Manual paginado12

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INTRODUÇÃO
A aplicação correta dos fundamentos abordados neste manual redundará
em benefício direto ao produtor que deseja instalar subdivisões com base
no uso de cercas elétricas de Alta Potência, sejam elas móveis ou
permanentes; para bovinos, ovinos, equinos, suínos ou outros animais.
Também fornece informações sobre cercas elétricas para proteção de
cercas deterioradas, bem como para separação de cultivos e/ou áreas
florestais das áreas de produção animal.
Através destas subdivisões, será possível realizar um melhor manejo dos
recursos forrageiros existentes na propriedade, o qual incrementará
seguramente a produção de carne, leite e lã da mesma. É nosso desejo,
então, que toda a informação apresentada neste Manual Técnico constitua
um aporte positivo para os produtores e seus estabelecimentos.
BARREIRA PSICOLÓGICA
O conceito de cerca elétrica é totalmente oposto ao conceito de cerca
convencional.
Trata-se de construir um sistema que não permita a passagem do gado, não
por resistência mecânica, mas sim por temor. Trata-se de uma barreira
psicológica ou mental onde o animal não passa porque tem gravado na
memória a recordação de um sensação dolorosa. É conveniente que, ao se
iniciar o uso de cercas elétricas, trabalhe-se em condições de mínimo
"stress" e com espaço suficiente para os animais.
1 - PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
Todos os aparelhos eletrificadores, partindo de uma fonte de energia
(pilhas, bateria 12V, corrente elétrica ou energia solar), geram impulsos de
curta duração de corrente de alta voltagem (milésimos de segundo) mas de
muito baixa amperagem.
Isto assegura que não exista perigo nem para o homem, nem para o animal.
A freqüência de golpes por minuto é regulável entre 25 e 50.
Como toda corrente elétrica, esses pulsos necessitam de dois condutores
para circular: um é o arame, o outro é o "terra"; ambos unidos ao
eletrificador.
Como vemos, trata-se de um circuito aberto que se fecha ao ser produzido o
contato entre o arame e a terra, por intermédio do animal.
No momento de se produzir este contato, o pulso gerado pelo eletrificador
sai pelo arame; atravessa o animal chegando à terra através de seu corpo;
dirige-se através da mesma até o aterramento e aí novamente ao aparelho,
completando o circuito e provocando o choque elétrico ou "patada" (figura
1).
As plantas que tocam o arame eletrificado ("vivo") produzem o mesmo
efeito, provocando uma perda de energia que afeta a todo o sistema (curtocircuito).
Para realizar a subdivisão de potreiros grandes utilizando cercas elétricas
permanentes e para superar os curto-circuitos ocasionados por plantas ou
por outros fatores, é que foram desenvolvidos os eletrificadores de ALTO
PODER.
Eng. Agron. Álvaro Frigerio
Eng. Agron. Márcio B. Bohrer
Terko Tecnologias
CERCA ELÉTRICA ALTO PODER
A cerca elétrica é uma solução totalmente eficaz e de baixo custo para
realizar subdivisões em campo nativo ou pastagens cultivadas. Pode ser
utilizada com bovinos, ovinos, equinos, suínos, etc; em suas diversas
categorias. Também pode ser utilizada para proteger cultivos ou áreas
florestais dos animais.
Vantagens de instalação
-Baixo custo. A cerca elétrica permanente (três fios) é até 80% mais
econômica que a cerca convencional.
- Totalmente eficaz para bovinos, ovinos, equinos, suínos, caprinos e
animais selvagens.
- Não requer mão-de-obra especializada.
- Facilmente modificada.
Vantagens de manejo
- Permite a realização de pastoreio rotativo ou controlado.
- Permite incrementar :
a) a lotação
b) a produção de carne, leite e lã/ hectare
c) o ingresso e a rentabilidade da propriedade
- Permite recuperar paulatinamente a disponibilidade e qualidade do campo
nativo.
- Permite utilizar eficientemente e aumentar a duração das pastagens
cultivadas.
(Figura 1)
Princípio de funcionamento em zonas úmidas
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2 - DEFINIÇÃO DE ELETRIFICADOR DE ALTO PODER
É um eletrificador de cercas que envia pulsos ao arame com uma grande
quantidade de energia, mas de muito breve duração (milésimos de
segundo). Isto permite eletrificar com eficácia grandes extensões,
superando uma grande quantidade de curto-circuitos que, com a tecnologia
tradicional, ocasionavam uma grande diminuição da "patada". Os modelos
de ALTO PODER permitem eletrificar com eficácia de 3 Km a 100 Km,
segundo o modelo, e controlam efetivamente bovinos, ovinos, equinos e
todo o tipo de animais em suas diversas categorias.
3.1.1 - SELEÇÃO DO EQUIPAMENTO A UTILIZAR
Dependerá de vários elementos a considerar:
* Espécie e categoria de animais a controlar.
* Superfície do campo.
* Distância da cerca
* Fonte de energia disponível.
* Grau de contato do arame eletrificado com as plantas.
* Lotação animal
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
* Considera-se o alcance do eletrificador em quilômetros lineares de cerca,
independente de utilizar-se um, dois ou três fios de arame.
* O alcance dos eletrificadores, estimado em quilômetros, varia segundo
algumas variáveis como: umidade do solo, crescimento da vegetação e
contato com o arame, construção da cerca, diâmetro do arame,
aterramento, etc. Por isso deve ser tomado apenas como um parâmetro de
alcance para condições ideais.
* É fundamental, ao realizar a escolha do eletrificador, considerar a
possibilidade de ampliação da mesma. Para tanto deve eleger-se um
eletrificador cujo poder de eletrificação supere amplamente a distância de
cerca elétrica a ser construída.
* Consumo de bateria dos eletrificadores TERKO não aumenta no caso de
plantas que tocam a cerca, tombamento de linha da cerca ou isoladores
deteriorados.
3 - COMPONENTES DO SISTEMA
A cerca elétrica não é só o energizador. Despende do produto dos seguintes
fatores:
ENERGIZADOR x ATERRAMENTO x CONDUTOR x ISOLAMENTO
Na medida que há a deficiência de algum destes componentes, a eficiência
do sistema diminui parcial ou totalmente. Por isso, é importante observar
não apenas um, mas todos os componentes do sistema anteriormente
mencionados. A seguir comentaremos cada um deles:
3.1.2 - MODELOS
Terko Tecnologias Agropecuárias possui uma ampla linha de energizadores
de alto poder, elétricos, a bateria, duais e solares, com modelos adequados
a cada necessidade. Solicite informações ao seu revendedor autorizado ou
diretamente à Terko.
3.1 - ENERGIZADOR
Os energizadores de Alta Potência foram desenvolvidos para solucionar
diversos problemas causados pelas cercas elétricas comuns.
Com eles é possível cobrir grandes extensões e ainda assim manter a
voltagem efetiva para o controle animal.
A ampla linha de eletrificadores TERKO foi desenhada para satisfazer as
distintas necessidades dos produtores.
Os aspectos mais destacados da nova geração de eletrificadores TERKO
são os seguintes:
* Fabricados com a mais alta tecnologia.
* Durante todo o processo de fabricação os eletrificadores são submetidos
a um estrito controle de qualidade e a um rigoroso período de provas.
* Assistência técnica modular (possibilidade de resolver a maioria dos
problemas de assistência técnica no próprio campo).
4 - CONDUTORES ( Arames e outros )
Para escolha do arame a utilizar,devemos distinguir:
Para linha principal: utilizar arame 2,5mm galvanizado.
Para cercas elétricas internas, permanentes ou semi-permanentes, utilizar
arame 2mm galvanizado
Para cercas móveis utilize fios eletroplásticos, pois são leves, práticos e
econômicos (solicite orientação).
Realizar as uniões entre arames de forma correta e com firmeza.
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Isoladores para vara de ferro ou vergalhão
NÃO UTILIZE:
Não utilizar arames enferrujados.
Não utilizar fios de cobre.
Não utilizar arame farpado.
A tensão a ser dada ao arame não deve ser excessiva. Só a necessária
para evitar abaulamento da linha e manter a horizontalidade.
Ao realizar-se cercas de dois ou mais fios de arame com eletricidade
("vivos") , devem ser feitas pontes entre estes.
Obs: A varilha com rabo-de-porco isolada com mangueira comum não é
recomendável pois a mangueira, ao cortar-se, é causa comum de curtocircuitos.
UNIÕES ENTRE ARAMES
Para uniões e pontes entre arames
utilizar o mesmo diâmetro dos fios
conforme indicado acima.
Na figura ao lado vemos a conexão
entre arames com a mesma bitola de fio.
Note que a ponte foi feita com o mesmo
pedaço de fio. Quanto menor o número
de interrupções do arame, menores os
riscos de aparecimento de maus contatos.
Para linhas principais muito extensas pode haver necessidade de utilizar fio
especial aluminizado (consulte nosso departamento técnico).
MUITO IMPORTANTE
Todos os isoladores TERKO : de arranque, pique ou varilha, incluem
protetor contra a radiação solar U.V. (ultra-violeta), de maneira a
melhorar seu comportamento e vida útil.
COLOCAÇÃO DO ISOLADOR DE ARRANQUE
ISOLADORES
É necessário e imprescindível utilizar isoladores de primeira qualidade,
descartando o uso de certos materiais como: ossos, mangueiras,
borrachas de procedência desconhecida, isoladores plásticos para
instalações elétricas comuns, por serem ineficazes em sua função e/ou
possuir vida útil curta. Há isoladores para utilizar em diversos casos:
Isolador de canto ou arranque
Sua função é isolar os postes de arranque. Deve ser forte e resistente para
suportar a tensão do arame. É feito em polipropileno.
AT2011 (verde)
AT 5011 (preto)
6 -ATERRAMENTO
O aterramento é o ponto que o produtor dá menos importância, contudo
sua instalação incorreta provoca baixa eficiência do sistema,
particularmente em instalações de amplo raio de ação.
Isolado intermediário (trama, estaca)
Sua função é isolar os piques ou lascas de madeira
AT 181
ACC 200
Sua importância:
Se o aterramento é raso ou insuficiente, somente será recolhida uma
pequena parte da energia do pulso, havendo assim uma redução
substancial na potência da "patada".
ISOTUBO 7/16” e 1/2”
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Se o aterramento é suficientemente profundo, captar-se-á o máximo
possível de energia, aumentando a potência do choque ou "patada".
2000m dependendo da condição local.
TIPOS DE ATERRAMENTO
Em instalações temporárias ou de pequena extensão:
É suficiente um só cano galvanizado, enterrado de 0,5 a 1 metro.
IMPORTANTE!! O fio neutro nunca deve tocar o fio "vivo" e não
necessita ser isolado. Se houver o toque do fio "vivo" com o fio
"neutro" pode haver perda total de voltagem no sistema.
Em instalações centralizadas de amplo raio de ação:
Recomenda-se enterrar dois ou três canos galvanizados de 1",
a2
metros de profundidade.
A separação entre os canos deve ser de 2 a 3 metros, e as uniões entre eles
devem ser por meio de um arame galvanizado firmemente unido por
braçadeiras.
Os materiais utilizados para fazer o aterramento devem ser inoxidáveis ou
galvanizados, pois o óxido que se acumula em materiais corrosivos atua
como isolador, impedindo o fechamento do circuito.
VEJA AQUI MAIS SOBRE ATERRAMENTO
Quando o solo esta seco, há falta de condutividade elétrica e a corrente
não consegue chegar ao aterramento do energizador para fechar o
circuito. O arame "terra" substitui o solo nessa função de conduzir a
corrente ao aterramento do aparelho A instalação ideal é que o fio "terra"
fique disposto de maneira que o animal o toque juntamente com o fio
"vivo" (ver figura )
Princípio de funcionamento em zonas úmidas
Princípio de funcionamento em zonas secas
TESTE DE VERIFICAÇÃO DO ATERRAMENTO
Desligue o energizador. A 100 m do aterramento do energizador crave no
solo uma vara de ferro e a deixe encostada no fio "vivo" (curto-circuito).
Crave quantas varas forem necessárias para que a voltagem caia até uns
2000V. Se a cerca já esta com esta voltagem não são necessárias as varas.
Crave uma chave de fenda em torno de 10 cm no solo, próxima a uma barra
de aterramento . Com um voltímetro digital faça a medição entre a chave de
Aterramento para regiões secas, solos rasos ou arenosos ou áreas
operativas muito extensas.
Denominado "retorno do terra pelo arame".
Consiste na construção de um fio "terra" que é conectado ao aterramento
do aparelho e segue abaixo ou acima do fio "vivo" sem tocar em nenhum
ponto esse último. Deve ser aterrado com cano galvanizado a cada 500m a
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fenda a a barra. Se a voltagem for superior a 0,3 kV, o terra deve ser
melhorado.
em faixas, seja em pastagens cultivadas ou campo nativo.
Exemplo de subdivisão de cerca elétrica permanentecom cerca móvel.
FIO ELETRO
Corredor Central
Gancho
Plástico
Parcela
TESTE DO ATERRAMENTO COM FIO "TERRA"
Este teste deve ser feito no final da cerca elétrica.
Instale um aterramento independente a pelo menos 0,3 m de profundidade
em solo úmido. Com um voltímetro digital, meça a voltagem entre o arame
"vivo" e o arame "terra" e logo após entre o arame "vivo" e o aterramento
independente. Essa última medição não deve ser maior do que 0,3 kV em
relação a voltagem medida entre o "vivo" e o arame "terra". Se for maior
deve-se revisar o arame terra atrás de conexões soltas ou agregar mais
barras de aterramento ao solo.
Varilha
Plástica
Pastoreada
Cinta Plástica Politype ou
Fio Plástico (250 - 500 Mts.)
Parcela
Parcela
em Pastoreio à utilizar
Carretel
Proteção de cercas convencionais
Quando as cercas convencionais encontram-se em péssimo estado e/ou
seu alto custo torna impossível sua reposição, para dar-lhes maior vida útil,
a cerca elétrica oferece uma solução econômica e efetiva nem sempre
levada em conta pelo produtor.
Sua instalação é simples e consiste em colocar um fio "vivo" paralelo à
cerca convencional, a uma distância de pelo menos 20 cm de qualquer fio
da cerca convencional. Há distanciadores especiais para isso.
7 - CONSTRUÇÃO DE CERCAS ELÉTRICAS
TIPOS DE CERCA
Cercas elétricas permanentes
As cercas elétricas permanentes são utilizadas para contenção animal, e
envolvem a utilização de materiais como mourões e lascas ou tramas.
Formam a base do processo de intensificação de utilização forrageira. Com
o domínio das técnicas de confecção e utilização das cercas permanentes é
possível implementar maior aproveitamento dos recursos forrageiros
através dos sistemas móveis.
DETALHES CONSTRUTIVOS (CERCAS PERMANENTES)
Os postes de arranque devem ser enterrados no solo de forma que a parte
enterrada seja maior que a parte externa, utilizando travessas enterradas
de um metro em cada lado do mourão, se a distância utilizada entre
mourões assim o exigir. É possível utilizar um poste com isolador de
arranque até 500 m entre si, mas isso depende da topografia da área.
As tramas ou piques apoiados podem ser leves e sua função é dar maior
visibilidade ao arame e manter a separação entre eles. A distância entre
tramas com isolador intermediário pode ser de até 25 metros e também
depende da topografia.
As pontes de conexão entre os fios de arame devem repetir-se depois
dos arranques, para assegurar uma boa condução elétrica.
A tensão do arame deve ser suficiente apenas para evitar "barrigas"
na cerca. Lembre-se que a cerca é uma barreira psicológica e não
mecânica.
Cercas móveis
As cercas móveis são recomendadas para aqueles estabelecimentos que
já utilizam de forma intensiva as cercas elétricas permanentes e desejam
obter maior pressão de pastoreio visando aumento de produtividade.
Requer mão-de-obra constante para o seu manejo.
Realiza-se com carretel TERKO de 250 a 500 m de extensão. As varilhas
utilizadas são de plástico, com vários níveis de altura pré fixados. O fio a
utilizar é de polietileno com fios de aço condutores ou cinta polielétrica.
Estas subdivisões móveis são particularmente úteis para realizar pastoreio
6
12 cm.
fornecerá corrente a todos os potreiros. A partir do ponto onde está o
eletrificador, é fundamental tratar de dividir a linha principal em pelo menos
dois e não mais de quatro setores, para facilitar o trabalho e a detecção de
falhas.
Para conectar e desconectar setores da instalação, devem ser instaladas
chaves interruptoras. A setorização auxilia na detecção e correção de
falhas.
05 cm.
Travessa
0,30 mts.
Até 25 mts.
60%
Até 500 mts.
AQUI, MAIS INFORMAÇÕES SOBRE O TEMA
Setorização
A desconexão de piquetes ou conjunto de piquetes que não estão em
uso, reserva maior energia para aqueles que estão sendo utilizados. Isso
significa, na prática, que dispomos de maior segurança caso a cerca
apresente alguma falha por defeito no isolamento ou perda por
vegetação. Permite também detectar e localizar falhas no sistema de
maneira rápida e precisa.
ALTURA DOS ARAMES
0,80 mts.
0,80 mts.
0,90 à 1,10 mts.
0,90 à 1,10 mts.
0,60 à 0,70 mts.
0,50 mts.
0,75 mts.
0,50 mts.
Bovino Raças
Européias
Adulto
Bovino Raças
Européias
Cria
0,50 mts.
0,35 mts.
0,25 mts.
Bovino Raças
Tropicais
Adulto
Bovino Raças
Tropicais
Cria
Ovinos
0,15 mts.
Suínos
0,25 mts.
Caprinos
Linha principal
Dentro de uma área a subdividir é aconselhável desenhar uma linha
principal para facilitar o movimento do gado de uma parcela a outra .Esse
corredor servirá para facilitar e racionalizar o acesso dos animais aos
piquetes, à água, sombra ou suplementação conforme o caso. Permite
também que a energia chegue aos mais diferentes pontos da cerca de
forma eficiente, com o menor índice de perdas possível.
PLANIFICAÇÃO DA ÁREA A DIVIDIR
Fundamento:
A base é poder manejar, desde um ponto escolhido por seu fácil
acesso, toda a extensão de cercas elétricas de uma determinada
superfície,
e aproveitar ao máximo o raio de ação dos aparelhos. O
ideal é que a "bomba" (energizador) esteja no centro da área (ver fig.).
Forma dos piquetes
Os piquetes devem ter forma mais quadrada possível. Piquetes estreitos e
compridos causam danos à pastagem, devido ao pisoteio excessivo e
pastoreio irregular .
Energizador
SIM
Equipamento
Para este tipo de instalação devem ser utilizados os eletrificadores de Alto
Poder TERKO devido a suas características especiais de desenho: grande
alcance, amplo raio de ação e possibilidade de sobrepor-se a isolamentos
defeituosos, contatos com a vegetação ou tombamentos de linha.
NÃO
Quantidade de piquetes
O tamanho dos piquetes não é importante e sim a quantidade deles, que
deve ser suficiente para obter um pastejo controlado, permitindo que a
pastagem possa atingir seu ponto ideal de utilização.
Setorizando
É o primeiro ponto a se ter em conta. Com um mapa da propriedade deve-se
diagramar as "linhas principais" que formarão o esqueleto elétrico que
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Condução da energia nos piquetes
Se possível, a condução da energia deve ser feita em anel, que se constitui
pelo retorno do arame "vivo" ao ponto de partida da cerca. Esta medida
proporciona duas grandes vantagens:
a) se houver qualquer problema de interrupção do arame, a energia irá
percorrer pelo outro lado da conexão.
b) a cerca ganha maior eficiência por reduzir a distância percorrida pela
energia ao longo da cerca.
b) Porteira com mola interna. Mais resistente e prática. É necessário utilizar
o cabo subterrâneo para não interromper a passagem de corrente quando a
porteria estiver aberta.
Manilha para Porteira
IDEAL
Energizador
Cabo Subterrâneo
c) Porteira tipo " vela "
É indicada em instalações onde os piquetes são muitos e de tamanho
reduzido. Praticamente não há interrupção da linha. Os animais passam por
baixo do fio que é levantado com uma "vela" ou levantador. Após a
utilização da área, a vela é retirada e o fio é sustentado por uma lasca
espera.
Energizador
Condução de energia até um pasto distante utilizando uma cerca
convencional
Deve ser construída com o maior cuidado possível para que a corrente
chegue sem perdas nos potreiros ou pastos conectados a ela.
Devem ser utilizados isoladores de boa qualidade e larga vida útil.
O arame deve ser 2,5 mm galvanizado.
Retirar o penúltimo fio de arame da cerca convencional e colocá-lo por fora
com isoladores p/ madeira. Pode ser feito também com isoladores de
sobre-arame, que são afixados no arame da cerca convencional e afastam
o arame da cerca convencional evitando perdas.
Vela
Lasca Espera
OBS 1: deve-se evitar a passagem aérea da energia para evitar captação
de descargas elétricas pelo fio.
OBS 2 : nunca utilizar conexões com fios de cobre. A eletrólise impede a
passagem de corrente elétrica de forma parcial e até total. Utilize o cabo
subterrâneo TERKO.
Porteiras em instalações de cerca elétrica
Para a passagem dos animais ou maquinário, é necessária a instalação de
porteiras. Apresentam-se os seguintes casos:
a) Porteira simples. Para animais muito acostumados à cerca elétrica.
Utilização de um gancho plástico com arame.
OBS 3: recomenda-se utilizar porteiras largas para que os animais possam
transitar sem medo de atravessá-las. A largura, de modo a facilitar o
manejo, deve ser de no mínimo 5 m.
8 - CONDICIONAMENTO ANIMAL
Todo animal necessita de tempo e espaço para se habituar com a cerca
elétrica. Esse condicionamento deve ser realizado em ambiente de mínimo
stress.
Escolha um espaço pequeno, bem cercado e instale um arame eletrificado
por dentro. O choque deve ser bem forte para que ele assimile rapidamente
a mensagem. Por isso, se for necessário, desconecte alguns setores que
estão sem animais, para aumentar a voltagem da cerca de treinamento.
Gancho plástico para Porteira
8
Quanto maior a voltagem nesse momento, melhor condicionamento.
Os animais das raças tropicais saltam a cerca no princípio, mas se são
submetidos ao treinamento prévio não o farão no campo. Se algum animal
insiste em fazê-lo, deve ser isolado dos outros.
10 - IMPORTANTE!
MEDIDAS DE SEGURANÇA
* Não devem ser conectados dois energizadores em funcionamento em
um mesmo sistema.
* Não utilizar arame farpado
* As barras de aterramento do energizador devem estar distantes pelos
menos 10 metros de qualquer outro aterramento.
* CUIDADO! Evite que a linha eletrificada passe embaixo ou corra
paralela a uma linha elétrica de alta ou baixa tensão. Se qualquer fio cair
sobre a cerca elétrica, pode eletrificar a cerca em Voltagens perigosas.
Se for absolutamente necessário, atravesse de forma perpendicular à
rede e revise a cerca constantemente nestes pontos..
* Evite que a linha corra paralela aos cabos telefônicos.
* Mantenha os arames eletrificados distantes das antenas de rádio, pois
podem causar interferência.
* Para atravessar vias públicas assegure-se que todos os arames
estejam a pelo menos 6 metros de altura do solo.
* Onde haja trânsito de pessoas, devem ser colocadas placas de
advertência.
* Oriente as crianças para evitar o contato com a cerca.
9 - PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ELÉTRICAS
Os energizadores de cerca podem ser danificados pelas descargas
elétricas. As medidas descritas abaixo podem reduzir sensivelmente os
riscos de danos nos energizadores:
1) Quando houver aproximação de tormentas, desconecte o plug 220V (se
o aparelho é elétrico), a garra conectada ao "terra' e a garra conectada à
cerca. Em animais bem condicionados nos SISTEMAS TERKO, não há
problema em deixar a cerca desligada algumas horas (em alguns casos até
dias).
2) Instale um protetor de raios.
3) Em regiões com alta incidência de descargas elétricas opte
preferencialmente pelos modelos solares ou a bateria.
4) Em instalações elétricas com grande oscilação de voltagem na rede
elétrica opte preferencialmente pelos modelos a bateria ou instale um
estabilizador de rede (solicite orientação com nosso departamento de
assistência técnica ).
DERIVADOR DE RAIOS PARA ENERGIZADOR
O derivador de raios protege o eletrificador dos danos causados pelas
descargas elétricas nas instalações de cercas elétricas.
Este conjunto complementa a proteção interna que já possuem todos os
eletrificadores TERKO da série PLUS.
Este pára-raios desvia para a terra os raios que caem na cerca; logo deve
ficar o mais próximo possível do eletrificador, e seu aterramento deve ser
igual ou melhor que o aterramento do aparelho. Para aumentar sua eficácia
é conveniente instalar um "choke", como indicam as instruções adjuntas.
ENERGIZADOR
11 - FALHAS MAIS COMUNS E SUA DETECÇÃO
Algumas das falhas mais comuns encontradas nas instalações de cercas
elétricas são:
- Aterramento feito com material inadequado ou insuficiente (ver secção
referente).
- Curto-circuito do arame "vivo" com varilha de ferro (principalmente devido
a utilização de mangueiras e borrachas como isoladores, que tem pequena
vida útil).
- Perda de energia por excessiva vegetação tocando o arame.
- Má qualidade dos isoladores.
- Arame "vivo" cortado ou más conexões (pontes frouxas, oxidação, etc)
que interrompem os circuitos.
- Curto-circuitos de fios "vivos" com fio de retorno à terra.
- Cercas caídas
- Pinças de bateria deterioradas.
- Todas esta falhas, localizadas em determinado lugar, causarão uma
redução ou até perda completa do choque elétrico em toda a instalação. Por
exemplo: se há um fio de arame caído num fundo de campo, a diminuição
da "patada" (choque) será em toda a instalação.
PORCELANA
3
6
4
BRAÇADEIRAS
MOLA INDUTORA
5
1
3 mts.
2 mts.
2 mts.
20 mts.
2
3 mts. 3 mts.
O "derivador de raios" diminui sensivelmente as possibilidades de danos
por raios ou descargas elétricas, mas não garante uma proteção total.
O "derivador de raios" deverá ser substituído quando esteja rachado ou
partido, logo depois de uma grande descarga elétrica.
9
FACILITE A LOCALIZAÇÃO DE FALHAS
metros do energizador. Coloque quantas varas forem necessárias para a
voltagem na cerca estar em torno de 2000 V. Se a voltagem já estiver nesse
patamar, não é necessário incoporar as varas.
b) Enterre uma chave de fenda uns 20 cm no solo e a um metro de qualquer
haste de aterramento.
c) Meça com um voltimetro digital a voltagem entre a chave e a haste. Se a
voltagem for superior a 0,3 kV , o sistema de terra deve ser melhorado.
d) Isto pode ser feito agregando mais hastes ou incluindo um fio "terra" ao
sistema (ver capitulo referente).
Para identificar a localização de falhas no caso de instalações
centralizadas, é muito importante que o sistema esteja setorizado por meio
de chaves interruptoras ao longo da cerca, em porteiras, etc. Se ao eliminar
uma secção e tomar nova medida, a voltagem ou choque tiver aumentado,
o defeito estará localizado nesta mesma secção (ver identificando
problemas).
3) NA CERCA
Se o energizador e o sistema de aterramento estão OK, o próximo passo é
verificar a cerca :
a) A voltagem vem diminuido lentamente com o passar dos dias:
- Verifique a qualidade do isolamento (isoladores de baixa qualidade
deterioram-se com rapidez), troque por isoladores TERKO.
- Verifique se não há excesso de vegetação tocando o arame (promover
limpeza de trechos mais críticos).
b) A voltagem diminui ou desaparece bruscamente em poucos
metros:
- Verifique presença de pontes e conexões frouxas ou oxidadas (para
corrigir veja seção referente).
- Verifique se a condução subterrânea de energia está bem feita (deve ser
feita com fio subterrâneo especial TERKO ).
c) A voltagem da cerca na distância máxima recomendada para o
equipamento é inferior a 2000 V.
- Verificar se o diâmetro do fio está dentro das recomendações ou se há
oxidação presente (ver seção referente ).
- Verifique se no ponto medido o solo não é demasiadamente seco,
arenoso, pedregoso ou superficial (ver retorno do "terra pelo arame").
12 - VOLTÍMETROS
Existem duas alternativas para medir a voltagem na linha:
- Voltímetro digital: é um voltímetro eletrônico que mede
exatamente a voltagem na linha, e permite detectar, com
precisão, as possíveis falhas do sistema.
A voltagem mínima aceitável é 2,0 kilovolts, mas em
condições aceitáveis de instalação, a leitura deve ser superior
a esses valores.
- Voltímetro de neon: permite detectar a voltagem da linha
em cinco estágios, de 1000V até 5000V.
13 - IDENTIFICANDO PROBLEMAS NA CERCA
Estas medidas devem ser efetuadas sempre que a voltagem da cerca
esteja abaixo de 3000 V ou haja significativa perda de voltagem na cerca.
1º PASSO: VERIFICANDO O ENERGIZADOR
a) O energizador não pulsa:
Revise a rede elétrica ou bateria (em alguns modelos à bateria há um
dispositivo que desliga o equipamento quando a bateria está abaixo de 10
V).
Revise se o terminal e o cabo de alimentação pela rede elétrica não estão
rompidos.
Revise se os terminais para a bateria não estão oxidados ou danificados.
b) O energizador pulsa:
Para testar o energizador desconecte o equipamento da cerca e meça com
um voltímetro entre os terminais energia (da cerca) e "terra".
Compare a voltagem atual com leituras anteriores. Se a voltagem esta OK
(em torno de 6000 V), verificar o "sistema de terra".
SE, APÓS ESSAS VERIFICAÇÕES, SUA CERCA CONTINUAR COM PROBLEMAS ,
CONSULTE NOSSO DEPARTAMENTO TÉCNICO OU A REVENDA MAIS
PRÓXIMA.
2º PASSO: VERIFICANDO O SISTEMA DE” TERRA”
a) Provoque um curto-circuito na cerca, colocando uma vara de ferro a 100
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