TÍTULO Influência de agentes dessensibilizantes remineralizados à

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TÍTULO Influência de agentes dessensibilizantes remineralizados à
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
Narjara Condurú Fernandes da Silva
INFLUÊNCIA DE AGENTES DESSENSIBILIZANTES
REMINERALIZADORES À BASE DE CÁLCIO NA RESISTÊNCIA
DE UNIÃO À DENTINA.
Belém – Pará
2012
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ODONTOLOGIA
Narjara Condurú Fernandes da Silva
INFLUÊNCIA DE AGENTES DESSENSIBILIZANTES
REMINERALIZADORES À BASE DE CÁLCIO NA RESISTÊNCIA
DE UNIÃO À DENTINA.
Dissertação apresentada à Universidade
Federal do Pará, como pré-requisito para
a obtenção do Título de Mestre em
Odontologia sob orientação do Prof. Dr.
Sandro Cordeiro Loretto.
Belém – Pará
2012
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
Sistema de Bibliotecas da UFPA
____________________________________________________________
Silva, Narjara Condurú Fernandes da, 1983Influência de agentes dessensibilizantes
remineralizadores à base de cálcio na
resistência de união à dentina. / Narjara
Condurú Fernandes da Silva. - 2012.
Orientador: Sandro Cordeiro Loretto.
Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal
do Pará, Instituto de Ciências da Saúde,
Programa de Pós-Graduação em Odontologia,
Belém,2012.
1. Dentística. 2. Dentina. 3. Polpa dentária.
I. Título.
CDD 22. ed. 617.675
____________________________________________________________
DEDICATÓRIA
A Deus,
Por minha vida e por tudo que consegui alcançar até aqui, por tornar possível a
realização de muitos sonhos e pela força que surgia como mágica nos momentos mais
difíceis.
Aos meus pais, Vesper e Francesca,
Por terem sido sempre, e de fato, verdadeiros PAIS, presentes em todos os
momentos da minha vida. Pelo amor incondicional, pela mão incansável sempre
estendida e pelos exemplos que os fizeram tornar o espelho de vida que escolhi para
mim.
Ao meu noivo, Cristiano,
Por todo amor, pela presença nos momentos tristes e felizes, por sonhar
comigo e nunca desistir. Pela compreensão nos muitos momentos que precisei estar
ausente ao longo desses dois anos.
Aos meus irmãos,
Vesper Neto (in memorian), anjo que por nós passou, que faz com que quem
ficou tente a toda hora se esmerar, pra quem está olhando lá de cima possa sempre
se orgulhar.
Breno, com seu alto-astral e alegria contagiantes, sempre disposto a me ajudar
nos momentos difíceis.
Gabriela, eterno exemplo de superação, sempre me mostrando que o limite só
existe dentro de nós.
AGRADECIMENTOS
Ao Prof. Sandro Loretto, por ter exercido incansavelmente o papel de me
orientar neste trabalho, pela tranquilidade e paciência em todos os momentos que
senti dificuldade e medo diante do “novo”. Por ter “segurado em minhas mãos” e
ajudado nos momentos que sozinha seria incapaz de seguir nesse caminho. Por toda
sua dedicação ao nosso trabalho, e por todas as vezes que precisou abdicar de sua
família, doando seu tempo para que nosso trabalho pudesse se materializar ao longo
desses dois anos.
Ao Prof. Mário Honorato, por sua dedicação ao nosso Programa de PósGraduação e esforços em fazê-lo crescer, pelas dicas em nosso trabalho e por toda
compreensão no momento que precisei.
À prof. Mariseth Andrade, do Departamento de Estatística da Santa Casa de
Misericórdia do Pará, por toda sua atenção à nossa estatística.
Ao professor Armando Chermont e ao seu irmão Afonso Chermont, por
terem sido tão solícitos em contribuírem para a obtenção dos dentes bovinos utilizados
em nosso estudo.
Ao prof. David Normando, pelo conselho que me fez decidir por participar da
seleção do Mestrado, e pela postura profissional sempre tão dedicada e correta ao
longo dos anos que o conheço, que serviram e servem como exemplo para mim.
À professora Sissy Machado, pelos conselhos e apoio que muito contribuíram
à época da fase de seleção do Mestrado.
À amiga Thalita Tartari, companheira de mestrado e de laboratório, pessoa
especial que conheci durante o programa, capaz de tornar mais divertidos e leves até
os momentos mais complicados da execução desse trabalho, sempre disposta a me
ajudar em vários momentos que precisei, e à amiga Larissa Macêdo, companheira do
laboratório de dentística pré-clínica, com seu jeito sempre alegre e positivo de ver a
vida e de encarar os problemas de forma leve, vocês vão comigo em meu coração.
À Thamea, Larissa, Hellen Santos, Esther e Nayara, pelo apoio, paciência e
contribuições diversas.
Aos professores Elizabeth Rodrigues e Fábio Molfetta, do Departamento de
Química da Universidade Federal do Pará, que contribuíram para a escolha correta de
materiais utilizados em nosso trabalho.
À minha madrinha Ise e tio Zé Almir, pelos milhares de conselhos de grande
utilidade desde o início até as últimas fases desse projeto.
À minha vó Cleide, pela eterna confiança em mim depositada e pela torcida
incansável durante toda minha caminhada profissional.
À amiga Carol Feio, pelos muitos conselhos, pelos ouvidos sempre abertos
aos meus desabafos, por sua participação na minha vida durante todo o mestrado e
desde que a conheci.
À amiga Éllida, amiga de pequena e companheira de profissão, pelo ombro
amigo sempre prestes a atender minhas lamúrias e reclamações, pela certeza de
saber que tenho sempre com quem contar.
Aos amigos de mestrado, Etiane, Adriana, Leida, Joyce, Camila, Thiago e
todos os outros companheiros de sala, pelas vários bate-papos e por proporcionarem
vários momentos divertidos que tornaram essa caminhada mais leve.
Aos funcionários da secretaria do mestrado, Antelmo e Edna, e a todos os
funcionários da faculdade pela dedicação e auxílio, tornando possível essa jornada.
Especialmente, ao Antelmo que várias vezes precisei contar e esteve disposto a me
ajudar quando precisei.
RESUMO
Objetivo: avaliar a influência de agentes dessensibilizantes e
remineralizadores à base de cálcio na resistência da união adesiva à dentina
promovida por diferentes sistemas adesivos. Materiais e método: Noventa e
nove (99) dentes incisivos bovinos hígidos foram utilizados, sendo noventa (90)
aleatoriamente divididos em nove (9) grupos (n=10), de acordo com o agente
dessensibilizante (sem dessensibilizante, Desensibilize Nano-P (FGM) e
Colgate Sensitive Pró-Alívio (Colgate-Palmolive)) e o sistema adesivo utilizado
(Adper Single Bond 2 (3M Espe), Adper Easy One (3M Espe) e Clearfil SE
Bond (Kuraray)), e os demais (9) processados para avaliação em microscopia
eletrônica de varredura (MEV). Os dentes foram seccionados no limite coronoradicular, tiveram suas coroas incluídas em matrizes de PVC, e suas
superfícies dentinárias expostas e planificadas com o auxílio de lixas de
carbeto de silício (nº180, 400 e 600), sob refrigeração. Em seguida, todos os
grupos foram expostos à solução de EDTA 17% para desobliteração dos
túbulos dentinários, e submetidos ao protocolo de uso dos agentes
dessensibilizantes, de acordo com as recomendações dos fabricantes, com
exceção dos grupos controle. Após esta etapa, os corpos-de-prova foram
hibridizados com os sistemas adesivos correspondentes, e cilindros de resina
composta foram confeccionados com o auxílio de uma matriz metálica
bipartida. Os corpos-de-prova foram então armazenados em água destilada
(37ºC), por 24 horas, até a realização do teste de cisalhamento. Para avaliação
ao MEV, fragmentos dentinários de 4x4x2mm foram obtidos, submetidos ao
EDTA 17%, e tratados com os agentes dessensibilizantes. A obliteração dos
túbulos dentinários foi observada em cortes transversais e longitudinais.
Resultados: Ambos os dessensibilizantes promoveram uma obliteração parcial
dos túbulos dentinários expostos. A maior e menor média de resistência (MPa)
foram obtidas com Adper Single Bond 2, sendo a maior com o uso prévio do
Colgate Sensitive Pró-alívio (4,78), e a menor com o uso prévio do
Desensibilize Nano-P (1,44). A comparação dos grupos (ANOVA 2-way) (5%)
não demonstrou diferenças significativas para o fator sistema adesivo e para
interação entre este e o fator agente dessensibilizante. Entretanto, o fator
agente dessensibilizante mostrou-se altamente significante (p=0,0000).
Comparações pareadas (teste t-Student) mostraram diferenças significativas
entre o Colgate Sensitive Pró-Alívio e os grupos controle e Desensibilize NanoP, quando do uso do sistema Adper Single Bond 2. Com o sistema Adper Easy
One, se observou diferença entre os grupos Desensibilize Nano-P e Colgate
Sensitive Pró-Alívio. Não houve diferenças significativas com o sistema Clearfil
SE Bond. Os padrões de fratura foram avaliados em lupa estereoscópica (40X),
predominando o padrão misto. Conclusões: A interferência do uso prévio de
dessensibilizantes dentinários na resistência de união é dependente do tipo e
mecanismo de ação do agente dessensibilizante e sistema adesivo utilizados.
Palavras-chave: Dentina; sensibilidade da dentina; agentes dessensibilizantes
dentinários; adesivos dentinários.
ABSTRACT
Objective: evaluate the influence of calcium-based desensitizing and
remineralizing agents on dentin shear bond strength promoted by different
adhesive systems. Materials e method: Ninety nine (99) sound incisive bovine
teeth were randomly divided into nine (9) groups (n=10), according to
desensitizing agent (DA) (no DA, Desensibilize Nano-P (FGM) and Colgate
Sensitive Pro-Relief (Colgate-Palmolive)) and adhesive system used (Adper
Single Bond 2 (3M Espe), Adper Easy One (3M Espe) e Clearfil SE Bond
(Kuraray)). Other nine (9) teeth were processed to scanning electron
microscopy (SEM). Teeth were sectioned at coronal-radicular junction, had
crowns included in a PVC matrix, and the dentin surfaces gridded and polished
with silicon carbide abrasive papers (180, 400 and 600), under refrigeration. All
groups were exposed to 17%EDTA solution to open dentinal tubules, and
submitted to DA according to manufacturer’s instructions, with exception to
control groups (no DA application). After, specimens were bonded and
composite resin cylinders built on dentin surfaces. Then, specimens were
stored in distilled water (37ºC), 24 hours, until performing shear bond strength
test. For evaluation under SEM, 4x4x2mm dentin fragments were obtained,
submitted to 17%EDTA, and treated with DA. Results: Both DA promoted
partial occlusion of exposed dentinal tubules. Higher and lower mean values
(MPa) were associated to Adper Single Bond 2, with previous use of Colgate
Sensitive Pro-Relief (4,78), and Desensibilize Nano-P (1,44), respectively. The
comparison of groups (ANOVA 2-way) (5%) shows no significant differences to
the adhesive system factor, besides the interaction with DA factor. However, DA
factor was highly significant (p=0,0000). Paired comparisons (t-Student test)
showed significant differences between Colgate Sensitive Pro-Relief and
control, and Desensibilize Nano-P groups, when using Adper Single Bond 2.
Using Adper Easy One, statistical differences were observed between
Desensibilize Nano-P and Colgate Sensitive Pro-Relief groups. No significant
differences were obtained with Clearfil SE Bond. Debonding patterns were
evaluated (40X), predominating the mixed one. Conclusion: Interference of DA
previous use on dentin bonding strength was dependent to type and action
mechanism of DA and adhesive system used.
Key-words: Dentin; dentin sensitivity; dentin desensitizing agents; dentin
adhesive systems.
LISTA DE QUADROS E TABELAS
- QUADROS
Quadro 1 -
Materiais (fabricantes), classificação, composição
e lote dos materiais utilizados no estudo.................
..................51
Quadro 2 -
Descrição dos grupos experimentais, de acordo
com a utilização do agente dessensibilizante, tipo
de agente dessensibilizante (princípio ativo), e
sistema adesivo utilizado.........................................
..................57
Quadro 3 -
Período (ciclo) de aplicação dos agentes
dessensibilizantes.....................................................................57
Quadro 4 -
Descrição do modo de aplicação dos sistemas
adesivos utilizados...................................................
..................61
- TABELAS
Table 1 -
Materials (manufacturers), type, and batch
numbers……………………………………………..... …….….31
Table 2 -
Experimental groups, according to desensitizing
agents, their main components and adhesive
systems……………………………………………….. ….…….31
Table 3 -
Schedule of the application of desensitizing
...
agents……………………………………………………………..32
Table 4 -
Shear Bond strength. Mean and Standarddeviation………………………………………………,,…………33
Table 5 -
Two-Way ANOVA applied to the SBS results
(MPa)…………………………………………………..…………..33
Table 6 -
SBS means (MPa) for adhesive systems x
…..........34
desensitizing agents……………………………….
Tabela 1 -
Média e Desvio-Padrão da resistência ao
cisalhamento dos grupos experimentais..................................67
Tabela 2 -
Análise de variância para os valores médios da
resistência ao cisalhamento (MPa)..........................
..................68
Tabela 3 -
Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do
sistema adesivo Adper Single Bond 2 (3M Espe)
em relação aos agentes dessensibilizantes..............................68
Tabela 4 -
Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do
sistema adesivo Adper Easy One (3M Espe) em
relação aos agentes dessensibilizantes....................................69
Tabela 5 -
Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do
sistema adesivo Clearfil SE Bond (Kuraray) em
relação aos agentes dessensibilizantes....................................69
LISTA DE FIGURAS
Figure 1 -
Colgate Sensitive Pro-Relief ® (transverse section): Most
tubules are totally obliterated, and some have their lumen
partially closed. The granular layer on the dentin surface
may
be
caused
by
silica
crystals
and
carbonate……………………………………………….…………………….36
Figure 2 -
Colgate Sensitive Pro-Relief ® (longitudinal section): The
depth of tubular obliteration is shown……………….……….
…………….37
Figure 3 -
Desensibilize Nano-P® (transverse section): Partial sealing
of dentinal tubules is apparent, and some are completely
open. A compact and unevenly distributed layer is evident
on the dentin surface, possible due to nanostructured
hydroxyapatite particles………………….………………………………….38
Figure 4 -
Desensibilize Nano-P® (longitudinal section): The depth
of tubule obliteration is shown……………………………… …………….39
Figura 1 -
A – Colgate Sensitive Pró-Alívio; B – Desensibilize NanoP; C – Filtek Z350 XT; D – Adper Single Bond 2; E –
Adper Easy One; F – Clearfil SE Bond; G – Saliva
Artificial....................................................................................................52
Figura 2 -
Após profilaxia com pedra-pomes, os dentes tiveram suas
raízes seccionadas, com auxílio de disco diamantado
dupla face em baixa rotação, na região do colo dentário....
....................54
Figura 3 -
A – Câmara pulpar obliterada com cera; B – Face
vestibular da coroa dentária pressionada contra lâmina de
cera nº7; C – Posicionamento de matriz de PVC sobre a
coroa; D e E – Manipulação e versão de R.A.A.Q. no
interior da matriz de PVC; F – Espécime após inclusão......
....................54
Figura 4 -
A – Espécime após inclusão; B – Desgaste e planificação
da superfície vestibular em esmalte; C – Exposição do
substrato dentinário.................................................................................55
Figura 5 -
A – Solução de EDTA 17%; B e C – Aplicação da solução
de EDTA 17% durante 60 segundos; D – Lavagem com
água destilada por igual período.............................................................56
Figura 6 -
A e B – Com auxílio de um microbrush, Desensibilize
Nano-P era levado à superfície dentinária; C – Com um
disco de feltro era friccionado durante 10 segundos; D –
Permanecendo em repouso por mais 5 minutos sobre a
superfície dentinária; E – Em seguida, o excesso de
produto era removido, sem enxágue, com uma pelota de
algodão umedecido.................................................................................58
Figura 7 -
A e B – Colgate Sensitive Pró-Alívio era levado, com
auxílio de taça de borracha, diretamente à superfície
dentinária e friccionado durante 03 segundos, em seguida
estes procedimentos eram repetidos; D – O excesso de
produto era removido, sem enxágue, com uma pelota de
algodão umedecido.................................................................................60
Figura 8 -
Delimitação da área a ser hibridizada, com auxílio de
disco de papel adesivo............................................................................61
Figura 9 -
Aplicação de Adper Single Bond 2: A – Condicionamento
da superfície dentinária com ácido fosfórico 37%; B –
Lavagem abundante; C – Remoção do excesso de
umidade com papel absorvente; D – Aplicação de Adper
Single Bond 2; E – Fotopolimerização.................................
....................62
Figura 10 -
Aplicação de Adper Easy One: A – Aplicação de Adper
Easy One na superfície dentinária; B – Fotopolimerização.
....................62
Figura 11 -
Aplicação de Clearfil SE Bond: A – Aplicação do Primer; B
– Aplicação do Bond; C – Fotopolimerização......................
....................62
Figura 12 -
Os corpos-de-provas eram acoplados individualmente
em uma matriz metálica bipartida..........................................................63
Figura 13 -
Confecção dos cilindros de resina composta: A, B e C –
Filtek Z350 XT era inserida, através de dois incrementos,
polimerizados individualmente durante 20 segundos; D, E
e F – Cilindro de resina composta confeccionado e em
posição....................................................................................................64
Figura 14 -
A e B – Corpo-de-prova acoplado à máquina universal de
ensaio Kratos; C e D – Detalhe da fita matriz metálica
acoplada ao cilindro de resina composta para realização
do teste de resistência ao cisalhamento..............................
....................65
Figura 15 -
Túbulos dentinários expostos, com a preservação das
dentinas inter e peritubular, após a utilização de solução
de EDTA 17% durante 1 minuto..........................................
....................71
Figura 16 -
Obliteração tubular resultante da aplicação de Colgate
Sensitive Pró-Alívio® na superfície dentinária (corte
transversal)..........................................................................
....................72
Figura 17 -
Profundidade de obliteração tubular obtida proveniente da
aplicação de Colgate Sensitive Pró-Alívio® (corte
longitudinal).............................................................................................72
Figura 18 -
Obliteração tubular resultante da aplicação de
Desensibilize Nano-P® na superfície dentinária (corte
transversal)..........................................................................
....................73
Figura 19 -
Profundidade de obliteração tubular obtida proveniente da
aplicação de Desensibilize Nano-P® (corte longitudinal).....
....................73
SUMÁRIO
1. ARTIGO....................................................................................................................15
1.1. TITLE PAGE..............................................................................................16
1.2. SUMMARY.................................................................................................17
1.3. INTRODUCTION........................................................................................18
1.4. MATERIAL AND METHODS.....................................................................19
1.5. RESULTS...................................................................................................21
1.6. DISCUSSION.............................................................................................22
1.7. SUMMARY (IN PORTUGUESE)...............................................................26
1.8. ACKNOWLEDGEMENTS..........................................................................27
1.9. REFERENCES...........................................................................................28
1.10. TABLES....................................................................................................31
1.11. LEGENDS TO THE FIGURES.................................................................35
1.12. FIGURES..................................................................................................36
1.13. NORMAS PARA PUBLICAÇÃO.............................................................40
2. DISSERTAÇÃO........................................................................................................46
2.1. INTRODUÇÃO...........................................................................................47
2.2. OBJETIVOS...............................................................................................50
2.2.1 OBJETIVO GERAL......................................................................50
2.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS........................................................50
2.3. MATERIAL E MÉTODO.............................................................................51
2.4. RESULTADOS...........................................................................................67
2.5. DISCUSSÃO...............................................................................................74
2.5.1 DA METODOLOGIA....................................................................74
2.5.2. DOS RESULTADOS....................................................................79
2.6. CONCLUSÕES...........................................................................................89
2.7. REFERÊNCIAS..........................................................................................90
2.8. ANEXO.......................................................................................................96
15
1. Artigo
16
INFLUENCE OF CALCIUM-BASED REMINERALIZING AND DESENSITIZING
AGENTS ON DENTIN BOND STRENGTH
Short Title: Desensitizing agents on dentin bond strength
Narjara Conduru Fernandes da Silva1, Igor Studart Medeiros2, Mario Honorato Silva e
Souza Junior3, Sandro Cordeiro Loretto3.
1
Post graduation Program. Federal University of Para, School of Dentistry, Belem, Para,
Brazil.
2
Biomaterials Department, University of Sao Paulo, School of Dentistry, Sao Paulo, Sao
Paulo, Brazil.
3
Operative Dentistry Department, Federal University of Para, Belem, Para, Brazil.
Corresponding Author:
Sandro Cordeiro Loretto
Av. Conselheiro Furtado, n° 2312, Torre Oasis, apto.401.
Cremacao
CEP: 66040-100
Belem – Para
Fone: 55 91 8122-3477
E-mail: [email protected]
17
SUMMARY
This study assessed the effect of calcium-based desensitizing agents (DA) on immediate
bond strength to dentin. Ninety bovine incisors were divided into 9 groups (n = 10)
according to the desensitizing treatment and adhesive system used. The DA conditions
investigated were Desensibilize Nano-P (FGM), Colgate Sensitive Pro-Relief (ColgatePalmolive), and a negative control. The adhesive systems investigated were Adper
Single-Bond/3M ESPE (ASB2), Adper Easy One/3M ESPE (AEO), and Clearfil SE
Bond/Kuraray (CSEB). An additional 9 teeth were prepared for Scanning Electron
Microscopy (SEM). In the experimental groups, the dentin surfaces were exposed to
17% EDTA and DAs. The adhesive systems and the composite resin (Z-350XT/3M
ESPE) were then transferred to the dentin surfaces, which were subsequently stored in
distilled water at 37 oC for 24 h. Shear bond strength was then determined. Higher bond
strength was observed for the combination of ASB2 and Colgate Pro-Relief (4.8MPa),
and that of ASB2 and Desensibilize Nano-P (1.4MPa) exhibited lower bond strength.
The DA factor was highly significant (p < 0.0001) in a 2-way ANOVA. Student’s t-test
detected significant differences between DAs and the control group when ASB2 was
employed, and between the 2 desensitizing agents when AEO was used. The 3 CSEB
groups did not differ significantly from each other. A mixed fracture pattern was
predominant. The interference of previous application of DAs on dentin bond strength
was dependent on the mechanism of action of the DA, and the adhesive system used.
Key-words: dentin, dentin hypersensitivity, dentin desensitizing agents, dental
adhesives.
18
INTRODUCTION
Dentin hypersensitivity (DH) is normally reported as a short and sharp pain, due
to exposed dentin subjected to thermal, evaporative, tactile, osmotic, or chemical
stimuli, not related to any other dental pathology. Approximately 57% of the
population, most ranging in age from 20 to 40 years, may report such symptoms.
Several treatment strategies have been proposed, most of which have occlusive or
neural effects (1,2).
Recently, various biological approaches have been proposed to treat DH.
Substances capable of reacting with body fluids including saliva and forming mineral
deposits on affected dentin, are an example (3,4). One such professional paste for DH
treatment (Colgate Sensitive Pro-Relief, Colgate-Palmolive, Sao Paulo, SP, Brazil) is
based on 8% arginine, bicarbonate, and calcium carbonate (Pro-Argin technology™)
and leads to in situ mineral deposit formation. Clinical studies have demonstrated the
effectiveness of this paste with regard to the relief of DH symptoms (5,6). A different
product known as Desensibilize Nano-P (FGM, Joinville, SC, Brazil) has also been
launched in the dental market (4,7,8), which is based on nanohydroxyapatite.
Restoration of non-carious cervical lesions of previously treated teeth with
desensitizing agents (DA) is not uncommon; however, in these situations, the adhesion
procedures can be compromised (9,11). The objective of this study was to compare the
influence of previous application of products based on 8% arginine/calcium carbonate
and nanohydroxyapatite on bond strength to dentin by using different adhesive
approaches.
19
MATERIALS AND METHODS
The materials used are shown in Table 1.
The research protocol was approved by the Animal Ethics Committee of the
Para State University (UEPA), under registration number 39/11. Ninety-nine bovine
incisors were used in this study. After extraction, the incisors were cleaned, disinfected
in 0.1% tymol solution, and stored in distilled water.
The roots of 90 teeth were sectioned and the crowns embedded in acrylic resin in
PVC rings. The buccal surfaces were ground flat with 180 SiC paper under water
cooling until dentin exposition. Finer SiC paper (400 and 600) was then used to smooth
the surfaces. The dentin surfaces were conditioned with 17% EDTA (Formula e Acao,
Sao Paulo, SP, Brazil) for 60 s, then rinsed for 60 s with distilled water to open the
dentin tubules to simulate a DH condition.
Ninety teeth were divided into 9 groups (n = 10) according to the desensitizing
agent and adhesive system used (Table 2). Each DA was applied according to the
manufacturer’s instructions, as described in Table 3. The adhesive procedures were also
conducted in accordance with the manufacturer’s instructions. Next, a Z-350XT
composite resin cylinder (3M ESPE, Sumare, SP, Brazil) measuring 3 mm × 5 mm was
transferred to the treated surfaces, and cured for 20 s using an Ultra-Blue D-2000
(DMC, Sao Carlos, SP, Brazil) at 900mW/cm2. The samples were stored in distilled
water for 24 h before testing.
The samples were subjected to shear bond strength (SBS) testing in a universal
testing machine (Kratos Equipamentos LTDA, Cotia, SP, Brazil) using a 5-mm wide
metal belt with a crosshead speed of 0.5 mm/min. The data recorded were analyzed by
2-way ANOVA and Student’s t-tests, and p < 0.05 was deemed to indicate statistical
significance. The fractured samples were then observed under 40× magnification using
a stereomicroscope to determine the fracture patterns.
Nine dentin fragments measuring 4 × 4 × 2 mm were separated into 3 groups (n
= 3), which were then treated with either 17% EDTA solution or one of the DAs used in
the study. Two samples from each group were used for surface observations, while the
remaining sample in each group was split into 2 and used to evaluate the depth of dentin
tubule obliteration. The fragments were then mounted on metal stubs using carbon tape
20
and gold coated for observation via a LEO 1430 SEM (LEO Zeiss, Cambridge,
England, UK) under 1000× and 1500× magnifications.
21
RESULTS
The mean shear bond strength for each experimental group is shown in Table 4.
Two-way ANOVA was used for inter-group comparisons (Table 5). Student’s t-test was
utilized for comparison of each bond system and DA investigated (Table 6).
Fifty-two samples (57.7%) exhibited an adhesive/cohesive failure pattern.
Figures 3, 4, 5 and 6 depict various aspects of the reactions caused by the
different DAs used either on the surface or within the dentin tubules.
22
DISCUSSION
Numerous studies have evaluated bond strength to dentin after DA treatments, in
particular those containing oxalate and glutaraldehyde, by using etch-and-rinse and selfetching systems (9-14). With regard to oxalate treatment, the results are not clear (15),
but are evidently influenced by whether the application was performed prior to the acid
etching (9,11), or after the dentin conditioning (9,12,13). Indeed, incompatibility
between certain DAs and bonding systems may compromise the quality of adhesion
(10).
Recently, biological approaches to the treatment of dentin hypersensitivity (DH)
have been investigated on the basis of a postulation that the ideal procedure should be
based on natural processes such as the spontaneous obliteration of open dentin tubules.
Theoretically, this would be possible by using materials capable of reacting with body
fluids such as saliva, thus leading to mineral deposition on affected dentin, forming a
“new substrate” resistant to mechanical and chemical challenges (3,4,16-18). However,
little information is available regarding the application of biomimetic DAs prior to the
application of bonding systems, and the resultant strength of bonding to dentin. Canares
et al. (19) showed that prior use of Colgate Sensitive Pro-Relief desensitizing toothpaste
did not interfere with adhesion to dentin as compared to a pumice-based control
treatment. In fact, a discrete increase in bond strength was observed. Therefore, it was
concluded that normal bonding procedures can be routinely performed in patients who
regularly use this type of DA.
Similar results were evident in the present study, in which Colgate Sensitive ProRelief professional (“in-office”) paste was used in association with Adper Single Bond
(3M ESPE) (ASB2). Significantly higher bond strength to dentin was observed (Table
6). Comparable results between the in-office paste and at-home toothpaste can be
expected, owing to them having the same composition (8% arginine and bicarbonate)
and reaction mechanism (17).
In the control groups in the present study, DH was simulated via application of a
17% EDTA solution for 1 min, which removed the smear layer and plugs. This
procedure presumably also increased the permeability of the dentin, which may have
influenced the bond strength, particularly when the etch-and-rinse ASB2 system was
23
used (2.1 MPa) (Table 4). The etching procedure may have further increased the
permeability of the EDTA treated dentin, and facilitated dentinal fluid movement,
which may have resulted in poor hybrid layer formation (12). Importantly, the moist
adhesive technique was used for ASB2. Therefore, the total amount of water (moist
technique + increased permeability) may have resulted in a very challenging substrate
regarding hybrid-layer formation and the resultant low bond strength values to dentin
that were observed (15).
Treatment with Colgate Sensitive Pro-Relief obliterated the exposed dentinal
tubules (Figures 1 and 2), resulting in a reduction in dentin permeability, which may
have contributed to the significantly higher bond strength values observed when etchand-rinse ASB2 was used. In the SEM images, compaction and partial obliteration was
evident. Additionally, reduction of the tubule lumens was seen in some cases. These
results are in accordance with studies reported by Sauro et al. (8,20). A study by Petrou
et al. (17) showed compaction and complete obliteration of the dentinal tubules. The
higher number of applications of DA in that study may have contributed to the
difference in micro morphological findings between that and the present study.
The etch-and-rinse strategy results in increased dentin permeability (15). Indeed,
in all groups, EDTA was used to simulate hypersensitive dentin, which may have
increased more the permeability and moisture movement. For both self-etching systems,
higher bond strengths were observed in the control groups than those seen in the etchand-rinse ASB2 group. The self-etching approach does not employ phosphoric acid as a
conditioning agent, consequently, for SE strategy, dentin permeability was solely
affected by the EDTA treatment. The SBS observed for etch-and-rinse (2.1MPa)
specimens in the control group were lower than those observed for all-in-one SE (2.4
MPa) and two-step SE system (3.2 MPa) (Table 4). Despite the small difference in SBS,
the presence of a final hydrophobic coat, present in the two-step self-etching adhesives,
may have influenced the difference between the two SE adhesives due to the protection
against moisture. All-in-one self-etching system is more sensitive to this variation
compared to two-step self-etching adhesives (self-etching primers) (21).
Although not statistically significant, prior application of Colgate Sensitive ProRelief increased bond strength to dentin for both self-etching systems (AEO and
24
CSEB). Again, such increases may be partially related to the reduction of dentin
permeability caused by the use of the DAs investigated. The use of a desensitizer
containing 8% arginine + bicarbonate and calcium carbonate can provoke an in situ
reaction that forms a calcium rich layer on the dentin surface (2,16-18,22). An important
monomer in this scenario is 10-MDP, present in the CSEB system used in this study,
which can chemically react with hydroxyapatite (23,24). Therefore, the increase in bond
strength values for self-etching systems may be partially explained by a chemical
reaction between this monomer and the newly formed mineralized layer after the use of
the DA Colgate Pro-Relief.
Another strategy to treat DH is based on the remineralizing properties of
bioactive products containing calcium. Desensibilize Nano-P (FGM), an in-office
crystalline calcium phosphate paste, is representative of this category of desensitizer.
Studies evaluating the capacity of bioactive products containing hydroxyapatite for
remineralizing, desensitizing, and reducing the permeability of dentin have been
published and show promising results (7,25). However, in the literature, information
regarding the influence of the use of desensitizers prior to the application of bonding
systems is not available.
In this study, the SEM images showed partial obliteration of the exposed
tubules, despite the fact that the samples were stored in artificial saliva between DA
applications. In contrast, a study conducted by Shetty et al. (25) showed that a similar
material resulted in total sealing of the dentinal tubules.
There was a reduction in the bond strength values for the groups in which
Desensibilize Nano-P was used, regardless of the adhesive system employed. Such
reductions may be associated with high dentin permeability because of the inability of
this DA to promote even and complete sealing of the exposed dentin tubules. This result
was evident when ASB2 and AEO were used (Table 6). They yielded bond strengths
that differed significantly from those evident when Colgate Sensitive Pro-Relief was
used, and were lower than those of the control groups, although not significantly. The
etch-and-rinse ASB2 system raises dentin permeability owing to the phosphoric acid
conditioning associated with the moist technique (12,15). With regard to the self-
25
etching AEO system, the explanation may be related to the absence of a hydrophobic
layer (21).
High dentin permeability was evidently not the only reason for the results
obtained using Desensibilize Nano-P. As shown in Table 4, the control groups
demonstrated higher bond strength values even without the use of an occluding product.
Thus, the greater thickness of the coat, associated with discrete penetration of the
Desensibilize Nano-P inside the dentin tubules, may also explain the observed results.
Thus, one may hypothesize that the diameter or even the geometric shape of the
hydroxyapatite particles in the Desensibilize Nano-P paste are not compatible with the
task of penetrating inside the exposed dentin tubules. Indeed, the coat formed on the
dentin surface may have acted as a physical barrier preventing adequate contact between
the adhesive system and the dentin substrate, resulting in reduced bond strength values
(15). Possibly, such qualitative characteristics after the use of Desensibilize Nano-P
paste were dependent on the technique utilized, which was that recommended by the
manufacturer. In the present in vitro study, the time used for prophylaxis (10 s), the time
that the DA remained undisturbed (5 min), and the number of applications (3) may not
have been sufficient to accomplish a fully formed coat on the dentin substrate, or
adequate reduction of dentin permeability.
Lastly, the influence of using biomimetic treatments for DH on the process of
adhesion to dentin was verified. This influence was particularly apparent when the etchand-rinse ASB2 and self-etching AEO were used. On the other hand, when the two-step
self-etching system CSEB was used, no adverse effect on bond strength was observed,
regardless of the DA used. Partial dentin tubule obliteration was observed for both the
DAs investigated, via SEM.
26
RESUMO
Este estudo avaliou a influência de agentes dessensibilizantes (AD) à base de cálcio na
resistência da união adesiva imediata à dentina. Noventa incisivos bovinos foram
divididos em 9 grupos (n = 10), de acordo com o tratamento dessensibilizante e o
sistema adesivo utilizado. Os tratamentos dessensibilizantes investigados foram
Desensibilize Nano-P (FGM), Colgate Sensitive Pró-Alívio (Colgate-Palmolive) e um
grupo controle negativo. Os sistemas adesivos investigados foram Adper Single Bond
2/3M ESPE (ASB2), Adper Easy One/3M ESPE (AEO) e Clearfil SE Bond/Kuraray
(CSEB). Um adicional de 9 dentes foi preparado para microscopia eletrônica de
varredura. Nos grupos experimentais, as superfícies dentinárias foram expostas a EDTA
17% e submetidas aos AD. Após a hibridização, cilindros de resina composta (Z350XT/3M
ESPE)
foram
transferidos
para
as
superfícies
dentinárias
e,
subsequentemente armazenados em água destilada a 37ºC por 24 h. A resistência de
união adesiva ao cisalhamento foi então determinada. A maior média de resistência foi
observada a partir da combinação de ASB2 e Colgate Pró-Alívio (4.8 MPa), enquanto a
menor média de resistência foi exibida quando ASB2 e Desensibilize Nano-P (1.4 MPa)
foram utilizados juntos. A ANOVA 2-way mostrou ser o fator AD altamente
significante (p < 0.0001). O teste t-Student detectou diferenças significantes entre os
grupos AD e controle quando ASB2 foi empregado, e entre os 2 grupos AD quando
AEO foi empregado. Os 3 grupos CSEB não mostraram diferenças significantes entre
si. O padrão de fratura do tipo misto foi predominante. A interferência do uso prévio de
AD na resistência de união à dentina foi dependente do tipo e mecanismo de ação do
AD e sistema adesivo utilizado.
27
ACKNOWLEDGMENTS
The authors wish to express their thanks to Ms. Mariseth Andrade for her help with
statistical analyses.
28
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31
Table 1. Materials (manufacturers), type, and batch numbers.
Material (Manufacturer)
Type
Batch #
Professional use desensitizing agent
0193
Desensibilize Nano-P (FGM)
Professional use desensitizing agent
101210
Filtek Z350 XT (3M Espe)
Nanoparticle composite resin
N306670BR
Adper Single Bond 2 (3M Espe)
2-step etch-and-rinse adhesive
pH ≈ 4.3
system
Colgate Sensitive Pro-relief
(Colgate-Palmolive)
N263397BR
Adper Easy One (3M Espe)
1-step self-etching adhesive system
435964
2-step self-etching adhesive system
051489
-
-
pH ≈ 2.3
Clearfil SE Bond (Kuraray)
pH ≈ 2.0
Artificial saliva (Farmacia
Formula)
Table 2. Experimental groups, according to desensitizing agents, their main components
and adhesive systems.
Group
Desensitizing agent (main component)
Adhesive System
G1
None
Adper Single Bond 2
G2
None
Adper Easy One
G3
None
Clearfil SE Bond
G4
Desensibilize Nano-P (nanomeric calcium
phosphate)
Adper Single Bond 2
32
Desensibilize Nano-P (nanomeric calcium
G5
Adper Easy One
phosphate)
Desensibilize Nano-P (nanomeric calcium
G6
Clearfil SE Bond
phosphate)
Colgate Sensitive Pro-Relief (8% arginine,
G7
Adper Single Bond 2
calcium carbonate)
Colgate Sensitive Pro-Relief (8% arginine,
G8
Adper Easy One
calcium carbonate)
Colgate Sensitive Pro-Relief (8% arginine,
G9
Clearfil SE Bond
calcium carbonate)
Table 3. Schedule of the application of desensitizing agents.
Day 0
Day
Day
Day
1
2
3
Day 4
Day
Day
Day
5
6
7
Day 8
1st
2nd
3rd
application*
application*
application*
AS
AS
AS
AS
AS
*Except for control groups (G1, G2, and G3).
AS: Artificial saliva (37ºC).
AS
AS
AS
AS
Day 9
Day 10
Adhesive
Mechanical
procedures
testing
33
Table 4. Shear Bond strength. Mean and Standard-deviation.
Mean
Adhesive system
Group
Desensitizing agents
G1
No
G2
Standard-deviation
(MPa)
(MPa)
Adper Single Bond 2
2.1
±1.55
No
Adper Easy One
2.4
±1.89
G3
No
Clearfil SE Bond
3.2
±1.06
G4
Desensibilize Nano-P
Adper Single Bond 2
1.4
±1.14
G5
Desensibilize Nano-P
Adper Easy One
1.5
±1.31
G6
Desensibilize Nano-P
Clearfil SE Bond
2.4
±1.33
G7
Colgate Sensitive Pro-Relief
Adper Single Bond 2
4.8
±1.58
G8
Colgate Sensitive Pro-Relief
Adper Easy One
3.4
±1.59
G9
Colgate Sensitive Pro-Relief
Clearfil SE Bond
3.6
±1.30
Table 5. Two-Way ANOVA applied to the SBS results (MPa).
Variation Source
FD
SS
SM
F
p
Adhesive Systems
2
59,269
29,634
14,357
0.2427
Desensitizing Agents
2
709,329
354,664
171,823
< 0.0001*
Adhesive x Desensitizing.
4
171,232
42,808
20,739
0.0908
Error
81
1,671,947
20,641
* Significant (p ≤ 0.05)
34
Table 6. SBS means (MPa) for adhesive systems x desensitizing agents.
Adhesive Systems
Desensitizing Agents
None
Desensibilize Nano-P
2.1
1.4
None
Colgate S. Pro-Relief
2.1
4.8
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pro-Relief
1.4
4.8
None
Desensibilize Nano-P
2.4
1.5
None
Colgate S. Pro-Relief
2.4
3.4
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pro-Relief
1.5
3.4
None
Desensibilize Nano-P
3.2
2.4
None
Colgate S. Pro-Relief
3.2
3.6
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pro-Relief
2.4
3.6
Adper Single Bond 2
Adper Single Bond 2
Adper Single Bond 2
Adper Easy One
Adper Easy One
Adper Easy One
Clearfil SE Bond
Clearfil SE Bond
Clearfil SE Bond
* Significant (p ≤ 0.05)
ns – Non-significant
T
p
1,063
ns
4,208
0.0001*
5,272
< 0.0001*
1,425
ns
1,584
ns
3,008
0.0036*
1,288
ns
0,625
ns
1,913
ns
35
LEGENDS TO THE FIGURES
Figure 1. Colgate Sensitive Pro-Relief® (transverse section): Most tubules are totally
obliterated, and some have their lumen partially closed. The granular layer on the dentin
surface may be caused by silica crystals and carbonate.
Figure 2. Colgate Sensitive Pro-Relief® (longitudinal section): The depth of tubular
obliteration is shown.
Figure 3. Desensibilize Nano-P® (transverse section): Partial sealing of dentinal tubules
is apparent, and some are completely open. A compact and unevenly distributed layer is
evident on the dentin surface, possible due to nanostructured hydroxyapatite particles.
Figure 4. Desensibilize Nano-P® (longitudinal section): The depth of tubule obliteration
is shown.
36
Figure 1.
37
Figure 2.
38
Figure 3.
39
Figure 4.
40
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO (BRAZILIAN DENTAL JOURNAL)
INSTRUÇÕES AOS AUTORES



Escopo e política
Forma e preparação de manuscritos
Envio de manuscritos
ISSN 0103-6440 versão
impressa
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GERAL
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Roman 12, espaço entrelinhas de 1,5 e margens
de 2,5 cm em todos os lados. NÃO
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recursos para tornar o texto visualmente atrativo.
As páginas devem ser numeradas
seqüencialmente, começando na página de rosto.
Trabalhos completos devem estar divididos
sequencialmente conforme os itens abaixo:
1. Página de Rosto
2. Summary e Key Words
3. Introdução, Material e Métodos, Resultados e
Discussão
4. Resumo em Português (obrigatório apenas para
os autores nacionais)
5. Agradecimentos (se houver)
6. Referências
7. Tabelas
8. Legendas das figuras
9. Figuras


Todos os títulos dos capítulos (Introdução, Material
e Métodos, etc) em letras maiúsculas e sem
negrito.
Resultados e Discussão NÃO podem ser
apresentados conjuntamente.
42



Comunicações rápidas e relatos de casos devem
ser divididos em itens apropriados.
Produtos, equipamentos e materiais: na primeira
citação mencionar o nome do fabricante e o local
de fabricação completo (cidade, estado e país).
Nas demais citações, incluir apenas o nome do
fabricante.
Todas as abreviações devem ter sua descrição por
extenso, entre parênteses, na primeira vez em que
são mencionadas.
PÁGINA DE ROSTO


A primeira página deve conter: título do trabalho,
título resumido (short title) com no máximo 40
caracteres, nome dos autores (máximo 6),
Departamento, Faculdade e/ou
Universidade/Instituição a que pertencem
(incluindo cidade, estado e país). NÃO
INCLUIRtitulação (DDS, MSc, PhD etc) e/ou
cargos dos autores (Professor, Aluno de PósGraduação, etc).
Incluir o nome e endereço completo do autor
para correspondência (informar e-mail, telefone
e fax).
SUMMARY


A segunda página deve conter
o Summary (resumo em Inglês; máximo 250
palavras), em redação contínua, descrevendo o
objetivo, material e métodos, resultados e
conclusões. Não dividir em tópicos e não citar
referências.
Abaixo do Summary deve ser incluída uma lista de
Key Words (5 no máximo), em letras minúsculas,
separadas por vírgulas.
INTRODUÇÃO

Breve descrição dos objetivos do estudo,
apresentando somente as referências pertinentes.
Não deve ser feita uma extensa revisão da
literatura existente. As hipóteses do trabalho
devem ser claramente apresentadas.
MATERIAL E MÉTODOS

A metodologia, bem como os materiais, técnicas e
equipamentos utilizados devem ser apresentados
de forma detalhada. Indicar os testes
estatísticos utilizados neste capítulo.
43
RESULTADOS




Apresentar os resultados em uma seqüência lógica
no texto, tabelas e figuras, enfatizando as
informações importantes.
Os dados das tabelas e figuras não devem ser
repetidos no texto.
Tabelas e figuras devem trazer informações
distintas ou complementares entre si.
Os dados estatísticos devem ser descritos neste
capítulo.
DISCUSSÃO



Resumir os fatos encontrados sem repetir em
detalhes os dados fornecidos nos Resultados.
Comparar as observações do trabalho com as de
outros estudos relevantes, indicando as
implicações dos achados e suas limitações. Citar
outros estudos pertinentes.
Apresentar as conclusões no final deste capítulo.
Preferencialmente, as conclusões devem ser
dispostas de forma corrida, isto é, evitar citá-las
em tópicos.
RESUMO (em Português) - Somente para autores
nacionais
O resumo em Português deve ser IDÊNTICO ao resumo
em Inglês (Summary). OBS: NÃO COLOCARtítulo e
palavras-chave em Português.
AGRADECIMENTOS
O Apoio financeiro de agências governamentais deve ser
mencionado. Agradecimentos a auxílio técnico e
assistência de colaboradores podem ser feitos neste
capítulo.
REFERÊNCIAS



As referências devem ser apresentadas de acordo
com o estilo do Brazilian Dental Journal. É
recomendado aos autores consultar números
recentes do BDJ para se familiarizar com a forma
de citação das referências.
As referências devem ser numeradas por ordem de
aparecimento no texto e citadas entre parênteses,
sem espaço entre os números: (1), (3,5,8), (1015). NÃO USAR SOBRESCRITO.
Para artigos com dois autores deve-se citar os dois
nomes sempre que o artigo for referido. Ex:
"According to Santos and Silva (1)...". Para
artigos com três ou mais autores, citar apenas o
44




primeiro autor, seguido de "et al.". Ex: "Pécora et
al. (2) reported that..."
Na lista de referências, os nomes de TODOS OS
AUTORES de cada artigo devem ser relacionados.
Para trabalhos com 7 ou mais autores, os 6
primeiros autores devem ser listados seguido de
"et al."
A lista de referências deve ser digitada no final do
manuscrito, em seqüência numérica. Citar NO
MÁXIMO 25 referências.
A citação de abstracts e livros, bem como de
artigos publicados em revistas não indexadas deve
ser evitada, a menos que seja absolutamente
necessário. Não citar referências em
Português.
Os títulos dos periódicos devem estar abreviados
de acordo com o Dental Index. O estilo e
pontuação das referências devem seguir o formato
indicado abaixo:
Periódico
1. Lea SC, Landini G, Walmsley AD. A novel method for
the evaluation of powered toothbrush oscillation
characteristics. Am J Dent 2004;17:307-309.
Livro
2. Shafer WG, Hine MK, Levy BM. A textbook of oral
pathology. 4th ed. Philadelphia: WB Saunders; 1983.
Capítulo de Livro
3. Walton RE, Rotstein I. Bleaching discolored teeth:
internal and external. In: Principles and Practice of
Endodontics. Walton RE (Editor). 2nd ed. Philadelphia:
WB Saunders; 1996. p 385-400.
TABELAS



As tabelas com seus respectivos títulos devem ser
inseridas após o texto, numeradas com algarismos
arábicos; NÃO UTILIZAR linhas verticais, negrito
e letras maiúsculas (exceto as iniciais).
O título de cada tabela deve ser colocado na parte
superior.
Cada tabela deve conter toda a informação
necessária, de modo a ser compreendida
independentemente do texto.
FIGURAS


NÃO SERÃO ACEITAS FIGURAS INSERIDAS
EM ARQUIVOS ORIGINADOS EM EDITORES DE
TEXTO COMO O WORD E NEM FIGURAS EM
POWER POINT;
Os arquivos digitais das imagens devem ser
gerados em Photoshop, Corel ou outro software
similar, com extensão TIFF e resolução mínima de
300 dpi. Apenas figuras em PRETO E BRANCOsão
45



publicadas. Salvar as figuras no CD-ROM.
Letras e marcas de identificação devem ser claras
e definidas. Áreas críticas de radiografias e
fotomicrografias devem estar isoladas e/ou
demarcadas.
Partes separadas de uma mesma figura devem ser
legendadas com letras maiúsculas (A, B, C, etc).
Figuras simples e pranchas de figuras devem ter
largura mínima de 8 cm e 16 cm, respectivamente.
As legendas das figuras devem ser numeradas
com algarismos arábicos e apresentadas em uma
página separada, após a lista de referências (ou
após as tabelas, quando houver).
Envio de manuscritos
CHECAR OS ITENS ABAIXO ANTES DE ENVIAR O
MANUSCRITO À REVISTA
1. Carta de submissão.
2. 1 (uma) cópia impressa do manuscrito (incluindo tabelas e
legendas) juntamente com 1 (uma) cópia impressa de cada figura
(quando houver) em papel comum de boa qualidade.
3. CD-ROM contendo:
- o arquivo do manuscrito em Word (texto, tabelas, legendas das
figuras e figuras).
- os arquivos digitais das figuras em preto e branco, salvas em TIFF,
com resolução mínima de 300 dpi.
4. No manuscrito, observar:
- identificação dos autores somente na página de rosto.
- texto digitado em fonte Times New Roman 12, espaço entrelinhas
de 1,5 e margem de 2,5 cm em todos os lados.
- tabelas, legendas e figuras ao final do texto.
46
2. Dissertação
47
2.1. INTRODUÇÂO
A
hipersensibilidade
dentinária
(HD)
é
uma
condição
clínica
relativamente comum, caracterizada por dor aguda e curta decorrente da
exposição de dentina, em resposta a uma variedade de estímulos, tais como,
térmico, evaporativo, táctil, osmótico ou químico, a qual não pode ser atribuída
a qualquer outra forma de defeito ou doença dental.1 Estudos relatam
prevalência de até 57% da população, acometendo com maior frequência
indivíduos entre 20 e 40 anos de idade.2-6
A teoria da hidrodinâmica, proposta por Brännström7 em 1963, continua
sendo a mais aceita pela comunidade científica para explicar o mecanismo pelo
qual a HD ocorre. Segundo esta teoria, mudanças de pressão nos fluidos
dentinários aconteceriam sob a ação de certos estímulos externos, permitindo
a movimentação destes e a transmissão aos processos odontoblásticos,
ativando os mecanoreceptores nas terminações nervosas intratubulares e/ou
na superfície pulpar, causando a sensação de dor.2-6,8-12
Independente do(s) fator(es) etiológico(s) causadores da HD, duas
específicas alterações nos elementos dentais devem estar presentes: a
exposição de dentina, através da perda de esmalte e/ou recessão gengival,
com perda de cemento; e a abertura e desobstrução do sistema de túbulos
dentinários, permitindo a ativação do mecanismo hidrodinâmico por estímulos
apropriados.3-4,11,13
Várias são as modalidades de tratamento propostas, e mesmo todas
tendo se mostrado efetivas em maior ou menor escala,2 ainda não é possível
identificar um regime terapêutico superior, ou seja, um agente ideal ou padrãoouro no tratamento da HD. Basicamente, as diversas substâncias utilizadas
agem através de ação oclusiva, obliterando os túbulos dentinários, ou de ação
neural, despolarizando as membranas das fibras nervosas, bloqueando a ação
axônica e a passagem do estímulo nervoso.4
A aplicação de substâncias tópicas dentro do consultório odontológico é
uma medida comumente utilizada no controle desta condição, tendo sido
48
proposta uma série de agentes dessensibilizantes para este fim. Dentre as
mais frequentemente utilizadas e estudadas encontram-se aquelas à base de
fluoretos e oxalatos.2,4,14
Entretanto, considerando-se abordagens biológicas para o tratamento da
HD, foi proposto que o ideal seria mimetizar os processos dessensibilizantes
naturais levando, desta forma, a uma oclusão espontânea dos túbulos
dentinários abertos através do uso de materiais que apresentassem a
capacidade de reagir com os fluidos corporais e/ou saliva, permitindo a
deposição de mineral.8,15
Creme dental e pasta de aplicação profissional a base de arginina a 8%,
bicarbonato e carbonato de cálcio representam produtos que induzem a
formação mineral natural in situ como forma de tratamento da HD. A arginina,
um aminoácido encontrado naturalmente na saliva, reduziria significativamente
a sensibilidade dentinária de maneira oclusiva ao se unir ionicamente à
dentina. A arginina e o carbonato de cálcio, carregados positivamente em pH
fisiológico, se ligam à dentina, carregada negativamente, formando uma
camada rica em cálcio na superfície dentinária e no interior dos túbulos
dentinários, promovendo assim o selamento da dentina. Observa-se ainda que
a oclusão obtida nos túbulos dentinários é resistente à desafios ácidos
subsequentes. Esta tecnologia
é denominada de Pro-ArginTM, sendo
comercializada com o nome de Colgate Sensitive Pró-Alívio®.6,9,16-17
Estudos clínicos têm demonstrado a efetividade dos produtos à base de
arginina a 8% / carbonato de cálcio no alívio dos sintomas da HD.18-26
Ainda dentro da filosofia remineralizadora de tratamento da HD,
produtos bioativos a base de hidroxiapatita e fosfatos de cálcio vêm sendo
disponibilizados
no
mercado
odontológico.15,27-30
Tais
produtos,
frequentemente organizados na forma de nanohidroxiapatita, agem de maneira
oclusiva penetrando e interagindo com a dentina, promovendo o selamento dos
túbulos
dentinários,
e
liberando
íons
cálcio
e
fosfato
à
superfície
desmineralizada do dente. Além disso, apresentam uma ação neural pela
presença de nitrato de potássio nas formulações, além do flúor que potencializa
49
a ação dessensibilizante.28,31 No Brasil, a FGM disponibiliza uma pasta de uso
profissional contendo fosfato de cálcio nanométrico, comercializada com o
nome de Desensibilize Nano-P.
Contudo, sabe-se que nos casos de HD, em algumas situações, pode
ser necessária uma abordagem mais invasiva, com utilização de materiais
restauradores, quando terapêuticas conservadoras não foram bem sucedidas,
ou mesmo na presença de considerável perda de volume de estrutura dental,
como em lesões cervicais não cariosas.2-3
Entretanto,
observa-se
que
a
aplicação
prévia
de
agentes
dessensibilizantes pode, em algumas situações, influenciar negativamente a
resistência de união adesiva à dentina.32-35 Logo, sabendo-se que o sucesso
dos procedimentos restauradores adesivos é dependente das características e
tratamentos prévios dispensados ao substrato dentinário, e que a HD é uma
realidade frequente na sociedade moderna, a possibilidade que ambas têm de
acometerem pacientes em comum, em épocas não distintas, representa uma
situação rotineira na clínica odontológica.
Sendo assim, torna-se relevante avaliar a influência da utilização prévia
de novos agentes dessensibilizantes com propriedades remineralizadoras na
resistência de união à dentina, promovida por sistemas adesivos de diferentes
estratégias de união e de pHs distintos.
50
2.2. OBJETIVOS
2.2.1. Objetivo Geral:
Avaliar a influência de dessensibilizantes de uso profissional à base de
arginina e carbonato de cálcio, e nanohidroxiapatita (fosfato de cálcio
nanométrico), na resistência da união à dentina promovida por diferentes
sistemas adesivos, de estratégias de união e pHs distintos.
2.2.2. Objetivos Específicos:

Mensurar a resistência da união adesiva à dentina, previamente
condicionada com EDTA 17% (túbulos dentinários abertos),
proporcionada pelos sistemas Adper Single Bond 2 (3M Espe)
(convencional), Adper Easy One (3M Espe) e Clearfil SE Bond
(Kuraray) (autocondicionantes);

Mensurar a resistência da união adesiva à dentina, previamente
condicionada com EDTA 17%, e tratada com os agentes
dessensibilizantes de uso profissional Desensibilize Nano-P
(FGM) ou Colgate Sensitive Pró-Alívio (Colgate-Palmolive),
proporcionada pelos sistemas Adper Single Bond 2 (3M Espe)
(convencional), Adper Easy One (3M Espe) e Clearfil SE Bond
(Kuraray) (autocondicionantes);

Classificar os padrões de fratura obtidos nos diferentes grupos
testados em adesivo, coesivo e misto;

Correlacionar estatisticamente os diferentes grupos estudados;
51
2.3. MATERIAL E MÉTODO
Tipo de estudo:
Foi realizado um estudo do tipo experimental em laboratório (in vitro)
(ensaio mecânico – teste de cisalhamento).
Materiais:
Os materiais utilizados no presente estudo estão listados no Quadro 1,
contendo nome comercial (fabricante), classificação e composição. (Figura 1)
Quadro 1 – Materiais (fabricantes), classificação, composição e lote dos materiais utilizados no estudo.
Material
(Fabricante)
Classificação
Composição
Nº lote
Colgate
Sensitive PróAlívio (ColgatePalmolive)
Agente
dessensibilizante de
uso profissional
Arginina 8%, sílica hidratada, carbonato de
cálcio, glicerina, água, bicarbonato, aroma,
carboximetilcelulose sódica, sacarina
sódica, azul 1 (CI 42090).
0193
Desensibilize
Nano-P (FGM)
Agente
dessensibilizante de
uso profissional
Fosfato de Cálcio nanométrico, fluoreto de
Sódio, Nitrato de Potássio, água destilada,
espessante, tensoativo, umectante, aroma,
adoçante e conservante.
101210
Filtek Z350 XT
(3M Espe)
Resina composta
nanoparticulada
Bis-GMA, UDMA, TEGDMA, Bis-EMA,
sílica e zircônia.
N306670BR
Sistema adesivo
convencional de 2
passos
BISGMA, HEMA, copolímero de
ácidos poliacrílico e polialcenóico,
fotoiniciador, água, etanol,
dimetacrilatos.
N263397BR
Adper Single
Bond 2 (3M
Espe)
pH≈4.3
Adper Easy One
(3M Espe)
pH≈2.3
Clearfil SE Bond
(Kuraray)
pH≈2.0
Saliva artificial
(Farmácia
Fórmula)
Componente Autocondicionante:
ésteres fosfatados de metacrilato.
Sistema adesivo
autocondicionante
de 1 passo
Sistema adesivo
autocondicionante
de 2 passos
-
Componente Adesivo: copolímeros do
VitrebondTM, nanopartículas de carga,
etanol, dimetacrilatos, HEMA, água,
iniciadores.
Primer: 10-Metacriloiloxidecil dihidrogênio
fosfato (10-MDP), 2-hidroxietilmetacrilato
(HEMA), dimetacrilato hidrofílico, diCanforoquinona, N-dietanol-p-toluidina,
água.
435964
051489
Adesivo: 10-MDP, bis-GMA, HEMA,
dimetacrilato hidrofóbico, diCanforoquinona, N-dietanol-p-toluidina,
sílica coloidal silanizada.
Cloreto de potássio, cloreto de sódio,
cloreto de magnésio, cloreto de cálcio,
hipofosfato de potássio, nipagin, nipazol,
carboxi-metil-celulose sódica, sorbitol a
70%
-
52
Figura 1 - A – Colgate Sensitive Pró-Alívio; B – Desensibilize Nano-P; C – Filtek Z350 XT; D –
Adper Single Bond 2; E – Adper Easy One; F – Clearfil SE Bond; G – Saliva Artificial.
Método:
Obtenção e armazenamento dos dentes:
Após aprovação em Comitê de Ética no Uso de Animais (Parecer Nº
39/11), 126 (cento e vinte e seis) dentes incisivos bovinos hígidos foram
obtidos em matadouro do município de Belém (PA), sob o consentimento
53
explícito e documentado do responsável do estabelecimento, os mesmos foram
lavados em água corrente e armazenados em solução desinfetante de timol
0,1% pelo período de uma semana. Após o período de desinfecção, foram
submetidos à profilaxia com pedra-pomes e água, sendo em seguida
analisados em lupa estereoscópica, com aumento de 40X, para detectar a
presença de trincas e/ou fraturas, o que eliminaria o espécime da amostra
(critério de exclusão). Após desinfecção e profilaxia, foram armazenados em
água destilada, não excedendo 06 (seis) meses de armazenamento (ISO/TS
11405: 2003)36, até a confecção dos corpos-de-prova.
Estudo piloto:
Com o objetivo de validar a metodologia aplicada nesta pesquisa
experimental, um estudo piloto foi empregado utilizando 27 (vinte e sete)
dentes (n=3), respeitando os mesmos critérios utilizados na divisão dos grupos
do estudo experimental.
Após o ajuste e calibração de todas as etapas metodológicas da
pesquisa, confirmou-se a viabilidade de reprodução dos testes, validando o
ensaio.
Confecção dos corpos-de-prova:
Os dentes tiveram as raízes seccionadas na altura do colo dentário, com
o auxílio de disco diamantado de dupla face (KG Sorensen, Cotia, Brasil)
montado em peça de mão, em baixa rotação, sob refrigeração. (Figura 2) As
coroas remanescentes tiveram suas câmaras pulpares obliteradas com cera e
sua face vestibular ligeiramente pressionada sobre uma lâmina de cera nº7.
Matrizes pré-confeccionadas de tubos de PVC, com 3cm de altura e 2,5cm de
diâmetro, foram posicionadas sobre os dentes pressionados na lâmina de cera.
Em seguida, resina acrílica quimicamente ativada – R.A.A.Q. - foi manipulada e
vertida dentro das matrizes de PVC, tendo sido estas matrizes mantidas em
água fria até a completa polimerização da resina acrílica. (Figura 3)
54
Figura 2 - Após profilaxia com pedra-pomes, os dentes tiveram suas raízes seccionadas, com
auxílio de disco diamantado dupla face em baixa rotação, na região do colo dentário.
Figura 3 - A – Câmara pulpar obliterada com cera; B – Face vestibular da coroa dentária
pressionada contra lâmina de cera nº7; C – Posicionamento de matriz de PVC sobre a coroa; D
e E – Manipulação e versão de R.A.A.Q. no interior da matriz de PVC; F – Espécime após
inclusão.
Após inclusão, todos os corpos-de-prova tiveram suas superfícies
vestibulares em esmalte planificadas e desgastadas até a exposição do
substrato dentinário, caracterizado por uma área central de dentina medindo
aproximadamente 5mm de diâmetro. (Figura 4) O desgaste foi realizado com o
auxílio de lixas de carbeto de silício de granulação decrescente (nº 180, 400,
55
600), em politriz horizontal (Aropol-E – Arotec, Cotia, SP, Brasil), sob
refrigeração.
Figura 4 - A – Espécime após inclusão; B – Desgaste e planificação da superfície vestibular
em esmalte; C – Exposição do substrato dentinário.
Em seguida, todos os corpos-de-prova foram visualizados em lupa
estereoscópica, com aumento de 40X, para confirmar a exposição do tecido
dentinário, bem como a integridade das amostras.
Desobliteração
dos
túbulos
dentinários
(simulação
da
dentina
hipersensensível)
Previamente à exposição aos agentes dessensibilizantes, os corpos-deprova foram submetidos a um processo de condicionamento prévio, a fim de
remover possíveis materiais oclusivos dos túbulos dentinários e simular a
condição de dentina hipersensível. Para tanto, foram expostos à solução de
EDTA 17% (Fórmula e Ação, São Paulo, Brasil), por um período de 60
(sessenta) segundos, seguidos de lavagem com água destilada por igual
período. (Figura 5)
56
Figura 5 - A – Solução de EDTA 17%; B e C – Aplicação da solução de EDTA 17% durante 60
segundos; D – Lavagem com água destilada por igual período.
Divisão dos grupos:
O total de 90 (noventa) dentes foi dividido em 09 (nove) grupos (n=10),
de acordo com a aplicação de agente dessensibilizante, tipo de agente
dessensibilizante, e sistema adesivo, conforme quadro a seguir (Quadro 2). O
restante dos dentes (9) foi levado ao microscópio eletrônico de varredura para
observação da ação obliterante dos agentes utilizados.
57
Quadro 2 – Descrição dos grupos experimentais, de acordo com a utilização do agente dessensibilizante,
tipo de agente dessensibilizante (princípio ativo), e sistema adesivo utilizado.
Grupo
Agente
Dessensibilizante
Agente dessensibilizante
(princípio ativo)
Sistema adesivo
G1
Não
-
Adper Single Bond 2
G2
Não
-
Adper Easy One
G3
Não
-
Clearfil SE Bond
G4
Sim
Desensibilize Nano-P
(fosfato de cálcio nanométrico)
Adper Single Bond 2
G5
Sim
Desensibilize Nano-P
(fosfato de cálcio nanométrico)
Adper Easy One
G6
Sim
Desensibilize Nano-P
(fosfato de cálcio nanométrico)
Clearfil SE Bond
G7
Sim
Colgate Sensitive Pro-Alívio
(arginina 8%, carbonato de cálcio)
Adper Single Bond 2
G8
Sim
Colgate Sensitive Pro-Alívio
(arginina 8%, carbonato de cálcio)
Adper Easy One
G9
Sim
Colgate Sensitive Pro-Alívio
(arginina 8%, carbonato de cálcio)
Clearfil SE Bond
Aplicação dos agentes dessensibilizantes:
Os grupos G1, G2 e G3 foram designados como controles, e não receberam
quaisquer agentes dessensibilizantes, permanecendo armazenados em saliva
artificial (renovada diariamente) durante todo o período (ciclo) de utilização dos
dessensibilizantes (09 dias). Os demais grupos foram submetidos à aplicação
destes agentes, seguindo-se as recomendações dos respectivos fabricantes,
conforme descrito abaixo (Quadro 3).
Quadro 3 – Período (ciclo) de aplicação dos agentes dessensibilizantes
Dia 0
1ª
DSB*
S.A.
Dia 1
S.A.
Dia 2
S.A.
Dia 3
S.A.
Dia 4
2ª
DSB*
Dia 5
S.A.
Dia 6
S.A.
S.A.
Dia 7
S.A.
Dia 8
Dia 9
Dia 10
3ª
DSB*
Confecção
cilindros
de resina
composta
Ensaio
Mecânico
S.A.
* Com exceção dos grupos controle.
DSB: Aplicação agente dessensibilizante.
S.A.: Solução de Saliva Artificial a 37º C.
Desensibilize Nano-P (FGM, Joinville, Brasil):
Com auxílio de um pincel descartável tipo microbrush, Desensibilize
Nano-P foi aplicado na superfície dentinária, sendo friccionado com disco de
feltro em baixa rotação durante 10 segundos. O dessensibilizante permanecia
58
em repouso por mais 5 minutos sobre a superfície dental, seguido de remoção
do excesso do produto com pelota de algodão levemente umedecida, sem
enxágüe. (Figura 6) O corpo-de-prova retornava à solução de saliva artificial
(37°C) após aplicação do produto, procedendo-se no 4° e 8° dias após o
tratamento inicial, os mesmos passos operatórios descritos acima, perfazendo
um total de 03 (três) aplicações do produto.
Figura 6 - A e B – Com auxílio de um microbrush, Desensibilize Nano-P era levado à superfície
dentinária; C – Com um disco de feltro era friccionado durante 10 segundos; D –
59
Permanecendo em repouso por mais 5 minutos sobre a superfície dentinária; E – Em seguida,
o excesso de produto era removido, sem enxágue, com uma pelota de algodão umedecido.
Colgate Sensitive Pró-Alívio (Colgate-Palmolive, São Paulo, Brasil):
Colgate Sensitive Pró-Alívio foi levado em uma taça de borracha à
superfície dentinária, e aplicado em baixa rotação, sem exercer pressão,
durante 03 (três) segundos. O procedimento era repetido em seguida,
tomando-se o cuidado de ter sempre quantidade de pasta suficiente para que
não houvesse o aquecimento da superfície dentária. Após aplicação, era
realizada a remoção do excesso do produto com pelota de algodão levemente
umedecida, sem enxágue. (Figura 7) O corpo-de-prova retornava à solução de
saliva artificial (37°C) após aplicação do produto, procedendo-se no 4° e 8°
dias após o tratamento inicial, os mesmos passos operatórios descritos acima,
perfazendo um total de 03 (três) aplicações do produto.
60
Figura 7 - A e B – Colgate Sensitive Pró-Alívio era levado, com auxílio de taça de borracha,
diretamente à superfície dentinária e friccionado durante 03 segundos, em seguida estes
procedimentos eram repetidos; D – O excesso de produto era removido, sem enxágue, com
uma pelota de algodão umedecido.
Procedimentos de união adesiva e confecção dos cilindros de resina
composta
Os
procedimentos
adesivos
foram
realizados
seguindo-se
as
recomendações dos respectivos fabricantes, conforme descrito no Quadro 4.
Inicialmente, todos os grupos tiveram a área disponível para a adesão dos
cilindros de resina delimitada com o emprego de um disco de papel adesivo,
contendo orifício central de 3mm de diâmetro, posicionado sobre a superfície
de dentina. (Figuras 8, 9, 10 e 11)
61
Quadro 4 - Descrição do modo de aplicação dos sistemas adesivos utilizados.
Marca comercial
(fabricante)
Adper SingleBond 2
(3M ESPE)
Adper Easy One
(3M ESPE)
Clearfil SE Bond
(Kuraray)
Instruções de uso*
Condicionamento da superfície com ácido fosfórico 37% por 15
segundos, seguido de lavagem abundante por 30 segundos,
remoção do excesso de umidade com papel absorvente. Aplicação
ativa por 15 segundos de duas camadas consecutivas de adesivo,
evaporação do solvente com suave jato de ar por 5 segundos,
seguido de polimerização por 10 segundos.
Aplicar e agitar o adesivo na superfície dentinária durante 20
segundos, secar com suave jato de ar por 5 segundos com e
fotopolimerizar por 10 segundos.
Aplicar o Primer durante 20 segundos, sem enxague, seguido de
secagem com suave jato de ar. Na sequência aplicação do Bond,
seguido de secagem com suave jato de ar e fotopolimerização por
10 segundos.
Figura 8 - Delimitação da área a ser hibridizada, com auxílio de disco de papel adesivo.
62
Figura 9 - Aplicação de Adper Single Bond 2: A – Condicionamento da superfície dentinária
com ácido fosfórico 37%; B – Lavagem abundante; C – Remoção do excesso de umidade com
papel absorvente; D – Aplicação de Adper Single Bond 2; E – Fotopolimerização.
Figura 10 - Aplicação de Adper Easy One: A – Aplicação de Adper Easy One na superfície
dentinária; B – Fotopolimerização.
Figura 11 - Aplicação de Clearfil SE Bond: A – Aplicação do Primer; B – Aplicação do Bond; C
– Fotopolimerização.
63
Após
a
hibridização
dentinária,
os
corpos-de-prova
foram
individualmente fixados a uma matriz metálica bipartida, que formava um
orifício central de 5mm de altura por 3 mm de diâmetro, o qual coincidia com a
área delimitada pela fita adesiva. (Figura 12) Sobre a área hibridizada, cilindros
de resina composta Filtek Z350 XT (cor A2B) (3M Espe, Sumaré, Brasil), foram
confeccionados
através
de
02
(dois)
incrementos,
fotopolimerizados
individualmente por 20 (vinte) segundos pelo aparelho Ultra Blue D-2000
(DMC, São Carlos, Brasil), com intensidade luminosa de 900mW/cm2. (Figura
13)
Figura 12 - Os corpos-de-provas eram acoplados individualmente em uma matriz metálica
bipartida.
64
Figura 13 - Confecção dos cilindros de resina composta: A, B e C – Filtek Z350 XT era
inserida, através de dois incrementos, polimerizados individualmente durante 20 segundos; D,
E e F – Cilindro de resina composta confeccionado e em posição.
Teste de resistência ao cisalhamento
Previamente à realização do ensaio mecânico, os corpos-de-prova foram
mantidos em água destilada (37ºC), por 24 horas. Após este período, foram
acoplados individualmente à máquina universal de ensaio Kratos (Kratos
Equipamentos Ltda, Cotia, Brasil) e submetidos à força de cisalhamento, com
65
célula de carga de 500kgF, através do emprego de fita matriz metálica de 5mm
de largura, com velocidade de ensaio de 0,5mm/min. (Figura 14)
Figura 14 - A e B – Corpo-de-prova acoplado à máquina universal de ensaio Kratos; C e D –
Detalhe da fita matriz metálica acoplada ao cilindro de resina composta para realização do
teste de resistência ao cisalhamento.
66
Concluída a etapa do ensaio mecânico, os corpos-de-prova foram
levados à lupa estereoscópica, com aumento de 40X, para a observação dos
padrões de fratura, os quais foram classificados em adesivo, coesivo na resina
composta, coesivo em dentina, coesivo na camada adesiva e misto.
Após a compilação dos dados, estes foram submetidos à análise de
variância (Anova 2-way) e ao teste t-Student ao nível de significância de 5%.
Microscopia eletrônica de varredura (MEV)
Com a finalidade de analisar qualitativamente a ação do EDTA 17% na
superfície dentinária, bem como a obliteração tubular promovida pelos agentes
dessensibilizantes testados, 09 (nove) espécimes foram utilizados, sendo 03
(três) para cada uma das condições (EDTA 17% somente, EDTA 17% +
Desensibilize Nano-P®, EDTA 17% + Colgate Sensitive Pró-Alívio®). Os dentes
foram inicialmente tratados da mesma maneira quanto à separação coronoradicular, e exposição e planificação da superfície dentinária com lixas de
granulação decrescente. Em seguida, fragmentos dentinários com dimensões
de 4x4x2mm foram obtidos com auxílio de cortadeira metalográfica (Isomet
Low Speed Saw – Buehler, Illinois, USA).
Objetivando-se
avaliar
longitudinalmente
a
obliteração
tubular
proporcionada pelos agentes dessensibilizantes, 01 (um) espécime de cada
grupo foi clivado ao meio, obtendo-se duas amostras para observação da
profundidade de oclusão dos túbulos dentinários.
Os corpos-de-prova foram fixados em stubs metálicos com fita adesiva
carbonada, e metalizados através de uma cobertura com ouro de 24 quilates
99,99%, sob pressão 0,5 mbar, sendo em seguida mensurados em microscópio
eletrônico de varredura LEO 1430 (Leo Zeiss, Cambridge, England), no
laboratório de microscopia eletrônica (LABMEV) do Centro de Geociências da
Universidade Federal do Pará, com o aumentos de 1000 e 1500x.
67
2.4. RESULTADOS
Resistência da união adesiva ao cisalhamento
Os valores da média e desvio-padrão da resistência ao cisalhamento de
cada grupo experimental estão descritos na tabela 1. Para a comparação entre
grupos foi utilizada a análise de variância (ANOVA 2-way), não se observando
diferença significativa para o fator sistema adesivo (Adper Single Bond 2, Adper
Easy One e Clearfil SE Bond), bem como para a interação entre os fatores
sistema adesivo e agente dessensibilizante. Entretanto, o fator agente
dessensibilizante (Não, Desensibilize Nano-P e Colgate Sensitive Pró-Alívio)
mostrou-se altamente significativo (p=0,0000) (tabela 2).
Tabela 1. Média e Desvio-Padrão da resistência ao cisalhamento dos grupos experimentais.
Grupo Agente dessensibilizante
Sistema adesivo
Média
(MPa)
Desvio-Padrão
(MPa)
G1
Não
Adper Single Bond 2
2,12
±1,55
G2
Não
Adper Easy One
2,40
±1,89
G3
Não
Clearfil SE Bond
3,20
±1,06
G4
Desensibilize Nano-P
Adper Single Bond 2
1,44
±1,14
G5
Desensibilize Nano-P
Adper Easy One
1,50
±1,31
G6
Desensibilize Nano-P
Clearfil SE Bond
2,39
±1,33
G7
Colgate Sensitive Pró-Alívio
Adper Single Bond 2
4,78
±1,58
G8
Colgate Sensitive Pró-Alívio
Adper Easy One
3,41
±1,59
G9
Colgate Sensitive Pró-Alívio
Clearfil SE Bond
3,60
±1,30
68
Tabela 2. Análise de variância para os valores médios da resistência ao cisalhamento (MPa).
Fonte de Variação
GL
SQ
QM
F
P
Sistema adesivo
2
59,269
29,634
14,357
0,2427
Agente dessensibilizante
2
709,329
354,664
171,823
0,0000*
Sist. adesivo X Ag. dessens.
4
171,232
42,808
20,739
0,0908
Erro
81
1,671,947
20,641
Teste ANOVA two-way (2 critérios)
*Significativo ao nível de 5%
Nas tabelas 3, 4 e 5 se comparam, através do teste t-Student (5%), os
valores médios de resistência ao cisalhamento (MPa) dos sistemas adesivos
testados em função dos diferentes agentes dessensibilizantes.
Tabela 3. Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do sistema adesivo Adper Single Bond
2 (3M Espe) em relação aos agentes dessensibilizantes.
Sistema adesivo
Agente dessensibilizante
Não
Desensibilize Nano-P
2,12
1,44
Não
Colgate S. Pró-Alívio
2,12
4,78
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pró-Alívio
1,44
4,78
Adper Single Bond 2
Adper Single Bond 2
Adper Single Bond 2
t
p
1,063
ns
4,208
0,0001*
5,272
0,0000*
*Significativo ao nível de 5%
ns – Não significativo
Na
tabela
3, se
observam duas
diferenças
significativas
nas
comparações pareadas: entre G1 e G7, e entre G4 e G7. Percebe-se que o
grupo do agente dessensibilizante Colgate Sensitive Pró-Alívio (G7) aumentou
significativamente a resistência ao cisalhamento em comparação a G1 e G4.
Ainda, o uso agente dessensibilizante Desensibilize Nano-P reduziu os valores
de resistência ao cisalhamento.
69
Tabela 4. Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do sistema adesivo Adper Easy One
(3M Espe) em relação aos agentes dessensibilizantes.
Sistema adesivo
Adper Easy One
Adper Easy One
Adper Easy One
Agente dessensibilizante
Não
Desensibilize Nano-P
2,40
1,50
Não
Colgate S. Pró-Alívio
2,40
3,41
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pró-Alívio
1,50
3,41
t
p
1,425
ns
1,584
ns
3,008
0,0036*
*Significativo ao nível de 5%
ns – Não significativo
Na tabela 4, se observa uma diferença significativa nas comparações
pareadas entre G5 e G8, com o agente dessensibilizante Colgate Sensitive
Pró-Alívio aumentando significativamente a resistência ao cisalhamento.
Novamente, o uso do agente dessensibilizante Nano-P reduziu os valores de
resistência ao cisalhamento.
Tabela 5. Média da resistência ao cisalhamento (MPa) do sistema adesivo Clearfil SE Bond
(Kuraray) em relação aos agentes dessensibilizantes.
Sistema adesivo
Clearfil SE Bond
Clearfil SE Bond
Clearfil SE Bond
Agente dessensibilizante
Não
Desensibilize Nano-P
3,20
2,39
Não
Colgate S. Pró-Alívio
3,20
3,60
Desensibilize Nano-P
Colgate S. Pró-Alívio
2,39
3,60
t
p
1,288
ns
0,625
ns
1,913
ns
*Significativo ao nível de 5%
ns – Não significativo
Na tabela 5, não se observam diferenças significativas nas comparações
pareadas. Entretanto, percebe-se que numericamente (ainda que não
significativo) o agente dessensibilizante Colgate Sensitive Pró-Alívio (G9)
aumentou a resistência a resistência ao cisalhamento em relação a G3 e G6,
ao passo que, novamente, o uso do agente dessensibilizante Desensibilize
Nano-P (G6) reduziu os valores de resistência ao cisalhamento em relação a
G3 e G9.
70
Padrões de fratura
Em relação ao total de padrões de fratura observados, 52 corpos-deprova (57,77%) foram classificados como mista (interface adesiva / camada do
adesivo), 27 (30%) como adesiva, 09 (10%) como coesiva na camada adesiva,
01 (1,11%) coesiva em dentina, e 01 (1,11%) coesiva na resina composta, com
maior percentual de fraturas mistas associadas aos gupos G1, G7 e G9 (80%),
e de fraturas adesivas à G4 (70%).
Microscopia eletrônica de varredura
As imagens obtidas em microscopia eletrônica de varredura (MEV), com
aumento de 1500X, mostraram que foi possível a abertura dos túbulos
dentinários e remoção dos plugs de lama dentinária localizados na embocadura
destes após aplicação do EDTA 17% por 01 minuto. Ainda, o emprego do ácido
nesta concentração e tempo não produziu erosão da superfície dentinária,
observado pela regularidade das dentinas inter e peritubular (Figura 15).
Figura 15 - Túbulos dentinários expostos, com a preservação das dentinas inter e peritubular,
após a utilização de solução de EDTA 17% durante 1 minuto.
71
O emprego da pasta profissional dessensibilizante Colgate Sensitive
Pró-Alívio® foi capaz de promover o selamento da maioria dos túbulos
dentinários expostos, observando-se também, em alguns, a redução do lúmen
tubular pelo selamento parcial. Verificou-se ainda a deposição de camada
granulosa na superfície dentinária, possivelmente representada por cristais de
sílica e carbonato de cálcio (Figura 16). Obliteração tubular de até 8,576µm foi
observada, em corte longitudinal, após a aplicação da pasta dessensibilizante
Colgate Sensitive Pró-Alívio® (Figura 17).
®
Figura 16 - Obliteração tubular resultante da aplicação de Colgate Sensitive Pró-Alívio na
superfície dentinária (corte transversal).
72
Figura 17 - Profundidade de obliteração tubular obtida proveniente da aplicação de Colgate
Sensitive Pró-Alívio® (corte longitudinal).
A aplicação da pasta profissional dessensibilizante Desensibilize Nano®
P
foi capaz de promover um selamento parcial dos túbulos dentinários
expostos, observando-se também, em alguns, a redução do lúmen tubular, e a
manutenção da exposição em outros. Verificou-se ainda a deposição de uma
camada compacta e irregularmente distribuída na superfície dentinária,
possivelmente representada por partículas nanoestruturadas de hidroxiapatita
(Figura 18). Obliteração tubular de até 5,049µm foi observada, em corte
longitudinal, após a aplicação da pasta dessensibilizante Desensibilize NanoP® (Figura 19).
73
®
Figura 18 - Obliteração tubular resultante da aplicação de Desensibilize Nano-P na superfície
dentinária (corte transversal).
Figura 19 - Profundidade de obliteração tubular obtida proveniente da aplicação de
®
Desensibilize Nano-P (corte longitudinal).
74
2.5. DISCUSSÃO
2.5.1. Discussão da metodologia
De acordo com Blinkhorn et al.37 existem dois métodos básicos de
pesquisa: o qualitativo e o quantitativo. Tradicionalmente, as pesquisas
desenvolvidas na área da saúde lançam mão do método quantitativo, que por
sua vez é derivado da filosofia positivista, centrada na objetividade da ciência.
A busca de explicações objetivas para os fenômenos tem levado a uma ênfase
nos dados numéricos, que constituem a base da pesquisa quantitativa.38
Dentro do espectro dos estudos quantitativos encontram-se as
investigações experimentais em laboratório, que realizam seus experimentos,
na grande maioria dos casos, em animais. Dessa forma, o laboratório é
considerado o local ideal para a realização de estudos experimentais, pois
permite um controle rigoroso da situação, possibilitando maior precisão em
todas suas etapas. Logo, este tipo de investigação permite a redução do grau
de subjetividade na aferição dos dados e proporciona parâmetros para
comparação dos resultados.38
Esta modalidade de pesquisa é a mais frequentemente empregada para
os estudos com sistemas adesivos. Sua opção encontra suporte principalmente
na maior brevidade de execução dos estudos e possibilidade de controle das
etapas envolvidas. As pesquisas clínicas, ainda que de grande valor científico,
esbarram em obstáculos como o maior tempo necessário para realização dos
estudos, aspectos associados à ética, custos, além das dificuldades no controle
dos pacientes. Entretanto, ressalta-se que estas duas modalidades de
avaliação de materiais odontológicos são complementares, com a laboratorial
devendo preceder a clínica.
Sendo assim, os testes laboratoriais utilizados para quantificar a
resistência de uniões adesivas obtidas nos tecidos duros do dente (esmalte e
dentina) são o cisalhamento, a tração e, mais recentemente, a microtração e o
microcisalhamento.39-40 Estes testes segundo Retief41, ainda que incapazes de
simular a complexidade de forças a que estão sujeitas as restaurações no meio
75
bucal, podem ser considerados válidos em seus propósitos, entretanto sem a
possibilidade de extrapolar seus resultados para condições clínicas.
O ensaio de resistência ao cisalhamento, realizado no presente estudo,
foi designado devido sua comprovada realização em pesquisas afins,42-43 bem
como por sua facilidade de execução e possibilidade de fornecer respostas às
hipóteses testadas nesta pesquisa.
Apesar da norma ISO / TS 11405: 200336 recomendar a utilização de
dentes permanentes humanos, a disponibilidade de aquisição destes, bem
como aspectos relacionados a questões éticas, tem dificultado seu emprego
nos testes de resistência adesiva. Sendo assim, dentes bovinos têm sido
avaliados e satisfatoriamente utilizados para esta finalidade, possuindo
respaldo na literatura científica pertinente ao assunto.41,44-49 Dessa forma, esta
pesquisa utilizou dentes incisivos bovinos íntegros, num total de 126 (cento e
vinte e seis).
Destaca-se ainda que foram excluídos elementos que
apresentassem falhas estruturais no esmalte, como trincas e fraturas, o que
poderia
acarretar
variações
no preparo dos
espécimes
e, portanto,
interferências nos resultados. A avaliação da condição estrutural do esmalte,
previamente à realização do experimento, foi realizada em lupa estereoscópica
com 40X de aumento.
Ademais, durante a confecção dos corpos-de-prova, a superfície
vestibular dos espécimes foi desgastada e planificada até a exposição do
tecido dentinário, utilizando-se para tanto lixas de carbeto de silício de
granulação decrescente em politriz horizontal. Tal desgaste foi realizado
mantendo-se uma padronização em relação à área de dentina exposta
(abertura de “janela de dentina” de aproximadamente 5mm de diâmetro), visto
esta ser diretamente relacionada à profundidade dentinária, e que por sua vez
pode interferir nos valores de resistência de união obtidos.50-51
Quanto aos materiais utilizados neste estudo, apesar de serem vários os
agentes e técnicas atualmente disponíveis para o tratamento da HD, as
propostas terapêuticas mais modernas se baseiam em abordagens biológicas
como forma de minimizar, ou mesmo eliminar, os sintomas relacionados a esta
condição patológica,8,52 Assim, ambos os agentes dessensibilizantes utilizados
neste estudo possuem mecanismos de ação, ainda que diferentes entre si,
76
baseados na simulação de mecanismos fisiológicos de reparação dos tecidos
dentários.
Por outro lado, mesmo que estudos demonstrem a eficácia destes novos
agentes no controle da HD,20,22,29,53 poucas informações estão disponíveis
quanto ao uso destes agentes previamente aos procedimentos restauradores
adesivos, e quais as consequências que podem advir desta intercessão.
Ainda, com o intuito de simular a condição de túbulos dentinários abertos
inerente à dentina hipersensível, procedeu-se a aplicação do EDTA 17% pela
habilidade deste agente em promover a desobliteraração tubular sem, no
entanto, provocar alterações significativas à estrutura dentinária quando
utilizado por um período de 60 segundos.54
Com relação às aplicações dos agentes dessensibilizantes utilizados
neste estudo, o protocolo totalizando 03 ciclos (sessões) de aplicação foi
adotado em decorrência de ambos os fabricantes afirmarem ser esta
quantidade suficiente para a obtenção do efeito dessensibilizante. Portanto, a
persistência dos sintomas da HD já seria indicativa da necessidade de
instituição de um tratamento mais invasivo para solucionar o problema, como a
realização dos procedimentos restauradores adesivos.55
Decorridos os dias de tratamento dessensibilizante para os espécimes
dos grupos experimentais, e de armazenamento em saliva artificial para os
espécimes dos grupos controle, procedeu-se o preparo das superfícies de
dentina para a realização da união adesiva. O primeiro passo, correspondente
a delimitação da área adesiva, obedeceu ao preconizado por Retief41, e
recomendado pela norma ISO / TS 11405: 2003,36 através do emprego de uma
fita adesiva, contendo um orifício central de 3mm de diâmetro, sobre a
superfície de dentina.
A delimitação prévia da área adesiva foi fundamental, já que a restrição
desta é a única forma de garantir que a área a ser testada será de fato restrita
à circunferência do cilindro de resina composta, do contrário, como
consequência, poderia não apenas a área de interesse ser testada, mas
também as porções irregulares (excessos) que eventualmente poderiam
ocorrer quando no momento de confecção dos cilindros, incorrendo em falsa
interpretação dos resultados relativos à resistência da união adesiva avaliada.56
77
Quanto aos sistemas adesivos utilizados, a Odontologia Restauradora
contemporânea
tem
mostrado
uma
tendência
de
simplificação
dos
procedimentos de união. Este motivo justificou a escolha do adesivo Adper
Single Bond 2 (convencional de dois passos clínicos) como representante dos
sistemas de condicionamento ácido total. Quanto à escolha dos adesivos
autocondicionantes, foram utilizados sistemas de dois tipos de estratégia: 1
passo e 2 passos clínicos, ambos considerados “suaves” em sua agressividade
(pH≈2.0), tendo em vista que estes têm se mostrado mais eficientes em relação
aos sistemas mais acídicos quanto a sua estabilidade adesiva a longo prazo.5759
Além disso, sistemas autocondicionantes “suaves” apresentam natureza
adesiva de origem dupla, seja mediada pelo embricamento micro-mecânico
inerente à própria formação da camada híbrida, seja pelo mecanismo de
adesão química (iônica) ao substrato dentinário, muito semelhante àquele que
ocorre quando da utilização de cimentos de ionômero de vidro.59
O modo de aplicação dos sistemas adesivos utilizados neste estudo
seguiu, rigorosamente, as recomendações dos respectivos fabricantes, visto
esta não ser uma variável considerada no desenho experimental da pesquisa.
Para a confecção dos cilindros de resina composta foi utilizada uma
matriz desenvolvida por Loretto e colaboradores 60. Esta matriz, ainda que
diferente da proposta pela norma ISO / TS 11405: 200336, propiciou o
manuseio do corpo de prova sem haver geração de nenhum tipo de tensão,
como cisalhamento, curvatura ou rotação, que pudesse interferir nos resultados
do estudo.
A opção por este aparato foi respaldada em sua maior simplicidade de
confecção e na possibilidade de livre movimentação da matriz bipartida sobre a
superfície de dentina delimitada pela fita adesiva. Esta livre movimentação é de
fundamental importância, pois permitiu o perfeito ajuste do orifício central da
matriz com aquele obtido com o emprego da fita adesiva, garantindo assim que
parte do cilindro de resina composta não fosse construído sobre a fita, fato este
que comprometeria os resultados finais.
A inserção da resina composta na matriz bipartida obedeceu à técnica
incremental recomendada pelo fabricante da mesma. Este recomenda a
inserção de incrementos de no máximo 2,5mm de espessura, sendo, neste
78
estudo, utilizados dois (2) incrementos de 2,5mm, que corresponderam, desta
forma, a altura da matriz (5mm).
Após a confecção de todos os corpos de prova, estes foram
armazenados seguindo-se as recomendações do teste tipo 1 da norma ISO /
TS 11405: 2003,36 que prevê o armazenamento em água, por 24 horas, a uma
temperatura de 37°C, antes da realização do teste de resistência ao
cisalhamento.
Outra questão metodológica deste estudo que merece ser pontuada diz
respeito ao teste mecânico escolhido. Nesse sentido, ainda que o cisalhamento
represente um dos ensaios mais utilizados na avaliação laboratorial de
resistência das interfaces adesivas,61 críticas foram direcionadas quanto ao
desenho do ensaio, visto permitir que a carga cisalhante seja facilmente
transformada em forças de curvamento e clivagem, gerando a distribuição não
uniforme de tensão ao longo da interface adesiva e, portanto, comprometendo
os resultados obtidos quanto a fiel avaliação da resistência na área de união.6264
Estas observações críticas são frequentemente encontradas quando da
utilização do teste de cisalhamento com emprego de cinzel. Assim,
considerando-se estas limitações, optou-se pela realização do ensaio mecânico
com a fita metálica, uma vez que esta permitiria, mais fielmente, o
deslizamento (cisalhamento) entre as superfícies de esmalte e resina
composta,65-66 exibindo em sua maioria fraturas na camada adesiva, conforme
evidenciado neste trabalho.
É lícito realçar ainda que, os baixos valores numéricos de resistência de
união encontrados, são característicos do teste de cisalhamento realizado com
a fita metálica e, caso precisem ser comparados com estudos similares que
tenham usado outra ponta ativa durante o ensaio (p.ex. cinzel), deve-se ter a
cautela na elaboração de pensamentos conclusivos sobre o desempenho de
um determinado material.65
79
2.5.2. Discussão dos Resultados
A hipersensibilidade dentinária (HD), popularmente conhecida como
sensibilidade dental, está entre as queixas mais frequentes relatadas por
pacientes que procuram tratamento odontológico. É caracterizada como uma
dor aguda e curta decorrente da exposição de dentina, em resposta a uma
variedade de estímulos, tais como, térmico, evaporativo, táctil, osmótico ou
químico, e que não pode ser atribuída a qualquer outra forma de defeito ou
doença dental.1 Estudos relatam prevalência de até 57% da população, com
máxima ocorrência em indivíduos entre 20 e 40 anos.1-3,5-6,9
Diversas modalidades de tratamento têm sido propostas para o manejo
da HD. Dentre estas, considerando-se a teoria da hidrodinâmica, a eliminação
ou minimização do movimento dos fluidos tubulares através do selamento da
dentina exposta desponta como uma alternativa frequentemente adotada.
Nesta abordagem, os agentes dessensibilizantes podem simplesmente agir por
efeito mecânico oclusivo, como os vernizes ou selantes, ou ainda promovendo
a remineralização e/ou selamento tubular, prevenindo uma desmineralização
subsequente, ou depositando minerais no interior dos túbulos dentinários.
Dentre estes produtos podem-se destacar os compostos a base de estrôncio,
de flúor, os oxalatos, além das recentes terapias remineralizadoras baseadas
no cálcio.4-6,9-11
Entretanto, dentro das abordagens terapêuticas da HD, uma terapia
mais invasiva pode se fazer necessária quando estratégias conservadoras não
foram bem sucedidas, ou ainda na presença de considerável perda de volume
da estrutura dental, como nas lesões cervicais não cariosas, direcionando a
conduta clínica para a realização de procedimentos restauradores.2-3,55
Neste instante, não raro, pode-se observar a intercessão de um
tratamento prévio da HD, baseado no selamento dos túbulos dentinários e
redução da permeabilidade tecidual, com a realização de procedimentos
restauradores adesivos em dentina, notadamente um substrato complexo ao
processo de união.
80
Nesse sentido, diversos estudos têm avaliado os efeitos do prétratamento da dentina com agentes dessensibilizantes oclusivos, em especial
produtos a base de oxalatos ou glutaraldeído, nas características da união
adesiva promovida por sistemas convencionais e autocondicionantes.24,32-35,6771
Considerando-se o emprego dos oxalatos previamente a realização do
condicionamento ácido, como tratamento oclusivo e não invasivo da HD, se
observa a redução dos valores de resistência de união. Tal fato pode ser
explicado pela formação dos cristais de oxalato de cálcio na estrutura
dentinária que, apesar de reduzirem a permeabilidade tecidual, favorável ao
processo de união, interferem na infiltração dos monômeros e comprometem a
hibridização.32,34
Contrariamente, quando agentes dessensibilizantes de ação oclusiva
são empregados após o condicionamento ácido, estes representam uma
alternativa capaz de minimizar a degradação hidrolítica da camada híbrida,
causada pela permeabilidade aos fluidos dentinários, contribuindo assim para o
aumento da longevidade das restaurações estéticas.69
Quando aplicado sobre a dentina condicionada pelo ácido fosfórico, íons
oxalato se difundem para o interior dos túbulos dentinários e reagem com íons
cálcio. A formação de cristais insolúveis de oxalato de cálcio ocorre, portanto,
em zona mais profunda, bloqueando temporariamente a passagem de fluido
intratubular, e não comprometendo a difusão do agente de união.32,69-70
Entretanto, a incompatibilidade entre os agentes dessensibilizantes e sistemas
adesivos pode interferir no procedimento de união.33
Assim, percebe-se que o emprego de agentes dessensibilizantes a base
de oxalatos previamente aos procedimentos de união adesiva apresenta
resultados conflitantes na literatura,72 bem como a própria eficácia destes na
conduta terapêutica da HD.73
Recentemente, abordagens biológicas para o tratamento da HD foram
preconizadas, propondo-se que o ideal seria mimetizar os processos
dessensibilizantes naturais pela oclusão espontânea dos túbulos dentinários
81
abertos. Isto seria possível através do uso de materiais que apresentassem a
capacidade de reagir com os fluidos corporais e/ou saliva, e que levassem a
deposição de mineral na dentina hipersensível, sendo este “novo” substrato
mais resistente a desafios mecânicos e químicos.8,10,15-17,74,
Dentre
estas
abordagens
biológicas,
fundamentadas
na
ação
remineralizadora de produtos a base de cálcio, encontra-se a arginina 8% +
bicarbonato / carbonato de cálcio (tecnologia Pro-ArginTM), conforme utilizado
no presente estudo. Podem ser citados ainda o fosfato de cálcio amorfo (ACP),
o fosfato de cálcio amorfo estabilizado pelo fosfopeptídeo da caseína (CPPACP), o fosfosilicato de cálcio e sódio (NovaminTM), etc.6,10,15,17
O mecanismo de ação da tecnologia Pro-ArginTM, espelhado no papel
que a saliva exerce naturalmente na redução da HD, fundamenta-se na alta
solubilidade do componente arginina 8% + bicarbonato que circunda, ou é
circundado, pelas partículas pouco solúveis do carbonato de cálcio, e que pelas
qualidades adesivas desta composição, forma uma camada oclusiva similar a
plugs, que não somente preenche, mas também adere às paredes dos túbulos
dentinários. Ainda, em razão da sua alcalinidade, o composto arginina 8% +
bicarbonato / carbonato de cálcio também reage com os íons cálcio e fosfato
do fluido dentinário, permitindo a manutenção química da adesão dos plugs às
paredes dentinárias adjacentes.6,9,10,16,17,52
Diversos estudos têm avaliado os efeitos da arginina 8% + bicarbonato /
carbonato de cálcio na permeabilidade dentinária, comprovando-se a redução
na condutância hidráulica tecidual e a resistência à desafios ácidos,
minimizando efetivamente a movimentação dos fluidos dentinários e, portanto,
a sensibilidade dental.12,16,30,75-76
Contudo, pouca informação está disponível sobre os efeitos da aplicação
prévia de dessensibilizantes a base de arginina 8% + bicarbonato / carbonato
de cálcio na resistência da união adesiva aos substratos dentais, em especial à
dentina. Recentemente, Canares e colaboradores43 evidenciaram que o uso do
creme dental dessensibilizante Colgate Sensitive Pró-Alívio® não interferiu na
resistência da união adesiva à dentina em comparação ao grupo controle
(pedra-pomes), observando-se, inclusive, aumento nos valores de resistência.
82
Os autores concluíram que os profissionais podem obter ótimos resultados de
união à dentina em pacientes que estejam em tratamento da HD com o uso
deste creme dental.
Resultado semelhante pôde ser observado no presente estudo, onde o
uso prévio da pasta profissional Colgate Sensitive Pró-Alívio® elevou os valores
de resistência de união à dentina, embora se evidenciando significância apenas
com o sistema adesivo convencional Adper Single Bond 2 (3M Espe) (ASB2).
De fato, a analogia entre os resultados da pasta profissional e do creme dental
pode ser feita com base no mesmo mecanismo de ação da arginina 8% +
bicarbonato / carbonato de cálcio em ambas as estratégias.16
No presente estudo, os grupos controle (sem aplicação de agente
dessensibilizante) compreenderam a simulação de uma dentina hipersensível,
sem a presença de smear layer e com túbulos dentinários abertos, o que foi
obtido com o emprego do EDTA 17% por um minuto.54 Tal fato aumentou a
permeabilidade do tecido dentinário e influenciou, especialmente, a resistência
de união do sistema adesivo convencional ASB2, observado pela menor média
de resistência de união (2,12 MPa).
Deve-se considerar ainda que para a união adesiva com o sistema
supracitado (ASB2), o condicionamento com ácido fosfórico 37% foi realizado,
o que elevou ainda mais a permeabilidade da dentina previamente tratada com
o EDTA 17% (dentina hipersensível simulada). Tal condição favorece a
exagerada movimentação dos fluidos dentinários, e dificulta a formação
adequada da camada híbrida.69
Ademais, a técnica de adesão úmida foi utilizada com sistema ASB2,
pela manutenção de parte do conteúdo de umidade após a lavagem do
condicionador ácido. Assim, a fração de água remanescente na superfície
dentinária, somada a elevada permeabilidade tecidual, representam um
significativo desafio ao processo de união, o que pode influenciar a qualidade
da interface adesiva e reduzir os valores de resistência de união à dentina.72,77
Positivamente, o pré-tratamento da dentina simuladamente hipersensível
com a pasta profissional Colgate Sensitive Pró-Alívio® possibilitou o selamento
83
dos túbulos dentinários expostos e, por conseguinte, uma redução na
permeabilidade
dentinária,
contribuindo
para
a
obtenção
de
valores
significativamente maiores de resistência de união à dentina quando do
emprego do sistema convencional ASB2.
De fato, através das imagens obtidas em microscopia eletrônica de
varredura (MEV), observou-se uma obliteração significativa, mas não total dos
túbulos dentinários expostos, sendo possível também identificar uma redução
do lúmen destes túbulos em alguns casos. Estes resultados estão de acordo
com os estudos de Sauro, Watson, Thompson12 e Sauro, Watson, Thompson30,
e contrários ao estudo de Petrou e colaboradores 16, onde a totalidade dos
túbulos dentinários expostos mostrou-se obliterado. O menor número de
aplicações do produto (três aplicações) no presente estudo pode justificar estes
achados micromorfológicos.
Além disso, a estratégia de ação dos sistemas adesivos convencionais
resulta
em
maior
permeabilidade
dentinária
quando
comparada
aos
autocondicionantes.72,78 A presença da lama dentinária representa uma
condição comum à estratégia de ação dos sistemas autocondicionantes,
evidenciando que tais agentes atuam, frequentemente, em condições de
permeabilidade dentinária reduzida.
Contudo, no presente estudo, todos os grupos foram previamente
tratados com EDTA 17%, removendo-se a camada de smear layer,
aumentando-se a permeabilidade tecidual e, portanto, a movimentação de
fluidos dentinários. Sistemas adesivos autocondicionantes de um passo clínico
(all-in-one) são mais susceptíveis a esta movimentação, quando comparados
aos sistemas de dois passos clínicos (self-etching primers), uma vez que os
últimos contemplam a aplicação de uma camada resinosa hidrofóbica.79
Tal afirmação pôde ser verificada em nosso estudo, onde os sistemas
Adper Easy One (3M Espe) (AEO), e Clearfil SE Bond (Kuraray) (CSEB),
resultaram em maiores valores de resistência de união já nos grupos controle
(2,40 MPa e 3,20 MPa, respectivamente) em relação ao adesivo convencional
84
(ASB2), uma vez que estes agentes autocondicionantes não preconizam o uso
prévio de ácido fosfórico como etapa do processo de adesão à dentina.
Ainda, mesmo que não significativamente, o emprego prévio da pasta
profissional Colgate Sensitive Pró-Alívio® elevou os valores de resistência de
união à dentina de ambos os sistemas autocondicionantes (AEO e CSEB).
Novamente pode-se creditar tal resultado, pelo menos em parte, a redução da
permeabilidade dentinária causada pelo uso do referido dessensibilizante.
Além disso, sabe-se que o uso do dessensibilizante a base de arginina
8% + bicarbonato / carbonato de cálcio é capaz de induzir a formação mineral
in situ, formando uma camada rica em cálcio na superfície dentinária.6,9-10,16-17
Neste contexto, destaca-se a importância da possível interação química entre
os monômeros funcionais, presentes nos sistemas adesivos, com os substratos
dentais.80-81
A forma pela qual os ácidos (ou monômeros acídicos, como nos
sistemas autocondicionantes) interagem com os tecidos mineralizados é
principalmente determinada pelo valor de pKa (constante de acidez), ao invés
de exclusivamente pelo pH, através de um conceito conhecido como adesãodescalcificação (conceito AD).24,59,82-83
Dessa forma, sistemas adesivos autocondicionantes suaves (como os
utilizados no presente estudo) desmineralizam o tecido dentinário apenas
parcialmente, permitindo a manutenção de quantidade significativa de cristais
de hidroxiapatita, e a possibilidade de interação química dos monômeros
ácidos com a dentina subjacente.57,59,81 Monômeros funcionais específicos,
como o 10-MDP presente no sistema adesivo CSEB utilizado em nosso estudo,
comprovadamente se unem quimicamente ao cálcio da hidroxiapatita.59,81-83
Logo, é possível atribuir, ainda que parcialmente, o aumento nos valores
de resistência de união dos sistemas autocondicionantes à possível interação
química entre os monômeros funcionais destes e a camada mineralizada
formada sobre o tecido dentinário pelo agente dessensibilizante Colgate
Sensitive Pró-Alívio®.
85
Outra estratégia recentemente adotada para o tratamento da HD,
também fundamentada nas propriedades remineralizadoras de produtos
bioativos a base de cálcio, é a utilização de pasta profissional de fosfato de
cálcio organizado na forma cristalina de hidroxiapatita, comercializada no Brasil
com o nome de Desensibilize Nano-P® (FGM).84
Segundo informações do fabricante, a pasta profissional Desensibilize
Nano-P® apresenta características químicas e estruturais semelhantes à
hidroxiapatita natural. Os nanofosfatos de cálcio apresentam uma maior
bioatividade em função do tamanho de suas partículas e por sua morfologia,
aumentando sua área superficial, capacidade de hidratação e molhabilidade, e
solubilidade, permitindo que liberem íons cálcio e fosfato ao meio bucal nas
concentrações e velocidades adequadas. O produto age por efeito químico
pela presença do flúor, que inibe a atividade cariogênica bacteriana, previne a
desmineralização e potencializa a dessensibilização; pela presença do nitrato
de potássio, que potencializa a despolarização das fibras nervosas, e por efeito
físico, pela penetração da hidroxiapatita nanométrica nos túbulos dentinários.84
Diversos
estudos
têm
avaliado
os
efeitos
remineralizadores,
dessensibilizantes e redutores da permeabilidade dentinária de produtos
bioativos a base de hidroxiapatita ou similares (carbonatoapatita), com
resultados mostrando-se satisfatórios e promissores.27,29,53,85 Entretanto,
novamente, a literatura não dispõe de informações sobre a influência da prévia
utilização de tais produtos, empregados na terapia para HD, nas características
adesivas dos substratos dentais, dentre estas a resistência de união.
As imagens obtidas por MEV mostram que emprego da pasta
Desensibilize Nano-P® foi capaz de promover um selamento apenas parcial
dos túbulos dentinários expostos, ainda que as superfícies dentinárias tenham
sido expostas à saliva artificial entre as sessões de aplicação do produto. Tal
resultado diverge dos achados de Shetty, Kohad e Yeltiwar53, que utilizando
produto similar de uso profissional a base de hidroxiapatita, observaram um
selamento completo dos túbulos dentinários expostos.
86
Ainda, os grupos testados apresentaram redução nos valores de
resistência de união após a aplicação da pasta Desensibilize Nano-P® para
todos os sistemas adesivos utilizados. Tais reduções podem ser atribuídas
também à permanência de elevada permeabilidade dentinária, visto que o
produto não foi capaz de promover um selamento uniforme dos túbulos
dentinários expostos.
Nesse sentido, os sistemas adesivos convencionais de dois passos
clínicos, e os autocondicionantes de um passo (all-in-one), comportam-se como
os mais susceptíveis à permeabilidade dentinária elevada. O primeiro por
proporcionar um aumento ainda mais pronunciado da permeabilidade pelo
emprego do condicionador ácido (ácido fosfórico), e agir através da técnica de
adesão úmida.69,72,77 Ainda, assim como o segundo, por não dispor da
aplicação de uma camada resinosa hidrofóbica.79
Tal resultado pôde ser verificado com os sistemas adesivos ASB2 e
AEO, que apresentaram os menores valores de resistência de união, não
sendo significativos em relação aos grupos controle, mas diferindo do
dessensibilizante Colgate Sensitive Pró-Alívio®. O primeiro por proporcionar um
aumento ainda mais pronunciado da permeabilidade pelo emprego do
condicionador ácido (ácido fosfórico), e agir através da técnica de adesão
úmida.69,72,77 E, assim como o segundo, por não dispor da aplicação de uma
camada resinosa hidrofóbica.79
Entretanto, a manutenção de elevada permeabilidade parece não ser a
única justificativa para os resultados dos grupos que utilizaram a pasta
Desensibilize Nano-P®, uma vez que os grupos controle apresentaram maiores
valores de resistência de união mesmo sem o emprego de nenhum produto
com capacidade obliterante.
Logo, a maior espessura da camada formada sobre a superfície
dentinária, e a discreta penetração da pasta Desensibilize Nano-P® nos túbulos
expostos (5,049µm), em relação ao dessensibilizante Colgate Sensitive PróAlívio®, pode explicar também os resultados obtidos.
87
Diversas metodologias foram propostas para sintetizar a hidroxiapatita
nanoparticulada, ou nanocristais desta, como: precipitação química úmida,
síntese sol-gel, co-preciptação, síntese hidrotérmica, síntese mecano-química,
etc., através dos quais nanocristais de variados formatos e tamanhos podem
ser obtidos.86
Para infiltrar os túbulos dentinários e aliviar os sintomas da HD, pós de
hidroxiapatita foram obtidos por síntese hidrotérmica, com partículas similares a
agulhas, de 20 a 40nm de diâmetro, e 100 a 160nm de comprimento. Contudo,
observou-se que estes cristais ainda eram maiores que o diâmetro dos túbulos
dentinários, necessitando-se, portanto, de partículas mais equiaxiais e
esféricas para promover a penetração nestes túbulos.87
Desse modo, pode-se admitir que o diâmetro, ou mesmo o arranjo
estrutural, das partículas de hidroxiapatita da pasta Desensibilize Nano-P® foi
insuficiente para promover uma penetração adequada nos túbulos dentinários
expostos, comprometendo assim a redução esperada da permeabilidade
tecidual. Por fim, ainda que o fabricante destaque o pequeno diâmetro e a
morfologia favorável destas partículas, não faz referências dimensionais às
mesmas.
Adversamente, portanto, a pasta dessensibilizante pode permitir a
formação de uma espessa camada apenas sobreposta ao tecido dentinário,
que atuaria como uma barreira física à apropriada infiltração dos diferentes
sistemas adesivos, reduzindo os valores de resistência de união à dentina.72,77
Possivelmente, tais características qualitativas demonstradas pela pasta
Desensibilize Nano-P® foram dependentes também do modo de aplicação do
produto, que seguiu as recomendações sugeridas pelo fabricante. Neste
estudo in vitro, o tempo de profilaxia profissional (10s), de repouso do agente
na superfície de dentina (5min), e o número de “sessões” de dessensibilização
(03), não propiciaram a obliteração total dos túbulos expostos, a formação de
uma camada uniforme sobre o tecido dentinário e, provavelmente, a necessária
redução da permeabilidade.
88
Em síntese, é valido ratificar que os resultados ora obtidos são
dependentes das limitações inerentes ao estudo laboratorial, e que embora se
buscando aproximar as condições testadas da situação in vivo, a complexidade
da cavidade bucal e seus efeitos não podem ser completamente simulados.
Entretanto, foi possível observar que as alternativas contemporâneas de
tratamento da HD testadas, baseadas em abordagens biomiméticas frente aos
substratos dentais, podem influenciar a resistência de união à dentina prétratada por estes dessensibilizantes, proporcionada por sistemas adesivos de
diferentes composições e estratégias de ação.
89
2.6. CONCLUSÕES
Dentro das limitações deste estudo in vitro, foi possível concluir que:

O agente dessensibilizante Desensibilize Nano-P® reduziu os valores de
resistência de união à dentina para todos os sistemas adesivos testados,
independente da estratégia de união destes;

O agente dessensibilizante Colgate Sensitive Pró-Alívio® elevou os
valores de resistência de união à dentina para todos os sistemas
adesivos testados, independente da estratégia de união destes;

O sistema adesivo convencional Adper Single Bond 2® mostrou-se mais
susceptível a prévia aplicação dos agentes dessensibilizantes, em
relação à resistência de união à dentina;

Os agentes dessensibilizantes Desensibilize Nano-P® e Colgate
Sensitive Pró-Alívio® promoveram uma obliteração parcial dos túbulos
dentinários expostos.
90
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2.8. Anexo

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this PDF file J Oral Invest, 3(1): 4-9, 2014 - ISSN 2238-510X DOI: 10.18256/2238-510X/j.oralinvestigations.v3n1p4-9

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