Apresentação do PowerPoint - Associação Portuguesa de Energia

Transcrição

Apresentação do PowerPoint - Associação Portuguesa de Energia
Biomassa florestal
O Regresso ao Futuro
Paulo Preto dos Santos, Secretário-Geral da
Associação de Produtores de
Energia e Biomassa
22/03/2013 APE
1
Quem é a APEB?
A APEB representa 120 MW,
15 sócios (licenças), 4 centrais
em funcionamento (22MW) e as
restantes ainda em projeto
10 MW Oliveira de Azeméis
2 MW Belmonte
6 MW V. V. Ródão
4 MW Sertã
O que é afinal a biomassa? O seu consumo é sinal de desenvolvimento?
Queima no interior das
habitações em África - 1ª
causa de morte em 2030?
Um mundo…
A biomassa é uma
“velha” renovável
mas com o maior
dos futuros
Central 100% Biomassa no
Reino Unido
Central de
biomassa do futuro
… e o outro
3
E as tecnologias? Como se desenvolvem?
É de facto, um mundo a 2 velocidades?
Alguma utilização da
biomassa no 3º mundo
ainda se faz com muito
pouca eficiência
Um mundo…
pouco
desenvolvido e
pobre
… e o outro
da 1ª geração
tecnológica ,
passando pela 2ª
e em direção às
futuras
“bio-refinerias”
O novo aeroporto de
Heathrow tem a sua
climatização (frio e calor)
através da uma central de
cogeração a biomassa de
1,8MW num ciclo ORC
Nova Fronteira Bio Energia, umas das
duas Biorrefinarias em fase de
instalação em Quirinopolis, que em
2015 será a maior fábrica de etanol
do planeta
4
Biomassa é hoje sinal de desenvolvimento
Alguns exemplos de centrais elétricas a biomassa de madeira
Só uma central no UK tem
3,5 x a potência das 15
centrais do concurso de 2006
1) Port Talbots UK 350 MW - The biggest 100% biomass
energy power plant built . Uses fuel from Canada and USA.
2) Teesdies UK 295 MW - MGT Power is building it and is
scheduled to begin commercial operations in late 2012
3) Alholmens, Finland 240 MW - Can used both coal and
biomass as fuel. Placed near paper and wood pulp plant.
4) Port of Bristol UK 150 MW - E.On the German utility is
building the plant supposed to be completed by 2014
5) Wisapower, Finland 125 MW
6) KuaVo, Finland, 125 MW
7) Lieth, Scotland 100 MW - The plant is being developed by
Scottish Energy and Forth Energy
8) Simmering, Vienna 66 MW - Uses Wood as Fuel
9) Pecs, Hungary 65 MW
10) Plant Southern Company, Texas 100 MW
11) Okeelanta, Florida 74 MW
12) Berlin, New Hampshire 70 MW –
13) Williams Lake British Columbia 60 MW
14) Drax, UK, 3690 MW – A maior central a
carvão da Europa já usa 10% biomassa em
co-combustão; em 10 anos espera atingir 100% !!
Brasil
A utilização de
madeira no mundo
Brasil, outros
UK, USA,Finlândia,
Suécia, Áustria,
Alemanha, Dinamarca
“Biomass energy contains
tremendous potential for contributing to economic
development, alleviating poverty , and managing
theenvironment sustainably”
Fonte: Banco Mundial
5
O plano do Reino Unido é colossal
Em Operação:
• 13 em co-combustão
• 12 em dedicadas
• 6 em cogeração
Em Projeto:
• 13 em co-combustão
• 44 em dedicadas
• 12 em cogeração
UK só tem 18% floresta.
Portugal tem 39%.
Cerca de 80% destas gigantescas necessidades de
biomassa serão importadas. A nossa madeira já
está a ir para o UK! O UK fica com o valor dos
créditos de CO2 e Portugal gasta ainda mais fóssil
e paga CO2. E nós, o que estamos a fazer? A
dormir? Que estratégia temos?
840.000 ton
Fonte: RSPB - Bioenergy: A burning Issue
E em Portugal, onde está a biomassa no mix energético nacional?
Facto 1 – Energia não é = Eletricidade: é necessário relativizar o peso da
eletricidade - representa apenas cerca de 20 a 24% da energia consumida em
Portugal
O resto (76 a 80%) é a energia utilizada nos transportes, na climatização e na
energia térmica consumida nas industrias (derivados do petróleo, GPL, GN,
biomassa)
O exemplo dos EUA,
onde o peso dos
transportes na energia
primária é o maior em
todo o mundo
Veja-se o que pesa a eletricidade no
balanço energético da maior economia do
mundo. E as projeções para 2030 são para
um peso relativo ainda menor que o atual.
7
E em Portugal, onde está a biomassa no mix energético nacional?
Facto 2: (a importância do rigor na comunicação)
- capacidade instalada (MW) não é energia produzida (MWh)
Uma central de produção de eletricidade a biomassa produz pelo menos 3 a 4 vezes mais
energia que a mesma potência, ou seja, a mesma capacidade instalada, em outras formas de
Centrais de biomassa
energia renovável como a eólica e a solar fotovoltaica.
dedicadas
MWhe
A energia
que se
produziu,
em 2011,
por cada
MW
instalado
Facto 3: – o real valor da energia
Fonte: DGEG - Estatísticas Rápidas - Julho 2012
É bom que se saiba que o valor da energia elétrica depende da hora a que essa energia se
produz, ou seja, depende a todo o momento, do seu escoamento face à procura.
Se o recurso renovável é noturno e não armazenável então tem pouco valor relativo.
Tanto se afirma de Portugal como um exemplo a seguir…
… mas é um facto que não está nada bem nesta fotografia
Fonte: Europe´s
Energy Portal
Entre Portugal e a Suécia, ou a Finlândia, países
comparáveis porque não têm petróleo ou GN, não
há semelhança possível. Portugal não é um bom
exemplo, contrariamente ao que se propagandeou
Temos a 2ª maior dependência energética da Europa continental a 27
(* excluindo os pequenos “países-ilhas)
9
22,9% são renováveis
A evolução da dependência energética de Portugal
Fonte: Balanço Energético Sintético – 2011, DGEG
Em 2008, Portugal atingiu o pico de 8,2 mil milhões de euros na sua
fatura energética
A Fatura Energética de Portugal nos 10 anos de 1998 a 2008
Evolução do Saldo Líquido das Importações Energéticas (em 106€)
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
164
175
210
214
233
187
261
332
325
302
455
Petróleo e
derivados
1.224
1.794
3.213
3.129
2.843
2.794
3.233
4.147
(1)
4.951
(1)
5.881
Gás natural
65
165
333
439
410
465
462
753
818
889
1249
Energia Eléctrica
11
-18
9
15
65
101
130
282
273
305
634
1.464
2.116
3.765
3.797
3.551
3.502
4.086
5.514
(1)
5.901
(1)
6.447
-24
44,5
77,9
0,9
-6,5
-1,4
16,7
35
Carvão
TOTAL
Variação face ao
ano anterior (%)
(1)
4.485
7
9,3
(1)
8.219
27,5
Fonte: Balanços energéticos da DGEG; análise GEIPA/IST
(1) Não estão contabilizadas nas estatísticas oficiais as significativas
compras de combustíveis líquidos que terão sido feitas nestes anos em
Espanha, diretamente pelos consumidores finais.
A par da dívida pública este é o maior
problema que Portugal enfrenta – a sua
ELEVADISSIMA dependência energética
11
Nos anos seguintes baixou mas continua muito elevada.
E a biomassa começa a ter um peso positivo na balança de
transações com o exterior
A Fatura Energética de Portugal nos de 2009 a 2011
Evolução do Saldo Líquido das Importações Energéticas (em 106€)
2009 (1)
2010 (1)
Saldo Importador de Carvão/Hulha
291
182
Saldo Importador de Petróleo e seus
derivados
3418
4174
Saldo Importador de Biomassa (valor
das importações de estilha menos os
valores das exportações de pellets e
estilha)
-37
-53
Saldo Importador de Gás natural
994
1151
Saldo Importador de Energia Eléctrica
222
107
4.888
5.561
TOTAL (saldo Líquido das
Importações menos as
Exportações)
2011 (prov)
Desde de 2008 que as
estatísticas da DGEG e do
INE, mostram a contribuição
positiva do saldo das
exportações/importações
-83
Em 2011 a contribuição foi de
83M€ para a redução da
fatura energética
correspondente a cerca de 700
mil toneladas de pellets
exportadas e essas 700 mil
toneladas consumiram 1.400
toneladas de biomassa do
nosso país, das nossa florestas
(na sua maioria madeira)
Fontes: Dados da DGEG e do INE
(1) Não estão contabilizadas nas estatísticas oficiais as significativas compras de combustíveis líquidos que
terão sido feitas nestes anos em Espanha, diretamente pelos consumidores finais.
12
O Balanço Energético Nacional de 2011 (fonte: DGEG)
Unid. Tep
Biomassa
Hídrica, Eólica e Geotermia
Exportação de pellets
Biomassa = 14 % do consumo
de energia primária
Biomassa p/ biocombustíveis
Biomassa para eletricidade
Biomassa para eletricidade
e calor
Eletricidade = 24% do
consumo de energia final
As energias renováveis na energia primária
Evolução do Consumo líquido de Energia primária de 1997 a 2011 (x1000tep)
Fonte: Balanços Energéticos da DGEG
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Petróleo
Energético
15500
15634
15993
15568
15799
16417
15368
15411
14286
13556
12365
11494
11333
10361
10332
Gás natural
60
700
1956
2064
2267
2743
2648
3316
3761
3595
3820
4157
4233
4507
4483
3000
3232
3747
3813
3201
3500
3355
3375
3349
3310
2883
2526
2858
1657
2222
250
350
150
400
550
200
400
558
587
468
644
811
410
225
242
Hidroelétrica
800
795
432
688
655
673
1221
873
440
986
898
627
775
1423
1042
Eólica,
Geotermia,
Solar (PV+
térmico)
13
13
17
21
31
40
51
78
179
285
389
540
717
874
889
Biomassa
(Florestal)
2400
2414
2513
2629
2609
2651
2665
2644
2658
2719
2781
2865
3024
2754
2654
Biomassa
(Biogás,
RSU,
Biodiesel)
50
70
70
70
80
110
140
191
218
280
340
338
449
549
551
Energias Renováveis
Carvão e
Coque
Saldo
Elétrico com
Espanha
TOTAL
22073 23208 24878 25253 25192 26334 25848 26446 25478 25199 24120 23358 23799 22350 22415
(1) Não estão nas estatísticas oficiais as compras de combustíveis líquidos que terão sido feitas em Espanha, diretamente pelos
consumidores finais; (2) Balanço energético de 2011 ainda provisório, segundo a DGEG; (3) inclui a exportação de pellets
14
Afinal, o peso da biomassa é bastante relevante…
… não é a energia “da moda”, mas é a de real peso
O GN foi grande ator dos
últimos 14 anos: de 0 a 20%
2011 carvão
subiu !!
A velha renovável dos
anos 50 e 60
As novas renováveis
ainda só pesam 4%
A biomassa é a maior fonte
de energia renovável
Ao longo dos anos a biomassa vem consolidando o seu peso relativo
A biomassa é a 3ª maior forma de energia utilizada em Portugal
… e o que nos dizem todas as projeções para
os próximos 20 anos
A bioenergia será a maior de
todas as fontes de energia
renovável com um peso
superior à soma dos pesos de
todas as demais renováveis
As “novas” renováveis
serão uma pequeníssima
parte da equação.
18
… na procura mundial de energia – em 2030 – a bioenergia, que
manterá o maior peso das ERs, pesará cerca de 10% da energia total
Energia total
(100%)
Fonte: ExxonMobil
Toas as energias Renováveis –
15% em 2030
Nota: valores em percentagem apresentados são os valores das taxas de crescimento
médio anuais de 2005 a 2030
No voraz consumo
energético
mundial e, apesar
das elevadas taxas
de crescimento, o
peso das novas
renováveis sempre
será residual –
0,5% em 2030
Na Europa… é o “mesmo filme”
Por si só a biomassa sólida
representa hoje e representará
no futuro mais de 50% de todas
as fontes de energias renováveis
A importação
de pellets
O explosivo
crescimento das
culturas energéticas
A biomassa florestal
continuará a alimentar
a procura energética
Fontes: European Comission´s scenarios; Capros et al (2008):
Model-based Analysis of the 2008 EU Policy Package on Climate
Change and Renewables; IEA; AEBIOM; EEA(2006); McKinsey
biomass model (2009)
Na energia elétrica em Portugal, a biomassa/RSU já representa 6% de toda
a energia produzida
Fonte:
Estatísticas
Rápidas
Dezembro 2012
6,0%
21
Em algumas estatísticas oficiais a biomassa na produção de energia
elétrica, aparece desagregada
Centrais de
biomassa
mais antigas
licenciadas
no regime da
cogeração
Centrais de
biomassa
mais
recentes
licenciadas
no regime
das
renováveis
22
Mas cada tecnologia tem o seu custo
O LCOE transmite-nos o valor pelo
qual será necessário remunerar a
eletricidade exportada para a
rede para que o capital investido
seja remunerado a uma
determinada taxa de desconto,
determinando diferentes níveis
de tarifas para diferentes tipos de
energias renováveis.
Exemplo da determinação do
LCOE para 2 centrais de biomassa,
(8MW e 12MW); cenários de
custo da biomassa a 52 e 35 USD,
e de remuneração do WACC de
15% e 3%
250
200
• Decomposição do LCOE pelos seus
diferentes pesos; Energia Primária,
O&M e WACC
• O peso do serviço da dívida e capital
próprio pode ser o com maior peso.
• Em todo o caso o peso da energia
primária (biomassa) é geralmente o de
maior de peso
150
EPC + linha
100
O&M
Combustível
50
0
Avaliação sem
impostos
8MW@15%
12MW@15%
8MW@3%
12MW@3%
23
A APEB participa, desde 2010, na elaboração da legislação aplicável
RCM nº 114/2006
A estratégia nacional para as florestas
RCM nº 29/2010
A estratégia para a energia – ENE 2020
A APEB propôs
e negociou com
as autoridades
conseguindo a
publicação
destes
diplomas
RCM 81/2010
Políticas de apoio ao sector da
biomassa
Decreto – Lei nº 5/2011
Reviu a tarifa para a as centrais de biomassa (de 107/110 para 118/122)
Decreto – Lei nº 179/2012
Ampliou por mais 3 anos a validade das licenças de biomassa
Por publicar a Portaria que regule as CE´s
Em 2012 consegui o aumento da tarifa mas, ainda assim, continua
a ser das mais baixas da Europa
25
A resposta para a crescente procura de biomassa encontra-se nas
Culturas Energéticas (CE’s)
Em Portugal existem
2.000.000 de
hectares de terrenos
abandonados.
Também aqui
Portugal está parado
por força dos
“ambientalismos”.
Consequências imediatas
Benefícios diretos
•
Garantem a sustentabilidade
do fornecimento de biomassa
às centrais de produção de
energia
financiamento pelos
bancos (garantia da
matéria-prima)
•
Alimentam o mercado com
mais material lenhoso
diminuindo a pressão sobre a
procura de madeira que é
matéria-prima das industrias
existentes
•
Diminuindo a procura sobre
eventuais operações florestais
nessas zonas de proteção
ambiental
Culturas
Energéticas
Alivia pressão sobre o
preço da madeira (com
vantagem para as
industrias
transformadoras)
Protege as florestas de
proteção ambiental
(matéria-prima virá das
florestas de produção)
26
BIOMASSA
–
O REGRESSO AO FUTURO
Esta caldeira para aquecimento doméstico é
um exemplo do que melhor se fez no mundo
da evolução tecnológica. Funciona a LENHA!
Mas não com as eficiências do passado (há
40 anos atrás seria máx 30%). Tem 93% de
eficiência!! Tão boa como a melhor de GN.
Mas vamos regressar à lenha?
Sim vamos, mas com um conforto
tão bom ou melhor do que
qualquer outra fonte energética de
aquecimento.
Não é um regresso ao passado: é
um Regresso ao Futuro! Toros de LENHA rachada
É totalmente automática. Acende e apaga a combustão
automaticamente, gerindo assim a utilização da lenha. É
uma caldeira de chama invertida (de prévia gaseificação).
Limpa automaticamente os tubos de fumos e as cinzas.
A APEB trouxe um exemplar destes
para a exposição no Museu do Oriente que decorre desde Junho a Outubro de 2012
27
O País necessita de tomar uma das carruagens para o futuro
Obrigado pela atenção

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