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Veículo Informativo Oficial da Diretoria Geral do C.E.B.U.D.V. — Edição Outubro/2013
eletrônico
Orientação Espiritual e Plantio
Orientação Espiritual
com Crianças e Jovens
Páginas 2 a 7
Plantio
Páginas 8 a 18
Conage integra Orientação Espiritual
com Crianças e Jovens ao Departamento
de Instrução e Doutrinação Espiritual
De onde viemos?
Naturalmente, crianças
e jovens sempre estiveram
presentes na história da União
do Vegetal, com seus pais,
seguindo nosso grande Mestre
Gabriel, fundador desta obra
sagrada. O Mestre Gabriel,
que sempre se mostrou um
homem de bem e pai de família
honrado, viveu e nos ensina a
viver e a caminhar dentro de
conduta moral e ética exemplar.
Com a prática de valores
como respeito, fraternidade,
honestidade, fieldade, amizade,
união e fé, ele fez, junto a sua
companheira, M. Pequenina,
um trabalho coerente no seio
de sua família, educando 11
filhos e cumprindo a sublime
missão da paternidade e da
maternidade. Depoimentos dos
próprios filhos mostram que o
casal preceituava dar a eles
nem sempre o que queriam,
mas sim o que precisavam,
mostrando o Norte, para que,
ao crescerem, pudessem ser
pessoas de bem, corretas e
cumpridoras de seus deveres.
Sempre crendo na boa semente
da orientação, que começa
dentro de casa, conforme ele
mesmo nos ensinou.
E esse mesmo bem vem
esbrandindo no Centro a todos
os filhos desta Sagrada União,
pois a base cristã da educação
dada a seus filhos é a mesma
que sustenta nossa religião,
reafirmando para todos nós o
símbolo da Luz, da Paz e do
Amor.
Para onde vamos?
Com o crescimento
exponencial da UDV, o
tempo trouxe a necessidade
de desenvolver atividades
direcionadas a nossos filhos e
netos, ainda não sócios. Assim,
aos poucos, nós, pais, viemos
nos organizando da melhor
forma para conduzir nossos
filhos e as futuras gerações no
caminho do bem.
Assim, em 2007, iniciouse oficialmente o Grupo de
Trabalho de Ensino Religioso
para Crianças e Adolescentes
da UDV (GTER). Criado com a
missão de estudar e implantar
esta frente para crianças e
jovens da União, tendo como
base o Guia de Orientação
Espiritual para Crianças e
Adolescentes da UDV, livro
publicado pelo Centro naquele
ano, o grupo conta hoje com
30 voluntários. Reunido na
Gestão Geral, o GTER busca
zelar pela organização e
vem realizando o trabalho de
maneira colaborativa, cativando
as irmandades de núcleos e
regiões, que apresentam boas
experiências com resultados
crescentes e expressivos.
Então, em reunião do
Conselho da Administração
Geral (Conage), realizada em
Brasília, no dia 26 de maio de
2013, o GTER foi elevado a novo
patamar e passou a integrar o
Departamento de Instrução e
Doutrinação Espiritual da União
do Vegetal.
Ata da reunião, item 4
Grupo de Trabalho de Ensino Religioso – ficou aprovado que o Grupo de Trabalho de Ensino
Religioso, de ora em diante denominado Orientação Espiritual com Crianças e Jovens, passa
a integrar o Departamento de Instrução e Doutrinação Espiritual. O Mestre Representante do
Núcleo indicará o responsável local, ficando este sob sua supervisão. O Mestre Central indicará
o responsável regional, ficando este sob a sua supervisão. A supervisão em todo o Centro é da
Representação Geral, que indicará o responsável geral. Nesse trabalho, são consideradas “crianças”
pessoas até a idade de 12 anos incompletos e “jovens” pessoas de 12 até 18 anos incompletos. Serão
oportunamente encaminhados à Direção estudos que indiquem os valores morais que devem nortear
a conduta dos jovens do Centro.
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
2
Não somos mais GT:
subimos um degrau!
De agora em diante, o
então GTER passa a ser
oficialmente chamado de
Orientação Espiritual com
Crianças e Jovens
O trabalho de Orientação
Espiritual com Crianças e Jovens
está inserido no Departamento
de Instrução e Doutrinação
Espiritual, que tem por objetivo
dar ao sócio o Conhecimento
Universal, bem como trabalhar
pela evolução do ser humano
no sentido de desenvolver suas
virtudes morais, intelectuais e
espirituais. E assim chegamos
neste momento de valor para
esta nobre missão, em que o
trabalho com crianças e jovens
na União do Vegetal chega ao
Quadro de Mestres, os guardiões
da Doutrina do Mestre Gabriel,
devidamente auxiliados pelo
Corpo do Conselho.
A beleza deste momento vem
pela ordem desse movimento,
que coloca a Orientação
Espiritual sob a guarda da
Direção da UDV. Esse trabalho
existe porque os pais dessas
crianças comungam o Vegetal
na União. Por mais habilidosos,
assertivos e criativos que sejam
os trabalhos de Orientação
Espiritual, a necessidade do
envolvimento dos pais nas
atividades, nos núcleos e
em casa, é tanta quanto a
necessidade de uma plantinha
por água e luz. Vemos pais
buscando o que precisam na
sessão para praticar isso em seu
dia a dia, o que é suporte para
uma educação mais caianinha,
e pais e filhos sendo bem
orientados espiritualmente é algo
muito precioso.
QM e CDC (orientadores que
são orientados pela Força e pela
Luz do Nosso Guia) + Pais e
Famílias (orientadores sendo
bem orientados) = Crianças e
Jovens (sendo bem orientados
espiritualmente).
Uma linha unindo tudo,
tocando os corações das
pessoas e reforçando
a qualidade de nossas
famílias, o real pilar desse
trabalho. E neste pilar, que
é a família, o amor é a linha
que alinha todos nós para cada
dia mais vivermos uma cultura
caianinha como nossa identidade
neste mundo. Abraços fraternos,
Bases de Gestão Geral OEUDV
“
O reconhecimento
deste trabalho pela
Direção do Centro
nos confirma o
caminho certo e nos
fortalece o querer
no plantio de dias
cada vez melhores
nessa Missão.
”
Voluntários das Bases de Gestão
Geral OEUDV
“
Cada um tem
sua missão dentro
da União do Vegetal.
Eu estou sabendo a
missão de todos.
”
Mestre Gabriel
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Por uma identidade caianinha
ENTREVISTA: m. Edison Saraiva, responsável geral pelo trabalho de Orientação Espiritual
Por: *Ana Cristina Porfírio
AF – Qual o objetivo da
solicitação de inclusão da
Orientação Espiritual (OE)
com crianças e jovens no
Departamento de Doutrinação
Espiritual da UDV?
Edison Saraiva – A
solicitação ao Conage tem
quatro objetivos. Primeiramente,
promover a ligação de nossas
crianças e jovens com nossa
religião de maneira mais
efetiva e oficial. Outro ganho é
o de chamar a Direção Geral
para a corresponsabilidade
na preparação desses futuros
dirigentes, objetivando um
futuro de protagonismo
social e espiritual consciente.
Tal corresponsabilidade é
“interceirizável”. Cabe à Direção
unir forças e conduzir a OE
primeiramente para o espaço
interno dos núcleos, de maneira
concomitante a suas casas, e
posteriormente para a casa de
todos os irmãos e irmãs. Estas
três conquistas se darão na
dimensão “terrena”, obviamente.
Agora, como objetivo superior,
esta decisão vista do “andar
de cima”, ou seja, da dimensão
espiritual, refletirá positivamente
em todos os responsáveis,
trazendo genuína inspiração
àqueles que se envolverem de
coração aberto na causa. É a
continuidade intensificada da
concretização da palavra do
Mestre Gabriel de que a União
dominará o mundo pela Paz,
pelos filhos de nossos filhos.
E o que muda após esta
adequação?
Acredito que o vínculo direto
com o Quadro de Mestres e o
Corpo do Conselho, por meio
do departamento, trará maior
efetividade ao trabalho, na
medida em que chama a todos
para uma profunda reflexão
familiar. A OE transcende
o portão dos núcleos e das
distribuições. O maior desafio
é, como já disse e sublinho,
instalá-la, inicialmente, nas
casas dos dirigentes para então
chegar aos discípulos. Para
tanto, teremos de identificar
os valores intelectuais, morais
e espirituais da sociedade
caianinha. O exercício é
“
É a continuidade
intensificada da
concretização da
palavra do Mestre
Gabriel de que a União
dominará o mundo
pela Paz, pelos filhos
de nossos filhos.
”
imaginar como era viver no
reinado do Rei Inca quando
este prosperava. Perguntas
inspiradoras, ao serem feitas,
nos norteiam na caminhada.
Aqui, exemplifico com algumas:
Como era a organização
familiar? Como era a educação?
Como era a relação dos jovens
entre si? Como era a tecnologia
e qual seu papel na organização
do reinado? Como era a
comunicação, a arte e todas
as suas vertentes? Como era a
agricultura, a alimentação e a
medicina? Como era o cuidado
com o planeta Terra? É a única
escola que temos para aprender
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
o caminho de volta para casa.
E, por fim, como eram as leis e
a aplicação delas? Quanto à mudança
de faixas etárias, qual o
pensamento que norteou o
GT para fazer o pedido?
É simples. Observando por
anos o pensamento que dirige
as autoridades constituídas com
suas consequências visíveis na
sociedade brasileira, decidimos
retornar à brasileiríssima
concepção de que no Centro
“jovem” (que não caracteriza
gênero, e sim predicado) deveria
ser só até 18 anos incompletos.
E assim, fizemos o pedido e
nos foi concedido. No Brasil,
a tradição era que, ao colocar
os “pés” nos 18, já recebíamos
como presente o título de
homem e de mulher. Com
direitos, sim, mas com deveres
indissociáveis. Atualmente, tal
elástica faixa de idade praticada
por toda a sociedade ocidental
é sinônimo de um visível “o que
vocês podem fazer por mim”,
substituindo o corretíssimo
“o que eu posso fazer por
vocês”. Um egoísmo supremo
observável por sinais gritantes
de distorção sutil da concepção
da felicidade alcançável
pela satisfação imediata dos
sentidos. Tristes tempos de
desenfreado e inconsequente
consumo, tanto de coisas como
de seres humanos. Assim,
identifica-se com facilidade o
status socioeconômico ditando,
pela lógica do interesse, as
interações sociais na irmandade
e/ou distorções graves de
sexualidade, como duas cunhas
querendo retirar o sagrado
de nosso meio. Infelizmente,
refriso, do Oiapoque ao Chuí,
4
observamos tal desordem
penetrando sutilmente na
trama social do Centro.
Entre os jovens é “namorido”
(namoro com vida sexual
ativa) consentido pelos pais,
é “fiquismo” inconsequente
acobertado por um acordo
silencioso de cumplicidade e
algumas outras distorções que
ganham a permissão liberal do
rótulo “contemporaneidade”.
Como se pecado novo
houvesse. É claro que não
somos crianças a ponto de
achar que sexualidade é fácil
de se trabalhar. Que dinheiro é
fácil de se ter. Muitos exemplos
temos entre nós, adultos, que
nos mostram que não. São duas
das maiores dificuldades a se
vencer, salvo melhor juízo, para
uma vida de virtudes.
Qual a orientação
quanto aos responsáveis
pelas atividades?
Entendo que a decisão da
melhor maneira de conduzir as
atividades nos núcleos, bem
como de designar o responsável,
é do arbítrio dos Mestres
Centrais e Representantes,
de acordo com a realidade de
cada localidade e a experiência
bem-vinda das pessoas já
plenamente envolvidas advindas
do antigo GTER. Não há
restrições, por exemplo, de que
o(a) responsável nuclear seja do
Corpo Instrutivo, desde que seja
uma pessoa acessível, querida
pela irmandade e principalmente
pelas crianças e pelos jovens,
mas, em especial, que tenha
como princípio a perseverança
acrescida de alegria e
simplicidade. A supervisão,
repito, é do comando maior
e a corresponsabilidade é da
Direção, isto sim é a pedra de
talismã da Orientação Espiritual.
*CI ­– N. Sabiá – 8ª Região
Bases de Gestão Geral OEUDV
Passo a passo à família
embro-me que
disse isto em
2009, quando
ainda era
um sonho: “o
trabalho é feito aos passinhos”.
E assim continuo pensando.
Devemos trabalhar conforme
nossas condições, nossa
capacitação, a concordância
dos dirigentes em nossos
núcleos, a boa vontade dos
pais que abraçam esta causa
de coração aberto. Isso é um
passinho fundamental.
Muitos são os valores que
precisamos desenvolver e
que vem requerendo de nós,
dirigentes, maior atenção
quanto ao trabalho com as
crianças e os jovens. Mas
entendemos que estes valores
estão e, assim continuarão, na
lida do dia a dia, estritamente
ligados à vivência e à
orientação familiar.
Considerando a família,
base importante para a ordem
e o equilíbrio indispensáveis à
evolução espiritual, o tempo já
vem nos mostrando o despertar
de pais e mães para a essência
de sua missão de conduzir
seus filhos, crianças e jovens.
Sendo capacitados cada vez
mais pela doutrina desta União,
cientificando-se da importância
do que fazem, os pais repassam
para seus filhos as experiências
e os aprendizados advindos de
sua vivência religiosa.
L
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
Hoje, vendo o sonho se
realizar, testemunho nossos
passinhos direcionados nessa
caminhada sob a regência
auspiciosa do Departamento
de Instrução e Doutrinação
Espiritual.
A todos, que juntos
sonhamos, minha alegria de
viver esta oportunidade secular
e histórica em nova religião, mas
que tem suas bases no início de
todas as coisas.
Minha especial gratidão a
nosso guia, Mestre Gabriel.
Maria Ivone de Castro Menão
CDC – N. Luz do Oriente – 8ª Região
Corresponsável Geral OEUDV
“
Dentro da família
criam-se com maior
facilidade laços de
amor e solidari­edade,
fundamentais ao
desenvolvimento das
virtudes e das
aptidões positivas.
Por aí, chega-se à ordem
e ao equilíbrio e, por
estes, ao progresso.
”
(Trecho do capítulo “Família”, do
Guia de Orientação Espiritual)
5
Metodologia e como fazer
com alegria que
anunciamos que
vamos continuar
trabalhando
mais fortes sob
a supervisão e o apoio do
Quadro de Mestres e do Corpo
do Conselho Oriental, e com o
suporte das Bases de Gestão
Geral, indicando os temas do
Guia de Orientação Espiritual,
bem como a forma de trabalho
para que os responsáveis
continuem realizando as
atividades da melhor maneira
possível dentro da realidade
local. A tarefa é escolher bem os
conteúdos, trazer os pais para a
responsabilidade de planejar e
realizar o trabalho, respeitando a
memória de nossos filhos, netos
e dos filhos de nossos irmãos
de caminhada, cativando os
caianinhos desde cedo, fazendo
que eles gostem de estar na
União e que possam viver a
vida pautada nos bons valores.
Nossos filhos são parte da tribo
e, como tal, merecem nossa
atenção e consideração.
A metodologia desse trabalho
continua sendo a mesma,
pelo lúdico e vivencial, o que
significa menos falação e mais
ação, brincadeiras e oficinas,
músicas, teatros, filmes,
histórias, artes, jogos recreativos,
acampamentos, passeios
extramuros, encontros de pais, de
jovens e de famílias. Um aspecto
importante, tratado nas Bases de
Gestão Geral, é, ao desenharmos
uma atividade, considerar se o
Mestre Gabriel a aprovaria e,
É
até mesmo, se a realizaria. Esta
atitude é fundamental pelo ônus
de estar sob o Departamento
de Instrução e Doutrinação
Espiritual. Além disso, as
atividades devem estar afinadas
com os temas que a gestão
coloca na lista como fio condutor,
a exemplo do início dos trabalhos
do GTER, no qual as temáticas
eram aprovadas pelo Conage. É
a melhor forma de trabalhar com
o Guia de Orientação. Não existe
fórmula exata de como cada um
fará o tema ter corpo e alma, mas
é bom que tudo seja dirigido de
forma que integrem as gerações
e os demais departamentos,
podendo também ter momentos
direcionados a faixas etárias
diferenciadas: crianças, jovens
e famílias.
Na continuidade dessa
lida, todas as atividades com
crianças e jovens precisam ser
alinhadas com os responsáveis
(geral, regional e nuclear) pela
Orientação Espiritual, que
precisam estar cadastrados na
nossa lista online, procurando
seguir as orientações das
Bases de Gestão Geral com a
devida supervisão do Conage,
dos Mestres Representantes e
Centrais. Todos os mestres e os
interessados também são bemvindos em nossa lista!
Sigamos unidos, como diz a
música Tear, de Renato Teixeira:
Unam-se todos aqueles que
pensam também em um novo
tear,
Que tecerá este linho de
gente bonita que gosta da Paz
Dar para nossas crianças
apenas as frutas que dão no
pomar
E pro coração da gente o
suficiente direito de amar...
Peço ao Mestre que continue
nos guiando e guarnecendo
nossas famílias.
Abraços fraternos, com votos
de Luz, Paz e Amor.
Érica Monteiro Sacco de Almeida
CDC – N. Rei Divino – 3ª Região
Corresponsável Geral OEUDV
Nossa nova sigla: OEUDV
Nossos novos e-m@ils (Lista Geral):
Estamos estudando a melhor forma de mudança em nosso email lista geral ora [email protected]
De forma que possamos migrar todos os cadastrados
Neste primeiro momento já está entrando na caixa com nosso novo nome (OEUDV)
E-mail para pedido de cadastramentos por enquanto é este [email protected]
E-mail de contato com a Gestão Geral: [email protected]
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6
E por que criar um site?
estes cinco
anos de GTER,
conseguimos
trabalhar cinco
temas principais
do Guia de Orientação Espiritual
e 27 subtemas. Catalogamos
todos os relatórios que nos foram
enviados e deles extraímos as
melhores ideias apresentadas
para as atividades. A proposta
é alimentarmos uma Biblioteca
de Investigações, Experiências
e Soluções (BIES), que servirá
às gerações futuras, com amplo
material para consulta, facilitando
os planejamentos vindouros. De
tão rico o material, já temos até
o primeiro livro sistematizado,
contendo o melhor que foi
desenvolvido no tópico: “Deus, o
Criador”. E outros vêm chegando.
Com esta expansão, teremos a
Direção da UDV mais ativa nesta
frente de ações, que naturalmente
envolverá mais pessoas e exigirá
estrutura de suporte para a
gestão dos trabalhos. Para enriquecer, ampliar
e fortalecer o trabalho,
necessitamos de uma plataforma
online, um site nosso, que
abrigue tudo isto e que traga
maior interatividade e autonomia
para os responsáveis desta
frente de ações nas regiões e
N
Viva! Vamos
nos encontrar!
É a volta da espiral, após
quatro anos de nosso primeiro
encontro do GTER em Brasília,
em 2009. E essa espiral vem
trazendo vitórias e alegrias:
subimos mais um degrau. Este
upgrade é um passo importante,
pois somos todos responsáveis
pela educação moral e pelo
desenvolvimento espiritual
nos núcleos. Porém, a execução
deste site em forma plena
exigirá a dedicação exclusiva
de um técnico na área de
informática, um profissional que
será especialmente contratado
para atender esta demanda. Em
resumo, o objetivo é desenvolver
uma estrutura básica para o uso
da internet como instrumento
facilitador para execução dos
objetivos do Departamento
de Instrução e Doutrinação
Espiritual, focado na Orientação
Espiritual com Crianças e Jovens
da União do Vegetal.
Atualmente, temos
aproximadamente 600 pessoas
na Lista Geral. Nestes cinco
anos de trabalho, já trocamos
mais de 16.500 e-mails. Até
2011, segundo os relatórios
oficialmente emitidos pelos
núcleos, cerca de 2.515
crianças e 1.540 adolescentes
participaram das atividades.
Com esses números, ficou
evidente que precisamos
elaborar um subdomínio no
site principal do Centro, com
endereço próprio, para inserção
de dados relevantes à execução
dos objetivos definidos pelo
responsável, sempre em sintonia
com a Representação Geral.
Também consideraremos
aspectos específicos e gerais do
trabalho, como o alinhamento
com as diretrizes da Diretoria
Geral em relação ao uso
da internet – por exemplo,
segurança, baixo custo,
interatividade, ludicidade etc.
– e buscaremos facilidades
para alimentação de dados e
conteúdos, além do suporte
técnico necessário. Com o
volume de informação existente
hoje, que deve crescer ao
longo do tempo, é vital o
armazenamento adequado de
vídeos, fotos e relatórios, de
modo que estejamos com o
material organizado, de fácil
acesso e com espaço para
crescimento contínuo, com
a devida discrição quanto à
Doutrina do Mestre Gabriel.
É chegada a hora, dentro do
Tempo, de elaborar nosso site
como forma de compartilhar
os materiais que já temos em
nossa BIES para que, assim,
possamos multiplicar ideias e
soluções lavradas na prática
de cada núcleo. Em nosso
próximo encontro, em Cuiabá,
dedicaremos um tempo para,
juntos, pensar na construção
desse espaço virtual, mas
concreto. A contribuição de todos
será bem-vinda e importante.
de nossas crianças e jovens.
Ligados em unir nossas famílias
nesta nobre missão, estamos
somando esforços, ideias e
pensamentos na construção
da educação e da boa
orientação espiritual de nossas
crianças e jovens. Queremos
continuar aperfeiçoando nosso
trabalho, nos encontrar, trocar
experiências, pensar uma
linguagem com identidade
mais caianinha de transmissão
da espiritualidade e os bons
valores que precisamos cultivar
em nossos filhos. Com esse
objetivo, estamos organizando o
I Encontro da OE com Crianças
e Jovens da UDV, nos dias
15 e 16 de novembro deste
ano, no núcleo Breuzim, em
Cuiabá (MT), 13ª Região. Os
interessados em conhecer
mais o trabalho de Orientação
Espiritual com Crianças e
Jovens da UDV podem acessar
o link http://www.flipsnack.com/
FA77E8EC5A8/ftp5e99k e ler o
compilado de informativos que
contam sua história e trajetória.
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
7
Plantio
eletrônico
Pensando
nas próximas
gerações
e compararmos
o crescimento
do Centro com
outras religiões,
podemos até
pensar que estamos, após
52 anos, crescendo bem
mais moderados. E estamos.
Mas se considerarmos
nossas particularidades,
principalmente com o uso do
Chá e a necessidade das duas
plantas – Mariri e Chacrona
–, e ainda tivermos em vista a
expansão para regiões que não
possuem condições de solo e
clima, iniciamos uma trajetória
avaliativa que nos exige mais
S
cuidados e atenção ao tema
“plantio”.
Em 52 anos, passamos de
pouco mais 100 sócios para
quase 17 mil. Nesse mesmo
período, milhares e milhares de
hectares de florestas viraram
lembranças de um passado
recente. Pensar nas futuras
gerações e agir no presente é
estar com os pés no chão e a
cabeça no além.
Se imaginarmos que também
estaremos nessas próximas
gerações, pelo fato de nossa
crença reencarnacionista, e
nos consideramos “do Vegetal”,
nada mais inteligente que cuidar
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
dessa “poupança espiritual”.
Portanto, o estudo do plantio
em suas diferentes formas de
abordagens, o investimento
em áreas para o plantio de
Mariri e Chacrona, juntamente
com o uso sustentável da
biodiversidade, com vista
a garantir renda para sua
manutenção, deve ser uma
pauta presente em nossa
organização.
Aos que estão nessa lida do
Plantio, nossa gratidão. Flores é
o que desejo.
Carcius Azevedo
Presidente do CEBUDV
8
O Bom Plantador
e o Jardim do Chacronal
o fim dos anos
1960, M. Cruzeiro,
portando cinco
litros de Vegetal,
faz a opção de ir
a Manaus dar o Chá para sua
família, em detrimento de ter uma
vida de riquezas materiais em
Porto Velho, prevista pelo Mestre
Gabriel. Começava aí uma história
que hoje é de suma importância
para todos nós caianinhos.
Nos primeiros anos de trabalho
da UDV, em Manaus, o Vegetal
era preparado em Porto Velho.
Com o crescimento da irmandade,
houve a necessidade de realizar
Preparos na capital do Amazonas,
com Mariri e Chacrona que
vinham da então Sede Geral.
Pela longa viagem percorrida,
de Jarú (RO) a Manaus, era
possível aproveitar, no máximo,
50% da Chacrona transportada,
o que incentivou a produção
das primeiras mudas da planta.
Inicialmente cultivadas no
quintal do M. Florêncio, quando
cresceram, foram entregues a
algumas pessoas que tinham
disponibilidade para cultiválas em seus quintais e, assim,
a pequena plantação do M.
Florêncio abastecia os primeiros
Preparos.
Algumas mudas de Mariri feitas
a partir dos nós também foram
cultivados e distribuídos para
alguns sócios que dispunham
de quintais, pois ainda não se
conhecia Mariri nativo na região.
Isto foi fundamental para a
nova fase que se iniciava com
o crescimento da irmandade,
fundação do núcleo de Manaus,
posteriormente nomeado de
Caupuri. Em seu terreno definitivo,
no fim dos anos 1970, começava
um grande plantio das mudas
formadas por M. Florêncio. Tendo
em vista a terra ácida do local,
N
dominado pelo sapé, M. Florêncio
consultou um agrônomo para a
análise do solo, que, depois da
correção, recebeu as primeiras
mudas daquele que é considerado
hoje um dos chacronais mais
bonitos da União.
Naquela oportunidade, também
foram plantadas as primeiras
mudas de Mariri próximo ao
templo. A prática cabocla juntavase ao conhecimento acadêmico
para construírem um grande
patrimônio verde que, por tempos,
sustentou as necessidades
de toda a 2ª Região. Iniciavase também a formação de um
grupo de pessoas dedicadas ao
cultivo das plantas sagradas,
hoje conhecido como “equipe do
Plantio”, princípio de organização
que cresce em nosso meio.
Também começava aí uma
fase importante de formação e
instrução dos futuros dirigentes,
que ainda em nossos dias vem
retransmitindo essa arte aos
novos caianinhos.
Tive a oportunidade de
ver M. Florêncio defendendo
ferrenhamente a manutenção das
árvores do terreno em detrimento
de outras necessidades de
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expansão das obras, pois
sombreavam o chacronal,
prioridade para nossa sociedade
hoasqueira.
Desde o início, quando
ainda nem existia a palavra
agroecologia, M. Florêncio era
defensor da manutenção da
camada de folhagem sobre o solo,
que alguns ainda “varriam” para
deixar o plantio mais “bonito”.
Ele comparava o plantio como
uma floresta, em que as árvores
se mantém sadias, mesmo no
pobre solo amazônico, com a
cobertura de folhas e galhos que
naturalmente caem das árvores
que as sombreiam.
Até hoje, quem conhece a 2ª
Região e visita o chacronal do
núcleo Caupuri pode sentir de
perto o amor e a dedicação do
M. Florêncio. De seu trabalho
surgiram todos os outros
chacronais da região, abastecidos
por este primeiro trabalho que,
por certo, será continuado para
sempre. Assim, o Jardim do
Chacronal reflete a dedicação e o
amor do nosso Bom Plantador.
Moacir Tadeu Biondo
MR N. Tiuaco – Manaus (AM)
9
Expansão e consumo
de Vegetal na UDV
primeira avaliação
a respeito do
“Consumo de
Vegetal na UDV”
foi realizada em
2004 pelo Departamento de
Plantio e um novo levantamento
foi obtido ao longo dos anos
de 2009 e 2010 pelo Grupo de
Trabalho destinado ao Estudo
dos Índices de Sustentabilidade
de Mariri, Chacrona e Lenha.
Estes resultados foram
apresentados no I Congresso do
Plantio do CEBUDV, realizado
nos dias 13 e 14 de novembro de
2010, em Manaus, Amazonas.
Em 2004, o consumo de
Vegetal foi estimado em 47.500
litros/ano em toda a UDV,
ocasião em que tínhamos
9.597 sócios, resultando em um
consumo aproximado de 4,95
litros/sócio/ano. Em relação
aos dados apresentados no
Congresso do Plantio, realizado
em novembro de 2010, esses
indicaram o consumo de 62 mil
litros/ano aproximadamente,
quando a UDV tinha 14.600
sócios, apontando um índice
de consumo de 4,24 litros/
sócio/ano. Essa diferença
nos índices verificados pode
ser explicada pelas diferentes
metodologias de levantamento e
cálculos efetuados em ambos os
levantamentos.
As projeções de crescimento
do consumo de Vegetal para o
futuro da UDV, feitas nos dois
levantamentos, mostraramse imprecisas, principalmente
pela dificuldade de projetar
o crescimento do número de
sócios. Em 2004, utilizou-se
um crescimento de 10% ao
ano para nossa sociedade,
A
enquanto em 2010 utilizou-se
a taxa de crescimento de 8,8%
ao ano. Ambas as previsões
não se comprovaram ao longo
dos anos subsequentes, sendo
que hoje a Diretoria Geral está
trabalhando com uma taxa
média de 7% de crescimento.
No entanto, do ano passado
para este ano, o crescimento
foi de apenas 4,4% (agosto de
2012 a agosto de 2013), não
confirmando essa projeção.
De todo modo, aplicando o
índice de consumo de Vegetal
apurado em 2010, de 4,24 litros/
sócio/ano, com uma irmandade
atual de 16.876 sócios (setembro
de 2013), temos um consumo
atual de 71.554 litros/ano de
Vegetal no CEBUDV. Seguindo
as previsões de crescimento
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
da sociedade de 7% ao ano, o
Centro consumirá anualmente
126.046 litros em 2020, em torno
de 247.952 litros em 2030 e
aproximadamente 959.499 litros
no ano de 2050.
Durante a realização do
Congresso de Plantio em
Manaus, cujas apresentações
refletiram os resultados finais
de todos os estudos e trabalhos
iniciados durante a Reforma
do Centro, ficou definido, entre
outras diretrizes, que o plantio de
Mariri e Chacrona pelo CEBUDV
deverá ser realizado dentro
dos princípios agroecológicos,
não utilizando adubos químicos
e pesticidas. Também como
parâmetro de sustentabilidade,
foi estipulado que cada núcleo
seja responsável em suprir a
necessidade de Mariri, Chacrona
e lenha para 225 sócios. Este
número de sócios foi considerado
pela necessidade de suprimento
da demanda dos futuros
desmembramentos por um
período mínimo de cinco anos.
Com o levantamentos
desses e os índices
estipulados, podemos estimar
mais alguns parâmetros
úteis no planejamento e nas
ações, visando assegurar
o fornecimento de Mariri,
Chacrona e lenha com a
qualidade e a quantidade
necessárias para nossa
demanda futura. Ou seja,
para efeito de planejamento,
e cálculos da necessidade de
plantio e áreas para atender
nossa sociedade, podemos
considerar que, cada sócio da
UDV necessita de 2,2 pés de
Mariri e aproximadamente de
0,7 pés de Chacrona, sendo
10
que cada núcleo deve ter uma
área disponível para plantio de
2,5 ha (25 mil m²), já incluindo o
plantio de lenha.
Os estudos até agora
realizados apontaram que
a maior parte do Mariri e da
Chacrona plantados na UDV
encontram-se na região Norte
do país, geralmente onde
também estão essas plantas
em seu estado nativo. Portanto,
há necessidade de maior
empenho no plantio nas demais
regiões do país, e também pelas
irmandades de outros países.
O crescimento da UDV fora da
região amazônica tem sido bem
superior aquele encontrado
nessa região, o
que pode ser uma
constatação preocupante
em termos de nosso
futuro, pois nossas
reservas de Mariri e
Chacrona nativos são
limitadas e escasseiam a
cada ano.
Muito se fala a
respeito da prioridade do
Plantio dentro da UDV,
mas o que se constata é
apenas um discurso sem
a devida prática, com
raras exceções. É muito
fácil constatar que essa
prioridade não é uma realidade
no Centro, bastando verificar
nossos balancetes financeiros,
que não chega a onerar 5% do
orçamento com essa atividade,
em sua grande maioria. Por
isso, é necessário maior
conscientização e empenho dos
nossos dirigentes a respeito
do cuidado e do zelo com essa
atividade e com o planejamento
de nosso crescimento como
sociedade que depende do
Vegetal para sua existência.
Em relação ao futuro, há um
consenso entre os plantadores
de Mariri e Chacrona de que
devemos buscar áreas mais
propícias para o plantio em
maior escala. Essa realidade
já pode ser constatada nos
locais que mais fornecem
Mariri oriundos de plantio para
os núcleos da UDV. Ainda
precisamos desenvolver melhor
os contratos de fornecimento,
as avaliações de despesas de
custeio, os contratos das áreas
em comodato, o custo/benefício
em áreas de difícil adaptação das
plantas, e muitos outros itens que
já são demandados na atualidade
e que nos esperam no futuro.
Preocupa também a
necessidade de lenha certificada
para atender nossa demanda
de preparos, principalmente
nas áreas urbanas, em que
esse material é cada vez
mais escasso. No primeiro
levantamento de consumo de
Vegetal (2004), esse item foi
o que mais chamou atenção
na pesquisa, sobretudo devido
à necessidade de a UDV se
adequar aos aspectos legais da
sua utilização. No entanto, há
constante aperfeiçoamento em
nossas fornalhas, que tendem
ao menor consumo de lenha e
também à utilização de outros
tipos de fornecimento de calor
para os Preparos, como é o caso
da fornalha ecológica (núcleo
Sagrada Família, Cuiabá/MT),
alimentada com rejeitos de
carvão, mas podendo funcionar
com outros materiais orgânicos
e caldeiras para a produção de
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
vapor que aquecem os panelões,
com baixo consumo de lenha
e bom rendimento de Vegetal
preparado.
Mas o assunto em destaque
nesta edição do Alto Falante
é a necessidade urgente de
conservação das variedades
de Mariri e Chacrona, pois
elas possuem a capacidade de
adaptação a diversas realidades
do país e até mesmo em outras
regiões do Planeta, bem como
uma fonte de resistência a pragas
e doenças a que estão sujeitas
todas as plantas cultivadas. Além
disso, essas variedades correm
o risco de desaparecer com o
tempo, colocando em questão
nosso futuro e também
a expansão de nossa
sociedade. Algumas
regiões já constataram,
na prática, a serventia
dessa diversidade, pois
lutaram muitos anos com
plantio sem a obtenção
de resultados satisfatórios
em relação a uma boa
burracheira, quando
descobriram que certas
variedades de Mariri
plantados naquela região
eram mais eficientes no
grau do Vegetal. Daí a
importância do Banco
de Matrizes Mestre Luiziário,
que pretende conservar,
para a posteridade e para a
necessidade de nossos núcleos,
as diversas variedades de Mariri
e Chacrona existentes na região
amazônica.
Até aqui, a maioria dos
estudos realizados em relação
ao plantio foram conduzidos de
maneira empírica e dispersos,
havendo necessidade de
reunirmos esforços e mais
empenho para novas pesquisas
e desenvolvimento dos plantios,
de modo a estudar e preservar a
riqueza desse nosso patrimônio.
Paulo Afonso Amato Condé
Mestre do Conage
11
Domesticação e alterações genéticas
do Mariri e da Chacrona
Enfraquecimento
genético das plantas
e fortalecimento
através de matrizes
originais
A domesticação de plantas
acompanha a história da
civilização e domesticar significa:
“trazer para perto do convívio”.
Este processo tem se mostrado
benéfico para a humanidade,
porém prejudicial à própria
espécie que está sendo cultivada
no processo de ser domesticada.
O cultivo de plantas, visando
atender à necessidade humana,
pode muitas vezes gerar
prejuízos irreparáveis para a
espécie. Ao longo do tempo de
cultivo, verifica-se que ocorre
um enfraquecimento da espécie,
devido à perda de características
que garantem a vitalidade e a
reprodução na natureza.
Em contraste com a seleção
natural, a domesticação
provoca uma seleção
artificial de características em
detrimento de outras. Portanto,
a domesticação é fator de
redução da biodiversidade e
enfraquecimento das plantas, e
pode levar à extinção da espécie.
Uma planta domesticada é
distinta geneticamente de seus
progenitores selvagens (silvestres,
“originais”). Uma planta
totalmente domesticada pode ser
completamente dependente do
homem para sua sobrevivência;
assim, não terá mais condições
de se reproduzir na natureza sem
a intervenção humana.
Existem diversos casos em
que a domesticação foi letal
para a espécie selvagem, de
tal forma que a espécie original
desapareceu para sempre da
Chacrona Cabocla - Plantio Mogi das Cruzes N. Rei Davi (Matriz - origem desconhecida)
Chacrona caianinha - Serra da Cantareira
(Matriz vinda do Plantio de Mogi das Cruzes)
Detalhes das guias de folha de Chacrona
- São Paulo - (colhida da Matriz Campinas
vinda de Manaus)
Chacrona Cultivada em SP - Matriz Campinas
(da matriz de Manaus. Alterações na folha
após geada
Chacrona Caianinha - Matriz Mata Atlântica Plantio Mogi das Cruzes
Chacrona Cultivada em Campinas - Matriz de
Manaus
natureza. Por exemplo, algumas
plantas que usamos em nosso
dia a dia na alimentação. O
milho é um destes casos,
em que a forma selvagem
desapareceu com o processo
de domesticação. É certo que,
sem a mão humana, o milho
que conhecemos hoje não
existiria. Porém, sem que haja
a intervenção humana, o milho
não tem a menor condição
de sobreviver em condições
naturais, pois os grãos do milho
não são liberados, ficando
aderidos ao sabugo. Ao longo
de anos de estudos, a ciência
mostrou que o milho selvagem
era uma planta muito semelhante
ao teosinto, uma espécie que
ainda se conserva selvagem, que
produz uma espiga bem pequena
de cerca de 2,5 cm, com poucos
grãos, e estes são liberados
espontaneamente. Atualmente,
existem mais de 200 espécies
de milho, fruto de cruzamentos
e melhoramento genético da
espécie, inclusive usando o
teosinto para estes cruzamentos.
Esse exemplo ilustra a
necessidade de investir no
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
12
conhecimento de nossas
plantas sagradas e obter
recursos para conservar o
patrimônio genético do Mariri
e da Chacrona, mantendo a
diversidade biológica destas
plantas, de modo a garantir sua
variabilidade silvestre.
As plantas cultivadas
originaram-se a partir de
ancestrais selvagens em locais
conhecidos como “centros
de origem” ou “centros de
diversidade”, que são áreas
geográficas específicas e mais ou
menos restritas. O conhecimento
a respeito dos centros de
diversidade e os estudos
multidisciplinares realizados
nesses locais são fundamentais
para o entendimento da origem
das plantas cultivadas, para
seu fortalecimento e para a
conservação de seu material
genético.
As espécies domesticadas
apresentam uma série de
modificações morfológicas (raiz,
caule, flores, frutos, sementes),
quando comparadas com seus
ancestrais selvagens. Estas
mudanças são denominadas
“síndrome da domesticação”.
Entre estas modificações,
podemos citar: perda de
dormência de sementes; aumento
ou redução do tamanho de
frutos e sementes; mecanismos
ineficientes de dispersão das
sementes; perda da capacidade
da semente de germinar; hábito
de crescimento mais compacto,
maior uniformidade e redução
pronunciada na produção de
substâncias; aumento do número
de sementes por inflorescência
e estas já não podem germinar;
e outras características que se
modificam ao longo do tempo.
Na prática, o cultivo que
fazemos com o Mariri e a
Chacrona é um processo de
domesticação aleatório, sem
um conhecimento do que
estamos realmente isolando
e selecionando ao longo de
todo estes anos. Mesmo
intuitivamente querendo fazer o
melhor, é possível que algumas
características que estamos
selecionando em nossos plantios
não determinem, em um futuro
próximo, a qualidade de plantas
que necessitamos. Esta seleção
em nossos plantios é denominada
“artificial” e, sem que possamos
controlar, ela pode estar
trabalhando no sentido oposto da
seleção natural. O ser humano
seleciona indivíduos portadores
de características agronômicas
desejáveis em ambientes
diversificados, enquanto a
natureza seleciona indivíduos
mais adaptados e aptos a se
perpetuarem na natureza.
Descrevendo bem
superficialmente sobre como
atuam os mecanismos da
genética de populações,
é possível ter uma noção
aproximada dos riscos que
existem de enfraquecer a
genética de nossas plantas
sagradas por meio do cultivo em
nossos plantios.
Um gene é a unidade
fundamental da hereditariedade.
Esta unidade fundamental
existe para uma ou mais
características de um ser
vivo, permitindo que estas
características sejam transmitidas
ao longo das gerações. Algumas
características podem ser
vistas por nós, e outras não.
Denominam-se “alelos” as formas
alternativas de expressão de
um mesmo gene. Por exemplo:
o gene “C” em uma planta é
responsável pela coloração verde
das folhas, e nesta mesma planta
o alelo “c” é responsável pela
ausência da coloração verde nas
folhas. Este alelo “c” condiciona
a morte da planta alguns dias
após germinar, pois esta planta
não pode realizar a síntese de
alimento que necessita usando
a coloração verde. Em geral,
cada gene possui um, três ou
mais pares de alelos para cada
característica. Para cada um
destes pares, diversos processos
podem ocorrer. As mutações são
alterações, naturais ou não, que
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
Mariri Caupuri - Cultivo Lupunamanta origem da Matriz não registrada
ocorrem nos “blocos construtores”
dos genes. As mutações naturais
agem alterando ou modificando
a frequência dos alelos, e assim
a natureza “imprime um ritmo”,
diversificando e selecionando
as espécies, com o objetivo de
torná-las aptas a permanecer na
natureza.
Mesmo utilizando matrizes
de boa qualidade em nossos
plantios, o cultivo do Mariri
e da Chacrona é realizado
em ambientes diferentes dos
centros de diversidade, expondo
as plantas a processos de
cruzamentos, doenças e outros
fatores ambientais que alteram
e modificam a frequência dos
genes. A proposta do Banco de
Matrizes visa iniciar um trabalho
de preservar, em uma área de
floresta amazônica, as matrizes
e as linhagens selvagens
(“originais”) do Mariri e da
Chacrona obtidas de diversas
regiões amazônicas, que
possam ser estudadas, gerando
recursos para que possamos
fortalecer nossos plantios com
matrizes fortes e abastecer as
gerações futuras de plantas
sadias, vigorosas e com os
princípios ativos presentes,
na quantidade e qualidade
suficiente para nos atender.
c. Maria Alice Corrêa
Secretária Geral, Consultora
do Plantio - n. São João Batista
13
PROJETO BANCO DE MATRIZES
Há tempos, a UDV vem se preocupando com as diferenças
existentes entre as populações de Mariri e Chacrona.
m todas as
espécies de plantas,
embora existam
características
comuns presentes
nos indivíduos, há certa
diferença entre os indivíduos.
A justificativa para isto é a
existência de diferenças nas
informações genéticas trazidas
por cada indivíduo da população,
e a forma como estes indivíduos
se adaptaram nestes milhares de
anos a fatores adversos, ou seja,
quando plantados em outros
locais, diferentes do de origem,
apenas parte da população
conseguirá sobreviver e produzir
seus descendentes.
Contudo, grande parte da
Amazônia, onde vivem estas
plantas, está sendo destruída,
e as florestas antes intocáveis
estão se transformando em
áreas de pasto ou soja. Estas
variedades de matrizes, as
quais já podem estar sendo
perdidas para sempre, podem
nos fornecer material para, em
um futuro próximo, conhecermos
melhor nossas plantas sagradas.
Além disso, possibilitamencontrar
dentro das populações originais
plantas adaptadas a doenças,
frio, seca, áreas encharcadas,
com mais princípio ativo, e
outros fatores que proporcionem
mais produtividade e menos
dificuldades com o cultivo destas
plantas nas regiões do Brasil e
no exterior.
Preocupada com isso, a
UDV adquiriu 120 hectares
de terra no município de
Santo Antônio do Tauá (PA),
objetivando o plantio das
matrizes colecionadas na
região amazônica. As matrizes
E
serão coletadas de sementes
e de estacas em seus locais
de origem, sendo que, em
cada local, pretendemos fazer
uma análise do microclima
(índice de cobertura foliar,
luminosidade, temperatura
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
e umidade relativa), do solo
(textura, estrutura, nutrientes,
pH, matéria orgânica), de
plantas companheiras e da
topografia. Após coletadas as
matrizes, será construído um
banco de dados para que toda
14
a informação do local de origem
da matriz seja armazenada.
As matrizes coletadas
na região amazônica serão
plantadas no Banco de Matrizes
Mestre Luziário, em parcelas
previamente demarcadas.
Todas as parcelas terão um
código de identificação. Esse
banco será construído em
sistemas agroflorestais para que
possa proporcionar um retorno
financeiro ao desenvolvimento
continuado da manutenção
das matrizes. Para tanto, será
contratado um zelador, que
residirá na área, e um técnico
florestal ou agrícola para cuidar
das atividades do banco de
matrizes e da produção na área.
Além das matrizes de
Chacrona e Mariri, queremos
produzir plantas medicinais,
madeira, lenha, frutos, resinas,
mel, própolis, pólen e pequenos
animais (carneiro, galinha
caipira etc.). A produção de
pequenos animais será feita em
uma área já desmatada dentro
do terreno, que atualmente está
com pasto degradado. Como
mencionado, para que estas
atividades produtivas sejam
viabilizadas, será necessária
a contratação de um técnico
agrícola ou florestal para
implementação e manutenção
das atividades produtivas e do
banco de matrizes. Com essas
atividades, planeja-se que as
receitas cubram os custos fixos
desse banco.
No momento, já estamos com
o terreno do Banco de Matrizes
MestreLuziário registrado em
nome da Diretoria Geral da UDV,
sendo que o terreno já está todo
com cerca nova. Precisamos,
com certa urgência, que o terreno
seja habitado por um zelador.
Para isso, existe a necessidade
de construção de uma casa
(custo previsto em R$ 40 mil) e
abertura de um poço artesiano
(custo previsto em R$ 6 mil).
Após as instalações básicas,
será preciso coletar as matrizes
para que sejam preservadas e
reproduzidas. Neste momento
do projeto, necessitaremos da
colaboração das regiões em que
existem variedades de Mariri e
Chacrona nativos. As coletas
serão de sementes e estacas;
portanto, é necessário saber
os períodos de produção de
sementes nas localidades.
A detenção deste tesouro,
que são as plantas originárias de
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
toda a diversidade de tipos de
Mariri e Chacrona que podemos
identificar, é de suma importância
para a UDV. Nesse sentido, é
inegável a priorização desta
atividade para que no futuro não
tenhamos perdido algum tipo de
Mariri ou Chacrona adaptados às
condições que teremos aqui, na
Terra, daqui a 100 ou 200 anos.
Henrique Cattanio - Consultor
do Plantio - CI n. Rei Canaã
15
Um jardim de Mariri
no Cerrado
m se tratando
de matrizes,
lembramos aqui
o trabalho do m.
Luziário. Homem
simples, de sensibilidade ímpar,
reforçada pelo respeito e pelo
estudo da natureza. Dedicado
ao trabalho de plantio, estudou
com a prática cada uma das
espécies e suas variedades,
distribuindo, por onde passava, o
conhecimento adquirido quanto
a manejo e cultivo adequados do
Mariri e da Chacrona.
Tinha o dom de encontrar
reinados de Mariri em lugares
ainda pouco explorados e
foi mensageiro em inúmeras
missões floresta adentro,
reforçando seu compromisso
com o crescimento da União do
Vegetal. Quando veio do Norte
com sua família para tratamento
de saúde no estado de Goiás,
trouxe consigo algumas mudas
de Mariri Tucunacá e dez
mudas de Chacrona. Logo após,
estabeleceu-se com sua esposa,
a cons. Generosa, e seus filhos,
em Chapadão do Céu, município
localizado no cerrado próximo a
Goiânia, onde bebia o Vegetal
com a família e um pequeno
grupo de pessoas.
Começava ali, o plantio
de um considerável acervo
que, em pouco tempo, reuniu
espécies de Mariri conhecidas
popularmente pelos caboclos
da floresta como ourinho, casca
de jacaré, pajezinho, entre
outras, trazidas de suas viagens
Brasil afora! Explicava, com
propriedade, a peculiaridade
E
de cada uma delas, quanto
a diferenciação pela casca,
tonalidade e formato das folhas,
grossura do cipó e de como
reconhecer sua maturação
para colheita e preparo, sempre
zelando pelo desenvolvimento
de seu jardim.
A resposta misteriosa da
natureza a este plantio veio
quando algumas mudam já
floriram no primeiro ano e
outras, que de apenas uma
semente, resultaram em pés de
diferentes espécies. Conselheira
Generosa lembra o trabalho
dedicado do esposo neste
cultivo. “Onde ele chegava, já
procurava logo saber do plantio
daquele núcleo e buscava
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
auxiliar. Quando trazia uma
muda nova, logo fazia o ‘berço’
com o adubo e aguardava até
a guia aparecer. Os meses
preferidos para o replantio eram
setembro e outubro, quando ele
dizia ter mais concentração de
luz do sol”, relembra.
Hoje o local tornou-se o núcleo
Mestre Luziário e é referência
de concentração de espécies
do Vegetal na parte centro-sul
do país. Perguntado um dia a
respeito do adubo mais indicado
para o cipó, respondeu sorrindo e
ensinando, como de costume: “o
melhor adubo é o amor”.
Ana Cristina Porfírio
CI - N. Sabiá
16
DEPARTAMENTO DE PLANTIO
Semeado com amor,
cultivado com trabalho
União do Vegetal
chegou a São
Paulo na primeira
metade dos anos
1970, semeada
pelas mãos de M. Florêncio e
cultivada por tantos irmãos do
sul do país. Nesse início, com
o apoio e a estrutura oferecida
por nosso saudoso m. Mário
Piacentini, que cedeu um sítio
em Cotia para os trabalhos da
UDV, os irmãos conheceram o
Chá, a burracheira, os ensinos
do Mestre Gabriel e também
os primeiros pés de Mariri e
Chacrona cultivados em solo
paulista.
Alguns de nós pudemos
auxiliar nos trabalhos deste
plantio e fomos cativados por
este encanto, que liga os planos
material ao espiritual – a força
da natureza, o Plantio, o Preparo
e a comunhão do Vegetal. Com
a vinda do querido M. Paixão
para São Paulo em 1978, que
em suas doutrinações falava da
orientação do Mestre Gabriel de
que os hoasqueiros precisavam
plantar Mariri e Chacrona,
dali para frente participei
ativamente do Plantio na UDV, na
instalação do núcleo Sumaúma,
em Araçariguama em 1980
(localização atual), e na fundação
do núcleo São João Batista, na
Serra da Cantareira em 1988,
iniciando com tantos irmãos
um trabalho de amor e zelo por
nossas plantas sagradas.
Observando o Regimento
Interno do Centro, que prevê
a criação de departamentos,
“haverá tantos Departamentos
quantos se fizerem necessários”,
A
pensei em
organizarmos o
trabalho do Plantio
para um melhor
resultado. Sentimos
que era preciso fazer
análises do solo,
melhorar a adubação
e saber lidar com
as matrizes, além
de multiplicar o
conhecimento.
Quando estive
em Belo Horizonte
participando de um curso de
formação profissional, fui visitar
e dirigir uma sessão no núcleo
Lagoa da Prata. Falei da ideia
de realizar um encontro de
responsáveis pelo Plantio. De
pronto, o m. Euclides, Mestre
Representante à época,
ofereceu que ali se realizasse o
encontro, pois estavam iniciando
um trabalho com o Plantio.
Então, nos dias 7 e 8
de novembro de 1992, foi
realizado o primeiro encontro
de responsáveis pelo Plantio de
âmbito nacional, com apoio da
Diretoria Geral, então presidida
pelo m. Edson Lodi. Coordenei
o encontro, auxiliado pelos
mestres Almir Nahas, Sergio
Polignano e outros mestres
da terceira região, de outros
lugares do Brasil, e secretariado
pela cons. Lacy Valente Vila
dos Santos. Os temas tratados
naquele primeiro encontro
ainda estão bem presentes
em nosso trabalho. Foram
palestras e apresentações com
os assuntos ligados ao Mariri
e à Chacrona em relação a
medicina, botânica, uso do solo,
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
adubação, irrigação, estudos
meteorológicos, preparação de
mudas, uso de florestas para
plantio e criação de equipe para
aquisição de terras junto ao
governo federal para plantio.
Durante o encontro, em
votação unânime entre os
participantes, foi redigida
uma carta à Diretoria Geral
da UDV com o pedido de
criação do Departamento de
Plantio. Mais de 30 pessoas
assinaram o livro de presença
desta reunião. O objetivo do
encontro está presente: reunir as
experiências adquiridas para seu
aproveitamento em escala maior.
Aquela carta com pedido
encaminhado à Sede Geral,
período em que Mestre
Monteiro era o Mestre Geral
Representante, ficou registrada
em Ata do Conselho da
Representação Geral, de 13
e 14 de novembro de 1993,
sendo também definidas as
competências e criado o nome
de Departamento de Pesquisa e
Cultivo de Mariri e Chacrona.
Luiz Antônio dos Santos Filho
17
Propostas de ações do Departamento
de Plantio – Triênio 2012-2015
Ações em âmbito nacional:
a) promover a reorganização
dos arquivos do
departamento, tanto no
aspecto físico como digital;
b) criar lista dos consultores,
incluindo os coordenadores
regionais e ex-diretores,
para tomada de decisões em
conjunto e de alto nível;
c) realizar o Censo Nacional
do Plantio, inclusive os
comodatos em nome do
Centro. Motivo: saber o que
temos, onde temos e o que
precisamos fazer para ser
autossustentáveis;
d) saber as reais condições das
terras do Bujarú (PA), que
estão em nome do Centro;
e) fazer o levantamento dos
consórcios existentes de
plantio de Mariri e Chacrona
nas regiões e quais os
núcleos consorciados.
Incentivar a criação de
novos consórcios em terras
reconhecidamente boas para
cultivo de nossas plantas
sagradas e aumentar nossa
área de plantio;
f) fazer o preenchimento do
Mapa Mental do Plantio,
disponibilizado no portal
colaborativo, com as
experiências dos núcleos
– ações exitosas ou não.
Desenvolver o portal para
que sua utilização seja
cada vez mais frequente e
proveitosa para todos os
usuários;
g)trazer ao conhecimento
de todos os núcleos
o resultado dos 9 GTs
do Centro, inclusive
divulgando cartilhas e guias
já montados desses GTs;
h) incentivar nos núcleos as
ações integradas do Plantio
com a Novo Encanto,
inclusive com projetos de
financiamento baseados
no Termo de Cooperação
Técnica entre o Centro e a
Associação Novo Encanto de
Desenvolvimento Ecológico;
i) incentivar nos núcleos
os plantios de árvores
para lenha – obter
autossuficiência; e
j) incentivar a criação de novas
Centrais de Formação de
Plantadores nos diversos
biomas do Brasil e promover
que a irmandade possa
conhecer a central em São
João da Baliza.
As propostas de ações
do Departamento de
Plantio estão alinhadas às
diretrizes da atual Diretoria
Geral da União do Vegetal:
1. Apoio à Representação
Geral na preparação de
dirigentes: promover o
conhecimento do Mariri na
floresta, por meio dos itens h
e j, em São João da Baliza e
no Seringal Novo Encanto.
2. Permanência da garantia de
beber o Vegetal: itens c e
g – conhecimento dos GTs,
principalmente no tocante
a segurança, transporte
e mensagem de Mariri,
sustentabilidade do Plantio;
e item e, com aumento
significativo da área plantada
em terras de excelência.
3. Diminuição da demanda
administrativa dos núcleos:
item f – com o Mapa Mental
do Plantio, podemos
economizar tempo com a
consulta de experiências
exitosas e não exitosas;
item h – captação de
financiamento externo para as
demandas do Plantio e outras
dos núcleos relativos às áreas
agroflorestal e ambiental.
Mauro Mesquita e José Onofre
Diretor e Vice-diretor do Plantio Triênio 2012-2015.
Colabore: Leve uma cópia ao presidente de seu núcleo para ser afixada no mural. Fale conosco: [email protected] Mestre Geral Representante: Francisco Herculano de Oliveira. Presidente da Diretoria Geral: Carcius Azevedo dos
Santos. Coordenador de Comunicação: Jocimar Nastari. Editora do AF: Adriana Freitas. Revisão: Cida Taboza.
Diagramação: Alexandre Moura. Fotos: Departamento de Memória e Documentação, Yuugi Makiuchi e acervo pessoal.
Auxiliaram nesta edição - Especial Orientação Espiritual: m. Edison Saraiva Neves, Fernando Honorato, Maria Ivone
de Castro Menão, Ana Cristina Porfírio Ribeiro Xavier, Érica Monteiro Sacco de Almeida e Bases de Gestão Geral. Especial
Plantio: Paulo Afonso Amato Condé, Carcius Azevedo dos Santos, Maria Alice Corrêa, Mauro Mesquita, José Onofre
Pereira, Luiz Antônio dos Santos Filho, Edson Romão Gomes, Moacir Tadeu Biondo, Henrique Cattanio e Ana Cristina
Porfirio.
Versão traduzida para o inglês, com o apoio da irmandade dos Estados Unidos. Informações: [email protected]
ALTO-FALANTE ELETRÔNICO ESPECIAL • OUTUBRO/2013
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