O Servo 86 11/2013

Transcrição

O Servo 86 11/2013
O Servo
Informativo On Line
Da Comissão Regional Dos Diaconos
Crd Sul I - Estado de São Paulo
Ano VIII -
São Lourenço Diácono
Padroeiro dos Diáconos
n º 86 - Novembro de 2013
ROMARIA ESTADUAL DE DIÁCONOS, CANDIDATOS E ESPOSAS A APARECIDA
Por: Diácono Benedito Pedro de Toledo
Diocese der Jundiaí/SP
Na sexta-feira, 15 de novembro, feriado nacional da Proclamação da República, aconteceu a 17ª Romaria Estadual dos
diáconos permanentes, candidatos e esposas do Estado de São
Paulo ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, em
Aparecida/SP.
A missa das 9h, televisada pela TV Aparecida, foi presidida pelo bispo diocesano de Jundiaí e referencial dos diáconos
paulistas Dom Vicente Costa. Falou da sua alegria por reunir cerca de 15.000 fiéis na Romaria Diocesana da Diocese de Jundiaí,
acompanhados pelos seus párocos, e mais de uma centena de
diáconos permanentes de várias dioceses do Estado.
Após a missa, dom Vicente acolheu diáconos e esposas
na porta do Auditório "Noé Sotillo", no sub-solo da Basílica, juntamente com o diácono José Getúlio do Nascimento, da diocese de
Lorena e vice-presidente da CRD Sul 1 e o diácono Valdeci Florentino dos Santos, da diocese de Jundiaí e tesoureiro da CRD. Após
sua saudação, abençoou os presentes.
O presidente da CRD Sul 1, diácono José Carlos Pascoal, e o presidente da CND diácono Zeno Konzen, convidado para
o evento, não conseguiram chegar a Aparecida porque ficaram
"presos” no grande e caótico engarrafamento da Rodovia Carvalho
Pinto.
Fotos:
Diácono Benedito Pedro de Toledo
Diocese de Jundiaí/SP
Rogério Pazini
Pastoral da Comunicação da Paróquia São Benedito de Salto/SP
“Os diáconos, apóstolos das novas fronteiras da missão” (cf. DAp 208)
Expediente
O Servo
Publicação mensal
Ano VIII - Nº 85
Novembro de 2013
Publicação on line da Comissão
Regional dos Diáconos - CRD Sul I
Equipe responsável: Diretoria da CRD Sul 1
* Presidente: Diac. José Carlos Pascoal (Diocese de Jundiai)
* Vice Presidente: Diac. José Getúlio do Nascimento (Diocese de
Lorena)
* Secretário: Diac. Aparecido Tomazinho (Diocese de Franca)
- Tesoureiro: Diác. Valdeci Florentino dos Santos (Diocese de Jundiaí)
* Bispo referencial: Dom Vicente Costa, Bispo de Jundiaí/SP
Assessor de Comunicação:
* Jornalista Diác. Pedro Fávaro - Jundiaí/SP
Diagramação e Revisão:
* Diác. José Carlos Pascoal
Correspondência:
* R. Vital Brasil, 357 - Jardim São Francisco
CEP: 13320-490 - Salto/SP
Telefone/fax: (11) 4029 1003
Celular: (11) 8512 4499
* E-mails: [email protected]
[email protected]
[email protected]
* Para o informativo “Diáconos”: [email protected]
Interação é meta do Fórum das Pastorais Sociais para 2014
A equipe de coordenação do Fórum das Pastorais Sociais do Regional Sul 1 da CNBB realizou reunião no dia 27 de novembro, as 9h, na sede
do Regional, para avaliação das atividades de 2013 e planejamento para 2014.
O destaque negativo em 2013 foi a pequena participação dos coordenadores e
agentes das pastorais, organismos e movimentos sociais nos Fóruns realizados
em maio e setembro e no Seminário das Pastorais Sociais realizado em junho,
que marcou o encerramento dos debates da 5ª Semana Social Brasileira no
Regional e coleta de subsídios para a 5ª Semana Nacional.
“Nós nos empenhamos em manter contatos através de ofícios
às dioceses e aos coordenadores das Pastorais e Movimentos Sociais, além
de telefonemas e e-mails, mas o retorno foi muito pequeno, o que dificulta
o trabalho de interação”, disse o diácono José Carlos Pascoal, moderador do
Fórum. Valter Cequetti, do Conselho de Leigos da Arquidiocese de São Paulo
considera que o Fórum precisa estar mais atento às realizações das pastorais.
“Precisamos descobrir com as pastorais, aquilo que falta para atingirmos a
interação que é o objetivo principal do Fórum, desde a sua criação. Não é ditar
normas, mas fazer um trabalho de aproximação para que uma pastoral social
participe e apoie as atividades de outra, principalmente quando os objetivos
são os mesmos”, disse.
Para Ari Alberti, do Serviço Pastoral dos Migrantes e Grito dos Excluídos, há a questão financeira: “Muitos agentes, especialmente de dioceses
distantes de São Paulo, não recebem ajuda para participar do Fórum ou de
Seminário, o que desmotiva e impede a interação que desejamos”. Para os
demais membros, a questão da manutenção e financeira é empecilho para visitar as dioceses e promover o Fórum das Pastorais Sociais nos locais. “Mas o
objetivo deve ser perseguido, com insistência e fé”, disse Irmã Maria Claus, da
Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo.
O Seminário das Pastorais Sociais do Regional Sul 1 será realizado
nos dias 01 a 03 de agosto de 2014.
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Editorial
O SERVO
O DIÁCONO, DEFENSOR DOS POBRES
Diac. José Carlos Pascoal
Presidente da CRD Sul 1
Cada vez mais os
candidatos ao diaconado estão
sendo aprimorados na formação
teológica, bíblica e litúrgica, com
destaque maior para essa última
modalidade de ministério. Esse é
um fator muito bom, pois qualifica
ainda mais o diácono permanente
na sua ação na Igreja.
Cada vez mais, a exigência de formação não privilegia o ministério preferencial do
diácono: o Ministério da Caridade.
Com o acúmulo de funções litúrgicas, em especial a Celebração da Palavra, a Celebração do Batismo e
a Celebração do Matrimônio, falta tempo para acompanhar e exercer
o ministério junto aos pobres.
Para que possamos refletir nossa caminhada diaconal e sobre o que podemos oferecer à Igreja em 2014, sugiro a leitura deste
texto, publicado em 2011.
Seguindo a tradição da Igreja antiga, como é o caso, por
exemplo, do diácono Lourenço, podemos afirmar sem dificuldade
alguma que a opção pelos pobres, que deveria caracterizar sempre
a verdadeira Igreja de Cristo, precisaria ter no diácono a expressão
mais significativa e o seu mais ardente defensor. O cuidado, o zelo
e a defesa dos mais pobres e dos excluídos é a forma mais concreta
que o diácono encontra para assumir a dimensão social e política da
vocação batismal (Goulart, José Dias: “Vocação: convite para servir” –
Paulus, 2003, pp. 106-110).
A partir dessa perspectiva, cabe ao Diácono ser uma espécie
de “despertador” ou “alarme” para ajudar a Igreja a se manter vigilante,
de modo que todos os membros da comunidade cristã sejam servidores dos mais pobres e não deixem que as pessoas necessitadas
fiquem abandonadas e esquecidas. Cabe-lhe ainda a missão de colaborar para que as comunidades sejam “desburocratizadas”, tenham
um atendimento simples e mais humano e sejam capazes de ir ao
encontro das pessoas. Toca ao diácono fazer com que os organismos,
estruturas e pastorais voltados à caridade e à dimensão sócio-transformadora da fé de fato funcionem e possam se colocar com prontidão
e agilidade a serviço de quem realmente precisa.
Considerando que a realidade do mundo de hoje é muito complexa,
torna-se indispensável institucionalizar o serviço da caridade, articulando os esforços individuais e dos grupos, de modo que haja uma
convergência na direção de ações efetivas e concretas, capazes de
resolver os problemas. Todos ainda acreditamos no dever do Estado
de desenvolver políticas públicas capazes de dar solução a tantas
situações desumanas que ferem a dignidade das pessoas humanas.
Todavia, não basta esperar pelo estado. É indispensável mobilizar os
cidadãos e as cidadãs para que saibam encontrar respostas e também exigir do poder público, ações que realmente solucionem os problemas.
Enquanto ministro ordenado, sacramento do Cristo-Servo e
animador da Igreja servidora, o diácono precisa ser o grande articulador dessas iniciativas que visam a conjugar as ações para atuações
mais concretas e efetivas. Às vezes no interior da Igreja existem várias
formas de caridade, mas a quase totalidade delas encontra-se isolada
e desarticulada. Isso empobrece a atuação e retarda as soluções. O
diácono não só pode e deve ajudar a comunidade a estar mais comprometida com os pobres, mas pode e deve contribuir para a articulação das diversas iniciativas, inclusive incentivando a parceria e a
cooperação com outras iniciativas existentes na sociedade.
** Diaconias: uma resposta aos novos desafios da missão da Igreja –
CND, 2006, pp 32-33.
Novembro - 2013
O SERVO
Comissão se reúne com representantes das
pastorais e organismos do Regional Sul 1
À mesa, a diretoria da CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - Regional Sul 1. A partir da esquerda: padre Nelson Roselli, secretário
executivo; dom Tarciso Scaramussa , bispo auxiliar de São Paulo, secretário; cardeal dom Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo e presidente da CNBB Sul 1; dom Moacir Silva, arcebispo de Ribeirão Preto e
vice-presidente.
O Conselho Episcopal do Regional Sul 1 da CNBB realizou
no dia 7 de novembro, na sede do Regional em São Paulo, a reunião
da Comissão Episcopal Representativa com extensa pauta. Participaram os bispos presidentes dos Sub-regionais, padres subsecretários
e coordenadores ou representantes das pastorais e organismos. A reunião foi aberta com a saudação do presidente Cardeal dom Odilo
Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo. Falou sobre o Sínodo dos
Bispos convocado pelo papa Francisco. “Os desafios pastorais sobre a família no contexto da evangelização” é o título do Documento
preparatório para a III Assembleia Geral Extraordinária do Sínodo dos
Bispos, que será realizada de 5 a 19 de outubro do próximo ano. O
Documento contém um questionário sobre questões concernentes a
vários aspectos da vida familiar.
Dom Odilo discorreu sobre algumas das 38 questões do
documento. “São muitos desafios para a Igreja na questão da família no mundo de hoje. As várias transformações provocam a Igreja e
a evangelização”, disse. “Entre os novos desafios estão a questão
dos casais formados por pessoas do mesmo sexo, como deve ser a
acolhida da Igreja em especial quando adotam crianças e pedem o
batismo. Noivos que declaram não querer filhos, a redução da natalidade no Brasil e em muitos países, o envelhecimento da população. É
o momento propício para se discutir a questão familiar. Na família está
o sentido fundamental da própria sobrevivência”, completou.
Foi comentada pelo secretário geral dom Tarciso Scaramussa a avaliação feita pelos participantes da 35ª Assembleia das Igrejas
do Estado de São Paulo, que ocorreu nos dias 18 a 20 de outubro
deste ano em Itaicí, Indaiatuba. No aspecto geral, a avaliação foi muito
positiva. Também exortou os bispos, padres subsecretários e os representantes dos organismos para o desenvolvimento da Campanha
de Evangelização, que ocorrerá no tempo do Advento de 2013 com o
tema “Eu vos anúncio uma grande alegria” ( Lc 2, 10).
Após os comunicados das pastorais e organismos e o recebimento por parte do secretário executivo do Regional padre Nelson
Rosseli, dos Orçamentos e Calendários para 2014, a reunião ampliada
foi encerrada com os agradecimentos feitos pelo presidente. Aconteceram em seguida as reuniões reservadas dos bispos e dos padres
subsecretários das Sub-regiões Pastorais
Diácono José Carlos Pascoal, presidente de Comissão Regional dos Diáconos - CRD Sul 1, representou o diaconado na reunião
ampliada do CONSER, e também representou o Fórum das Pastorais
Sociais da CNBB Regional Sul 1.
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Notícias
Bispos do Sub-regional Sorocaba refletem
Assessoria Administrativa
A reunião da Comissão Episcopal do Sub-regional Sorocaba
do Regional Sul 1 da CNBB teve como item principal da pauta a assessoria econômica, administrativa e jurídica das dioceses da Província de
Sorocaba. Foi realizada em sala da Catedral da diocese de Registro,
SP nesta terça-feira, 11 de novembro, as 9h. Foi aberta com oração na
Catedral São Francisco Xavier, conduzida pelo bispo de Registro dom
José Luiz Bertanha.
Dom Eduardo Benes de Sales Rodrigues, arcebispo de Sorocaba e presidente do Sub-regional presidiu a reunião que contou com a
presença de dom Vicente Costa, bispo de Jundiaí; dom José Moreira de
Melo, bispo de Itapeva; dom Gorgônio Alves da Encarnação, bispo de
Itapetininga e do anfitrião, dom José Luiz Bertanha, bispo de Registro.
Também participaram: padre Manoel César de Camargo Júnior, (Sorocaba), sub-secretário da Sub-região Pastoral; padre Geraldo da Cruz
Bicudo de Almeida (Jundiaí); padre Edson Lúcio de Meira, (Itapetininga); padre Victor Hernandez (Registro): diácono José Carlos Pascoal
(CRD Sul 1) e José Cristiano de Goes, contador da Cúria de Registro.
Dom Vicente expôs o objetivo do tema da reunião, que é o
de partilhar experiências administrativas e econômicas, e suas possíveis implicações jurídicas. O diácono Diógenes Faustini, ecônomo
da diocese de Jundiaí partilhou sobre o funcionamento administrativo
da diocese e de suas 65 paróquias. “Cada vez mais o Estado está se
aproximando e cobrando da Igreja, por isso é necessária a constante
atualização fiscal e conhecimento das leis e normas receituárias e fiscais”, disse. Kazuhori Eto, ecônomo da arquidiocese de Sorocaba falou
das dificuldades de se fazer uma centralização contábil e fiscal: “É necessário convencer os párocos que a centralização na Cúria, através do
ecônomo, evitará o desencontro de informações e as falhas contábeis”.
A ecônoma da diocese de Registro, Aparecida C. Ferreira disse que
“o demonstrativo é básico para o fisco. Contabilidade formal de acordo
com a Lei de Responsabilidade Fiscal, eis o que deve ser aprimorado
pela Igreja”.
O assessor jurídico da Cúria diocesana de Jundiaí, dr. William
Munarolo disse que a questão da imunidade tributária é um dos principais itens de estudo na questão administrativa (participou recentemente
de encontro promovido pela CNBB sobre o tema). “É necessária extrema confiança nos escritórios que atendem as paróquias, exigir deles
que estejam atualizados nas questões fiscais e tributárias do país”, falou. “Há uma nova realidade fiscal no Estado Brasileiro, informatizado e
ávido por dinheiro. A Igreja sempre gozou de alguns privilégios na área,
e hoje isso não acontece mais. Por isso exigir assessoria que esteja
atualiza na questão”, complementou o advogado.
Os bispos e padres coordenadores de pastoral apresentaram
a realidade de suas dioceses. Na segunda parte da reunião houve nova
partilha de informações entre os assessores, enquanto a Comissão
dava andamento aos demais itens da pauta, sob a coordenação do subsecretário padre Manoel Júnior, com informações da Reunião Ampliada
do Conselho Episcopal do Regional Sul 1 da CNBB, realizada no dia 7
de novembro.
Novembro - 2013
O SERVO
Artigo
As marcas de uma Igreja apaixonada por Cristo
* Diácono Pedro Fávaro Júnior
Aberto em outubro de 2012, o Ano da Fé proposto pelo
então Papa Bento XVI e estimulado pelo seu sucessor, o Papa Francisco, teve importantes momentos na Diocese de Jundiaí, mas sem
dúvida seus pontos altos foram a Romaria Diocesana ao Santuário de
Aparecida, realizada no dia 15 de novembro último, com a participação de cerca de dez mil fiéis de todas as 11 cidades do território da
Diocese, juntamente com a Romaria Estadual de Diáconos, Candiatos e Esposas, e o encerramento do evento, na Paróquia de Nossa
Senhora do Montenegro, em Jundiaí, na sexta-feira, 22 de novembro.
O tema da peregrinação, este ano, foi “Com Maria nos
Caminhos da Fé”. Dom Vicente Costa, nosso bispo, presidiu a celebração com os peregrinos lembrou que Maria sempre acolhe a todos
e, falando das Bodas de Caná, recordou o pedido da Mãe de Deus
- “Fazei tudo o que ele vos disser!” (Jo 2,5).”Queremos renovar nossa
entrega a Ti, Mãe da nossa fé. Sim, Mãe, queremos nos comprometer a fazer tudo o que Jesus nos disser para sermos seus discípulos
missionários! E o faremos com esperança, fé, alegria e entusiasmo”,
rezou o bispo.
Na Reunião Geral dos Diáconos Permanentes, na manhã
do sábado seguinte ao encerramento do Ano da Fé, dom Vicente recordou o tempo especial vivido pela Diocese nesse período em que
se multiplicaram eventos em todas as paróquias e comunidades,
como sinais de um povo que vive e testemunha sua fé. Recordou a
todos que o Ano da Fé foi, sobretudo, um ano de conversão, falando
do Evangelho em que Jesus aparece expulsando os vendilhões do
templo. No templo que é o coração do ser humano convertido, não
pode haver lugar para negociações: a adesão ao projeto de amor
de Deus precisa ser radical. E que portanto seu desejo como bispo
seria que o Ano da Fé deixasse, entre nós, a marca da conversão
como primeiro sinal de sua eficácia. O bispo gostaria que mais do que
os eventos realizados no tempo vivido em 2013 deixasse entre nós,
como primeira marca, um sinal
de conversão.
Outro ponto importante, apontado pelo bispo
como marca de fé verdadeira
e ardorosa, é a adesão ao Jesus histórico a partir da busca
e do encontro pessoal. Dom
Vicente disse que gostaria que
o Ano da Fé deixasse também
em nós a marca de um povo
que caminha com o Jesus
histórico.
Para ele, é esse encontro que leva todo cristão a
atuar na sociedade, a ter atitudes diante das realidades e a buscar
uma ação transformadora sempre em favor da dignidade da vida, tendo como sujeito o outro, especialmente os pobres, os excluídos, os
marginalizados da sociedade. O encontro com esse Jesus histórico,
garante dom Vicente, torna-nos apaixonados e apaixonadas por Ele e
pela proposta de vida que nos apresenta, nova, na verdade, já justiça
e na paz.
E uma terceira marca indispensável na vida de quem quer
ser cristão, desejada e pregada por dom Vicente, no encerramento do
Ano da Fé, é a marca da missão. O Papa Francisco entregou no domingo, 24, sua primeira exortação apostólica, a carta Evangelli Gaudium a um diácono, um sacerdote e um bispo e autorizou a exposição
das relíquias de São Pedro, pela primeira vez na história, para exortar
o povo fiel a viver como povo missionário, tornando presente Jesus
onde for necessário e onde quer que esteja. Dom Vicente avalia que
não há como renunciar a missão quando o ser humano se apaixona,
de fato, por Jesus Cristo e experimenta o quanto Jesus Cristo é apaixonado pela humanidade.
* Diocese de Jundiaí/SP e jornalista assessor de “O Servo”.
TRÁFICO HUMANO
* Diácono José Antonio Jorge
Vivemos uma era conturbada pela corrupção dos costumes, violência, falta de ética e moral. Tudo isto acrescido do egoísmo, relativismo, consumismo exagerado, mentalidade carpe diem e fuga de
compromissos definitivos. Violência sempre houve. Basta compulsar
o capítulo 4º. do primeiro livro da Bíblia, Gênesis, onde encontramos
o primogênito Caim, um jovem ciumento, invejoso matar seu irmão
Abel, preferido por Deus por viver de forma virtuosa e temente ao
Criador. Porém, hoje, o grau de perversidade do ser humano parece
ultrapassar todos os limites toleráveis. Quando rezamos pedindo
saúde, paz, logo acrescentamos ao rol de pedidos, a segurança. O
dom mais precioso que recebemos de Deus é a vida, e precisamos
zelar por ela desde o momento da concepção até os estertores finais
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de nossa existência!
O quinto mandamento da Lei de Deus é mais amplo do que
se nos parece. Proíbe não só matar, mas tudo o que vá contra o
Outro: ódio, inveja, maledicência, fofoca, inimizade, discórdias, brigas, vinganças, lutas, desejar mal a alguém, alegrar-se em ver os outros sofrerem, insultos...Não matamos a carne, mas sim a dignidade!
A Igreja, sempre preocupada com problemas sociais e com a convivência pacífica das pessoas está preparando a Campanha da
Fraternidade (CF) 2014, que terá como tema “Fraternidade e Tráfico
Humano” e lema “É para a liberdade que Cristo nos libertou” (Gl 5,
1). O Texto Base da CF 2014 estará focado no método: Ver, Julgar e
Agir incluindo os seguintes tópicos: 1-) O tráfico humano no contexto
da globalização, com foco na mobilidade e trabalho e as formas de
enfrentamento ao tráfico humano, 2-) A iluminação no Antigo e Novo
Testamento, 3-) Propostas para o enfrentamento do tráfico humano e
canais de denúncia e 4-) Histórico e sentido da Campanha da Fraternidade no Brasil.
No mundo urbano cada vez mais cresce o fator violência!
Há pessoas que lembram com saudades a ditadura, preferindo sacrificar a liberdade pela segurança! O tráfico humano diz respeito ao
uso de pessoas para fins ilícitos. A Campanha da Fraternidade 2014
procura identificar as práticas do tráfico humano em suas diferentes
formas e denunciá-las como violação da dignidade humana.
Finalizando, lembro a declaração de Koff Anan, deixando a
Secretaria da ONU, após uma gestão de 10 anos: ”com frustração,
deixo o mundo mais inseguro, mais faminto, valorizando menos os
direitos humanos!”
* Arquidiocese de Campinas - SP - Mestre em Teologia.
Novembro - 2013
O SERVO
Igreja
Papa Francisco: "No Templo se adora o Senhor"
Por Luca Marcolivio
ROMA, 22 de Novembro de 2013 (Zenit.org)
O templo é primeiramente um lugar de oração, de louvor e
de adoração ao Senhor. O ritual, os cantos, a liturgia são igualmente
importantes mas passam a um segundo plano, com relação ao elemento da relação íntima entre o fiel e Deus presente na Eucaristia.
Foi o que disse o Papa Francisco durante a homilia da missa nessa
manhã, celebrada na capela da residência Santa Marta.
De acordo com o referido pela Rádio Vaticano, seguindo
a Primeira Leitura de hoje (Mac 4,36-37.52-59 ), o Papa disse: "O
Templo é o lugar onde a comunidade vai rezar, louvar o Senhor, dar
graças, mas especialmente adorar: no Templo se adora o Senhor”.
Na cerimônia litúrgica, os cantos e os ritos não são a coisa
mais importante, explicou. Antes de mais nada vem a adoração, na
qual “toda a comunidade reunida olha para o altar onde se celebra o
sacrifício e adora”.
O Papa observou depois
“humildemente” que “nós cristão talvez perdemos um pouco o
senso da adoração, e pensamos:
vamos ao Templo, nos reunimos
como irmãos – o que é bom e bonito! – mas o centro está ali onde
está Deus. E nós adoramos Deus”.
Daí a pergunta: "Os nossos templos são lugares de adoração, favorecem a adoração? As
nossas celebrações favorecem a
adoração?". Citando o Evangelho
de hoje (Lc 19,45-48 ), o Santo Padre recordou a expulsão dos mercadores do templo por Jesus: eles
tinham trocado o lugar sagrado por um lugar de negócios, porém,
não devemos esquecer que nós mesmos somos templos do Espírito
Santo.
De fato, é São Paulo que nos lembra: “Não entristeçais o
Espírito do Senhor que está dentro de vós!” (Ef 4, 30). "E também
aqui – continuou o Papa – talvez não possamos falar como antes da
adoração, mas de uma espécie de adoração que é o coração que
busca o Espírito do Senhor dentro de si e sabe que Deus está dentro
de si, que o Espírito Santo está dentro de si. O escuta e o segue”.
Seguir a Deus, no entanto, pressupões uma purificação interior por meio do “Sacramento da Reconciliação” e “da Eucaristia”,
porque “somos pecadores”. Existem portanto dois templos: “o templo
material, o lugar de adoração, e o templo espiritual dentro de mim,
onde habita o Espírito Santo” e em ambos “a nossa atitude deve ser
a piedade que adora e escuta, que reza e pede perdão, que louva o
Senhor”, continuou o Papa.
Em conclusão, o Papa falou da "alegria do Templo" , ou
seja, o lugar onde “toda a comunidade” está “em adoração, em oração, em ação de graças, em louvor”. É com esta atitude de “escuta”
e de “disponibilidade” que acontece a oração com o Senhor.
Confraternização dos Diáconos da Arquidiocese de Sorocaba e famílias no feriado
Por: diácono José da Cruz - Jornal Terceirto Milênio - Sorocaba/SP
O dia 15 de novembro foi muito especial para os Diáconos
da arquidiocese de Sorocaba, pois juntos com familiares eles se reuniram em Iperó na acolhedora Chácara Sena onde passaram horas
marcadas pela pura alegria e descontração onde não faltam os avós
corujas que adoram exibir seus netos, mas muitos Diáconos voltam a
ser crianças.
A Equipe de Eventos responsável pelo preparo da suculenta refeição regada com o delicioso churrasco, mais uma vez foi
a da Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Votorantim, que além de
todo um trabalho feito com amor e carinho levam a todos a alegria
contagiante de quem descobriu o serviço como motivação maior na
vida do cristão. “Eles não são bons, são ótimos!” diziam alguns diáconos presentes, e seus familiares.
Havia várias opções de lazer, mas novamente a Piscina
roubou a cena tornando-se o palco principal, com o calor intenso e
um dia muito propício para “Cair na água”. O Padre Aparecido Carlos
dos Passos, Pároco da Santo Antonio de Iperó, fez questão de estar
presente, como faz todos os anos e deu toda atenção cumprimentando cada Diácono e suas Famílias. O local aprazível foi acertado pelo
Diácono João Batista – Iperó, fazendo o papel de anfitrião junto com
o Pe Carlos.
No cardápio não faltou a sobremesa com a salada de frutas e o delicioso sorvete que refrescou a todos. Os Diáconos mantém um Caixa que é a expressão da comunhão, cada um contribui
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com um valor mensal, e assim o evento todos os anos é garantido
e totalmente gratuito a todos, além da viagem a Aparecida onde o
Fretamento do ônibus foi garantido. Além disso, uma parte das contribuições é destinada ao CRD Estadual, conforme informou o tesoureiro Diácono Silvio.
Os Diáconos voltam a se reunir apenas em 2014 quando
provavelmente em Fevereiro irá acontecer o Retiro anual com as esposas. Ano após ano a Festa dos Diáconos no final de ano vai se
tornando uma tradição onde a alegria do encontro é a sua marca
característica.
Novembro - 2013
O SERVO
Objetivo do CAM 4 / COMLA 9 é refletido na
Assembleia do COMIRE Sul 1
O Conselho Missionário Regional – COMIRE Sul 1 realizou Assembleia no dia 9 de novembro, na O.C.M – Obra dos Cenáculos Missionários
em São Paulo (Alto da Lapa). 53 missionários, representando as sub-regiões,
dioceses, congregações religiosas e organismos partilharam os “Desafios da
Missão Urbana à Luz do Instrumento de Participação do COMLA 9/ CAM
4”, cujo tema é “Discípulos Missionários de Jesus Cristo da América em um
mundo secularizado e pluricultural”. A Assembleia foi aberta com missa presidida pelo presidente do COMIRE dom Vicente Costa, bispo diocesano de
Jundiaí, as 8h. “A liturgia de hoje nos exorta a ser Igreja Missionária. Jesus é o
Esposo da Nova e Eterna Aliança e nós somos as pedras vivas do Santuário de
Deus”, disse dom Vicente na homilia. A acolhida foi feita pela coordenadora
do COMIRE Maria de Fátima da Silva (Fatiminha), que falou da alegria em
receber os missionários de todos os sub-regionais. Comunicou a ausência do
assessor padre Everton Aparecido da Silva, da diocese de Presidente Prudente,
que sofreu acidente na véspera da Assembleia, mas que passa bem.
Padre Alcides Costa, do Centro de Formação Missionária foi o assessor, apresentando o histórico dos Congressos Missionários e discorrendo
sobre o Instrumento de Pasrticipação. “O CAM 4 / COMLA 9 tem como
finalidade refletir sobre a missão Ad Gentes da América para o Mundo. O
mandato missionário de Jesus Cristo, “Ide e fazei discípulos entre todas as
nações” (Mt 28,19) não é uma ordem superficial, mecânica, individual e optativa. Pelo contrário, tem caráter obrigatório e comunitário”, falou. “O Ano da
Fé e a comemoração dos 50 anos do Concílio Vaticano II mostram um tempo
oportuno para promover a fé e tornar possível uma nova evangelização, que
redescubra e entusiasme os missionários”, completou.
Os participantes, divididos em 5 grupos, refletiram os capítulos do
Instrumento de Trabalho, com destaque para: a- Viver o discipulado; b- Inculturação para anunciar o Evangelho; c- Desafios Pastorais na Missão Urbana e
Missão Ad Gentes; d- Questionamentos e Soluções no trabalho missionário;
e- Encontro pessoal com Jesus e testemunho. Os subsídios da plenária serão
divulgados pelo COMIRE como auxílio à formação missionárias no Regional
Sul 1.
Tiago Scalco apresentou o novo coordenador da Juventude Missionária, Diego Coelho, da diocese de São Miguel Paulista, SP. Tiago, que
deixa a coordenação, agradeceu ao COMIRE pelo apoio dado em sua gestão.
Diego anunciou a criação do blog: www.jmissionariasaopaulo.blogspot.com.
br e o e-mail para contatos: [email protected]. Padre José
Eugênio, da Arquidiocese de Campinas falou sobre os preparativos para o Encontro Missionário Estadual de 2014, que será realizado em Campinas de 29
a 31 de agosto. Também foi partilhado o VII Encontro Internacional do SINE
– Sistema Integrado da Nova Evangelização, realizado pela primeira vez no
Brasil, sendo sediado pela diocese de São José dos Campos no período de 4 a
8 de novembro.
Os delegados do COMIRE para o CAM 4 / COMLA 9 receberam
as informações necessárias de logística para o encontro latino-americano em
Maracaibo, Venezuela, de 26 de novembro a 1º de dezembro. Também foi
apresentada a faixa do COMIRE Sul 1 que será usada no evento venezuelano.
A Assembleia foi encerrada com mística e oração missionária. “A
Igreja precisa de homens e mulheres comprometidos com o Reino”, falou
Fatiminha no encerramento. O diácono José Carlos Pascoal, presidente da
CRD Sul 1 representou o diaconado.
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Notícias
Ritual da Celebração da Palavra é apresentado
aos diáconos permanentes
A reunião de Formação Permanente da Comissão Diocesana dos
Diáconos Permanentes da diocese de Jundiaí, realizada neste sábado, 23 de
novembro, as 9h, no Anfiteatro da Cúria Diocesana, teve como destaque a
apresentação e reflexão do Ritual da Celebração da Palavra para diáconos e
ministros extraordinários. Na abertura o assessor padre Norberto Savieto fez
a saudação e oração, bem como memória da caminhada diaconal em 2013.
O Ritual foi formulado a partir de documentos e materiais celebrativos da Igreja no Brasil, em especial o Documento 52 da CNBB. Foi feita
também uma pesquisa sobre a maneira de celebrar a Palavra de diáconos e
ministros extraordinários. A Comissão Diocesana de Liturgia promoveu esse
levantamento e apresentou ao bispo diocesano dom Vicente Costa um estudo,
que foi transformado em documento e lançado na Festa da Padroeira da diocese em 15 de agosto. Será enviado às paróquias no início de 2014, para imediata aplicação.
O Coordenador da Comissão Diocesana de Liturgia padre Carlos
José Virillo fez a apresentação e respondeu às muitas indagações da assembleia formada por diáconos permanentes e esposas. “Há muitas maneiras
de celebrar, então foi preciso apresentar um documento que permita certa
unidade celebrativa, com todas as possibilidades de criatividade, mas dentro
daquilo que é próprio da Liturgia”, falou padre Carlos. “O Ritual é para a
diocese de Jundiaí e contempla os Tempos Litúrgicos, Solenidades e Festas.
Foi necessário mais de um ano de estudos para elaborar um documento que
facilitará aos diáconos e ministros extraordinários celebrar dignamente a Palavra de Deus”, completou o coordenador.
O diácono Pedro Fávaro Júnior apresentou o 3º Capítulo das Diretrizes para o Diaconado diocesano, aguardando agora as emendas para finalizar a capítulo e apresentar o 4º capítulo. No encerramento, dom Vicente
agradeceu a diretoria que encerra seu mandato e exortou a nova diretoria a dar
prosseguimento às metas de evangelização da diocese. “É necessário buscar o
espírito de comunhão no clero diocesano. Assim, em comunhão, presbíteros
e diáconos poderão coordenar as atividades dos leigos na missão e evangelização, comprometidos e dando testemunho. A Igreja diocesana e seu bispo
espera que essa colaboração e comunhão aconteçam em plenitude”, falou.
Novembro - 2013

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