Livro - Plano de Acção de 90 dias com o mangostão

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Livro - Plano de Acção de 90 dias com o mangostão
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Plano de Acção de 90 dias
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Dr. J. Frederic Templeman
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Índice
Plano de Acção de 90 dias com o Mangostão
Índice
Páginas:
Introdução
1
1. O mangostão
2
2. A ciência
3
3. Doenças em que se pode utilizar o sumo de mangostão
5
3.1. Dor
5
3.2. Artrite
6
3.3. Arterosclerose
7
3.4. Diabetes
8
3.5. Problemas de pele
9
3.6. Dificuldades respiratórias
10
4. Dosagens
11
5. Considerações gerais sobre as dosagens
11
6. Contra-indicações no uso do mangostão
14
7. Expectativas pouco realistas
15
7.1. Actividade física
16
7.2. Dieta
17
8. Segurança e efeitos secundários
19
9. Dose de manutenção
21
10. Dose de Tratamento
21
11. Aplicações tópicas
22
Conclusão e Notas
24
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo "instantâneo", em que tudo se acelerou para coincidir com o ritmo
frenético das nossas vidas. A preparação de refeições, os telemóveis, os carros, os
computadores e a Internet, estão cada vez mais rápidos.
Estas mudanças trazem consigo uma expectativa de gratificação instantânea, não apenas
nas questões técnicas, mas em todas as áreas ... mesmo na área da saúde. No entanto,
o título deste livro refere-se a "90 dias" com o mangostão, e não uma semana ou um
mês. Porquê? Porque noventa dias é o período razoável de teste mais curto, para uma
pessoa que esteja a utilizar o mangostão como um alívio terapêutico dos sintomas da
doença crónica.
Doenças como diabetes, cardíacas, cancros, entre outras, podem demorar anos a incubar
e a desenvolver, antes de se tornarem uma ameaça. Uma pessoa não adormece num dia
completamente saudável e acorda no dia seguinte com um linfoma, daí se chamarem
doenças silenciosas. É possível que os danos produzidos por essas doenças crónicas
possam levar meses ou até anos para se manisfestar. Tendo em conta estes dados
porque não fazer prevenção?
No entanto, isto não significa que não há remédio para estes males, mas o alívio pode
demomar tempo e perseverança. Para ilustrar este ponto, vou referir-me aos
bombardeamentos de Londres durante a Segunda Guerra Mundial.
Durante muitos meses o bombardeamento alemão destruiu grande parte da cidade à
noite e durante a manhã os moradores de Londres apagavam as chamas. No entanto,
eles nunca tentavam reconstruir a cidade. Reparavam apenas os danos pois enquanto os
alemães estavam activamente a destruí-la, teria sido inútil. Só quando o
bombardeamento terminou, após meses de destruição, de acumulação de detritos
durante anos de reparação, é que se começou a limpar os destroços antes que
pudessem começar a reconstrução.
O mesmo se aplica ao processo de renovação celular dos nossos corpos. Pode haver
quem sinta melhorias imediatas depois de tomar medidas para corrigir os problemas.
Como não existem duas pessoas exactamente iguais, algumas pessoas respondem mais
rapidamente do que outras, e algumas poderão sentir grandes melhorias enquanto
outras nunca sentirão o efeito pleno desejado.
Isto é devido à variação biológica. É um facto imutável da condição humana: somos
todos diferentes. Portanto o tempo e os resultados podem variar totalmente de um
indivíduo para outro.
1
A regularidade de utilização também é importante. Se tomar três vezes ao dia durante
três meses, as chances de obtenção de bons resultados é superior do que se apenas
tomar uma a duas vezes. Embora este tipo de uso esporádico possa oferecer algumas
vantagens, não é o ideal quando o objectivo é produzir resultados terapêuticos.
O objetivo deste livro é transmitir alguns conhecimentos básicos sobre o uso do
mangostão e da ciência em que se baseia. Ele destina-se a orientá-lo durante os
primeiros 90 dias com o sumo de mangostão.
1 - O MANGOSTÃO
O mangostão é uma fruta roxa pequena do tamanho de uma tangerina, com uma textura
similar ao de uma romã. Na Tailândia é conhecida como a "rainha das frutas" e é
valorizada em todo o mundo pelo seu sabor e valor medicinal.
Na Índia, Tailândia e China, preparações feitas a partir da casca são usadas como
tratamentos antimicrobianos e antiparasitários na disenteria e na diarreia infecciosa,
entre outros.
As qualidades adstringentes da planta também são úteis na prevenção da desidratação e
da perda de nutrientes essenciais no trato gastrointestinal das pessoas com diarreia.
Também aproveitam as propriedades antimicrobianas do mangostão para tratar feridas
infectadas, tuberculose, malária, infecções do trato urinário, sífilis e gonorréia.
Na Ásia, há muito tempo que o mangostão é conhecido pelas suas propriedades antiinflamatórias e, portanto, eficaz no tratamento de doenças de pele eczematosa como
psoríase e seborréia. Nas Caraíbas fazem um chá da casca de mangostão conhecido
como "eau de Cróele" e é usado como tónico para a fadiga e os estados de baixa
energia, sintomas universais vividos por milhões de pessoas em todo o mundo. Os
brasileiros usam um chá similar como agente desparasitante e digestivo. Na Venezuela,
as infecções parasitárias da pele são tratadas com emplastros da casca da fruta,
enquanto que os Filipinos utilizam um preparado da fruta para controlar a febre.
Embora o mangostão seja conhecido em muitas partes do mundo há séculos, foi
recentemente descoberto na América do Norte. Felizmente, o conhecimento dos
benefícios do mangostão está se a espalhar rapidamente e a chegar a países distantes
de onde ele é cultivado.
2
2 - A CIÊNCIA
Entre os médicos alopáticos é muito comum o cepticismo e a falta de conhecimento
sobre a cura através da utilização de produtos naturais.
Essa deficiência não é intencional, mas sim resultado da formação académica, que lhes
ensina a considerar os químicos como o principal tratamento da doença.
Os químicos não são criados para tratar várias patologias no organismo, como
geralmente acontece com os produtos "botânicos" (agentes terapêuticos derivados de
plantas), o que aumenta ainda mais o cepticismo, em relação a um produto natural com
benefícios em tantas áreas.
Eu não era excepção a esta atitude predominante dos médicos alopáticos. Quando há
alguns anos, o Dr. David Morton me falou sobre o mangostão, no começo eu também
tinha as minhas dúvidas sobre os seus vários usos medicinais, pois parecia bom demais
para ser verdade.
O Dr. Morton tinha investigado o fruto minuciosamente e recolhido cerca de quarenta
artigos de investigação que falavam sobre o poderoso potencial medicinal do fruto. No
entanto, ele estava curioso sobre as possíveis consequências que este poderia ter na
prática clínica e precisava da minha ajuda para continuar o seu trabalho.
Antes de poder administrar o sumo de mangostão aos meus pacientes, foi necessário
examinar as provas científicas e ficar satisfeito relativamente à segurança no seu uso
diário.
O Dr. Morton enviou-me a informação que tinha sobre o mangostão e comecei
imediatamente a analisar e a identificar a base dos estudos. Após analisar vários artigos,
encontrei uma nova classe de substâncias biologicamente activas: as xantonas.
As xantonas são um composto químico que está activo na casca e na polpa do fruto do
mangostão. Quimicamente falando, xantonas são polifenóis. As suas moléculas têm uma
estrutura cíclica de seis carbonos conjugados com várias ligações duplas de carbono,
fazendo com que a molécula seja muito estável. Esta estrutura evita que as suas
propriedades sejam destruídas quando aquecidas. Das cerca de 200 xantonas conhecidas
3
na natureza, mais de quarenta estão presentes no mangostão. Ainda não se identificou
outro elemento comestível com tantas xantonas como este fruto.
E quais os atributos das xantonas? Entre vários, começo por falar dos antioxidantes e da
importância destes no nosso organismo.
No nosso corpo existe um processo perigoso que ocorre muitas vezes, por segundo, ao
dia. Este processo é chamado de oxidação, sendo um processo idêntico à ferrugem, que
corrói o ferro. Embora a oxidação seja talvez o fenómeno mais prejudicial que ocorre
regularmente no nosso corpo, é curiosamente, o resultado da actividade mais vital do
mesmo. A oxidação ocorre porque nós precisamos de oxigénio para metabolizar
(alimentos processados que ingerimos em ligações químicas ricas em energia). Nós
podemos usar outro termo para a oxidação para explicar o dano que isso causa: o
envelhecimento. A oxidação é talvez a razão fundamental porque nós envelhecemos,
pois uma consequência da oxidação, é a produção de radicais livres.
Os radicais livres são partículas do tamanho de um átomo que causam grandes danos ao
nosso corpo. Eles não são apenas causados pela oxidação, mas também por poluentes
encontrados nos alimentos que comemos, na água que bebemos, no ar que respiramos,
no stress que sofremos, etc. Os radicais livres são átomos com falta de electrões, que
atacam as células saudáveis do nosso corpo, para ir buscar os que lhes faltam. Estima-se
que o núcleo do DNA de cada uma, dos triliões de células que possuímos, seja atacado
mais do que dez mil vezes por dia pelos radicais livres. O importante a reter, é que os
danos causados pelos incontáveis ataques a nível celular dos radicais livres, contribuem
para todos os tipos de doenças, desde uma constipação a um cancro.
É aqui que as xantonas podem intervir para nos proteger. Actuam nas células do nosso
organismo absorvendo os radicais livres e reduzindo os danos provocados nas mesmas.
As xantonas estão entre os antioxidantes mais potentes e disponíveis a nível biológico.
Por exemplo, em experiências de laboratório, algumas xantonas obtiveram melhor
desempenho que a vitamina E, no que diz respeito à capacidade antioxidante.
No entanto, as xantonas não são as únicas substâncias biologicamente benéficas do
mangostão. As catequinas e outros tipos de polifenóis, são antioxidantes potentes e
também estão presentes em quantidades significativas. Outros ingredientes essenciais
como os polissacarídeos, são responsáveis por alguns dos efeitos antibacterianos e
antifúngicos do mangostão, que também foram observados em experiências
laboratoriais.
Até a química da cor do fruto aumenta a sua eficácia médica. Os pigmentos coloridos dos
vegetais são os responsáveis pela cor roxa do mangostão e são uma fonte de
fitonutrientes benéficos.
4
Inúmeros artigos em jornais de Universidades de Medicina e de Farmácia apresentam
provas laboratoriais que confirmam o poder antioxidante das xantonas do mangostão,
em actividades inibidoras do crescimento de vários cancros humanos, assim como a sua
capacidade de ataque a fungos, vírus e bactérias.
Várias bactérias, incluindo a bactéria Staphylococcus aureus resistente à vancomicina,
foram destruídas por xantonas do mangostão em condições controladas em laboratório.
Nenhum antibiótico existente no mercado, pode fornecer uma protecção eficaz contra
estas bactérias. Mas não há razão para não acreditar que com um suplemento alimentar
simples, isto não seja possível.
Assim, a prova científica do séc. XXI ajuda-nos a valorizar a sabedoria antiga de
Hipócrates, que recomendava: "Deixa que os alimentos sejam a tua medicina”.
3 - DOENÇAS EM QUE PODE UTILIZAR
O SUMO DE MANGOSTÃO:
Estudemos algumas doenças nas quais a administração do mangostão teve benefícios,
bem como alguns dos resultados realistas que se podem esperar.
3.1 Dor
Um dos problemas mais comuns encontrados na medicina é a dor crónica ou aguda.
A dor é uma doença não discriminatória que todos nós experimentamos em algum
momento. As suas causas podem variar, bem como a sua intensidade. No entanto, um
ponto em comum entre a maioria dos diferentes tipos de dor é a enzima COX-2 e sua
estreita relação com a inflamação.
O mangostão tem poderosas qualidades anti-inflamatórias. Isto é importante porque a
inflamação, seja a curto ou longo prazo, provoca inchaço dos tecidos que, por sua vez,
podem comprimir e estimular as fibras nervosas da dor.
A inflamação também provoca a libertação de substâncias químicas que interagem com
terminações nervosas livres para produzir descargas de dor. Estas descargas vão desde a
parte afectada até à espinal medula e ao cérebro. A enzima COX-2 facilita o processo de
5
transmissão mas o efeito anti-inflamatório do mangostão impede ou elimina a pressão do
inchaço dos tecidos e estimula a produção de mediadores da dor, que activam os
nociceptores (dor do nervo). Para além disto, ainda bloqueia a enzima COX-2.
Esta enzima é constitutiva (ou seja, está presente em todos os momentos) no sistema
nervoso central, onde funciona como um promotor da dor. A enzima COX-2 está
presente no resto do corpo somente quando ocorre um dano no tecido e,
eventualmente, se torna um poderoso estímulo pró-inflamatório da inflamação local ou
generalizada.
No sistema nervoso central, esta enzima é responsável por auxiliar na transmissão dos
sinais da dor para a espinal medula e para o cérebro. E também influencia a recepção e
percepção desses impulsos ao nível do córtex cerebral. Supostamente, o mangostão
inibe a dor, bloqueia a acção da enzima COX-2 no sistema nervoso central, afectando
todos os três níveis de geração e percepção de impulsos de dor nos nervos:
.Geração e percepção dos impulsos de dor na periferia.
.Transmissão de impulsos de dor na espinal medula.
.Recepção e interpretação do impulso de dor até chegar ao cérebro.
3.2 Artrite
Na maioria dos tipos de artrite, grande parte dos benefícios do mangostão no alívio da
dor virá dos seus efeitos anti-inflamatórios, que bloqueiam a enzima COX-2. No entanto
o mangostão não provoca os efeitos secundários perigosos a nível gastrointestinal ou
renal dos anti-inflamatórios prescritos ou de venda livre.
O mangostão também pode reduzir a dor neuropática, que na artrite pode coexistir com
a dor inflamatória. Acredito que esse efeito de redução da dor se deve à inibição da
enzima COX-2 e sua acção no sistema nervoso central. Por exemplo, o efeito de bloquear
a enzima COX-2, é talvez responsável pelo alívio da dor relatada pelos pacientes com
síndromes de compressão do disco vertebral, tais como a "ciática", onde o dano do nervo
causado pela "Artrose" é o problema subjacente.
Além de ser uma causa de dor crónica, a artrite é o motivo mais comum para a
inactividade dos idosos. Paradoxalmente, a inactividade é um dos principais factores que
6
pioram a artrite. A inactividade pode causar fraqueza muscular, redução da flexibilidade
e até mesmo depressão. Independentemente do tipo de artrite ou estágio
e
da doença, o
exercício físico adequado, sob a supervisão de um fisioterapeuta ou terapeuta, não é
apenas possível, mas também altamente recomendável. Superar o medo da dor
associado com o início de um programa de exercícios para a parte superior, requer
re
apoio
e incentivo.
Além disso, acredito firmemente que requer o uso do mangostão para
produção de energia e a modulação da dor e da ansiedade.
3.3 Arteriosclerose
As estatísticas indicam que mais de metade das pessoas morrem em consequência da
arteriosclerose (ataques cardíacos e derrames cerebrais). No entanto, estas estatísticas
não representam uma sentença de morte. A arteriosclerose é uma doença em grande
parte do estilo de vida moderno. É o resultado do colesterol elevado, da
d tensão alta e
inflamação, condições que podem ser controladas em grande parte com bom exercício,
dieta e suplementos nutricionais.
Existem dois tipos de colesterol: o HDL (lipoproteína de alta densidade) e LDL
(lipoproteína de baixa densidade). O colesterol
colesterol LDL é o colesterol mau e o colesterol HDL
é o colesterol bom. No processo de arteriosclerose, os problemas começam quando há a
oxidação de lipoproteínas de baixa densidade. E o mangostão pode ajudar intervindo
neste processo de oxidação. Na Tailândia e Taiwan, dois grupos de pesquisadores
médicos descobriram que a casca do mangostão (as xantonas do mangostão), mostrou
ter uma actividade mais potente a nível antioxidante que a vitamina E.
Alguns cientistas australianos estudaram a mesma xantona em experiências
experi
com
lipoproteínas de baixa densidade e com poderosos oxidantes. A xantona protegeu com
sucesso da oxidação da lipoproteína de baixa densidade por radicais livres.
Dois dos maiores factores de risco que contribuem para doenças cardíacas, é ser-se
ser
do
sexo masculino e ter predisposição genética para a doença. No caso de ser homem com
parentes do sexo masculino que faleceram de doença cardíaca, o risco é ainda maior.
Felizmente, mesmo estes factores genéticos podem ser reduzidos consideravelmente.
Com uma
a dieta adequada, actividade física e suplementos bem sucedidos pode controlar
o colesterol, melhorar a saúde do coração e sistema circulatório, e reduzir as hipóteses
de arteriosclerose, apesar da predisposição genética para a doença.
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3.4 Diabetes
Na diabetes tipo I, todas as células beta (células que produzem insulina) no pâncreas
foram destruídas. Para sobreviver, os diabéticos tipo I precisam de ter administrações de
insulina. Nestes pacientes, o controle da glicemia é geralmente muito problemático, já
que os níveis variam muito.
Observámos os seguintes efeitos benéficos em pacientes com diabetes tipo I, com o uso
do mangostão como um complemento: melhor controle da glicemia (açúcar no sangue),
já que reduz a amplitude das variações de glicose no sangue. Diminuição na frequência
da infecção.
Ainda que a protecção em complicações da diabetes não se verifique a curto prazo, não
há razão para crer, com base em observações de laboratório e em teorias sobre as
doenças que danificam as terminações nervosas dos órgãos (coração, olhos, nervos, rins
) que não possam ser minimizadas consideravelmente em todos os tipos de diabetes.
A diabetes tipo II está principalmente associada com a obesidade. Também tem uma
forte componente genética que aumenta o risco de contrair a doença.
A diabetes do tipo II (antigamente chamada de diabetes do adulto), agora é comum
entre crianças e adolescentes obesos. De facto, a epidemia de obesidade no paises
ocidentais também ajudou a diabetes tipo II a atingir proporções epidémicas.
Em pacientes diabéticos tipo II recém diagnosticados (primeira fase), e em especial nos
obesos, o mangostão parece ter um efeito benéfico, ao reduzir o desejo por
carbohidratos, facilitando assim a perda de peso, o que é muito importante no controlo
da evolução da doença. Além disso, os diabéticos tipo II sofrem de reduções
significativas nos níveis de açúcar no sangue ao comer a fruta integral do mangostão.
Uma ressalva: os diabéticos muitas vezes acreditam que o efeito benéficos do
mangostão na glicose no sangue, pode baixar a atenção em relação a restrições
dietéticas e tentam "enganar" descaradamente com calorias proibidas. Esta acção
destrutiva anula os benefícios deste maravilhoso complemento alimentar.
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3.5 Dermatopatia
É a denominação genérica das doenças que afectam o sistema tegumentar, que é o
sistema de protecção dos corpos dos seres vivos e engloba a pele, pêlos, unhas e
glândulas. Ele é composto por camadas como a derme e a epiderme (parte mais
externa). Reveste todos os órgãos vivos e constitui uma barreira de protecção contra a
entrada de micro organismos no ser vivo.
As doenças de pele estão muitas vezes relacionadas com a inflamação (dermatite e
eczema), infecção (feridas, micose, acne e impetigo) ou disfunção de crescimento
(psoríase e seborreia). O cancro e danos causados pela exposição solar, completam as
demais causas comuns de doenças da pele.
O mangostão foi usado durante séculos na medicina popular para tratar estes problemas.
Quem toma o sumo de mangostão dá crédito à sua eficácia para atenuar os efeitos
secundários dos químicos potentes que a medicina tradicional utiliza, tais como os
esteróis. Os esteróis geralmente proporcionam apenas resultados moderados para
condições crónicas, tais como a psoríase ou a seborreia.
O mangostão tem sido utilizado com sucesso em aplicações cutâneas para fungos.
Verifiquei por experiência própria, que em adultos com infecção do canal do ouvido (otite
externa), a gaze embebida em mangostão é mais eficaz do que gotas de antiinflamatórios e antibióticos prescritos.
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3.6 Doenças Respiratórias
O mangostão intervém em vários pontos da evolução de problemas respiratórios.
O seu efeito antiviral, antibacteriano e antifúngico pode reduzir a frequência das
infecções pulmonares e reduzir os danos cumulativos dos tecidos. Devido à eficácia da
fruta são necessários menos antibióticos para combater a doença pulmonar obstrutiva
crónica e a asma, o que reduz as hipóteses de desenvolver resistência às drogas.
Nas doenças pulmonares os efeitos anti-inflamatórios
anti inflamatórios das xantonas reduzem a
inflamação e os danos celulares e também ajudam a prevenir o aparecimento da
hipertensão pulmonar que é mortal.
Como o mangostão tem também um potente efeito antioxidante, pode intervir em todos
os processos das doenças onde os radicais livres danificam as células, quer por
inflamação (no caso de bronquite crónica e asma) ou pela destruição elástica dos
alvéolos no enfisema.
As doenças acima mencionadas são as razões mais comuns para a utilização do
mangostão, mas existem
m outras. Para obter uma lista mais detalhada sobre os benefícios
do mangostão quando utilizado pelas suas propriedades medicinais, consulte o folheto
"As aplicações médicas do mangostão".
Lá encontrará 1 solução, o sumo de mangostão, para 44 problemas que
qu abrangem a
Saúde em geral, gastro-intestinal,
intestinal, da pele e emocional, para além do Sistema CárdioCárdio
vascular, nervoso, imunológico, músculo-esquelético,
músculo esquelético, metabólico e Urinário.
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4 - FREQUÊNCIA DA DOSAGEM
Antes de iniciar a explicação sobre a frequência da dosagem, devo referir um tema
importante, que diz respeito à absorção do mangostão pelo organismo. Numerosas
xantonas e outras substâncias benéficas do mangostão são lipossolúveis. Isto significa
que, se não houver gordura no intestino, quando o fruto é consumido as substâncias não
são absorvidas completamente. Se vai tomar o sumo sem mais nenhum alimento, deve
comer juntamente umas amêndoas cruas, pois isto lhe dará a gordura necessária para o
intestino absorver as propriedades da fruta. Caso contrário, ele é absorvido melhor
quando tomado com uma refeição leve.
É muito importante tomar três doses por dia quando se usa o mangostão para controlo
sintomático da doença crónica. Este programa é tão importante quanto a quantidade que
você consome, porque os níveis no sangue e tecidos dependem do consumo constante
durante o dia das xantonas do mangostão. Como qualquer alimento que comemos, os
elementos do mangostão têm um período previsível durante o qual estarão presentes no
sangue e tecidos do corpo antes do organismo os absorver ou eliminar.
"A meia-vida de uma substância, é uma medida que indica quanto tempo leva para que
se observe metade do montante, antes desta desaparecer do corpo. Em geral a meiavida de uma xantona no seu corpo é cerca de cinco horas após a ingestão. Neste período
se não consumir mais, o percentual do montante restante irá desaparecer, e assim por
diante, até desaparecer completamente".
5 - CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE AS
DOSAGENS
Para determinar se o consumo diário de quantidades ainda maiores de sumo de
mangostão não era perigoso, foram realizados dois estudos em roedores. Os resultados
de ambos mostraram que não houve mudança no comportamento ou qualquer mudança
adversa nos tecidos dos órgãos a nível microscópico. Os ratos foram estudados
administrando quantidades comparativas de produto que seria quase impossível para um
ser humano consumir num dia.
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Quando todos os órgãos vitais foram examinados histologicamente num microscópio, não
apresentaram alterações nocivas a nível celular.
Como resultado dos estudos e outras observações em seres humanos, é razoável
concluir que é impossível consumir sumo de mangostão em quantidades tóxicas. Então,
quanto é o suficiente? Quanto é o ideal?
Até mais respostas clínicas serem processadas e concluídas outras experiências, nós não
sabemos qual será a dose ideal para todas as patologias. Tal precisão virá, mas vai
demorar para chegar, especialmente para doenças raras.
Por agora, eu menciono
aqui as minhas recomendações para as seguintes doenças e as razões das
recomendações.
Quando eu comecei a usar o produto com os meus pacientes tinha uma disponibilidade
limitada de sumo. Não podia fornecer mais do que uma dose por dia. Mesmo com esse
valor mínimo observava respostas clínicas significativas.
Por exemplo, produziu um aumento de energia e imediatamente se notou os seus efeitos
anti-inflamatórios. O tratamento no caso destas condições de saúde com o padrão de
intervenção médica tradicional e da naturopatia é inferior.
Mais tarde, quando a disponibilidade do produto aumentou já pude sugerir um aumento
da posologia, e notei que, quando se consumia uma dose única diária, os benefícios
pareciam ser maiores com 120 ml. No entanto, eu percebi que eu poderia obter
melhores resultados com uma dose de 30ml três vezes ao dia, pelos motivos que referi
atrás acerca da duração dos benefícios no organismo.
Durante três anos observámos consumidores a tomar o sumo em quantidades variáveis.
Uma dose uma vez ao dia (30 ml), parece ser suficiente para trazer benefícios
preventivos e alguns efeitos terapêuticos. No entanto, os resultados terapêuticos são
mais rápidos e mais eficazes no início, quando o sumo é consumido três vezes ao dia
com as refeições em quantidades de uma a três doses (30 a 90ml) em cada toma.
Apenas pequenos benefícios adicionais foram observados em doses de 120 ml em cada
toma com as refeições tal como com uma dose de 150 ml, salvo patologias graves.
Estamos a acompanhar de perto o que os consumidores usam, para ser mais preciso
com as minhas recomendações e comunicar rapidamente as conclusões alcançadas.
Alguns pacientes com cancro utilizaram outro regime com sucesso. Nesta situação
recomenda-se o consumo de 240ml a cada refeição (uma garrafa por dia) por 21 dias.
Acho que o Dr. Vicent, um quiroprático do Michigan foi o primeiro terapeuta a
recomendar este regime.
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Eu pessoalmente não recomendo este esquema, e mais à frente falarei acerca disto.
Gostaria também de referir que no âmbito deste regime também é recomendado a
ingestão de 4 lts de água por dia para ajudar a libertar as toxinas do organismo.
Sabemos que não há cura para o cancro, apenas tratamentos. Não há nenhuma
intervenção, dentro ou fora do padrão da medicina tradicional, com êxito suficiente com
vista à previsão da remissão do cancro que mereça ser chamada de cura. O mangostão
tem demonstrado uma potente actividade contra o cancro em muitas culturas de células
feitas em estudos laboratoriais. Foi demonstrado que é seguro e não tem níveis tóxicos
quando consumido por via oral. Na minha opinião, é razoável a utilização do mangostão
como uma intervenção botânica para o cancro.
No entanto, gostaria de salientar que eu não recomendo o mangostão como o único
tratamento para o cancro ou como um substituto para o tratamento médico padrão.
Eu realmente acredito que, apesar dos receios infundados dos oncologistas, o mangostão
pode ser utilizado diariamente em doses elevadas, juntamente com os tratamentos de
quimioterapia e radiação.
Alguns estudos médicos apoiam esta posição a favor do mangostão com mais firmeza
que a posição contrária da oncologia, em que o uso de antioxidantes em doses elevadas
é perigoso.
Falemos agora do “desafio dos 21 dias", como eu chamo ao regime do Dr. Vincent.
Se tomado diariamente, uma garrafa de sumo de mangostão e 4 litros de água,
juntamente com o teor de água considerável existente nos alimentos ingeridos, isto
representa uma quantidade muito significativa de água ingerida.
Se não houver nefropatia (lesão ou doença do rim), insuficiência cardíaca congénita ou
qualquer outra condição médica onde a sobrecarga de líquidos pode causar um problema
grave, o organismo no seu estado normal pode tolerar com segurança este volume de
líquidos, removendo o excesso com facilidade. Qualquer disfunção do coração ou dos
rins elimina a barreira de segurança, logo as pessoas com estes problemas não devem
fazer este desafio.
O prazo de 21 dias é um prazo razoável para se fazer uma avaliação da intervenção do
mangostão. Não será produtivo continuar com o desafio, se após 21 dias não se registar
que o crescimento do cancro estacionou ou diminuiu de acordo com novos exames. Se o
cancro foi avaliado quando se inicia o desafio, 21 dias é um período de teste apropriado
para se verificar se foi alcançado algum progresso. Para se chegar a uma conclusão
válida, é necessário realizar um novo estudo, após 21 dias.
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Portanto, de acordo com as medidas preventivas mencionadas, não vejo que este regime
seja prejudicial. No entanto, lembro que deve ser utilizado como complemento aos
cuidados utilizados na medicina tradicional e alternativa.
Finalmente, quanto ao uso do mangostão em doses elevadas, reitero que não se
conhecem níveis tóxicos em absoluto, nem mesmo no caso de um regime de uma dose.
Eu faço estas recomendações com base no meu conhecimento e observação do produto
em relação ao seu impacto sobre os consumidores. No entanto, eu não tenho ainda
dados suficientes para dar sugestões definitivas.
6 - CONTRA-INDICAÇÕES NO USO DO
MANGOSTÃO
A contra-indicação é um motivo para não se usar algo em particular para uma
determinada condição/situação. Com relação ao mangostão só conheço uma, a
Policitemia rubra vera, que é uma doença rara em que por razões desconhecidas o
organismo produz glóbulos vermelhos em excesso. Todavia e em vários casos em que
pacientes com esta patologia tomaram pequenas doses, a doença veio inclusivé a
regredir.
Os pacientes anémicos que sofrem de anemia por deficiência de ferro ou doença crónica,
como por exemplo Nefropatia (lesão ou doença do rim) tiveram aumento significativo do
número dos glóbulos vermelhos, provavelmente estimulado pelo mangostão. Pacientes
com policitemia também tiveram aumento no volume dos glóbulos vermelhos.
Em pacientes normais não se registou aumento.
Pacientes que tomam Coumadin ou Varfine podem usar o sumo. O problema dos
alimentos e as interacções medicamentosas com varfarina não é a escolha dos
alimentos, mas a regularidade com que você come os alimentos que podem interagir
com o fármaco. Por exemplo, comer espinafres diariamente em quantidades constantes
não cria um problema para os pacientes que tomam este tipo de medicamentos, se
comer com moderação.
O mangostão parece interagir bem com o Coumadin e não contém vitamina K (o antídoto
de Coumadin). No entanto, como precaução, eu recomendo que os usuários de
Coumadin tomem exactamente a mesma quantidade de sumo todos os dias antes de
realizarem um INR (teste laboratório para ver os efeitos da varfarina) entre o quarto e o
quinto dia após começaram a usar o mangostão para ver se há necessidade de fazer
uma mudança na medicação.
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Além disso, sugiro que até novo aviso, os doentes e as pessoas com hemocromatose (
doença na qual ocorre depósito de ferro nos tecidos em virtude de seu excesso no
organismo) e com transplantes não usem mais do que 30 ml por dia. Estamos a reunir
dados para determinar a dose ideal nestas condições, assim esta sugestão é fornecida
como uma precaução.
Finalmente, aqueles com alergia conhecida aos ingredientes do sumo do mangostão ,
não devem tomá-lo.
Os motivos das minhas recomendações são o resultado da avaliação dos consumidores
que tomam o sumo.
7 - EXPECTATIVAS POUCO REALISTAS
Como indicado acima, o uso do mangostão não provoca uma melhoria imediata para a
maioria dos problemas de saúde crónicos, especialmente nos estados mais avançados.
Entretanto, o uso sistemático e contínuo do sumo pode muitas vezes provocar alívio nas
doenças perigosas. A chave para esse alívio é seguir com compromisso o regime de
doses estabelecido que atenda às suas necessidades. Uma vez que este regime é
determinado, basta segui-lo todos os dias.
Há também uma crença equivocada na indústria dos produtos naturais sobre a existência
de uma "fórmula mágica" ou uma panaceia (remédio que curaria todos os males)
simplesmente por tomá-la diariamente. Infelizmente, isso não acontece.
O mangostão, fruto sobre o qual alguns defensores demasiado entusiastas fazem
observações exageradas, definitivamente não é uma panaceia. Todavia, na minha
opinião, é o suplemento mais extraordinário que surgiu no mercado nas
últimas décadas .... Ou talvez em toda a história.
Estudos têm demonstrado que a esperança média de vida dos americanos está a
aumentar. Mas mostra também que, em média, os americanos vão sofrer de doenças
durante mais tempo que os cidadãos de outros países desenvolvidos. Isto faz-nos
perguntar: porquê acrescentar anos de vida, quando a qualidade desses anos vai trazer
mais sofrimento do que prazer?
Ao contrário da crença popular, as doenças podem ser evitadas com a idade. Com uma
boa alimentação, actividade física adequada e uma administração inteligente de
suplementos, pode ir contra a corrente...
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Quando se trata de melhorar a saúde, não chega sentar-se numa cadeira a comer um
hambúrguer e acrescentar um pouco de sumo de mangostão (ou qualquer outro
suplemento) à sua bebida. A melhor embalagem para manter os efeitos benéficos da
fruta do mangostão é um corpo saudável.
Isso pode não parecer lógico, se considerarmos que muitos consumidores ingerirão
mangostão para melhorar a sua saúde. O ponto a que eu estou a tentar chegar, é que o
uso de suplementos pode não ser tudo o que podemos fazer para melhorar a nossa
saúde.
Por isso são chamados de suplementos e não de substitutos!
Enquanto vos falo acerca das investigações sobre a utilização do mangostão nos
primeiros 90 dias também vos quero reforçar que a actividade física e uma nutrição com
uma dieta adequada e bons hábitos em sua vida, são igualmente muito importantes.
7.1 Actividade Física
Nos EUA, o presidente do conselho do bem-estar físico lançou uma
campanha chamada "O desafio do presidente". O desafio incentiva as pessoas a fazerem
exercício pelo menos trinta minutos por dia, cinco dias por semana. Embora o programa
não forneça especificações para o tipo de actividade física, ou intensidade, é um bom
guia para levar uma vida mais saudável.
Muitos centros de saúde apresentaram os seus programas recomendados de actividade
física. Pela minha parte, sugiro, como um regime aceitável, vinte minutos de exercício
vigoroso, pelo menos três dias por semana. Uma intensa actividade física pode incluir
levantamento de pesos, praticar desportos, corrida, e outras actividades semelhantes. O
factor importante é aumentar a frequência cardíaca e proporcionar uma formação
adequada para os grupos musculares do corpo.
E para isso precisamos estudar de acordo com a idade e o estado de saúde de cada
pessoa, qual a frequência e os programas de exercícios mais indicados para cada caso.
Essa consulta deve ser feita por um médico ou fisioterapeuta e de acordo com a sua
patologia há exercícios compativeis, por exp. se sofre de artrite, exercícios de baixo
impacto ou hidroginástica serão mais adequados. Esses exercícios vão reduzir a tensão
muscular e o impacto sobre músculos e articulações, o que poderia aumentar o seu
desconforto, sem deixar de trazer os benefícios da actividade física.
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É difícil começar um programa de actividade física sozinho. Será mais fácil se for feito
com um parceiro para ajudá-lo a se manter firme na sua decisão e, portanto, o exercício
tornar-se-á numa actividade social.
Também é importante avaliar os limites da sua condição física antes de iniciar o
programa de actividade física. O risco de tensão muscular ou excesso de esforço pode
ser doloroso e até perigoso. Há vítimas de enfarte que o sofreram porque realizaram
actividades físicas vigorosas para as quais não estavam habituadas.
O rápido aumento da frequência cardíaca e da tensão arterial, muitas vezes ser
provocado por actividades tais como levantamento de pesos ou exercícios vigorosos fora
do habitual, sendo este muitas vezes o condicionador. Se planeia uma actividade física
vigorosa como exercício e tem mais de 45 anos, vou dar um bom conselho: primeiro fale
com um médico. Também é uma boa ideia consultar um especialista em exercício físico.
7.2 Dieta
Provavelmente todos nós estamos familiarizados com a roda dos alimentos, uma
estrutura que exibe as porções diárias de cada tipo de alimento para o corpo. A roda
existe há décadas, mas não foi bem sucedida como guia para uma dieta saudável.
No entanto, recomenda-se uma nova e melhorada roda dos alimentos, e que tem como
base a Dieta Mediterrânica que inclui também instruções sobre actividade física.
Apesar da existência desta roda dos alimentos que fornece uma melhor orientação, há
hoje uma outra epidemia no mundo ocidental que traz outros problemas nutricionais que
também devem ser tidos em conta.
Esta epidemia chama-se obesidade, 65,7% dos norte americanos (e no mundo ocidental)
têm excesso de peso, e nos últimos anos esta tendência aumentou 30%. Estas
percentagens são bastante alarmantes.
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Tendo em conta que a obesidade é a principal causa da diabetes tal como do
cancro e da arteriosclorose, pode ser possível evitar a diabetes principalmente
através do estilo de vida.
A obesidade está directamente relacionada com a falta de actividade física e uma
alimentação excessiva. À medida que aumentou a quantidade de restaurantes de “fast
food”, também temos assistido a um aumento do número de doenças como diabetes,
doenças cardíacas, cancro e obesidade. As calorias não-nutritivas de produtos com alto
índice glicémico, como refrigerantes e doces, também contribuem para o aumento destes
números.
Num estudo recente, constatou-se que o orçamento para publicidade da McDonald’s foi
superior a 500 milhões de dólares em todo o mundo. A Coca-Cola também teve um
orçamento para publicidade de mil milhões de dólares, tal como outras empresas de fast
food, doces e refrigerantes.
E o orçamento do Instituto Nacional de Cancro?
O seu orçamento anual total para anunciar o programa "cinco frutas por dia" foi um
milhão de dólares, "um milésimo do orçamento equivalente ao do fast food”.
Estima-se que os nossos filhos vêem mais de dez mil anúncios e propagandas de
alimentos por ano. Com base nestes números, não há dúvida sobre quais os produtos
que estão a tomar conhecimento.
No entanto, isto não é necessariamente motivo para desespero. Com bons incentivos dos
pais comprovou-se que as crianças vão escolher alternativas mais saudáveis para as suas
dietas.
A epidemia de obesidade em adultos pode alterar-se significativamente com uma simples
mudança na dieta e um compromisso mínimo de actividade física.
A diminuição da ingestão de calorias e menos opções de alimentos gordurosos é um
ponto de partida, mas a base da sabedoria nutricional é uma dieta equilibrada e
saudável.
Os alimentos não processados, frutas e legumes estão prontamente disponíveis e são tão
agradáveis quanto os seus equivalentes fritos e excessivamente elaborados.
Eu não sou nutricionista, nem o é a maioria dos médicos, por isso vai precisar de mais
informação do que o proposto aqui para aprender questões fundamentais, mas isso é
uma tarefa que deverá realizar com a ajuda de um especialista.
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8 - SEGURANÇA E EFEITOS
SECUNDÁRIOS
Já fiz referência quanto à segurança no uso do mangostão, no âmbito dos meus
comentários anteriores, mas agora vou explicar com mais detalhe esta importante
questão. Tal como acontece com as intervenções terapêuticas, quando se começa a usar
o mangostão também se podem verificar efeitos colaterais e reacções indesejáveis. No
entanto, estes não são perigosos como os efeitos colaterais dos fármacos.
O sumo do mangostão tem a fruta inteira, como tal, ele contém vitaminas que existem
apenas em compostos naturais e biológicos, nas proporções que a natureza
naturez escolheu.
Não existe nenhuma preparação para concentrar o sumo de fruta ou torná-lo
torná
mais
poderoso do que ele é no seu estado natural.
Ao contrário, os fármacos são compostos sintéticos que contêm fórmulas moleculares
que não estão no seu estado natural. Além disso, os fármacos foram concebidos e
sintetizados na maioria das suas fórmulas para fornecer potência máxima. Portanto, não
é surpreendente que muitos dos medicamentos tenham efeitos colaterais potencialmente
fatais, o que não acontece na grande maioria
maioria dos produtos de origem vegetal.
Alguns dos efeitos colaterais que podem surgir com o uso do mangostão
podem ser classificados como leves reacções alérgicas, enquanto que outros
estão na categoria de reacções de desintoxicação ou de crise de cura.
O mangostão
ngostão é uma fruta e, como com qualquer outra fruta, algumas pessoas podem
ser alérgicas a ele. Embora essas alergias não ponham em perigo a vida, são um
inconveniente. Entre os sintomas mais comuns de reacções alérgicas estão a
vermelhidão, o inchaço, a comichão e os pruridos. Se uma pessoa registar qualquer um
destes sintomas, quando toma o sumo de mangostão, deve parar de o fazer até que os
sintomas desapareçam e depois retomar a toma com uma dose menor. Às vezes, a dose
não deve ser mais do que uma colher
colher de chá de 5 ml tomada junto com alimentos. Se
não houver nenhuma reacção alérgica, pode ser feito o aumento gradual da dose, com
uma adição de 5 ml por dia ou em dias alternados. Este aumento gradual permite um
processo de sensibilização e aceitação de doses mais elevadas, sem reacções adversas,
por parte do organismo.
No entanto, se a erupção cutânea ou outros sintomas persistirem, é prova suficiente de
que a pessoa afectada não pode tomar o sumo.
Felizmente, reacções alérgicas que impeçam a utilização
utilização do sumo são raras.
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A seguir destaco alguns dos efeitos colaterais ou outros sintomas, que embora possam
ser o resultado de uma alergia, é mais provável que sejam a evidência de uma reacção à
crise da cura ou de uma desintoxicação.
Esses estados são temporários e benignos.
O pior que pode acontecer é causarem algum tipo de desconforto.
Ao começar a tomar o sumo de mangostão, algumas pessoas tiveram dor passageira nas
articulações, dores de cabeça leve, dores musculares, dor de estômago, diarreia, insónia
ou sono interrompido. Se os sintomas se repetem e persistem por mais de duas semanas
depois da interrupção da toma e ainda depois de se reiniciar a toma do sumo de
mangostão numa dose mais baixa, pode concluir-se que se trata de uma reacção alérgica
e que a pessoa afectada não pode tomar o sumo. Se os sintomas forem toleráveis e
apenas desagradáveis, não há necessidade de interromper ou parar de usar o sumo pois
os sintomas acabarão por desaparecer.
Se ao começar a tomar o sumo tiver náuseas, vómitos ou erupção cutânea generalizada,
deve parar e consultar um médico. Não deverá fazer um teste e reiniciar o seu uso,
mesmo em pequenas quantidades, sem antes consultar um médico. Lembre-se também
que o aparecimento de sinais ou sintomas de uma doença grave podem coincidir com o
início do uso do sumo do mangostão, ao invés de serem simplesmente efeitos
secundários da fruta, daí a importância desses sintomas serem analisados por um
médico.
Lembro-me de um episódio de hemorroidas que ocorreu após um consumidor começar a
usar o sumo. A pessoa que sofreu o sangramento só parou de tomar e não foi fazer uma
consulta com um médico para perceber de onde vinha esse sinal potencialmente
perigoso de uma doença grave. Descobriu-se mais tarde que o sumo nada tinha a ver
com o sangramento e nem era um efeito colateral.
Acrescento ainda que o mangostão não é um fruto potencialmente alérgico, como por
exemplo o morango.
Pode-se também fazer um teste semelhante aos habitualmente feitos em laboratório.
Para saber se é alérgico antes de tomar o sumo, deve limpar uma área abaixo do braço
onde a pele é mais suave. Com um alfinete ou agulha desinfectados com álcool etílico,
deve picar essa zona da pele com cuidado e superficialmente, para extrair sangue. De
seguida deve humedecer essa parte com sumo aplicado numa gaze, colocando-a sobre a
ferida. Se não houver nenhuma reacção visível (por exemplo, inchaço, vermelhidão,
comichão ou prurido) após 36-48 horas, pode começar a tomar o sumo, caso contrário
deverá ter cuidado e começar a usar o sumo em doses não superiores a 5 ml, porque
poderá ser alérgico ao fruto.
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9 - DOSE DE MANUTENÇÃO
Muitos consumidores que usam o mangostão não têm nenhuma doença grave. Na
verdade, uma pergunta que recebo com frequência é: Porque devo tomar o sumo se
estou saudável? A resposta é simples: "é melhor prevenir do que remediar".
A melhor coisa que alguém pode fazer pelo seu corpo é protegê-lo de doenças e outras
agressões. Dado que existem infecções e outras agressões ao nosso redor, temos de
estar constantemente alerta. Não basta apenas protegermo-nos na temporada das
gripes, ou quando uma infecção nos está a atacar. Temos de aumentar continuamente
as defesas do nosso corpo e fortalecer o nosso sistema imunitário.
Tomar uma dose por dia de sumo de mangostão é a melhor maneira de
protegermos o nosso organismo. Nós chamamos-lhe dose de manutenção e devemos
tomá-la diariamente e de preferência sempre no mesmo horário.
A maneira mais fácil de garantir que isso aconteça é tomar 30 ml ou mais na mesma
refeição todos os dias. É importante não esquecer de agitar a garrafa antes de servir
para que a parte sedimentar se misture uniformemente.
A dose de manutenção de uma vez ao dia, aumenta a protecção interna contra as
infecções virais, bacterianas e parasitárias. No entanto, este aumento da protecção não
significa uma prevenção total. Quando uma infecção ataca e se transforma naquilo a que
se chama de fase aguda (mais de uma semana a dez dias), há necessidade de fortalecer
ainda mais o sistema imunitário, tornando-se conveniente tomar conjuntamente 50 mg
de zinco elementar uma vez ao dia, com uma dose dupla de mangostão até que a
infecção diminua e esteja sob controlo.
Para além de proporcionar uma maior protecção contra a infecção, os consumidores do
sumo de mangostão também tendem a apresentar mais energia, um funcionamento
mental mais claro e uma maior sensação de bem-estar.
10 - DOSE DE TRATAMENTO
. 30 ml ou mais, várias vezes ao dia conforme a patologia.
. Tomar com comida.
. Agitar a garrafa antes de servir para que a parte sedimentar se
uniformemente.
misture
. Maior protecção contra a fadiga e infecções.
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"Para aqueles que sofrem de uma condição que necessita de atenção urgente, o uso da
dose de Tratamento é o mais indicado. Esta dose não é para todos e, em alguns casos
pode produzir efeitos colaterais como obstipação ou diarreia."
A causa destes efeitos colaterais deve-se à introdução súbita no organismo do sumo em
grandes quantidades. No entanto, estes efeitos não são perigosos mas apenas um
inconveniente que é facilmente ultrapassável com a redução da dosagem.
Outra razão para usar a dose de Tratamento é quando se sentir adoentado. Por
exemplo, se acordar com a garganta irritada ou congestionado, se sentir desconforto
físico ou mal estar, deverá mudar para esta dosagem.
Mas lembre-se que se os sintomas se mantiverem, ou seja, se o seu organismo não
reagir aos benefícios do mangostão, deverá procurar atendimento médico de imediato.
Para uma dose de Tratamento do mangostão, os usuários devem tomar o dobro da
quantidade que usam regularmente como dose de manutenção ou terapeutica. Se nunca
tiver tomado o sumo, deve tomar o dobro da quantidade recomendada para a sua
condição. A dose pode ser repetida quatro vezes ao dia, em intervalos similares às
refeições.
Resumo da dose de Tratamento - Para os usuários que necessitam de um efeito
rápido:
. Pode causar efeitos colaterais menores (diarreia ou prisão de ventre).
. Deve aumentar-se a dosagem e as tomas até 4 doses, para atingir o efeito
pretendido e apenas reduzir quando os sintomas
diminuírem.
11 - APLICAÇÕES TÓPICAS
Em alguns casos, o uso oral do mangostão pode não ser suficiente para resolver algumas
doenças em particular. Para as doenças de pele, por exemplo, além de tomar oralmente
para que se produza um efeito interior pode também usar a fruta externamente em
aplicações tópicas.
Úlceras nas pernas ou nos pés, se são resultado de má circulação venosa na parte
inferior das pernas (insuficiência venosa) ou complicações da diabetes, podem ser
tratadas aplicando directamente o sumo da garrafa, embebido numa gaze nas zonas
afectadas; isto é benéfico para vários tipos de úlceras que são resistentes à cicatrização.
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(Lembre-se que devido ao seu baixo valor de PH, o sumo de mangostão pode causar
uma sensação temporária de ardor desagradável.) Portanto, tenha cuidado quando
aplicar em feridas abertas ou que sangram.
Em algumas doenças de pele tais como o eczema, queimaduras ou escoriações, a
pele pode abrir rachas ou ficar em carne viva. Quando isso acontece, o melhor é aplicar
directamente sobre a lesão, o sumo no estado líquido ou em forma de pomada.
Mas quando a pele está intacta, como por exemplo na psoríase ou na seborreia, deve
aplicar-se o sumo na forma concentrada de maneira a que penetre na pele. Para este
tipo de preparações, terá que recorrer aos serviços de uma farmácia que se dedique à
preparação de compostos, combinando o sumo concentrado numa preparação que pode
levar os componentes solúveis na água do mangostão e a sua consistência pode ser mais
espessa ou mais líquida.
Logo que a preparação esteja pronta, os usuários podem começar a tratar a zona
afectada de forma tópica. O método sugerido é colocar uma camada generosa do
preparado na zona afectada e cobri-la com uma gaze.
Se a lesão é na mão, poderá cobri-la com uma luva de látex para proteger durante a
noite. De manhã o preparado já terá sido completamente absorvido.
Se a condição permanecer inalterada após uma semana de tratamento vai obrigar a uma
maior concentração do mangostão na preparação combinada. Se houver uma reacção
alérgica ou se o tratamento for doloroso ou desconfortável, então suspenda o uso e, se
necessário, deve obter um parecer médico. Se a doença de pele for curada, pode
suspender o tratamento tópico e tudo o que é necessário para evitar a recorrência da
doença, será manter a toma oral do sumo de fruta.
O tratamento tópico de lesões orais também pode ser feito com a preparação
concentrada. Qualquer lesão oral que não cicatriza deve ser avaliada por um médico ou
um dentista, mas lembre-se que pode causar dor temporária. Pacientes que tenham feito
uma tonsilectomia (excisão das amígdalas) não devem fazer gargarejos ou bochechos
com o sumo, pois podem sentir dores.
Durante o tratamento tópico, os usuários não devem parar de tomar o sumo de
mangostão oralmente. Devem continuar com o seu uso interno e o uso tópico
como terapia adjuvante.
Antes de usar o mangostão no rosto, lembre-se que ele pode causar uma descoloração
temporária na sua pele.
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CONCLUSÃO
"Na minha opinião, o mangostão é o produto mais incrível que já apareceu no mercado
dos suplementos nas últimas décadas. É uma fruta que tem uma grande variedade de
aplicações medicinais. As suas propriedades preventivas são ainda mais impressionantes
do que as suas propriedades terapêuticas. No entanto, sem o uso regular e consistente
apenas experimenta alguns benefícios da fruta. Se procura no sumo de mangostão os
resultados terapêuticos, siga as instruções que são explicadas neste livro e continue com
as mesmas práticas muito depois dos 90 dias com a utilização do fruto".
Escrito por DR. J. FREDERIC TEMPLEMAN
Médico certificado pelo conselho médico dos Estados Unidos e Canadá, tem mais de vinte
anos de experiência clínica. Como director médico do Phytoceutical Research, o Dr.
Templeman é solicitado internacionalmente como orador e autor sobre saúde, nutrição e
as propriedades curativas da fruta do mangostão.
Nota: Os gráficos e logos neste livro foram adicionados para tornar a sua leitura mais
agradável, não fazem parte do manuscrito original do Dr. J. Frederick Templeman.
Tradução: Vera Santos e Paulo Rebelo
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