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Em Família
INFORMATIVO MENSAL DOS IRMÃOS
ANO XVI Nº 190 – NOVEMBRO 2013
A Vida em um Plano mais Alto é uma Exigência
“Eu, porém, vos digo que não resistais ao mau; mas,
se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe
também a outra; E, ao que quiser pleitear contigo,
e tirar-te a túnica, larga-lhe também a capa; E, se
qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com
ele duas”. (Mt 5.39-41 ACF)
cristã; a reação cristã genuína necessita ser mais
abundante e transbordante. Precisamos ser capazes
de suportar mais. Isso é que é chamado de segunda
milha. Se suportamos que alguém nos trate mal,
esta é a nossa face direita. Mas se tratamos
extremamente bem em troca, somos mais do que
vencedores diante de Deus e essa é a face esquerda.
A face esquerda significa
plenitude; ela significa ter
mais
de
reserva.
Novamente, a vitória cristã
está sempre transbordando;
ela jamais é apenas o
suficiente. Um cristão tem
mais que o bas tante de
reserva.
Ele
sempre
transcende o que pode fazer
de si mesmo. Sua vitória
portanto não é forçada. Ele
não necessita cerrar os
dentes e usar justificadas
para proteger-se. Ele vence
facilmente diante do Senhor e permite que Ele o faça
crescer mais e mais. Ele é sempre capaz de
manifestar a graça dos filhos de Deus!
Podemos algumas vezes ver
no mundo pessoas grandes;
ou,
pelo
menos,
que
aparentam ser grandes.
Algumas pessoas têm um
bom gênio; não discutem
quando
contrariadas.
Outras são tão tímidas, não
dizem nada, pois estão com
medo. Acredito, porém, que
dentro delas, elas estão tão
irritadas. Suas reações são
tão pequenas quanto a sua
vida. Não posso, portanto,
dizer que a segunda milha é
suficiente em si mesma porque a segunda milha é
um princípio - o princípio de transcender. A face
esquerda também é um princípio - o mesmo
princípio, o princípio de transcender. Somente as
reações que emanam deste princípio são boas o
bastante para o cristão.
Por que então precisamos voltar a face esquerda?
Assim fazendo indicamos que quando o Senhor
permite que a mão do homem nos maltrate, nossa
escolha é deixar que Ele aumente a Sua obra em
nós, ao invés de diminuí-la. Voltamos assim a face
esquerda. Mediante uma mão humana o Senhor
pretende aumentar a nossa capacidade e nos fazer
crescer. Essa mão humana opera apenas na face
direita, mas nós acrescentamos a esquerda. A nossa
reação não resiste ao que o Senhor está fazendo
através do homem, como também Lhe permite
intensificar a Sua obra. O Senhor lida conosco, e nós
também lidamos conosco mesmos. Em outras
palavras, quando as pessoas batem em nossa face
direita, unimos nossas mãos às deles para bater em
nós mesmos. Não nos opomos àqueles que nos
batem; pelo contrário ficamos do lado deles.
Achamos que um golpe não basta, acrescentamos
então outro golpe.
Transcender significa elevar-se acima da situação.
Não que simplesmente cerremos os dentes e
permitamos que alguém nos bata. Não que
simplesmente entreguemos com relutância a camisa
a quem nos pede. Não que penosamente andemos
a segunda milha porque fomos obrigados a fazê-lo.
Fazer qualquer uma dessas coisas será inútil se não
tivermos nos elevado acima da situação. Quem é
capaz, então, de transcender? Aquele a quem o
Senhor deu uma vida tão rica que quando
esbofeteado, ele pode também oferecer a face
esquerda. Aquele que tem a vida tão abundante que
será capaz de andar duas milhas quando tiver sido
obrigado a andar apenas uma. Em outras palavras,
a reação cristã não é nem forçada nem medíocre.
Ouvi certa vez uma irmã dizer: “Quase perdi a
calma”. Quando ela falou, parecia estar falando de
uma vitória. Essa, no entanto, não foi uma reação
A nossa oração é: “Que a mão do Senhor esteja
sobre mim. Se perdermos tudo, não poderemos
1
Amizade no Sentido Bíblico
perder
nada
mais.
Quando
estivermos
completamente mortos, não poderemos morrer
mais uma vez. Enquanto pudermos morrer, ainda
não morremos o bastante. Desde que possamos
ainda perder, não perdemos o bastante. Estamos
desejosos de aumentar a obra da mão do Senhor
em nós, ao invés de diminuí-la”. Se formos capazes
de permanecer ao lado do Senhor e tratar conosco
mesmos, jamais pensaremos em nos vingar dos
outros.
Jesus andava no meio de multidões e ministrava às
suas necessidades. No entanto, tinha poucos amigos
no seu círculo íntimo. Como alguém se tornava parte
desse círculo e o que significava para Jesus ter um
relacionamento como esse?
Confiança e Amor
Mas o próprio Jesus não se confiava a eles, porque
os conhecia a todos. E não precisava de que alguém
lhe desse testemunho a respeito do homem, porque
ele mesmo sabia o que era a natureza humana. (Jo
2.24,25).
Jesus não se confiava a todas as pessoas. Sua
confiança não era depositada em qualquer um. A
razão para isso é que as pessoas em geral não são
dignas de confiança. Não era por uma questão de
auto-suficiência ou falta de necessidade, mas por
não encontrar inicialmente alguém em quem
pudesse confiar.
Foi por isso que escolheu um pequeno grupo para
estar mais próximo. Não que essas pessoas já
fossem seus amigos, mas tinham o potencial de se
tornarem dignas de confiança. Jesus passou tempo
treinando-as para esse fim, não através de aulas
teóricas, mas por meio da convivência, andando,
servindo e conversando juntos.
Durante muito tempo, ele não conseguiu ir muito
longe nas conversas. Começava a explicar-lhes as
parábolas, dizendo que a eles era dado conhecer os
mistérios do Reino. Tentava mostrar a natureza do
Reino e a necessidade de dar a própria vida para que
o Reino viesse. Contudo, quando ressurgia o
assunto, notava-se que ainda muito pouco havia
penetrado em seus corações.
No entanto, ele não desistiu. João registra no seu
evangelho que Jesus amou seus discípulos, e que os
amou com um amor persistente e fiel até o fim, a
despeito de suas limitações, gafes, inconsistências e
falhas. Mesmo sabendo que um seria traidor, outro
o negaria e ninguém o acompanharia na sua hora
mais escura, ele confessou mais de uma vez a
importância de estar junto daqueles que haviam
deixado tudo para segui-lo (Lc 22.15,28; 18.31; Mt
19.27-30; 26.38-40; Jo 17.6-8,14,24).
Existe uma grande diferença entre amar e confiar.
Deus ama a todas as pessoas do mundo (Jo 3.16).
A essência do amor é dar. Eu posso dar algo para
alguém e mesmo doar-lhe de mim mesmo, até um
certo ponto, ajudando e ministrando às suas
necessidades, sem, contudo, confiar nele ou tornarme vulnerável por lhe abrir coisas íntimas ou
pessoais. Se eu fizer isso, revelando-me a pessoas
que não são confiáveis, posso destruir o potencial
de continuar amando os outros, pois pode resultar
em feridas e profundos efeitos negativos.
Existe uma ligação muito grande entre as palavras
fé e confiança. Deus ama a todos, mas nem todos
correspondem a ele em fé e confiança. De acordo
com Hebreus 11.6, a fé que agrada a Deus é a
O nosso transcender é diante do Senhor, pois
ninguém exige mais de nós do que o Senhor. O
máximo que as pessoas podem exigir é a primeira
milha, mas o Senhor exige a segunda milha. Não é
extremamente rigoroso? O que o homem pode nos
forçar a fazer está limitado à primeira milha, mas o
que Lhe damos é algo mais. Acrescentamos porque
o nosso transcender vem do Senhor.
Watchman Nee
2
certeza de que ele existe e que responde àqueles
que o buscam. Confiança é a base de qualquer
relacionamento e foi por isso que a serpente
começou seu ataque no jardim minando exatamente
a confiança do homem em Deus (Gn 3.1-5).
Como Jesus, podemos não encontrar pessoas já
prontas para isso, mas devemos começar a nos
relacionar com elas de tal forma que sejam
treinadas e que, aos poucos, sejam capazes de
receber nossa confiança de amizade. Pois é somente
dessa forma que algo genuíno e verdadeiro será
edificado no Reino de Deus através de nós.
Asher Intrater (Israel)
O Objetivo do Discipulado
No final do ministério de Jesus, ele deu este
testemunho a respeito dos seus discípulos: Já não
vos chamo servos, porque o servo não sabe o que
faz o seu senhor: mas tenho-vos chamado amigos,
porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado
a conhecer. (Jo 15.15).
Pessoas que no princípio não eram dignas de
confiança se tornaram amigas de Jesus. A palavra
amigo já perdeu grande parte do seu conteúdo na
nossa
compreensão
moderna.
Precisaríamos
acrescentar os significados de aliança, fidelidade e
confiança ao nosso conceito para nos aproximarmos
do sentido bíblico. Para os discípulos serem
chamados de amigos, tiveram de passar por um
processo. Abraão foi chamado três vezes nas
Escrituras de amigo de Deus (2 Cr 20.7; Is 41.8; Tg
2.23), mas também houve uma longa caminhada
para chegar a esse ponto. Foi por isso que Deus
compartilhou com ele seus planos sobre Sodoma
(Gn 18).
Já ouvimos muito nos últimos anos sobre
discipulado na igreja. O tema tem gerado
controvérsia e discussão. Mas o ponto central é que
o discipulado como treinamento dos seguidores de
Jesus não visa formar um exército de cristãos
obedientes e cooperadores, como se fossem meros
robôs para servirem ao discipulador na ampliação de
sua obra. Nosso alvo deve ser a formação de
amigos, companheiros para o futuro. Esse deve ser
o objetivo tanto de pais naturais como espirituais.
Pode ser que não se tornem especificamente nossos
companheiros, mas estarão aptos, dignos de
confiança, preparados para formarem vínculos
fortes e estáveis em qualquer lugar em que Deus os
plantar. Nada de permanente ou de real valor se faz
no Reino de Deus fora do contexto de
relacionamentos e vínculos autênticos, uns com os
outros. Do contrário, podemos fazer muitas obras,
mas não será o Reino.
Nesse contexto, a correção e a disciplina também
adquirem outro significado. Não devemos trabalhar
para produzir uma organização eficiente e
disciplinada; estamos lidando com indivíduos num
organismo vivo e ajudando a remover hábitos ou
áreas de fraqueza que possam ser tropeços e
empecilhos à nossa crescente amizade no Senhor.
É isso que significa falar a “verdade em amor” (Ef
4.15).
Queremos
desenvolver
fidelidade
e
idoneidade nas pessoas ao nosso redor, a fim de
podermos falar com elas dos mistérios e segredos
de Deus (2 Tm 2.2; Mt 13.10,11). Somos mordomos
ou despenseiros dos mistérios de Deus e precisamos
discernir em quem podemos confiar a fim de
transmitir esses tesouros (veja 1 Co 4.1,2).
Música: Apenas uma Serva
No País de Gales, minha terra natal, havia uma
expressão que ouvíamos com frequência. A
expressão se referia não ao coral, e sim ao canto
congregacional; era conhecida como “o demônio do
canto”. Esta expressão queria dizer que o assunto
do cantar produzia mais contendas e divisões nas
igrejas do que qualquer outra das atividades da
igreja. À parte disso, a música, em suas variadas
formas, faz surgir todo o problema do elemento de
entretenimento, insinuando e levando as pessoas a
virem aos cultos para ouvir música, e não para
adorar.
Conforme já disse em noutra conexão, temos de
interromper determinados maus hábitos que têm
penetrado a vida de nossas igrejas e se
transformado em uma tirania. Já me referi à forma
rígida do culto e às pessoas que se dispõe a brincar
com a verdade e tentam muda-la, mas resistem a
qualquer tentativa de alteração na ordem do culto e
nessa rígida forma. Portanto, sugiro que é chegado
o tempo de fazermos a seguinte pergunta: por que
é necessária toda esta ênfase sobre a música? Por
que a música é tão importante? Enfrentemos esta
questão; e, por certo, à medida que fizermos isso,
chegaremos a conclusão de que aquilo que devemos
buscar e almejar é uma congregação de pessoas que
entoam juntas louvores a Deus; e que a verdadeira
função dos instrumentos é acompanha-las.
Compete-lhes aos instrumentos e à música serem
um acompanhamento, e não um ditador, nunca
devemos permitir-lhes ocupar esta posição, eles
devem sempre serem subservientes.
Portanto, eu diria como regra geral: conserve a
música em seu devido lugar. Ela é uma criada, uma
serva; não lhe devemos permitir que domine ou
controle as coisas, em nenhum sentido.
D. M. Lloyd-Jones
3
Avisos e Notícias
Retiro de Jovens 2013 em Mafra (SC)
Nascimento: nasceu no dia 10 de outubro,
ELOYSE, filha de nossos irmãos Alberto & Selma. A
menina nasceu com 2,730kg e 42cm. Parabéns aos
pais e que o Senhor os abençoe com sabedoria e
discernimento, para que assim possam exercer a
paternidade.
Festa de Final de Ano: nossa festa será no dia 15
de dezembro em local ainda a ser confirmado.
Reuniões no final do ano: a última reunião de
2013 será no dia 22 de dezembro de 2013. A
primeira reunião de 2014 será no dia 05 de janeiro.
“Eles pensavam poder abafar e
vencer a verdade, que é sempre
vitoriosa, ignorando que a
própria essência da verdade é
que quanto mais quisermos
comprimi-la mais ela cresce e
se eleva”. (Jan Huss)
“Regozije-se com o fato de o
Deus imortal ter nascido para
que os homens mortais
pudessem viver na eternidade”.
(Jan Huss)
 Aniversários em novembro:
01:
02:
03:
08:
09:
09:
13:
13:
14:
15:
16:
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19:
19:
21:
22:
23:
24:
26:
29:
30:
30:
Elinaldo S. de Oliveira – 9642-0171
Abselon Santiago Leite – 8802-9180
Rafael R. Bonfim – 8504-6609
Newmar dos S. Peres – 3044-0923/9906-2478
Paula H. Buzato da Silva – 8812-0690
Eduardo Ben de M. Lima – 3379-3164/8818-8353
Elinaldo & Gisa – 9900-3241
José Flávio Galvão – 3598-4700/9636-0990
Elisangela C. de Azevedo – 3042-5506/8887-2505
João Guilherme Bora Carvalho – 8886-0049
Murilo M. Andrade – 3779-0003
Luiz Fernando R. de Souza – 3366-7675/8808-2650
Marcelo & Eliane – 3205-4542
Jefferson dos Santos – 3088-1671/9603-7018
Cristina Albertini Geremias – 9258-6819
Jhonattan S. Gonçalves – 3349-8525-9876-4470
Antonia C. de Lima – 3226-4542
Willian T. Tierschnabel –8834-5408
Ronaldo & Vera – 3205-5535
Rodrigo Ferreira – 3667-4718/9809-3206
Vanilda Thibes – 9169-3772
Ester Santana – 8437-2515
Maurício T. Martinez – 51 9258-7579
 Agenda:
03, 10, 17 e 24 de novembro: Assembléia dos Irmãos
– 10h00 na Sede.
02, 09, 16, 23 e 30 de novembro: Encontro dos Jovens
– 20h15 na Sede.
07 e 21 de novembro: Grupos de Oração e Comunhão
nas casas.
14 e 28 de novembro: Reunião de Ensino – 20h15 na
Sede.
EM FAMÍLIA é o informativo mensal dos Irmãos.
Responsável: Claudimir Morais – [email protected]
Sítio contendo estudos bíblicos e gravações: www.fratrum.com.br
Assembléias: Domingos – 10h00 (partir do pão)
Sede: Rua Acre, 441 – Água Verde – Curitiba – PR Cep 80620-040