Manual paginado12
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02 02 03 03 03 03 03 03 04 04 05 05 06 06 07 07 07 08 09 09 09 10 10 INTRODUÇÃO A aplicação correta dos fundamentos abordados neste manual redundará em benefício direto ao produtor que deseja instalar subdivisões com base no uso de cercas elétricas de Alta Potência, sejam elas móveis ou permanentes; para bovinos, ovinos, equinos, suínos ou outros animais. Também fornece informações sobre cercas elétricas para proteção de cercas deterioradas, bem como para separação de cultivos e/ou áreas florestais das áreas de produção animal. Através destas subdivisões, será possível realizar um melhor manejo dos recursos forrageiros existentes na propriedade, o qual incrementará seguramente a produção de carne, leite e lã da mesma. É nosso desejo, então, que toda a informação apresentada neste Manual Técnico constitua um aporte positivo para os produtores e seus estabelecimentos. BARREIRA PSICOLÓGICA O conceito de cerca elétrica é totalmente oposto ao conceito de cerca convencional. Trata-se de construir um sistema que não permita a passagem do gado, não por resistência mecânica, mas sim por temor. Trata-se de uma barreira psicológica ou mental onde o animal não passa porque tem gravado na memória a recordação de um sensação dolorosa. É conveniente que, ao se iniciar o uso de cercas elétricas, trabalhe-se em condições de mínimo "stress" e com espaço suficiente para os animais. 1 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO Todos os aparelhos eletrificadores, partindo de uma fonte de energia (pilhas, bateria 12V, corrente elétrica ou energia solar), geram impulsos de curta duração de corrente de alta voltagem (milésimos de segundo) mas de muito baixa amperagem. Isto assegura que não exista perigo nem para o homem, nem para o animal. A freqüência de golpes por minuto é regulável entre 25 e 50. Como toda corrente elétrica, esses pulsos necessitam de dois condutores para circular: um é o arame, o outro é o "terra"; ambos unidos ao eletrificador. Como vemos, trata-se de um circuito aberto que se fecha ao ser produzido o contato entre o arame e a terra, por intermédio do animal. No momento de se produzir este contato, o pulso gerado pelo eletrificador sai pelo arame; atravessa o animal chegando à terra através de seu corpo; dirige-se através da mesma até o aterramento e aí novamente ao aparelho, completando o circuito e provocando o choque elétrico ou "patada" (figura 1). As plantas que tocam o arame eletrificado ("vivo") produzem o mesmo efeito, provocando uma perda de energia que afeta a todo o sistema (curtocircuito). Para realizar a subdivisão de potreiros grandes utilizando cercas elétricas permanentes e para superar os curto-circuitos ocasionados por plantas ou por outros fatores, é que foram desenvolvidos os eletrificadores de ALTO PODER. Eng. Agron. Álvaro Frigerio Eng. Agron. Márcio B. Bohrer Terko Tecnologias CERCA ELÉTRICA ALTO PODER A cerca elétrica é uma solução totalmente eficaz e de baixo custo para realizar subdivisões em campo nativo ou pastagens cultivadas. Pode ser utilizada com bovinos, ovinos, equinos, suínos, etc; em suas diversas categorias. Também pode ser utilizada para proteger cultivos ou áreas florestais dos animais. Vantagens de instalação -Baixo custo. A cerca elétrica permanente (três fios) é até 80% mais econômica que a cerca convencional. - Totalmente eficaz para bovinos, ovinos, equinos, suínos, caprinos e animais selvagens. - Não requer mão-de-obra especializada. - Facilmente modificada. Vantagens de manejo - Permite a realização de pastoreio rotativo ou controlado. - Permite incrementar : a) a lotação b) a produção de carne, leite e lã/ hectare c) o ingresso e a rentabilidade da propriedade - Permite recuperar paulatinamente a disponibilidade e qualidade do campo nativo. - Permite utilizar eficientemente e aumentar a duração das pastagens cultivadas. (Figura 1) Princípio de funcionamento em zonas úmidas 2 2 - DEFINIÇÃO DE ELETRIFICADOR DE ALTO PODER É um eletrificador de cercas que envia pulsos ao arame com uma grande quantidade de energia, mas de muito breve duração (milésimos de segundo). Isto permite eletrificar com eficácia grandes extensões, superando uma grande quantidade de curto-circuitos que, com a tecnologia tradicional, ocasionavam uma grande diminuição da "patada". Os modelos de ALTO PODER permitem eletrificar com eficácia de 3 Km a 100 Km, segundo o modelo, e controlam efetivamente bovinos, ovinos, equinos e todo o tipo de animais em suas diversas categorias. 3.1.1 - SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO A UTILIZAR Dependerá de vários elementos a considerar: * Espécie e categoria de animais a controlar. * Superfície do campo. * Distância da cerca * Fonte de energia disponível. * Grau de contato do arame eletrificado com as plantas. * Lotação animal OBSERVAÇÕES IMPORTANTES * Considera-se o alcance do eletrificador em quilômetros lineares de cerca, independente de utilizar-se um, dois ou três fios de arame. * O alcance dos eletrificadores, estimado em quilômetros, varia segundo algumas variáveis como: umidade do solo, crescimento da vegetação e contato com o arame, construção da cerca, diâmetro do arame, aterramento, etc. Por isso deve ser tomado apenas como um parâmetro de alcance para condições ideais. * É fundamental, ao realizar a escolha do eletrificador, considerar a possibilidade de ampliação da mesma. Para tanto deve eleger-se um eletrificador cujo poder de eletrificação supere amplamente a distância de cerca elétrica a ser construída. * Consumo de bateria dos eletrificadores TERKO não aumenta no caso de plantas que tocam a cerca, tombamento de linha da cerca ou isoladores deteriorados. 3 - COMPONENTES DO SISTEMA A cerca elétrica não é só o energizador. Despende do produto dos seguintes fatores: ENERGIZADOR x ATERRAMENTO x CONDUTOR x ISOLAMENTO Na medida que há a deficiência de algum destes componentes, a eficiência do sistema diminui parcial ou totalmente. Por isso, é importante observar não apenas um, mas todos os componentes do sistema anteriormente mencionados. A seguir comentaremos cada um deles: 3.1.2 - MODELOS Terko Tecnologias Agropecuárias possui uma ampla linha de energizadores de alto poder, elétricos, a bateria, duais e solares, com modelos adequados a cada necessidade. Solicite informações ao seu revendedor autorizado ou diretamente à Terko. 3.1 - ENERGIZADOR Os energizadores de Alta Potência foram desenvolvidos para solucionar diversos problemas causados pelas cercas elétricas comuns. Com eles é possível cobrir grandes extensões e ainda assim manter a voltagem efetiva para o controle animal. A ampla linha de eletrificadores TERKO foi desenhada para satisfazer as distintas necessidades dos produtores. Os aspectos mais destacados da nova geração de eletrificadores TERKO são os seguintes: * Fabricados com a mais alta tecnologia. * Durante todo o processo de fabricação os eletrificadores são submetidos a um estrito controle de qualidade e a um rigoroso período de provas. * Assistência técnica modular (possibilidade de resolver a maioria dos problemas de assistência técnica no próprio campo). 4 - CONDUTORES ( Arames e outros ) Para escolha do arame a utilizar,devemos distinguir: Para linha principal: utilizar arame 2,5mm galvanizado. Para cercas elétricas internas, permanentes ou semi-permanentes, utilizar arame 2mm galvanizado Para cercas móveis utilize fios eletroplásticos, pois são leves, práticos e econômicos (solicite orientação). Realizar as uniões entre arames de forma correta e com firmeza. 3 Isoladores para vara de ferro ou vergalhão NÃO UTILIZE: Não utilizar arames enferrujados. Não utilizar fios de cobre. Não utilizar arame farpado. A tensão a ser dada ao arame não deve ser excessiva. Só a necessária para evitar abaulamento da linha e manter a horizontalidade. Ao realizar-se cercas de dois ou mais fios de arame com eletricidade ("vivos") , devem ser feitas pontes entre estes. Obs: A varilha com rabo-de-porco isolada com mangueira comum não é recomendável pois a mangueira, ao cortar-se, é causa comum de curtocircuitos. UNIÕES ENTRE ARAMES Para uniões e pontes entre arames utilizar o mesmo diâmetro dos fios conforme indicado acima. Na figura ao lado vemos a conexão entre arames com a mesma bitola de fio. Note que a ponte foi feita com o mesmo pedaço de fio. Quanto menor o número de interrupções do arame, menores os riscos de aparecimento de maus contatos. Para linhas principais muito extensas pode haver necessidade de utilizar fio especial aluminizado (consulte nosso departamento técnico). MUITO IMPORTANTE Todos os isoladores TERKO : de arranque, pique ou varilha, incluem protetor contra a radiação solar U.V. (ultra-violeta), de maneira a melhorar seu comportamento e vida útil. COLOCAÇÃO DO ISOLADOR DE ARRANQUE ISOLADORES É necessário e imprescindível utilizar isoladores de primeira qualidade, descartando o uso de certos materiais como: ossos, mangueiras, borrachas de procedência desconhecida, isoladores plásticos para instalações elétricas comuns, por serem ineficazes em sua função e/ou possuir vida útil curta. Há isoladores para utilizar em diversos casos: Isolador de canto ou arranque Sua função é isolar os postes de arranque. Deve ser forte e resistente para suportar a tensão do arame. É feito em polipropileno. AT2011 (verde) AT 5011 (preto) 6 -ATERRAMENTO O aterramento é o ponto que o produtor dá menos importância, contudo sua instalação incorreta provoca baixa eficiência do sistema, particularmente em instalações de amplo raio de ação. Isolado intermediário (trama, estaca) Sua função é isolar os piques ou lascas de madeira AT 181 ACC 200 Sua importância: Se o aterramento é raso ou insuficiente, somente será recolhida uma pequena parte da energia do pulso, havendo assim uma redução substancial na potência da "patada". ISOTUBO 7/16” e 1/2” 4 Se o aterramento é suficientemente profundo, captar-se-á o máximo possível de energia, aumentando a potência do choque ou "patada". 2000m dependendo da condição local. TIPOS DE ATERRAMENTO Em instalações temporárias ou de pequena extensão: É suficiente um só cano galvanizado, enterrado de 0,5 a 1 metro. IMPORTANTE!! O fio neutro nunca deve tocar o fio "vivo" e não necessita ser isolado. Se houver o toque do fio "vivo" com o fio "neutro" pode haver perda total de voltagem no sistema. Em instalações centralizadas de amplo raio de ação: Recomenda-se enterrar dois ou três canos galvanizados de 1", a2 metros de profundidade. A separação entre os canos deve ser de 2 a 3 metros, e as uniões entre eles devem ser por meio de um arame galvanizado firmemente unido por braçadeiras. Os materiais utilizados para fazer o aterramento devem ser inoxidáveis ou galvanizados, pois o óxido que se acumula em materiais corrosivos atua como isolador, impedindo o fechamento do circuito. VEJA AQUI MAIS SOBRE ATERRAMENTO Quando o solo esta seco, há falta de condutividade elétrica e a corrente não consegue chegar ao aterramento do energizador para fechar o circuito. O arame "terra" substitui o solo nessa função de conduzir a corrente ao aterramento do aparelho A instalação ideal é que o fio "terra" fique disposto de maneira que o animal o toque juntamente com o fio "vivo" (ver figura ) Princípio de funcionamento em zonas úmidas Princípio de funcionamento em zonas secas TESTE DE VERIFICAÇÃO DO ATERRAMENTO Desligue o energizador. A 100 m do aterramento do energizador crave no solo uma vara de ferro e a deixe encostada no fio "vivo" (curto-circuito). Crave quantas varas forem necessárias para que a voltagem caia até uns 2000V. Se a cerca já esta com esta voltagem não são necessárias as varas. Crave uma chave de fenda em torno de 10 cm no solo, próxima a uma barra de aterramento . Com um voltímetro digital faça a medição entre a chave de Aterramento para regiões secas, solos rasos ou arenosos ou áreas operativas muito extensas. Denominado "retorno do terra pelo arame". Consiste na construção de um fio "terra" que é conectado ao aterramento do aparelho e segue abaixo ou acima do fio "vivo" sem tocar em nenhum ponto esse último. Deve ser aterrado com cano galvanizado a cada 500m a 5 fenda a a barra. Se a voltagem for superior a 0,3 kV, o terra deve ser melhorado. em faixas, seja em pastagens cultivadas ou campo nativo. Exemplo de subdivisão de cerca elétrica permanentecom cerca móvel. FIO ELETRO Corredor Central Gancho Plástico Parcela TESTE DO ATERRAMENTO COM FIO "TERRA" Este teste deve ser feito no final da cerca elétrica. Instale um aterramento independente a pelo menos 0,3 m de profundidade em solo úmido. Com um voltímetro digital, meça a voltagem entre o arame "vivo" e o arame "terra" e logo após entre o arame "vivo" e o aterramento independente. Essa última medição não deve ser maior do que 0,3 kV em relação a voltagem medida entre o "vivo" e o arame "terra". Se for maior deve-se revisar o arame terra atrás de conexões soltas ou agregar mais barras de aterramento ao solo. Varilha Plástica Pastoreada Cinta Plástica Politype ou Fio Plástico (250 - 500 Mts.) Parcela Parcela em Pastoreio à utilizar Carretel Proteção de cercas convencionais Quando as cercas convencionais encontram-se em péssimo estado e/ou seu alto custo torna impossível sua reposição, para dar-lhes maior vida útil, a cerca elétrica oferece uma solução econômica e efetiva nem sempre levada em conta pelo produtor. Sua instalação é simples e consiste em colocar um fio "vivo" paralelo à cerca convencional, a uma distância de pelo menos 20 cm de qualquer fio da cerca convencional. Há distanciadores especiais para isso. 7 - CONSTRUÇÃO DE CERCAS ELÉTRICAS TIPOS DE CERCA Cercas elétricas permanentes As cercas elétricas permanentes são utilizadas para contenção animal, e envolvem a utilização de materiais como mourões e lascas ou tramas. Formam a base do processo de intensificação de utilização forrageira. Com o domínio das técnicas de confecção e utilização das cercas permanentes é possível implementar maior aproveitamento dos recursos forrageiros através dos sistemas móveis. DETALHES CONSTRUTIVOS (CERCAS PERMANENTES) Os postes de arranque devem ser enterrados no solo de forma que a parte enterrada seja maior que a parte externa, utilizando travessas enterradas de um metro em cada lado do mourão, se a distância utilizada entre mourões assim o exigir. É possível utilizar um poste com isolador de arranque até 500 m entre si, mas isso depende da topografia da área. As tramas ou piques apoiados podem ser leves e sua função é dar maior visibilidade ao arame e manter a separação entre eles. A distância entre tramas com isolador intermediário pode ser de até 25 metros e também depende da topografia. As pontes de conexão entre os fios de arame devem repetir-se depois dos arranques, para assegurar uma boa condução elétrica. A tensão do arame deve ser suficiente apenas para evitar "barrigas" na cerca. Lembre-se que a cerca é uma barreira psicológica e não mecânica. Cercas móveis As cercas móveis são recomendadas para aqueles estabelecimentos que já utilizam de forma intensiva as cercas elétricas permanentes e desejam obter maior pressão de pastoreio visando aumento de produtividade. Requer mão-de-obra constante para o seu manejo. Realiza-se com carretel TERKO de 250 a 500 m de extensão. As varilhas utilizadas são de plástico, com vários níveis de altura pré fixados. O fio a utilizar é de polietileno com fios de aço condutores ou cinta polielétrica. Estas subdivisões móveis são particularmente úteis para realizar pastoreio 6 12 cm. fornecerá corrente a todos os potreiros. A partir do ponto onde está o eletrificador, é fundamental tratar de dividir a linha principal em pelo menos dois e não mais de quatro setores, para facilitar o trabalho e a detecção de falhas. Para conectar e desconectar setores da instalação, devem ser instaladas chaves interruptoras. A setorização auxilia na detecção e correção de falhas. 05 cm. Travessa 0,30 mts. Até 25 mts. 60% Até 500 mts. AQUI, MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O TEMA Setorização A desconexão de piquetes ou conjunto de piquetes que não estão em uso, reserva maior energia para aqueles que estão sendo utilizados. Isso significa, na prática, que dispomos de maior segurança caso a cerca apresente alguma falha por defeito no isolamento ou perda por vegetação. Permite também detectar e localizar falhas no sistema de maneira rápida e precisa. ALTURA DOS ARAMES 0,80 mts. 0,80 mts. 0,90 à 1,10 mts. 0,90 à 1,10 mts. 0,60 à 0,70 mts. 0,50 mts. 0,75 mts. 0,50 mts. Bovino Raças Européias Adulto Bovino Raças Européias Cria 0,50 mts. 0,35 mts. 0,25 mts. Bovino Raças Tropicais Adulto Bovino Raças Tropicais Cria Ovinos 0,15 mts. Suínos 0,25 mts. Caprinos Linha principal Dentro de uma área a subdividir é aconselhável desenhar uma linha principal para facilitar o movimento do gado de uma parcela a outra .Esse corredor servirá para facilitar e racionalizar o acesso dos animais aos piquetes, à água, sombra ou suplementação conforme o caso. Permite também que a energia chegue aos mais diferentes pontos da cerca de forma eficiente, com o menor índice de perdas possível. PLANIFICAÇÃO DA ÁREA A DIVIDIR Fundamento: A base é poder manejar, desde um ponto escolhido por seu fácil acesso, toda a extensão de cercas elétricas de uma determinada superfície, e aproveitar ao máximo o raio de ação dos aparelhos. O ideal é que a "bomba" (energizador) esteja no centro da área (ver fig.). Forma dos piquetes Os piquetes devem ter forma mais quadrada possível. Piquetes estreitos e compridos causam danos à pastagem, devido ao pisoteio excessivo e pastoreio irregular . Energizador SIM Equipamento Para este tipo de instalação devem ser utilizados os eletrificadores de Alto Poder TERKO devido a suas características especiais de desenho: grande alcance, amplo raio de ação e possibilidade de sobrepor-se a isolamentos defeituosos, contatos com a vegetação ou tombamentos de linha. NÃO Quantidade de piquetes O tamanho dos piquetes não é importante e sim a quantidade deles, que deve ser suficiente para obter um pastejo controlado, permitindo que a pastagem possa atingir seu ponto ideal de utilização. Setorizando É o primeiro ponto a se ter em conta. Com um mapa da propriedade deve-se diagramar as "linhas principais" que formarão o esqueleto elétrico que 7 Condução da energia nos piquetes Se possível, a condução da energia deve ser feita em anel, que se constitui pelo retorno do arame "vivo" ao ponto de partida da cerca. Esta medida proporciona duas grandes vantagens: a) se houver qualquer problema de interrupção do arame, a energia irá percorrer pelo outro lado da conexão. b) a cerca ganha maior eficiência por reduzir a distância percorrida pela energia ao longo da cerca. b) Porteira com mola interna. Mais resistente e prática. É necessário utilizar o cabo subterrâneo para não interromper a passagem de corrente quando a porteria estiver aberta. Manilha para Porteira IDEAL Energizador Cabo Subterrâneo c) Porteira tipo " vela " É indicada em instalações onde os piquetes são muitos e de tamanho reduzido. Praticamente não há interrupção da linha. Os animais passam por baixo do fio que é levantado com uma "vela" ou levantador. Após a utilização da área, a vela é retirada e o fio é sustentado por uma lasca espera. Energizador Condução de energia até um pasto distante utilizando uma cerca convencional Deve ser construída com o maior cuidado possível para que a corrente chegue sem perdas nos potreiros ou pastos conectados a ela. Devem ser utilizados isoladores de boa qualidade e larga vida útil. O arame deve ser 2,5 mm galvanizado. Retirar o penúltimo fio de arame da cerca convencional e colocá-lo por fora com isoladores p/ madeira. Pode ser feito também com isoladores de sobre-arame, que são afixados no arame da cerca convencional e afastam o arame da cerca convencional evitando perdas. Vela Lasca Espera OBS 1: deve-se evitar a passagem aérea da energia para evitar captação de descargas elétricas pelo fio. OBS 2 : nunca utilizar conexões com fios de cobre. A eletrólise impede a passagem de corrente elétrica de forma parcial e até total. Utilize o cabo subterrâneo TERKO. Porteiras em instalações de cerca elétrica Para a passagem dos animais ou maquinário, é necessária a instalação de porteiras. Apresentam-se os seguintes casos: a) Porteira simples. Para animais muito acostumados à cerca elétrica. Utilização de um gancho plástico com arame. OBS 3: recomenda-se utilizar porteiras largas para que os animais possam transitar sem medo de atravessá-las. A largura, de modo a facilitar o manejo, deve ser de no mínimo 5 m. 8 - CONDICIONAMENTO ANIMAL Todo animal necessita de tempo e espaço para se habituar com a cerca elétrica. Esse condicionamento deve ser realizado em ambiente de mínimo stress. Escolha um espaço pequeno, bem cercado e instale um arame eletrificado por dentro. O choque deve ser bem forte para que ele assimile rapidamente a mensagem. Por isso, se for necessário, desconecte alguns setores que estão sem animais, para aumentar a voltagem da cerca de treinamento. Gancho plástico para Porteira 8 Quanto maior a voltagem nesse momento, melhor condicionamento. Os animais das raças tropicais saltam a cerca no princípio, mas se são submetidos ao treinamento prévio não o farão no campo. Se algum animal insiste em fazê-lo, deve ser isolado dos outros. 10 - IMPORTANTE! MEDIDAS DE SEGURANÇA * Não devem ser conectados dois energizadores em funcionamento em um mesmo sistema. * Não utilizar arame farpado * As barras de aterramento do energizador devem estar distantes pelos menos 10 metros de qualquer outro aterramento. * CUIDADO! Evite que a linha eletrificada passe embaixo ou corra paralela a uma linha elétrica de alta ou baixa tensão. Se qualquer fio cair sobre a cerca elétrica, pode eletrificar a cerca em Voltagens perigosas. Se for absolutamente necessário, atravesse de forma perpendicular à rede e revise a cerca constantemente nestes pontos.. * Evite que a linha corra paralela aos cabos telefônicos. * Mantenha os arames eletrificados distantes das antenas de rádio, pois podem causar interferência. * Para atravessar vias públicas assegure-se que todos os arames estejam a pelo menos 6 metros de altura do solo. * Onde haja trânsito de pessoas, devem ser colocadas placas de advertência. * Oriente as crianças para evitar o contato com a cerca. 9 - PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ELÉTRICAS Os energizadores de cerca podem ser danificados pelas descargas elétricas. As medidas descritas abaixo podem reduzir sensivelmente os riscos de danos nos energizadores: 1) Quando houver aproximação de tormentas, desconecte o plug 220V (se o aparelho é elétrico), a garra conectada ao "terra' e a garra conectada à cerca. Em animais bem condicionados nos SISTEMAS TERKO, não há problema em deixar a cerca desligada algumas horas (em alguns casos até dias). 2) Instale um protetor de raios. 3) Em regiões com alta incidência de descargas elétricas opte preferencialmente pelos modelos solares ou a bateria. 4) Em instalações elétricas com grande oscilação de voltagem na rede elétrica opte preferencialmente pelos modelos a bateria ou instale um estabilizador de rede (solicite orientação com nosso departamento de assistência técnica ). DERIVADOR DE RAIOS PARA ENERGIZADOR O derivador de raios protege o eletrificador dos danos causados pelas descargas elétricas nas instalações de cercas elétricas. Este conjunto complementa a proteção interna que já possuem todos os eletrificadores TERKO da série PLUS. Este pára-raios desvia para a terra os raios que caem na cerca; logo deve ficar o mais próximo possível do eletrificador, e seu aterramento deve ser igual ou melhor que o aterramento do aparelho. Para aumentar sua eficácia é conveniente instalar um "choke", como indicam as instruções adjuntas. ENERGIZADOR 11 - FALHAS MAIS COMUNS E SUA DETECÇÃO Algumas das falhas mais comuns encontradas nas instalações de cercas elétricas são: - Aterramento feito com material inadequado ou insuficiente (ver secção referente). - Curto-circuito do arame "vivo" com varilha de ferro (principalmente devido a utilização de mangueiras e borrachas como isoladores, que tem pequena vida útil). - Perda de energia por excessiva vegetação tocando o arame. - Má qualidade dos isoladores. - Arame "vivo" cortado ou más conexões (pontes frouxas, oxidação, etc) que interrompem os circuitos. - Curto-circuitos de fios "vivos" com fio de retorno à terra. - Cercas caídas - Pinças de bateria deterioradas. - Todas esta falhas, localizadas em determinado lugar, causarão uma redução ou até perda completa do choque elétrico em toda a instalação. Por exemplo: se há um fio de arame caído num fundo de campo, a diminuição da "patada" (choque) será em toda a instalação. PORCELANA 3 6 4 BRAÇADEIRAS MOLA INDUTORA 5 1 3 mts. 2 mts. 2 mts. 20 mts. 2 3 mts. 3 mts. O "derivador de raios" diminui sensivelmente as possibilidades de danos por raios ou descargas elétricas, mas não garante uma proteção total. O "derivador de raios" deverá ser substituído quando esteja rachado ou partido, logo depois de uma grande descarga elétrica. 9 FACILITE A LOCALIZAÇÃO DE FALHAS metros do energizador. Coloque quantas varas forem necessárias para a voltagem na cerca estar em torno de 2000 V. Se a voltagem já estiver nesse patamar, não é necessário incoporar as varas. b) Enterre uma chave de fenda uns 20 cm no solo e a um metro de qualquer haste de aterramento. c) Meça com um voltimetro digital a voltagem entre a chave e a haste. Se a voltagem for superior a 0,3 kV , o sistema de terra deve ser melhorado. d) Isto pode ser feito agregando mais hastes ou incluindo um fio "terra" ao sistema (ver capitulo referente). Para identificar a localização de falhas no caso de instalações centralizadas, é muito importante que o sistema esteja setorizado por meio de chaves interruptoras ao longo da cerca, em porteiras, etc. Se ao eliminar uma secção e tomar nova medida, a voltagem ou choque tiver aumentado, o defeito estará localizado nesta mesma secção (ver identificando problemas). 3) NA CERCA Se o energizador e o sistema de aterramento estão OK, o próximo passo é verificar a cerca : a) A voltagem vem diminuido lentamente com o passar dos dias: - Verifique a qualidade do isolamento (isoladores de baixa qualidade deterioram-se com rapidez), troque por isoladores TERKO. - Verifique se não há excesso de vegetação tocando o arame (promover limpeza de trechos mais críticos). b) A voltagem diminui ou desaparece bruscamente em poucos metros: - Verifique presença de pontes e conexões frouxas ou oxidadas (para corrigir veja seção referente). - Verifique se a condução subterrânea de energia está bem feita (deve ser feita com fio subterrâneo especial TERKO ). c) A voltagem da cerca na distância máxima recomendada para o equipamento é inferior a 2000 V. - Verificar se o diâmetro do fio está dentro das recomendações ou se há oxidação presente (ver seção referente ). - Verifique se no ponto medido o solo não é demasiadamente seco, arenoso, pedregoso ou superficial (ver retorno do "terra pelo arame"). 12 - VOLTÍMETROS Existem duas alternativas para medir a voltagem na linha: - Voltímetro digital: é um voltímetro eletrônico que mede exatamente a voltagem na linha, e permite detectar, com precisão, as possíveis falhas do sistema. A voltagem mínima aceitável é 2,0 kilovolts, mas em condições aceitáveis de instalação, a leitura deve ser superior a esses valores. - Voltímetro de neon: permite detectar a voltagem da linha em cinco estágios, de 1000V até 5000V. 13 - IDENTIFICANDO PROBLEMAS NA CERCA Estas medidas devem ser efetuadas sempre que a voltagem da cerca esteja abaixo de 3000 V ou haja significativa perda de voltagem na cerca. 1º PASSO: VERIFICANDO O ENERGIZADOR a) O energizador não pulsa: Revise a rede elétrica ou bateria (em alguns modelos à bateria há um dispositivo que desliga o equipamento quando a bateria está abaixo de 10 V). Revise se o terminal e o cabo de alimentação pela rede elétrica não estão rompidos. Revise se os terminais para a bateria não estão oxidados ou danificados. b) O energizador pulsa: Para testar o energizador desconecte o equipamento da cerca e meça com um voltímetro entre os terminais energia (da cerca) e "terra". Compare a voltagem atual com leituras anteriores. Se a voltagem esta OK (em torno de 6000 V), verificar o "sistema de terra". SE, APÓS ESSAS VERIFICAÇÕES, SUA CERCA CONTINUAR COM PROBLEMAS , CONSULTE NOSSO DEPARTAMENTO TÉCNICO OU A REVENDA MAIS PRÓXIMA. 2º PASSO: VERIFICANDO O SISTEMA DE” TERRA” a) Provoque um curto-circuito na cerca, colocando uma vara de ferro a 100 10
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