׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ הָרֹמֲע ֶלֶמ עַ ְ

Transcrição

׃ בֹֽזֲע ַ ־ל ַֽא י ִת ָר ֽ ֶכָל י ִ ַתָנ ב ט ח ַקֶל יִ הָרֹמֲע ֶלֶמ עַ ְ
BS “D
‫ע ֽ ֹזבּו׃‬
ֲ ַ‫ֹור ִ תי ַ ֽאל־ּת‬
ָ ‫ִּכ !י ֶל קַ ח טֹוב נ ַָת ִּתי לָ ֶכ ם ֽ ּת‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino). Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá LechLechá-10 de MarHheshvan de 5769 (8/11/08) Ano-2 N-74
‫׃‬...‫מ ָרה‬
ֹ ‫ע‬
ֲ % ֶ‫ת־ּב ְר ַׁש&ע ֶמל‬
ִ
ֶ‫דם ְוא‬+ֹ ‫ ְס‬% ֶ‫ ֶמל‬. ‫ת־ּב ַרע‬
ֶ/
ֶ‫עָ ׂש ּו ִמ ְלחָ ָמה א‬
“Fizeram guerra a Bera, rei de Sdóm e a Birshá, rei de Amorah;” (Bereshit 14:2)
Esses reis governavam sobre as cidades de Sdóm (‘Sodoma’) e Amorah (‘Gomorra’), cidades cujos habitantes eram
“maus e pecadores para Hashem, muito” (Bereshit 13:13) conforme testemunha a Torah no Perek anterior. E assim diz
Shlomo Hamelech em Mishlei (29:4): “O rei pela justiça estabelece a terra”, ou seja, que o rei deve usar de sua autoridade
para, com justiça, manter a paz entre o seu povo. Contudo, quando o rei (assim como líderes em geral) prefere não advertir
seus subordinados de modo que estes não retifiquem seus atos, todo o mal causado pelos súditos está “pendurado em seu
pescoço” (passa a ser sua responsabilidade), e é considerado como se causado por ele próprio.
A conclusão é que esses reis eram pessoas verdadeiramente malvadas e que desejavam e incentivavam que seus
povos fossem tão maus até o ponto que atingiram. Logo, eles eram maus por atos próprios e maus, conforme a explicação
acima, devido às transgressões de seus súditos. E, como sabemos, os nomes nos ensinam sobre a essência e/ou proceder de
uma pessoa; por isso, quando a Torah sagrada cita esses reis, seus nomes aludem aos seus procederes. Bera tem a letra
inicial do nome - Bet (valor numérico de dois) para nos mostrar que ele era duplamente rá – mau. Assim também ocorre
com Birshá, onde o Bet inicial do nome nos ensina que ele era duplamente Rashá (malvado). Isso porque ambos carregavam
seus erros próprios (pessoais) e os de seus súditos que erravam e não eram admoestados por seus superiores, conforme se
espera de um bom rei (líder).
Contudo, o decreto da destruição foi contra ambas as cidades e seus habitantes. Isso ocorre pelo nível baixíssimo a
que chegaram. Segundo Rab Yehudá, no Tratado Talmúdico San'hedrin (109) sobre o Passuk de que os habitantes dessas
cidades eram muito maus (Bereshit 13:13), a Torah acentuou a maldade deles pois esses povos intencionavam fazer o mal e
faziam esse mal. A explicação desse comentário do Talmud é que, diferente das outras pessoas quando pecam, esses povos
não caíram sob domínio do mau instinto, que instiga e persegue incansável e permanentemente as pessoas para que pequem
(D-us nos livre). Pelo contrário, eles mesmos se rebelaram e perseguiam os pecados por iniciativa própria. Eles,
conscientemente, buscavam fortalecer seu mau instinto para que os ajudasse a aumentar suas transgressões, D-us nos livre!
O que a Torah vem nos mostrar é que mesmo uma pessoa que peca culposamente (mezid) ainda tem chance de
retificar seu caminho e fazer Teshubá. Contudo, os povos de Sdóm e Amorah eram de um segundo tipo, rebeldes, um tipo
muito mais grave de transgressões, ao ponto de não haver chance de Teshubá, e isso os levou a um castigo tão severo, o da
destruição completa. Que tenhamos sempre em mente andar no caminho da Torah e, mesmo que tropecemos no caminho,
saibamos bem que amamos nosso Criador e, assim, os portões da Teshubá estarão sempre abertos para nós!
Adaptado dos Livros “Aderet Eliyahu e Ben Yehoyada - San'hedrin 109” do Hhacham Yossef Hhaim A”H (Ben Ish Hhai) Por Jaime Boukai
Resumo da Parashá – Lech Lechá / Livro de Bereshit (Gênesis) 12:1 – 17:27
Hashem ordena a Abram: “Saia de sua terra, de seu local de nascimento e da casa de seu pai, para a terra que Eu te
mostrarei”. Lá, D-us diz que Abram será transformado em uma grande nação. Abram, Sarai e Lot viajam para a terra de
C’naan, onde Abram constrói um altar e continua a espalhar a mensagem do D-us Único. A fome força Abram a descer para
o Egito, onde a bela Sarai é levada ao palácio do Faraó; Abram escapa da morte apresentando Sarai como sua irmã, e não
como esposa. Uma “doença de pele” impede o Faraó de tocar nela e força-o a devolvê-la a Abram. De volta à Terra de
C’naan, Lot se separa de Abram (pela briga entre seus pastores) e se estabelece na perversa cidade de Sdóm, onde é preso
quando os poderosos exércitos dos 4 Reis conquistam as cinco cidades do Vale de Sodoma. Abram se arma e forma um
pequeno grupo para salvar seu sobrinho; ele vence miraculosamente os 4 reis e é abençoado por Malki-Tsedek, o rei de
Shalem (Jerusalém). D-us sela o “Pacto Entre as Partes” com Abram, no qual o exílio e a perseguição (Galut) do Povo de
Israel são profetizados e a Terra Santa lhes é legada como herança eterna. Ainda sem filhos dez anos depois de sua chegada
na Terra, Sarai diz a Abram para casar-se com sua serva Hagar. Esta dá à luz e se torna insolente em relação à sua patroa;
mas ela foge quando Sarai a trata duramente; um anjo a convence a retornar e lhe diz que seu filho será o pai de uma
populosa nação. Ishmael nasce no 86º ano de Abram. Treze anos depois, D-us muda o nome de Abram para Abraham (“pai
de multidões”) e de Sarai para Sarah (“princesa”) e promete que um filho nascerá para eles; desta criança, a quem deverão
chamar de Itshhak (“sorrirá”), surgirá uma grande nação com a qual D-us estabelecerá Sua especial ligação. Abraham é
ordenado por D-us a circuncidar a si mesmo e todos seus descendentes como um “sinal do pacto entre Mim e você”. (Adap.
PARASHÀ EM UMA CASCA DE NOZ e Torah-mail por Jaime Boukai).
Curiosidade da Semana:
Lech Lechá – Vai para Ti: O Exercício da Emuná
Na Parashá Lech Lechá, lemos sobre como Abraham Abinu rompeu com a idolatria de sua casa, sendo orientado
por D-us a sair de sua cidade e ir para a terra de C’naan: “E disse o Eter-no a Abram: sai de tua terra, de tua parentela, da
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BS “D
casa de teu pai, para a terra que te mostrarei” (Bereshit 12:1). Rambam (Maimônides) descreve o processo pelo qual
Abraham Abinu chegou à crença monoteísta, numa época em que o mundo todo era idólatra. Ele não teve mentor ou livros
de onde aprender os princípios do monoteísmo. Segundo Rambam, a família de Abraham e toda a sua comunidade adoravam
ídolos, sendo que o próprio Abraham os acompanhava quando criança. Porém, ele começou a ponderar como o mundo teria
chegado a uma ordem tão perfeita das coisas sem ter sido obra de um Criador. Abraham arrazoou que as leis tão complexas
e intrincadas da natureza não podiam ser resultantes do mero acaso, mas sim conseqüência de um perfeito planejamento por
parte do Eter-no. Ao atingir a idade de quarenta anos, Abraham conseguiu concluir sua filosofia e passou a engajar-se em
uma campanha de divulgação de suas idéias com vistas a dissuadir as pessoas da idolatria e aproximá-las de Hashem.
Neste contexto, podemos inferir que cabe a nós também sempre dedicar parte do nosso tempo no desenvolvimento
de nossa Emuná (fé, confiança) em D-us, tal como Abraham fez. Podemos exercitar nossa fé de uma maneira bastante
simples, apenas contemplando as maravilhas da natureza e buscando enxergar em todos os detalhes a perfeição dos planos
do Criador, tal como se lê nos salmos: “Quão grandiosas são Tuas obras, ó Eter-no! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra
está repleta das Tuas criações” (Tehilim 104:24). A ciência nos tem mostrado o quão complexos são todos os fenômenos da
natureza. De fato, nem seria necessário “ir muito longe”; o próprio funcionamento do organismo humano já consiste numa
maravilha espantosa: o DNA, o cérebro, os neurotransmissores, as enzimas... a visão, o olho humano com cerca de uma
centena de milhões de terminações nervosas. É como se testemunhássemos uma série de milagres a cada instante em nós
mesmos! Certamente que nossa fé não deve depender apenas de conhecimentos científicos para se solidificar, mas a
observação e o questionamento da natureza nos pode sim servir como um grande exercício à Emuná. Devemos continuar o
legado de Abraham e continuar a desenvolver nossa Emuná em Hashem e disseminar esta crença por todo o mundo, de
modo a merecer o cumprimento da profecia: “[...] porque a terra estará repleta do conhecimento do Eter-no, como as águas
cobrem o mar” (Yeshayahu 11:9). (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
D-us ordena Abram sobre a Circuncisão
Quando Abram tinha noventa e nove anos, D-us lhe disse, “Abram, Eu quero que você faça a milá (circuncisão), isso
será um sinal no seu corpo de que você serve a Mim. De agora em diante, seus descendentes, vão fazer a milá nos seus
filhos quando seus filhos tiverem oito dias”. Qual é a diferença entre a mitsvá da milá e as outras? Outras mitsvot, tais como
Tsitsit ou Tefilin, são cumpridas em caráter temporário. Já a milá permanece com a pessoa permanentemente, não
importando se é dia ou noite ou qualquer outro fator; nunca se pode renunciar a ela. D-us anunciou a Abram: “Você não será
mais chamado de Abram, mas sim Abraham. Abram quer dizer que você é o pai de Aram, o lugar onde nasceu. Agora, Eu o
transformo em Abraham, que quer dizer o pai de muitas nações. O nome de Sarai também será mudado. De agora em
diante, ela será chamada Sarah, que significa rainha. Assim como você é um rei sobre o mundo, assim ela é uma rainha
sobre o mundo. Apesar de ela ser muito idosa para conceber, dará a luz um filho quando tiver o seu novo nome, Sarah”.
Abraham irrompeu num riso de felicidade quando ouviu as boas notícias. D-us falou para Abraham, “Chamará seu filho de
Itshhak porque você riu e se alegrou. Todos também rirão e se alegrarão com o seu nascimento”. Abraham não demorou em
cumprir a mitsvá. No mesmo dia em que D-us ordenou, ele fez a milá nele mesmo. Nesse mesmo dia, também fez a milá em
Ishmael e nos trezentos e dezoito membros da sua casa. Essa foi uma tarefa monumental para executar em um dia; D-us deu
a Abraham forças para realizá-la.
(Chabad.org.br)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá
A Parashá começa com o primeiro dos dez testes que Abraham foi submetido por D-us. Assim ela se inicia: “Lech
Lechá – vá por si mesmo, de sua terra e de seu local de origem, da casa de seu pai para a terra que Eu te mostrarei”. D-us
pede a Abraham que deposite sua confiança n’Ele e que O siga a uma terra desconhecida. Para não haver enganos, Hashem
delineia os parâmetros para Abraham – este deve deixar sua casa e seu local de origem. Entretanto, a Torah declara em
seguida: “Abraham pegou sua esposa Sarai e seu sobrinho Lot, toda a riqueza que haviam acumulado, e as almas que eles
criaram em Hharan”. Se a Torah nos diz que Abraham fez tudo aquilo que Hashem lhe ordenou, por que repetir aquele fato?
Rabbi Aharon Wolkin explica que existem muitas razões pelas quais a pessoa poderia escolher ao se mudar de local. Às
vezes, a pessoa poderia fazê-lo por razões familiares, financeiras ou porque a vizinhança não é segura ou decente. Há outro
local na Torah onde se usa a frase especial “lech lecha”. É na última provação que Abraham enfrentou, a akeidá. D-us
ordena: “Por favor, pegue seu filho, o único, a quem você ama – Itshhak – e (lech lechá) vá por si mesmo à terra de Moriá”
(Bereshit 22:2). Sem qualquer hesitação, Abraham segue a ordem de D-us fielmente, jamais demonstrando qualquer
mudança de atitude. À primeira vista, parece que o primeiro teste e o último são o mesmo. Há alguma diferença entre o lech
lechá desta semana e o lech lechá da akeidá? Rab Reisha explica que Abraham se relaciona com a vontade de Hashem. Na
akeidá vemos como Abraham transmitiu esta lição a seu filho. A vida de Abraham tem pouco significado, até que ele
constate que a mesma devoção que tem por D-us está também presente em seu filho. Este é o legado que possuímos quando
dizemos: somos “filhos de Abraham”! Cumprimos as mitsvot a despeito das circunstâncias ou do local onde estamos. Que
nós possamos ser chamados de Bnei Abraham! (Chabad.org.br).
Por Hazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David Cagy ben Messodi.
Em memória e elevação das almas de Massouda Behor Nigri bat Simhá, Jamile Cohen bat Rivca, Esther Mizrahi Nigri bat
Miriam, Samuel Levi ben Boulisa, Simão Benekes ben Peretz, Samuel Katz ben Frime e Zekie Spiegel bat Luna.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!

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