31 de outubro
Transcrição
31 de outubro
CLIPPING 31/10/2012 CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Folha SP Seção: Página: Data: 31/10/2012 "Internação compulsória é a melhor medida", diz juíza Para Ivone Caetano, que determinou a internação de crianças viciadas em crack no Rio, tratamento forçado tem apoio da sociedade MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO Às 12h30 de anteontem, ao voltar de Petrópolis, na região serrana do Rio, a juíza de menores da capital, Ivone Ferreira Caetano, 68, se assustou ao olhar pela janela do carro e ver dezenas de usuários de crack numa obra da prefeitura para a Olimpíada de 2016 em plena avenida que virou nome da novela de TV. "Parecia a continuação da novela: lá está o lixão e toda aquela criançada exposta, desorientada em plena avenida Brasil. Só que não era ficção. A situação ali é bem real, caótica". Foi a primeira entrevista após o prefeito Eduardo Paes anunciar que estenderia a internação compulsória aos adultos. Formada em Direito pela Universidade Estácio de Sá, em 1975, a ex-comissária de menores que determinou a internação no Rio chega a rir dos que a acusam de "faxina social para a Copa". "Chega a ser hilário que alguém tenha a pachorra de me acusar disso." Folha - O prefeito Eduardo Paes disse que criará 600 vagas para a internação compulsória de adultos. Ivone Caetano - Espero que pelo menos 400 sejam para crianças. Não tenho como falar sobre essa medida extensiva ao adulto. Como cidadã, acho correto. Como juíza, não existe o mesmo amparo e as mesmas leis que protegem as crianças para que isso ocorra. Mas não podemos esquecer que se trata de uma questão de saúde e de segurança. Segurança para a sociedade e para os viciados. A droga chegou ao Rio em 2007. A senhora não acha que enquanto se discutia se era um problema de saúde ou de segurança nada foi feito? Os dois setores deveriam trabalhar juntos. Não devemos esperar um novo holocausto. Adotei a medida entre as crianças e os adolescentes e só recebo críticas até hoje. Recebo crítica de estar praticando uma ação de faxina, higienista e étnica para a Copa do Mundo. Chega a ser hilário que alguém tenha a pachorra de me acusar disso. Houve críticas por levarem à força para tratamento. Não posso acreditar que se use o argumento de que não há liberdade no direito de ir e vir quando todos os demais direitos estão sendo postergados. O direito superior é a vida com dignidade. Como a senhora avalia a política de internação compulsória de menores um ano após a adoção da medida no Rio? Já deu bons resultados. Não os resultados que eram esperados porque, na verdade, houve um primeiro momento, quando passou-se a executar a medida. Agora é necessária uma ampliação de forma a atender completamente essas crianças e adolescentes. O que é preciso fazer? Falta um número maior de unidades. Que a internação compulsória é necessária? É. Que não se está violando algum direito? Não. Pelo contrário. Está atendendo aos princípios que fundamentam a política da criança e do adolescente. A reincidência é alta? Sim. Até porque o crack é diferente das demais drogas. A senhora já internou a mesma criança quantas vezes? Não posso detalhar isso mas já internei um menor mais de uma vez. O que você acha melhor? Que ele entre para uma internação com uma tentativa de, pelo menos, ter tratamento ou que permaneça debaixo de lixo? Acabou-se a cracolândia de Manguinhos, Jacarezinho e ela agora está instalada em plena avenida Brasil. Me pareceu a continuação da novela: lá está o lixão e toda aquela criançada exposta, desorientada em plena avenida Brasil. Só que não era ficção. A situação ali é bem real, caótica. Não acredito que a sociedade esteja de acordo com isso. Pelo contrário. Pelo menos 95% da sociedade entende a necessidade de que a internação seja impositiva. Os pais aparecem? Geralmente, esses pais não têm o poder familiar, não têm consciência de como exercer esse poder. Muitos estão no crack. Outros abandonaram seus filhos. Então, a obrigação e o dever é do Estado. A situação chegou ao estágio atual porque o poder público não agiu? O Estado demorou a agir e, quando agiu, houve dezenas de opiniões contrárias de gente poderosa. Sem pensar que, se fossem filhos deles, lá não estariam. Parece opinião de engenheiro de obra pronta. Tivemos a coragem de fazer algo onde não se fazia. Aí, surge aquele engenheiro e diz: "Essa parede está torta". Por que não fez nada? As crianças e os adolescentes estão viciados numa droga violenta, cruel. A senhora evita tratar desse tema. Por quê? Fui acusada de revelar casos que julgava e disseram que estava impedida de falar sobre a situação. Discordo. Posso dar a minha opinião como cidadã, como parte de um dos poderes deste país. A senhora está convencida de que o melhor é a internação? É lógico que há limitações. A internação ainda é a melhor medida. O crack não espera que determinados tipos de terapia façam efeito. Não entendo o que essas pessoas que são contra pensam. Talvez não tenham filhos. E se têm filhos, nenhum deles foi para o crack. CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Folha SP Seção: Página: Data: 23/10/2012 Prefeito do Rio anuncia que internará à força adulto dependente de crack Eduardo Paes não prevê data para início da medida, mas afirma que a decisão já está tomada Método é indicado para alguns casos, diz médica; para OAB-RJ, medida pode ser questionada na Justiça DENISE MENCHEN MARCO ANTÔNIO MARTINS DO RIO A Prefeitura do Rio irá internar compulsoriamente adultos dependentes de crack. A decisão foi anunciada pelo prefeito Eduardo Paes (PMDB) após reunião com líderes comunitários da favela do Jacarezinho, na zona norte. Até o início do mês, a favela abrigava a maior cracolândia do Rio. Com a ocupação para a instalação de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora), no dia 14, usuários da droga se espalharam por outros pontos. "Não vou ficar de camarote assistindo às pessoas se drogarem nas ruas. Tem gente quase se jogando debaixo dos carros na avenida Brasil. Não vou ficar no debate ideológico. Nossa obrigação é salvar vidas", disse Paes. O prefeito afirmou que a medida não começa agora, mas não previu data. Também não informou se será preciso ter autorização da Justiça para a internação. Disse ter pedido que os secretários de Assistência Social e de Saúde apresentem até 5 de novembro um plano. "Prefiro não me aprofundar porque a decisão política, que é o que me cabe, está tomada. Sei que é polêmico e nem quero comparar com detenção. Estamos lidando com doentes, e doentes a gente auxilia." Segundo o prefeito, o primeiro passo será criar de 600 a 700 vagas para atender os dependentes. Depois, será verificada a necessidade de contratação de pessoal. A prefeitura já faz o abrigamento compulsório de crianças e adolescentes com alto grau de dependência. A medida, em vigor desde maio de 2011, é amparada por decisão judicial. Desde então, 170 jovens já passaram por abrigos e 120 continuam internados. Já os adultos são levados para centros de acolhimento, onde podem ser encaminhados para tratamento nos CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), de atendimento ambulatorial, sem internação. Quem não tem para onde ir pode ficar em abrigos municipais, mas o trânsito é livre. Muitos acabam de volta às ruas. "Sei que isso é polêmico, mas acho que a gente tem respaldo para tomar essa decisão no caso do crack. Não se confunde internação compulsória com hospitalização de pessoas com problemas mentais. Para a gente está muito claro que os dependentes de crack não conseguem tomar decisões. A chefe do setor de dependência química da Santa Casa, Analice Gigliotti, diz que a medida é indicada para alguns casos, mas o risco é que se torne "higienista". "É preciso ter critérios claros. Nem todo mundo precisa de internação." Para o presidente da comissão de política sobre drogas da OAB-RJ, Wanderley Rebello Filho, a medida corre o risco de ser questionada judicialmente. "É uma violação de direitos humanos fundamentais, como o direito de ir e vir." CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Folha SP Seção: Página: Data: 23/10/2012 Ação na cracolândia de São Paulo teve 1.176 internações voluntárias DE SÃO PAULO Balanço do governo de SP aponta que, na operação da cracolândia, no centro da capital, realizada no início do ano, houve 1.176 internações, mas todas foram voluntárias. Segundo o coordenador estadual de políticas sobre drogas, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, só há internação sem a concordância do usuário de drogas quando há laudo médico (internação involuntária) ou decisão judicial (internação compulsória). Ou seja, não cabe à prefeitura ou ao Estado decidir, diretamente, se o usuário deverá ser internado, conforme prevê lei federal de 2001. "Além disso, todos os indivíduos toparam a internação, ou seja, foi voluntária", afirmou o coordenador estadual. A operação na cracolândia envolve Estado e prefeitura, em ações policiais e de saúde. Oliveira afirma que já houve internações voluntárias ou compulsórias no Estado, fora da operação da cracolândia. CRÍTICAS No início da operação no centro de São Paulo, quando se levantou a possibilidade de haver internações compulsórias, o candidato à prefeitura pelo PT, Fernando Haddad, criticou a ação agora adotada pela gestão Eduardo Paes, no Rio, alinhada ao PT. No final da tarde de ontem, Haddad foi procurado pela Folhapara comentar a decisão do aliado Eduardo Paes, mas não foi localizado. O Ministério da Saúde afirmou ontem que não iria se pronunciar sobre o assunto. CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Folha SP Seção: Página: Data: 23/10/2012 ANÁLISE Abrigar, isolar ou tratar os dependentes de drogas? IVONE STEFANIA PONCZEK ESPECIAL PARA A FOLHA As notícias sobre a disseminação do uso do crack têm sido alarmantes desde sua entrada no Rio de Janeiro há cerca de seis anos. No Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas da Universidade do Rio de Janeiro (Nepad-Uerj), 70% dos pacientes que chegam são usuários de crack. Várias iniciativas polêmicas têm sido tomadas visando esvaziar as cracolândias, levando suas populações para abrigos e encaminhando menores para internação compulsória. Na área da saúde mental, tal medida ficou identificada com prisão, isolamento, tortura e maustratos, que realmente aconteciam antes da reforma psiquiátrica. O uso de drogas foi recentemente descriminalizado e a identificação vinculando internação a punição ficou muito forte. Urge desmontar esta associação que impede que os usuários procurem e aceitem ajuda. Fala-se da internação compulsória, mas onde seria esta internação, mesmo que não fosse compulsória? Quais equipes iriam cuidar destes pacientes? Abrigar não é tratar! Não há quase locais para internação de adolescentes no Rio, nem equipes capacitadas para acolhê-los e efetivamente tratá-los. Se houvesse, poderia transformar a internação compulsória no direito de tratamento que a Constituição garante: "saúde é um direito de todos e um dever do Estado". Tal mudança de enfoque é fundamental e faz toda a diferença. O tratamento para dependentes de droga requer uma equipe interdisciplinar de saúde capacitada para as especificidades desse atendimento. A internação deve ser pautada em rigorosos critérios de elegibilidade, tais como risco de vida ou de terceiros, descontrole no uso de drogas ou pedido espontâneo de ajuda, etc. Não há "pacotes de tratamento" que ignorem a singularidade do sujeito. 'MÃES-MENININHAS' Outrossim, a triste visão das cracolândias, que lembram as cenas do Holocausto -onde o ser humano é reduzido à sua mais degradante condição-, é mesmo chocante, não pode ficar invisível. As intervenções públicas não devem incidir apenas nas consequências, mas também nas profundas causas sociais e psicológicas. Por que as pessoas, sobretudo as mais desamparadas, estão se drogando tanto? O governo tem que intervir em saúde, educação, prevenção e numa distribuição de renda mais justa. Esta vulnerável população é constituída predominantemente de jovens e crianças relegados à sua própria sorte. Elas não brincaram de "bandido e mocinho", estes fazem parte do seu dia a dia. E as bonecas não são de brinquedo, são filhos de gestantes precoces que já vêm predestinados a repetir o triste destino de suas "mães-menininhas". IVONE SFETANIA PONCZEK é psicanalista e diretora do Nepad (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas) da Universidade Estadual do Rio de Janeiro CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Folha SP Seção: Página: Data: 22/10/2012 Escolas aplicam exames antidoping Por MARY PILON MILFORD, Pensilvânia - A filha mais velha de Glenn e Kathy Kiederer tinha 12 anos, era estudante da sétima série e queria participar de esportes e do clube de "scrapbooking" na escola de ensino fundamental Delaware Valley, em Milford. Um dia ela levou para casa uma autorização a ser assinada por seus pais. O papel dizia que, para participar do clube ou da atividade esportiva, ela teria que concordar em fazer exames antidoping. "Queriam testar a urina de uma menina de 12 anos", disse Kathy Kiederer. "Eu tenho um problema com isso. Estão violando o direito de privacidade dela para ela fazer 'scrapbooking'? Praticar esportes?" Como acontece com atletas profissionais, crianças de apenas 12 anos estão ouvindo que precisam fornecer uma amostra de urina para poder praticar esportes na escola ou participar da aula de teatro. Esse tipo de exame antidoping nas escolas dos últimos anos do ensino fundamental dos EUA, que abrangem da 6a à 9a séries, está deixando estudantes perplexos e provocando objeções de pais e defensores das liberdades civis. Kathy Kiederer e seu marido, Glenn, estão movendo uma ação contra o distrito escolar de Delaware Valley. Eles alegam que os exames antidoping infringiram os direitos de sua filha. Os Estados em que há escolas que já testaram seus alunos para verificar o consumo de drogas incluem Flórida, Alabama, Missouri, Virgínia Ocidental, Arkansas, Ohio, Nova Jersey e Texas. Algumas autoridades do sistema escolar disseram que os exames antidoping servem para desencorajar os alunos a entrar em contato com esteroides, maconha e álcool."Quisemos fazer isso em nome da prevenção", explicou Steve Klotz, superintendente assistente do distrito escolar Maryville, no Missouri. Não existem casos conhecidos de estudantes do ensino fundamental que apresentaram resultados positivos para drogas que intensificam o desempenho físico, como esteróides. Os raros resultados positivos já vistos foram atribuídos à maconha. Em 2003, o Departamento de Educação dos EUA começou a financiar exames antidoping para crianças. As verbas alocadas para os exames vão acabar neste outono americano. "Os exames para a verificação de drogas representam uma atividade que movimenta bilhões de dólares", comentou Linn Goldberg, diretora da Divisão de Promoção da Saúde e Medicina Esportiva na Universidade de Saúde e Ciência do Oregon. "Eles (os representantes do setor) vão a essas escolas e dizem que os exames são ótimos. Mas será que as escolas realmente analisam os dados?" As penalidades por um resultado positivo variam de um aviso até a expulsão da equipe. "A coisa começa cedo com as crianças", disse Matthew Franz, dono da empresa de exames de drogas Sport Safe, de Columbus, Ohio. "É recomendável ir lá e plantar essas sementes, explicando o que há aí fora e fazendo prevenção precoce." Mas alguns especialistas colocam em dúvida a eficácia desses exames. "Há pouca evidência de que esses programas funcionam", falou Goldberg. "Acho que é preciso analisar as razões de serem feitos os exames. No caso dos Jogos Olímpicos, os exames visam identificar e eliminar as pessoas que estão trapaceando. Se você usa exames antidoping para combater um problema entre crianças ou adolescentes, precisa levá-los à terapia. Mas isso não vai reduzir a incidência de crianças que usam drogas." Algumas autoridades escolares dizem que a escassez de resultados positivos é um indicativo de que os exames estão funcionando bem como dissuasão. Na Pensilvânia, no ano passado, os Kiederer conseguiram um mandato judicial autorizando suas filhas a participar de atividades extracurriculares. Kiederer disse: "Elas estão perdendo seus direitos todos os dias. Você se pergunta 'o que estamos ensinando aos nossos filhos?'" CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Guardian Seção: Página: Data: 23/10/2012 Uruguay plans to legalise marijuana under state monopoly José Mujica's government says more damage is done by illegal dealings in drug Legal high ... a woman places a poster during a demonstration in favour of decriminalising marijuana in Montevideo, Uruguay. Federico Gutierrez/DPA/Corbis The president of Uruguay, José Mujica, has announced plans to legalise the production and sale of marijuana under a state monopoly, triggering a lively controversy in Montevideo. The relevant bill will soon be tabled in parliament, where the governing centre-left coalition led by the Broad Front (FA) enjoys a majority but is divided on this issue. Possessing and consuming marijuana was decriminalised in 2000. "There is no question of Uruguay producing and distributing drugs, but the state will control and regulate the market," said interior minister Eduardo Bonomi. "We have a progressive tradition," said Bonomi who, with Mujica, belonged to the Tupamaros urban guerrillas in the 1970s. "At the beginning of the 20th century our country ended the prohibition of alcohol, prostitution and gambling." Abortion is currently in the process ofbeing legalised. "Our approach to marijuana is equally pragmatic," Bonomi said. "The negative effects of consuming marijuana are far less harmful than the outbreak of violence associated with the black market." About 300,000 people (8% of the population) occasionally consume the drug. But the domestic market, currently illegal, is worth about $75m, according to the minister. "The main hazard is not marijuana but the dealers who supply much more dangerous substances such as paco [a lowgrade cocaine base], which does terrible damage." The government has not made it clear how production will be managed. Mujica has suggested that 150 hectares of land would be sufficient to cover demand, with distribution being entrusted to a "private company" under strict state control. The opposition is critical of the bill, arguing that it will boost drug use without reducing insecurity. Bonomi admits that crime is steadily increasing in Uruguay, but stresses that "it is much lower than neighbouring countries such as Brazil or Argentina." Insecurity is a prime concern for Uruguayans and a main cause of criticism of the president, whose approval ratings have fallen from 66% in 2004 when elected to 40%, according to a recent poll. However, three former Latin American presidents – Fernando Henrique Cardoso, César Gaviria and Ernesto Zedillo, respectively of Brazil, Colombia and Mexico – have called for governments to take control of drugs. Guatemala is in favour of the Mujica plan, and Bolivia is looking at ways of legalising coca leaves. • This article appeared in Guardian Weekly, which incorporates material from Le Monde CLIPPING VIVAVOZ Fonte: G1 Seção: Página: Estudo associa gene a propensão à hiperatividade e ao uso de tabaco Cientistas afirmam que pesquisa deve ser vista como Estudo foi publicado no 'British Medical Journal'. Do G1, em São Paulo Data:30/10/2012 'evidência preliminar'. Pesquisadores da Universidade McGill e do Instituto Universitário Douglas de Saúde Mental, ambos no Canadá, apontam em um estudo que a variação de um gene específico pode estar vinculada a um maior risco de aparecimento do Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH ou ADHD, na sigla em inglês) em crianças e à propensão para o consumo de cigarro em adultos. Os cientistas afirmam que a pesquisa, publicada nesta segunda-feira (29) no "British Medical Journal", deve ser vista como "evidência preliminar" e que ainda precisa ser aprofundada. A hiperatividade infantil e o tabagismo na vida adulta frequentemente andam em conjunto, de acordo com o estudo. Fatores genéticos, no entanto, ainda não haviam sido verificados. Para chegar ao resultado, os cientistas estudaram 454 crianças entre 6 e 12 anos com quadro de Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade confirmado e que estão em tratamento. Eles colheram amostras de sangue das crianças, dos pais e irmãos para checar se havia variações de DNA transmitidas ou não por hereditariedade. Foram estudadas cinco variações em sequências de DNA de diferentes genes que estão associadas ao hábito de fumar. Só uma das variações foi encontrada mais facilmente em crianças com TDAH, de acordo com os cientistas. "A conclusão é que o alelo pode estar aumentando o risco de TDAH e do tabagismo por um mecanismo comum, possivelmente externalizando comportamentos e déficits cognitivos específicos que se manifestam na infância e que são o caminho para o hábito do fumo mais tarde na vida", dizem os pesquisadores no estudo. CLIPPING VIVAVOZ Fonte: Portal Senado Seção: Página: Data:23/10/2012 Pesquisa do DataSenado: brasileiro rejeita liberação das drogas Marilia Coêlho e Nelson Oliveira Um amplo retrato da opinião pública brasileira, revelandocautela, por exemplo, quanto à liberação das drogas, mas exigindo firmeza contra a homofobia, emerge de pesquisarealizada em setembro pelo DataSenado. Entrevistados por telefone sobre a reforma do Código Penal, 1.232 cidadãos de 119 municípios, incluindo todas as capitais, opinaram sobre outros temas polêmicos, como o aborto, e confirmaram que esse procedimento permanece um tabu para a maioria. O PLS 236/2012, que trata da reforma do Código Penal, está em análise em uma comissão especial presidida pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). O texto foi elaboradopor um grupo de juristas e entregue ao presidente da Casa, senador José Sarney, que convocou os especialistas por sugestão do senador Pedro Taques (PDT-MT). No que se refere ao sistema penal, a maioria dos entrevistados (36%) quer aumentar de 30 para 50 anos o tempo máximo de prisão, e diminuir a idade a partir da qual um indivíduo pode ser imputado criminalmente. A redução de pena para os que trabalharem na prisão foi defendida por 70% dos entrevistados. Mas a redução de pena com base no comportamento do preso não foi consensual, sendo apoiada por 55% das pessoas e desaprovada por 41%. No caso dos adolescentes e jovens, 35% dos participantes dapesquisa se disseram favoráveis a reduzir para 16 anos, especificamente, a chamada maioridade penal, enquanto 20% manifestaram o desejo de que ela deve cair para qualquer idade. O percentual de entrevistados favoráveis à maioridade a partir dos 14 anos foi de 18%. Na opinião de 16% dos participantes, uma criança de 12 anos deve receber a mesma condenação de um adulto. Surpreendentemente, o segmento das mulheres foi majoritário na defesa dos menores limites de idade para a sanção penal. Drogas, aborto e ortotanásia A pesquisa também mostra que 89% dos brasileiros são contra a liberação do uso de drogas, uma das inovações doprojeto em exame. O levantamento do DataSenado indica, da mesma forma, postura restritiva em relação ao aborto. Para 82% dos entrevistados, deve ser mantida na lei a proibição do aborto no caso de gravidez indesejada. Mas, em situações como a do estupro e a de risco de morte para a mulher, 78% e 74% aprovaram o procedimento, respectivamente. Também há aprovação do aborto nos casos em que o bebê tem uma doença grave, como a anencefalia, e pode morrer depois do parto (67%) ou quando a gravidez traz risco de saúde para a mulher (62%). Outro tema que dividiu opiniões foi o da ortotanásia - limitação ou suspensão de tratamentos que prolonguem a vida de um paciente em estado terminal ou em coma, desde que baseado em autorização prévia do doente. Dos entrevistados, 49% apoiaram a ortotanásia e 48% foram contra. Preconceito e discriminação A discriminação ao estrangeiro, ao que vem de outra regiãodo país ou ao homossexual também deve ser criminalizada de acordo com a pesquisa. Para 85% dos entrevistados, tratar mal uma pessoa por ela ser estrangeira ou de outra região deve ser crime. No caso do homossexualismo, 77% acham que a homofobia deve ser punida. No entanto, quase 80% discordaram da inimputabilidade penal de indígenas quando, agindo em acordo com seus costumes e crenças, praticam ato tipificado como crime na legislação do país. Comportamentos ainda não criminalizados A pesquisa desvela ainda o ponto de vista dos brasileiros sobre práticas, antigas e recentes, em relação às quais a lei é omissa ou vaga. Para 85% dos entrevistados, o abandono de animais deve ser considerado ilegal. A atividade do cambista deve ser punida, segundo 70% dos entrevistados. E no entender de 94% das pessoas consultadas, quem acessar informações sigilosas na internet deve ser punido. O pagamento do direito autoral, mesmo sem objetivo de lucro, é outro tema que divide opiniões. Para 52% dos consultados, deveria ser permitida a cópia de livro, CD ou DVD somente para uso pessoal. Para 46%, o direito autoral deve ser remunerado para qualquer uso da cópia. Os mais jovens, provavelmente estudantes, apoiaram em sua maioria o não pagamento de direito autoral para cópia de uso pessoal. CLIPPING VIVAVOZ Fonte: UNIAD Seção: Página: Data:23/10/2012 USO DE ENTREVISTA MOTIVACIONAL EM DEPENDENTES DE CRACK Nepomuceno RCA, Sampaio AM, Freitas Filho E. O objetivo deste artigo é rever estudos científicos que utilizaram a Entrevista Motivacional (EM) como instrumento terapêutico contra dependência ou abuso ao “crack” com o propósito de avaliar sua efetividade em relação a outras abordagens ou grupo controle. A metodologia empregada foi uma revisão bibliográfica da literatura científica sobre Entrevista Motivacional, prioritariamente por meio de pesquisa no Pubmed, Medline, Cochrane, Lilacs, Scielo. A literatura é essencialmente escassa quando se trata do uso da EM no tratamento da dependência ao “crack”. Nesta revisão, foram identificados dezoito estudos científicos e outras duas publicações sobre o tema. Os estudos científicos encontrados sobre eficácia da EM, apesar de escassos, mostram que essa abordagem apresenta resultados satisfatórios no tratamento da dependência ao “crack” ou cocaína. 40-115-1-PB.pdf CLIPPING VIVAVOZ Fonte: G1 Seção: Página: Data: 2210/2012 Maconha pode causar dores abdominais, náuseas e vômitos Efeito pouco conhecido acarreta graves problemas para a saúde Maconha pode causar efeitos pouco conhecidos como náusea e vômitosREPRODUÇÃO LAS VEGAS — O consumo de maconha — tanto a natural quanto a sintética — pode causar “cannabinoid hyperemesis”. O efeito pouco conhecido é responsável por sérios problemas à saúde, uma vez que leva a dispendiosos testes de diagnóstico e tratamentos ineficazes, conforme foi explicado nesta segunda-feira (22), durante o 77º encontro anual de Ciência do “American College of Gastroenterology”, em Las Vegas. Caracterizado por um histórico de uso crônico de cannabis seguido por um padrão cíclico de náuseas, vômitos e dores abdominais com cólicas, o “cannabinoid hyperemesis”, pode ser aliviado temporariamente com banhos quentes. — A maioria dos profissionais de saúde não conhece a ligação entre o uso de maconha e esses episódios de náuseas cíclica e vômitos e acabam não perguntando aos pacientes que chegam com esses sintomas à sala de emergência. Os pacientes que usam maconha natural ou sintética, por sua vez, também não relacionam esses efeitos ao uso da erva. Alguns, inclusive, acreditam que as dores, náusea e vômitos podem melhorar com o uso, quando na verdade os sintomas só param quando o consumo é interrompido — disse a pesquisadora Ana Maria Crissien-Martinez, da “Scripps Green Hospital” and “Clinic in San Diego”, que diz ser importante ter conhecimento desses efeitos para diagnosticar e tratar de forma mais rápida e econômica o paciente. Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/maconha-pode-causar-doresabdominais-nauseas-vomitos-6483025#ixzz2AvPljLhF © 1996 - 2012. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.