas “Delegações” não difiram em absoluto das Lugar-Tenências, nem na sua importância nem no ser estatuto jurídico, como, tão pouco, no que se refere aos seus objectivos e obrigações. Há duas formas de chegar a membro da Ordem: por pedido ou por convite. O primeiro procedimento é aplicado onde a Ordem tem grande notoriedade. O Conselho da Lugar-Tenência examina o pedido e as qualidades morais e sociais do Candidato e toma em consideração os comentários do Pároco ou do Bispo; posteriormente, aprova o pedido e envia-o a Roma com o nihil obstat do Grão-Prior da Lugar-Tenência ou do Bispo da respectiva Diocese, para aprovação final pelo Grão-Mestre. Nos países em que os membros são convidados, o Conselho da Lugar-Tenência toma a iniciativa; os Membros do Conselho examinam confidencialmente as qualidades de quem poderia desejar aceder à Ordem, e então estabelecem o contacto com as pessoas em partir deste ponto o processo segue os proc habituais. A média anual de admissões nos últim tem sido de cerca de 1.000 em todo o mundo. S em linha de conta os falecimentos, renúnci raras), alguns poucos casos de pessoas que ent ideias equivocadas a respeito dela, e aqueles q passar do tempo, pela sua conduta contrária às Igreja Católica, deixaram de ser “de facto” m Ordem, podemos calcular que a Ordem incremento de centenas de membros em Recordando o princípio, frequentemente m pelos Grão-Mestres e compartilhado pe Magistério, de que é mais importante a qualida a quantidade dos nossos membros, este aument considerado satisfatório. Conclusões O propósito deste folheto, da sua introdu dados que o acompanham, é o de proporcionar descrição da Ordem de Cavalaria do Santo S Jerusalém, das obrigações e objectivos membros, Cavaleiros, Damas e Eclesiásticos, estes se realizam. Esta publicação não pretende avaliar a eficácia dos esforços caritativos da Ordem, e muito menos a “santidade” dos seus membros. No entanto, podemos afirmar que o número dos nossos membros cresce em cada ano assim como a expansão geográfica da Ordem, e que o nível dos nossos recursos financeiros segue aumentando apesar da dificuldade de obtenção de ajudas económicas para necessidades caritativas. A Ordem é uma associação de seres humanos que, pese a ajuda da Divina Providência, tem as suas imperfeições e limitações. Todos os seus Membros se sentem profundamente comprometidos em melhorar, tanto a sua própria espiritualidade (primeiro objectivo das acções da Ordem) como a forma como se trabalha para ajudar os nossos irmãos da Terra Santa; tais iniciativas partem com igual frequência das Lugar-Tenências, dos seus membros e das directivas gerais do Grão-Magistério. Na História da Igreja, o velho e o novo estão sempre relacionados entre si. O novo nasce do velho e o velho encontra no novo uma expressão mais plena, como escreveu Sua Santidade o Papa João Paulo II. Aliás têm sido frequentes os votos de sucesso manifestados à Ordem, em diversas ocasiões, pelos Sumo-Pontífices, constituindo um extraordinário estímulo para todos nós. Cite-se, a título de exemplo, a carta de 17 de Maio de 1994, dirigida ao Grão-Mestre da Ordem, onde João Paulo II dizia: “… A missão secular dos Cavaleiros e Santo Sepulcro é bem conhecida. Presentes países, actuam com diligência em favor da co palestiniana com vista à promoção do espirituais que animam a Ordem e a um auxíl das suas necessidades materiais…”. Recordemos ainda a Mensagem dirigida, por Sua Santidade o Papa Bento XVI aos Ca Damas da Lugar-Tenência de Portugal, por o sua Peregrinação à Terra Santa, quando especial recordação nas Suas preces: “de todos e cada um de vós para que a pertencerdes à nomeada Ordem de Cavalaria sentir sempre e cada vez mais no dev responsabilidade de distinguirdes o vosso se uma vida cristã e com adesão coerente, g desinteressada a Cristo e à Igreja”. E, mais recentemente, a Mensagem do S Francisco, por ocasião da Peregrinação Intern Ordem a Roma, integrada no programa oficial Fé, no dia 13 de Setembro de 2013, e que reu dos seus membros vindos de todos os Continen “A Ordem de Cavalaria do Santo Sepulcr história quase milenar: a vossa Ordem é uma antigas ordens de benemerência ainda activ para a protecção do Santo Sepulcro, tem rec especial atenção por parte dos Bispos Construir com caridade, com compaixão, com vossa peregrinação tem também um objectivo de caridade para com os irmãos e irmãs da Terra Santa, especialmente para com os mais necessitados, os que vivem momentos sofrimento, de tensão e de medo e para com os nossos irmãos cristãos que tanto sofrem. (…) Isto é um ponto importante para cada um de vós e para o conjunto da Ordem de forma a que todos sejam ajudados a aprofundar o seu compromisso para com Cristo: a profissão de fé e o testemunho da caridade estão intimamente ligados e são os pontos fortes da vossa acção ”. Compreendemos que todos os nossos trabalhos não são senão pequenas gotas de água no oceano dos problemas políticos, económicos e humanos que afectam o Próximo Oriente. Sem embargo, as exortações do Santo Padre permitem-nos acreditar que o pouco que podemos fazer para aliviar o sofrimento dos nossos irmãos da Terra Santa, a nossa presença ali nas Peregrinações, nas escolas paroquiais, frequentadas tanto por cristãos como por muçulmanos, e as orações dos nosso Confrades, podem trazer um pouco mais a paz e a reconciliação àquela Terra pelos misteriosos caminhos de que faz uso a Providência. DEUS LO VULT Lugar-Tenência de Portugal 2014 Painel em azulejaria portuguesa, oferecido pela Lugar-T Portugal (Peregrinação de 2012), ao Santuário da Anun Nazaré (Terra Santa). Representa a imagem de Nossa S Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal. 2014 - ANO HISTÓRICO PARA A LUGAR-TENÊNCIA DE PORTUGAL Março, 13 a 14 – Exéquias de Sua Eminência o Senhor Patriarca Emérito de Lisboa, D. José Policarpo, Grão-Prior Emérito da Lugar-Tenência de Portugal. Aos Cavaleiros do Santo Sepulcro foi-lhes concedida a honra de fazerem a Guarda de Honra permanente à urna, escoltando-a durante o cortejo fúnebre, da Sé de Lisboa até à Igreja de São Vicente de Fora onde o corpo ficou sepultado. Maio, 12 a 14 – Visita a Portugal de Sua Beatitude o Patriarca Latino de Jerusalém, Mgr. Fouad Twal para presidir às Cerimónias do Santuário de Fátima e participar no Colóquio organizado pela O.C.S.S.J. e Universidade Católica Portuguesa sobre a “Situação dos Cristãos da Terra Santa e Próximo Oriente”. Maio, 23 a 27 – Peregrinação à Terra Santa de um grupo de vinte e seis peregrinos, composto por Cavaleiros e Damas da Lugar-Tenência de Portugal da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém, bem como alguns amigos da Ordem, que acompanharam a Visita Apostólica de Sua Santidade o Papa Francisco à Terra Santa. Uma vez mais, a Delegação portuguesa foi a que maior número de Cavaleiros e Damas integrou em visitas de Papas à Terra Santa. Outubro, 18 e 19 – Visita a Portugal de Sua Eminência Reverendíssima o Cardeal Grão-Mestre Edwin Frederick O’Brien, a segunda visita de um Grão-Mestre da Ordem a Portugal, para presidir às Cerimónias de Investidura de 18 novos Cavaleiros e 1 Dama portugueses, por ocasião do fundação da Delegação Centro da Lugar-Tenência de Portugal. Novembro, 19 – Encontro de Oração pela Paz na Terra Santa e no Próximo Oriente, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, com a participação de Sua Eminência o Patriarca de Lisboa, Grão-Prior da Lugar-Tenência de Portugal, e dos líderes religiosos das comunidades Judaica, Cristã Ortodoxa e Muçulmana, organizado pela Lugar-Tenência de Portugal.
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