projeto político pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO

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projeto político pedagógico - COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO
COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE LOYOLA – ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONALIZANTE PROJETO POLÍTICO ­ PEDAGÓGICO
FÊNIX­PARANÁ
2007
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ROBERTO REQUIÃO DE MELLO E SILVA
Governador do Paraná
MAURÍCIO REQUIÃO DE MELLO E SILVA
Secretário de Estado da Educação
RICARDO FERNANDES BEZERRA
Diretor Geral
YVELISE DE FREITAS SOUZA ARCO­VERDE
Superintendente da Educação
JOÃO LUIZ CONRADO
Chefe do NRE de Campo mourão
ROSEMAR CÂNDIDO DE OLIVEIRA DE SOUZA
Diretora
ELIANE CÂNDIDO
Diretora Auxiliar
GILCÉLIA FIDELIS DE SOUZA PEREIRA
Secretária
NADIR JOSÉ CORREIA RAMOS
RIDAMAR CANDIDO
Professoras Pedagogas
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..................................................................................................
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INTRODUÇÃO.......................................................................................................
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ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA.............................................................
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OBJETIVOS GERAIS ..........................................................................................
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OBJETIVOS ESPECÍFICOS.................................................................................
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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR................................
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PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO...............................................
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ATO SITUACIONAL..............................................................................................
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ATO CONCEITUAL...............................................................................................
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ATO OPERACIONAL...........................................................................................
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PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA..........................................................................
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PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA................................................
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ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO ­ 45
PEDAGÓGICO.....................................................................................................
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................
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ANEXOS.................................................................................................................
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APRESENTAÇÃO DA PROPOSTA CURRICULAR..........................................
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MATRIZES CURRICULARES.............................................................................
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ATAS DE APROVAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO ­ PEDAGÓGICO............... 341
PARECER FINAL NRE.......................................................................................... 343
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APRESENTAÇÃO
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, apresenta seu Projeto Político Pedagógico que é um trabalho coletivo de reflexão, sendo um conjunto de definições doutrinárias e de estratégias de ação tendo, uma definição pedagógica e político­administrativa, baseado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação.
A preocupação pedagógica é central. Define uma concepção e um desenho curricular, ou seja, a seleção de competências e conhecimentos a serem construídos e de estratégias de aprendizagem e de avaliação. “ Por quê, o quê e como aprender e avaliar “ são as questões que orientam essa definição. Longe de ser apenas uma “grade” com cargas horárias, estabelece o papel de cada componente curricular na formação dos alunos e prevê tempos e espaços para seu desenvolvimento. A Escola é vista como um espaço social sendo um meio de dar condições ao aluno de aprender a aprender, a fim de que ele saiba buscar e analisar informações, resolver situações do cotidiano, interagir com o meio em que vive, trabalhar coletivamente, tendo desenvolvido através de experiências vivenciadas no dia­a­dia valores como a solidariedade, fraternidade, autonomia, honestidade e respeito. Proporcionando ao aprendizado um sentido real de vida a ser praticado imediatamente. Portanto envolver os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do mesmo constitui um grande desafio para a construção da gestão democrática e participativa. Toda essa dinâmica se efetiva como um processo de aprendizado político fundamental para a construção de uma cultura de participação e de gestão democrática na escola.
Este Projeto Político Pedagógico constitui o norte orientador das atividades curriculares e da organização da escola e se expressa nas práticas cotidianas, traduzindo os compromissos institucionais relativos ao direito, consagrado nas leis brasileiras e garantindo a todos, sem distinção de qualquer natureza, de acesso à educação pública, e gratuita e de qualidade referenciada pelo social.
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ESTE PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO É RESULTADO DE UM TRABALHO COLETIVO:
Provimento
ao cargo de
diretor
Construção
coletiva
do projeto
políticopedagógico da
escola
Fortalecimento
da
participação
estudantil
Garantia de
financiamento
público da educação
e da escola nos
diferentes níveis e
Modalidades
de ensino
DECISÃO
PARTILHADA
Luta pela
progressiva
autonomia da
escola
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Discussão e
implementação de
novas
formas de
organização e
de gestão escolar
INTRODUÇÃO
1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO.
1.1. Escola: 00224 – Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola­Ensino Fundamental, Médio e Normal – Fone: (44) 3272­1322 1.2.
Município: 0770 – Fênix.
1.3.
Dependência Administrativa: Estadual
1.4.
NRE: 05 – Campo Mourão
1.5.
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
1.6.
Ato de Autorização do Estabelecimento: Decreto 4. 635 /78 DOE de 20­02­
78.
1.7.
Ato de Reconhecimento do Estabelecimento: Res. 7.097/84 de 20/02/78 1.8.
Ato da Renovação de Reconhecimento do Colégio (Ensino Fundamental): Res. Nº 2.742/02 de 09­08­02; (Ensino Médio): Res.2.022/03 de 01/08/03 1.9.
Parecer do NRE de Aprovação do Regimento Escolar: Nº Distância da Escola do NRE: 58 KM.
1.10. Local: ( X ) Urbana
( ) Rural
1.11. Endereço Eletrônico:
e­mail: [email protected]
2) ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR:
2.1. MODALIDADES DE ENSINO:
( X ) Ensino Fundamental (5ª a 8ª série)
( X ) Ensino Médio
( X ) Normal
( X ) Educação Especial (Sala de Recursos) 2.2. NÚMERO DE TURMAS:18 turmas ENSINO FUNDAMENTAL: 04 turmas (matutino), 04 turmas (vespertino)
ENSINO MÉDIO: 03 turmas (matutino), 03 turmas (vespertino), 03 turmas (noturno NORMAL: 01 turma
NÚMERO DE ALUNOS: 540 alunos
NÚMERO DE PROFESSORES: 27 professores
NÚMERO DE PEDAGOGOS: 03
NÚMERO DE SALAS DE AULA: 08 salas
2.3. TURNOS DE FUNCIONAMENTO:
( X ) Matutino
( X ) Vespertino ( X ) Noturno 6
2.4. AMBIENTES PEDAGÓGICOS:
( X ) Biblioteca
( X ) Sala de Apoio Pedagógico
( X ) Laboratório de Informática
( X ) Laboratório de Ciências, Físicas e Biológicas 7
ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA
Tendo a Escola iniciado suas atividades em 15 de fevereiro de 1962 nas salas do antigo Grupo Escolar Santo Inácio de Loyola, que atualmente está situado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Fênix. Em 1967 passou a funcionar em prédio próprio na Avenida São Vicente de Paula, nº 10. Em 1976 entrou em vigor a Reforma de Ensino na 1ª e 2ª série, através da lei nº 5.692/71 e no ano seguinte entrando também na reforma a 3ª e 4ª série. Em 1978 houve uma reorganização no nome do Estabelecimento passando a ser Escola Santo Inácio de Loyola – Ensino de 1º Grau, e hoje possui nova denominação: Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, e tem como órgão mantenedor o Governo do Estado do Paraná. A Escola está organizada de modo a atender a sua comunidade escolar, composta de alunos da Zona Rural e Urbana oferta as seguintes modalidades de ensino: Ensino Fundamental 5ª à 8ª séries, Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Especial (Sala de Recursos). Possui 18 turmas, sendo 08 turmas de ensino Fundamental, 09 de Ensino Médio e 01 de Educação Profissional, com um total de 543 alunos. Dispõe de 27 professores, 03 professores ­ pedagogos e 12 funcionários. Os turnos de funcionamento são: manhã, tarde e noite. A escola possui os seguintes ambientes pedagógicos: Sala de Recursos, Sala de Apoio Pedagógico, Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas, Laboratório de Informática e Biblioteca.
No que se refere a organização pedagógica nossa escola favorece o desenvolvimento do trabalho dos profissionais, pois são promovidas atividades escolares que visam a integração entre os mesmos, os alunos e a comunidade, todos têm oportunidade de participação e liberdade para expressar diferentes pontos de vista, independentemente da função que exercem.
CARACTERÍSTICA DA COMUNIDADE
A comunidade fenixense é de nível sócio­econômico variando de médio a baixo. Apesar dos integrantes adultos das famílias trabalharem a renda per capita é baixa. A maioria dos pais dos alunos trabalham nas lavouras de cana­de­açúcar para as firmas SABARAÁCOOL e IVAÍCANA. Os poucos empregos diferentes estão no comércio, na COAMO, CAMPAGRO, Prefeitura e Estado (funcionários públicos).
A população demonstra ter preocupação com a formação da cidadania e a preparação para a vida, desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre essas questões, os quais dão incentivo para que seus filhos estudem.
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OBJETIVOS GERAIS:
Compreender a trajetória que o educando realiza em seu processo de constituição como indivíduo, criando possibilidades para o seu crescimento como cidadão crítico e sujeito de sua própria história;
Valorizar o papel determinante da interação com o meio social ;
Construir possibilidades de ação e de conhecimento coletivos a partir da interpretação da realidade vivenciada pela comunidade escolar, a fim de transformá­la para que esta atenda às necessidades locais;
Formar cidadãos capacitados para compreender e utilizar as novas tecnologias empregando­as na melhoria do mundo em que vive;
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
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o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básico o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social” (art. 32 – LDB).
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PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR
As pessoas se educam no cotidiano de suas vidas, em sociedade, e é pela educação, nas relações sociais que nós nos tornamos quem somos.
De acordo com a concepção sócio­interacionista e tendo como base as formulações de Vygotsky, o Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental, Médio e Normal, apresenta uma linha filosófica sócio­histórica a qual traz em seu bojo a concepção de que todo Homem se constitui como ser humano pelas relações que estabelece com os outros. Desde o nosso nascimento somos socialmente dependentes dos outros e entramos em um processo histórico que de um lado, nos oferece os dados sobre o mundo e visões sobre ele e, de outro lado, permite a construção de uma visão pessoal sobre este mesmo mundo.
O ponto de partida desta nossa reflexão encontra­se no grande valor que a teoria Vygotskyana dá ao processo de interação e, em nosso caso específico, como educadores, às intervenções pedagógicas e ao ensino na construção do conhecimento. Nesse referencial, o processo ensino­aprendizagem também se constitui dentro de interações que vão se dando nos diversos contextos sociais. Sendo assim, acreditamos que a sala de aula deve ser considerada como um lugar privilegiado de sitematização do conhecimento e o professor articulador na construção do saber, o qual tem o papel explícito de interferir no processo ensino­aprendizagem e provocar avanços nos alunos.
Deste modo a relação educador–educando não deve ser uma relação de imposição, mas sim, uma relação de cooperação, de respeito e de crescimento. O aluno deve ser considerado como um sujeito interativo e ativo no processo de construção do conhecimento e o educador deve assumir papel fundamental nesse processo, como indivíduo mais experiente. Por essa razão cabe ao mesmo considerar também, o que o aluno já sabe, sua bagagem cultural e intelectual, para a construção da aprendizagem, num processo dinâmico.
Portanto neste contexto é fundamental ressaltar que a escola, está compreendida com base no desenvolvimento histórico da sociedade; e dessa forma entendemos que a escola deve estar voltada para a formação de um ser humano crítico e auto–crítico, pautado em princípios éticos, de valorização da dignidade e dos direitos humanos, bem como de respeito às diferenças individuais e à diversidade, cujo fator predominante é a conscientização sobre as diversas manifestações religiosas, o multiculturalismo étnico racial e social, o qual dever ser entendido como o processo e modo de educar valorizando as diversas heranças culturais e sociais de uma nação e suas relações umas com as outras, na construção da convivência pacífica dentro e fora do país, em que se respeitem os direitos humanos e a diversidade, e se promovam a identidade cultural, a cidadania e a melhoria da qualidade de vida.
No que se refere ao mundo do trabalho, sabemos que o mesmo é uma atividade humana de transformação da natureza e do próprio Ser Humano, sendo assim ter o trabalho como princípio educativo implica compreender a natureza da relação que os homens estabelecem com o meio natural e social, bem como as relações sociais. Desta forma caberá à escola promover aos alunos horizontes e captação do mundo além das rotinas escolares, dos 10
limites do estabelecido e do normatizado, para que ele se aproprie da teoria e da prática que tornam o trabalho uma atividade criadora, fundamental ao ser humano.
Sendo assim, visamos formar o educando um cidadão político, capaz de conhecer e lutar pelos seus direitos, dentro e fora da escola e que todos que fazem parte do ambiente escolar, devem ser sujeitos da ação educativa, caminhando na direção da democracia participativa e da superação das desigualdades sociais. 11
PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO
A Constituição Federal procurando dar conta dos diferentes planos de inserção do ser humano através dos princípios norteadores da educação que estão presentes no Projeto Político­Pedagógico do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola­ Ensino Fundamental, Médio e Profissionalizante, excetuando­se o que compete unicamente ao Estado.
O artigo 206 da Constituição Federal deixa claro o seguinte: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II­ Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;
III­ Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e coexistência de instituições públicas e privadas do ensino;
IV­ Gratuidade do ensino em estabelecimentos oficiais;
V­ Valorização dos profissionais do ensino garantido na forma da lei, planos de carreira para o magistério público com piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Estado;
VI­ Gestão democrática do ensino público em forma da lei;
VII­ Garantia de padrão de qualidade.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB (Lei 9.394/96), coloca em o
seu artigo 3 que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I –Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II ­ Liberdade de aprender , ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber;
III­ Pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas;
IV­ Respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V­ Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI­ Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais
VII­ Valorização do profissional da educação escolar;
VIII­ Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino;
IX­ Garantia de padrão de qualidade;
X­ Valorização da experiência extra­escolar;
XI­ Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
Todos esses planos devem ser considerados pelo currículo escolar, contemplando a práxis pedagógica, implementando a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade.
Tendo em vista a importância desta proposta, faz­se necessário que todos os segmentos da escola reflitam, analisem, avaliem e assumam juntos esta reformulação, a fim de assegurar a eficiência e a eficácia do ensino que venham garantir a formação do cidadão crítico, ativo e participativo na sociedade em que vive, pois deverão ser coerentes com os valores estéticos, políticos e éticos que inspiram a Constituição e a LDB.
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ATO SITUACIONAL
DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA ESCOLA
Com 179 milhões de habitantes que se espalham por 5.561 municípios do Brasil, um país continental, mantém um sistema público de educação básica – Ensino Fundamental, 09 anos; Ensino Médio, 03 anos – que atende, em 2007 aproximadamente 47.6 milhões de estudantes, matriculados em 193 mil escolas do Ensino Fundamental e 1.650 escolas do Ensino Médio. É nesse universo escolar que deve ser levado em conta quando se reflete ou se propõe ações para promover a integração escola – comunidade no país, como processo fundamental para fortalecer as lideranças escolares e a gestão democrática e participativa nas unidades de ensino público.
Sem esquecer que quando se fala em comunidade escolar, além dos segmentos de alunos, professores e funcionários envolvidos (comunidade externa) está se falando de todo um segmento de pessoas posicionadas no entorno das escolas, que se dedicam às mais variadas atividades e com especial ênfase, está se referindo às famílias de nossos alunos. Em países com as características estruturais como as do Brasil em que as variáveis socioeconômicas e culturais/educacionais, que provocam problemas como a violência social endêmica, o clientelismo e a corrupção política, as relações entre poder e mídia e os baixos níveis de qualidade de vida, por exemplo.
Esse rol de problemas se reflete nas mudanças que acontecem nas relações familiares. À quase permanente ausência dos pais e mães trabalhadores em casa e à desestruturação familiar causada por inúmeras causas (separações e abandonos, alcoolismo e drogas, miséria, violência doméstica) somam­se em muitos casos, à falta de pais ou responsáveis (irmãos, parentes ou amigos) com conhecimento ou capacidade para educar as crianças e adolescentes.
De forma simultânea, no âmbito escolar discute­se hoje uma série de mudanças no papel da educação, que deve assumir, diante do novo quadro social, responsabilidades com relação ao que se pode chamar de educação integral, ou seja, um processo ensino­
aprendizagem abrangente que envolva as áreas cognitiva, afetiva e psicomotora dos educandos. A mudança do papel da educação resulta, é claro, também na necessidade de evolução do papel dos professores e gestores escolares, o que, por sua vez, depende de complexas mudanças de entendimento e conscientização destes profissionais; da implantação de políticas públicas efetivas na área que valorizem o trabalho da classe; e da oferta de capacidade e qualificação permanentes.
É nesse contexto social que o nosso município dentre tantos outros está inserido, cuja comunidade é de nível sócio econômico variando de médio a baixo. Apesar da maioria dos integrantes adultos das famílias trabalharem a renda per capita é baixa. A comunidade demonstra ter preocupação com os valores morais e religiosos desejando que seus filhos possam ser conscientizados sobre essas questões. No que se refere aos pontos positivos pode ser colocado o incentivo que dão aos filhos para que estudem. Quanto aos pontos negativos podem ser colocados: os baixo salários, números elevados de pessoas por família e baixa escolaridade.
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A escola que temos dentro das possibilidades existentes dispõe de profissionais comprometidos com o processo educativo, todos tem oportunidade de participação e liberdade para expressar diferentes pontos de vista, independentemente da função que exercem ou do lugar que ocupam na estrutura escolar, priorizando sempre o diálogo e o respeito mútuo. As decisões são coletivas e respeitadas por todos, desta forma procura­se garantir aquilo que é direito do educando: a apropriação de conhecimentos científicos, culturais e tecnológicos significativos, comprometidos com a formação humana. É m ambiente inclusivo respeitando as necessidades especiais de cada um. Buscando sempre zelar pela qualidade física e material da escola, bem como a variedade de estimulações pedagógicas.
A gestão escolar é democrática, sempre respeitando o contexto sócio­econômico­
cultural, as condições físicas e de saúde de nossos alunos, os quais têm oportunidade de propor, criar e realizar atividades na sala de aula e na escola como um todo. Temos alunos criativos e participativos, alunos com dificuldades de aprendizagem e com necessidades especiais, porém verificamos que todos são capazes de se tornar cidadãos críticos, pois em nossa escola os alunos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade humana. Em nosso ambiente educativo, o respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e convivência, desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos. Os mesmos relataram que gostam de freqüentar a escola.
A maioria dos pais de nossos alunos ou responsáveis por eles, participam ativamente de todas atividades promovidas pela escola, outros são mais ausentes devido ao difícil acesso à escola, e também a falta de disponibilidade de horário, pois às vezes os mesmos chegam muito tarde do trabalho e mesmo a escola realizando a maioria de seus trabalhos no período noturno, o cansaço d um dia exaustivo de trabalho faz com que alguns pais faltem em algumas reuniões, porém verificamos que todos querem que seus filhos (as), sejam sujeitos ativos no desenvolvimento do processo ensino­aprendizagem. Os professores de nossa escola demonstram um esforço contínuo na determinação dos métodos, ações e reações a fim de promover com maior competência possível, a formação dos alunos e sua aprendizagem, tirando o melhor proveito das situações vivenciadas. São responsáveis e sensíveis em relação aos alunos como pessoas. Os funcionários são participativos e estão envolvidos no processo pedagógico, no direcionamento das ações educativas. São integrantes no processo de desenvolvimento e sucesso escolar, dão sugestões e são colaborativos e responsáveis.
A gestão é democrática, a direção organiza e participa dos programas de desenvolvimento de funcionários e também enfatiza a importância dos resultados alcançados pelos alunos. Lidera relações humanas, destacando a criação e a manutenção de um clima escolar positivo e a solução de conflitos. Administra com eficácia e transparência, é participativa e busca parceiras junto à comunidade, dentro e fora do contexto escolar.
A organização pedagógica é realizada com eficiência pela equipe pedagógica, sempre voltada para o aprendizado do aluno, onde a vida escolar do mesmo é acompanhada através de informações obtidas dos educadores, pais e comunidade.
Supervisiona as ações dos educadores, orientando e ofertando apoio, recursos e meios para desenvolver projetos pata melhorar a prática educacional. 14
Com referência à fundamentação teórica e organização pedagógica da escola o projeto apresenta a Filosofia da Escola, Concepção Educacional, os Princípios Norteadores da Educação de acordo com a LDB e a Constituição Nacional no seu artigo 206, os objetivos da escola, e as Diretrizes Curriculares que norteiam as ações pedagógicas.
A fim de promover um ensino de qualidade, contemplamos em nosso Projeto Político Pedagógico: INCLUSÃO
A inclusão educacional requer uma revolução de paradigmas. Não significa apenas colocar pessoas com necessidades especiais num lugar em que não costumavam estar, significa não mais perceber a deficiência e sim, suas possibilidades de superação, significa rever a função social da escola. Inclusão significa dar oportunidades diferentes, considerando a semelhança de direitos e a capacitação da cidadania. Sendo assim o processo de inclusão educacional exige planejamento mudanças sistêmicas político administrativas na gestão educacional, que envolvem desde a alocação de recursos governamentais até a flexibilização curricular que ocorre em sala de aula. O mundo necessita urgentemente de cidadãos éticos, dotados de espírito crítico e cooperativo, qualidades que só brotam do convívio com a diversidade, além disso sabemos que a inclusão escolar de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas em sua permanência física junto aos demais educandos, portanto consideramos de suma importância implementarmos em no Projeto Político ­ Pedagógico o compromisso de nossa escola com uma educação de qualidade para todos os alunos, favorecendo a acessibilidade, a flexibilização curricular, a adoção de adaptações curriculares, que caracterizam sua opção por práticas heterogêneas e inclusivas. EDUCAÇÃO DO CAMPO
Ao contemplarmos a Educação do Campo em nosso Projeto Político – Pedagógico consideramos importante salientar que valorizar a cultura dos povos do campo significa criar vínculos com a comunidade, gerando um sentimento de pertença de onde se vive. Isto possibilita a criação de uma identidade cultural que leve o aluno a compreender o mundo e transformá­lo. Para que estas ações se concretizem é necessário repensar a organização dos saberes escolares, isto é, os conteúdos a serem trabalhados e as formas de encaminhamento metodológico, utilizando alternativas de como encaminhá­las. Ainda há que se considerar toda a dinâmica da vida do campo com seus ciclos produtivos, período de pesca e turismo, épocas de chuva, entre outros, que devem ser considerados na elaboração do calendário escolar, evitando assim, a evasão ou um número excessivo de falta de alunos em determinados períodos do ano.
A valorização do campo nas propostas educacionais depende de cada um de nós. E os nós do campo são desvelados como fundamento da prática pedagógica. Os nós do campo podem ser desvelados na gestão democrática da escola e da educação pública. Os nós da 15
escola pública podem ser compreendidos mediante a atitude coletiva de indagação sobre a trajetória da institucionalização dos tempos escolares e da escola como lugar de aquisição de conhecimentos. A superação de uma realidade pressupõe conhecimento e apreensão dos elementos que a compõem, portanto, capacidade de argumentação.
Para concluir, a educação do campo só tem sentido quando pensada atrelada à questão agrária que a muito inquieta os trabalhadores de todos os campos. CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA
A educação constitui­se um dos principais ativos e mecanismos de transformação de um povo e é papel da escola, de forma democrática e comprometida com a promoção do ser humano na sua integralidade, estimular a formação de valores, hábitos e comportamentos que respeitem as diferenças e as características próprias de grupos e minorias. Assim, a educação é essencial no processo de formação de qualquer sociedade e abre caminhos para a ampliação da cidadania de um povo.
A obrigatoriedade de inclusão de História e Cultura Afro­Brasileira e Africana nos currículos da Educação Básica trata­se de decisão política, com fortes repercussões pedagógicas, inclusive na formação de professores. Com esta medida, reconhece­se que, além de garantir vagas para negros nos bancos escolares, é preciso valorizar devidamente a história e cultura de seu povo, buscando reparar danos, que se repetem a cinco séculos, à sua identidade e a seus direitos. A relevância do estudo de temas decorrentes da história e cultura afro­ brasileira e africana não se restringe à população negra, ao contrário, diz respeito a todos os brasileiros, uma vez que devem educar­se enquanto cidadãos atuantes no sei de uma sociedade multicultural e pluriétnica, capazes de construir uma nação democrática.
Combater o racismo, trabalhar pelo fim da desigualdade social e racial, empreender reeducação das relações étnico­raciais não são tarefas exclusivas da escola. As formas de discriminação de qualquer natureza não têm o seu nascedouro na escola, porém o racismo, as desigualdades e as discriminações correntes na sociedade perpassam por ela. Constatamos que, para que nossa escola, desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua em espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visa a uma sociedade justa. Sendo assim, sabemos que a escola tem papel preponderante para a eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros culturais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, a conhecimentos avançados, indispensáveis para consolidação e concerto das nações como espaços democráticos e igualitários. Assim sendo, a educação das relações étnico­raciais impõe aprendizagens entre brancos e negros, trocas de conhecimentos, quebra de desconfianças, projeto conjunto para construção de uma sociedade justa, igual, equânime. Para obter êxito, nossa escola e professores não podem improvisar. Temos que desfazer a mentalidade racista e discriminadora secular, superando o etnocentrismo europeu, reestruturando relações étnico­raciais e sociais, desalienando processos pedagógicos. Isto não pode ficar reduzido a palavras e a raciocínios desvinculados da experiência de ser inferiorizados vivida pelos negros, tam pouco das baixas classificações que lhes são atribuídas nas escalas de desigualdades sociais, econômicas, educativas e políticas. 16
AGENDA 21 ESCOLAR
A Agenda 21 é um processo e instrumento de planejamento participativo para o desenvolvimento sustentável e que tem como eixo central a sustentabilidade, compatibilizando a conservação ambiental, a justiça social e o crescimento econômico.
A escola é um lugar de conhecimentos e possibilidades e assim se torna possível através de dados, teoria, reflexão, estatísticas e práticas, construir no coletivo, um amplo projeto de mudança social e cultural. Através da realização do Fórum da Agenda 21 Escolar, o problema detectado em nosso município foi a falta de compromisso com o meio em que vivemos e a falta de conscientização quanto a água e aos descuidos com o lixo no nosso cotidiano. São princípios diretivos da escola para integração da Agenda 21:
• Promover em todos os segmentos da escola os senso de responsabilidade individual em relação ao uso dos recursos locais; • Estabelecer processos de participação para elaboração de projetos e tomada de decisões sobre problemas ambientais locais;
• Buscar continuamente a redução dos consumo dos recursos naturais;
• Trabalhar de maneira integrada os projetos desenvolvidos na comunidade escolar para envolver a todos os atores do processo;
• Promover permanentes processos de sensibilização e conscientização de todos os segmentos da escola e comunidade de entorno para melhorar a saúde ambiental local. Integrar a comunidade escolar com outros segmentos da sociedade para viabilizar a troca de experiências e a implementação de ações;
• Valorizar o conhecimento de vida das pessoas, respeitando as diferenças culturais entre indivíduos;
• Orientar todos os segmentos da comunidade escolar sobre a administração dos resíduos sólidos e outros materiais potencialmente danosos ao meio ambiente;
• Seguir os princípio e recomendações da Agenda 21 Global, estipulados na Rio­92.
Através da realização do Fórum da Agenda 21 Escolar, o problema detectado foi a falta de conscientização e implementação legal, quanto ao uso correto da água e ao destino do lixo corretamente em nossa comunidade.
EDUCAÇÃO FISCAL
A principal característica desse início de século é a velocidade das mudanças que ocorrem em todas as áreas: econômicas, sociais, culturais, tecnológicas, institucionais e do capital humano. Podem­se identificar alguns fenômenos mundiais responsáveis pela aceleração dessas transformações que impactaram de forma profunda a economia e as 17
sociedades: globalização, abertura do mercado, transnacionalização da produção, consciência ecológica, reconhecimento dos direitos humanos e aprimoramento da cidadania.
Desta forma para que haja mudança de comportamento na sociedade, com despertar da consciência de cidadania, é necessária uma ação educativa permanente e sistemática, voltada para o desenvolvimento de hábitos, atitudes e valores. A Educação Fiscal é um trabalho de sensibilização da sociedade para a função socioeconômica do tributo. Nesta função, o aspecto econômico, refere­se a otimização da receita pública, e o aspecto social, diz respeito à aplicação dos recursos em benefício da população.
A proposta deixa de lado, portanto, o objetivo imediato de aumento da arrecadação, passando a focalizar o interesse social. O Programa Nacional de Educação Fiscal tem escopo muito amplo; busca o entendimento, pelo cidadão, da necessidade e da função social do tributo, assim como dos aspectos relativos à administração dos recursos públicos.
Com o envolvimento do cidadão no acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelece­se controle social sobre o desempenho dos administradores públicos e asseguram­se melhores resultados sociais. O aumento da cumplicidade do cidadão em relação às finanças públicas torna mais harmônica sua relação com o estado. Este é o estágio de convivência desejável e esperado.
Desta maneira a implementação do Programa Nacional de Educação Fiscal deverá ocorrer de forma contextualizada contemplada em todas as disciplinas na forma de projetos.
TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR
“As tecnologias invadem nosso cotidiano”. Essa é uma das frases mais utilizadas hoje em dia para se referir aos equipamentos com os quais lidamos nas atividades rotineiras. Pensadores contemporâneos e a mídia em geral afirmam que vivemos em uma sociedade tecnológica. Essas referências encaminham­se para um pensamento do oposição entre a nossa natureza humana e a “máquina”, forma concreta com que a tecnologia é reconhecida.
A democratização do acesso aos novos produtos tecnológicos, como computadores e Internet, é um desafio para a sociedade atual, que demanda esforços e mudanças nas esferas econômicas e educacionais. Para que todos possam ter informações e utilizar de modo confortável as novas tecnologias, é preciso um grande esforço educacional. Como elas estão em permanente evolução, a aprendizagem contínua é conseqüência natural do momento social e tecnológico que se vive, a ponto de poder se afirmar que essa é uma “sociedade da aprendizagem”. Diante dessa realidade, o papel do professor também se altera. Em nossa escola muitos professores já sentiram que precisam mudar sua maneira de ensinar – querem se adaptar ao ritmo e as exigências educacionais dos novos tempos e anseiam por oferecer um ensino de qualidade, adequado às novas exigências e profissionais. Colocam­se como mestres e aprendizes, com a expectativa de que por meio da interação estabelecida na comunicação didática com os alunos, a aprendizagem aconteça para ambos.
É bom lembrar que as dificuldades relativas à mudança são inerentes a qualquer sistema permanente­ indivíduos, grupos ou organizações. Ao longo do funcionamento de uma organização escolar surgem e cristalizam­se estruturas de poder e focos de cultura que resistem a mudanças, principalmente tecnológicas.
Sabemos que o uso das tecnologias trará vários benefícios para o trabalho pedagógico com o aluno, sendo assim a partir da visão dos processos mais gerais do contexto escolar, o gestor pode se utilizar do conflito estabelecido para potencializar um momento de 18
aprendizagem coletiva de forma colaborativa. Ou seja, pode ser um agente de promoção da aprendizagem organizacional.
INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA
No Brasil, a própria Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam a participação dos pais para a efetivação do processo da gestão democrática nas escolas. Entretanto, mais do que o cumprimento de uma determinação legal, a busca pelo fortalecimento dessa parceria colaborativa se apresenta, no atual contexto social, como um dos poucos caminhos viáveis para que as escolas e famílias consigam superar as dificuldades que vêm enfrentando na educação de seus filhos/alunos. Pode­se assim traduzir a busca pela promoção de uma parceria permanente entre família e escola como um esforço com interesses mútuos envolvidos – um caminho de colaboração de mão dupla. Para que isto aconteça o passo mais importante é que a escola seja receptiva e convidativa a todas as famílias. É necessário que haja um elo de ligação por meio de encontros e reuniões periódicas e atividades que envolvam os mesmos.
A participação de todos no processo decisório das políticas educacionais é de grande relevância para se promover o sucesso das ações escolares. Na perspectiva da escola há atualmente um reconhecimento de que a educação de uma criança ou adolescente é tarefa árdua e complexa que requer um esforço conjunto com a família; e já não se concebe, como há alguns anos, a transferência de responsabilidade ou atribuição de culpa pelo fracasso nesta tarefa da escola para a família, ou da família para a escola.
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ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DA ESCOLA
CONSELHO
ESCOLAR
DIREÇÃO
GRÊMIO
ESTUDANTIL
DIREÇÃO
AUXILIAR
APMF
CONSEL HO
DE
CLASSE
COORDENADOR
DE CURSO
BIBLIOTECA
COORDENADOR
DE ESTÁGIO
EQUIPE
PEDAGÓGICA
PROFESSORES
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SECRETARIA
SERVIÇOS
GERAIS
ATO CONCEITUAL
CONCEPÇÃO DE HOMEM, SOCIEDADE E EDUCAÇÃO
CONCEPÇÃO DE HOMEM: A visão de homem que baliza esta proposta pedagógica é a de um ser que vive em uma sociedade de transformações constantes e deve estar preparado para enfrentar as mudanças tecnológicas e sociais que ocorrem a cada momento. O homem não poderá ser alienado da realidade, deverá ser crítico, consciente de seus direitos e de seus deveres. O mundo hoje é uma aldeia global, exige cada vez mais do homem, pois sua evolução ocorre vertiginosamente. Para acompanhar as transformações do mundo ele precisa ser muito bem informado e estar preparado para assumir os desafios do novo milênio. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE: A sociedade está inserida em um mundo no qual as injustiças sociais, a discriminação, o desemprego e a desvalorização do ser humano é uma constante. Nesta sociedade existem os dominantes e os dominados e apenas aqueles que conseguem se sobrepor a todas estas especificidades terão a chance de crescer e progredir. Diante disto cabe à escola criar meios para a compreensão crítica desta realidade por parte dos alunos e lutarmos por uma sociedade libertadora, crítica, reflexiva, igualitária, democrática e integradora, fruto das relações entre as pessoas, caracterizadas pela interação de diversas culturas em que cada cidadão constrói a sua existência e a do coletivo.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO: O processo educacional deve contemplar um ensino­aprendizagem que ultrapasse a mera reprodução de saberes “cristalizados” e desemboque em um processo de produção e de apropriação de conhecimento, possibilitando, assim, que o cidadão torne­se crítico e que exerça a sua cidadania, refletindo sobre as questões sociais e buscando alternativas de superação da realidade. 21
COMO O CONHECIMENTO PODE E DEVE
SER TRABALHADO NA ESCOLA:
O Conhecimento deve ser trabalhado como contribuição e a escola deve procurar mediar o encontro dos saberes diferentes: o saber erudito, científico, com o saber do estudante e de sua comunidade. O saber do estudante é diferente e pode e deve ser aumentado no confronto como outros saberes, pois ele é valido e legítimo. Visto que o conhecimento necessário para a educação básica das pessoas é muito mais do que informação. O conhecimento na Prática Pedagógica é vivo, é dinâmico e é vida, ele é produzido e criado e cada estudante é sujeito dessa criação do conhecimento.
Cabe ao educador mediar o diálogo do educando com o conhecimento, pois a escola dever ser lugar de apropriação crítica, sistematizada e também lugar de questionamento do saber instituído e de produção criativa de conhecimentos novos, vinculados às necessidades dos educandos.
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CONHECIMENTO
Objeto do Trabalho
Pedagógico
- Construção
- Processo
CONCEPÇÃO
OBJETIVO
Trabalhar o conteúdo
ATO PEDAGÓGICO
Ampliação do Saber
TRABALHA MAIS
- A Inteligência
- A Criatividae
PROCESSO
Aprendência
socioinduvidual
FORMAÇÃO
Homem ético, culto
e solidário
GESTÃO
DA ESCOLA
- Democrática
- Compartilhamento
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A ESCOLA:
A Escola é um espaço privilegiado de formação do educando, a qual deve respeitar e integrar o saber do povo. A função da escola é assegurar a apropriação e construção das condições subjetivas do cidadão. Esses aspectos são essenciais ao exercício da cidadania. Portanto, a escola, no cumprimento de sua função emancipadora, é indispensável para que o cidadão tenha uma presença crítica e inovadora no seu tempo e lugar.
Em nossa escola, promovemos nossa prática pedagógica visando que o aluno tenha sua formação como sujeito de sua história, sendo assim o mesmo:
Incorpora o Patrimônio
Cultural da humanidade
Constrói o saber
historicamente acumulado
Apropria-se do saber produzido
e acumulado pela humanidade
Esta é a escola que trabalhamos e a que queremos, pois é num trabalho coletivo que realizamos nossas ações, buscando sempre tornar o ambiente educativo agradável, sendo o lugar onde os educandos se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade humana. Neste ambiente, o respeito, a alegria, a amizade, a solidariedade, a disciplina, o combate à discriminação e o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência, se desenvolvem e fortalecem a noção de cidadania e de igualdade entre todos. Por meio de uma ação planejada e refletida do professor no dia­a­dia da sala de aula, nossa escola buscará realizar seu maior objetivo: fazer com que os alunos aprendam e adquiram o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia. Para atingir esse objetivo, é preciso focarmos a prática pedagógica no desenvolvimento dos alunos, o que significa observá­los de perto, conhecê­los, compreender suas diferenças, demonstrar interesse por eles, conhecer suas dificuldades e incentivar suas potencialidades. Crianças, adolescentes, jovens e adultos vivem num mundo cheio de informação, o que reforça a necessidade de planejar as aulas com base em um conhecimento sobre o que eles já sabem, o que precisam e desejam saber.
Sabemos que a avaliação é parte integrante do processo educativo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas, mas a avaliação não deverá deter apenas a aprendizagem do aluno, avaliar a escola como um todo e periodicamente é muito importante para que se promova um ensino de qualidade. Na escola que temos e que queremos, a gestão é democrática, onde há o compartilhamento de decisões e informações, pois a preocupação com a qualidade da educação e com a relação custo­
benefício, a transparência (capacidade de deixar claro para a comunidade como são usados os recursos da escola, inclusive os financeiros) é uma preocupação constante, compartilhar decisões envolvendo pais, alunos, professores, funcionários e outras pessoas da comunidade 24
nas administração escolar. Neste ambiente os profissionais têm condições de trabalho, juntamente com a participação ativa dos órgãos colegiados.
A escola que temos e a que queremos está sempre promovendo práticas pedagógicas que favorecem a reflexão e a interação do estudante com as demais atividades humanas de natureza cultural e artística, valorizando sempre a diversidade.
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AVALIAÇÃO
A avaliação é parte integrante e fundamenta do processo educativo. Por meio dela, o professor fica sabendo como está a aprendizagem dos alunos e obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. Um bom processo de ensino­aprendizagem na escola inclui uma avaliação inicial para o planejamento do professor e uma avaliação ao final de uma etapa de trabalho, seja ela um tópico da matéria, um bimestre ou um ciclo.
Quando se fala em avaliação, certamente estamos nos referindo a algo muito mais completo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja, deve acontecer durante todo o ano, em vários momentos e de diversas formas. Os alunos podem ser avaliados, por exemplo, por um trabalho em grupo, pela observação de seu comportamento e de sua participação na sala de aula, por exercícios e tarefas de casa. Assim, o estudante pode exercitar e inter­relacionar suas diferentes capacidades, explorando seu potencial e avaliando sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus avanços. Uma boa avaliação é aquela em que o aluno também aprende. A auto­avaliação – quando o aluno avalia a si próprio ­ é uma ótima estratégia de aprendizagem e construção da autonomia, facilitando a tomada de consciência dos avanços, dificuldades e possibilidades. É importante também que os alunos nos ajudem a escolher os modos como serão avaliados, o que leva ao comprometimento de todos, pois a avaliação deve ser usada a favor da aprendizagem do aluno, como instrumento auxiliar do professor, processando­se continuamente com a função de diagnóstico e acompanhamento.
A ESCOLA PÚBLICA COMO ESPAÇO DE EXERCÍCIO DO DIREITO DE CIDADANIA
É função da escola forma o cidadão, assegurando ao estudante o acesso e a apropriação do conhecimento sistematizado, mediante a instauração de um ambiente propício às aprendizagens significativas e às práticas de convivência democrática. Para cumprir essa função nossa escola propõe favorecer essa formação e construir/instituir, de forma coletiva o compromisso relativo aos direitos, consagrados nas leis brasileiras e garantido a todos, sem distinção.
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ATO OPERACIONAL
ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO
Entendemos por gestão democrática a garantia de mecanismos e condições para que espaços de participação, partilhamento e descentralização do poder ocorram.
A LDB dispõe que: Art.14
Os sistemas de Ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
I – Participação dos profissionais da educação na elaboração do Projeto Político –Pedagógico da escola;
II – Participação das comunidades escolar e local em Conselhos Escolares ou equivalentes.
Deste modo concluímos que a elaboração deste Projeto Político­Pedagógico ocupa um papel central na construção de processos de participação e, portanto, na implementação de uma gestão democrática. Envolver os diversos segmentos na elaboração e no acompanhamento do projeto pedagógico constitui um grande desafio para construção da gestão democrática e participativa.
Em nossa escola a direção procura compartilhar decisões envolvendo pais, alunos, professores, funcionários, os órgãos colegiados e outras pessoas da comunidade na administração escolar. O nosso Conselho Escolar participa orientando, opinando e decidindo sobre tudo o que tem a ver com a qualidade da escola, como a participação que tiveram na construção do Projeto Político­Pedagógico e dos Planejamentos Anuais, sempre avaliando os resultados da administração e ajudando na busca de meios para solucionar os problemas administrativos e pedagógicos, decidindo sobre os investimentos prioritários.
Mas não é só nos conselhos que a comunidade participa da escola. Reuniões pedagógicas, festas, exposições e apresentações dos alunos são momentos em que familiares, representantes de serviços públicos da região e associações locais estão sempre presentes. Como a democracia também se aprende na escola, a participação se estende a todos os alunos. Como cidadãos, eles têm direito de opinar sobre o que é melhor para eles e se organizar em colegiados próprios, como os grêmios.
Por fim, é importante saber que, numa gestão democrática, é preciso lidar com conflitos e opiniões diferentes. O conflito faz parte da vida. Mas precisamos sempre dialogar com os que pensam diferente de nós e, juntos, negociar. Para direcionar este compartilhamento de decisões a escola possui o seu Plano de Ação e as atividades pedagógicas estão organizadas da seguinte maneira:
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PLANO DE AÇÃO DA ESCOLA
O Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola – Ensino Fundamental e Médio têm o seu plano de ação compromissado com a educação de seus alunos. Este plano expressa a preocupação e o compromisso da escola com a melhoria do ensino a partir dos pressupostos da pedagogia Histórico – crítica. Dentro desta visão a parte administrativa da escola terá como função:
A GESTÃO DEMOCRÁTICA é exercida em parceria com as Instâncias colegiadas:
 CONSELHO ESCOLAR: O Estabelecimento de Ensino tem instituído um Conselho Escolar com Representantes da Equipe Técnico­Pedagógica, Professores, Alunos e Representantes da Sociedade. Este Conselho é um órgão Colegiado, de naturezas consultivas, deliberativas e fiscais, com o objetivo de promover a articulação entre os vários segmentos da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade do seu funcionamento.
 CONSELHO DE CLASSE: O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva em assuntos pedagógicos, com atuação restrita a cada turma ou classe da Escola, tendo como objetivo acompanhar o processo ensino­
aprendizagem, nos seus diversos aspectos.  ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS – APMF: é Pessoa Jurídica de Direito Privado, órgão de representação do Corpo Docente e Discente da Escola, não tendo caráter partidário, religioso de raça, e nem fins lucrativos, não sendo remunerados seus dirigentes e conselheiros, tratando­se de trabalho voluntário.
 A APMF tem como função, entre outras, planejar, acompanhar, aplicar e gerenciar os recursos financeiros, bem como proporcionar condições aos alunos de participar de todo o processo escolar.
 REPRESENTANTES DE TURMA: tem a função de ser o porta­voz da turma quanto às suas reivindicações.
 GRÊMIO ESTUDANTIL: PRINCIPAIS METAS E OBJETIVOS DE UM GRÊMIO ESTUDANTIL
Ele exerce um papel importante para a formação do protagonismo juvenil. Um grêmio não pode apenas cuidar de atividades recreativas e culturais, mas também deve levar à frente as lutas dos estudantes pela melhoria do ensino, por um tratamento mais digno, por mais democracia na escola e participar das lutas mais gerais que os movimentos sociais realizam. Um órgão de estudantes que só pensa em promover festas e torneios não estará contribuindo para formar um estudante consciente e capaz de lutar pelos seus direitos. Um grêmio que só cuida de reivindicar e conduzir lutas não consegue apoio e participação de muitos colegas esquecendo­se de procurar atingir uma de suas metas mais importantes, que é a de tornar à escola mais prazerosa e proveitosa para os estudantes. 30
 A FAMÍLIA: exerce um papel importante dentro da escola. Como um lugar de crítica cultural e social, à escola deve reconhecer a família como instância de formação primeira.
 PROPOSTA PEDAGÓGICA
A escola ocupa um espaço não apenas geográfico na comunidade. Portanto é preciso que a escola esteja comprometida com a evolução desta sociedade. E é através do Projeto Político Pedagógico que esta escola contribui para que a comunidade escolar alcance o sucesso necessário para participar das ações e compreensão do mundo globalizado. E, para que à escola supere suas dificuldades e assuma os desafios do mundo atual é necessário que se torne um sistema aberto.
Assim, torna­se importante reforçar a compreensão cada vez mais ampla de projeto educativo como instrumento de autonomia e domínio do trabalho docente pelos profissionais da educação, com vistas à alteração de uma prática conservadora vigente no sistema público de ensino. Os componentes curriculares da Escola são selecionados a partir de um amplo processo de discussão nas áreas do conhecimento, sobre a relevância e significação dos mesmos para a aprendizagem. Dessa forma, esses componentes, que ainda, se apresentam organizados em disciplinas, se inter­relacionam espontaneamente, à medida que os professores planejam, executam e avaliam atividades conjuntamente, em uma perspectiva inter e /ou transdisciplinar do conhecimento.
A prática pedagógica tem como pressupostos, a visão construtivista da educação e correntes pedagógicas que favorecem o papel do professor como facilitador da relação do aluno com o saber destacando como principal corrente à pedagogia histórico­crítica, adotada como eixo norteador da Educação Pública do Estado do Paraná cujo objetivo é preparar o aluno para mobilizar os saberes, atitudes e habilidades para solucionar com eficiência situações diversas da vida.
Quanto às metodologias utilizadas, leva­se em consideração que nenhuma, por si própria, basta para mobilizar a prática educativa. O que torna cada disciplina coerente e eficaz são, fundamentalmente, os eixos norteadores e a metodologia adotada pelo professor. É importante buscar, em cada metodologia, o que se concebe como funcional à práxis adotada.
A intencionalidade da proposta pedagógica, os recursos tecnológicos e logísticos disponíveis e o processo de avaliação são importantes elementos norteadores, considerando o aluno como agente "ativo" em sua formação como cidadão ético, moral e crítico. Como à escola utiliza o sistema bimestral de avaliação, entendido como processo, oferece também a re­avaliação, na qual alunos e professores têm a oportunidade de retomar os conteúdos não apreendidos ou não compreendidos. A chamada recuperação paralela é realizada durante todo o ano letivo, dentro do processo. Também ocorrerá na sala de recursos com professor designado para isto, em contra­turno. Contará também com o projeto “Adote um Amigo”. Um aluno ajudará o outro,que necessita de recuperação, em sala de aula e em tarefas extra­classe.
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Os resultados das avaliações são expressos em notas numa escala de zero a 10,0. Os critérios da Avaliação serão definidos em cada disciplina de acordo com os planos de ensino do Professor.
Os pais são comunicados quanto ao rendimento escolar do aluno por meio dos boletins bimestrais.
PROJETOS, ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS.
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A programação das atividades culturais deverá constar no Calendário Escolar, sendo que as mesmas serão desenvolvidas durante o ano letivo. A seguir os eventos propostos:
Feira de Ciências;
Mostra de Literatura;
FACESI (Feira Arte Cultural do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola);
Festival da Canção;
Projeto FERA;
Feira da Comciência;
Olimpíadas de Matemática, Física e Biologia;
Jogos Colegiais;
Maratonas;
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DESENVOLVIMENTO DOS SEGUINTES PROJETOS:
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“Não basta ser pai, tem que participar”;
“Drogas tô fora!”
“Inclusão é responsabilidade de todos”
“Tecnologia ao alcance de todos”
“Reconhecimento e a valorização da diversidade cultural”
Projetos Complementares (Agenda 21, Paz, DST, Ética e Cidadania, Educação Afro, Educação Fiscal, Educação do Campo e outros).
Projeto Folclore: “Buscando Resgatar a Identidade e Cultura do Povo Brasileiro”;
Projeto: “Em Ação Contra a Evasão”;
Projeto de Teatro e Dança: “Atitude e Movimento”
OBJETIVOS DAS ATIVIDADES CULTURAIS, SOCIAIS E CÍVICAS:
• Socialização;
• Envolvimento das famílias e da comunidade escolar;
• Desenvolvimento da linguagem e do espírito de cooperação;
Sensibilização para manifestações folclóricas e artísticas em geral.
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AÇÕES E METAS:
 Como gestor de todo o processo escolar vencer o desafio de articular satisfatoriamente a pluralidade de experiências de ensino oriundas do dia­a­dia do professor.  Convocar integrantes da comunidade escolar para a elaboração do Plano Anual do Regulamento Interno do Estabelecimento, submetendo­o à aprovação do Conselho Escolar;
 Elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de contas e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
 Elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes específicas de administração, em consonância com as normas orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;
 Coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas, procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação;
 Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do estabelecimento;
 Coordenar e supervisionar os serviços da Secretaria escolar;
 Abrir espaços para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das experiências de sucesso;
 Implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das responsabilidades individuais promovendo o trabalho coletivo;
 Gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia dos resultados;
 Coordenar a equipe pedagógica para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação do Plano de Trabalho;
 Administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
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 Negociar com competência, para harmonizar interesses divergentes e estabelecer bons relacionamentos, com vistas às necessidades de todos os envolvidos direta ou indiretamente com o Colégio. 34
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA
Discutir e organizar
ações para alunos que
encontram
dificuldades de
aprendizagem
Planejar com
professores
Análise e
escolha do livro
didático
Realizar
diagnóstico da
comunidade
Atender pais
Cotidiano do
Trabalho
do Pedagogo
Atender alunos
Estudar,
divulgar
referencial
bibliográfico
atualizado
Atender Professores
Avaliação Institucional,
conselho de Classe
- Conselho da Escola
- APMF, Grêmio Estudantil
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- Organizar
turmas,
matrícula
Ação contra
a evasão
EIXO NORTEADOR: PROMOVER E SUBSIDIAR O TRABALHO PEDAGÓGICO
 A Equipe Pedagógica é o órgão responsável pela coordenação, implantação e implementação, no Estabelecimento de Ensino, das diretrizes pedagógicas emanadas da Secretaria de Estado da Educação.
 A Equipe Pedagógica, do Colégio Estadual Santo Inácio de Loyola­Ensino Fundamental, Médio e Normal é composta por Professores Pedagogos e Coordenadores do Curso de Formação de Docentes da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, em Nível Médio na Modalidade Normal – Integrado.
 OBJETIVOS: Contribuir para a promoção de um ensino de qualidade, respeitando as diferenças e a diversidade cultural.
AÇÕES QUE SERÃO DESENVOLVIDAS E QUE COMPETEM À EQUIPE PEDAGÓGICA:
 Subsidiar a Direção com critérios para a definição do Calendário Escolar, organização das classes, horário semanal e distribuição de aulas;
 Elaborar com o corpo docente, o currículo pleno do Estabelecimento de Ensino, em consonância com as diretrizes pedagógicas da Secretaria de Estado da Educação:
 Assessorar e avaliar a implementação dos programas de ensino e dos projetos pedagógicos desenvolvidos no Estabelecimento de Ensino;
 Elaborar o Regulamento da Biblioteca Escolar, juntamente com seu responsável;
 Orientar o funcionamento da Biblioteca Escolar, para garantia do seu espaço pedagógico;
 Acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos alunos e pais, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem com vistas a sua melhoria;
 Subsidiar o Diretor e o Conselho Escolar com dados e informações relativas aos serviços de ensino prestados pelo Estabelecimento e o rendimento do trabalho escolar;
 Promover e coordenar reuniões sistemáticas de estudo e trabalho para o aperfeiçoamento constante de todo o pessoal envolvido nos serviços de ensino;
 Elaborar com o Corpo Docente os planos de recuperação a serem proporcionados aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados;
 Analisar e admitir parecer sobre adaptação de estudos, em casos de recebimento de transferência, de acordo com a legislação vigente.
 Subsidiar e acompanhar a elaboração e o desenvolvimento de projetos propostos pelos professores e também os projetos propostos pela escola, os quais são: Agenda 21, 36
Cultura Afro, Inclusão, Educação Fiscal, Em Busca da Paz, A Água, Disciplina Escolar, Evasão, Sexualidade, Drogas Tô Fora, Não Basta Ser Pai tem que Participar.
CONDIÇÕES: Para que os projetos e as ações propostas sejam realizadas com sucesso a Equipe Pedagógica juntamente com os Órgãos Colegiados, propiciarão condições, através da disposição de espaço físico, materiais didáticos e subsídios pedagógicos.
CRONOGRAMA: Durante o ano letivo.
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AÇÕES QUE SERÃO REALIZADAS PELA ESCOLA QUANTO AOS ÍTENS CONTEMPLADOS NO PROJETO POLÍTICO­PEDAGÓGICO:
INCLUSÃO
A escola trabalha a questão da inclusão com muito esforço e responsabilidade, pois sabemos que inclusão escolar é um processo de perspectiva transformadora e de ajustes flexíveis. Sendo assim, nossa comunidade escolar procura lidar com as diferenças individuais.
Mantemos um trabalho de conscientização e acolhimento permanente, procurando sempre em reuniões e encontros com os pais, responsáveis, alunos, profissionais e funcionários mostrar que o desafio é que faz a diferença. Para alcançar tais objetivos é necessário um enfoque intersetorial e políticas de apoio que integrem áreas e fortaleça parcerias com os segmentos da saúde, formação social e trabalho, a fim de que sejam melhorados os aspectos globais que atuam sobre a aprendizagem dos alunos, garantindo as condições objetivas e subjetivas básicas de que os mesmos necessitam para aprender.
Um outro grande pilar que a escola procura oportunizar é a construção de práticas mais inclusivas tais como: debates, estudos e reflexões por parte de todos os segmentos da escola com vistas à intervenção no fazer pedagógico. Os projetos implantados na escola têm feito com que o processo todo melhore e ocorra um crescimento natural dos valores colocados como necessários para que se realize a inclusão.
Desta forma concluímos que todos os profissionais da educação são fundamentais na trama que constitui a rede que sustenta o processo inclusivo.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Como vimos anteriormente a afirmação do campo enquanto espaço de vida contribui para auto afirmação da identidade dos povos do campo, no sentido da valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura, dos seus conhecimentos.
Afim de compreender a educação a partir dessa diversidade presente no campo, a escola além de desenvolver projetos, realizará outra forma de trabalho que são temas geradores, que possibilitam uma articulação das diferentes disciplinas entre si e com a realidade do campo. Também deve­se observar as contribuições que o trabalho através da pesquisa ­ observação, experimentação, reflexão ­ oferece às práticas pedagógicas. Ir a “campo no campo”! Muitas vezes esquecemos de aproveitar a rica diversidade encontrada no entorno da escola, ficando apenas no espaço da sala de aula.
Tendo em vista as considerações relatadas a valorização da cultura dos povos do campo é sem dúvida, o eixo central das Diretrizes Curriculares, sendo assim caberá à nossa escola reconhecer a especificidade do campo e respeitar a sua diversidade sócio­cultural.
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CULTURA AFRO­BRASILEIRA E AFRICANA
Para que a escola desempenhe a contento o papel de educar, é necessário que se constitua um espaço democrático de produção e divulgação de conhecimentos e de posturas que visam uma sociedade justa. A escola tem papel preponderante para eliminação das discriminações e para emancipação dos grupos discriminados, ao proporcionar acesso aos conhecimentos científicos, a registros cultuais diferenciados, à conquista de racionalidade que rege as relações sociais e raciais, e a conhecimentos avançados. Pensando assim consideramos de suma importância desenvolvermos o Projeto “Reconhecimento e a Valorização da Diversidade Cultural”, o qual trata­se de um projeto interdisciplinar que visa promover oportunidades de diálogo e buscar formas de convivência e respeito mútuo, pois respeitar as diversidades é viver num país sem discriminação. O projeto será desenvolvido durante o ano letivo.
FÓRUM DA AGENDA 21 ESCOLAR
Através de dados levantados no Fórum da Agenda 21 Escolar, os eixos norteadores dos trabalhos são a ÁGUA e o LIXO que serão trabalhados da seguinte forma:
PROBLEMAS E AÇÕES DA AGENDA 21 ESCOLAR
EIXO NORTEADOR: Água
PROBLEMA: Como concretizar o uso da caixa de captação de água da chuva do Município de Fênix?
AÇÕES:  Conscientizar as famílias sobre os benefícios financeiros desta forma de captação;
 Transformar em Lei e fazer com que a mesma entre em vigor;
 Cada morador construir pelo menos calhas (método barato) para coletar água;
 Realizar palestras com os alunos e seus familiares, de orientação quanto a qualidade, consumo e desperdício da água;
 Pesquisas sobre a forma como é feita a contaminação do lençol freático;
 Visitas à estação de tratamento de água, visita a uma fazenda para verificar a nascente de um rio para observar o sistema de armazenamentos de água da chuva;
 Leitura da conta de água, identificando cada um dos campos presentes e seus respectivos significados;
 Coletar dados sobre o consumo de água em diferentes países, bem como das reservas mundiais de água;
 Confecção de maquetes.
EIXO NORTEADOR: Lixo
PROBLEMA: Como iniciar no município a Coleta Seletiva do Lixo?
AÇÕES: 39
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
Criação de uma Lei; Conscientização da comunidade;
Fazer a separação do lixo;
Prefeitura fazer a coleta com aterro sanitário;
Estímulo por parte das autoridades;
Palestras com o representante da EMATER da nossa comunidade;
Passeatas;
Confecção de cartazes;
Pesquisas através da Internet, jornais, revistas sobre o tema abordado;
Produção de Histórias em Quadrinhos pelos alunos, músicas;
Trabalho de conscientização a toda a comunidade da seleção dos materiais recicláveis para facilitar a coleta;
Coleta dos resíduos recicláveis e venda dos mesmos e a aplicação dos recursos na aquisição de materiais pedagógicos;
Viagem aos alunos que colaboraram na coleta dos materiais recicláveis;
Envio de ofício aos agricultores e comerciantes solicitando a doação de ferro­velho e outros materiais recicláveis;
Participação de funcionários e professores como colaboradores das turmas;
Controle de recebimento do material feito através de fichas contendo: série, turma, turno, nome dos alunos, data e o peso dos materiais coletados.
EDUCAÇÃO FISCAL
A Educação Fiscal será trabalhada no cotidiano escolar de acordo com a realidade brasileira através de projetos que serão desenvolvidos durante o ano letivo.
TECNOLOGIA NO COTIDIANO ESCOLAR
Sabemos que transformar a escola em um espaço de aprender a aprender passou a ser um dos grandes desafios para a educação desse novo século. Para isso, vale repensar nos modelos pedagógicos até então utilizados e acreditar em novos métodos com a integração das várias tecnologias, pois é inegável que a escola precisa acompanhar a evolução tecnológica e tirar o máximo de proveito dos benefícios que esta é capaz de proporcionar. Desta forma serão traçadas algumas estratégias a fim de viabilizar um trabalho contextualizado, o qual ocorrerá por meio de inúmeras ações, as quais estarão inseridas no projeto “Tecnologia ao Alcance de Todos”. Será desenvolvido durante o ano letivo.
INTEGRAÇÃO COMUNIDADE E ESCOLA O lema de nossa escola é “Comunidade e Escola, a União que dá Certo”. Vale lembrar que o envolvimento da comunidade nas ações realizadas pela escola é muito importante, por isso faz­se necessário que todos os segmentos da mesma sejam convidados a participar, não somente aqueles mais atuantes no dia­a­dia. Para isso utilizamos algumas estratégias a fim de mobilizar pais, alunos, professores e funcionários para debates referentes à qualidade do 40
desempenho educacional, tais como: cartas para os pais, faixa na frente da escola, divulgação de eventos no jornal ou na rádio local, parcerias efetivas entre família e escola (APMF), Conselhos Escolares, círculo de mães ou pais, trabalho voluntário de pais e mães, promoção de seminários, cursos e palestras para os pais e realização de atividades culturais que envolvam a família e comunidade, como celebrações do Dia dos Pais e Dia das Mães, festas juninas, e outras.
Para que estes trabalhos possam transcorrer bem com a participação de todos, divulgamos as atividades propostas, providenciamos com antecedência os materiais necessários e disponibilizamos um espaço para receber a todos.
ACESSO, PERMANÊNCIA E SUCESSO NA ESCOLA
Um dos principais desafio atuais de nossa escola é fazer com que as crianças e adolescentes nela permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada, e que jovens e adultos também tenham os seus direitos educativos atendidos.
Para que se tenha eficácia quanto ao acesso e permanência dos alunos no ambiente escolar, fazemos um levantamento e quem são os alunos que, na escola, apresentam maior dificuldade no processo de aprendizagem, quem são os mais faltosos, onde vivem, quais as suas dificuldades, quais são os que abandonaram ou se evadiram, procurando saber o motivo, o que estão fazendo, nos esforçamos tentando trazê­los de volta, utilizando Conselho Tutelar, as ações do Projeto Fica, tratando com cuidado e carinho todas as situações. Após os dados encontrados, a comunidade escolar verifica se o que aparece com mais freqüência como causa do abandono é a necessidade de trabalhar, a escola entra em contato com a Prefeitura e Câmara Municipal, solicitando por Programas de Bolsa Família que cheguem até aos que necessitam deste benefício e que se evadiram ou abandonaram a escola pelo motivo citado.
Se há casos de trabalho infantil, procuramos o Conselho Tutelar ou o Poder Judiciário, pois isso é crime previsto em lei. Além disso, entre 7 e 14 anos as crianças obrigatoriamente têm de freqüentar a escolar. Se forem problemas de conflitos pessoais entre alunos, com professores ,etc., desenvolvemos a questão do diálogo e da negociação dentro da escola. Várias são as razões possíveis, por isso estamos sempre tentando identificar quais ações trarão bons resultados.
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA QUANTO AO AMBIENTE FÍSICO ESCOLAR:
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•
Salas de Aula: As salas de aula permitem a organização do mobiliário de acordo com as atividades diversas ( rodas, trabalhos em grupo, etc.), são arejadas e iluminadas, possui carteiras disponíveis para o uso de todos os alunos, há mesas e cadeiras para o professor;
Sala de Recursos: A Sala de Recursos é um espaço arejado
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•
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•
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com disponibilidade de carteiras e cadeiras para o número de alunos que freqüentam a mesma, com cartazes que trazem informações referentes aos conteúdos trabalhados, há armários, os quais contém todos os trabalhos realizados pelos alunos e diversos tipos de jogos educativos;
Cozinha: A cozinha é limpa e arejada, a merenda é preparada na própria escola, é balanceada e nutritiva, todos alunos têm acesso à mesma. Os alunos são orientados sobre como se alimentar, escovar os dentes, etc;
Pátio Escolar: O pátio é bonito e seguro, é aproveitado para atividades pedagógicas quando necessário;
Laboratório de Ciências Físicas e Biológicas: O laboratório é limpo e arejado, os materiais a serem utilizados estão em boas condições. Para aulas experimentais o Agente de Execução é avisado com antecedência a fim de preparar os materiais pertinentes às experiências;
Laboratório de Informática: O laboratório é bem equipado, possui 20 computadores para utilização de alunos e professores, acesso à Internet por rede óptica e ainda impressão a laser.
Biblioteca: A biblioteca dispõe acervo organizado, ambiente agradável, arejado, qualquer pessoa ( aluno, professor, funcionário, pai ou mãe ) pode freqüentar a biblioteca ou ter acesso aos livros da escola, há um funcionários responsável pelo acervo e que apóia aos usuários no acesso aos livros que necessitam;
Quadra de Esportes: O espaço para o ensino e a prática de esportes, responde às necessidades da escola,pois temos uma quadra coberta, a qual é bem aproveitada por todos os alunos; Banheiros: Há banheiros disponíveis para o uso de todos, são limpos e estão em boas condições de uso, são bem utilizados ( sem ociosidade);
Lavabos: Há lavabos disponíveis para o uso de todos, são limpos e estão em boas condições;
Água filtrada ou tratada: Há bebedouros, os quais estão em boas condições, todas as pessoas que freqüentam a escola (alunos, professores, pais, etc.) tomam água filtrada ou tratada;
Tratamento do Lixo: Há lixeiras na escola, as quais estão espalhadas em toda a escola para facilitar o seu uso. Há um trabalho pedagógico sobre a destinação adequada do mesmo, separando­o para reciclagem; 42
•
Rede de Esgoto: A escola está ligada a um sistema de esgotamento sanitário, as instalações de água e esgoto estão em boas condições de funcionamento. As questões relativas ao saneamento básico são discutidas pedagogicamente com a comunidade escolar.
QUANTO À ORGANIZAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MATERIAIS E PEDAGÓGICOS:
•
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•
Materiais para uso do professor, como giz, quadro, livros, jogos e mapas: Há giz, quadro, livros, jogos, mapas, etc., disponíveis para o uso do professor. Esses materiais respondem às necessidades da prática pedagógica, estão em boas condições de uso, seu conteúdo respeita a diversidade humana e a igualdade entre todos, os mesmos chegam até a sala de aula para apoiar a prática pedagógica;
Equipamentos Televisão, Computador, Videocassete, DVD, Aparelho de Som, Retro­projetor, Duplicador a Álcool, Acesso à Internet: Esses equipamentos estão em boas condições e respondem à prática pedagógica. O conteúdo de vídeos, DVD’s, os programas da TV Escola, outros programas, acesso à Internet e músicas, os aparelhos de retro­projetor e mimeógrafo são utilizados na escola respeitando a diversidade humana e a igualdade entre todos. Os membros da comunidade (alunos, pais, professores, funcionários,etc.), têm acesso a esses equipamentos.
QUANTO À ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS E CALENDÁRIO ESCOLAR:
ORGANIZAÇÃO DAS TURMAS: Procuramos organizar as turmas de forma heterogênea, pois acreditamos que é na diversidade que se efetiva a construção do conhecimento, respeitando o que prevê a LDB nos dispositivos da lei n.9.394/96 (art. 23);
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DO CALENDÁRIO ESCOLAR:
Art.154 ­ O Calendário Escolar será elaborado, anualmente, pelo estabelecimento de ensino, apreciado e aprovado pelo Conselho Escolar e após, enviado ao órgão competente para análise e homologação, ao final de cada ano letivo, anterior à sua vigência.
43
Art.155 ­ O calendário escolar atenderá ao disposto na legislação vigente, garantindo o mínimo de 200 (duzentos) dias letivos e de 800 (oitocentas) horas no ensino regular, e as normas emanadas pela Secretaria de Estado da Educação.
ORGANIZAÇÃO DA HORA – ATIVIDADE:
A Hora ­ Atividade é o tempo reservado ao professor em exercício de docência, para estudos, avaliação e planejamento. Cabe à Equipe Pedagógica coordenar as atividades coletivas e acompanhar as atividades individuais a serem desenvolvidas, durante a hora – atividade.
Cabe à Direção além de outras tarefas o acompanhamento e informação à comunidade escolar da disponibilidade de horário de atendimento do professor aos alunos e pais.
Cabe aos Professores, sob a orientação e coordenação da Equipe Pedagógica ou Direção do estabelecimento, planejar, executar e avaliar as ações a serem desenvolvidas durante o cumprimento da hora – atividade.
A organização se dá da seguinte forma:
 Correção de atividades discentes;
 Estudos e reflexões a respeito de atividades que envolvam a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a melhoria da qualidade de ensino;
 Atendimento de alunos, pais e outros assuntos da comunidade escolar.
ELEIÇÕES ­ CONFORME REGIMENTO INTERNO E ESTATUTO DE CADA SEGMENTO:
Dos Órgãos Colegiados de Representação
da Comunidade Escolar
Art.22– A Associação de Pais, Mestres e Funcionários ­ APMF ou similares, pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, Mestres e Funcionários do estabelecimento de ensino, não tendo caráter político partidário, religioso, racial e nem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e conselheiros, sendo constituído por prazo indeterminado.
Parágrafo Único – A APMF será regida por Estatuto próprio, homologado em Assembléia Geral convocada especificamente para este fim.
Art.23 ­ O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os interesses individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e desportiva de seus membros.
Parágrafo Único – As atividades do Grêmio reger­se­ão por Estatuto próprio, aprovado em Assembléia Geral convocada para este fim.
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Seção I
Do Conselho Escolar
Art.13 ­ Os representantes do Conselho Escolar serão escolhidos entre seus pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo­se a representatividade de todos os níveis e modalidades de ensino.
Parágrafo Único ­ As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e suplentes, realizar­se­ão em reunião de cada segmento convocada para este fim, para um mandato de 2 ( dois) anos , admitindo­se uma única reeleição consecutiva. AS FORMAS DE PROVIMENTO AO CARGO DE DIRETOR: LIMITES E POSSIBILIDADES
Variadas são as formas e as propostas de acesso à gestão da escolas públicas historicamente utilizadas no sistema educacional brasileiro. Entre elas destacam­se: 1­ Diretor livremente indicado pelos poderes públicos (estados e municípios);
2­ Diretor de carreira;
3­ Diretos aprovado em concurso público;
4­ Diretor indicado por listas tríplices ou sêxtuplas ou processos mistos;
5­ Eleição direta para diretor.
Listas tríplices,
sêxtuplas ou
processos mistos.
Plano de
carreira
Concurso
público
FORMAS DE
ESCOLHA
DOS
DIRIGENTES
ESCOLARES
Livre indicação
pelos poderes
públicos
45
Eleição
direta
RELAÇÕES DE TRABALHO NA ESCOLA: PROFESSORES­ FUNCIONÁRIOS­ EQUIPE PEDAGÓGICA­ ALUNOS – DIREÇÃO – PAIS – COMUNIDADE ESCOLAR:
Não resta dúvida que a eficácia da escola em vários aspectos é resultante do modelo de gestão coletiva. O comprometimento e divisão de responsabilidades facilita o trabalho pedagógico e administrativo, portanto sabemos que realizar parcerias para atender as necessidades da escola é de suma importância e ressaltamos que a grande parceria é entrelaçamento dos aspectos pedagógicos e administrativos.
FORMAÇÃO CONTINUADA
A Escola tem por objetivo a formação integral do aluno, para que isto ocorra com sucesso, é fundamental que a mesma viabilize a Capacitação continuada de seus profissionais, para que os mesmos possam desta forma inovar suas práticas. Propiciar também momentos para estudos, a fim de debater temas educativos, disponibilizar a participação de professores e funcionários em eventos promovidos pela SEED , NRE e outras Instituições. Organizar palestras, seminários, painéis e oficinas com a participação dos pais, alunos, professores e conselheiros.
SEED
Estudar temas
pedagógicos e das
áreas do saber
Priorizar o
pedagógico mais
do que o
administrativo
NÚCLEOS
ESCOLA
Proporcionar
momentos de
reflexão
46
Outras
Escolas
Fazer, refazer,
refletir,
realimentar..., no
coletivo, o Projeto
Político-Pedagógico
Desenvolver nas
horas-atividades
uma prática de
colaboração
SISTEMA DE AVALIAÇÃO DA ESCOLA
Seção IX
Da Avaliação da Aprendizagem , da
Recuperação de Estudos e Promoção
Art.102 ­ A avaliação é uma prática reflexiva que faz parte do processo ensino e aprendizagem e tem a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento pelo aluno e subsidiar a intervenção pedagógica. Art.103 ­ A avaliação é contínua, cumulativa e processual, e deve refletir o desenvolvimento global do aluno, considerando as características individuais deste, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.
Parágrafo Único ­ Dar­se­á relevância à atividade crítica, à capacidade de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.
Art.104 ­ A avaliação será realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no projeto político­pedagógico da escola.
Parágrafo Único ­ É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.
Art.105 ­ Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância com a organização curricular e descritos no projeto político­pedagógico.
Art.106 – A avaliação deve utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando­se a comparação dos alunos entre si.
Art.107 ­ O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
Art.108 – Na avaliação do aluno deverão ser considerados os resultados durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.
Art.109 ­ Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo pelo aluno e pelo professor, observando os seus avanços e necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.
Art.110 ­ A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.
Art.111 – A recuperação de estudos dar­se­á de forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem.
Art.112 ­ A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de procedimentos didático­metodológicos diversificados.
Parágrafo Único ­ A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente.
47
Art.113 ­ A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressas em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez vírgula zero).
Art.114 ­ .Para os anos iniciais do Ensino Fundamental não haverá atribuição de notas.
Parágrafo Único ­ O registro se dará por parecer descritivo, inicial e final, sobre o aproveitamento do aluno, a ser emitido pelo próprio professor, considerando os aspectos qualitativos acumulados ao longo do processo de ensino e aprendizagem.
Art.115 ­ Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da vida escolar do educando.
Parágrafo Único ­ Os resultados da recuperação deverão ser incorporados às avaliações efetuadas durante o período letivo, constituindo­se em mais um componente do aproveitamento escolar, sendo obrigatório seu registro no livro de classe do professor.
Art.116 – A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada a apuração da sua assiduidade.
Art.117 ­ Para os anos iniciais do Ensino Fundamental a promoção será automática, desde que haja freqüência compatível com a legislação vigente.
Art.118 ­ Para fins de promoção ou certificação de conclusão para o segundo segmento do ensino fundamental e ensino médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero), observando a freqüência mínima exigida por lei.
Art. 119 – São considerados aprovados ao final do ano letivo do segundo segmento do ensino fundamental e do ensino médio, os alunos que apresentarem freqüência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero) em cada disciplina.
Art.120 – São considerados retidos ao final do ano letivo, os alunos para o segundo segmento do ensino fundamental e do ensino médio que apresentarem:
I – Freqüência inferior a 75% do total de horas letivas, independente do aproveitamento escolar;
II ­ Freqüência superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina. Art.121 – A disciplina de Ensino Religioso não se constitui em objeto de retenção do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.
Art.122 – Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente inseridos no sistema informatizado para fins de registro e expedição de documentação escolar.
AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
A qualidade da educação não é algo predefinido e sim um processo de construção que leva em conta as necessidades e objetivos do grupo social, isto é, da comunidade imediata e dos valores sociais mais amplos, e é um compromisso institucional e pessoal com a democratização da educação.
48
Portanto, a Avaliação Institucional constitui­se um processo sistemático de discussão permanente sobre as várias práticas vivenciadas na escola, intrínseco à construção da sua autonomia, já que fornece subsídios para a melhoria e o aperfeiçoamento da qualidade do seu trabalho. Essa autonomia não desvincula a escola das demais instâncias do sistema, uma vez que a Avaliação Institucional articula as demais avaliações, possibilitando uma leitura da totalidade das instituições e do sistema. Desta forma a Avaliação Institucional será utilizada em nossa escola a fim de auxiliar a compreensão da realidade escolar/educacional e mobilizar para mudanças necessárias e trazer subsídios para a política educacional, para a gestão escolar e para a prática pedagógica, contribuindo para melhoria da qualidade do ensino.
DESEMPENHO DA ESCOLA NAS AVALIAÇÕES EXTERNAS
Em busca de uma educação de qualidade, o Ministério da Educação aplica o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) para que possamos encontrar juntos os caminhos da melhoria do quadro educacional do País, tendo como objetivo melhorar a qualidade do ensino nas escolas brasileiras. Como nossa escola também tem desafio e é responsável pela formação escolar das cidadãs e cidadãos brasileiros, preparamos, apoiamos e divulgamos o ENEM a todos os alunos. Nossos alunos têm obtido bons resultados no Exame Nacional do Ensino Médio.
ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O Projeto Político Pedagógico será avaliado semestralmente por professores equipe pedagógica, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil. Deste modo ele nunca estará pedagógica, Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil
pronto e acabado pois, sendo flexível. estará sujeito a mudanças de acordo com a realidade da escola e do momento histórico vivenciado pela comunidade, pelo país ou pelo mundo.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico, sendo um processo democrático de decisões, levará sempre em consideração, por todas as instâncias envolvidas, se ele está instaurando uma forma de organização do trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições, se contém opções explícitas na direção da superação de problemas no decorrer do trabalho educativo, voltado à realidade desta comunidade. Sua construção, assim, será contínua, pois, enquanto produto é também processo, incorporando ambos numa interação possível.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMANAQUE ABRIL ELETRÔNICO, São Paulo: abril, 1999.
CONSTITUIÇÃO BRASILEIRA. Brasília, 1988.
CRUZ, Daniel.Ciências Educação Ambiental . 12ª edição, São Paulo: Ática 1995
DOMINGUES, Joelza Ester e FIUSA, Loyola Paranhos Leite. O Brasil em foco . São Paulo
F.T.D. 1996. LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO. Brasília. 1997..
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E CULTURA. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das relações Étnicos­Raciais e para o ensino de História e Cultura Afro­ Brasileira e Africana. (apostila)
PIRES, Cecília. A violência no Brasil . São Paulo: Moderna, 1997.
REVISTA ISTO É. Medo. São Paulo: Três, Junho / 2000.
Uma semana de terror. São Paulo: Três, fevereiro/ 2000.
Fobia, mais de 20 milhões de brasileiros sofrem deste mal . Três, fevereiro / 2000.
REVISTA VEJA . Socorro ! São Paulo: Abril, Junho / 2000.
Sob as Asas do Império. abril, abril / 2000.
Belo e Poderoso . São Paulo: abril, Junho / 2000.
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO; Curso de diretrizes pedagógicas e administrativas para a educação básica. (apostilas) Julho de 2005.
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ANEXOS
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APRESENTAÇÃO
A presente Proposta Curricular apresenta a produção coletiva dos vários segmentos escolares envolvidos, na perspectiva de um repensar sobre a escola de um modo geral. Trata­
se de rever tanto suas funções, quanto sua organização didático­pedagógica.
Assim a proposta foi organizada a partir de reuniões, grupos de estudo, reflexões individuais e coletivas acerca da prática nas diferentes disciplinas, as quais estão organizadas segundo a matriz curricular da escola e em consonância com os princípios das diretrizes curriculares da educação fundamental da rede de educação básica do estado do Paraná.
É com esta perspectiva que esta Proposta Curricular é apresentada. Ela consolida tanto a participação dos envolvidos nos debates e reflexões, quanto a própria prática de ensino e de trabalho pedagógico. A Proposta oferece alternativas que se assentam em uma Filosofia inovadora que procura equilibrar a teoria e a prática de forma a garantir uma compreensão dos conteúdos sistematizados mas trazendo­os para a realidade estrutural na qual vivem os diversos seguimentos da escola e os alunos.
As reflexões acerca da proposta curricular articulam os conhecimentos a uma prática pedagógica comprometida com a concretização do processo ensino­aprendizagem com qualidade e para que esse processo se fundamente na formação humana partimos do princípio de que o homem é um ser de valores, que diferencia dos demais seres por sua capacidade de criar cultura e que cabe à escola possiblitar e contribuir em sua formação como cidadão crítico e inovador. Por isso esta proposta curricular tem perspectivas inclusivas e relações éticas e democráticas, contemplando os conteúdos estruturantes de cada disciplina e respeitando a diversidade, pois quando se trata de inclusão, entende­se que a escola tem que respeitar o direito constitucional da pessoa com necessidades educacionais especiais e de sua família na escolha da forma de educação que melhor se ajuste às suas necessidades, circunstâncias e aspirações, promovendo, dessa forma, um processo de inclusão responsável e cidadã. Deste modo, a escola regular deve estar preparada para receber o aluno com necessidades especiais. No que se refere à diversidade, os critérios utilizados para seleção dos conteúdos foram os seguintes: a relevância sociocultural e política, considerando a necessidade e importância da atuação da escola em fornecer informações básicas que permitam conhecer a ampla diversidade sociocultural brasileira, a fim de divulgar as 52
contribuições dessas diferentes culturas presentes em território nacional e eliminar conceitos errados, culturalmente disseminados, acerca de povos e grupos humanos que constituem o Brasil. Sendo assim, contemplou­se nesta Proposta Curricular a Educação do Campo, pois compreende­se que a partir da diversidade presente no campo, pode­se construir políticas públicas que assegurem o direito à igualdade com respeito as diferenças. Inclui­se também a Cultura­Afro, visando a adoção de políticas educacionais e de estratégias pedagógicas de valorização da diversidade, a fim de superar a desigualdade étnico­racial presente na educação , valorizar , divulgar e respeitar os processos históricos de resistência negra, desencadeados pelos africanos escravizados no Brasil e por seus descendentes na contemporaneidade, desde as formas individuais até as coletivas.
Por ser uma proposta aberta sempre que se fizer necessário a escola e seu seguimentos deverão rever o que foi proposto para se acrescentar o que for necessário e também para modificar o que não estiver indo de encontro aos verdadeiros interesses e necessidades dos educandos.
53
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
FÊNIX
MUNICÍPIO: 0770 -
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE
LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER.
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007 – SIMULTÂNEA
SEMANAS
Artes
Ciências
BASE
Educação Física
NACIONAL
Ensino Religioso *
COMUM
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
SUB – TOTAL
PARTE
L.E.M – Inglês **
DIVERSIFICADA SUB – TOTAL
MÓDULO: 40
5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
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2
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3
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1
1
0
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3
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22
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2
2
2
2
2
2
2
2
TOTAL GERAL
24
24
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.
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25
25
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
FÊNIX
MUNICÍPIO: 0770 -
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE
LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO FUND. 5/8 SER.
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
SEMANAS
Artes
Ciências
BASE
Educação Física
NACIONAL
Ensino Religioso *
COMUM
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
SUB – TOTAL
PARTE
L.E.M – Inglês **
DIVERSIFICADA SUB – TOTAL
MÓDULO: 40
5ª série 6ª série 7ª série 8ª série
2
2
2
2
3
3
3
4
3
3
3
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0
3
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22
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2
2
2
2
2
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2
2
TOTAL GERAL
24
24
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Oferta obrigatória e de matrícula facultativa, não computada nas 800 horas.
** Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 17 de outubro de 2006.
55
25
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
FÊNIX
MUNICÍPIO: 0770 -
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE
LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: MANHÃ
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
MÓDULO: 40
SEMANAS
1ª série 2ª série 3ª série
2
2
0
2
2
2
2
2
2
0
0
2
2
2
3
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2
2
2
2
2
4
3
4
4
4
4
2
2
2
0
2
0
23
23
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2
2
2
2
2
2
Artes
Biologia
BASE
Educação Física
NACIONAL Filosofia
COMUM
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
PARTE
L.E.M – Inglês *
DIVERSIFICADA SUB – TOTAL
TOTAL GERAL
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
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25
25
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
FÊNIX
MUNICÍPIO: 0770 -
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE
LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: TARDE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
MÓDULO: 40
SEMANAS
1ª série 2ª série 3ª série
2
2
0
2
2
2
2
2
2
0
0
2
2
2
3
3
2
2
2
2
2
4
3
4
4
4
4
2
2
2
0
2
0
23
23
23
2
2
2
2
2
2
Artes
Biologia
BASE
Educação Física
NACIONAL Filosofia
COMUM
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
PARTE
L.E.M – Inglês *
DIVERSIFICADA SUB – TOTAL
TOTAL GERAL
25
NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
57
25
25
NRE: 05 -CAMPO MOURÃO
FÊNIX
MUNICÍPIO: 0770 -
ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SANTO INÁCIO DE
LOYOLA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
CURSO: 4000 – ENSINO MÉDIO
TURNO: NOITE
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2006 – SIMULTÂNEA
MÓDULO: 40
SEMANAS
1ª série 2ª série 3ª série
2
2
0
2
2
2
2
2
2
0
0
2
2
2
3
3
2
2
2
2
2
4
3
4
4
4
4
2
2
2
0
2
0
23
23
23
2
2
2
2
2
2
Artes
Biologia
BASE
Educação Física
NACIONAL Filosofia
COMUM
Física
Geografia
História
Língua Portuguesa
Matemática
Química
Sociologia
SUB – TOTAL
PARTE
L.E.M – Inglês *
DIVERSIFICADA SUB – TOTAL
TOTAL GERAL
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NOTA: Matriz Curricular de acordo com a LDB nº 9394/96.
* Idioma definido pelo estabelecimento de ensino.
DATA DA EMISSÃO: 12 de dezembro de 2006.
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CURSO DE FORMAÇÃO DE DOCENTES DA EDUCAÇÃO INFANTIL E DOS ANOS
INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL – EM NÍVEL MÉDIO, NA MODALIDADE
NORMAL – INTEGRADO
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2007
TIPO DE IMPLANTAÇÃO: GRADATIVA
TURNO: NOTURNO
MÓDULO: 40
HORAS/AULA: 4.800
HORAS: 4.000
DISCIPLINAS
H.
Aula
H. Relóg
1ª
2ª
3ª
4ª
4
2
2
3
3
2
3
2
2
2
4
3
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
13
11
Língua Estrangeira Moderna
2
160 133
Sub-total
2
160 133
B Língua Portuguesa e Literatura
A
Arte
S
Educação Física
E
Matemática
N Física
A Química
C Biologia
I História
O Geografia
N Sociologia
A Filosofia
L Sub-total
2
19
15
480
80
320
440
200
160
160
160
160
80
80
2320
C
O
M
U
M
P
D
F
O
R
M
A
Ç
Ã
O
E
S
P
E
C
Í
F
I
C
A
Fundamentos Históricos da Educação
Fund. Filos. da Educação
Fund. Sociol. da Educação
Fundamentos Psicológicos da Educação
Fund. Hist. e Polít. da Educ. Infantil
Concepções Norteadoras da Educação Especial
Trabalho Pedagógico na Educação Infantil
Organização do Trabalho Pedagógico
Literatura Infantil
Metodologia do Ensino de Português / Alfabetização
Metodologia do Ensino de Matemática
Metodologia do Ensino de História
Metodologia do Ensino de Geografia
Metodologia do Ensino de Ciências
Metodologia do Ensino de Arte
Metodologia do Ensino de Educação Física
2
Sub-total
6
10
12
25
25
25
5
5
30
30
Estágio Supervisionado
2
2
2
2
2
2
2
2
2
2
30
TOTAL GERAL
2
2
2
2
5
Total
2
2
2
2
80
80
80
80
80
80
160
160
80
160
80
80
80
80
80
80
152 1266
0
400 3333
0
800 667
480 4000
0
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ENSINO FUNDAMENTAL
60
ARTES
A) APRESENTAÇÃO GERAL A DISCIPLINA
Durante o período colonial, incluindo onde hoje é o Estado do Paraná ocorreu, nas vilas e reduções jesuíticas, a primeira forma registrada de arte na educação. A congregação católica denominada Companhia de Jesus veio ao Brasil e desenvolveu uma educação de tradição religiosa, para grupos de origem portuguesa, indígena e africana.
Nas reduções jesuíticas, realizaram um trabalho de catequização dos indígenas com os ensinamentos de artes e ofícios, através da retórica, literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Em todo os lugares onde a Companhia de Jesus radicou, promoveu essas forma artísticas.
Esse trabalho educacional jesuítico perdurou aproximadamente por 250 anos, de 1500 a 1759 e foi importante pois influenciou na constituição da matriz cultural brasileira. Essa influência manisfesta­se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma de cantar e tocar viola (guitarra espanhola), no folclore, com as Cavalhadas em Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre outras, que permanecem com algumas variações. Por volta do século XVIII, busca­se a efetiva superação do modelo teocêntrico medieval, voltando­se ao projeto conhecido como iluminista, que tinha como caracrterística marcante a convicção de que tudo pode ser explicado pela razão do homem e pela ciência. O governo do Marquês de Pombal expulsa os jesuítas do território do Brasil Colônia e estabelece uma reforma na educação colonial e em outras instituições, conhecida como Reforma Pombalina, fundamentada nos padrões da Universidade de Coimbra, com ênfase ao ensino das ciências naturais e dos estudos literários.
No século XIX destacam­se os Colégios­Seminários o de Olinda e o Franciscano do Rio de Janeiro, os quais incluíram em seus currículos, diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia do século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo.
Em 1808 com a vinda da família real de Portugal para o Brasil,fugindo da invasão de Napoleão Bonaparte, inicia­se uma série de obras e ações para acomodar em termos materiais e culturais, a corte portuguesa.
Entre essas ações destaca­se a chegada ao Brasil de um grupo de artistas franceses encarregado da fundação da Academia de Belas­Artes, na qual os alunos poderiam aprender as artes e ofícios artísticos.
Esse grupo ficou conhecido como Missão Francesa e obedecia ao estilo neoclássico. Esse padrão estético entra em conflito com a arte colonial de características brasileiras, como o Barroco na arquitetura, escultura, talhe e pintura presentes nas obras de Antônio 61
Francisco Lisboa ( Aleijadinho), na música do Padre José Maurício, e em outros artistas em sua maioria de origem humilde e mestiços, que não recebiam uma proteção remunerada como os estrangeiros.
Em 1890 surge a primeira reforma educacional no Brasil. Entre conflitos positivistas e liberais, os positivistas, inspirados em Augusto Comte, valorizavam em Arte, o ensino do desenho geométrico.
Em 1922 um marco considerado importante para a arte brasileira e os movimentos nacionalistas foi a Semana da Arte Moderna. Os artistas valorizavam a expressão individual e rompiam os modos de representação realista.
No Paraná, observa­se reflexos desses vários processos pelos quais passou o Ensino de Arte até tornar­se disciplina obrigatória.
Em 1971 foi promulgada a Lei Federal 5692/71 que no seu artigo 7º, determina a obrigatoriedade do Ensino de Arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5ª série) e do Ensino Médio. Em 1996 foi promulgada a nova LDB 9394/96 que mantém a obrigatoriedade do Ensino de Arte nas escolas de Educação Básica. Nesse período também houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística que passaram a ser licenciatura plena e uma habilitação específica. Portanto é importante ressaltar que desde a época em que habitava as cavernas, antes mesmo de saber escrever, o ser humano vem manipulando cores, formas, gestos, espaços, sons, silêncios, superfícies, movimentos, luzes, etc., com o intenção de dar sentido a algo, de comunicar­se com os outros pela linguagem da arte. Deste modo a Arte é criação e manifestação do poder criador do homem. Criar é transformar e nesse processo o sujeito também se recria. A Arte, quando cria uma nova realidade, reflete a essência do real. O sujeito, por meio de suas criações artísticas, amplia e enriquece a realidade já humanizada pelo trabalho. Portanto pensar o ensino de arte é também pensar o processo de poetizar, fruir e conhecer arte. Percebendo e analisando seus percursos e resultados e compreendendo os seus conceitos e contextos, visualizamos o processo de ensinar e aprender na perspectiva de seu próprio universo.
Para que o ensino da Arte possa estar articulado na escola de maneira a propiciar ao aluno, o acesso democrático aos bens culturais presentes na sociedade é importante que se considere a identidade do aluno a partir de sua própria história, respeitando sua pertença e suas diferenças, pois diferenciar não equivale a discriminar. Sendo assim um grande desafio lançado à sociedade atualmente é o de articular, da melhor maneira possível, os valores da solidariedade e da igualdade. Desta forma o professor de Artes deve estar revendo o seu papel no processo de ensino ­ aprendizagem, no que diz respeito à linguagens artísticas e aos conhecimentos presentes nos bens culturais de maneira que ele seja um mediador para que os alunos se apropriem que o patrimônio cultural pode ser entendido como tudo que está à nossa volta. Tudo o que aconteceu, desde milhares de anos, e que continua acontecendo, faz parte da dinâmica de cada cultura. E que não diz respeito somente aos grandes monumentos históricos, aos vestígios arqueológicos, aos quadros dos pintores famosos, às obras clássicas da literatura. 62
Refere­se também a tudo aquilo que nos cerca, a todas as atividades que realizamos em nosso dia­a­dia, à forma pela qual entendemos o mundo e nele interferimos.
B) OBJETIVOS GERAIS:
•
Visar a abordagem dos elementos básicos das linguagens artísticas como matéria­prima para a construção do conhecimento estético;
•
Ampliar e aprofundar a contextualização histórica social, política, econômica e cultural, autores/artístas, os gêneros, os estilos, as técnicas, as várias correntes artísticas e relações identitárias (local/regional/global) tanto do autor, como do aluno com a obra;
•
Explorar as linguagens artísticas reconhecendo os elementos comuns presentes nas diversas representações culturais determinadas pelos seus contextos.
•
Propiciar o acesso aos conhecimentos presentes nos bens culturais, por meio de um conjunto de saberes em Arte que lhe permitam utilizar­se desses conhecimentos na compreensão das realidades e amplia o seu modo de vê­las.
C) CONTEÚDOS .
63
ENSINO FUNDAMENTAL
ÁREAS
ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO
­ Espacilidade
­ Forma
−
Suporte
−
Luz −
Sombra
ARTES VISUAIS
MÚSICA
TEATRO
DANÇA
­ Ritmo
­ Melodia
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
­ ponto
­ desenho
­ linha
­ computação gráfica
­ ­ vídeo­arte
bidimensional/as ­ pintura
simetria
­ gravura
­ configuração ­ fotografia
visual
­ esculturas
­ delimitação do ­ instalações
espaço
­ construções arquitetônicas
­ tamanho
­ espaço
­ materiais
Espaço
ações
Projetos:
−
−
Folclore é
conhecimento
−
Valorizando o
homem do
campo
−
−
Aprendendo a
cantar
­Seqüência ­ Arranjo vocal/instrumental
−
/movimentos ­ Fonte −
sonoros
sonora/instrumentação
−
­ Expressão gestual, ­Manifestação ­ Ação
vocal, facial e corporal motora, ­ Falas
emotiva, ­ Gestos/mímicas
gestual e − Dramatização
vocal e semelhante
− Represen
tação teatral indireta: bonecos/
objetos
−
−
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
PRODUÇÕE S/MANIFESTA­ÇÕE S ARTÍSTICAS
­ Espaço
­ Níveis
­ Planos
­ Tensões
­ Projeções
­Progressões
­ saltar
­ deslocar
­ encolher
­ expandir
­ girar
­ inclinar
­ cair ­ gesticular
­ Improvisação
64
D) METODOLOGIA:
Toda sala de aula é retrato de uma história pedagógica construída numa concepção de educação, sendo assim é importante oferecer ricas oportunidades de aprendizagem. Para isso, é preciso selecionar meios acessíveis os quais nós professores de Arte devemos trilhar para poetizar, fruir e conhecer arte, pois nossos alunos devem ser capacitados a realizar e analisar manifestações artísticas, compreendendo­as em sua diversidade histórico ­ cultural, respeitando as identidades e as pertenças de cada um (estilos de vida, diferenças de gênero, divisão de trabalho, hierarquias sociais, sistemas de valores, mecanismos de participação política,etc).
Nessa perspectiva podemos considerar que a arte não é uma produção fragmentada ou fruto de modelos aleatórios ou apartados do contexto social nem tampouco mera contemplação; é sim, uma área de conhecimento que interage nas diferentes instâncias intelectuais, culturais, políticas e econômicas. Dessa maneira, o professor deverá criar condições de aprendizagem para o aluno ampliando as possibilidades de análise das linguagens artísticas, a partir da idéia de que as mesmas são constituídas de produções culturais. Durante as aulas os conteúdos serão trabalhados de forma dinâmica e contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva buscando um trabalho efetivo, de uma vivência para a construção do conhecimento, através de projetos, respeitando o ritmo da aprendizagem e interesse de cada aluno.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Para se de tratar da avaliação em Artes, é necessário referir­se ao conhecimento específico das linguagens artísticas, tanto em seus aspectos experienciais (práticos) quanto conceituais (teóricos), pois a avaliação consistente e fundamentada, permite ao aluno posicionar­se em relação aos trabalhos artísticos estudados e produzidos. Cada linguagem artística possui um conjunto de significados anteriores, historicamente construídos pelo homem, composto de sentidos que podem ser entendidos e reorganizados para se construir novas significações sobre a realidade.
Deste modo avaliar exige, acima de tudo, que se defina aonde queremos chegar, e estabelecermos os critérios a serem seguidos. Para que se promova um processo de aprendizagem, que permita ao aluno desenvolver aspectos cognitivos através de: atividades
lúdicas,
pesquisas,
trabalho
coletivo, produções/manifestações/locais/regionais/globais das diversas linguagens artísticas, peculiaridades culturais, respeitando o ritmo de aprendizagem dos alunos inclusos e não inclusos através de exposições, relatórios, etc. A partir desses apontamentos pretendemos viabilizar ao aluno o acesso sistematizado aos conhecimentos em Arte por meio das diferentes linguagens artísticas. Desta forma a avaliação em Artes supera o papel de mero instrumento de mediação da apreensão de conteúdos, pois busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para o aluno. Sendo processual e sem estabelecer parâmetros comparativos entre os alunos, discutindo dificuldades e progressos de cada um a partir de sua própria produção. Assim sendo, considerará o desenvolvimento do pensamento 65
estético, levando em conta a sistematização dos conhecimentos para a leitura da realidade.
F) BIBLIOGRAFIA:
DIRETRIZES, Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná / Versão Preliminar.
ANDRÉ, Herling & Eiji Yajima. Desenho, Editora Ibep.
THAYANNE, Gabryelle. A Conquista da Arte, Editora do Brasil.
SOLANGE, Valadares / Célia Diniz. No Cotidiano Escolar, Editora Fapi.
HELOIZA, de Aquino Azevedo. Aprendendo com Arte, Editora Árvor do Saber.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte.
SANTAELLA, L. Arte e cultura: equívocos do elitismo. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999
66
CIÊNCIAS
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A construção da ciência acontece por meio da evolução do pensamento do ser humano. A cada momento nos deparamos com novas produções científicas, veiculadas pela mídia, o que configura novas demandas para a disciplina. Portanto a disciplina de ciências não pode ser vista com o uma bricolage de aspectos relativos ao conhecimento científico, mas sim como uma disciplina que possibilite espaços efetivos de discussão e reflexão a respeito de uma identidade científica, ética, cultural, e que instrumentalize o aluno para compreender e intervir no mundo de forma consciente.
Sendo assim, o ensino de Ciência, na atualidade, tem o desafio de oportunizar a todos os alunos,por meio dos conteúdos, noções e conceitos que propiciem uma leitura crítica de fatos e fenômenos relacionados a vida, a diversidade cultural, social e da produção científica. A disciplina de Ciências favorecerá a compreensão das inter­relações e transformações manifestadas no meio (local, regional, global), buscando sempre reflexões e soluções para problemas contemporâneos.
Estudos atuais, propõe abordagem crítica e histórica dos conteúdos para a disciplina de Ciências, que priorize os conhecimentos científicos físicos, químicos e biológicos para o estudo dos fenômenos naturais, sem deixar de considerar as implicações da relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.
Entretanto é evidente que o desenvolvimento da ciência segue uma trajetória de acordo com os interesses políticos, econômicos e sociais, alterando a concepção de aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação, contribuindo para a formação, em diferentes época e criticamente, de mão­de­obra qualificada para o mercado de trabalho e, de cidadãos críticos, participativos e transformadores.
B) OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA:
Atualmente acredita­se que o objetivo do ensino de Ciências Naturais não pode se limitar à promoção de mudanças conceituais ou ao aprendizado do conhecimento científico. É necessário também buscar uma mudança metodológica e de atitude nos alunos. Busca­se formar pessoas que pensem sobre as coisas do mundo de forma não superficial. Busca­se, então, um ensino de Ciências como investigação, levando os alunos a serem capazes, cada vez mais de construir conhecimentos sobre a natureza mais próximos do conhecimento científico que do senso comum. De qualquer forma, busca­se como ponto inicial para o ensino­aprendizagem de Ciências os problemas com os quais os alunos se defrontam.
67
C) CONTEÚDOS:
Conteúdos Estruturantes:
AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA ­ CORPO HUMANO E SAÚDE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Astronomia e Astronáutica:
Sistema solar
Planeta Terra
Movimentos da Terra
Prevenção da Ação do Sol
Desenvolvimento da Astronáutica e suas aplicações
Ar no Ecossistema
Composição do Ar
Pressão Atmosférica
Doenças causadas por bactérias e vírus
Poluição do ar
Solo no Ecossistema
Composição do solo
Agentes de transformação do solo
Tipos de adubação
Doenças, prevenção e tratamento Poluição do solo
Água no Ecossistema
Estados físicos da água
Composição da água
Pressão e densidade
Ciclo da água
Contaminação da água
Doenças, prevenção e tratamento
Economia da água
Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.
68
Conteúdos Estruturantes:
AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA ­ CORPO HUMANO E SAÚDE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Biodiversidade
Classificação e adaptação morfofisiológicas
Critérios de classificação
Vegetais – raiz, caule, folha, fruto, fruto e semente
­ Reprodução dos vegetais
Animais invertebrados: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção e reprodução.
Animais vertbrados: digestão, respiração, circulação, excreção, locomoção e reprodução.
Inter­Relações entre os Seres Vivos e o Meio Ambiente
Divisões da biosfera
Relações Ecológicas
Temperatura e calor – diferenças entre os conceitos
Equilíbrio térmico
Doenças, Infecções e Intoxicações e Defesa do Organismo.
Doenças causadas por animais
Doenças causadas por microorganismos
Efeitos das intoxicações
Sistema imunológico
Soros e vacinas
Transformação da Matéria e da Energia
Cadeia Alimentar e Teia Alimentar
Energia: condutores – tipos, fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção.
Eletricidade – fontes, aplicações, transformações, segurança e prevenção.
Magnetismo: imãs e bússolas
Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.
69
Conteúdos Estruturantes:
AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA ­ CORPO HUMANO E SAÚDE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Níveis de Organização dos Seres Vivos
•
Aspectos morfosiológicos básicos da célula
Divisão celular
Tecidos animais
Sistema Digestório
Necessidade nutricionais
Ação mecânica da digestão
Reação química da digestão
Doenças do Sistema Digestório
Sistema Cardiovascular:
-
Estrutura do Sistema
Pressão Arterial
Doenças do sistema cardiovascular
Sistema Respiratório
Estrutura do Sistema
Movimentos respiratórios
Doenças do sistema respiratório
Sistema Urinário
Estrutura do Sistema
Eliminação de resíduos
Hemodiálise
Doenças do sistema urinário
Sistema Endócrino
Principais glândulas
Tecnologias para diagnosticar problemas endócrinos
Doenças do sistema endócrino
Sistema Esquelético
Estrutura do esqueleto humano
Disfunções do sistema esquelético
Prevenções do esqueleto
Sistema Muscular:
70
Músculos
Disfunções do Sistema Muscular
Prevenção do Sistema Muscular
Sistema Sensorial:
Visão, audição, gustação, olfação e tato.
Portadores de necessidades educacionais especiais.
Deficiência congênita e adquirida: causa, consequência e prevenção.
A luz e a visão.
Poluição visual.
O som e a audição.
Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.
Conteúdos Estruturantes:
AMBIENTE – MATÉRIA E ENERGIA – TECNOLOGIA ­ CORPO E SAÚDE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Corpo humano como um todo integrado
Sistema Genital Feminino
Sistema Genital Masculino
Reprodução Humana
Tecnologia de reprodução in vitro
Tecnologia envolvida na manipulação genética e aconselhamento genético.
Clonagem e células tronco
Métodos Anticoncepcionais
Gravidez precoce
DSTs
Tecnologia no tratamento das DSTs.
Matéria e suas propriedades
Sustâncias e misturas
O átomo
Substâncias químicas
Reações químicas
Funções químicas
71
Sustâncias tóxicas de uso industrial
Substâncias tóxicas de uso agrícola
Substâncias tóxicas de uso doméstico.
Sistema Nervoso Central e Periférico:
Classificação do Sistema
Doenças do Sistema Nervoso
Efeitos das drogas.
Segurança no trânsito
Movimento Velocidade
Força
Máquinas Simples
O uso do álcool, suas causas e consequências
Efeitos do álcool
Composição química do álcool.
Em todos os conteúdos os conhecimentos físicos, químicos e biológicos serão trabalhados de forma integrada.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
O encaminhamento metodológico deverá abordar uma prática social que considere o sujeito histórico, priorizando os conteúdos historicamente constituídos.
Dentro desta abordagem é importante que os conteúdos estruturantes e específicos tenham relações entre si. Se não houver integração entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos com os conteúdos historicamente determinados, a aprendizagem não irá além de uma abordagem tradicional dos conteúdos.
Os conteúdos deverão ser trabalhados com a teoria e a prática, caminhando lado a lado, pois através da observação e do experimento o educando amplia sua visão de mundo. Com a utilização de leituras, análises, interpretação de dados, tabelas, esquemas, resolução de problemas, estudo de casos, abordando problemas reais da sociedade, entrevistas e debates.
Devemos estabelecer formas comuns de vida de aprendizagens e de trabalho no decorrer das aulas entre alunos inclusos ou não de modo que a integração e a cooperação entre eles aconteça realmente.
As questões ambientais, Educação do Campo e Educação Afro serão trabalhados com filmes, músicas, danças, palestras e pesquisas.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
72
A avaliação é um elemento do processo ensino­aprendizagem que deve ser considerado como uma informação ao professor sobre o que foi aprendido pelo aluno auxiliando o professor na reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa, bem como informa ao aluno quais são os seus avanços, dificuldades e possibilidades.
Em Ciências as formas de avaliação serão: individuais e coletivas, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação são observação sistemática com registro de debates, entrevistas, pesquisas, filmes, experimentos, observações e atividades específicas como comunicações de pesquisas, relatórios de leitura de experimentos e provas dissertativas ou de múltipla escolha.
Esses instrumentos respeitarão o desenvolvimento dos alunos inclusos ou não, pois o aluno é o elemento essencial.
F) BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares De Ciências Para o Ensino Fundamental.
Paraná; Secretaria de Estado da Educação. Currículo básico para a escola Pública do estado do Paraná. 3. ed. Curitiba; SEED, 1997.
Secretaria De Estado da Educação. Superintendência Da Educação
Departamento De Ensino Fundamental
Diretrizes Curriculares
Da Educação Fundamental
Da Rede De Educação Básica
Do Estado do Paraná
Ensino Fundamental – Ciências
Versão Preliminar.
73
EDUCAÇÃO FÍSICA
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A História da Educação Física atravessou muitas mudanças, iniciando no século XIX onde a partir daí ela se tornou componente obrigatório nos currículos escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida humana.
Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.
A Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As atividades dirigidas a mulher deveriam desenvolver harmonia de suas formas feminis e as exigências da maternidade futura.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7° e pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica.
Instituiu­se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.
Em meados dos anos 80, surgiu propostas sobre denominação progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.
Dentre as correntes ou tendências progressistas destacam­se as abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista.
Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.
A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais vinculadas as discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da Filosofia da Educação.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná, foi a elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia histórico ­ crítica da educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentação do corpo deveria dar lugar às formação humana do aluno em todas suas dimensões.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também fundamentou­se na concepção histórico – crítica de educação e , naquele momento, pretendia­se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava­se a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma 74
forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, bem como, às atividades que correspondem às características regionais.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna­se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem essas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
B ­ OBJETIVOS GERAIS:
-
Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos;
Conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida, agindo com responsabilidade em relação à sua saúde, visando um corpo forte e útil para o trabalho;
Propiciar ao aluno uma visão crítica do mundo e da sociedade na qual está inserido;
Estimular a organização e a participação em atividades desportivas;
Ampliar as experiências em lutas, ginástica, jogos e danças através de suas manifestações cotidianas;
Promover atividades que valorizem a diversidade cultural (cultura afro – brasileira e educação do campo).
C ­ CONTEÚDOS:
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
-
O corpo como construção histórico social
Conhecimento do corpo
Manifestações esportivas
Manifestações de ginástica
Jogos, brincadeiras e brinquedos
Manifestações estéticas corporais na dança e no teatro.
1 – JOGOS – BRINCADEIRAS E BRINQUEDOS
-
Jogos e brincadeiras com e sem materiais.
Brinquedos e brincadeiras tradicionais.
Construção coletiva de jogos e brincadeiras.
Jogos: recreativos, motores, intelectivos, sensoriais e pré­desportivos.
75
2 – MANIFESTAÇÕES GINÁSTICA
-
Diferentes tipos de ginástica.
Atividades de coordenação motora grossa.
Atividades de domínio e controle corporal.
Ginástica de solo: rolamentos, rodas, parada de mão, etc
3 – MANIFESTAÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS NA DANÇA E NO TEATRO
-
Atividades rítmicas e expressivas.
Imitação, mímica e representação.
Danças tradicionais e folclóricas.
Expressão corporal com e sem material.
4 – MANIFESTAÇÕES ESPORTIVAS
-
Origem dos diferentes esportes.
Princípios básicos dos esportes.
Práticas esportivas com e sem materiais.
Fundamentos básicos dos esportes.
Noções de competição esportiva.
Regras simplificadas e oficiais.
Noções táticas.
5 ­ CONHECIMENTO SOBRE O CORPO
-
Qualidades físicas básicas.
Freqüência cardíaca
Postura e análise postural.
Interação corporal: reconhecimento dos limites e possibilidades.
Relaxamento.
D ­ METODOLOGIA:
Os conceitos e atitudes apontam para a valorização dos procedimentos sem restringi­los ao universo das habilidades motoras e dos fundamentos dos esportes, incluindo atitudes de organização, sistematização de informações, aperfeiçoamento.
76
Os conteúdos conceituais de regras, táticas e alguns dados históricos factuais de modalidades somam­se reflexões sobre os conceitos da ética, estética, desempenho, satisfação e eficiência. Os conteúdos de natureza atitudinal são explicitados como objetivo de ensino aprendizagem, além de trabalhar com criança os elementos que compõe seu meio sócio cultural, visando a inclusão do outro, valorização da cultura corporal e com a linguagem como forma de composição, respeito as diferenças e as características individuais dos educandos, aptos e inaptos a prática corporais, proposto como vivências concretas pelo aluno, é também importante oportunizar condições para identificar o que existe, o que foi transformado, como, porque é e quais os fatos que ocasionaram as transformações e desta forma propiciarem condições para a construção de uma postura de responsabilidade perante si e o outro. Diante de tudo isso, é importante se fazer uma reflexão sobre a qualidade de vida, e desenvolver uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações , envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos. A qualidade e a quantidade da aprendizagem oferecida pela escola e vivenciada pelo aluno, que é constantemente bombardeado pela indústria de massa da cultura e do lazer com falsas necessidades de consumo, carregado de mitos de saúde, desempenho, de beleza, de informações pseudo­científicas e falácias. Desta forma os conteúdos deverão ser ministrados através de aulas práticas e teóricas, e caminha também nesta direção a inclusão de conteúdos tecnológicos no procedimento de pesquisa que o aluno possa fazer opções e escolhas, localizar problemas, checar hipóteses, e também atribuir sentido a aprendizagem. Faz parte deste processo o acesso a informática e o conhecimento globalizado em vários conteúdos utilizando outros meios de informações como: livros, revistas, jornais, vídeos, pesquisa, entrevista, painéis, visitas, e organização de eventos e produção de materiais, etc...
Portanto, é fundamental valorizar a importância social da escola com espaços de experiências em que uma ampla parcela da população pode ter acesso à tática e a reflexão da cultura corporal de movimento. É preciso observar a predisposição, a cooperação, a solidariedade a valorização da cultura popular e nacional, respeitando a si e a outro procurando socializar e resgatar o entendimento dos valores culturais, resignificando os valores, o sentido da cultura afro por meio da linguagem do corpo.
O docente executará suas atividades de acordo com os conteúdos propostos, desenvolvendo atividades que favoreçam o desenvolvimento de relações integradas entre sujeitos e o meio, cabendo ao mesmo considerar a complexidade dos conteúdos, adequando as experiências trazidas pelos educandos, de forma que na relação sentir, pensar, agir e refletir se faça a organização da consciência, levando a modificar a situação ensino­
aprendizagem, melhorando a relação interpessoal do aluno. Portanto, é fundamental valorizar a importância social da escola como espaço de experiência em que uma ampla parcela da população pode ter acesso à prática e à reflexão da cultura corporal de movimento.
O professor deverá utilizar se de varias dinâmicas de trabalho como: aulas teóricas e práticas, aulas expositivas e demonstrativas, atividades individuais, atividades em pequenos 77
grupos e grandes grupos, participação e envolvimento em torneios e gincanas, atividades com e sem material, utilizando material reciclável, incentivando o educando a respeitar o meio ambiente, exposição de trabalhos escritos e teóricos, confecção de materiais com sucata, utilização de murais e cartazes, utilização de recursos audiovisuais: vídeo, retroprojetor, jornais, revistas etc. Conscientizar o aluno sobre a importância da Educação Fiscal, e como a contribuição deste recurso podem chegar até a escola, através do encaminhamento e envolvimento do educando no jogos escolares, materiais esportivos, merenda, etc. Despertando no cidadão o envolvimento e acompanhamento da qualidade e dos gastos públicos, estabelecer controle social o desempenho dos administradores assegurando melhores resultados sociais.
E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação no ensino de Educação Física deverá favorecer a busca da coerência entre as práticas avaliativas que integram o processo de ensino e aprendizagem. A avaliação deve estar colocada a serviço da aprendizagem de todos os alunos, de modo que permeie o conjunto das ações pedagógicas e não como um elemento externo a este processo. Esta deverá ser contínua, identificando, dessa forma, os progressos do aluno durante o ano letivo, deverá ter critérios claros, a fim de priorizar a qualidade do processo ensino e aprendizagem, com vistas à diminuição das desigualdades sociais e com a luta por uma sociedade justa e mais humana.
Através da avaliação diagnóstica tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o processo para mudanças e aperfeiçoamento da mesma.
Será um processo contínuo, permanente e cumulativo, onde o professor organizará e reorganizará o seu trabalho, visando as diversas manifestações corporais, evidenciadas nas formas da ginástica, do esporte, dos jogos, da dança e das lutas, possibilitando assim que os alunos reflitam e se posicionem criticamente com o intuito de construir uma suposta relação com o mundo.
F ­ BIBLIOGRAFIA:
ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. São Paulo: Paz e Terra, 1995
VAGO, Tarcísio Mauro. Intervenção e conhecimento na escola: por uma cultura escolar de Educação Física. In: GOELLNER, Silvana Vilodre (org.). Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Florianópolis: CBCE, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes operacionais para a Educação Básica nas escolas do campo. Brasília: MEC/Secretaria de Inclusão Educacional, 2002.
CASTELLANI FILHO,Lino.Educação Física no Brasil: a história que não se conta. 2. ed. Campinas: Papirus,1991.
78
LUCKESI, C.C.Avaliação da aprendizagem escolar. 2 ed. São Paulo:Cortez,1995.
VAGO, Tarcísio Mauro. Início e fim do século XX: maneiras de fazer educação física na escola. Caderno CEDES.Campinas, n.48, p. 30­51, 1999.
CAMARGO, Marilena Jorge Guedes de. Coisas velhas: um percurso de investigação sobre cultura escolar (1928­1958). São Paulo: Editora da Unesp, 1999.
SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Fundamental. Versão preliminar/ julho 2006.
79
ENSINO RELIGIOSO
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O ensino religioso visa propiciar aos educandos a oportunidade de identificação, de entendimento, de conhecimento, de aprendizagem em relação às diferentes manifestações religiosas presentes na sociedade, de tal forma que tenham a amplitude da própria cultura em que se insere. Essa compreensão deve favorecer o respeito à diversidade cultural religiosa, em suas relações éticas e sociais diante da sociedade, fomentando medidas de repúdio a toda e qualquer forma de preconceito e discriminação e o reconhecimento de singularidade.
Assim o Ensino Religioso permitirá que os educandos possam refletir e entender como os grupos sociais se relacionam com o Sagrado. E, ainda, compreender suas trajetórias, suas manifestações no espaço escolar, estabelecendo relações entre culturas, espaços e diferenças, para que no entendimento destes elementos o educando possa elaborar o seu saber, passando a entender e diversidade de nossa cultura, marcada pela religiosidade.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
Oferecer critérios para que os educandos desenvolvam uma consciência crítica diante das situações desumanas que envolvem parte da população, e se posicionam de forma a optar pelo ideal ou fortalecer o seu propósito de construção de uma sociedade comprometida com o bem comum;
•
Ajudá­los a perceber a relação entre a Ciência, Cultura e Fé ao buscar resposta para os próprios questionamentos;
•
Sensibilizar o aluno a respeito da diversidade religiosa e dos múltiplos significados do Sagrado.
C ­CONTEÚDOS POR SÉRIE:
I – RESPEITO À DIVERSIDADE RELIGIOSA
Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.
-
Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à liberdade religiosa
-
Direito a professar a fé e liberdade de opinião e expressão
-
Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas
80
-
Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado
_________________________________________________________
II – LUGARES SAGRADOS
Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, re reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado nestes locais.
-
Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.
-
Lugares construídos: Templos, Cidades Sagradas, etc.
_________________________________________________________
CONTEÚDOS III – TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS
ESTRUTURANTES Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes culturas religiosas.
PAISAGEM RELIGIOSA SÍMBOLO TEXTO SAGRADO
-
Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc.)
-
Exemplos: Vedas – Hinduísmo, Escrituras Bahá ´is – Fé Bahá ´I, tradições Orais Africanas, Afro – brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.
_________________________________________________________
IV – ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS
As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando­se as suas principais características de organização, cultura e dinâmica social dos sistemas religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com o sagrado.
-
Fundadores / e ou Líderes Religiosos.
-
Estruturas Hierárquicas.
-
Exemplos de Organizações Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo ( Lao Tsé), etc.
81
I ­ UNIVERSO SIMBÓLICO RELIGIOSO
Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:
-
Nos Ritos
-
Nos Mitos
-
No Cotidiano
_____________________________________________________________________
II – RITOS
São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES -
Ritos de passagem
-
Mortuários
-
Propiciatórios
-
Outros
_____________________________________________________________________
PAISAGEM III – FESTAS RELIGIOSAS
RELIGIOSA São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
SÍMBOLO TEXTO SAGRADO
-
Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.
____________________________________________________________________
IV – VIDA E MORTE
As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.
-
O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas.
-
Reencarnação
-
Ressurreição – ação de voltar à vida
-
Além da morte
-
Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se tornam presentes
-
Outras interpretações.
82
D­ METODOLOGIA:
O Ensino Religioso é parte de um Projeto Educativo Global. Tal projeto visa o desenvolvimento harmônico de todas as potencialidades do educando, onde estão presentes os aspectos biológicos, psíquicos, racionais, sociais, filosóficos e outros mais.
Toda a ação pedagógica da Escola prevê o encaminhamento do educando à apropriação do patrimônio cultural e científico, através dos quais adquire instrumentos que possibilitam a sua atuação na democratização da sociedade. Não é possível uma atuação coerente com os princípios da cidadania, sem uma correta concepção de valores. O Ensino Religioso, num processo de interação e integração com os demais componentes do sistema concorre para tal concepção.
Não é possível uma nova prática metodológica em Ensino Religioso, sem considerar o processo evolutivo de forma abrangente, o que implica na concepção de seus objetivos, conteúdos, procedimento da relação ensino­aprendizagem, com os determinantes dos processos sociais em suas dimensões culturais, ideológicas, éticas, religiosas, políticas e suas implicações, considerando o contexto no qual está inserido o educando.
E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
É necessário destacar os procedimentos avaliativos a serem adotados, uma vez que este componente curricular não tem a mesma orientação que a maioria das disciplinas no que se refere a atribuição de notas e ou conceitos.
Mesmo com essas particularidades, a avaliação não deixa de ser um dos elementos integrantes do processo educativo na disciplina do Ensino Religioso. Assim, cabe ao professor a implementação de práticas avaliativas que permitam acompanhar o processo de apropriação de conhecimentos pelo aluno e pela classe, tendo como parâmetro os conteúdos tratados e os seus objetivos.
É importante lembrar que mesmo que não haja aferição de notas ou conceitos que impliquem na reprovação ou aprovação dos alunos, estas diretrizes orientam que o professor proceda ao registro formal do processo avaliativo, adotando instrumentos que permitam à escola, ao aluno, aos seus pais ou responsáveis identificarem os progressos obtidos na disciplina.
Trabalhar com textos orais e escritos, levando o aluno a uma reflexão sobre o Sagrado e as Organizações Religiosas buscando o respeito as diversidades das mesmas.
Com essa prática, os alunos, especificamente, terão a oportunidade de retomar os conteúdos como também poderão perceber que a apropriação dos conhecimentos dessa disciplina lhes possibilita conhecer e compreender melhor a diversidade cultural da qual a religiosidade é parte integrante, bem como possibilitará a articulação desta disciplina com os demais componentes curriculares, os quais também abordam aspectos relativos à cultura.
83
F­ BIBLIOGRAFIA:
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: Junqueira, Sérgio; WAGNER, Raul (orgs) O ensino religioso do Brasil. Curitiba: Champagnat, 2004.
GIL FILHO, Sylvio. F. Espaço de representação e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. Rá e Ga. O Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, 3 n. p. 91­120, 1999.
JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo. (Orgs). Conhecimento Local e Conhecimento Universal: pesquisa, didática e ação docente: Curitiba, Champagnat, 2004.
84
GEOGRAFIA
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A Geografia tem atuação privilegiada dentro do elenco de disciplinas na escola, poios favorece uma maior integração entre o ambiente mais restrito do aluno e o mundo do qual faz parte, fornecendo­lhe uma visão mais completa do complexo social – o espaço construído pelo trabalho humano, ao longo de um processo histórico. Essa integração deve ser interpretada como a capacidade de refletir criticamente sobre a sociedade em que vive e sobre o espaço que ocupa e, muitas vezes, ajuda a construir.
A Geografia tem como obejtivo compreender a vida de cada um de nós desvendando os sentidos, os porquês das paisagens em que vivemos e vemos serem como são.
Na Geografia é importante construir no dia­a­dia relações cotidianas com os alunos e propiciar­lhes condições para que entendam a importância destas, ou de outras idéias para a Geografia. B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
Subsidiar os alunos a pensar e agir criticamente, buscando elementos que permitam compreender, explicar e transformar o mundo;
•
Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço, negando a “naturalidade” dos fenômenos que imprimem uma certa passividade aos indivíduos;
•
Preparar os alunos para serem agentes da construção do espaço e subsidiá­los para interferir conscientemente na realidade.
C) CONTEÚDOS :
85
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
A DIMENSÃO DA PRODUÇÃO DO/NO ESPAÇO
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•
Cartografia;
•
A vida modificando as paisagens;
•
As dinâmicas da natureza e a ação humana.
•
AGENDA 21
PROJETO:EDUCAÇÃO DO Sistemas de produção CAMPO.
industrial;
GEOPOLÍTICA
A DIMENSÃO SOCIO­ AMBIENTAL
•
Agroindústria;
•
Economia e desigualdade social.
•
Políticas ambientais;
•
Meio ambiente
desenvolvimento;
•
A dinâmica da água no Planeta Terra.
•
Movimentos sociais.
•
As eras geológicas;
•
Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (rotação e translação);
•
As rochas e minerais;
•
O ambiente urbano e rural;
•
Movimentos
ambientais;
•
Classificação de fenômenos atmosféricos e mudanças climáticas;
•
Rios e bacias hidrográficas;
•
Sistemas de energia;
•
Circulação e poluição atmosférica;
•
Desmatamento;
•
Chuva ácida;
•
Buraco na camada de ozônio;
•
Efeito estufa (aquecimento global);
86
socio
e PROJETO: AGENDA 21
PROJETOS: CULTURA AFRO E EDUCAÇÃO DO CAMPO.
PROJETOS: AGENDA 21 E CULTURA AFRO
– A DINÂMICA CULTURAL DEMOGRÁFICA
•
Desigualdade social e problemas ambientais;
•
A dinâmica do relevo e a ação antrópica. •
Sistemas de energia;
•
Circulação e população atmosférica;
•
Desmatamento;
•
Chuva ácida;
•
Buraco na camada de ozônio;
•
Efeito estufa (aquecimento global);
•
Ocupação de áreas irregulares;
•
Desigualdade social e problemas ambientais. •
Consumo e consumismo.
•
Exôdo rural;
•
Urbanização e favelização;
•
Fatores e tipos de migração;
•
Estrutura etária;
•
Movimentos sociais;
•
Meios de comunicação;
•
Estudo dos gêneros (masculino e feminino, entre outros).
EDUCAÇÃO DO CAMPO
D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Propõe que os conteúdos específicos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, interligando teoria, prática e realidade, valorizando o real processo de inclusão que preconiza uma verdadeira relação ensino­aprendizagem. Mantendo uma coerência dos fundamentos teóricos aqui propostos, utilizando a cartografia como ferramenta essencial, 87
possibilitando assim transitar em diferentes escalas espaciais, ou seja, do local ao global e vice­versa contemplando a interdisciplinaridade.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
Deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores para avaliar a sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos tratados durante um determinado período.
alunos.
Evitar avaliações que contemplem apenas umas das formas de comunicação dos Esta diretriz propõe que o processo de avaliação esteja articulado com os conteúdos estruturantes, os conceitos geográficos, o objeto de estudo, as categorias espaço – tempo, a relação sociedade – natureza e as relações de poder, contemplando a escala local e global e vice – versa. Que essa avaliação seja diagnóstica e continuada, e que contemplem diferentes práticas pedagógicas, tais como: leitura, interpretação e produção de textos geográficos, leitura e interpretação de fotos, imagens e principalmente diferentes tipos de mapas, pesquisas bibliográficas, aulas de campo entre outros, cuja uma das finalidades seja a apresentação de seminários, leitura e interpretação de diferentes tabelas e gráficos, relatório de experiências práticas de aulas de campo ou laboratório, construção de maquetes, produção de mapas mentais, entre outros.
A proposta avaliativa deve estar bem clara para os alunos. A avaliação deve ser um processo não­linear de construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os sujeitos do processo professor e aluno.
F) BIBLIOGRAFIA:
SEED – Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Fundamental.
SANTOS, M. A natureza do espaço: Técnica e Tempo Razão e Emoção. São Paulo, Hucitec, 1996.
VESENTINI, José W. Geografia, natureza e sociedade. São Paulo: Contexto, 1997.
BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental. Brasília: Ministério da Educação, 2002.
CORREA, R. L. Região e organização espacial. São Paulo, Ática, 1986.
VLACH. V.R.F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva histórica. In. VESENTINI, J.W. (org.). O ensino de geografia no século XXI. Campinas, SP. Papirus, 2004.
88
HISTÓRIA
A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
O objetivo primeiro do conhecimento histórico é a compreensão dos processos e dos sujeitos históricos, o desenvolvimento das relações que se estabeleceu entre os grupos humanos em diferentes tempos e espaços. Os historiadores estão atentos às diferentes e múltiplas possibilidades e alternativas nas sociedades, tanto nos de hoje quanto nas do passado, que emergiram da ação consciente ou inconsciente dos homens, procuram apontar para os desdobramentos que se impuseram com o desenrolar das ações desses sujeitos.
A construção da disciplina de História e a organização de seu ensino nas escolas brasileiras esteve envolvida desde o século XIX, em discussões políticas que estavam em destaque em diversos momentos. Considerando o período do Brasil independente o Estado passou a assumir a gestão da educação. A tarefa de fazer do ensino de História instrumento de legitimação de poderes e de formação de indivíduos adaptados à ordem social não poderia se resumir, à imposição de uma abordagem da História que privilegiasse o Estado e a ação dos grandes homens como constituidora da identidade nacional.
A partir da Era Vargas há uma preocupação do Estado no sentido de orientar o ensino de História para a formação moral e política. O governo Vargas entendeu a importância do cultivo de uma história e de uma memória nacional para a construção da identidade nacional. Suas estratégias não se limitavam ao ensino escolar, mas iam além, atingindo políticas de preservação do patrimônio histórico e da celebração da memória da nação.
As principais mudanças presentes no século XX, foram acentuadas pelas reformas de Francisco Campos e Gustavo Capanema que elegeram o ensino de História como instrumento central da política, e a disciplina de História como fundamental na formação moral e patriótica.
Após a implantação do regime militar o ensino de história manteve seu caráter estritamente político, pautado no estudo de fontes oficiais e narrado apenas do ponto de vista de factual. Mantiveram­se os grandes heróis como sujeitos da História narrada, exemplos a serem seguidos e não contestados pelas novas gerações. O Estado figurava como o principal sujeito histórico.
Na década de 70, o ensino de História era predominantemente tradicional; a abordagem dos conteúdos históricos era apresentada de forma linear e factual.
A partir da Lei 5692/71, o ensino centrou­se nessa formação tecnicista voltada para a preparação de mão­de­obra para o mercado de trabalho.
No decorrer do processo histórico a história busca explicar tanto as uniformidades e as regularidades das formações sociais quanto as rupturas e diferenças que se constituem no embate das ações humanas.
Assim a História concebida como processo, busca aprimorar o exercício da problematização da vida social, como ponto de partida para a investigação produtiva e criativa, buscando identificar as relações sociais de grupos locais, regionais, nacionais e outros povos, perceber as diferenças, os conflitos/contradições e as solidariedades, igualdades e desigualdades existentes nas sociedades; comparar problemáticas ativas e de outros 89
momentos, posicionar­se de forma crítica no seu presente e buscar as relações possíveis com o passado.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
Assegurar que nossos alunos tenham uma postura crítica em relação aos conteúdos transmitidos e aprendam a construir seu próprio ponto de vista.
•
Levantar e analisar as diferentes formas de relação com o espaço, vividos pelos diferentes grupos humanos.
•
Reconhecer e valorizar as diferentes formas de relação com o tempo estabelecidas pelas diferentes culturas.
•
Reconhecer e valorizar a educação a partir das diferentes formas de localizações e moradias do educando, tendo como compreensão, o urbano e o rural (campo).
C) CONTEÚDOS:
90
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: DIMENSÃO POLÍTICA;
DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;
DIMENSÃO CULTURAL.
DAS ORIGENS DO HOMEM AO SÉCULO XVI – DIFERENTES TRAJETÓRIAS, DIFERENTES CULTURAS.
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Produção do conhecimento histórico
A Humanidade e a História
­ o historiador e a produção do ­ De onde viemos, quem somos, como conhecimento histórico;
sabemos?
­ Tempo, temporalidade;
­ Fontes, documentos;
­ Patrimônio material e imaterial;
­ Pesquisa.
Articulação da História com outras áreas do conhecimento.
queologia, antropologia, paleontologia, geografia, sociologia, * Observação o estudo da produção do conhecimento histórico e a articulação da História com outras áreas do conhecimento se faz necessário em todas as séries do ensino fundamental, não necessariamente no início do ano letivo como está posto para a 5ª série.
Arqueologia no Brasil
Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações.
­ Lagoa Santa: Luzia (MG)
­ Teoria do surgimento do homem na ­ Serra da Capivara (PI)
América
­ Sambaquis (PR)
­ Mitos e Lendas da origem do homem
­ Desconstrução do conceito de pré­história
­ Povos ágrafos, memória e história oral
Povos indígenas no Brasil e no Paraná
As primeiras civilizações na América
­ Ameríndios do território brasileiro
­ Olmecas, Mochicas, Tiwanacus, Maias, ­ Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng
Incas e Astecas
­ Ameríndios na América do Norte
As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia
­ Egito, Núbia, Gana e Mali
­ Hebreu, Gregos e Romanos
A chegada dos europeus na América
Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política.
­ (des) encontros entre culturas
­ Reconquista do território
­ Resistência e dominação
­ Religiões: judaísmo, cristianismo e ­ Escravização
islamismo
91
­ catequização
Formação da sociedade brasileira e americana
­ América Portuguesa
­ América Espanhola
­ América Franco­inglesa
­ Organização político­administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)
­ Manifestações culturais (sagrada e profana)
­ Organização social (família patriarcal e escravismo)
­ Escravização de indígenas e africanos
­ Economia (pau­brasil, cana­de­açúcar e minérios)
­ Comércio (África, Ásia, América e Europa.
Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa
­ Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbabwe) e outros
­ Comércio
­ Organização político­administrativa
­ Manifestações culturais
­ Organização social
­ Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...
92
• CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;
­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;
­ DIMENSÃO CULTURAL.
DAS CONTESTAÇÕES A ORDEM COLONIAL AO PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL – SÉCULO XVII AO XIX
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombaliana
­ Reforma e contra­reforma
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Expansão e consolidação do território
­ Missões
­ Bandeiras
­ Invasões estrangeiras
Colonização do território “paranaense”
­ Economia
­ Organização social
­ Manifestações culturais
­ Organização político­administrativa
Movimentos de contestação
­ Quilombos (BR e PR)
­ Irmandades: manifestações religiosas­sincretismo.
­ Revoltas Nativistas e Nacionalistas
­ Inconfidência mineira
­ Conjuração baiana
­ Revolta da cachaça
­ Revolta do maneta
­ Guerra dos mascates
Chegada da família real ao Brasil
­ De Colônia à Reino Unido
­ Missões artístico­científicas
­ Biblioteca nacional
­ Banco do Brasil
­ Urbanização da Capital
­ Imprensa Régia
O processo de independência do Brasil
­ Governo de D. Pedro I
­ Constituição outorgada de 1824
­ Unidade territorial
­ Manutenção da estrutura social
­ Confederação do Equador
­ Província Cisplatina
­ Haitianismo
­ Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha
Independência das treze colônias inglesas da América do Norte
Diáspora Africana
­ Revolução Francesa – Comuna de Paris
Invasão napoleônica na Península Ibérica
O processo de independência das Américas
­ Haiti
­ Colônias Espanholas
93
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;
­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;
­ DIMENSÃO CULTURAL.
PENSANDO A NACIONALIDADE: DO SÉCULO XIX AO XX – A CONSTITUIÇÃO DO IDEÁRIO DE NAÇÃO NO BRASIL
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A construção da Nação
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)
­ Governo de D. Pedro II
­ Luddismo
­ Criação do IHGB
­ Socialismo
­ Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiroz ­ ­ Anarquismo
1850
­ Início da imigração européia
­ Definição do território
­ Movimento Abolicionista e emancipacionista
Emancipação política do Paraná (1853)
­ Economia
­ Organização social
­ Manifestações culturais
­ Organização política­administrativa
­ Migrações: internas (escravizados, libertos e homens livres pobres) e externas (europeus)
­ Os povos indígenas e a política de terras
A guerra do Paraguai e /ou a Guerra da Tríplice Aliança
O processo de abolição da escravidão
Colonização da África e da Ásia
Guerra Civil e Imperialismo estadunidense
Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomble
­ Legislação
­ Resistência e negociação
­ Discursos:
­ Abolição
­ Imigração – senador Vergueiro Branqueamento e miscigenação (oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha, Silvio Romero, no Brasil, Sermientona Argentins
Os primeiros anos da República
Questão Agrária na América Latina
94
­ Idéias positivistas
­ Revolução Mexicana
­ Imigração asiática
Primeira Guerra Mundial
­ Oligarquia, coronelismo e clientelismo
Revolução Russa
­ Movimentos de contestação : campo e cidade
­ Movimentos messiânicos
­ Revolta da vacina e urbanização do Rio de Janeiro
­ Movimento operário: anarquismo e comunismo
­ Paraná:
­ Guerra do contestado
­ Greve de 1917 ­ Curitiba
­ Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zaco Parná, Langue e Morretes, João turim
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: ­ DIMENSÃO POLÍTICA;
­ DIMENSÃO ECONÔMICA­SOCIAL;
­ DIMENSÃO CULTURAL.
REPENSANDO A NACIONALIDADE BRASILEIRA: DO SÉCULO XX AO XXI – ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DA CONTEMPORANEIDADE
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A semana de 22 e o repensar da nacionalidade
­ Economia
­ Organização social
­ Organização político­administrativa
­ Manifestações culturais
­ Coluna Prestes
A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)
­ Leis trabalhistas
­ Voto feminino
­ Ordem e disciplina no trabalho
­ Mídia e divulgação do regime
­ Criação do SPHAN, IBGE
­ Futebol e carnaval
­ Contestações à ordem
­ Integralismo
­ Participação do Brasil na II Guerra Mundial
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Crise de 29
Ascenção dos regimes totalitários na Europa
­ Movimentos populares na América Latina
­ Segunda Guerra Mundial
Populismo no Brasil e na América latina
Independência das colônias afro­asiáticas
­ Cárdenas ­ México
­ Guerra Fria
­ Perón ­ Argentina
­ Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart ­ Brasil
Construção do Paraná Moderno
Guerra Fria
­ Governos de Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e Ney Braga
­ Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa: Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...
­ Movimentos culturais
Movimentos sociais no campo e na cidade: Ex.: Revoltas dos colonos década de 50 ­ Sudoeste
96
­ Os xetá
O Regime Militar no Paraná e no Brasil
Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina
­ Repressão e censura, uso ideológico dos ­ Política de boa vizinhança
meios de comunicação
­ Revolução Cubana
­ O uso ideológico do futebol na década de ­ 11 de setembro no Chile e a deposição de 70: O tricampeonato mundial – a criação da Salvador Allende
liga nacional (campeonato brasileiro)
­ Censura dos meios de comunicação
­ Cinema novo
­ O uso ideológico do futebol na década de ­ Teatro
70
­ Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra.
­ A copa da Argentina ­ 1978
Movimentos de contestação no Brasil
Movimentos de contestação no mundo
­ Resistência armada
­ Maio de 68 ­ França
­ Tropicalismo
­ Movimento Negro
­ Jovem Guarda
­ Movimento Hippie
­ Novo sindicalismo
­ Movimento Homossexual
­ Movimento Estudantil
­ Movimento Feminista
­ Movimento Punk
­ Movimento Ambiental
Paraná no contexto atual
Redemocratização
Fim da bipolarização mundial
­ Constituição de 1988
­ Desintegração do bloco socialista
­ Movimentos populares rurais e urbanos: ­ Neoliberalismo
MST (Movimento dos Sem Terra), MNLM ­ Globalização
(Movimento Nacional de Luta Pela ­ 11 de setembro nos EUA
Moradia), CUT (Central única dos África e América Latina no contexto atual
Trabalhadores, Marcha Zumbi dos Palmares, etc.
­ Mercosul
­ Alca
O Brasil no contexto atual
­ A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
A proposta curricular delineada neste documento propõe­se a estabelecer articulações entre abordagens teórico­metodológicas distintas, resguardadas as diferenças e até a oposição entre elas, por entender que esse é um caminho possível para o ensino de História. Uma vez que possibilita aos alunos compreender as experiências e os sentidos que os sujeitos dão às mesmas.
Retomando­se alguns aspectos apresentados no histórico da disciplina, identifica­se que o ensino de História tradicional, pautado pela valorização da História Política e Econômica, 97
numa perspectiva linear factual, personificada em heróis, que exclui a participação dos outros sujeitos.
O método a desenvolver no ensino de História é apresentar e colocar em prática o processo do aprendizado do educando, onde devemos dar conta dos desafios: Desenvolver o senso crítico, conhecer a história como processo significativo em seu movimento contínuo, dinâmico, total e plural onde podemos transformar o indivíduo.
Criar situações de ensino para os alunos estabelecerem relações ente o presente e o passado, o particular e o geral, as ações individuais e coletivas.
Dentro deste contexto é importante estimular o educando para que adquiram progressivamente atitudes de iniciativa para realizar estudos, pesquisas e trabalhos que despertem o interesse pela história e valorizem a diversidade e o patrimônio cultural da humanidade.
No ensino de História se faz necessário valorizar e fazer conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira compreendendo assim as relaçoes marcadas pela desigualdade sócio­econômicas e as tranformações ao longo do tempo, respeitando e aderindo valores uns dos outros e buscando integrar também os alunos inclusos, pois esses valores são traços fundamentais a todos na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanente.
E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA
A avaliação dever ser entendida como um dos aspectos do ensino, devendo ser para tanto diagnóstica onde tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar as práticas desenvolvidas até então para identificar lacunas no processo e ensino e aprendizagem, bem como planejar e propor outros encaminhamentos que visem a superação das dificuldades constatadas.
Para que a avaliação diagnóstica apresente os resultados desejados faz­se necessário que sejam realizados a partir do diálogo entre alunos e professores, envolvendo questões relativas aos critérios adotados, a função da avaliação e a necessidade de tomada de decisões a partir do que foi constatado. É preciso sempre retomar a avaliação com os alunos, pois permite situá­los como parte de um coletivo, onde a responsabilidade pelo e com o grupo seja assumida com vistas à aprendizagem de todos. Cabe ao professor planejar situações diferenciadas de avaliação.
Tendo como referência os conteúdos de História que efetivamente foram tratados em sala de aula e que são essenciais para o desenvolvimento da consciência histórica, apresenta­
se a seguir alguns apontamentos a serem observados pelo professor que permitam analisar se:
­ Os conteúdos e conceitos históricos estão sendo apropriados pelos alunos;
­ Os alunos empregam conceitos históricos para analisar diferentes contextos históricos;
­ Compreendem a História como prática social, da qual participam como sujeitos históricos de seu tempo;
­ Analisam as diferentes conjunturas históricas, a partir das dimensões econômico­
social, política e cultural;
­ Explicita o respeito à diversidade étnico­racial, religiosa, social e econômica a partir do conhecimento dos processos históricos que os constituíram.
98
− O real processo de inclusão preconiza uma verdadeira relação ensino­aprendizagem, uma relação circular e não linear, na qual o sujeito ora é chamado aprendente, ora é chamado ensinante.
F ­ BIBLIOGRAFIA
­ Projeto Político Pedagógico
­ Viver a História (Cláudio Vicentino)
­ Nova História Crítica (Mario Sscmit
­ Revistas: Mundo Jovem, nova Escola, isto É, Agenda 21
­ Rádio, TV, DCs, DVDs e Vídeos.
­ Livro Didático:
­ 5ª Série – Cotrin Gilberto – Saber e Fazer História – História Geral e do Brasil – Pré­
história, Primeiras Civilizações e Antiguidade Clássica – Editora Saraiva _ SP.
­ 6ª Série – Cotrin Gilberto – Saber e Fazer História – História Geral e do Brasil ­ Feudalismo, Modernidade Européia e Brasil Colônia.
­ 7ª Série – Cotrin Gilberto – História Geral e do Brasil – Consolidação do Capitalismo e Brasil império.
­ 8ª Série – Cotrin Gilberto – História Geral e do Brasil – Mundo contemporâneo e Brasil República.
SEED – Diretrizes Curriculares para o Ensino de História para o Ensino Fundamental.
99
LÍNGUA PORTUGUESA
A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar nos currículos escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, depois de organizado o sistema de ensino. Contudo a preocupação com a formação do professor teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Levando em consideração a chegada dos primeiros conquistadores europeus, acrescenta­se a formação do povo brasileiro a língua, a identidade desta nação, verifica­se tais fatos aos cento e poucos anos desta disciplina quase oitenta de preocupação com a formação do professor.
Nos primeiros tempos de colônia, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinado mais caráter político, social e de organização do que pelo pedagógico; ou seja tratava­se de um ensino eloqüente, voltado a uma perpetuação patriarcal, estamental e colonial, claramente reprodutivista acionado a inculcar a obediência, a fé ao rei e à lei. Em meados do século XVII, torna­se obrigatório o Ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil, foi incluído no currículo sob as formas da disciplina: gramática, retórica, poética e “literatura”.
No século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 foi criado o cargo de Professor de Português.
Em 1967 iniciou­se um processo de “democratização” do ensino, com criação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores.
Com a Lei 5692/71 passou a denominar­se no 1º grau Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) nesse contexto a gramática deixa de ser enfoca principal do ensino de língua e a teoria da comunicação torna­se o referencial, assim durante as décadas de 70 e 80, o Ensino de Língua Portuguesa, pautava­se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Assim sendo, houve a necessidade de aumentar o quadro de profissionais, para suprir tal demanda deixando para um segundo plano a formação pedagógica dos docentes. Transferindo a responsabilidade para o livro didático e criando um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão. No Brasil a dimensão tradicional do ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas envolvendo questões contextuais. A partir dos anos 80 integraram o círculo de Bakhtin, de natureza sociológica da linguagem .
Em 1997 segundo Geraldi, tais pesquisas trouxeram avanço para a língua portuguesa, por outro lado trouxe desprestigio da função poética.
100
Na busca da superação do ensino normativo, tanto a quebra cânone e a crescente valorização do leitor impossibilitava a totalização, ou centralização, referencial, só com o impacto de pensadores contempoâneos como: Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, ou seja, dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como análise do discurso, Teoria da Enunciação, Teoria da Leitura, Pensamento da Desconstrução, etc., foram conquistados novos espaços.
A partir dos anos 80 os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna, marcada pelo livro de “O Texto na Sala de Aula”, de Geraldi, que marcou as discussões sobre o Ensino de Língua Portuguesa no Paraná, presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988 o Currículo Básico e 1990.
No caso do Currículo do Paraná, pretendia­se uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.
No final da década de 90 os Parâmetros Curriculares Nacionais também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a discussão sobre o ensino de Língua e Literatuta requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino.
Língua Portuguesa não é uma língua estática e isolada, é componente crucial, dinâmica, articulada e compromissada com o processo educacional; neste aspecto a Língua Portuguesa compreende, gera, significa e interage integrando a organização do mundo e da própria identidade, contemplando a língua materna com diferentes falantes e interlocutores de forma integradora.
A linguagem e o contexto social estão sempre presentes entrelaçando como ponto de partida a dimensão dialógica. Promove e direciona atividades sócio­histórica tendo em vista a necessidade e prioridade de respeitar as condições sociais, assim como as condições de produções em um dado momento histórico. Globaliza não somente sua própria história e necessidade como ponto de partida como também envolve outras culturas como a indígena, a afro­africana e a educação do campo que até então não estavam incorporadas no currículos escolares.
É em Língua Portuguesa que norteiam os três eixos essenciais: a oralidade, a leitura e a escrita, fatores extremamente importantes para o desenvolvimento das outras disciplinas, bem como meio para a continuidade da caminhada no processo ensino – aprendizagem, nela o sujeito se apropria e se faz sujeito do seu próprio conhecimento possibilitando sobressair­se diante dos conflitos sociais facilitando o desenvolvimento pleno de suas potencialidades no mundo.
101
B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Levar os alunos a desenvolver a leitura, a escrita e a oralidade respeitando suas condições de produção descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano posicionando diante dos mesmos;
Possibilitar trocas de experiências levando­os a compreender a realidade que está inserido e o seu papel como cidadão participante na sociedade;
Identificar os diferentes discursos: verbal, oral, escrito, considerando­se interlocutores, os objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
Promover diferentes leituras dirigidas a reflexão sobre a história e a vida contemporânea das culturas afro­africanas, educação do campo e indígena.
C­ CONTEÚDOS:
102
ESTRUTURANTES
LEITURA
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
­Textos literários;
­ História e origem da cultura Afro.
­Gêneros textuais;
­Trava­línguas;
­Quadrinhos;
­Adivinhas;
­Parlendas;
­Piadas;
­Verbetes enciclopédicos;
­Relatos de experiências.
ESCRITA
­Relatos (história de vida);
­Bilhetes;
­Cartas;
­Cartazes;
­Avisos (textos pragmáticos);
­Propaganda;
­Poemas;
­Contos;
­Relatórios;
­Anúncios;
­Reprodução de texto;
­Análise Linguística;
­Compreensão de textos, poesias e documentários.
ORALIDADE
­Relatos familiares e comunitários;
­Cidadania ­Saúde
­Relatos vivenciados pelo aluno; ­Cultura Afro e Indígena.
­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações.
103
ESTRUTURANTES
ORALIDADE
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
­Apresentação de temas variados;
­Cidadania;
­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações;
­Cultura Afro e Indígena
­Análise de entrevistas televisivas ou radiofônicas a partir de gravações para serem analisadas de diversas maneiras.
LEITURA
­Textos narrativos;
­Textos literários;
­Textos informativos;
­Notícias;
­Entrevistas;
­Lúdicos;
­Trava – línguas;
­Quadrinhos;
­Adivinhas, parlendas, piadas;
­Classificados;
­Charges e slogans.
ESCRITA
­Produção textual;
­Bilhetes, cartas;
­Cartazes, avisos, propagandas, textos pragmáticos;
­Poemas, contos, crônicas (textos literários);
­Notícias e entrevistas (texto de imprensa);
­Relatórios;
­Verbetes enciclopédicos;
­Reestruturação de textos e análise linguística.
104
­Saúde;
ESTRUTURANTES
ORALIDADE
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
­Apresentação de temas variados;
­Cidadania;
­Depoimentos;
­Cultura Afro e Indígena
­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discussões e enunciações;
­Relatos de acontecimentos;
­Debates, júris –simulados e seminário.
LEITURA
­Textos literários;
­Textos de imprensa;
­Textos lúdicos;
­Textos didáticos;
­Textos descritivos;
­Verbetes enciclopédicos;
­Textos narrativos.
ESCRITA
­textos pragmáticos (bilhetes, cartas, cartazes, avisos);
­Textos literários (poemas, contos e crônicas);
­Textos de divulgação científica;
­Textos de imprensa;
­Textos de divulgação científica (resumo de artigos e verbetes de enciclopédias);
­Análise linguística e reestruturação de textos.
105
­Saúde;
­Agenda 21.
ESTRUTURANTES
ORALIDADE
ESPECÍFICOS
COMPLEMENTARES
­Apresentação de temas variados;
­Saúde(DST);
­Depoimentos;
­Higiene;
­Uso da linguagem oral para diversos tipos de discursos e enunciações;
­Relato de acontecimentos;
­Debates, júris – simulados e seminário;
­Análise de entrevistas
LEITURA
­Textos literários e não literários, fictícios;
­Textos informativos;
­Textos de imprensa;
­Textos lúdicos;
­Textos didáticos;
­Documentários;
­Textos noticiário;
­Textos descritivos.
106
­Alimentação;
­Cultura Afro e Indígena
­Agenda 21.
ESCRITA
­Relatos;
­Cartas;
­Cartazes;
­Poemas;
­Contos;
­Crônicas;
­Notícias;
­Editoriais;
­Entrevistas;
­Relatórios;
­Resumos;
­Verbetes de enciclopédia;
­Charge;
­Reprodução de texto;
­Análise linguística.
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Em todos os momentos que envolvem esta disciplina a forma de ser trabalhada é sempre levando em consideração o ponto de chegada dos alunos, respeitando suas condições de produções e suas realidades sócio­cultural e econômica. Para isto, um levantamento de dados é o ponto de partida e a partir deste momento iniciar conteúdos significativos e contextuais acrescentando e aprimorando a aprendizagem. Cabe ressaltar que além de respeitar a língua materna no contexto da prática da sala de aula, até as possibilidades de relacionamentos de transformação deverão nortear e valorizar as relações (valores e conhecimentos) de forma que possam compreender e interpretar para interagir à construção do conhecimento.
Desta forma a oralidade, norteia o espaço escolar tendo em vista a exposição de idéias e a capacidade de adequar diferentes situações como: ouvir o outro, falar com o outro, respeitando as variedades lingüísticas (língua materna).
Na leitura: (lida, ouvida e falada) ler silenciosamente em voz alta , por tópicos, parágrafos, bem como ouvir o outro enquanto sujeitos da situação discutindo e debatendo idéias e contextos da leitura.
107
Na escrita: produzir textos respeitando as condições de produção por meio de relações com o contexto e apresentando tipologias textuais, com atividades que devam posicionar­se contra ou a favor respeitando estruturas ou adequando estruturas textuais de acordo com atividades propostas.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação estará presente envolvendo os três eixos da disciplina de Língua Portuguesa relacionados abaixo e partindo das condições de produções, ou seja, sua realidade.
Oralidade – Considerando­ se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que demonstra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso, texto aos diferentes interlocutores e situações.
Leitura – Avaliar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do texto, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto propondo discussões, debates e outras atividades.
Escrita – Ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. Os aspectos discursivos, textuais,ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos são avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto.
F) BIBLIOGRAFIA:
FARACO, Carlos A . Terezza, Cristóvão, Castro, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin. Curitiba, Pr. Editora UFPR., 2000.
FÁVELO, Leonor L., Koch, Ingedore G. V. Lingüística textual uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.
FIORIN, José Luiz. O romance e a representação da heteronoidade constitutiva. In Faraco, Carlos Alberto (org) Diálogos com Bakhtin. Curitiba UFPR, 2001.
FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2004.
GERALDI, C., Fiorentine, L., Pereira, E (orgs). Cartografia do trabalho docente. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1936.
GERALDI, Pontos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Kleiman, Angela; Moraes. S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.
108
KLEIN, Lígia. Proposta Político – Pedagógica para o ensino fundamental: governo popular de Mato Grosso do Sul. SED/Núcleo de Ensino Fudamental,2000.
______, Travaglia, Luiz C. a coerência textual. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 1990.
LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.
PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999,
SEED – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental.
109
MATEMÁTICA
A) APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A história da Matemática nos revela que os povos das Antigas Civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje.
No Brasil na metade do século XVI a matemática viria a ser introduzida pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras.
O desenvolvimento lógico do século XIX foi denominado como o período das matemáticas contemporâneas. Trata­se uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas.
No final do século XIX e início do século XX ocorre as instalações de indústrias, fábricas nas cidades causado pelo aumento da população urbana. Nesse contexto os matemáticos, passaram de pesquisadores a professores.
Até o final dos anos 50 prevaleceu no Brasil a matemática Formalista Clássica concentrada no professor e no seu papel expositor.
Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.
Na tendência Tecnicista a partir de 1964, a pedagogia não se centrava no professor ou no estudante, mas nos objetivos instrucionais, recursos e técnicas de ensino.
A Técnica Construtivista surgiu a partir das décadas de 60 e 70. Nessa tendência, o conhecimento matemático resultavam de ação interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
A tendência Histórico­Crítica não consistia apenas no desenvolvimento de habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e significado as idéias matemáticas, tornando­o capaz de estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar.
No final da década de 1980 e início da década de 1990, cria­se no Paraná o Currículo para a Rede Pública do Ensino Fundamental.
A partir de 1998 o Ministério da Educação iniciou a distribuição dos PCN’S que defende uma concepção neoliberal de homem, de mundo e de sociedade.
A partir de 2003 a SEED elaborou as Diretrizes Curriculares Nacionais e num processo de discussão coletiva com os professores da Rede Pública Estadual, resgata importantes considerações a respeito do ensino e aprendizagem da Matemática .
Portanto é necessário que o processo ensino­aprendizagem em Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento.
110
Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O ensino de Matemática seja realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta­
se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado cientificamente.
A Matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem, até na hora de definir se uma compra deve ser paga à vista ou a prazo, no uso em complexos computadores, no sobe­e­desce da bolsa de valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país...
A Matemática tem grande importância em outras áreas do conhecimento, como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano.
B) OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
Ao final do curso, esperamos que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos sobres a linguagem matemática, suas causas e como elas influenciam nossas vidas;
•
Que o aluno compreenda que a matéria prima da matemática são as idéias, e que seu desafio é a construção de sistemas coerentes de idéias;
•
Que o aluno desenvolva a capacidade de analisar, comparar, conceituar, representar, abstrair e generalizar;
•
Que o aluno tenha condições de associar a matemática a outra área do conhecimento;
•
Desenvolver, a partir de suas experiências, um conhecimento organizado que proporcione a construção de seu aprendizado;
•
Que a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas;
•
Promover atividades que valorizem a diversidade cultural.
C) CONTEÚDOS:
111
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•
Sistema de numeração decimal e não decimal;
•
Números naturais e suas representações;
•
As seis operações e suas inversas (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação e radiciação);
•
Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais;
•
Adição, subtração, multiplicação e divisão de frações por meio de equivalência;
•
Porcentagens nos seus diferentes processos de cálculos (razão, proporção, frações e decimais);
•
Ângulos. •
Visita a Sanepar
Organização do sistema métrico
decimal e do sistema monetário;
Transformação de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo;
Perímetro, área e volume. •
MEDIDAS
GEOMETRIA
TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
•
•
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
•
Construções e representações no espaço plano;
•
Planificação de sólidos geométricos;
•
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
•
Condições de
perpendicularidade;
•
Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
•
Classificação de triângulos.
paralelismo
e •
Coleta, organização e descrição de dados;
•
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, quadros e gráficos;
•
Gráficos de barras e colunas. 112
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
•
•
•
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
MEDIDAS
Números decimais;
Números inteiros;
Potenciação e radiciação;
Transformação de números fracionários (na forma de razão/quociente) em números decimais;
•
As noções de variável e icógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;
•
Noções de proporcionalidade:fra­
ção, razão, proporção, semelhança e diferença;
•
Grandezas diretamente e inversamente proporcionais;
•
Equações, inequações de 1º grau;
•
Expressões numéricas. •
Transformações de unidades de medidas de massa, capacidade, comprimento e tempo;
•
Perímetros, área, volume, unidades correspondentes e aplicações na resolução de problemas algébricos;
•
Capacidade e volume e suas relações;
•
Ângulos.
•
•
GEOMETRIA
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
•
•
•
•
•
•
•
113
Classificação e nomenclatura dos sólidos geométricos e figuras planas;
Padrões entre bases, faces e arestas de pirâmides e prismas;
Planificação de sólidos geométricos;
Círculo e cilindro;
Desenho geométrico com uso de régua e compasso. Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas;
Médias, moda e mediana. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
•
•
•
MEDIDAS
GEOMETRIA
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
•
•
•
•
114
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Conjuntos numéricos (naturais, racionais, reais, inteiros e irracionais);
Potenciação e radiciação;
Variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;
Sistemas de equações de 1º grau;
Polinômios e os casos notáveis;
Produtos notáveis;
Ângulos;
Fatoração. Perímetro, área e volume;
Ângulos e arcos­unidade, fracionamento e cálculo.
Representação cartesiana e confecções de gráficos;
Círculo e cilindro;
Desenho geométrico com uso de régua e compasso;
Construção de polígonos inscritos em circunferências;
Representação geométrica dos produtos dos notáveis;
Interpretação geométrica, equações, inequações e sistemas de equações.
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas;
Noções de probabilidade. CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
NÚMEROS, OPERAÇÕES E ÁLGEBRA
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
•
•
•
•
•
MEDIDAS
•
•
•
•
•
GEOMETRIA
TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO
•
•
•
•
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Educação Fiscal
Potenciação e radiciação;
Juros e porcentagens nos seus diferentes processos de cálculos (razão, proporção, frações e decimais);
Variável e incógnita e a possibilidade de cálculo a partir da substituição de letras por valores numéricos;
Equações de 1º e 2º graus;
Cálculo do número de diagonais de um polígono;
Funções;
Trigonometria no triângulo retângulo. Congruência e semelhança de figuras planas – Teorema de Talles;
Triângulo retângulo – relações métricas e Teorema de Pitágoras;
Triângulos quaisquer.
2. Representação cartesiana e confecções de gráficos;
3. Círculo e cilindro.
Coleta, organização e descrição de dados;
Leitura e interpretação e representação de dados por meio de tabelas, listas, diagramas, quadros e gráficos;
Gráficos de barras, colunas, linhas poligonais, setores e de curvas e histogramas;
Noções de probabilidade.
D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino­aprendizagem.
Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a ação do professor.
Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração curricular que promove a organização de um trabalho escolar, que se expresse em articulações entre os conteúdos específicos e estruturantes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.
Os conteúdos matemáticos serão abordados a partir de resolução de problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa reconhecer e registrar questões de relevãncia social que produzem conhecimento matemático propondo a valorização do aluno no 115
contexto social, para tanto deve­se promover ambientes gerados por aplicativos informáticos, uso de mídias, recursos tecnológicos, aplicativos de modelagem e simulação. Considerando como elemento orientador na elaboração de atividades, a História da Matemática.
O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de condições.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ter um papel de mediação no processo ensino e aprendizagem, ou seja, o ensino, a aprendizagem e a avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. Para isso cabe ao professor considerar nas práticas de avaliação, encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e a busca de diversos métodos avaliativos.
O professor precisa estimular e considerar também os registros escritos e manifestações orais de seus alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é um componente desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levando­o a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante pautando­se num processo em que as diferentes necessidades sejam priorizadas , a fim de garantir a inclusão.
Para uma boa prática avaliativa, em Educação Matemática, são os necessários encaminhamentos metodológicos que abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por parte do aluno.
A avaliação é um meio, e não um fim em si mesma. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético, e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino aprendizagem.
F ­ BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares de Ensino de Matemática para o ensino fundamental – versão preliminar – julho 2006.
BASSANEZI, R. C. Ensino­ aprendizagem com modelagem matemática: uma nova estratégia. São Paulo: Contexto, 2002.
DAMBRÓSIO, U. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
DAMBRÓSIO, V. Um enfoque transdisciplinar à educação e a história da matemática. In: BICUDO, M.V.; BORBA, M. Educação Matemática: Pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. P. 13­29.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino de Primeiro Grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná.
116
VIGOTSKY, L. S. Pensamento e linguagem. 3. Ed. São Paulo: Martins Pontes, 2002.
RUIZ, Adriano Rodrigues. Matemática, matemática escolar e o nosso cotidiano. www.pedagogia. pro. br/ matemática. Htm;
www. Matemática hoje. Com. Br/telas/mat. Educ.
117
LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA.
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Desde o início da colonização do território que hoje corresponde ao litoral do território brasileiro pelos portugueses, houve a preocupação do estado português em promover a educação.
Na década de 70, o pensamento nacionalista do regime militar tornava o ensino de línguas estrangeiras como mais um instrumento das classes favorecidas, já que a grande maioria não tinha acesso a este conhecimento.
Em 1976 a língua estrangeira volta a ser valorizada e obrigatória no 2º grau.
Com o passar dos anos o predomínio de oferta de língua estrangeira contínua a ser prestigiada pelos estabelecimentos de ensino.
Em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, determinou que a oferta obrigatória de pelo menos uma língua estrangeira moderna no ensino fundamental, a partir da quinta série.
O MEC publicou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fudamental de Língua Estrangeiras – PCNs em 1998. Este documento pauta­se numa concepção de língua como prática social privilegiando a “abordagem comunicativa”.
A partir das reflexões em torno da Abordagem Comunicativae das implicações desta no ensino de LEM, serão apresentados a seguir os fundamentos teórico­metodológicos que referenciam estas Diretrizes.
• atendimento às necessidades da sociedade contemporânea brasileira e a garantia da equidade no tratamento da disciplina de LEM em relação às demais obrigatórias do currículo;
• O resgate da função social e educacional do ensino de línguas estrangeiras no currículo da Educação Básica;
• O respeito à diversidade (cultural, identitária, lingüística).
Para tanto, identificou­se na pedagogia histórico­crítica o referencial teórico que sustenta este documento de Diretrizes Curriculares, entende­se que a escolarização tem o compromisso de prover aos alunos meios necessários para que não apenas assimilem o saber enquanto resultado, mas apreendem o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.
Atualmente em pleno alvorecer da era da informação num mundo que se transforma numa comunidade cada vez mais interdependente e que se comunica cada vez mais, nunca o tempo foi tão curto para tanta informação, e portanto, nunca a objetividade na linguagem foi tão necessária.
Nos tempos modernos, portanto, com a internacionalização do mundo e com o crescente desenvolvimento de tecnologia de comunicação, a funcionalidade dos idiomas como meios de comunicação clara e objetiva se impõe a tudo, fato este reconhecido também pelo mais respeitados representantes da língua portuguesa.
)
Especialmente no caso do inglês, um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje, adotado como língua internacional e cada vez mais pessoas estudam e falam inglês em todo o mundo.
118
Já há algum tempo, o inglês tornou­se um dos principais veículos de comunicação no meio diplomático, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo, nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congresso sobre a ciência, tecnologia, arte, etc.
Em paralelo a isso, a redação e editoração de textos via computadores está criando uma tendência à padronização do inglês na sua forma escrita pelo fato de ter sido um país de língua inglesa o berço da informática. Por isso é de suma importância conhecer a língua inglesas para não se sentir isolado no mundo globalizado de hoje.
B – OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
•
•
•
•
Conscientizar sobre o papel das línguas na sociedade;
Oportunizar o reconhecimento e compreensão sobre a diversidade lingüística e cultural, bem como seus benefícios para o desenvolvimento cultural do país;
Despertar o interesse por apreciar produções escritas e orais de outras línguas;
Construir conhecimento sobre a organização textual e sobre como utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da língua materna.
C – CONTEÚDOS:
CONTEÚDO ESTRUTURANTE: DISCURSO
Levando em consideração que o conteúdo estruturante é o que traz base à concepção de língua defendida nas diretrizes é que serão estabelecidos os conhecimentos que identificam e organizam o estudo desta disciplina.
Sendo assim o conteúdo específico vem complementar o conteúdo estruturante e ambos constituem os três eixos da língua que são leitura, oralidade e a escrita.
Assim a linguagem do texto passa a ser a materialidade para alcançar tal fim, ou seja, o trabalho em sala de aula precisa partir de um texto de linguagem num contexto em uso tendo em vista que o objetivo do trabalho em sala de aula é a construção do significado por meio do engajamento discursivo e não meramente a prática de estruturas lingüísticas.
119
COMPLEMENTARES
ESPECÍFICOS
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
­Diálogos;
­Diferentes tipologias textuais ­Textos descritivos curtos;
tais como: Educação do ­Textos informativos curtos;
Campo, Cultura Afro.
­Notícias curtas de revistas;
­Jogos de adivinhação;
­Histórias em quadrinhos;
­Propaganda;
­Texto não­verbal;
­Texto narrativo curto;
­Convites.
­Produção de textos curtos;
­Interpretação de texto;
­Produção de diálogo;
­Acróstico;
­Tradução de texto;
­Jogos de adivinhação;
­Confecção de convites;
­Apresentação e cumpromento.
­diálogos;
­Declamação de poesia;
­Música;
­Descrição de locais e objetos;
­Expressar preferências;
­Narração de fatos ocorridos;
­apresentar­se, apresentar o outro e perguntar sobre: (nome, idade, endereço, nacionalidade);
­Expressar vontades; ­Pedir favor, ajuda;
­Dar ordens;
­Pedir permissão para fazer algo.
120
ESPECÍFICOS
LEITURA
ESCRITA
ORALIDADE
­Diálogos;
­Textos informativos;
­Textos narrativos
­Textos descritivos
­Textos não – verbais
­Textos poéticos;
­Charges;
­História em quadrinhos;
­Gráficos;
­Legendas;
­Textos instrutivos;
­Propagandas;
­Jogos;
­Textos argumentativos.
Leitura: notícias de revistas
jogos e adivinhações
­Produção de textos curtos;
­Interpretação de texto;
­Crítica de filme;
­Síntese de texto;
­Produção de texto poético;
­Acróstico;
­Tradução de texto;
­Produção de propaganda;
­Jogos;
­Fazer convites
­Descrição física.
resenha crítica de filmes e colocar produção de diálogo
jogos e adivinhações
palavra­cruzada
­Diálogos;
­Declamação de poemas;
­Música;
­Compreensão oral de texto;
­Debates sobre texto lido;
­Descrever locais e objetos;
­Expressar preferências;
­Narrar fatos ocorridos;
­Perguntar sobre preferência do outro;
­Pedir favor, ajuda;
­Dar ordens;
­pedir permissão para fazer algo;
­Defender um ponto de vista;
­pedir informação.
121
D) METODOLOGIA DA DISCIPLINA
O trabalho do LEM na escola precisa partir do entendimento do papel da línguas nas sociedades como mais do que novos instrumentos de acesso à informação: as LEM são também possibilidades de conhecer, expressar e transformar modos de entender o mundo e de construir significados.
- Diagnosticar o conhecimento que os alunos trazem para propiciar a eles oportunidades de trocas de experiências na perspectiva de continuidade a construção de novos conhecimentos.
Aproveitar o interesse dos alunos e estimular a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir, interpretar situações, pensar de forma criativa, fazer suposições em relação aos conteúdos.
É preciso levar em conta também que as escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos e dos professores, cuja formação fornece os contornos de suas possibilidades de atuação.
Cada aprendiz constrói seu próprio aprendizado baseando em experiências de fundo psicológico resultantes de sua participação ativa no ambiente, por este motivo é de suma importância promover a diversidade cultural, valorizando a cultura afro e a educação do campo.
De acordo com estas perspectivas a metodologia de ensino de língua na direção de uma abordagem humanística baseada na comunidação e intermedição de um facilitador carismático, e com participação ativa do aprendiz.
E) CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA:
O ato avaliativo é algo presente em todo empreendimento humano.
O ato avaliativo não é um empreendimento meramente mecânico, pois envolve um julgamento de valor, ou seja, a percepção do professor sobre o rendimento escolar. Para tal; é preciso que se tenha claro quais serão os critérios que servirão de base para a avaliação.
A avaliação será contínua e quantitativa; observando a participação do aluno em classe, através de atividade orais e escritas, trabalhos e pesquisas, expressão oral em diálogos; procurando não classificar mas diagnosticar afim de respeitar o processo de ensino aprendizagem.
F) BIBLIOGRAFIA.
SEED – Diretrizes Curriculares de língua estrangeira para o ensino Fundamental e Médio
Currículo Básico Para a Escola Pública do Estado do Paraná.
Livro Take Your Time.
Livro Graded English – Elisabeth Prescher, Ernesto Pasqualin, Eduardo Amos.
Apostila de Inglês – Paula B. Pignatti e equipe.
Essential English – Antonio de S. e Silva – Rafael Bertolin.
122
ENSINO MÉDIO
123
ARTE
A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Arte está presente desde os primórdios da humanidade, sendo uma atividade fundamental do ser humano. Ela é uma forma de trabalho criador. O trabalho transforma a natureza e o próprio homem. As inter­relações entre o fazer / pensar arte na escola nos proporciona tecer uma interlocução maior e mais significativa entre as identidades pessoais (“eu” individual) e coletivas (por exemplo “eu negro”, “eu mulher”, “eu brasileiro”), de modo que nos permita pertencer, dialogar e transformar a realidade que nos circunda.
Deste modo para que o ensino de arte possa estar articulado na escola de maneira a propiciar ao aluno, o acesso democrático aos bens culturais presentes na sociedade é importante que se considere a identidade (pessoal, psicológica e cultural) na elaboração do planejamento, pois a identidade de cada indivíduo está relacionada com elementos hereditários, de origem social, assim como o contexto familiar e sociocultural o que é fundamental na compreensão das relações humanas, sociais e educativas e interessa­nos trabalhá­lo especialmente na sua relação com a dimensão cultural. A arte é um campo por excelência que possibilita a valorização da diversidade, pois a mesma é caracterizada por uma cultura pluridentitária formada através da contribuição, de diferentes grupos sociais, étnicos, das áreas urbanas e rurais, a qual constitui uma realidade multicultural. Nesta realidade estão presentes aspectos da cultura de diferentes grupos indígenas e africanos, dos europeus, dos orientais, dos jovens, dos velhos, das mulheres e homens, da cultura erudita e da popular, do artesanato e da informática, da arte e da ciência, influenciando­se reciprocamente, mas mantendo sua identidade. Desta forma o ensino de arte deve estar pautado na interdisciplinaridade e na valorização da pessoa humana como ser criador e auto­ criador. Portanto o desafio do professor está em dialogar com a diferença, possibilitando ao aluno uma educação multiculturalista, a qual permite ao mesmo lidar com a diferença de modo positivo na Arte e na vida. •
B ­ OBJETIVOS GERAIS:
Possibilitar a compreensão dos elementos formais observados nas produções humanas e na natureza, aprofundando o conhecimento dos mesmos;
•
Possibilitar o acesso às obras artísticas de diferentes modalidades e movimentos artísticos que enfocam o mesmo objeto/temática, revelando o conteúdo social da arte por meio de fatos históricos, culturais e sociais, que alteram as relações internas ou externas de um movimento artístico, cada um com suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas;
•
Estabelecer relação entre a organização dos desdobramentos dos elementos formais e a produção artística e compreender que a composição de cada elemento visual configura o espaço de um modo diferente e ao caracterizá­lo, os elementos também se caracterizam.
124
C ­ CONTEÚDOS:
Áreas
Artes Visuais
Elementos Formais
­ Ponto
­ Linha
­ Superfície
­ Textura
­ Volume
­ Luz
­ Cor
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Composição
Conteúdos Específicos
­ Figurativa
­ Abstrata
­ Figura/fundo
­ Bidimensional/tridimensional
­ Semelhanças
Música
­ Altura
­ Duração
­ Timbre
­ Intensidade
­ Densidade
­ Ritmo
­ Melodia
­ Harmonia
­ Intervalo melódico
­ Intervalo harmônico
Teatro ­ Personagem:
Expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
­ Ação
­ Espaço Cênico
­ Representação
­ Sonoplastia/iluminação
­ Cenografia/figurino
Caracterização/Maquaigem
­ Adereços
Dança
­ Movimento corporal
­ Tempo
­ Espaço
­ Ponto de apoio
­ Salto e queda
­ Rotação
­ Formação
­ Deslocamento
Movimentos e Períodos
­ Arte Pré­histórica
­ Arte no Egito
­ Arte Grego­
romana
­ Arte Pré­
Colombiana nas Américas
­ Arte Oriental
­ Arte Africana
­ Arte Medieval
­ Renascimento
­ Barroco
­ Neoclassicismo
­ Romantismo
­ Realismo
­ Impressionismo
­ Expressionismo
­ Fauvismo
­ Cubismo
­ Abstracionismo
­ Dadaísmo
Conteúdos Complementares
Projetos:
­ Folclore é conhecimento.
­ Valorizando o homem do campo.
­ A música na comunidade.
D ­METODOLOGIA:
O trabalho em sala de aula deve se pautar pela relação que o ser humano tem com a arte, essa relação é de produzir arte, desenvolver um trabalho artístico ou de sentir e perceber as obras artísticas.
No espaço escolar, o objeto de trabalho é o conhecimento. Desta forma devemos contemplar, na metodologia do ensino de Arte, três momentos da organização pedagógica: o sentir e perceber, que são formas de apreciação e apropriação, o trabalho artístico, e a pratica criativa, o conhecimento, que fundamenta e possibilita ao aluno um sentir/perceber e um trabalho artístico mais sistematizado, de modo a direcionar o aluno a formação de conceitos artísticos. O ensino de Arte também deverá articular as áreas da disciplina entre si e também com as outras disciplinas da Matriz Curricular de forma dinâmica, contextualizada com o ambiente escolar e o cotidiano do aluno e também de forma inclusiva utilizando estratégias 125
metodológicas, atividades e recursos que melhor respondam as necessidades individuais dos alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação será diagnóstica e processual, diagnóstica por ser a referencia do professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos, processual por pertencer a todos os momentos da pratica pedagógica.
A sistematização da avaliação se dará na observação e registro dos caminhos percorridos pelo aluno em seu processo de aprendizagem acompanhando os avanços e dificuldades percebidas em suas criações­produções. A avaliação será individual e coletiva, utilizando vários instrumentos, como diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas entre outras, respeitando os ritmo de aprendizagem dos alunos inclusos ou não.
F ­ BIBLIOGRAFIA:
DIRETRIZES, Curriculares da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná / Versão Preliminar. Julho/2006
ANDRÉ, Herling & Eiji Yajima. Desenho, Editora Ibep.
THAYANNE, Gabryelle. A Conquista da Arte, Editora do Brasil.
SOLANGE, Valadares / Célia Diniz. No Cotidiano Escolar, Editora Fapi.
HELOIZA, de Aquino Azevedo. Aprendendo com Arte, Editora Árvor do Saber.
BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a Arte.
SANTAELLA, L. Arte e cultura: equívocos do elitismo. 3.ed. São Paulo: Cortez, 1995.
VYGOTSKY, Lev Semenovitch. Psicologia da arte. São Paulo: M. Fontes,1999
126
BIOLOGIA
A ­ APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA
Entre os séculos XV – XVII Carl von Linné contribuiu imensamente no reconhecimento de plantas e animais úteis ou nocivos, bem como catalogando seres vivos estudando suas estruturas e funções.
Lentamente, os mistérios da vida foram sendo desvendados, com inúmeras práticas biológicas que se desenvolveram de maneira artesanal, até atingir elevados níveis de perfeição, quase sempre envolvendo o uso de equipamentos sofisticados e de alta precisão. Os progressos da Biologia foram assim, tornando­se cada vez mais evidentes.
No século XIX, por exemplo, com a produção do primeiro analgésico, com o advento da anestesia geral e com transfusão sangüínea entre outras conquistas, já mostrava um avanço promissor .
No século XX, o homem entra na era da produção de vacinas e de soros em larga escala, realiza­se cirurgias a laser, transplante de órgãos e entre outros marcos de genialidade, penetra no coração das células e descobre o livro da vida: uma molécula fenomenal e peculiar, o DNA, desvendando o código genético.
Essas e outras conquistas, proporcionadas pela Biologia, impulsionaram e aperfeiçoaram diversas áreas do conhecimento humano. Além disso, é marcante a contribuição da Biologia para o desenvolvimento de uma mentalidade de respeito pela vida, tornando o homem cada vez mais capacitado para desempenhar suas atividades sem comprometer a harmonia do meio em que vive.
A Biologia, habilita­se cada vez mais para o processo de facilitar o saneamento das “doenças da civilização”, desde a fome e a miséria até a destruição de recursos naturais, atuando significativamente na melhoria da qualidade de vida do homem.
B ­ OBJETIVO
A Biologia ao longo do tempo, passou por várias tendências curriculares na tentativa de desenvolver um objetivo próprio para solucionar uma indagação que persistia “ o que queremos para o nosso aluno”.
Atualmente o objetivo central do estudo da Biologia, é desenvolver um repertório de habilidades intelectuais, que ajudem o aluno a resolver problemas por meio da capacidade de buscar dados, analisá­los, propor hipóteses, organizar investigações para testá­las e avaliar as soluções possíveis. A Biologia, preocupa­se também em respeitar as características individuais e os estilos próprios de cada um, tornando o aluno um sujeito ativo, crítico e envolvido com ações concretas.
C – CONTEÚDOS
127
•
•
•
•
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Implicações dos Avanços Biológicos no Contexto da Vida
Organização
e Distribuição dos Seres Vivos
Processo de Modificação dos Seres Vivos
Biodiversidade
Conteúdos específicos
1.
•
•
•
•
Histórico da Biologia
Conceitos
Objetivos
Características
Introdução a Citologia
Química da célula
•
P
•
Principais componentes orgânicos da células
Revestimento celulares Membrana plasmática
• Permeabilidade celular
• Sistema membranosos do citoplasma
• Organelas citoplasmáticas
• Citoesqueleto e organelas locomotoras
• Estrutura e função do núcleo celular
Histologia
• Tipos de tecidos
1. Ecologia
• Conceitos
• Os Seres Vivos e o Ambiente
• Características Gerais do grupo
• Importância biológica
Desequilíbrios ecológicos
128
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
•
•
•
•
Conteúdos específicos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTE
S
Implicações dos Avanços 1. Classificação dos seres vivos
Biológicos no Contexto da Vida
Vírus
Organização
e Reino Monera
Distribuição dos Seres Reino Protista
Vivos
Processo de Modificação Reino Fungi
dos Seres Vivos
2. Fisiologia e Anatomia Comparada dos Vegetais
Biodiversidade
3. Fisiologia e Anatomia Comparada
dos Invertebrados
4. Fisiologia e Anatomia Comparada
dos Vertebrados
Nutrição
Respiração
Circulação
Excreção
Revestimento Sustentação
Locomoção
Reprodução
5­ Ecologia • Fluxo de matéria e energia
• Ciclos Biogeoquímicos
• Biomas terrestres e aquáticos
Desequilíbrios ecológicos
129
CONTEÚDOS COMPLEMENTARES
Conteúdos específicos
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• Implicações dos Avanços Divisão celular
Biológicos no Contexto da Reprodução
e Vida
desenvolvimento • Organização
e Distribuição dos Seres • Tipos de reprodução
Sistema Reprodutor Vivos
Masculino e Feminino
• Processo de Modificação dos Seres Vivos
Embriologia
Biodiversidade
I­
Noções gerais de Genética
Lei da Segregação ou Primeira Lei de Mendel
Lei da Segregação Independente ou Segunda Lei de Mendel
Sistema ABO e Rh
Herança ligada ao cromossomo X na espécie humana
Aberrações cromossômicas na espécie humana
Aplicações da genética
II­
Biotecnologia e Bioética
• Pesquisas Científicas e biológicas
III­
Origem e Evolução da vida • Teorias evolucionistas
3­ ECOLOGIA
Relações ecológicas
Desequilíbrios Ambientais
130
CONTEÚDOS
COMPLEMENTARES
D ­ METODOLOGIA
O ensino dos conteúdos específicos de Biologia apontam para as seguintes estratégias metodológicas de ensino: prática social, problematização, instrumentalização, catarse, e o retorno a prática social.
Assim, ao utilizar­se desta estratégias metodológica e retomando as metodologias que favoreceram a determinação dos marcos conceituais apresentados nesta Diretriz Curricular para o Ensino de Biologia, propõe­se a utilização das estratégias acima apresentadas e considerar os princípios metodológicos utilizados naqueles momentos históricos, porém adequados ao ensino neste momento histórico.
Recursos como aula dialogada, a leitura, a escrita, a experimentação, as analogias, entre tantos outros, devem ser utilizados no sentido de possibilitarem a participação dos alunos, favorecendo a expressão de seus pensamentos, suas percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender, envolve a produção/ criação de novos significados, tendo em vista que esse processo acarreta o encontro e o confronto das diferentes mediações, das influências e incorporações que os alunos demonstram, os alunos inclusos e aqueles que demonstrem dificuldades será respeitado o seu tempo de aprendizagem e outros instrumentos que colaboram muito com a aprendizagem como: imagens de vídeo, transparências, fotos e as atividades experimentais são muito utilizados nas aulas de Biologia, pois requerem uma problematização em torno da questão demonstração/interpretação.
As questões ambientais, escola de campo, inclusão e educação Afro serão trabalhadas com: filmes, músicas, palestras e pesquisas.
E ­ AVALIAÇÃO
Avaliação é um elemento do processo ensino aprendizagem que deve ser considerado como uma informação ao professor sobre o que foi aprendido pelo aluno, auxiliando o professor na reflexão sobre a eficácia de sua prática educativa, bem como informar ao aluno quais são os seus avanços, dificuldades e possibilidades. Longe de ser apenas um momento final do processo ensino, a avaliação deve ser contínua e diagnóstica.
Em Ciências as formas de avaliação serão: individuais e coletivas, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação são observação sistemática como, registro de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes, de experimentos, e de observações; e atividades especificas como comunicações de pesquisas, participação em debates, relatórios de leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltipla escolha.
Todos os instrumentos respeitaram as dificuldades dos alunos inclusos ou não, pois o foco principal é o aluno.
131
F – BIBLIOGRAFIA
KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia, Editora da Universidade de São Paulo, 4ª edição 2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia Atual, Editora Ática São Paulo 1998
JÚNIOR, César da Silva & SASSON Sezar. Biologia, Editora Saraiva São Paulo 2006
LOPES, Sônia & ROSSO Sérgio Biologia, Editora Saraiva São Paulo 2006
Diretrizes Curriculares do Ensino de Biologia. SEED/Julho/2006.
132
EDUCAÇÃO FÍSICA
A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
A História da Educação Física atravessou muitas mudanças, iniciando no século XIX onde a partir daí ela se tornou componente obrigatório nos currículos escolares, onde a burguesia brasileira depositou na ginástica a responsabilidade de promover, através dos exercícios físicos, a saúde do corpo, o pudor e os hábitos condizentes com a vida humana.
Logo após a influência militar e pela medicina com objetivo de adquirir, conservar, promover e restabelecer a saúde por meio dos exercícios físicos, importante e fundamental para incorporação da Educação Física brasileira nos currículos escolares.
A Educação Física se consolidou, especificamente no contexto escolar, a partir da Constituição de 1937, com objetivo de doutrinação, dominação e contenção dos ímpetos da classe popular, enaltecendo o patriotismo, a hierarquia e a ordem. As atividades dirigidas a mulher deveriam desenvolver harmonia de suas formas feminis e as exigências da maternidade futura.
A Educação Física continuou tendo caráter obrigatório na escola, com a promulgação da Lei 5692/71 através de seu artigo 7° e pelo Decreto 69450/71, a disciplina passou a ter legislação específica.
Instituiu­se assim, a integração da disciplina como atividade escolar regular e obrigatório no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas de ensino.
Na área pedagógica a primeira referência ganhou destaque na área profissional psicomotricidade, que surgiu com a finalidade de valorizar a formação integral da criança.
Em meados dos anos 80, surgiu propostas sobre denominação progressista onde dirigiam suas críticas aos paradigmas da aptidão física e da esportivização.
Dentre as correntes ou tendências progressistas destacam­se as abordagens: Desenvolvimentista e Construtivista.
Essas abordagens não se vinculam a uma teoria crítica da Educação.
A proposta crítico superadora e crítico emancipatória estas sim mais vinculadas as discussões da pedagogia brasileira, passando a incorporar discussões nas ciências humanas, principalmente a partir das contribuições da Sociologia e da Filosofia da Educação.
Já no início da década de 90, um momento significativo para o Estado do Paraná, foi a elaboração do Currículo Básico, este embasado na pedagogia histórico ­ crítica da educação.
O Currículo Básico se caracterizou por uma proposta avançada onde a instrumentação do corpo deveria dar lugar às formação humana do aluno em todas suas dimensões.
No mesmo período, foi elaborado também o documento de Reestruturação da Proposta Curricular do Ensino de Segundo Grau para a disciplina de Educação Física. A proposta também fundamentou­se na concepção histórico – crítica de educação e , naquele momento, pretendia­se o resgate do compromisso social da ação pedagógica da Educação Física. Vislumbrava­se a perspectiva de mudança e transformação de uma sociedade fundamentada em valores individuais para uma sociedade mais igualitária, esta proposta representou um marco para a disciplina, destacando a importância da dimensão social da Educação Física, possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao 133
movimento humano como expressão da identidade corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo, apontando a produção histórica cultural dos povos, relativos à ginástica, à dança, aos desportos, bem como, às atividades que correspondem às características regionais.
Considerando o contexto histórico citado até o momento, onde a Educação Física transitou em diversas perspectivas teóricas desde as mais reacionárias até as mais críticas, torna­se possível sistematizar propostas pedagógicas que orientem essas diretrizes, com vistas a avançar sobre a visão hegemônica que aplicou e continua aplicando a Educação Física a função de treinar o corpo sem qualquer reflexão sobre o fazer corporal.
B ­ OBJETIVOS GERAIS:
•
•
•
•
•
•
Aprofundar­se no conhecimento do funcionamento do organismo humano de forma a reconhecer e modificar as atividades corporais., as noções conceituais de esforços, intensidade e freqüência, elevando­se à condição de planejador de suas práticas corporais.
Adotar uma postura ativa de praticante de atividades físicas, consciente da importância dos mesmos na vida do cidadão.e aprofundar­se no conhecimento e compreensão das diferentes manifestações da cultura corporal, reconhecendo e valorizando as diferenças de desempenho, linguagem e expressividade.
Atentar para o surgimento das múltiplas variações da atividade física enquanto objeto de pesquisa, área de grande interesse social e mercado de trabalho promissor.
Refletir sobre as informações específicas da cultura corporal, sendo capaz de discerni­las e interpretá­las em bases científicas, adotando uma postura autônoma, na seleção de atividades e procedimentos para a manutenção ou aquisição da saúde.
Participar de atividades em grandes e pequenos grupos potencializando e canalizando as diferenças individuais para o benefício e conquista dos objetivos por todos.
Perceber na convivência e práticas pacíficas, maneiras eficazes de crescimento coletivo, dialogando, refletindo e adotando uma postura democrática sobre os diferentes pontos de vistas em debate.
134
C ­ CONTEÚDOS:
ESPORTES
-
Profissionalização esportiva
Influência da mídia
Influência nos esportes dos diferentes modelos de sociedade
Esporte enquanto fenômeno cultural
Esporte em suas várias manifestações e abordagens
Análise crítica das regras
Inclusão no esporte
JOGOS E BRINCADEIRAS -
Resgate de valores históricos
Análise críticas e criação de novas regras
Valorização e resgates das culturas locais e regionais
Potencialização de valores recreativos e lúdicos
GINÁSTICA
-
A influência da mídia sobre o culto ao corpo
Cultura corporal
As diversas manifestações ginásticas
História e cultural
A espontaneidade dos movimentos
LUTAS
-
Manifestações da cultura corporal
História e cultura
Influência no desenvolvimento pessoal
As diferentes manifestações
CORPO
-
Manifestações e transformações corporais
A influência da mídia na estética corporal
Qualidade de vida
O corpo em sua formação integral
DANÇA
-
Os diversos aspectos culturais
Manifestação expressiva do corpo
135
-
Manifestação social
Qualidade de vida
Técnicas corporais
A influência da mídia
D ­ METODOLOGIA:
Os conteúdos serão desenvolvidos através de uma prática que visa a atender o processo maturacional do aluno, procurando respeitar sua individualidade biológica, social e cultural. Assim, ao estabelecer os conteúdos, o professor deve levar em conta a viabilização de programas que incentivem o sentimento de valor pessoal através de auto­expressão, auto­
confiança, exploração motora e técnicas de soluções de problemas. Os conteúdos deverão ser ministrados através de aulas práticas e teóricas, caminha também nessa direção a inclusão de conteúdos e procedimentos de pesquisa, organização e observação como objeto de ensino e aprendizagem, a partir dos quais os alunos possam fazer opções e escolhas, localizar problemas, checar hipóteses, e também atribuir sentido e significado à aprendizagem. Faz parte desse processo o acesso a livros, revistas, jornais, vídeos, a elaboração de pesquisas, entrevistas, painéis, visitas, apreciações e organização de eventos e produção de materiais.
Amplia­se, com isso, o universo de aprendizagem possível, somando­se aos conhecimentos produzidos na aprendizagem de procedimentos técnicos e gestuais.
Os conteúdos conceituais, de regras, táticas e alguns dados históricos atuais de modalidades soma­se reflexões sobre os conceitos de ética, estética, desempenho, satisfação e eficiências. Diante desta proposta é interessante considerar a qualidade e a quantidade de aprendizagem oferecido pela escola e vivida pelo aluno que é constantemente bombardeado pelas indústrias de massa da cultura e do lazer com falsa necessidade de consumo, carregado de mito de saúde, desempenho e beleza de informações pseudocientificas.
A cooperação e solidariedade, valorização da cultura popular e nacional, respeito a si e ao outro, predisposição para busca de conhecimento, da diversidade de padrões e padrões expostos, valorização do desempenho esportivo de modo geral, para experimentar situações novas e que envolvam novas aprendizagens aceitação da disputa como elemento de competição e não como atitude de rivalidade frente aos demais , valorização do próprio desempenho como parte do processo de aprendizagem desvinculada do resultado, disposição em adaptar e aplicar regras, materiais e espaços, visando a inclusão do outro, valorização da cultura corporal de movimento e como linguagem, como forma de composição, respeito as diferenças e características individuais.
E­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO ESPECÍFICOS DA DISCIPLINA:
A avaliação na disciplina de Educação Física é um processo educativo contínuo que tende a verificar quais as práticas e métodos utilizados pelo professor foram viáveis para a apreensão e desenvolvimento dos conhecimentos. Essa avaliação servirá como indicadora das lacunas apresentadas pelos alunos, dando oportunidade ao professor de intervir e atingir alvos 136
da aprendizagem. A avaliação oportunizará ainda a revisão da prática pedagógica com vistas a obtenção dos objetivos propostos pela disciplina.
O professor de Educação Física no Ensino Médio deve manter­se atento aos procedimentos avaliativos que põe em prática, cuidando para não estabelecer parâmetros que extrapolem as competências perseguidas no processo de ensino.
Os instrumentos de avaliação deverão atender à demanda dos objetivos educativos expressos na seleção dos conteúdos, abordados dentro da categoria conceitual, procedimental e atitudinal. O aluno será avaliado pelos progressos e aprendizagens que atingiu no decorrer do desenvolvimento das aulas. O importante é que ele seja comparado consigo mesmo, incorporando e aplicando novos valores a sua realidade e demonstrando criatividade na solução de problemas. O professor e os alunos deverão discutir os critérios utilizados para avaliar, essa abertura trará contribuições no entendimento do programa a ser desenvolvido nas aulas durante período letivo, como também, desenvolverá a compreensão dos alunos sobre o quer o professor busca alcançar, responsabilizando a todos pela trajetória a ser percorrida, permitindo aos alunos que opinem e dêem sugestões, propondo aos mesmos a utilização da auto­avaliação como reflexão do educando sobre suas atividades em sala de aula.
Assim sendo, a avaliação será um processo contínuo, permanente e cumulativo, abrangendo todas as atividades desenvolvidas em sala de aula e fora dela, individualmente ou em grupos. Deve­se construir uma concepção de avaliação que o que dê pistas concretas do caminho que o aluno está fazendo para se apropriar efetivamente, das atividades propostas de forma participativa, coletiva, eficiente, contínua com vista a melhoria da prática pedagógica.
F­ BIBLIOGRAFIA:
BARRETO, D. Dança: ensino sentidos e possibilidades na escola. Campinas/SP.Autores associados, 2004.
BRACHT, V. e ALMEIDA, F. Q.. A política do esporte escolar no Brasil: a pseudovalorização da educação física. Campinas/SP. RBCE. Autores associados, v. 24, p. 87­101, 2003.
CIAVATTA, M e FRIGOTTO, G. (orgs.) Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Brasília: MEC, SEMTEC, 2004.
DARIDO, S. C. e RANGEL, I. C.. Educação Física na escola: implicações para a prática pedagógica. Rio de Janeiro/RJ. Guanabara Koogan, 2005.
MORAES, A. C..Orientações curriculares do ensino médio, Brasília: MEC, SEB, 2004.
COLETIVOS DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo/SP. Cortez, 1992.
137
ABRAMOVAY, M. e CASTRO, M. G.. Ensino Médio: múltiplas vozes. Brasília: MEC, UNESCO, 2003.
SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Física para o Ensino Médio. Versão preliminar/ julho 2006.
138
FILOSOFIA
A­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA:
Filosofia é uma disciplina que leva a reflexão desde a importância de se trabalhar de forma interdisciplinar, como até mesmo ser o ponto crucial, que é levar a questionar, como por exemplo: para que filosofia? Qual filosofia? E filosofar para que?
Com certeza o ato de questionar, bem como refletir dadas as circunstâncias, favorecem espaços para análise e criação de conceitos, tendo assim justificativas e posicionamentos indissociáveis que dão vida significativa e contribuidora observando o contexto.
Desta forma, esta disciplina se apresenta no contexto escolar tendo em vista a perspectiva de quem dialoga com a vida, pois busca a reflexão e a resolução de problemas, se preocupando com a análise atual numa abordagem contemporânea remetendo o aluno a sua própria realidade, assim possibilitando o desenvolvimento de estilos próprios de pensamentos.
B ­ OBJETIVOS:
 Levar os estudantes a pensarem, oportunizando a construção e análise de conceitos, bem como interpretar conhecimento científico como provisório, jamais acabado ou definitivo;
 Compreender o estudo da Filosofia e do filosofar;
 Compreender complexidades do mundo contemporâneo, sua particularidades, especializações e a forma fragmentada manifestada até então, buscando a superação do caráter fragmentário da realidade por meio da filosofia;
 Proporcionar espaços de discussão tendo ênfase pensadores (Platão, Aristóteles e outros) refletindo seus pensamentos e sua contribuição para com a humanidade;
 Contemplar os conteúdos estruturantes enquanto conhecimentos basilares;
 Entender as relações do homem no mundo e consigo mesmo.
C – CONTEÚDOS:
 Conteúdos estruturantes: Mito e Filosofia, Teoria do Conhecimento, Ética, Filosofia Política, Estética, Filosofia da Ciência, recortes históricos e sociais.
D ­ METODOLOGIA:
A forma a ser trabalhada deve envolver quatro momentos: a sensibilização, a problematizarão, a investigação e a criação de conceitos. Levando em consideração os momentos abordados acima, certamente o respeito à diversidade de pensamentos diferentes dos estudantes serão de suma importância no sentido de entender os problemas sociais da nossa sociedade, bem como a aquisição de conceitos e posições por meio de problematizarão serão pontos de debates e pontos cruciais no processo ensino­
aprendizagem.
139
E ­ AVALIAÇÃO:
A avaliação se dará a partir da sensibilização, ou seja coletando o que o aluno pensa antes (preconceitos) e o que pensa após a criação de conceitos. Em outras palavras também valorizando e respeitando sua bagagem (prática social); considerando neste aspecto o processo contínuo no interior das aulas e não um momento fragmentado de processo.
F ­ BIBLIOGRAFIA:
­ Biblioteca do professor
­ Filosofia – Ensino Médio – Secretaria de Estado de Educação (Livro Didático público)
­ Clássicos e comentários (História e Filosofia)
1. Textos clássicos na Internet.
140
FÍSICA
A – Apresentação Geral da disciplina de Física.
O objeto de Estudos da Física é o Universo em toda sua complexidade. Por essa razão a Disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da Natureza. Entretanto a forma como é apresentada hoje, não são coisas da natureza ou a própria natureza, mas modelos de elaborações humanas.
Galileu Galilei (1562 – 1643) com suas observações desfaz o sacrário dos lugares Naturais da dicotomia entre o céu e a Terra. Agora, o Universo não é finito e nem o céu é tão perfeito.
Galileu ao aceitar o modelo de Copérnico causa uma revolução e ao aprofundar as idéias que vinham evoluindo, contribui para o nascimento da Ciência Moderna, retirando das autoridade eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e iniciam um novo período chamado de moderno, abrindo caminho para que Isaac NEWTON elevasse a Física no século XVII ao status de ciência.
Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, ocorria a primeira revolução industrial feito mais com conhecimento técnico do que com ciência.
O contexto social e econômico favoreceu o conhecimento físico da Termodinâmica com o intuito de melhorar a potência das máquinas térmicas que produziam muito calor e pouco rendimento.
No cenário científico mundial, o único do século XX é marcado por uma nova revolução no campo da pesquisa da Física. Em 1905 Eisten propõe a teoria da relatividade, e os trabalhos de diversos cientistas abriram caminho para o desenvolvimento da mecânica quântica.
A conjuntura favoreceu no Brasil a criação em 1934 do curso de “ Sciencias Fluysicas”, a Segunda Guerra Muncdial em função do uso da Bomba atômica provoca mudanças no curricula da Disciplina de Física.
No Brasil em 1946, pelo Decreto Federal nº 9355, de 13 de junho de 1946, foi criada a 1ª Instituição Brasileira direcionada ao ensino de Ciências que foi o Instituto Brasileiro de Educação, cultura e Ciências (IBECC).
Paralelamente começam a ser desenvolvidos Projetos nacionais. A busca da modernização e desenvolvimento do países militares, pós 1964, valoriza o ensino das ciências, pois precisava de mão de obra barata e qualificada o que levou a promulgação da Lei Nº 5692, de LDB em 1971.
No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de 80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições diretas, inicia­se a implantação da pedagogia histórica­crítica. Desse movimento nasceu o Currículo Básico.
A humanidade sempre manifestou curiosidade sobre o mundo ao seu redor. Desde os primeiros documentos registrados, buscam­se caminhos para impor uma ordem na desconcertante diversidade dos eventos observados. A ciência é um processo de busca dos princípios que governam nas causas e os efeitos no universo. Hoje, considera­se que a ciência é dividida em campos separados, embora essa última divisão tenha ocorrido apenas no último século.
141
A Física é a ciência do exótico e da vida cotidiana. O exótico surpreende a imaginação. Na vida cotidiana, engenheiros, músicos, arquitetos e muitos outros profissionais lidam com assuntos como transferência de calor, ondas sonoras, tensões e outros na execução diária de seus respectivos trabalhos.
Enquanto há aproximadamente um século não havia mais do que umas poucas lâmpadas elétricas, a humanidade hoje é extremamente dependente da eletricidade.
Daí a importância do Estudo da Física associadas às suas origens (historia da física), de forma que se adquira uma visão mais crítica e humanística da ciência. Para que isso ocorra é necessário, trabalhar a física em espirais de forma que idéias novas e revolucionárias possam conter idéias antigas e mitos primordiais, pertencentes até mesmo a outras culturas.
Contudo aliado a evolução cientifica devemos levar em consideração a limitação do universo e sua capacidade de se refazer. Portanto é essencial a prudência e os conhecimentos desses limites a fim de que a Evolução não se torne em regressão.
No Estado do Paraná, como no Brasil, no final da década de 70 e início de 80 com o fim da ditadura Militar e a perspectiva de abertura democrática; eleições diretas, inicia­se a implantação da pedagogia histórica­crítica. Desse movimento nasceu o Currículo Básico.
B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA
­ Ao final da série esperamos que os alunos tenham adquirido conhecimentos básicos sobre os conteúdos básicos dos fenômenos que ocorrem com a natureza , as causas desses fenômenos e como eles influenciam nossa vida.
­ Que aluno tenha capacidade de compreensão de um texto seja literário ou científico.
­ Que consiga elaborar um relatório sobre um experimento.
­ Que os conhecimentos adquiridos, sirvam de elo entre os acontecimentos sociais e o desenvolvimento científico.
­ Que os conhecimentos científicos adquiridos em física, os ajude nas tomadas de decisões mais equilibradas e mais racionais na resolução de problemas do seu dia­a­dia usando suas próprias potencialidades e habilidades para exercer seu papel na sociedade.
­ Que ele consiga analisar o senso comum e fortalecer os conceitos científicos na sua experiência a fim de buscar melhoria das condições de vida da humanidade.
142
C – CONTEÚDOS Estudo dos Movimentos Entidades Fundamentais: Espaço, Tempo e Massa
Conceitos Fundamentais: Inércia, Momentum de um corpo, a variação do Momentum e suas conseqüências.
Conteúdos Específicos:
Quantidade de movimento (momentum) e inércia, o papel da massa.
A conservação do momentum;
Variação da quantidade de movimento e impulso: 2ª Lei de Newton – a idéias de força;
Conceito de Equilíbrio e 3ª Lei de Newton;
Potência; Movimentos retilíneos e curvilíneos;
Gravitação universal;
A energia e o princípio da conservação da energia;
Sistemas oscilatórios: movimentos periódicos, oscilações num sistema massa molar, ondulatória, acústica;
Movimentos dos Fluídos: propriedades físicas da matéria, estados de agregação, viscosidade dos fluídos, comportamento de superfície e interfaces, estrutura dos materiais;
Introdução a sistemas caóticos.
Conteúdos Complementares:
Utilizar Tecnologia Computacional na Análise Quantitativa de movimentos.
Agenda 21 – associando Evolução e Preservação.
Termodinâmica Entidades Fundamentais: Calor e entropia
Conceitos fundamentas: Temperatura e calor, reversibilidade e irreversibilidade dos fenômenos físicos, a conservação da energia.
Conteúdos Específicos:
Temperatura e Calor
Leis de Termodinâmica: Lei zero da Termodinâmica, equilíbrio térmico, propriedades termométricas, medidas de temperatura;
1ª Lei da Termo: idéia de calor como energia, sistemas termodinâmicos que realizam trabalho, a conservação da energia;
2ª Lei da Termo: máquinas térmicas, a idéia de entropia, processos irreversíveis/reverssíveis;
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3ª Lei da Termo: as hipóteses da sua formulação, o comportamento da matéria nas proximidades do zero absoluto.
As idéias da termodinâmica desenvolvidas no âmbito da Mecânica Quântica e da Mecânica Estatística. A quantização da energia no contexto da Termodinâmica.
Conteúdos Completares:
Abordar a Sensação Térmica de forma interdisciplinar
Projeto “Improvisando dentro da sala de aula”
Eletromagnetismo Entidades Fundamentais: Carga, pólos magnéticos e campos.
Conceitos Fundamentais: As quatro Leis de Maxwell, a luz como onda eletromagnética.
Conteúdos Específicos:
Conceitos de carga e pólos magnéticos;
As Leis de Maxwll: Lei de Coulomb, Leis de Gaus, Lei de Faraday, Lei de Apere e Lei de Lenz.
Campo elétrico e magnético, as linhas de campo;
Força elétrica e magnéticos: elementos do circuito, fontes de energia num circuito; As ondas eletromagnéticas: a luz como onda eletromagnética; Propriedades da Luz como uma onda e como uma partícula: a dualidade onda­partícula;
Óptica Física e Geométrica. A dualidade da matéria;
As interações eletromagnéticas, a estrutura da matéria.
Conteúdos Complementares:
A Física nos esportes
Lei de escala para potência dissiparada nos mamíferos
Projeto “Brincando com a Eletricidade’
Projeto sobre radação: Aplicação no ser humano, benefícios e desvantagens.
144
D­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA.
Após análise de algumas tendências e concepções percebemos que construímos nossa idéia pedagógica a partir da reflexão de nossa prática, de muita discussão da mesma com os professores e, voltamos à prática novamente num processo em permanente mutação, para tanto consideramos algumas questões:
­ Que o aluno tenha possibilidade de compreensão de conceitos e significados e o estabelecimento de relações com experiência anteriormente vivenciadas. Para tanto é importante uma metodologia de ensino que leva em conta a experimentação e que a matemática não seja considerada por excelência pré­requisito ao ensino da Física, considerando ainda que a Física não se separa das outras disciplinas e que os conteúdos devam ser tratados num contexto social, econômico, cultural e histórico, situando­os no tempo e no espaço. O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do contexto em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos. A física a ensinar é aquela que procura no seu desenvolvimento progressivo, assistir a maneira como foi sendo elaborado e aí aparecem dúvidas e contradições para que logo surjam outras dúvidas, outras contradições. Nesse sentido a Física deve ser ensinada a um público cujo modelo de organização precisa ser questionado, portanto, implica pensar na sociedade em que vivemos, construindo ­ se assim num ato político para formar cidadão com responsabilidade coletiva da preservação do meio ambiente, do uso adequado desses princípios no relacionamento social e comunitário.
Para tanto buscamos montá­lo com a especificidade e diferenças necessárias a fim de auxiliar o trabalho em sala de aula, respeitando certos argumentos de fundamental importância como:  A certeza de que esse material é um agente pedagógico capaz de traçar um caminho que conduza o aluno ao sucesso no aprendizado;
 A confiança que ele é em suporte que deve auxiliar o professor na construção do conteúdo e permitir a opção pelo tipo de abordagem a ser utilizado;
 Que nele deve permear a abertura de trabalhar com as diversidades existentes em cada classe (alunos inclusos ou não), com apresentação dos conteúdos de forma mais simplificada possível, acompanhado de atividades graduadas e em número suficiente para atender a todos os níveis de exigências;
 Encerrado cada capítulo, desenvolver um trabalho de recuperação do aluno que está em defasagem no aprendizado para daí dar seqüência no desenvolvimento dos próprios conteúdos.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser parte integrante do processo ensino­aprendizagem, em que o objetivo não é verificar a quantidade de informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado período, já que não se concebe ensino como “transmissão de conhecimento”. 145
Ela servirá como instrumento de diagnóstico do processo ensino – aprendizagem, oferecendo elementos para uma revisão de postura de todos os componentes desse processo (aluno – professor – conteúdo – metodologia – instrumento de avaliação).
Dessa forma restringir a avaliação à conceito obtido em uma prova não retrata com fidelidade o aproveitamento obtido, é necessário considerar a avaliação como um recurso a serviço do desenvolvimento do aluno, que o leve a assumir um compromisso com a aprendizagem. Portanto, é importante considerar a ampla variedade de linguagens usadas, tais como: numérica, algébrica, geométrica, gráfica, em desenhos, relatórios, gincanas, maratonas, pesquisas, utilização de informática, seminários, visitas a parque de ciências entre outros. Considerando alunos inclusos ou não.
A avaliação cujos instrumentos serão definidos pelo professor (provas, conversação, trabalho em classe e extra­classe, trabalho em grupo, participação ativa nas atividades propostas e principalmente, o desenvolvimento do aluno) será como um diagnóstico do processo ensino – aprendizagem, que irá nortear os novos rumos do trabalho e será um suporte para verificar a necessidade de uma nova metodologia ou de um processo de recuperação. F ­ BIBLIOGRAFIA
BONJORNO, Regina Azenha e outros. FÍSICA COMPLETA. São Paulo. FTD S/A
PARANÁ/SEED. Programa Expansão, Melhoria e Inovação no Ensino Médio­
Documento elaborado para elaboração do Projeto. Curitiba: SEED, 1994.quantidade de informações “retidas” pelo aluno ao longo de um determinado QUADROS, S.. A Termodinâmica e a invenção das Máquinas Térmicas. São Paulo: Scipione,1996
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa.São Paulo:Paz e Terra, 1996 (Coleção leitura).
BRASIL/MEC. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional­LDB 9.394/96.
KRASILCHIK, M. O Professor e o Ensino das Ciências, São Paulo: EPU; 1987.
PARANÁ/ SEED – Diretrizes de Física para o Ensino Médio, Versão preliminar. Julho/2006.
FÍSICA: Ensino Médio / Seleção e organização: ZYLBERSZTAJN, Arden et al. Organização Geral : STUDART, Nelson – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria da Educação Básica, 2006.
146
GEOGRAFIA
A­ Apresentação Geral da Disciplina
O ensino da geografia tem o papel de prover bases e meios de desenvolvimento e ampliações da capacidade dos alunos de apreensão da realidade sob o ponto de vista da espacialidade, ou seja, de compreensão do papel do espaço nas práticas sociais e destas na configuração do espaço. O que se acredita é que, ao longo da história, os seres humanos organizam­se em sociedades e vão produzindo sua existência.
A geografia propicia o entendimento do espaço geográfico e do papel desse espaço nas práticas sociais.
B ­ OBJETIVOS GERAIS:
•
•
•
•
Proporcionar ao aluno a compreensão: do mundo em que vive, das relações entre natureza / homem / trabalho; da sociedade, tornando­o crítico e parte integrante / participante como agente de transformação;
Oportunizar ao educando a possibilidade de situar­se na dinâmica de transformações contemporâneas, fazendo com que atue crítica e construtivamente no contexto local como parte integrante do global;
Desenvolver um raciocínio geográfico ou um conhecimento espacial, que auxilie na compreensão do mundo;
Contribuir para a leitura de mundo através do entendimento do espaço geográfico, serve para o exercício da cidadania auxiliando o aluno a conhecer a realidade para poder interferir nela.
C­ CONTEÚDOS:
147
Conteúdo Estruturante
A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço
Geopolítica
A dimensão Socioambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
Ensino Médio Conteúdo Específico
­ Espaço Geográfico, paisagem e território
­ A localização no espaço geográfico
­ Cartografia: construindo mapas
­ Cartografia: a leitura de mapas
­ O tempo geológico e as placas tectônicas
­ A estrutura da terra
­ Cidades: a urbanização da humanidade
­ A atividade industrial no mundo
­ Energia: o motor da vida
­ Cidades: a urbanização da humanidade
­ A destruição da natureza: atividades humanas e impactos ambientais
­ Em busca do desenvolvimento sustentável
­ A dinâmica interna do relevo
­ A dinâmica externa do relevo
­ As várias “fisionomias” da superfície terrestre
­ A atmosfera e os fenômenos meteorológicos
­ Os fatores que influenciam o clima
­ Tipos de Clima
­ Os grandes biomas terrestres
­ O planeta pede água
­ As águas continentais
­ Redes urbanas. A hierarquia das cidades
­ A população da Terra: fatores do crescimento e teorias demográficas
­ A população da Terra e suas diversidades
­ As atividades agropecuárias e os sistemas agrários
148
Conteúdos Complementares
Educação no Campo
Agenda 21 (Projetos)
Agenda 21 (Projetos)
Educação do Campo
Cultura Afro
Conteúdo Estruturante
A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço
Geopolítica
A dimensão Socioambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
Ensino Médio Conteúdo Específico
­ Novos países industrializados: substituição de importações
­ Novos países industrializados: plataformas de exportação
­O comércio mundial
­ União Européia
­ Outros blocos econômicos
­ China: um país, dois sistemas
­ América Latina
­ África
­ O Capitalismo e a construção do espaço geográfico
­ O Socialismo
­ Capitalismo e Socialismo: A Guerra Fria
­ O mundo pós­guerra fria
­ A intercionalização do capital
­ União Européia
­ Outros blocos econômicos
­ Oriente Médio
­ O Mundo sem a URSS
­ O novo Leste europeu
­ A comunidade de Estados Independentes
­ China: um país, dois sistemas
­ Coréia do Norte, Cuba e Vietnã
­ América Latina
­ África
­ Reino Unido e França
­ Itália e Alemanha
­ Canadá e Japão
­ Austrália e Nova Zelândia, os ricos do Sul
­ Estados Unidos, a superpotência mundial
­ Oriente médio
­ O mundo sem a URSS
­ O Novo Leste europeu
­ A comunidade de Estado independentes
­ China: um país, dois sistemas
­ Coréia do norte, Cuba e Vietnã
­ América Latina
­ África
­ Reino Unido e França
­ Itália e Alemanha
­ Canadá e Japão
­ Austrália e Nova Zelândia, os ricos do sul
­ Estado Unidos, a superpotência mundial
­ O subdesenvolvimento
­ As novas migrações internacionais e a xenofobia
­ Nacionalismo, separatismo e minorias étnicas
­ O Islã – entre a paz e o terrorismo
149
Conteúdos Complementares
Agenda 21
Agenda 21 Agenda 21 Cultura Afro Educação do Campo
Conteúdo Estruturante
A Dimensão Econômica da Produção do/no Espaço
Geopolítica
A dimensão Socioambiental
A Dinâmica Cultural Demográfica
Ensino Médio Conteúdo Específico
­ A formação e a expansão do território brasileiro
­ Caracterização do espaço brasileiro
­ Brasil, país subdesenvolvido industrializado
­ O comércio exterior brasileiro
­ A estrutura fundiária e os conflitos de terra no Brasil
­ A industrialização no Brasil
­ Localização espacial da industria brasileira
­ A Organização político­administrativa e a divisão regional do Brasil
­ Os complexos regionais brasileiros
­ impactos ambientais em ecossistemas brasileiros
­ Brasil: estrutura geológica e relevo
­ Paraná –Aspectos Físicos
­ O clima do Brasil
­ Ecossistemas brasileiros
­ A hidrografia brasileira
­ Recursos minerais do Brasil
­ Recursos energéticos do Brasil
­ Impactos ambientais em ecossistemas brasileiros
­ Os transportes no Brasil
­ A população brasileira: crescimento e formação étnica
­ A população brasileira: distribuição e estrutura
­ Movimentos da população do Brasil
­ Paraná – Aspectos Humanos
­ Urbanização e regiões metropolitanas brasileiras
Conteúdos Complementares
Agenda 21
Agenda 21 Agenda 21 Cultura Afro Educação do Campo
D­ METODOLOGIA:
Propõe­se que os conteúdos geográficos sejam trabalhados de uma forma crítica e dinâmica, mantendo coerência com os fundamentos teóricos da Geografia. O professor deve trabalhar a partir de uma consistente análise e da construção de explicações contundentes. Há que se imprimir uma postura investigativa e não apenas receptiva.
A metodologia adotada visa a contextualização histórica dos conteúdos. Todos os conteúdos devem conter uma abordagem ou um discurso voltado ao “social”, sem esquecer o “ambiental”. Também devem ser pautados na sedimentação do aluno no respeito a diferença, considerando a pluralidade de visões (como a “educação do campo”, a inclusão, a “Agenda 21”) como valor em si buscando formar um cidadão democrático.
O professor poderá lançar mão de todas as ferramentas e estratégias necessárias como o uso de vídeo, livros, revistas, computador, internet, jornais, etc.
A aula de campo é na escola um rico encaminhamento metodológico para a análise do aluno. Ela abre ainda possibilidades de desenvolver múltiplas atividades práticas, tais como: 150
consultas bibliográficas, análise de fotos antigas, interpretação de mapas, entrevistas com moradores, elaboração de maquetes, murais, etc.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO: A avaliação é parte do processo de ensino ­ aprendizagem e, por isso, deve servir não apenas para acompanhar a aprendizagem dos alunos, mas também o trabalho pedagógico do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que apenas para definir uma nota ou estabelecer um conceito. É imprescindível que a avaliação seja contínua e priorize a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, determina a avaliação formativa, que é desenvolvida no processo de ensino – aprendizagem, deve ser diagnóstica e continuada, pois, dá ênfase ao aprender. Faz com que o professor procure caminhos para que todos os alunos aprendam e participem mais das aulas, envolvendo­se realmente no processo de ensino – aprendizagem.
O professor deve usar instrumentos de avaliação que contemplem várias formas de expressão dos alunos, como: leitura e interpretação de textos, produção de textos, leitura e interpretação de fotos, imagens, gráficos, tabelas e mapas, pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas de campo, apresentação de seminários, construção e análise de maquetes, entre outros.
A partir dessas considerações sobre formas de avaliação é preciso refletir sobre os critérios que devem norteá­la. Em Geografia, os principais critérios a serem observados na avaliação são a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das relações sócio – espaciais.
Finalmente, é necessário que os critérios e formas de avaliação fiquem bem claros para os alunos, como direito que têm de acompanhar todo o processo. F ­ BIBLIOGRAFIA:
SPOSITO, M.E.B. Parâmetros Curriculares Nacionais de Geografia: Pontos e contrapontos para uma análise. In CARLOS, A. F. E. OLIVEIRA, A. U. de (orgs) Reformas no Mundo da Educação:
Parâmetros Curriculares e Geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
VLACH, V. R. F. O Ensino da Geografia no Brasil: uma perspectiva Histórica , In VESENTINI J.W. (org.). O Ensino de Geografia no Século XXI. Campinas, SP: Papirus, 2004.
SANTOS, M. Pôr uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
MARINA, LÚCIA e TÉRCIO. Geografia: série novo ensino médio. Ed. Compacta, Editora Ática, São Paulo: 2003.
151
SEED. Diretrizes Curriculares de Geografia para o Ensino Médio. Versão Preliminar. Julho/2006
Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial de União, 23 de dezembro de 1996.
MAAK, Reinhard. Geografia Física do Paraná. Curitiba, Banco de Desenvolvimento do Paraná, UFPR. 1968.
CARDOSO, Jayme Antonio. Atlas Histórico do Paraná. 2ª edição. Ver. Amp. Curitiba, Livraria do Chain, Editora, 1986.
152
HISTÓRIA.
A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
“A história tem como objeto de estudos os processos históricos relativos às ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram às mesmas, tendo ou não consciência dessas ações. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas como estruturas sócio­históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de raciocinar, de repensar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social, cultural e politicamente”.
Dentro dessa perspectiva a constituição da disciplina de História e a organização de seu ensino nas escolas brasileiras desde seus princípios é marcada por alguns “ vícios de origem” causados pela feição institucional de sua implantação. Durante o período colonial e do império, a educação brasileira esteve quase que integralmente nas mãos da Igreja Católica, e dela absorveu algumas características fundamentais. Nos séculos XIX e XX, outro tipo de escola vem juntar­se à escola dirigida pela Igreja as escolar militares. Fundadas com a finalidade de formar os quadros dirigentes de uma instituição militar cada vez mais presente e ativa na vida nacional, quer no Império, quer na nascente República Velha, as escolas militares passam a dar feição a um estereótipo social de excelência e consciência de ensino, porém num ensino fundado nas características fundamentais da instituição militar: a hierarquia e a disciplina , aliados a uma exaltação cívico­patriótica e ufanista.
O prejuízo que estas políticas de adestramento tecnológico e patriotismo ufanista trouxe à área de História foram imensas, considerada disciplina menor, foi a História descaracterizada enquanto área de conhecimento específico e aglutinada em algo amorfo, constituindo, junto com Organização Social e Política Brasileira e Educação Moral e Cívica, o núcleo básico de introjeção da ideologia governamental: os malfadados “ Estudos Sociais”.
Ao mesmo tempo, a proposta de ensino profissionalizante aparecida como a redentora, propondo a ação escolar enquanto habilitadora de técnicos a nível de 2ª grau para suprir a demanda de profissionais de nível médio de um mercado de trabalho que, na época os governantes supunham em ilimitada expansão.
Mesmo com o fim do regime militar, a falência do tecnicismo na escola e o surgimento de novas propostas de ensino centradas na formação integral do indivíduo ainda estão presente na representação da Escola na sociedade brasileira.
A expectativa social é uma escola que discipline, que, através da veiculação de conteúdos formais, adestre para o mercado de trabalho; que introjete nos alunos a visão cega do amor e obediência cega à pátria, representada pelo Estado. Isto num processo hierarquicamente definido, onde cabe ao professor o repasse dos conteúdos formais e aos alunos a recepção e introjeção acrítica, passiva e disciplinada, destes conteúdos.
Na década de 90 o MEC divulgou os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental e Médio. Em consonância com as propostas das Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio, os parâmetros organizaram o currículo em áreas do conhecimento. Toda essa conjuntura teve implicações no currículo de história na medida em que os PCNS têm como preocupação formar cidadãos preparados para exigências científico ­ tecnológicas da sociedade contemporânea, pois estas são consideradas necessárias à adaptação do indivíduo frente às aceleradas mudanças sociais.
153
A partir do século XXI propõe­se uma organização do currículo para o Ensino de História que terá como referência os conteúdos estruturantes, entendidos como os saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus objetos.
B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA.
Compreender a importância do Estudo da História
Desenvolver a aprendizagem significativa do saber transmitido e estimular a reflexão, o senso crítico, o raciocínio político, econômico e social.
Caracterizar o homem enquanto ser social que possui saber e produz cultura;
Incorporar noções de tempo e periodização;
Valorizar a oralidade, incentivando a leitura;
Compreender que a identidade do cidadão também é formada por seu modo de vida;
Entender a importância da interação social para os grupos humanos;
Compreender que a sociedade é formada por pessoas que pertencem a grupos étnicos­
raciais distintos, que possuem cultura e histórias próprias;
Compreender a memória como construção conjunta;
Compreender as desigualdades sociais como um problema de todos e uma realidade possível de mudança;
Refletir sobre as relações de poder nas diversas instâncias sócio­históricas entre os sujeitos históricos nas diversas formações sociais e nas relações com a sociedade;
Reconhecer e valorizar as diferentes formas de relação com o tempo estabelecidas pelas diferentes culturas;
Levantar e analisar as diferentes formas de relação com o espaço, vividas pelos diferentes grupos humanos;
Conhecer e respirar as diferentes linguagens pelas quais se expressa a pluralidade cultural;
Perceber, em diferentes fenômenos naturais encadeamentos e relação causa/efeito que condicionam a vida no espaço (geográfico) e no tempo (histórico) utilizando essa percepção para posicionar­se criticamente diante das condições ambientais de seu meio;
Identificar os diferentes instrumentos e processos tecnológicos analisando seu impacto no trabalho e sua relação com a qualidade de vida, com o meio ambiente e a saúde.
C – Conteúdos 154
1­CONSTRUÇÃO
DA 4­ CULTURA, CIÊNCIA E RELIGIÃO.
IDENTIDADE E VIVÊNCIA - Renascimento Cultural
HISTÓRICA:
Reforma Religiosa
- Vivência histórica
- O Absolutismo
- Conceito de História
- Revolução Inglesa - O princípio da humanidade
Iluminismo e liberalismo Conteúdos Estruturantes:
Relações Trabalho / Relações de Poder / Relações Culturais
2­ AS RELAÇÕES ENTRE A - Mercantilismo SOCIEDADE E A CULTURA EM
DIFERENTES 5 – AO REINOS E SOCIEDADES MOMENTOS NA HISTÓRIA AFRICANAS E OS CONTATOS COM A DOS POVOS: DA ÁFRICA, EUROPA.
DA ÁSIA E DA EUROPA.
­ Egito: sociedade, economia e 6­ PROCESSO DE CONSTITUIÇÃO DOS ESTADOS MODERNOS:
cultura
- Mesopotâmia: sociedade, - A expansão européia e conquista da América
economia e cultura;
O pioneirismo português
- A civilização grega
- O impacto da conquista
- A civilização romana
7­ O BRASIL NO PERÍDO COLONIAL:
3­ TRANSIÇÃO DO FEUDALISMO PARA O - Brasil pré­colonial
Expansão territorial
CAPITALISMO:
-
Divisão do poder político no sistema feudal.
As relações de poder no sistema feudal – organizações e conflitos.
-
A defesa dos interesses das classes Dominantes.
-
Crise da servidão.
-
Desenvolvimento comercial e urbano.
-
As monarquias feudais.
Mineração
Sociedade colonial
155
Conteúdos Complementares
­ Movimentos Sociais e Culturais
­ Políticas públicas e as diversas instituições
­ Contexto Temporal e Espacial
AS GRANDES TRANSFORMAÇÕES SÓCIO­
ECONÔMICAS:
-
Revolução Industrial
A LUTA DE CLASSES NA EUROPA DO SÉCULO XIX:
-
Consolidação do capitalismo industrial
O nacionalismo
-
Transformações da sociedade na era industrial
-
As Doutrinas Sociais
-
Relação de trabalho
-
Organização dos trabalhadores
-
Processo revolucionário na França.
-
O socialismo
REBELIÕES COLONIAIS:
-
Conteúdos Estruturante
s
Relações Trabalho / Relações de Poder / Relações Culturais
Liberalismo
MOVIMENTOS SOCIAIS E NACIONALIDADES:
Crise do sistema colonial: revolta de Beckmann, Guerra dos Emboadas, Revolta dos Mascates, Inconfidência Mineira e Baiana.
Processo de independência no Brasil.
Unificação da Itália e da Alemanha
Guerra de Secessão nos EUA
REORGANIZAÇÃO DA ORDEM ECONÔMICA MUNIDIAL:
REBELIÕES REGENCIAIS:
-
Revoltas do Império: Confederação do O novo colonialismo: Partilha da África e da Equador, Cabanagem, Sabinada, Balaiada e Farrapos.
Ásia.
Sociedade, política e economia
O NOVO EQUILÍBRIO INTERNACIONAL:
-
-
Imigração
-
O Negro na formação da sociedade brasileira.
REPÚBLICA OLIGÁRQUICA (1889­1930)
-
-
Os governos militares;
-
Exclusão e revolta no período republicano:
-
Canudos, Contestado
-
Cangaço.
-
A República do café­com­leite.
-
A questão da terra no Brasil.
A revolução russa
A CRISE DO CAPITALISMO E OS REGIMES TOTALITÁRIOS:
As relações de poder durante a República Velha;
A Constituição de 1891;
A paz armada.
A I Guerra Mundial
O fim do Império­abolição da escravidão -
O Imperialismo – transformação do capitalismo industrial.
II REINADO:
-
-
I Reinado e Período Regencial.
A crise de 1929
O Nazismo e Fascismo.
156
Conteúdos Complementares:
­ Impactos Ambientais
­ Desemprego
­ Desigualdade Social
­ Fome
­ Violência
­ Contexto Temporal e espacial
BRASIL: CRISE E REVOLUÇÃO NA A AMÉRICA LATICA ENTRE O Conteúdos REPÚBLICA DOS CORONÉIS.
POPULISMO E O MILITARISMO:
Complementares:
A Revolução de 1930 no Brasil
A Guerra Fria: a influência dos EUA na ­ O mundo do trabalho
­ Políticas públicas
América Latina
O Governo Provisório
­ Organizações sociais
O Populismo
O Estado Novo
­ Cultura comum
As revoluções no México, Chile e ­ Relações Culturais
O fim da ditadura Getulista
Nicarágua
­ Contexto temporal e espacial
O BRASIL DEMODRÁTICO
BRASIL: O AVANÇO DOS MOVIMENTOS Eleições de 1945 e a POPULARES
redemocratização do Brasil
O Golpe de 1964
A Constituição de 1946
O Brasil da Ditadura Militar
O Populismo: Vargas e Dutra
Fim da Ditadura – Diretas já
O Suicídio de Vargas
Redemocratização do Brasil
De Juscelino à Ditadura Militar
A CRISE DO LIBERALISMO E A O FIM DO MUNDO BIPOLARIZADO
POLARIZAÇÃO MUNDIAL:
A Nova ordem mundial
A Segunda Guerra Mundial e a Queda do Império Soviético polarização
Queda do Muro de Berlim
A formação dos blocos: ONU, OTAM E PACTO DE VARSÓVIA.
Conteúdos Estruturante
s
Relações Trabalho / Relações de Poder / Relações Culturais
-
A Guerra Fria e as esferas de influência
-
DESCOLONIZAÇÃO E CONFLITOS REGIONAIS:
A Guerra da Coréia
A Guerra do Vietnã
-
Descolonização da África e da Ásia
-
CONSOLIDAÇÃO E EXPANSÃO DO SOCIALISMO:
-
Desintegração da Iugoslávia
Reunificação da Alemanha
A Globalização
Países ricos e pobres
Países pobres e em desenvolvimento
Perspectivas para o século
O Paraná no contexto Atual
A questão ambiental relacionada a globalização.
A recuperação soviética
O Leste europeu
-
O socialismo agrário na China
-
Revolução cubana
D ­ DESENVOLVIMENTO METODOLÓGICO.
Os seres humanos vivem dentro de sistemas históricos que são de ampla escala e de longa duração. Esses sistemas históricos surgem, ganham existência e acabam desaparecendo, assim percebe­se a necessidade de valorização dos sujeitos históricos não somente como objetos de análises historiográficas, mas como agentes que buscam a construção do conhecimento através da reflexão teórica e, portanto, da produção conceitual da sua prática vivencial e investigativa no universo escolar. É importante que seja o caminho para a formação de uma consciência histórica do aluno e no professor ao pensarem sua própria experiência educativa, ao se pensarem como seres sociais e cidadãos construtores de um espaço produzido pela ação social.
Dentro deste contexto é importante estimular os alunos para que adquiram progressivamente atitudes de iniciativa para realizar estudos, pesquisas e trabalhos que despertem o interesse pela história e valorizem a diversidade e o patrimônio cultural da humanidade.
157
Ao se tratar de Brasil, conhecer a diversidade étnica e cultural que compõe a sociedade brasileira é de fundamental importância, uma vez que possibilita compreender suas relações marcadas por desigualdades socioeconômicas e apontar as transformações necessárias, oferecendo elementos para a compreensão de que valorizar as diferenças étnicas e culturais não significa aderir aos valores do outro, mas respeitá­los com expressão da diversidade, e a mesma é traço fundamental na construção de uma identidade nacional que se põe e repõe permanentemente.
Assim, a História no contexto das relações sociais, visa o aprimoramento de atitudes e valores imprescindíveis para o exercício da cidadania respeitando não só as diferenças culturais mas também os “diferentes” (pessoas com necessidades especiais).
Diante da apropriação do conceito e da consciência histórica na formação do sujeito a relação professor­aluno passa a ser compreendida em uma contribuição ampla para uma formação histórico­crítica, uma vez que o estudo das experiências do passado permite formar pontos de vista históricos por negação aos tipos tradicionais.
Aos educadores incumbe a tarefa mais importante de conhecer as esperanças, lutas, trajetórias e especificidades culturais que caracterizam os alunos e levar em consideração os saberes e fazeres populares, bom senso presente no senso comum a fim de estabelecer diálogos pedagógicos mais interculturais, mais reflexivos e menos excludentes.
E ­ AVALIAÇÃO.
A avaliação proposta para o Ensino de História do Ensino Médio deve ser formal, processual, continuada e diagnóstica. Propõe um acompanhamento do processo ensino­
aprendizagem, tem como finalidade principal dar uma resposta ao professor e ao aluno sobre o desenvolvimento desse processo, e assim permite refletir sobre o método de trabalho, possibilitando o rendimento deste, se necessário.
A avaliação neste contexto não deve ser realizada em momentos separados do processo de ensino aprendizagem, considerando os aspectos: apropriação de conceitos históricos, o aprendizado dos conteúdos estruturantes e dos conteúdos específicos. Para que a avaliação proposta se efetive poderão ser utilizados atividades como: leitura, interpretação e análise de textos historiográficos, mapas e documentos históricos; produção de narrativas histórica, pesquisas bibliográfica, sistematização de conceitos históricos, apresentação de seminários, entre outras.
Diferença social e condição de classe social são categorias que devem ser focalizadas de modo inseparável. A sociedade brasileira constitui­se de diferentes matrizes étnicas e culturais, para tanto pode­se dizer que os grupos sociais constituem muitas formas de simbolizar o mundo, por isso podemos falar em diversidade cultural. Nesse sentido, na avaliação buscamos valorizar os grupos sociais dentro do seu espaço vital, valorizando os saberes e fazeres de cada grupo social.
F ­ BIBLIOGRAFIA.
158
História e Consciência do Brasil – 2ª grau – ed. Saraiva
História da Civilização Ocidental – Geral e Brasil – FTD – Antonio Pedro
História – de Olho no Mundo do trabalho – Scipione – volume único – Herodoto B. Bruna Renata , Carlos ª Schneeberger.
História – Edição Compacta – Ed. Ática – Divalte.
História – Uma abordagem integrada – Ed. Moderna –Nicola Luia de Petta,
Eduardo Apararicio Braz Brasil – História e Sociedade – Ed. Ática – Francsico M.P. Teixeira
História – O Brasil Foco – FTD – Joelza Ester Domingues, Layla Paranhos Leite Fiusa
História – Séroe Brasil – Ed. Atica­ Gislane Azevedo, Reinaldo Seriacopi
SEED. Diretrizes Curriculares de Historia para o Ensino Médio. Versão Preliminar. Julho/2006.
159
LÍNGUA PORTUGUESA
A – APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar nos currículos escolares brasileiros nas últimas décadas do século XIX, depois de organizado o sistema de ensino. Contudo a preocupação com a formação do professor teve início apenas nos anos 30 do século XX.
Levando em consideração a chegada dos primeiros conquistadores europeus, acrescenta­se a formação do povo brasileiro a língua, a identidade desta nação, verifica­se tais fatos aos cento e poucos anos desta disciplina quase oitenta de preocupação com a formação do professor.
Nos primeiros tempos de colônia, não havia uma educação em moldes institucionais e sim a partir de práticas restritas à alfabetização, determinado mais caráter político, social e de organização do que pelo pedagógico; ou seja tratava­se de um ensino eloqüente, voltado a uma perpetuação patriarcal, estamental e colonial, claramente reprodutivista acionado a inculcar a obediência, a fé ao rei e à lei. Em meados do século XVII, torna­se obrigatório o Ensino de Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil, foi incluído no currículo sob as formas da disciplina: gramática, retórica, poética e “literatura”.
No século XIX o conteúdo gramatical ganhou a denominação de Português em 1871 foi criado o cargo de Professor de Português.
Em 1967 iniciou­se um processo de “democratização” do ensino, com criação de vagas, eliminação dos chamados exames de admissão, entre outros fatores.
Com a Lei 5692/71 passou a denominar­se no 1º grau Comunicação e Expressão (nas quatro primeiras séries) e Comunicação em Língua Portuguesa (nas quatro últimas séries) nesse contexto a gramática deixa de ser enfoca principal do ensino de língua e a teoria da comunicação torna­se o referencial, assim durante as décadas de 70 e 80, o Ensino de Língua Portuguesa, pautava­se em exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.
Assim sendo, houve a necessidade de aumentar o quadro de profissionais, para suprir tal demanda deixando para um segundo plano a formação pedagógica dos docentes. Transferindo a responsabilidade para o livro didático e criando um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da transmissão. No Brasil a dimensão tradicional do ensino da língua cedeu espaço a novos paradigmas envolvendo questões contextuais. A partir dos anos 80 integraram o círculo de Bakhtin, de natureza sociológica da linguagem .
Em 1997 segundo Geraldi, tais pesquisas trouxeram avanço para a língua portuguesa, por outro lado trouxe desprestigio da função poética.
160
Na busca da superação do ensino normativo, tanto a quebra cânone e a crescente valorização do leitor impossibilitava a totalização, ou centralização, referencial, só com o impacto de pensadores contempoâneos como: Deleuze, Foucault, Derrida e Barthes, ou seja, dos novos campos de saber ou novos espaços teóricos como análise do discurso, Teoria da Enunciação, Teoria da Leitura, Pensamento da Desconstrução, etc., foram conquistados novos espaços.
A partir dos anos 80 os estudos lingüísticos mobilizaram os professores para a discussão e o repensar sobre o ensino da língua materna, marcada pelo livro de “O Texto na Sala de Aula”, de Geraldi, que marcou as discussões sobre o Ensino de Língua Portuguesa no Paraná, presente nos programas de reestruturação do Ensino de 2º Grau, de 1988 o Currículo Básico e 1990.
No caso do Currículo do Paraná, pretendia­se uma prática pedagógica que enfrentasse o normativismo e o estruturalismo e, na literatura, uma perspectiva de análise mais aprofundada dos textos, bem como a proposição de textos significativos e com menos ênfase na conotação moralista.
No final da década de 90 os Parâmetros Curriculares Nacionais também fundamentaram a proposta para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas, propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita. Nessa perspectiva, os fundamentos teóricos que estão alicerçando a discussão sobre o ensino de Língua e Literatuta requerem novos posicionamentos em relação às práticas de ensino.
Língua Portuguesa não é uma língua estática e isolada, é componente crucial, dinâmica, articulada e compromissada com o processo educacional; neste aspecto a Língua Portuguesa compreende, gera, significa e interage integrando a organização do mundo e da própria identidade, contemplando a língua materna com diferentes falantes e interlocutores de forma integradora.
A linguagem e o contexto social estão sempre presentes entrelaçando como ponto de partida a dimensão dialógica. Promove e direciona atividades sócio­histórica tendo em vista a necessidade e prioridade de respeitar as condições sociais, assim como as condições de produções em um dado momento histórico. Globaliza não somente sua própria história e necessidade como ponto de partida como também envolve outras culturas como a indígena, a afro­africana e a educação do campo que até então não estavam incorporadas no currículos escolares.
É em Língua Portuguesa que norteiam os três eixos essenciais: a oralidade, a leitura e a escrita, fatores extremamente importantes para o desenvolvimento das outras disciplinas, bem como meio para a continuidade da caminhada no processo ensino – aprendizagem, nela o sujeito se apropria e se faz sujeito do seu próprio conhecimento possibilitando sobressair­se diante dos conflitos sociais facilitando o desenvolvimento pleno de suas potencialidades no mundo.
161
B ­ OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA:
Levar os alunos a desenvolver a leitura, a escrita e a oralidade respeitando suas condições de produção descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano posicionando diante dos mesmos;
Possibilitar trocas de experiências levando­os a compreender a realidade que está inserido e o seu papel como cidadão participante na sociedade;
Identificar os diferentes discursos: verbal, oral, escrito, considerando­se interlocutores, os objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
Refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua organização;
Aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos propiciando através da literatura a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as práticas da oralidade, da leitura e da escrita;
Promover diferentes leituras dirigidas a reflexão sobre a história e a vida contemporânea das culturas afro­africanas, educação do campo e indígena.
C ­ CONTEÚDOS:
162
Ensino Médio
Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Conteúdos Complementares
Oralidade
­ Debates;
­ DST
­ Discussões;
­ Cultura Afro
­ Transmissão de informações;
­ Cidadania
­ Troca de opiniões; ­ Defesa de ponto de vista (argumentação);
­ Contação de historias;
­ Declamação de poemas;
­ Relatos de experiências;
­ Entrevistas
­ Notícias;
Leitura
Meio Ambiente
­ Crônicas;
­ Piadas;
­ Poemas;
­ Artigos científicos;
­ Romances;
­ Contos.
Escrita
­ Textos argumentativos,
Projeto Agrinho
descritivos,
Cidadania
jornalísticos,
narrativos,
poemas,
crônicas,
humorísticos,
informativos,
literários (produção de textos)
­ Análise lingüística
­ Reestruturação de textos
­ Agregação de novos significados
163
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Conteúdos Complementares
Oralidade
­ Debates;
­ Saúde ­ Discussões;
­ Alimentação
­ Seminários;
­ Transmissão de informações;
­ Troca de opiniões; ­ Defesa de ponto de vista (argumentação);
­ Contação de historias;
­ Declamação de poemas;
­ Relatos de experiências;
­ Entrevistas
Leitura
­ Notícias;
­ Crônicas;
­ Piadas;
­ Artigos científicos;
­ Romances;
­ Contos;
­ Reportagens;
­ Narrativas longas e curtas;
­ Charges.
Escrita
­ Textos argumentativos,
descritivos,
narrativos,
cartas,
poemas,
abaixo­assinados,
crônicas,
humorísticos,
informativos,
literários (produção de textos)
­ Análise lingüística
­ Interpretação Escrita
­ Reestruturação de textos
­ Agregação de novos significados
164
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Oralidade
­ Debates;
­ Discussões;
­ Seminários;
­ Transmissão de informações;
­ Troca de opiniões; ­ Defesa de ponto de vista (argumentação);
­ Contação de historias;
­ Declamação de poemas;
­ Representação teatral,
­ Relatos de experiências;
­ Entrevistas
Leitura
Textos
­ Notícias;
­ Crônicas;
­ Piadas;
­ Poemas,
­ Artigos científicos;
­ Ensaios,
­ Romances;
­ Contos;
­ Reportagens;
­ Propagandas,
­ Informativos,
­ Charges.
Escrita
­ Produção de Textos:
Argumentativos
Descritivos
Noticia
Narrativo
Carta ou memorandos literários
­ Análise lingüística
­ Reestruturação de textos
165
Conteúdos Complementares
D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Em todos os momentos que envolvem esta disciplina a forma de ser trabalhada é sempre levando em consideração o ponto de chegada dos alunos, respeitando suas condições de produções e suas realidades sócio­cultural e econômica. Para isto, um levantamento de dados é o ponto de partida e a partir deste momento iniciar conteúdos significativos e contextuais acrescentando e aprimorando a aprendizagem. Cabe ressaltar que além de respeitar a língua materna no contexto da prática da sala de aula, até as possibilidades de relacionamentos de transformação deverão nortear e valorizar as relações (valores e conhecimentos) de forma que possam compreender e interpretar para interagir à construção do conhecimento.
Desta forma a oralidade, norteia o espaço escolar tendo em vista a exposição de idéias e a capacidade de adequar diferentes situações como: ouvir o outro, falar com o outro, respeitando as variedades lingüísticas (língua materna).
Na leitura: (lida, ouvida e falada) ler silenciosamente em voz alta , por tópicos, parágrafos, bem como ouvir o outro enquanto sujeitos da situação discutindo e debatendo idéias e contextos da leitura.
Na escrita: produzir textos respeitando as condições de produção por meio de relações com o contexto e apresentando tipologias textuais, com atividades que devam posicionar­se contra ou a favor respeitando estruturas ou adequando estruturas textuais de acordo com atividades propostas.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação estará presente envolvendo os três eixos da disciplina de Língua Portuguesa relacionados abaixo e partindo das condições de produções, ou seja, sua realidade.
Oralidade – Considerando­ se a participação do aluno nos diálogos, relatos e discussões, a clareza que demonstra ao expor suas idéias, a fluência da sua fala, o seu desembaraço, a argumentação que ele apresenta ao defender seus pontos de vista e, de modo especial, a sua capacidade de adequar o discurso, texto aos diferentes interlocutores e situações.
Leitura – Avaliar as estratégias que os alunos empregaram no decorrer da leitura, a compreensão do texto lido e o seu posicionamento diante do texto, bem como valorizar a reflexão que o aluno faz a partir do texto propondo discussões, debates e outras atividades.
Escrita – Ver os textos dos alunos como uma fase do processo de produção, nunca como um produto final. Os aspectos discursivos, textuais,ortográficos e gramaticais, os elementos lingüísticos utilizados nas produções dos alunos são avaliados em uma prática reflexiva e contextualizada, que possibilite a compreensão desses elementos no interior do texto.
166
F ­ BIBLIOGRAFIA:
FARACO, Carlos A . Terezza, Cristóvão, Castro, Gilberto de. Diálogos com Bakhtin. Curitiba, Pr. Editora UFPR., 2000.
FÁVELO, Leonor L., Koch, Ingedore G. V. Lingüística textual uma introdução. São Paulo: Cortez, 1988.
FIORIN, José Luiz. O romance e a representação da heteronoidade constitutiva. In Faraco, Carlos Alberto (org) Diálogos com Bakhtin. Curitiba UFPR, 2001.
FREIRE, Paulo. A pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro. Paz e Terra, 2004.
GERALDI, C., Fiorentine, L., Pereira, E (orgs). Cartografia do trabalho docente. Campinas, São Paulo: Mercado das Letras, 1936.
GERALDI, Pontos de Passagem. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Kleiman, Angela; Moraes. S. E. Leitura e interdisciplinaridade: tecendo redes nos projetos da escola. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 1999.
KLEIN, Lígia. Proposta Político – Pedagógica para o ensino fundamental: governo popular de Mato Grosso do Sul. SED/Núcleo de Ensino Fudamental,2000.
______, Travaglia, Luiz C. a coerência textual. 3. Ed. São Paulo: Contexto, 1990.
LAJOLO, Marisa. O que é literatura. São Paulo: Brasiliense, 1982.
PERINI, Mário A . Sofrendo a Gramática. São Paulo: Ática, 1999,
SEED – Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa para o Ensino Fundamental.
167
MATEMÁTICA
A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A história da Matemática nos revela que os povos das Antigas Civilizações conseguiram desenvolver os rudimentos de conhecimentos matemáticos que vieram a compor a matemática que se conhece hoje.
No Brasil na metade do século XVI a matemática viria a ser introduzida pelos jesuítas como disciplinas nos currículos das escolas brasileiras.
O desenvolvimento lógico do século XIX foi denominado como o período das matemáticas contemporâneas. Trata­se uma reconsideração crítica do sistema de axiomas, dos métodos lógicos e demonstrações matemáticas.
No final do século XIX e início do século XX ocorre as instalações de indústrias, fábricas nas cidades causado pelo aumento da população urbana. Nesse contexto os matemáticos, passaram de pesquisadores a professores.
Até o final dos anos 50 prevaleceu no Brasil a matemática Formalista Clássica concentrada no professor e no seu papel expositor.
Após a década de 50 observou a tendência Formalista Moderna, onde o ensino era centrado no professor que demonstrava os conteúdos em sala de aula.
Na tendência Tecnicista a partir de 1964, a pedagogia não se centrava no professor ou no estudante, mas nos objetivos instrucionais, recursos e técnicas de ensino.
A Técnica Construtivista surgiu a partir das décadas de 60 e 70. Nessa tendência, o conhecimento matemático resultavam de ação interativas e reflexivas dos estudantes no ambiente ou nas atividades pedagógicas.
A tendência Histórico­Crítica não consistia apenas no desenvolvimento de habilidades, e sim no desenvolvimento de estratégias que possibilitavam ao aluno atribuir sentido e significado as idéias matemáticas, tornando­o capaz de estabelecer relações como justificar, analisar, discutir e criar.
No final da década de 1980 e início da década de 1990, cria­se no Paraná o Currículo para a Rede Pública do Ensino Fundamental.
A partir de 1998 o Ministério da Educação iniciou a distribuição dos PCN’S que defende uma concepção neoliberal de homem, de mundo e de sociedade.
A partir de 2003 a SEED elaborou as Diretrizes Curriculares Nacionais e num processo de discussão coletiva com os professores da Rede Pública Estadual, resgata importantes considerações a respeito do ensino e aprendizagem da Matemática .
Portanto é necessário que o processo ensino­aprendizagem em Matemática contribua para que o aluno tenha condições de constatar regularidades matemáticas, generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e interpretar fenômenos ligados à Matemática e a outras áreas do conhecimento.
168
Assim, a partir do conhecimento matemático, seja possível o aluno criticar questões sociais, políticas, econômicas e históricas.
O ensino de Matemática seja realizado em práticas contextualizadas, ou seja, parta­
se de situações do cotidiano do aluno, onde tais situações, apontem para o conhecimento elaborado cientificamente.
A Matemática está presente em nossas vidas, desde uma simples contagem, até na hora de definir se uma compra deve ser paga à vista ou a prazo, no uso em complexos computadores, no sobe­e­desce da bolsa de valores, nos índices de pobreza e riqueza de um país...
A Matemática tem grande importância em outras áreas do conhecimento, como instrumento, e faz parte de nosso cotidiano.
B ­ OBJETIVOS GERAIS:
As finalidades do ensino da Matemática visando a construção da cidadania e dito como objetivos do ensino médio levar o aluno a:
•
compreender a matemática como construção, entendendo como elas se desenvolvem pôr acumulação, continuidade ou ruptura de paradigmas e relacionando o desenvolvimento científico como a transformação da sociedade;
•
entender e aplicar métodos e procedimentos próprios da matemática;
•
identificar variáveis relevantes e selecionar os procedimentos necessários para a produção, análise e interpretação de resultados de processos ou experimentos científicos e tecnológicos;
•
apropriar­se dos conhecimentos matemáticos e aplicar esses conhecimentos para explicitar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade;
•
compreender e aplicar os conceitos, procedimentos e conhecimentos matemáticos em situações diversas. Isso permitirá o desenvolvimento necessário para uma formação científica geral, auxiliando na interpretação da ciência;
•
desenvolver e aplicar conhecimentos matemáticos em situações presentes no real. É a capacidade de utilizar a Matemática não apenas na interpretação do real, como também, quando necessário, como forma de intervenção;
•
promover atividades que valorizem a diversidade cultural
169
C – Conteúdos
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Conteúdos Complementares
Números e Álgebra
­ Conjunto dos Números Reais
Geometria
­ Noção de Geometria Euclidiana Funções
­ A trigonometria no triangulo retângulo
­ Relações trigonométricas em um triangulo qualquer
­ Função afim
­ Função quadrática
­ Função exponencial
­ Função logarítmica
­ Função modular
­ Progressão Aritmética
­ Progressão Geométrica 170
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
­ Sistemas Lineares
Geometria
­ Geometria Plana
Conteúdos Complementares
­ Geometria espacial
Funções
­ A trigonometria no triangulo retângulo
­ Relação trigonométrica em um triangulo qualquer
­ Trigonometria na circunferência
­ Razão trigonométrica na circunferência de raio unitário
­ Função Trigonométrica
­ Operação com arcos
Tratamento de Informação
­ Introdução à estatística
­ Análise combinatória
­ Probabilidade
Binômio de Newton
Ensino Médio Conteúdos Estruturantes
Conteúdos Específicos
Números e Álgebra
­ Matrizes
Conteúdos Complementares
­ Determinantes
­ Polinômios
­ Equações algébricas
­ Números complexos
Geometria
­ Geometria Analítica
Tratamento de Informações
­ Matemática Financeira
D ­ METODOLOGIA DA DISCIPLINA:
Uma das grandes dificuldades na transferência do conhecimento é o “como ensinar” ou seja, qual a adequada metodologia que deve ser utilizada pelo professor para efetivar o ensino­aprendizagem.
Não existe uma única metodologia, mas um conjunto de procedimentos que podem facilitar a ação do professor.
Este conjunto de procedimentos deve permear a apropriação de um conhecimento em Matemática mediante a configuração curricular que promove a organização de um trabalho escolar, que se expresse em articulações entre os conteúdos específicos e 171
estruturantes, de forma que as significações sejam reforçadas, refinadas e intercomunicadas, partindo do enriquecimento e das construções de novas relações.
Os conteúdos matemáticos serão abordados a partir de resolução de problemas, dando oportunidade ao aluno de aplicar conhecimentos previamente adquiridos em novas situações, considerando que o mesmo possa reconhecer e registrar questões de relevãncia social que produzem conhecimento matemático propondo a valorização do aluno no contexto social, para tanto deve­se promover ambientes gerados por aplicativos informáticos, uso de mídias, recursos tecnológicos, aplicativos de modelagem e simulação. Considerando como elemento orientador na elaboração de atividades, a História da Matemática.
O objetivo é construir o conhecimento como solução de problemas significativos, respondendo as exigências do conhecimento em que está inserido e não apenas para atender as expectativas de poucos mas sim, respeitando o ritmo, interesse, característica, estimulando áreas cognitivas personalizadas mais ou menos desenvolvidas a fim de preparar o aluno para a inclusão e igualdade de condições.
E ­ CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO:
A avaliação deve ter um papel de mediação no processo ensino e aprendizagem, ou seja, o ensino, a aprendizagem e a avaliação devem ser vistos como integrantes de um mesmo sistema. Para isso cabe ao professor considerar nas práticas de avaliação, encaminhamentos diversos como a observação, a intervenção, a revisão de noções e a busca de diversos métodos avaliativos.
O professor precisa estimular e considerar também os registros escritos e manifestações orais de seus alunos, além dos erros de raciocínio e de cálculo, do ponto de vista do processo de aprendizagem. A avaliação é um componente desse processo e está, portanto, a serviço do desenvolvimento do aluno, levando­o a assumir um compromisso com a aprendizagem, numa relação circular e não linear, na qual o sujeito ora aprendente e ora é o chamado ensinante pautando­se num processo em que as diferentes necessidades sejam priorizadas , a fim de garantir a inclusão.
Para uma boa prática avaliativa, em Educação Matemática, são os necessários encaminhamentos metodológicos que abram espaço à interpretação e à discussão, dando significado ao conteúdo trabalhado e compreensão por parte do aluno.
A avaliação é um meio, e não um fim em si mesma. É um processo contínuo, diagnóstico, dialético, e deve ser tratada como parte integrante das relações de ensino aprendizagem.
F ­ BIBLIOGRAFIA:
Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Médio, versão preliminar – julho 2006.
MARCONDES, Sérgio Gentil. Matemática. 7ª Ed. São Paulo: Ática, 2003.
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RUIZ, Adriano Rodrigues. Matemática, Matemática escolar e o nosso cotidiano. www. Pedagogia. Pro. br/ matemática. Htm.
www. Matemática hoje. Com. Br/ telas/ mat­educ. asp.
PARANÁ, secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino do primeiro grau. Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba: SEED/DEPG, 1990.
MATEMÁTICA E REALIDADE: análise dos pressupostos filosóficos que fundamentam o ensino da matemática. São Paulo: Cortez, 1994.
Introdução à história da educação matemática. São Paulo: atual, 1998.
173
QUÍMICA.
A ­ APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A Ciência, como um conjunto organizado de conhecimentos, apresenta­se dividida em várias disciplinas, entre elas a Química, que estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos.
Apesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da Idade Média, foram os alquimistas que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a ciência Química.
Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal e do elixir da longa vida, os alquimistas introduziram e aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, sintetizaram várias substâncias, isolaram outras, além de terem registrado um grande número de experimentos em suas observações.
A partir do século XVII, a ciência se transforma, tornando­se mais experimental e menos filosófica: multiplicam­se as observações e as experiências; os fenômenos; e são elaboradas hipóteses explicações. Surgiu então a necessidade de um aprofundamento das relações matemáticas, de novos experimentos com aparelhagens mais precisas, de troca de informações e uma maior organização.
A partir de então, começou a surgir um grande número de trabalhos importantes, envolvendo vários cientistas.
Podemos dizer que tudo à nossa volta é química, pois todos os materiais que nos cercam passaram ou passam por algum tipo de transformação. Percebemos que a Química proporcionou progresso, desenvolvimento e bem­estar para nossa vida.
Contudo, é comum ouvirmos comentários que depreciam essa ciência relacionando­a a desastres ecológicos. Esses fatos infelizmente, encobrem as importantes conquistas do homem pelo conhecimento químico. Na verdade o problema não está na Química, mas no seu uso, ela em si, não é boa nem má.
Mudar essa situação não é papel apenas do químico, mas de toda a sociedade, que deve ser crítica e participativa, exigindo que o conhecimento promova uma qualidade de vida cada vez melhor e que permita uma coexistência harmoniosa entre o homem e o meio ambiente.
B – OBJETIVOS GERAIS.
Identificar o conhecimento científico como resultado do trabalho de gerações de homens e mulheres em busca do conhecimento para compreensão do mundo, valorizando­o como instrumento para o exercício da cidadania competente;
Valorizar progressivamente a aplicação do vocabulário científico como forma precisa e sintética para representar e comunicar os conhecimentos sobre o mundo natural e tecnológico;
Identificar os elementos do ambiente, percebendo­os como parte de processos de relações, interações e transformações;
Identificar os elementos do ambiente como recursos naturais que têm um ritmo de renovação, havendo, portanto, um limite para sua retirada;
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Relacionar descobertas e invenções humanas com mudanças sociais, políticas,