Fieg orienta sobre taxa ambiental

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Fieg orienta sobre taxa ambiental
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NONONONONONNNOONO
Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade ambiental
Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico
das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia.
Qualificação com foco no desenvolvimento
da indústria e na consolidação da avaliação da
conformidade dos produtos de cerâmica vermelha
como método fundamental à qualificação de
produtos e ampliação do mercado.
Consultoria
com
objetivo
de
maximizar
o
rendimento no uso das formas de energias
(elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os
pontos de desperdício de energia no processo.
Desenvolvido para medir o impacto ambiental
decorrente de toda a cadeia de produção de um
produto, sistema ou processo, com o objetivo
principal de minimizar os impactos ambientais. A
indústria cerâmica é o primeiro setor da construção
civil brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo
de Vida de seus produtos.
Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas
indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um
conjunto de ações para implantação da Gestão
Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica,
Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental.
A execução do projeto fortalece a economia
do setor e melhora a qualidade dos produtos
oferecidos no mercado.
Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431
ou e-mail: [email protected]
www.fundacer.org.br
Revista da Anicer | nº 82
direTORIA ANICER
Presidente:
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
1º Vice-presidente:
Ralph Luiz Perrupato
2º Vice-presidentes:
(todos os presidentes de entidades
mantenedoras)
1º Tesoureiro: Marcelo Augusto Lima
2º Tesoureiro: Jamilton Nunes
1º Secretário: Fernando Ibiapina
2º Secretário: Natel Henrique Farias de
Moraes
Caros colegas,
Dando continuidade ao nosso trabalho de conscientização do mercado acerca da iminente
necessidade de adequação às Normas Regulamentadoras, em especial, a NR 12, seguimos firmando importantes parcerias em eventos por todo o país para garantir a abordagem do tema e o conhecimento de todos os envolvidos sobre o assunto. A Norma em
questão, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, tem trazido
bastante dor de cabeça nos últimos meses, tanto para os fabricantes de equipamentos
quanto para os ceramistas. E qual o melhor ambiente para discuti-la que não em seminários e congressos, quando todo o setor se reúne disposto ao diálogo? Dois debates já
foram realizados com sucesso de público: o primeiro em Itu (SP), no dia 14 de março, e o
Diretor da Área Ambiental:
Henrique Morg de Andrade
segundo durante a Convenção de Sindicatos do Nordeste, em Natal (RN), entre 18 e 20 de
Diretor da Área de Blocos e Tijolos
Cerâmicos: Juan Roberto Germano
da FIEG e do Sindicer/GO.
Diretor da Área de Pisos Cerâmicos:
Luiz Cláudio Fornari
Reforçando ainda mais a nossa parceria com a Associação Brasileira de Cerâmica – ABC,
Diretor da Área de Telhas Cerâmicas:
José Joaquim Gomes da Costa
do Prêmio Jovem Ceramista 2013, o que está se tornando uma tradição nos congressos
Diretor da Área de Tubos Cerâmicos:
Luciano C. Furtado
Diretor da Área Econômica e Fiscal:
Antônio Carlos C. Fortes
Diretor da Área Industrial:
Benedito Betiol
abril. Para o mês de junho, realizaremos o nosso terceiro seminário em Goiás, com apoio
estivemos presentes em seu congresso, em Natal (RN), quando realizamos o lançamento
da ABC. Iniciamos o período de inscrições de trabalhos na ocasião e finalizaremos o processo de premiação dos vencedores durante o Encontro da Anicer.
E por falar em Encontro Nacional, nos últimos meses vimos cumprindo uma extensa agenda de reuniões com autoridades de Pernambuco e nacionais para buscar apoio à realização do nosso evento e fechar parcerias. E neste sentido, estamos
Diretor de Marketing:
Constantino F. Neto
bastante felizes com o comprometimento e o empenho que te-
Diretor de Normas e Qualidade:
Claudio Luis Kurth
sável trabalho de Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE
Diretor de Relações Institucionais:
Luis Carlos Barbosa Lima
teça da melhor maneira possível, e que possamos oferecer
Diretor Técnico:
Carlos André F. Lanna
CONSELHO CONSULTIVO
Membros Natos
1° e 2° vice-presidentes
1° presidente da Anicer: Sylvio Alves de
Barros Filho
Membros eletivos
Eustáquio Machado, Evandro Simonassi,
Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho,
Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman
mos visto de nossos anfitriões. E aqui vale destacar o incane também 2º vice-presidente da Anicer, para que tudo aconao público, a cada ano, um evento melhor para o ceramista.
E assim seguimos com nossa missão de fortalecer, representar e dar voz ao setor de cerâmica vermelha, sempre com a
certeza de que estamos no caminho certo, mas que ainda há
muito o que se fazer e que para isso precisaremos do trabalho e
do empenho de toda a nossa cadeia produtiva.
Saudações,
CONSELHO FISCAL
Efetivos
Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Gonzales
Menon, Manuel Ventin Ventin
Suplentes
Francisco Belfort , Jorge Romeu Ritter,
Otiniel Gerôncio Barbosa
Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves
Presidente da Anicer
Sumário
10 MERCADO
Rodada de Negócios aproxima cadeia produtiva
12 INOVAÇÃO
Embrapii terá um mês para financiar projetos
14
20 LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Estado mais ecológico
44 INVESTIMENTOS
Competidores anunciam planos para expansão no país
48 NORDESTE
Natal recebe Encontro do Nordeste
54 ENCONTRO NACIONAL
Encontro Nacional recebe apoio em PE
58 SIMPÓSIO
ABC realiza o 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica
16
48
4
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58
03
ARTIGO DO PRESIDENTE
06
CARTAS
08
INTEGRADAS
14
CERÂMICA VERDE
Florestas Energéticas
16
MOMENTO INSPIRAÇÃO
Restaurante pop com alma rústica
18
PERFIL
Cerâmica Salema
22
TENDÊNCIA DE MERCADO
Caixa de Luz
24
METRO QUADRADO
Arquitetura Cerâmica
26
ARTIGO TÉCNICO
Estudo comparativo entre cerâmica e concreto: tijolos e telhas
40
COLUNA DA QUALIDADE
42
PONTO DE VISTA
Robson Braga de Andrade, empresário e presidente da CNI
52
MAROMBANDO
Jorge Côrte Real, presidente da Fiepe
61
MERCADO E INOVAÇÃO
62
SOCIAL
64
NOTÍCIAS DA ANICER
66
EVENTOS
Editorial
A edição atual da Revista da Anicer traça um perfil bastante animador do setor para os
próximos anos. Assuntos como o projeto da Embrapa para o desenvolvimento de Florestas Energéticas, a Rodada de Negócios desenvolvida pelo Sebrae/PR e o Seminário de
Silvicultura realizado na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, são três importantes acontecimentos recentes que o leitor conhecerá em detalhes nas próximas páginas e que nos reforçam esta visão otimista. Neste último, novidades anunciadas pelo secretário de Estado
do Ambiente, Carlos Minc, para facilitar a concessão de licenças ambientais e a criação
do distrito florestal surpreenderam positivamente o mercado fluminense e nos deram a
certeza de que algo sério está sendo feito.
Paralelo a isso, outras ações como investimentos por parte de empresas fabricantes de
equipamentos para a construção, seja para a instalação de fábricas, para a expansão da
rede de atendimento aos clientes ou para ambas as ações, e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial mostram que o setor está novamente aquecido, e
que o volume de investimentos que será feito nos próximos anos será superior aos números atuais. Na seção Marombando, o presidente da Federação das Indústrias do Estado
de Pernambuco, Jorge Côrte Real, fala sobre o setor de cerâmica vermelha no estado, a
parceria com o Sindicer e as estratégias conjuntas para aquecer a economia local.
Mas mesmo com toda essa euforia, vale lembrar que empresários precisam se manter
atentos às exigências das Normas Regulamentadoras e de Desempenho que vêm sendo
reformuladas e que andam tirando o sono de muitos setores da economia. Para alertar
aos ceramistas sobre a necessidade de adequação, eventos têm agitado o país de norte
a sul. Confira detalhes do Congresso da ABC, do Encontro do Nordeste e do 42º Encontro
Nacional nesta edição.
Boa leitura!
Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected]
Editor: Carlos Cruz - [email protected]
Repórter: Manuela Souza - [email protected]
Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected]
Design: Jan Athayde - [email protected]
Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernanda Duarte, Gilmar Moraes,
Patrícia Dantas, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - [email protected]
Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected],
Bruno Frasson – [email protected],
Edvaldo Costa Maia - [email protected], Liliane Guimarães – [email protected]
Luciano Pereira – [email protected], Max Piva - [email protected].,
Natália dos Santos – [email protected], Osíris Júnior - [email protected],
Vagner Oliveira - [email protected],
Publicidade: Márcia Sales - [email protected]
Fotolito e impressão: Viagraf
Tiragem: 10.000 exemplares
Veiculação: Junho/2013
Associação Nacional da Indústria Cerâmica
Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar
Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041
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CARTAS
Precisamos saber se existem testes de acústica para blocos de vedação de 9 e
14, para informarmos às construtoras sobre as vantagens das paredes de 14.
Certo de sua colaboração, agradeço – TELÊMACO SANTIAGO (PB)
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: O guia orientativo para atendimento à NBR 15575:2013 – Desempenho de Edificações Habitacionais (CBIC, 2013)
apresenta alguns resultados. Neste caso e para estas condições, paredes que
tenham na sua composição os seguintes materiais: blocos cerâmicos de vedação com dimensões de 9x19x19 cm, de 8 furos, assentados na menor dimensão,
revestido com espessura de argamassa de 1 e 2,5 cm de assentamento e de
emboço respectivamente, apresentaram transmitância térmica (U) de 2,49 kJ/
m².K e 158 kJ/m².K de Capacidade Térmica (CT), atendendo a todas as zonas
indicadas nas tabelas 13 e 14 da NBR 15575 – parte 4. Melhor desempenho térmico quando comparado a outros produtos.
O que é necessário para ter o PSQ e qual o prazo e o preço? Grata desde já
RAYSA GEAQUINTO (ES)
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Para sua empresa se qualificar no
PSQ, entre em contato com a Anicer e solicite a ficha de adesão. Após o pagamento
de uma taxa de manutenção, os produtos de sua empresa passarão por três ensaios
consecutivos, de acordo com o Plano de Amostragem feito pela EGT (Entidade
Gestora Técnica), em laboratórios credenciados pelo Inmetro. Após o 3º relatório
de ensaio, com resultado conforme, sua cerâmica ingressará na lista de empresas
qualificadas do Relatório Setorial e receberá o Certificado de Qualificação no PSQ.
O contato com a Anicer pode ser feito pelo telefone (21) 2524-0128 ou pelo e-mail:
[email protected].
Preciso dos valores dos serviços prestados pela Anicer. Vocês teriam algum material técnico, tipo catálogo, que possam nos enviar? No aguardo
BRUNNO SANTIAGO (PE)
Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Acesse o site da Anicer
(www.anicer.com.br) para obter mais informações sobre as
assessorias oferecidas e o trabalho desenvolvido por nossa
equipe técnica. Para valores, prazos e serviços, entre
em contato com a
Associação.
Para entrar
e
m contato c
onosco,
envie um e-m
ail para :
revista@an
ic
ou ligue para
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er.com.br
+55 (21) 25
24-0128
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INTEGRADAS
Participe do Prêmio Odebrecht
A Odebrecht está lançando um concurso com foco em soluções sustentáveis e
inovadoras. Voltado para estudantes e professores de graduação em áreas afins,
o Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável premiará cinco projetos
com o valor de R$ 60 mil cada. As inscrições vão até o dia 7 de outubro de 2013.
Para mais informações, acesse www.premioodebrecht.com/brasil.
Custo da construção acelera
Financiamento de máquinas
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
O Banco do Brasil reduziu a taxa de juros
(Sinapi), divulgado no dia 8 de maio pela Caixa Econômica e pelo IBGE,
para empresas com faturamento bruto anual
que mede a inflação do setor, aponta que o custo da construção em
de até R$ 60 milhões por meio da linha BB
abril deste ano teve alta de 0,69%, um aumento de 0,51 ponto percentual
Crédito Empresa, que passa de 1,666% para
sobre o resultado de março. O desempenho também foi maior que o
0,246% ao mês. Poderão ser financiadas má-
registrado em abril do ano passado, quando o índice atingiu 0,64%.
quinas e equipamentos novos ou com até
cinco anos de uso de fabricação nacional ou
de origem estrangeira, já internalizados. O
Guia orientativo está disponível no site da CBIC
Esta à disposição no site da CBIC o Guia Orientativo para atendimento
à Norma ABNT 15.575 – Desempenho de Edificações Habitacionais. O
prazo de pagamento é de até 60 meses, contando com carência de até três meses para
quitar a primeira prestação.
material visa contribuir para a disseminação da nova norma e possibilitar
uma melhor compreensão sobre as principais definições quanto ao tema
do desempenho. Pela primeira vez, uma norma brasileira associa a qualidade de produtos ao resultado que eles conferem ao consumidor, com
instruções claras e transparentes de como fazer essa avaliação. Para
baixar o conteúdo, acesse o site www.cbic.org.br.
Greenbuilding Brasil será
em agosto
A Greenbuilding Brasil chega à sua quarta
edição como o mais importante evento voltado para construções sustentáveis no país.
A programação é composta também por
Recife ganha escola de construção
A cidade do Recife (PE) agora pode contar com uma escola especializada em formar profissionais para o setor da construção civil. A franquia do Instituto da Construção pretende colocar no mercado pedreiros,
mestres de obras, pintores, entre outros profissionais, para suprir a deficiência de mão de obra qualificada no setor. Serão oferecidos dez cursos, com 110 horas distribuídas ao longo de sete meses e meio. Mais
informações pelo telefone (81) 3034-0731.
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sessões técnicas, que incluem temas como
Qualidade Ambiental Interna, Matérias e Recursos, Eficiência Energética, Arquitetura
Sustentável, Canteiro de Obras Sustentável
e Uso Racional da Água. Inscrições no site
www.expogbcbrasil.org.br.
Prêmio CBIC terá nova categoria
Estão abertas as inscrições para o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social. A iniciativa é aplicável aos projetos
sociais desenvolvidos por entidades e empresas atuantes
no setor da Indústria da Construção, no ano base de 2012
e anteriores. Neste ano, além das categorias Empresa e
Entidade, haverá também as categorias Trabalhador Modelo e Destaque Social. Para mais informações, acesse www.cbic.org.br.
Vídeos sobre prevenção de acidentes no
trabalho disponíveis na rede
Está à disposição dos interessados uma série de vídeos educativos do Programa 100% Seguro sobre prevenção de acidentes e segurança na Construção Civil, lançada no dia 29 de abril, para marcar o Dia Mundial de Segurança
no Trabalho. Promovidos pelo Sesi, CBIC, CNI, Seconci Brasil e Sindicatos
da Indústria da Construção, os vídeos trazem orientações sobre o uso de
equipamentos de proteção individual, combate a choques elétricos, cuidados para o trabalho em altura, entre outras. Para acessar os vídeos, pesquise por “Projeto 100% Seguro Sesi” no Youtube.
Fieg orienta sobre taxa ambiental
A Fieg se reuniu no dia 4 de abril
com representantes da Secretaria
Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e da Superintendência do Ibama Goiás para tratar
do impasse da dupla cobrança que
as empresas vêm sofrendo, referente à Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) e Taxa de Controle de
Fiscalização Ambiental do Estado de Goiás (TFA GO). Pela negociação, a partir de
julho, o imposto será recolhido por meio de GRU única, o que exclui a necessidade
da empresa requerer restituição do valor excedente pago ao Ibama.
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MERCADO
Rodada de negócios
aproxima cadeia produtiva
Em Curitiba, empresários prospectam contatos e negócios durante encontro no Sebrae/PR
Por Carlos Cruz | Foto Divulgação
madas empresas-âncora, que demandam
uma variedade de soluções na construção
civil, setor que assume um nível de exigência
cada dia maior.
A aproximação e a oportunidade de apresentar produtos ou serviços diretamente
para construtoras tornam, na avaliação dos
empresários, a realização desses encontros
um processo efetivo para aumentar contatos e a participação das pequenas empresas
no mercado.
Quatro cerâmicas da região participaram do
evento. Presente há três edições, o empreEmpresários de Curitiba
e Região Metropolitana
participam da Rodada de
Negócios promovida pelo
Sebrae/PR
E
m dois dias, empresários de micro e pequenas
sário Gerson Raska, da Cerâmica São Pedro,
empresas da cadeia produtiva da construção civil
vende blocos cerâmicos para clientes em
tiveram a oportunidade de apresentar produtos e serviços para representantes de 25 construtoras de médio e grande portes, durante a quinta edição da Rodada
de Negócios da Cadeia da Construção Civil de Curitiba.
Revista da Anicer | nº 82
na empresa familiar, que foi fundada há 51
anos. “Após participar, sempre retomamos os
contatos depois, e já fechei muitos negócios
com as empresas que conversei. As rodadas
Organizadas pelo Sebrae/PR, as rodadas reuniram 117
de negócios ajudam porque é mais prático
fornecedores, dos mais variados segmentos, desde vi-
você conversar diretamente com essas em-
draçarias, argamassas, cerâmicas, esquadrias de alu-
10
Curitiba e Região Metropolitana, fabricados
presas grandes”, avaliou o empresário.
mínio e madeira, andaimes, estruturas metálicas, blo-
Para realizar o encontro, o Sebrae/PR con-
cos cerâmicos e de concreto, pisos, até empresas que
vidou médias e grandes construtoras para
realizam projetos arquitetônicos e de paisagismo. Em
integrar o ‘time’ de âncoras e realizou um
conversas reservadas, os empresários falaram direta-
levantamento com os representantes dos
mente com representantes das construtoras, as cha-
empreendimentos, para identificar quais as
principais demandas por produtos e
linowski, destaca que, em único local, as
serviços. Com as informações, a enti-
empresas fornecedoras têm a oportuni-
dade selecionou as empresas fornece-
dade de prospectar novos mercados e as
doras participantes.
construtoras têm uma variedade de ne-
A executiva do Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas do Paraná
– Sindicer/PR, Rosane Kurek, visitou a
Rodada de Negócios no segundo dia
do evento e se disse bastante satisfeita
com o que viu. “Fiquei bem impressionada com a organização do evento, com
a maneira com que os trabalhos foram
conduzidos e como o tempo de contato
entre os participantes foi administrado
pelos organizadores”, comentou Rosane. Na opinião da executiva, apesar do
curto tempo disponibilizado para que
as empresas apresentassem seus produtos às construtoras, os resultados
gócios diferentes, mas, ao mesmo tempo, complementares. “Em uma Rodada
de Negócios, há uma aproximação produtiva entre as pequenas empresas que
buscam oportunidades para mostrar novos produtos e serviços das empresas-âncora. Neste ano, tivemos também
muitas empresas de pequeno porte com
propostas inovadoras, declarou Adriana.
A consultora ainda reforça que as realizações de rodadas da cadeia produtiva
da construção civil contribuem para a
aproximação e para os intercâmbios comercial, tecnológico e de inovação entre
as empresas.
foram bastante satisfatórios. “Conver-
A ação faz parte da estratégia do Pro-
sei com os empresários ceramistas que
grama Construção Competitiva 2013
participaram do evento e todos se mos-
– Construindo com Qualidade, reali-
traram confiantes com a possibilidade
zado pelo Sebrae/PR, em parceria com
de negócios futuros”, concluiu.
o Sistema Federação das Indústrias do
Efetividade
A consultora do Sebrae/PR, Adriana Ka-
Estado do Paraná (FIEP), com o Serviço
Nacional de Aprendizagem Industrial no
Estado (Senai/PR) e com o Sindicato da
Indústria da Construção Civil local (Sinduscon/PR).
“As rodadas
de negócios
ajudam porque
é mais prático
você conversar
diretamente com
essas empresas
grandes”
Segundo os organizadores do evento,
a proposta é promover a qualidade em
produtos e processos desenvolvidos por
micro e pequenas empresas do setor da
construção civil de Curitiba e Região Metropolitana, trabalhando iniciativas para
propor novas diretrizes e oportunidades
de crescimento para os empresários da
cadeia produtiva
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INOVAÇÃO
Embrapii terá um mês
para financiar projetos
Durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o governo federal apresentou as
instituições associadas fundadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Fonte: CNI | Foto: Adri Felden / Argosfoto
Reunião do Comitê
de Líderes
Empresariais na CNI
O
s ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), em parceria com
a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentaram no dia 10 de maio, em São Paulo
(SP), as instituições associadas fundadoras da Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova-
ção Industrial. O anúncio foi feito no escritório da CNI, durante a reunião da Mobilização Empresarial
pela Inovação (MEI).
Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a Embrapii chega para dar agilidade administrativa e estimular a indústria a investir em inovação. “Essa é uma iniciativa inovadora. Temos que
comemorar essa vitória pois foi dentro das discussões propostas pela MEI que nasceu a Embrapii. É
um grande passo para criarmos condições para o Brasil tornar-se mais competitivo, com ganho de
produtividade e inovação”, avaliou.
Este pode ser considerado o primeiro passo concreto para a criação da Embrapii. Uma vez constituída como Associação Civil sem fins lucrativos, com representantes da sociedade civil, empresá-
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rios e acadêmicos, a Embrapii poderá solicitar
sua qualificação como Organização Social junto
à Casa Civil. A partir do momento em que essa
qualificação for aprovada, será possível propor
o contrato de gestão que irá reger as atividades
da Embrapii.
O diretor interino do Conselho da Embrapii será
o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. “É o
início da política de investimentos públicos no
1. Confederação Nacional da Indústria (CNI);
2. Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (IEDI);
3. Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee);
4. Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABOMAQ);
5. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes);
período mais crítico de P&D: o pré-competitivo.
6. Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profis-
Neste modelo, os recursos são divididos: um
sional, Científica e Tecnológica (Conif);
terço virá da empresa que desenvolve o projeto
de inovação, um terço de recurso público da Embrapii e um terço das instituições de pesquisa”,
explicou Lucchesi.
De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, a
7. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE);
8. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI);
9. Academia Brasileira de Ciências (ABC);
10. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC);
expectativa é de que a Embrapii poderá começar
11. Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Ino-
a financiar projetos dentro de um mês. “O MCTI
vadoras (Anpei);
será o ministério supervisor das atividades. Va-
12. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos
mos trabalhar para que a Associação seja qua-
Inovadores (Anprotec);
lificada como Organização Social. Então, dependeremos apenas de um decreto da presidente
Dilma Rousseff para podermos firmar o contrato de gestão”. Ainda segundo Raupp, as regras
para a seleção dos projetos só serão conhecidas
após a conclusão do trâmite de criação da nova
13. Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae);
14. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa);
15. Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência,
Tecnologia e Inovação (Consecti);
empresa.
16. Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap).
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante,
A Embrapii começou a ser discutida no âmbito pela Mobilização Empresarial
falou sobre a importância do papel da Embra-
pela Inovação (MEI), há pelo menos dois anos, e atende a uma demanda do
pii para a inovação. “A Embrapii só irá se mover
setor industrial.
conforme as demandas que nascerem da indústria. Ela será o instrumento para alavancarmos
projetos inovadores”, acrescentou Mercadante.
No projeto-piloto, iniciado em dezembro de 2011 a partir da parceria entre
CNI, Finep e MCTI, já foram firmadas parcerias com 25 empresas. Doze dessas com o Senai Cimatec (BA), nas áreas de manufatura e automação; oito
Ao todo, 16 instituições entram como associa-
com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, na área de
das fundadoras da Embrapii e indicarão repre-
bionanotecnologia, e cinco com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no
sentantes. São elas:
Rio de Janeiro, nas áreas de saúde e energia
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CERÂMICA VERDE
Florestas Energéticas
Um dos maiores desafios deste século é a produção de energia renovável e
sustentável, tanto no aspecto econômico quanto ambiental
Por Carlos Cruz | Fotos: Divulgação
no efeito estufa quando usada para
energia, além de ser uma excelente
fixadora de carbono quando empregada para outros fins. O Brasil possui extensas áreas com florestas
nativas que podem ser manejadas
de forma sustentável e outras plantadas com alto potencial de crescimento e produtividade. Tais fatos
trazem perspectivas animadoras ao
país, com vantagem competitiva no
cenário mundial.
Para isso, a Embrapa Florestas, junto a diversas instituições parceiras,
Plantação de eucalipto
para produção de
biomassa em escala
A
coordena, desde 2007, o projeto
o assumir o incentivo à agricultura de energia, o Brasil enfrenta três grandes desafios do século XXI com uma única
política pública: o desafio da produção de energia sustentável,
da proteção ambiental e da geração de emprego e renda, com
distribuição mais equitativa.
Diante desta realidade, o país pode ocupar papel de destaque no
cenário mundial pelo seu potencial e competência para realizar
a transição da matriz energética de uma forma mais segura e
menos traumática para a qualidade de vida, com garantia de
abastecimento energético, com base em quatro pilares: biodiesel; etanol; espécies alternativas e resíduos; e florestas energéticas.
A biomassa florestal é uma fonte renovável e tem balanço nulo
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Revista da Anicer | nº 82
“Florestas Energéticas”, com amplitude nacional e subdividido em
cinco projetos componentes e inter-relacionados. Seu grande desafio é
a produção de biomassa em escala
e o desenvolvimento de tecnologias
de conversão de biomassa em energia. Com isso, espera-se a indicação
de materiais genéticos, aumento da
oferta de germoplasma e de sementes, melhoria das características da
madeira e apropriação de silvicultura específica para produção energética. Nos processos agroindustriais,
pretende-se obter subsídios para aumento da eficiência energéti-
com uma produção média de 40m³ por ano”, ressalta o pesqui-
ca de produtos e equipamentos e a geração de derivados energé-
sador. Para Bellote, o investimento é diretamente proporcional ao
ticos de alto valor agregado.
que é almejado, em termos de aumentar a participação de energia
renovável na matriz energética brasileira. “Precisamos decidir se
Com as ações de transferência de tecnologias para o segmento produtor-transformador, são esperados aumento de renda, de
fontes de trabalho e de qualidade de vida com menor impacto
queremos manter apenas o uso tradicional de lenha e carvão ou se
queremos desenvolver tecnologias de alto valor agregado, como
etanol, bio-óleo, celulignina e hidrogênio, por exemplo. Em todos
ambiental. O objetivo geral do projeto é desenvolver, otimizar e
esses casos, há a necessidade de aumentar a área plantada. Para
viabilizar alternativas ao uso de fontes energéticas tradicionais
a situação atual, apenas onde a biomassa florestal é utilizada para
não renováveis, por meio da biomassa de plantações florestais,
lenha e carvão, estamos falando em passar dos 6 milhões hoje
contribuindo para a ampliação da matriz energética nacional de
plantados para 13 milhões de hectares”, estima.
forma sustentável.
Entre as principais conquistas do projeto, destacam-se o deSegundo Antonio Bellote, pesquisador da Embrapa Florestas e lí-
senvolvimento de clones de eucalipto em parceria com a ini-
der do projeto, o termo “Floresta Energética” é um nome fantasia
ciativa privada; o ajuste da metodologia de avaliação dos pré-
usado para definir o uso da biomassa florestal para fins energéti-
-tratamentos com enzimas comerciais para a produção de
cos. “Na verdade sempre existiram florestas energéticas. No Brasil,
etanol; e o desenvolvimento de um sistema de carbonização
ela é plantada principalmente para a produção de carvão vegetal e
com queimador de fumaça para pequenos produtores de car-
para a queima direta como, por exemplo, a cocção de alimentos,
vão vegetal; entre outras.
Revista da Anicer | nº 82
15
MOMENTO INSPIRAÇÃO
Restaurante pop
com alma rústica
O Lacrimi si Sfinti foi construído de maneira sustentável e possui estrutura totalmente reciclada
Por Manuela Souza | Foto: Divulgação e Google
16
Revista da Anicer | nº 82
S
ituado em Bucareste, Romênia, no Leste Europeu, o Res-
taurant Lacrimi si Sfinti, “Lágrimas
e Santos” em tradução livre, chama
a atenção de quem entra no local.
O projeto do arquiteto Cristian Corvin é grande na ideia e na concepção, onde toda a estrutura do local,
construção e decoração, vem de
materiais totalmente reciclados.
A grandiosidade da alvenaria em
tijolos cerâmicos empresta um
ar rústico e elegante ao local que,
combinada com as diversas pilhas de madeira provenientes de
casas abandonadas, celeiros velhos e outras estruturas, equilibra
a estética e garante conforto aos
frequentadores. As janelas da cozinha e a porta de entrada também
foram resgatadas de antigas construções. O tijolo aparente compõe
uma perfeita harmonia com o piso,
que também é de peças em cerâmica vermelha, mas o que chama
mais atenção são as esculturas de
Lego espalhadas por todo o restaurante.
A sustentabilidade também está
inserida no cardápio, onde receitas
tradicionais da região, com mais
de 100 anos de idade, foram reinventadas pelo chef Mircea Dinescu
e ganharam um toque moderno e
contemporâneo, com ingredientes
orgânicos locais
Revista da Anicer | nº 82
17
PERFIL
Cerâmica Salema
Empresa conquista o PSQ investindo em qualidade e no bom relacionamento com clientes
Por Carlos Cruz | Foto Divulgação
investe na qualidade de sua produção com um laboratório interno, para testagem de seus produtos, e no relacionamento com os clientes. Além do projeto para a construção de novos fornos e secadores, a empresa pretende
montar uma moderna fábrica, a Cerâmica Planalto, na
cidade de Mamanguape, a 50 km de João Pessoa.
Como resultado de tanto esforço e investimento em
qualidade, a Cerâmica Salema alcançou recentemente
sua qualificação no PSQ de Blocos Cerâmicos, processo que já vinha sendo desenvolvido há três anos. “O
PSQ melhorou ainda mais a nossa imagem junto aos
Vista aérea da
Cerâmica Salema,
no município de
Rio Tinto (PB)
F
undada em 1981 no distrito de Salema, no mu-
mentação de nossa equipe comercial. Esta conquista
nicípio de Rio Tinto (PB), a Cerâmica Salema é
nos coloca no rol das grandes empresas que produzem
dirigida pelo ceramista Francisco Xavier, o “Chico da
os melhores produtos, garantindo a sustentabilidade e
Paraíba”, e por seu sócio, João Neto. Com uma linha
a força do setor e demonstrando o respeito ao merca-
diversificada de produtos, a empresa possui três for-
do”, declarou Francisco.
nos Hoffman e um Cedan, alimentados com lenha de
reflorestamento (Algaroba), e responsáveis pela pro-
Salema na Escola
(9x19x19) e para laje (30x7x20 / 37x7x20), que vão
Há seis anos, a Salema construiu um Centro Cultural nas
abastecer o mercado local, principalmente a capital
dependências da fábrica onde, em parceria com o Serviço
João Pessoa, e estados vizinhos como Pernambuco
Social da Indústria (Sesi), funciona uma escola para os
e Rio Grande do Norte.
colaboradores da empresa e seus dependentes. O projeto
empregadora privada da região, investindo tam-
engloba da fase de alfabetização até a quarta série do
ensino fundamental;
bém em projetos de educação, treinamento e ca-
Salema no Clique
pacitação de pessoal. Possui ainda um projeto de
Cursos de capacitação em informática para funcionários,
reflorestamento e recuperação das áreas minera-
dependentes e membros da comunidade, com até 20
das, com tanques para irrigação e piscicultura e
alunos por turma;
200 hectares (400 mil árvores) de eucalipto plan-
TV Salema
tados, o que demonstra seu respeito à natureza e
Revista da Anicer | nº 82
Projetos da Cerâmica Salema
dução de blocos estruturais (14x19x29), de vedação
Com 120 colaboradores, a empresa é a principal
18
nossos clientes, além de aumentar o poder de argu-
Divulga internamente as principais novidades da empre-
garante a sustentabilidade ambiental da região.
sa, garantindo a automatização de processos e a intera-
Para enfrentar a concorrência, a Cerâmica Salema
tividade, sem o gasto excessivo de papel
Revista da Anicer | nº 82
19
LICENCIAMENTO AMBIENTAL
Estado mais ecológico
Seminário na Firjan debate consumo sustentável de madeira no estado do Rio de Janeiro
Por Carlos Cruz | Foto Carlos Cruz
Edézio Menon,
presidente do
Sindicer/RJ: “Toda
lenha utilizada (no
Rio de Janeiro) é de
base legal”
M
ais agilidade e clareza nos critérios para li-
apenas um pedido. Esperamos que esse decreto re-
cenciamento ambiental. Esse foi um dos gar-
presente um grande estímulo, e que possamos ven-
galos mais destacados pelas mais de 200 pessoas
cer esse grande gargalo da silvicultura”, afirmou Minc.
que lotaram o centro de convenções da sede do Sis-
Ele também anunciou que municípios já podem emitir
tema Firjan, na tarde do dia 25 de abril, para discutir
licenças ambientais para empreendimentos agrope-
os desafios para o incremento da indústria de base
cuários. O secretário de Desenvolvimento Econômico,
florestal no estado do Rio de Janeiro.
Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, também
O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc,
anunciou que já está na mão do governador, Sérgio
Cabral, um decreto que promete facilitar a conces-
20
Revista da Anicer | nº 82
presente ao evento, completou: “Meu credo e meu
empenho são para que a gente consiga viabilizar um
programa de silvicultura para o Rio de Janeiro”.
são de licenças ambientais e liberar dessa exigência
Presente apenas na abertura do evento, o presiden-
quem plantar até 50 hectares. “A melhor forma de
te do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira,
proteger a floresta nativa é plantar árvores para o de-
ressaltou o potencial de crescimento do estado e de
senvolvimento econômico. Se a madeira não é plan-
geração de receita para os próximos anos. “O Rio de
tada, as pessoas vão desmatar. Esse novo decreto
Janeiro produz apenas 11% da madeira que conso-
cria a categoria do distrito florestal. Em vez de cada
me. Isso mostra o tamanho do mercado esperando
um, individualmente, fazer seu EIA-RIMA, o grupo faz
para ser conquistado, e o quanto poderemos gerar em
receita, renda e tributos para nosso esta-
O presidente do Sindicer/RJ elogiou ainda
do, caso este potencial seja devidamente
a iniciativa do município de Campos, que
explorado. Além de mercado, há muito es-
aumentou sua produção de eucalipto para
paço físico que pode ser aproveitado por
tentar conter o desmatamento.
esta indústria. Aqui na Firjan, acreditamos que é possível aumentar em mais de
cinco vezes a área destinada à produção
de madeira, em cinco anos”, destacou.
Concordando com Eduardo Eugênio, o
vice-presidente do Sistema Firjan, Geraldo
Coutinho, afirmou que o Rio tem capacidade de multiplicar em até 20 vezes a sua
produção agrícola atual.
Marcelo Santos Ambrogi, diretor de Operações Florestais da Weyerhaueser Solutions do Brasil, listou diversos quesitos que
o estado preenche para atrair investidores
da área florestal. “O que é importante para
se plantar? Ter consumo. Há proximidade
do Rio com mercado para consumo de
madeira”, disse, citando os polos moveleiros. “E aqui tem infraestrutura logística
Convidado para participar do debate, o
para exportação”, exemplificou. Ambrogi
presidente do Sindicer/RJ, Edézio Gon-
foi aplaudido ao citar que “falta licencia-
zalez Menon, afirmou que há mais de 20
mento definido e comparável a estados vi-
anos a indústria cerâmica fluminense dei-
zinhos e eficiência do estado na avaliação
xou de consumir lenha nativa. “Toda lenha
e aprovação do licenciamento”.
utilizada é de base legal. Temos atualmente 181 cerâmicas no estado, que juntas
consomem 50 mil m³ por mês de madeira
de reflorestamento proveniente dos estados do Rio, Espírito Santo e Bahia. Dessas,
11 já comercializam créditos de carbono
para empresas estrangeiras”. Menon lembrou que o debate sobre o tema se intensificou devido a um erro cometido em fevereiro deste ano por uma repórter do jornal
Francisco Muniz, diretor da Quimvale, indústria química do Sul Fluminense, lançou
luz sobre as vantagens de se investir em
florestas plantadas: “A madeira é um combustível renovável, gera renda para o produtor rural da região e ocupa área de pasto
degradada onde anualmente ocorrem incêndios”. A Quimvale retira de sua própria
floresta 60% da madeira que consome.
O Globo, que publicou uma matéria sobre
Também participaram do seminário João
o estudo realizado pelo Sistema Firjan do
Manoel Martins Fernandes, presidente da
consumo de lenha no estado. O estudo
Cofix Construções e Empreendimentos;
mostra que empresas fluminenses im-
Antônio Salazar Brandão, coordenador
portam 89% da madeira que consomem,
do Grupo Executivo de Agroindústria do
apesar de haver mais de 685 mil hectares
Sistema Firjan; Carlos Alberto Mesquita,
de pastagens naturais ou degradadas que
presidente da Associação Profissional dos
poderiam ser utilizados para o desenvolvi-
Engenheiros Florestais do estado do Rio
mento de florestas plantadas. O problema
de Janeiro; e Jefferson Mendes, diretor da
é que a matéria trazia informações impre-
Pöyry Silviconsult, responsável pela pes-
cisas sobre os números do estado.
quisa sobre consumo de madeira
Revista da Anicer | nº 82
21
TENDÊNCIA DE MERCADO
Caixa de luz
Antigos pavilhões industriais são transformados numa charmosa vila italiana
Por: Manuela Souza | Imagens: Divulgação
E
ntre os 12 vencedores do concurso internacional para a “Concepção e recuperação ambiental de antigos pavilhões indus-
triais dentro das melhores práticas de área urbana” na Expo Shanghai 2010, realizada na China, este projeto foi implementado em
uma vila italiana e desenvolvido pelo arquiteto Mario Occhiuto.
O arquiteto preservou a estrutura da construção e a forma dos
pavilhões e implantou uma nova fachada abrangente, respeitando a obra original e as suas aberturas e garantindo uniformidade. O revestimento é constituído por
placas de tijolos ornamentais com medidas de 120 cm x 120 cm, feitas de argila prensada e aplicadas
com resinas naturais de quartzo. Os edifícios anexos que foram construídos são integrados à estrutura já existente e ligam a praça, na área externa, com os pavilhões através de uma série de passarelas
externas e internas.
A fachada funciona como barreira térmica e tela de projeção e iluminação. Além disso, facilita a circulação do ar e da luz natural no ambiente. As placas cerâmicas possuem desenhos que representam
decorações inspiradas na cerâmica de Vietri, antiga tradição que pode ser encontrada em casas da
região de Pompeia, na Itália, e em muitas basílicas cristãs. O resultado é uma construção moderna,
sustentável e visualmente bonita
22
Revista da Anicer | nº 82
Fachada de painéis com
tijolos foi inspirada na
cerâmica de Vietri, do sul
da Itália.
Revista da Anicer | nº 82
23
METRO QUADRADO
Arquitetura Cerâmica
Arquiteta: Sara Valentim
F
ormada em Arquitetura e Urbanismo e especializada em Gestão do Meio
Ambiente, Sara Valentim atua nas áreas de construção, revitalização, res-
tauração, paisagismo, arquitetura de interiores, decoração, mobiliário e comunicação visual.
“Ao começar a reforma de uma casa da década de 40, descobri que ela foi
construída com tijolos maciços. Optei então por remover o reboco da parede
de destaque da sala de estar para deixar os tijolos à vista, proporcionando
mais aconchego e beleza ao ambiente. Utilizamos uma camada de impermeabilizante incolor e opaco para deixar os tijolos com aspecto original de demolição. Resolvi apostar no tijolo aparente porque além de seu charme e beleza,
ele proporciona um intimismo, já que eu buscava um toque rústico. A remoção
do reboco foi feita de forma a deixar uma pátina com o próprio material, o que
conferiu um aspecto de demolição original. E para finalizar o ambiente, utilizei
resina opaca no taco do piso.
Os produtos de cerâmica vermelha são de qualidade, além de conferir ao
projeto aspecto de conforto e intimidade. Normalmente, os produtos são
Parede teve a
estrutura em tijolos
cerâmicos preservada,
onde a arquiteta Sara
Valentim priorizou
um acabamento
simples para destacar
a estrutura rústica da
construção.
mais sustentáveis e têm maior resistência acústica e térmica, se comparado a produtos similares. Sempre que há possibilidade, a cerâmica vermelha
está em meus projetos, sejam escondidos (como os tijolos vazados de vedação), ou expostos, como telhas cerâmicas, cobogós, tijolos maciços, cerâmicas rústicas, placas e peças para construção de jardins verticais. Além
disso, busco sempre utilizá-los porque, além de possuírem ótima qualidade, se ajustam bem em qualquer tipo de ambiente, sejam contemporâneos,
clássicos ou rústicos.
Como arquiteta, existem diversos projetos que admiro, como o da Biblioteca
Pública Virgilio Barco, em Bogotá, Colômbia; e a Tower Bridge, em Londres,
na Inglaterra. No Brasil, temos na cidade do Rio de Janeiro exemplos como a
Basílica do Imaculado Coração de Maria, o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho), o Conjunto Residencial Parque Eduardo Guinle e
o Centro Cultural Parque das Ruínas. Já em São Paulo, gosto da Pinacoteca
do Estado. Estes são apenas alguns dos belos exemplos da arquitetura com
cerâmica vermelha existentes no Brasil e no exterior.”
24
Revista da Anicer | nº 82
Revista da Anicer | nº 82
25
ARTIGO TÉCNICO
Estudo comparativo entre
cerâmica e concreto: tijolos
e telhas
Vitor Costa, engenheiro Cerâmico e do Vidro (Universidade de Aveiro, Portugal) e mestre em Engenharia de Materiais
(Universidade de Aveiro e Instituto Superior Técnico de Lisboa, Portugal)
OBJECTIVO:
Com este trabalho pretende-se fazer uma comparação de pro-
de edifícios permita a concretização dos seguintes objetivos:
priedades, características e processos de fabricação dos tijolos e
• Racionalização energética;
telhas cerâmicas com os respetivos produtos de concreto, usan-
• Habitabilidade;
do inertes naturais de sílica. Este trabalho pretende ilustrar prós
e contras de aplicação destes materiais no setor da Construção
• Qualidade da Construção;
Civil. Finalmente concluir com alguns argumentos de beneficiação
• Preservação ambiental.
dos respetivos produtos com vista a uma mais eficaz utilização
A fim de evitar confusões entre os termos utilizados designar-se-
em obra.
INTRODUÇÃO
O conforto do lar é uma pretensão antiga da humanidade. Desde
sempre o homem tentou abrigar-se e refugiar-se das intempéries
-á por tijolos os produtos elementares de cerâmica e por blocos
os produtos elementares de concreto com inertes naturais (sílica).
No que diz respeito às telhas terá quê ser usado o termo; telha de
cerâmica e telha de concreto.
da atmosfera. Não é pois de estranhar que a investigação e o de-
Sem fazer apelo a normas e requisitos específicos de construção é
senvolvimento procurem incessantemente produtos e técnicas de
do senso comum que:
construção de abrigos com maior qualidade e conforto.
• as exigências de conforto térmico de uma casa deve ser concre-
As crises energéticas fizeram com que os engenheiros trabalhas-
tizado sem excessiva dependência de energia;
sem no desenvolvimento de materiais e processos que racionali-
• os elementos de construção devem ser devidamente protegidos
zem a construção com ganhos de características das edificações:
quanto a efeitos patológicos derivados de condensações.
isolamentos e durabilidades, bem como garantissem uma melhor
gestão energética das condições térmicas no seu interior.
26
dos materiais habitualmente utilizados em envolventes e divisórias
O grupo dos materiais cerâmicos de barro vermelho apresentam
uma característica especifica que é a plasticidade, que lhes advém
O conforto higrotérmico dentro dos recintos habitados depende
de serem constituídos por partículas microscópicas que ao mis-
fundamentalmente da manutenção de condições estáveis de tem-
turados com quantidades determinadas de água, são facilmente
peratura e umidade, pelo que todas as variações bruscas desses
conformados. No caso dos tijolos é usada a extrusão onde a pasta
parâmetros prejudicam a obtenção de tal conforto.
cerâmica é obrigada a passar através de uma cavidade cujas pare-
Dada a incidência que as propriedades de tais materiais têm nas
des dão forma à superfície exterior das peças e cujo interior pode
características mais importantes dos edifícios, particularmente so-
ser perfurado, durante a operação de extrusão, podendo estes ori-
bre o conforto que podem proporcionar, é interessante compará-
fícios ter dimensões e formatos variados. Este processo é simples
-los a partir do estudo das suas propriedades e processos de fabri-
e facilmente automatizado. A plasticidade das pastas cerâmicas
cação, de forma a evidenciar que uma correta escolha e utilização
permite ainda a prensagem (no caso das telhas cerâmicas), fa-
Revista da Anicer | nº 82
zendo com que estas adotem formas variadas, que
produção é curto, com o material a ficar pronto para venda em apenas três dias
facilitam uma boa adaptação e uma cobertura eficaz.
e com sete já podendo ser aplicado com segurança. A produção de blocos e
Pelo efeito do calor, cozedura, as formas são con-
telhas é energeticamente mais favorável, mesmo tendo maiores quantidades
solidadas adquirindo as propriedades finais dos ele-
de rejeição.
mentos de construção, particularmente caracterís-
Para fazer a avaliação elementar de cada grupo de produtos cerâmicos e de
ticas de reforço mecânico.
concreto, amostras foram recolhidas em diversas fontes de produção e sub-
No caso dos produtos á base de cimento Portland, a
metidos a diferentes ensaios e análises de modo que se pudessem tirar valores
transformação que se processa na sua produção é a
comparativos bem como traçar paralelos de características. Entre os vários
hidratação do referido cimento. O desenvolvimento de
ensaios que foram feitos podemos citar:
suas propriedades decorre fundamentalmente de rea-
• Resistência mecânica;
ções químicas dos componentes constituintes do cimento com a água, com formação de fases geralmen-
• Resistência ao gelo;
te hidratadas. O crescimento de tais fases em geral
• Unidade de equilíbrio;
em formato alongado (agulhas), é a responsável pelas
• Resistência ao fogo;
características apresentadas por estes materiais.
O processo de conformação dos blocos e telhas de
concreto é a moldação, mais complexa para automa-
• Absorção de água;
• Densidade aparente.
tização. Por outro lado a largura dos septos (paredes
O aceso a estes dados foi feito através da consulta a trabalhos prévios e res-
que separam os orifícios dos blocos) está condicio-
petivos resultados (1).
nada pelo granulometria dos inertes utilizados.
DISCUSSÃO DE RESULTADOS
O ciclo de produção desenvolve-se à temperatura
1. Tijolos e Blocos
ambiente, sem necessidade de grandes potências
elétricas e criação de atmosferas quentes. A chama-
1.1. UNIDADE DE EQUILIBRIO
da “preza” do concreto dá-se ao longo do tempo com
A unidade de equilíbrio define-se como sendo a que existe nos materiais po-
um primeiro patamar até ao 3 dia após conformação.
rosos em equilíbrio com a unidade do ar ambiente, para determinada tempe-
O processo de produção cerâmico permite uma intervenção técnica sobre as características intrínsecas a
criar no material. Seja na preparação com misturas
granulométricas criteriosas, seja na conformação
com a otimização de parâmetros operacionais e de
formatos exterior e furação interiores seja sobretudo
na cozedura onde se consegue modelar as características físicas e químicas dos materiais a produzir,
com vista a obter um produto mais eficiente para os
ratura e humidade relativa deste, é muito importante no que diz respeito ao
conforto higrotérmico que os materiais de construção, e em particular os blocos e tijolos para alvenaria, podem proporcionar aos utentes dos edifícios onde
são aplicados. Recorde-se que através da humidade pode ser conduzido mais
rapidamente o calor além de outros fatores de ordem sanitária, como sejam a
formação de fungos e micro-organismos.
Tipo de Material
Teor de Umidade (%Vol)
Tijolo Cerâmico
0,32
fins da construção. Nos blocos de concreto os graus
Tijolo de vedação;
30 x 20 x15 cm
Bloco com inertes
de liberdade são menos com enfase sobretudo para
o seu processamento apenas à temperatura ambien-
OBS
Bloco de Concreto
0,97
te com desenvolvimento de estruturas em espinha
naturais de areia; 30 x
20 x 14
que são controladas pelo conteúdo de unidade e
atmosfera de conformação e maturação. O ciclo de
NOTA: para uma umidade relativa do ar de 40%
Revista da Anicer | nº 82
27
ARTIGO TÉCNICO
Esta análise está interligada com a dimensão e formato dos po-
O objetivo de proteger determinados locais da construção com mate-
ros que estão presentes nos tijolos e blocos, desenvolvendo as-
riais resistentes ao fogo, cinge-se à retardação da degradação e co-
sim diferentes pressões de vapor no seu interior e em contacto
lapso que a edificação vai sofrer, permitindo uma possível evacuação
com o meio ambiente.
mais eficaz.
Da análise de resultados pode concluir-se que os tijolos ce-
A resistência ao choque térmico, naturalmente varia em função do
râmicos tem menores teores de umidade de equilibrio e por
respetivo coeficiente de expansão térmica, que é função da constitui-
isso um comportamento melhor que os respetivos blocos de
ção morfológica dos materiais misturados seja no concreto seja nas
concreto.
massas cerâmicas vermelhas. A sílica (areia), que tem uma variação
1.2. RESISTÊNCIA AO FOGO:
Os materiais de construção devem, pelo menos durante um
certo tempo, resistir às temperaturas habituais em incêndios,
(os quais são em geral superiores a 600ºC), quando projetados
para serem usados em locais estratégicos de um edifício.
O tijolo cerâmico pode ser considerado a melhor barreira térmica e ao fogo, em situações de construção civil, no que se refere
ao comportamento estrutural em caso de incêndio.
Os materiais cerâmicos de barro vermelho (tijolo, telha) sendo cozidos em geral a temperaturas que rondam os 900ºC, se
aquecidos a 1.000 a 1.100 ºC, terão uma melhoria da sua resistência mecânica e não degradação.
Na construção moderna é usual a utilização de barreiras antifogo, usando proteções cerâmicas nos pilares estruturais de
edifícios. Estas barreiras são feitas de placas perfuradas de
barro vermelho e montadas em volta dos pilares a envolvê-los
deixando ainda uma caixa de ar como precaução a dificultar a
transmissão do calor ao pilar de concreto armado.
alotrópica, com uma enérgica expansão de volume, ao passar de uma
fase alfa a beta por volta dos 575ºC, quando em aquecimento e inverso em arrefecimento influência muito esta característica dos materiais. A granulometria também influência a resistência ao choque térmico. Quanto maiores os grãos de sílica mais notória esta anomalia.
A análise do comportamento dos tijolos e blocos ao choque térmico
é também influenciada pelas fases e substâncias que os constituem.
No caso do concreto com inertes dolomíticos, tem ainda que se contar com a decomposição dos carbonatos a 700 – 800ºC, o que promove elevados danos na sua resistência mecânica.
Um exemplo de um bom comportamento de resistência ao fogo são
as panelas de barro usadas antigamente nas fornalhas domésticas.
A pensar num modo de quantificar um parâmetro que pudesse servir
de referência numérica e comparativa para a, resistência ao fogo, foi
proposto por vários investigadores do setor um ensaio simples mas
que permite classificar os materiais quanto à sua característica de
resistir ao fogo. O corpo de prova é colocado num forno a uma temperatura máxima de 800ºC, com uma velocidade de aquecimento de
10ºC/min., com um patamar de 30 minutos, à temperatura mais ele-
As argamassas/concretos, sendo produzidos a partir da rea-
vada. O arrefecimento deve ser natural para evitar o risco de choque
ção quimica de determinadas substâncias com a água, con-
térmico. O corpo de prova deverá ser a seguir submetido a um ensaio
tém compostos hidratados, cuja decomposição ocorre abai-
de resistência à compressão, que avalie a degradação provocada pela
xo de 800ºC, não oferecendo propriedades de resistência, ao
exposição á temperatura. No caso de concretos à base de cimento
fogo, suficientemente credíveis pois numa situação de exposi-
Portland, verifica-se uma degradação superior a 25%, já nos cerâmi-
ção ao fogo sofrerão enfraquecimento das suas propriedades
cos não há degradação mas sim reforço de resistência mecânica. O
mecânicas.
ensaio de compressão foi escolhido pois é à compressão que em ge-
O bloco de cimento à temperatura de 800ºC fendilha em curto
ral os materiais ficam sujeitos em ambiente de incêndio.
espaço de tempo. Não são portanto aconselháveis em situação
Pode pois concluir-se que os produtos de cerâmica de barro verme-
de construção de barreiras térmicas ou corta fogos, onde se
lho são bastante mais resistentes ao fogo que os de concreto, tornan-
espera uma maior resistência ao fogo.
do a sua utilização mais interessante em edificações em particular
em tuneis de proteção contra incêndio.
28
Revista da Anicer | nº 82
1.3. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO:
1.5. ISOLAMENTO TÉRMICO
A resistência mecânica à compressão de um material, depen-
O conforto térmico nas edificações, pode ser traduzido na não
de particularmente da furação e formato dos tijolos e blocos.
ocorrência de amplitudes térmicas elevadas no seu interior. Ain-
A possibilidade de desenvolver formatos e furações otimizadas
da que o aquecimento e arrefecimento dos edifícios sejam práti-
nos tijolos cerâmicos (face ao seu processo produtivo: extrusão),
ca comum, têm custos elevados que importa racionalizar.
permite a melhoria das suas propriedades mecânicas, além de
fatores ergonómicos que os blocos de concreto não apresentam
(manuseio em obra).
Um material é tanto mais isolador do calor, quanto mais poroso
for. Isto fica a dever-se à menor condutividade térmica no ar
do que na matriz sólida cujo material é constituído. O efeito da
A resistência à compressão é uma propriedade importantíssima
porosidade é especialmente eficaz quando os poros são de pe-
dos matérias de construção no que diz respeito à estabilidade
quena dimensão e fechados, uma vez que se minimiza a trans-
estrutural das divisórias e envolventes dos edifícios.
ferência de calor por convecção no seu interior.
Tipo de Material
Resistência
Compressão (MPa)
OBS
6,6
Tijolo de vedação;
30 x 20 x15 cm
3,6
Bloco com inertes
naturais de areia;
30 x 20 x 14
Tijolo Cerâmico
Bloco de Concreto
Pela análise de resultados obtidos conclui-se que os tijolos ce-
A condutividade térmica dos tijolos de barro vermelho pode ser
modelada, seja no processo de fabrico, na maromba, quer na
preparação (distribuição granulométrica).
É possível produzir blocos de concreto e tijolos de cerâmica,
com furações internas variáveis. A densidade e disposição de
tais furações influenciará também a condutividade térmica respetiva.
râmicos tem maior resistência que os seus congéneres em con-
A furação interna do tijlo/bloco influencia muito o seu desempe-
creto.
nho em termos de isolamento. Este aspeto é traduzido na maior
riqueza da furação mostrada pelos tijolos cerâmicos em relação
1.4. MASSA VOLUMICA APARENTE
A massa volúmica aparente, é a relação entre a massa e o volume
aparente , sendo este o que é limitado pela sua superfície. Esta
característica varia também em função da densidade aparente
aos blocos de cimento:
Tipo de Material
Densidade Aparente
(kg/dm3)
Condutividade
Térmica
(w/m ºC)
Tijolo Cerâmico
1,80
1,15
Bloco de Concreto
2,20
1,40
dos seus matérias constituintes e da sua porosidade.
Tal como pode ser seguido pela tabela abaixo, os matérias cerâmicos apresentam um valor mais baixo, que os de concreto.
Os tijolos cerâmicos apresentam por isso melhor ergonomia de
aplicação uma vez que este trabalho é essencialmente manual.
Esta característica está diretamente relacionada com isolamento
térmico e também acústico.
No processo de produção cerâmica, é possível variar a forma e
a dimensão do poro, seja ao nível da cozedura seja ao nível do
arranjo granulométrico das várias matérias primas. A introdu-
Tipo de Material
Resistência
Compressão (MPa)
OBS
Tijolo Cerâmico
765
Tijolo de vedação;
30 x 20 x15 cm
na sua massa, oferece imensas possibilidades de intervenção
Bloco de Concreto
1.050
Bloco com inertes
naturais de areia;
30 x 20 x 14
térmicas dos tijolos cerâmicos enquanto que no caso da produ-
ção de grãos combustíveis (serragem, polímeros, carvão etc .)
sob a porosidade e consequentemente sobre a condutividade
ção de blocos de concreto isso não é conseguido.
Revista da Anicer | nº 82
29
ARTIGO TÉCNICO
Tipo de Material
Tijolo Cerâmico
Bloco de
Concreto
perior ao de concreto. Os septos dos blocos em comparação com os dos
Isolamento
Térmico k
(w/m2K)
OBS
1,80
Parede teste
usando o tijolo
referido
2,55
Idem com o bloco de concreto.
NOTA: K é o coeficiente de transmissão térmica de paredes de alvenaria simples com 20 cm de espessura executadas com os materiais que se indicam.
Pode assim concluir-se que tijolos de barro vermelho
de furação normal apresentam melhor característica de
isolamento térmico que os seus congéneres de concreto.
1.6. ISOLAMENTO ACUSTICO
Um nível elevado de ruido constitui um dos aspetos que
mais desvaloriza a qualidade de vida, pelo que os sis-
tijolos cerâmicos é muito grande. Muito maior ainda caso os blocos sejam
fabricados com inertes mais grosseiros ou mesmo usando argila expandida
como inerte.
Indice de Redução Sonora
Tipo de
Material
Tijolo
Cerâmico
Prefurado
e
(cm)
9
125
Hz
33
250
Hz
29
500
Hz
36
2000
Hz
39
44
Ia dB
OBS
40
Tj vedação
com
estrias
Bloco de
Concreto
9
36
32
42
50
56
45
Bloco
vedação
convencional
Tijolo
Cerâmico
Maciço
13
34
34
41
50
56
46
Tj “burro”
temas de isolamento acústico dos edifícios, particular-
NOTA: “e”, espessura do tijolo ou bloco a ser atravessado pela onda sonora.
mente das habitações, são de primordial importância.
Valores apresentados em dB (decibéis).
Um tijolo deverá ter uma massa elevada, ser rígido, den-
2. Telhas Cerâmica e de Concreto
so e não poroso, além de apresentar uma superfície lisa
e continua para possuir uma boa capacidade de isolamento acústico.
A transmissão das ondas sonoras varia também com a
frequência da onda emissora, porém o índice de redução
sonora varia com a densidade do material que será atravessado pela onda sonora.
A propagação do som em meio sólido não é percetível
pelo ouvido humano, o qual apenas reconhece o som no
ar, este é devido às vibrações das partículas do ar num
determinado intervalo de frequências as quais o ouvido
As telhas encontram-se entre os materiais de construção manufaturados
mais específicos uma vez cuja sua utilização é expressamente destinados
para aplicações concretas as quais consistem na proteção contra agentes
atmosféricos desfavoráveis. São fabricados com dimensões estáveis por
forma a constituírem um modo coerente de coberturas descontinuas de
edifícios. As telhas devem apresentar resistência mecânica à flexão, resistência ao fogo, formato que garanta fácil colocação em obra e aplicação,
durabilidade impermeabilidade devendo ainda proporcionar conforto térmico, para o que é decisiva a capacidade de rápida libertação de umidade
por parte dos produtos.
humano é sensível.
Quando uma determinada potência acústica atinge uma
parede, parte dela é refletida, causada pela vibração da
parede, outra parte é absorvida pela parede e outra atravessa-a, sendo transmitida pela face oposta.
No caso do bloco perfurado de concreto o isolamento
é superior, ainda que no tijolo maciço cerâmico a redução da onda sonora é maior. Isto fica a dever-se a maior
grossura das paredes dos tijolos de concreto. Porém nos
tijolos maciços de cerâmica o isolamento torna a ser su-
30
1000
Hz
Revista da Anicer | nº 82
ENSAIOS
Tipo de
Material
P
R.F.
A.A.
Telha
Lusa/
Portuguesa
I
2.720
10,5
S
Telha
Marselha/
Francesa
I
3.410
10,3
Telha
Concreto
I
2.230
7,7
R.G. U.E.
Da
M
OBS
0,07
2,001
3.600
S
0,23
2,090
3.910
S
1,99
2,970
4.830
Valores
médios
obtidos
com
produtos
de várias
fábricas.
Glossário: P-Permeabilidade (I-Impermeável); R.F.-Resistência à
Flexão (Newtons); A.A.-Absorção de Água (%); R.G.-Resistência
ao Gelo (S-satisfatória); U.E.-Umidade de Equilíbrio (%); Da-Densidade aparente; M-Massa (g).
aplicar em obra.
As telhas são materiais que estão sempre expostos ao ar livre
e às intempéries. Verificam-se frequentes penetrações de água
através dos seus poros abertos. A água contaminada com sais
As telhas devem apresentar boa resistência mecânica à flexão,
solúveis pode provocar ataque químico, ou promover a crista-
assim como elevada resistência ao fogo. Além disso devem ter
lização dos cristais dissolvidos nela, dentro dos poros abertos,
estabilidade dimensional para facilitar a sua montagem em obra,
desenvolvendo tensões de tração, destrutivas, especialmente
durabilidade e sobretudo impermeabilidade. Uma vez que as co-
nas zonas de beira mar. Um outro efeito nefasto, nas telhas é o
berturas são feitas para servirem de barreiras térmicas, devem
gelo/degelo, nas zonas mais frias, que promove a degradação
dar bom conforto térmico para o que é decisiva a capacidade
da superfície da telha. A porosidade aberta nas telhas é um fator
de rápida libertação de umidade por parte destes componentes.
importante a ter em conta. Ambos os tipos de telha (cerâmica e
A resistência mecânica das telhas deve ser alta pois muitas vezes estão sujeitas a esforços elevados (pisadas quando o telhado está em manutenção). Há muita disparidade de valores de
resistência no que diz respeito ás telhas cerâmicas em função
concreto) apresentam boas características face a este tipo de
solicitações (ver tabela). Porém uma vez que o processo cerâmico, na cozedura, permite intervenção nas características superficiais da telha torna-se mais interessante este tipo de telha.
da composição argilosa, porém os valores obtidos são em ge-
A impermeabilidade é uma característica essencial para as telhas.
ral superiores aos encontrados para as congéneres de concre-
No geral os valores encontrados são satisfatórios tanto para as
to. Também apresentam menor peso e por isso mais fáceis de
telhas cerâmicas como para as de concreto. Para a impermea-
Revista da Anicer | nº 82
31
ARTIGO TÉCNICO
bilidade jogam ainda outros fatores importantes; a possibilidade
A menor unidade de equilíbrio das telhas cerâmicas torna-as me-
de ventilação da face oposta á molhada e a inclinação do telhado,
nos permeáveis às perdas de calor pela cobertura dos edifícios. As
para evitar refluxos com a ação combinada de vento e chuva.
telhas de concreto além de terem uma maior condutividade térmi-
No que diz respeito à resistência ao fogo a telha cerâmica é melhor uma vez que a temperaturas que rondam os 700 -800ºC há
uma degradação da estrutura do concreto (inicio da decomposição de carbonatos) enquanto que as telhas a essa temperatura
estão inertes pois foram cozidas a temperaturas superiores.
ca e por isso maior facilidade em perder calor, necessitam de maior
quantidade de calor para que a umidade residual se evapore.
CONCLUSÕES
Em função dos resultados apresentados e dos paralelos aqui traçados fica demonstrada a maior eficácia dos produtos cerâmicos
A densidade aparente das telhas cerâmicas é menor do que as
face aos congêneres de concreto.
de concreto tornando-se uma vantagem para a montagem dos
32
telhados (ergonomia), além de não necessitar de estruturas tão
Na maioria dos pontos característicos analisados foram determina-
fortes para suportar o telhado.
dos ganhos específicos dos artigos fabricados em barro vermelho.
A unidade de equilíbrio das telhas cerâmicas é muito menor que
Como desvantagem do processo cerâmico, pode citar-se o fator
das telhas de concreto o que dificulta a procriação de micro-
energético uma vez que o concreto não necessita de um proces-
-organismos no seu seio. Fenômenos que no caso das telhas de
so de cozedura para ter os produtos consolidados, além de ser
concreto são comuns em zonas de maior unidade. Esta poten-
um processo produtivo relativamente mais curto e rápido. No
cial maior atividade orgânica nas telhas de concreto provoca o
entanto, o processo cerâmico proporciona um maior controle de
seu envelhecimento precoce.
características físicas ao longo da sua produção.
Revista da Anicer | nº 82
Há ainda aspetos ambientais a utilizar uma vez que os desperdícios do processo de fabrico bem como as quebras de produção
de blocos e telhas de concreto, são mais agressivas em termos
ambientais que os respetivos de barro vermelho (inertes à temperatura ambiente).
Podem ainda ser utilizados argumentos estéticos, onde os produtos cerâmicos ao poderem ser modelados, durante o seu ciclo
de produção, podem facilmente apresentar várias cores, formas e
(5)Sigg J. Les Produits de terre cuite, Ed. Septima, Paris
(6)Bailey, J.E. & Stewart, H.R. – Relationsships between microstructural development and physico-chimical nature of OPC pastes, BCP, 1984
(7)Smidt H. –Relationships between the equilibrium moisture
content and the material properties of masonry bricks. Ziegelindustrie International, nº5, 1985;
modificações em função do gosto arquitetónico.
(8)Ravaglioli, A. – Evaluation os frost resistance of pressed cera-
Referências bibliográficas:
mic products based on dimentional distributiuon of pores. Tran-
(1)Estudo comparativo de materiais de construção, CTCV &
APICC, Junho 1993
(2)Regulamento das características de comportamento térmico
dos edifícios, D.R. Fevereiro 1990;
(3)Caracterização Térmica de Paredes de Alvenaria; LNEC, 1986;
(4)Coeficiente de Transmissão Térmica de Elementos Opacos da
sactions of the British Ceramic Society, 75, 1976;
(9)Silva, P.M. – Acústica de Edificios, LNEC, 1987;
(10)Manuel Pratique du Génie Climatique, Recknagel, Sprenger,
Honman, PYC Édition;
(11)Ângelo Farina, Roberto Pompoli – Considerazoni sui resultati
di prove di laboratório per la misura del potere fonoisolante di divisori e solai in laterizio. L’industria dei Laterizi, nº15, 1992
Envolvente de Edifícios, LNEC, 1988;
Revista da Anicer | nº 82
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Bom Princípio
Cerâmica Construrohr
(51) 3635-8085 [email protected]
Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29
RS
Candelária
Cerâmica Candelária
(51) 3743-1202 [email protected]
Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
RS
Faxinal do Sotur
Cerâmica Veber
(55) 3263-1379 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Nova Santa Rita
Cerâmica Flores
(51) 3479-5080 [email protected]
Vedação 9x14x19
RS
Sapucaia do Sul
Pauluzzi Produtos Cerâmicos
(51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br
Estrutural 14x19x29
RS
Venâncio Aires
Cerâmica Eckert
(51) 3741-1509 [email protected]
Vedação 9x14x19
Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24
14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Constrular
(47) 3545-1249
www.ceramicaconstrular.com.br
SC
Rio do Sul
Cerâmica Princesa Indústria e Comércio
(47) 3525-1540
www.princesa.ind.br
Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24
Estrutural 14x19x29
SC
Cocal do Sul
Cerâmica Galatto Ltda
(48) 3447-6259
[email protected]
Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29
SC
Ituporanga
Bela Vista Tijolos Ltda
(47) 3533-9090
[email protected]
Bloco de Vedação 11,5x19x24
SC
Pouso Redondo
Cerâmica Lorenzetti Ltda
(47) 3545-0049
[email protected]
Bloco de Vedação 9x14x24
SP
Cesário Lange
Cerâmica City
(15) 3246-1133
www.ceramicacity.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 14x19x29 14x19x39
SP
Itu
Selecta Estrutural Blocos e Telhas
(11) 2118-2001
www.selectablocos.com.br
Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39
Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39
SP
Santa Cruz da
Conceição
Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio
(19) 3567-1533
[email protected]
Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29
SP
Sorocaba
Indústria Cerâmica Matieli
(15) 3222-8336
www.ceramicamatieli.com.br
Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29
14x19x39
Revista da Anicer | nº 82
37
NONONONONONNNOONO
38
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
BA
Alagoinhas
Cerâmica Santana de Alagoinhas
(75) 3423-3000
www.ceramicasantanaba.com.br
Telha Extrudada
BA
Alagoinhas
Telhas Simonassi
(75) 3182-5000
[email protected]
Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea
BA
Candiba
Cerâmica Alves Neves
(77) 3661-2070
[email protected]
Colonial
ES
Colatina
Cerâmica Cinco
(27) 3722-7400
[email protected]
Romana /Portuguesa
GO
São Simão
Cerâmica Dolar
(64) 3658-4001
[email protected]
Americana /Romana /Portuguesa
GO
Mara Rosa
Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo
Antônio
(62) 3366-1382
[email protected]
Plan /Portuguesa /Romana
MG
Abadia dos Dourados
CBS Indústria
Cerâmica
(34) 3847-1309
[email protected]
Americana /Plan CBS /Colonial
MG
Capinópolis
Cerâmica
Drummond
(34) 3263-1340
[email protected]
Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Depaula
(34) 3268-8319
[email protected]
Romana
MG
Ituiutaba
Cerâmica Maracá
(34) 3268-8596
www.ceramicamaraca.com.br
Romana /Americana /Portuguesa
MG
Ituiutaba
Cerâmica Santorini
(34) 3268-5400
www.santorini.com.br
Portuguesa /Americana / Romana
MG
Ituiutaba
Cerâmica Monte Azul
(34) 3268-5177
[email protected]
Americana/Portuguesa /Romana
MG
Monte
Carmelo
Azteca Indústria Cerâmica
(34) 3842-8900
www.incatelha.com.br
Plan /Colonial
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Azteca
(34) 3842-8900
www.incatelha.com.br
Americana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica
Carmelitana
(34) 3842-2424
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Cruzado
(34) 3842-1524
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Romana
MG
Monte
Carmelo
Cerâmica Mineira
(34) 3842-2688
[email protected]
Plan Universal /Americana /
Portuguesa /Colonial Capa e Canal
MG
Salinas
Cerâmica União
(38) 3841-1590 /3841-1087
www.ceramicauniao.com.br
Plan /Colonial /Paulista /Planzinha /
Portuguesa /Americana
MS
Três Lagoas
Cerâmica MS
(67) 3521-1221
www.ceramicams.com.br
Romana /Portuguesa /Americana
MS
Rio Verde
Ceramitelha
(67) 3292-1769
[email protected]
Romana /Portuguesa
Revista da Anicer | nº 82
Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites
http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e
REALIZAÇÃO:
www.anicer.com.br
UF
CIDADE
EMPRESAS QUALIFICADAS
CONTATO
PRODUTOS
PE
Caruaru
Cerâmica kitambar
(81) 3722-7777
www.kitambar.com.br
Telha Extrudada
RJ
Campos de Goytacazes
Cerâmica São José
(22) 2721-1403
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Itaboraí
Cerâmica Sul
América - Cerâmica R. J. Nunes
(21) 2635-2581
[email protected]
Romana /Portuguesa
RJ
Tanguá
Cerâmica Marajó
(21) 2747-1207
[email protected]
Romana /Portuguesa
RO
Cacoal
Cerâmica Rio
Machado
(69) 3441-5210
[email protected]
Romana
RO
Cacoal
Cerâmica Cena
(69) 3441-6079
[email protected]
Romana
RO
Pimenta Bueno
Cerâmica Romana
(69) 3451-2631 / 3451-8560
[email protected]
Romana /Portuguesa
RS
Bom Princípio
Cerâmica João Vogel
(51) 3634-2602
[email protected]
Portuguesa /Americana
SC
Agrolândia
Telhas Hobus
Esmaltados
(47) 3534-4037
[email protected]
Portuguesa
SC
Rio do Sul
Telhas Rainha Unicerâmica
Indústria e Comércio
(47) 3411-5000
www.telhasrainha.com.br
Portuguesa
SC
Sombrio
Bella Telha
(48) 3533-9001
[email protected]
Portuguesa
SC
Taió
Cerâmica Taió Ltda
(47) 3562-0507
[email protected]
Telha Germânica
SC
Mafra
Cerâmica Vila Rica Ltda
(47) 3643-0040
[email protected]
Portuguesa
SP
Conchas
Cerâmica Lopes
(14) 3845-8000
www.ceramicalopes.com.br
Americana / Portuguesa /Romana
SP
Conchas
Cerâmica Argiforte
(14) 3845-1212
[email protected]
Romana /Portuguesa
SP
Leme
Top Telha - Maristela Telhas
(19) 3573-7777
www.toptelha.com.br
Mediterrânea /M14
SP
Panorama
Cerâmica Modelo Ltda-EPP
(18) 3871-1116
[email protected]
Romana
SP
Santa Cruz da
Conceição
Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio
(19) 3567-1533
www.ceramicabarrobello.com.br
Americana /Portuguesa /Romana /
Italiana
SP
Tambaú
Morandin Produtos Cerâmicos
(19) 3673-3190
[email protected]
Romana /Portuguesa
Revista da Anicer | nº 82
39
COLUNA DA QUALIDADE
Cooperação no Paraná
que estejam aptos a incorporar novas
tecnologias em seus atendimentos
nas MPEs.
Cooperação no Rio
No dia 30 de abril, Antônio Carlos
Pimenta se reuniu com Rodrigo Montenegro e Vanessa Froese, da área de
Durante a 4ª Festa das Cerâmicas de
Prudentópolis (PR), realizada no dia 12
de abril, o assessor Técnico e da Qualidade da Anicer Antônio Carlos Pimenta
se reuniu com a equipe do Senai de Ponta Grossa para traçar estratégias de cooperação entre as entidades no estado,
entre elas, o início do programa Cerâmica Sustentável é + Vida. Estiveram presentes Marcos Rebelo, Lorene Rosseti,
Márcio Banik, Emerson Morais, Fernada
Axt, Joel Santos e Diego Ribeiro.
Reuniões no Rio Grande
do Sul
Programas Estratégicos da Construção
O assessor Técnico e da Qualidade da
conjuntas no estado, como a definição
Anicer Max Piva cumpriu uma extensa
de um cronograma de atividades junto
agenda de reuniões com ceramistas
ao setor cerâmico e com entidades
do Rio Grande do Sul no início de maio.
da construção civil, como o CREA e
No dia 7, pela manhã, Piva se reuniu na
Sinduscon, entre outras.
Civil do Sebrae/RJ para tratar de ações
sede do Sindicer/RS com representantes de empresas participantes do PSQ
para apresentar o resultado da ação de
Anicer e Sebrae reúnem
ceramistas em SC
combate a não conformidade intencional no estado e o novo projeto da Anicer
em parceria com o Sebrae, o Cerâmica
Sustentável é + Vida. Após visitar algumas cerâmicas interessadas em aderir
ao PSQ, o assessor da Anicer se encontrou com ceramistas do município de
São Sebastião do Caí.
Treinamento em Eficiência
Energética
O Sebrae, em parceria com a Anicer,
ofereceu para o público carioca o curso
“Eficiência Energética: Tópicos Especiais em Iluminação e Boas Práticas na
Realização de Diagnóstico Energético”.
Voltado para consultores e profissionais autônomos que já trabalham com
Eficiência Energética, o curso foi realizado na sede do Sebrae/RJ no dia 21 de
maio e teve como objetivo aprofundar o
conhecimento sobre a temática através
da troca de experiências, da discussão
técnica e da apresentação de casos
reais, capacitando os consultores para
40
Revista da Anicer | nº 82
Já nos dias 14 e 15 de maio, Piva re-
Ainda nos Pampas
No dia 8 de maio, Max Piva visitou o
campus da UFRGS para conhecer e
avaliar o protótipo da casa sustentável e suas atuais condições. Em abril, a
edificação completou dez anos de sua
conclusão. Após visitar mais cerâmicas gaúchas interessadas em aderir ao
PSQ, Piva seguiu para o município de
Arroio do Meio para apresentar aos ceramistas locais o resultado das ações
de combate a não conformidade intencional e falar sobre a Norma de Desempenho, as portarias do Inmetro e o Cerâmica Sustentável é + Vida.
alizou reuniões com os ceramistas das
regiões de Timbó e Criciúma, em Santa
Catarina. Os encontros aconteceram no
Senai de Timbó (dia 14) e no Sindicer
Morro da Fumaça, em Criciúma (dia
15), e contaram com a participação
de representantes dos Sebraes locais.
O objetivo foi apresentar ao público o
“Cerâmica Sustentável é + Vida”, que
atenderá a 600 micro e pequenas empresas em todo o país para promover a
sustentabilidade no setor de cerâmica
vermelha. Na ocasião, também foram
abordados assuntos como PSQ e Normas de Desempenho
Revista da Anicer | nº 82
41
PONTO DE VISTA
Modernizar o trabalho
para crescer
Por Robson Braga de Andrade (Artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 28 de março de 2013)
A
agenda em favor do aumento da
companhias não são demasiadamente
competitividade da nossa econo-
oneradas nesse campo, a evolução da
mia, implantada em conjunto pelo go-
renda dos empregados anda colada aos
verno e pela iniciativa privada, precisa
ganhos de produtividade.
agora chegar às relações de trabalho.
A legislação trabalhista, arcaica e contraprodutiva, é um dos grandes empecilhos que temos para reduzir o custo
Brasil, criar empregos e impulsionar o
crescimento. Burocracia, excesso de
regulamentação, insegurança jurídica,
taxas, impostos e obrigações acessó-
Robson Braga de Andrade é
empresário e presidente da
Confederação Nacional da
Indústria (CNI)
Não conseguiremos impulsionar a produtividade sem construir uma legislação trabalhista adequada, que premie o
mérito. Hoje, ela trata diferentes de forma igual e iguais de maneira diversa. É
preciso tornar as normas mais flexíveis,
sem que isso deixe os empregos pre-
rias impedem a alta da produtividade e
cários. Um exemplo é a gestão da jor-
oneram as empresas em demasia, sem
nada com mais negociação e liberdade,
que isso represente benefícios diretos
o que é fundamental para atingir maior
para os trabalhadores e suas famílias.
compatibilidade entre as necessidades
das empresas e as dos trabalhadores.
Dependendo do setor em que a empresa atua, os encargos relacionados ao
trabalho podem ser superiores a 60% do
custo total de produção. Na indústria, é
de 40% em média. Entre 2001 e 2011,
42
Revista da Anicer | nº 82
Depois de onerarem o trabalho e reduzirem a jornada, Alemanha e França tiveram que voltar atrás, flexibilizando as
regras para aumentar o emprego.
a produtividade dos trabalhadores in-
Cerca de 52 milhões de brasileiros não
dustriais cresceu 3,7%, enquanto o sa-
se beneficiam da legislação trabalhista
lário médio em dólar saltou 101,7%. Ou
ou são até prejudicados pelas barreiras
seja, o custo unitário do trabalho subiu
que ela cria à formalização. Existe um
94,5% no período. Os trabalhadores de-
enorme desafio de inserir essas pesso-
vem receber bons salários, mas, numa
as no mercado formal, especialmente
situação de normalidade, em que as
num cenário em que a economia está
praticamente estagnada. Isso só será plenamente alcançado
um conjunto de 101 propostas para a modernização das re-
com a racionalização dos custos das empresas no momen-
lações de trabalho. O objetivo é estimular o debate em torno
to de empregar. Garantida a proteção ao trabalhador, que é
de medidas concretas que retiram alguns graves obstáculos
um valor inestimável da nossa sociedade, é preciso reduzir os
à geração de empregos e ao aumento da produtividade do
custos relacionados à contratação e à manutenção do quadro
trabalhador brasileiro, garantindo uma maior competitividade
de funcionários.
para a nossa economia. A ideia é trabalhar com o Congresso
Devemos migrar do atual modelo, em que a tutela do trabalhador é feita pela lei, para um sistema no qual a proteção se
dê pela negociação entre patrões e sindicatos representativos.
Precisamos aumentar o espaço para o livre acordo com categorias e até indivíduos. Nas regras em vigor, quase não existe
essa possibilidade, o que incentiva os conflitos na Justiça. Devemos ter normas claras, evitando a insegurança jurídica que
tanto atrapalha os investimentos e as contratações. As irracionalidades e a burocracia têm que ser combatidas, assim como
os processos judiciais devem ser imparciais.
Nacional, o governo federal e os representantes dos trabalhadores para chegarmos a um entendimento que possa destravar o crescimento.
As propostas são factíveis, como o prazo de validade de quatro
anos para as convenções e acordos coletivos, a livre distribuição da jornada ao longo dos dias úteis e a fixação da duração
do intervalo para descanso por negociação coletiva. Apontamos os problemas atuais, suas consequências, a solução e os
ganhos esperados. Para que o Brasil atinja seu pleno potencial
de criação de empregos, crescimento econômico e desenvolvi-
Levando em conta essas e outras linhas de ação, a Confe-
mento, é preciso modernizar as relações de trabalho. Não po-
deração Nacional da Indústria (CNI) apresentou à sociedade
demos mais perder tempo
Revista da Anicer | nº 82
43
INVESTIMENTOS
Competidores anunciam
planos para expansão no país
Crescimento da demanda estimula investimentos tanto por parte de novos competidores no mercado
quanto de empresas com fábricas já instaladas no país
*Conteúdo jornalístico originalmente produzido e publicado pela Revista M&T (Sobratema)
talação de fábricas, para a expansão da rede
de atendimento aos clientes ou para ambas
as ações. A sul-coreana Doosan Infracore, por
exemplo, que opera em 23 países e tem um faturamento global de US$ 21,3 bilhões por ano,
está investindo US$ 100 milhões na instalação
de uma fábrica em Americana (SP), programada
para entrar em operação até o final deste ano. O
objetivo, segundo Dong Hoon Lee, presidente da
Doosan para a América Latina, é diminuir a dependência das importações para melhor atendimento aos clientes. “Para atingir o objetivo de
crescer 10% em cinco anos no país, precisamos
de um índice de nacionalização dos produtos
em torno de 85%.” Ele ressalta que o projeto passa pela montagem de um centro de distribuição
Mascarenhas, de LiuGong:
diversificação da linha
C
omo principal mercado da América do Sul
e um dos mais atrativos do mundo no se-
tor de equipamentos para construção, o Brasil
está definitivamente no foco de investimentos
dos principais players globais dessa área. A lista inclui desde competidores como a Caterpillar
e New Holland, já tradicionais no mercado local,
até aqueles que ingressaram mais recentemente na disputa pelos clientes brasileiros, como a
44
Revista da Anicer | nº 82
de peças e de instalações para o treinamento
dos distribuidores. “Temos experiência em estabelecer uma rede de atendimento 24 horas,
como ocorre no exterior e que pode ser transferida para as operações no território brasileiro.” Os
investimentos, segundo o executivo, são motivados pelos recursos que estão sendo aplicados no
país em infraestrutura e obras civis. “Somado à
estabilidade do mercado, isso torna o Brasil muito atrativo para qualquer empresa do setor e não
Doosan e LiuGong. Essas empresas integram a
seria diferente também para a Doosan, que figura
lista das inúmeras que anunciaram investimen-
ente os cinco maiores competidores globais na
tos em suas operações no país, seja para a ins-
área de equipamentos para construção.”
Lições da Coreia
A unidade fabril em construção vai ocupar uma área de 160
mil m2 e produzirá inicialmente a escavadeira hidráulica DX
225 LCA, de 20 t de peso. Componentes críticos, como parte do sistema hidráulico e o motor, serão importados, mas o
objetivo é desenvolver uma cadeia de suprimento local para a
máxima nacionalização da produção. “Inicialmente, produziremos 2 mil unidades por ano, mas o potencial da nova fábrica é para até 4 mil equipamentos”, avalia o executivo. Outro
passo importante para se consolidar no país é a instalação
de um centro de distribuição de peças em Campinas (SP), nas
proximidades do aeroporto de Viracopos. “Nosso objetivo é
garantir o pronto atendimento aos clientes, desonerando os
distribuidores do estoque de componentes com menor giro.”
Além de comercializar no país suas linhas de escavadeiras
hidráulicas e pás carregadeiras, a empresa marca presença
no mercado brasileiro com as máquinas compactas da Bobcat, sua controlada, que figura entre as líderes nesse segmento. Para explicar o projeto pelo qual pretende transformar
a Doosan num dos principais competidores no mercado local,
o jovem executivo lança mão até de lições históricas aprendidas em sua terra natal, a Coreia do Sul. Ao ser questionado
sobre a rápida ascensão do país asiático – que há meio século era predominantemente agrário –, Lee ressalta justamente
a visão de longo prazo, estimulada pelo esforço em prover
melhores condições de vida às novas gerações. “Para nós,
coreanos, o futuro é sempre mais importante”, ele arremata.
Crescimento da LiuGong
Não menos ambiciosos são os planos da chinesa LiuGong,
que conta com nove subsidiárias no mundo e produz anualmente mais de 56 mil equipamentos, dos quais 39 mil são
unicamente pás carregadeiras, o seu carro-chefe. Esse desempenho transforma a empresa, que tem um faturamento
anual de US$ 2,3 bilhões, no maior fabricante mundial de carregadeiras sobre rodas. No último ano, as vendas no exterior representaram cerca de 10% dos negócios da empresa,
totalizando cerca de 5.700 unidades e US$ 255 milhões em
receita. Na América Latina, a LiuGong obteve um dos principais resultados fora da China em 2011, com mais de 1.400
unidades vendidas e um avanço de 23% sobre o ano anterior.
Com isso, ela já conta com cerca de 5.700 equipamentos em
operação na região, entre carregadeiras de rodas, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras, motoniveladoras, retroescavadeiras, rolos compactadores, máquinas compactas e
empilhadeiras. Para atender os clientes latino-americanos, a
empresa conta atualmente com 18 concessionárias em 14
países, desde o México à Argentina, totalizando 77 pontos de
vendas. “Trabalhamos para que a participação do mercado
externo nos nossos negócios aumente de 15% para 20%, de
forma a tornar a companhia cada vez mais global”, diz Fernando Mascarenhas, presidente da LiuGong Latin America.
No Brasil, a estrutura de pós-venda contempla três distribuidoras e 20 pontos de atendimento. Além disso, a LiuGong
conta com um escritório em Belo Horizonte (MG), onde 30
profissionais dão suporte à rede de concessionárias, e um
centro de distribuição de peças em Guarulhos (SP), inaugurado em 2011 para facilitar a logística de atendimento.
Fábrica de carregadeiras
Mascarenhas ressalta que essa estrutura deverá ser reforçada com a ampliação da linha comercializada e a decisão de
instalar uma fábrica no país. Apesar de ainda não ter definido
o local para sua instalação, que poderá ser em São Paulo, Minas Gerias ou Rio de Janeiro, a empresa prevê investimentos
de R$ 100 milhões no projeto. “Devido ao tamanho do nosso
portfólio de produtos, não será possível produzir tudo localmente e vamos nos concentrar na fabricação de pás carregadeiras, além de considerarmos a possibilidade de fazermos
também retroescavadeiras”, diz Mascarenhas. Outro passo
importante para a expansão da empresa foi a aquisição da
polonesa HSW (Huta Stalowa Wola), que fabrica os tratores
de esteiras da marca Dressta. “Esses equipamentos estão em
linha com a filosofia da LiuGong, que é produzir máquinas
simples, de fácil operação e manutenção.”, explica o presidente. “Em locais com dificuldades de acesso às regiões mais
remotas, como é o caso do Brasil e demais países da América
Revista da Anicer | nº 82
45
INVESTIMENTOS
Dong Lee, da Doosan:
meta é crescer 10% em
cinco anos
o diretor comercial da empresa, Hiram Villegas, destaca
os investimentos realizados. “Nosso plano contempla o
aporte de R$ 350 milhões até 2013 em expansão e modernização da produção”, diz ele. Esse projeto inclui a
instalação da fábrica de Campo Largo (PR), onde a Caterpillar começou a fabricar pás carregadeiras de pequeno
porte e retroescavadeiras em outubro do ano passado, e
a modernização da linha de produção Davi Morais, da Sotreq, Bernadette Manso e Hiram Villegas, da Caterpillar de
Piracicaba (SP). Atenta aos investimentos na área de óleo
e gás, a empresa também iniciou a fabricação local de
uma família de grupos geradores, com propulsão diesel/
elétrica e potências entre 1.360 kW e 2.250 kW, para aplido Sul, isso faz a diferença para um cliente cuja máquina não
pode ficar parada aguardando o atendimento da fábrica”, ele
completa. A expansão da linha de produtos será contemplada
até mesmo com caminhões off-road, segmento que a LiuGong
ingressou com a compra da chinesa Beijing Heavy Truck, que
fabrica modelos de até 190 t. “Estamos preparando os produtospara disponibilizar para exportação a partir do final do próximo ano”, diz o executivo. Outro investimento será na área de
máquinas de perfuração, na qual a empresa adquiriu a também
chinesa Jintai. “Essa linha também está prevista para comercialização na América Latina a partir de 2013.” As novidades incluem ainda a comercialização da linha de equipamentos para
concretagem, como autobetoneiras e bombas de concreto.
A resposta da líder
Em um cenário marcado pelo crescimento da concorrência, a
Caterpillar, que figura como líder do mercado, mostra-se preparada para enfrentar os novos competidores. Apesar de ressaltar que os fabricantes asiáticos não disputam a sua faixa de
mercado, composta por clientes que demandam equipamentos com alto índice de disponibilidade e produtividade superior,
46
Revista da Anicer | nº 82
cações off-shore. Esses produtos vêm se somar a uma
linha de fabricação local composta por 42 modelos, entre
escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras, retroescavadeiras e tratores de esteiras, além de diversos outros equipamentos de
menor porte e para aplicação em obras de pavimentação.
“Além da qualidade dos produtos, nosso diferencial é o
suporte oferecido aos clientes por meio de uma rede com
a maior capilaridade do país”, afirma Villegas.
Rede sexagenária
Ele ressalta que, para atingir esse estágio de operação,
a empresa precisa contar com muitas décadas de trabalho e conhecimento do mercado. “Todos os nossos distribuidores têm mais de 60 anos de atuação, mas essa
vantagem competitiva não nos mantém paralisados, pois
estamos atentos à concorrência e ao desenvolvimento de
soluções para o melhor atendimento aos clientes.” Davi
Pinto Morais, diretor da unidade de construção da Sotreq,
que responde pela distribuição dos equipamentos da marca no Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país, confirma as
informações. “Além de investir na constante atualização
Davi Morais, da Sotreq, Bernadette
Manso e Hiram Villegas, da
Caterpillar
dos mecânicos e ampliação do suporte aos clientes,
contamos com cerca de R$ 100 milhões em estoque
de peças de reposição, sem contar com os estoques
da própria fábrica”, diz ele. Para demonstrar o nível
de atendimento oferecido aos clientes, Morais cita
a estrutura montada para suporte às obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, cujo consórcio
construtor está utilizando apenas equipamentos
de terraplenagem da Caterpillar. “Para oferecer assistência técnica a uma frota de mais de 700 equipamentos, montamos uma filial dentro do próprio
canteiro, composta por 120 profissionais, dos quais
70 são técnicos e mecânicos envolvidos com a manutenção preventiva, reparos e análise de óleo da
frota em operação”, ele afirma. Morais ressalta que,
num projeto desse porte, os equipamentos de escavação e transporte são submetidos a aplicações
marca, como o Acre, Amapá e Roraima. Borba explica que esses
investimentos são motivados pelo vertiginoso crescimento na demanda de máquinas para movimentação de terra, que aumentou em
severas, operando até 4 mil horas por ano. Nessas
213% entre 2005 e 2011. “Nesse período, saltamos de um consumo
condições, eles precisam ser submetidos a reforma
anual de cerca de 5.500 unidades para aproximadamente 30.000
completa já no terceiro ano de atividade, mas, com o
unidades”, ele afirma. Para fazer frente a esse novo patamar de de-
suporte que oferecemos, podem chegar a até 25 mil
manda, o executivo destaca que a empresa lançou 38 modelos para
horas de trabalho.”
Expansão da linha
A New Holland, controlada pela CNH, holding do gru-
disponibilizar uma linha completa aos clientes, desde escavadeiras
hidráulicas de pequeno a grande porte, até pás carregadeiras, motoniveladoras, tratores de esteiras, máquinas compactas e manipula-
po Fiat para a produção de equipamentos de cons-
dores telescópicos, entre outros. Completando a estratégia, há ainda
trução e agricultura, também enfatiza a capilarida-
o investimento de R$ 600 milhões projetado pelo grupo Fiat, para a
de da rede como uma vantagem competitiva para
instalação de uma fábrica de equipamentos de construção em Mon-
os players tradicionais no mercado. “Entre 2006 e
tes Claros (MG) até 2014. Segundo Gino Cucchiari, diretor da New
2011, nossa rede de distribuidores cresceu 78% em
pontos de atendimento na América Latina”, afirma
Marco Borba, diretor de marketing da fabricante. No
Brasil, que conta com mais de 40 pontos de vendas,
Holland, ela vai assimilar parte da produção atualmente concentrada no complexo industrial de Contagem (MG). “Como essa unidade
data dos anos 1980 e passou por diversas ampliações e moderniza-
a expansão da rede foi direcionada para estados que
ções, optamos por uma fábrica totalmente nova e que incorpore os
ainda demandavam uma presença mais efetiva da
mais modernos conceitos de produção”, ele finaliza
Revista da Anicer | nº 82
47
NORDESTE
Natal recebe Encontro
do Nordeste
Com temas focados na qualidade e NR12, ceramistas esclareceram dúvidas durante convenção
Por Manuela Souza | Fotos: Manuela Souza
Presidentes da Anicer
e do Sindicer/RN
compõem mesa, junto a
autoridades do Estado do
Rio Grande do Norte, na
abertura do evento.
A
8ª Convenção Nordeste de Cerâmica Verme-
do Sebrae, Lázaro Mangabeira; o deputado estadu-
lha e o 18º Encontro dos Sindicatos de Cerâ-
al Hermano Moraes; o superintendente do Depar-
mica Vermelha do Nordeste, que aconteceu de 18
tamento Nacional de Produção Mineral – DNPM,
a 20 de abril em Natal, Rio Grande do Norte, reuniu
Roger Garibaldi; o vereador Ubaldo Fernandes; o
grande parte da representação do setor de cerâ-
representante do presidente da Fiern, Pedro Tercei-
mica vermelha da região. Durante os três dias do
ro de Melo; além dos presidentes da Anicer, Cesar
evento, os participantes tiveram oportunidade de
Gonçalves, e do Sindicer/RN, Vargas Soliz.
conhecer as novidades da indústria e entrar em
contato com situações enfrentadas por cerâmicas
da região Nordeste do País.
48
Revista da Anicer | nº 82
Representando a governadora do Rio Grande do
Norte, o secretário de Desenvolvimento Econômico,
Rogério Marinho, se mostrou receptivo às demandas
A cerimônia de abertura do evento contou com a
do setor cerâmico. “O Governo do Estado está à dis-
presença de diversas autoridades de Natal, como o
posição de vocês e em breve teremos boas notícias
secretário de Desenvolvimento Econômico do Esta-
para o setor, com a atualização do TAC que, com o
do, Rogério Marinho; o gerente Executivo do Banco
apoio do Banco do Nordeste, vai fortalecer esse mer-
do Nordeste, Agnelo Melo; o diretor de Operações
cado tão importante para todos”, disse Marinho.
Anfitrião do Encontro, Soliz falou sobre a importância da produ-
No segundo dia, ceramistas e fornecedores mostraram que ainda
ção local para toda a região Nordeste. “É com grande satisfação
estão com muitas dúvidas em relação à NR12 ao lotar o auditório
que o Estado do Rio Grande do Norte recebe esse Encontro.
do Praiamar para assistir à palestra “Normas Técnicas de Segu-
Nós sabemos que as Associações e Sindicatos possuem um
rança no Trabalho”, ministrada pelo especialista da Confedera-
formato para discutir os problemas mais próximos e o Encontro
ção Nacional da Indústria – CNI, Clovis Veloso; e pelos auditores
do Nordeste não é diferente. Aqui é permitido um contato mais
fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Anastácio
direto com o produtor. É bom para o ceramista e para o forne-
Pinto Gonçalves Filho e Mauro Khouri. “Segurança e saúde no
cedor”, declarou.
trabalho não se restringem às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. É muito mais do que isso. Hoje,
Para abrir oficialmente o Evento, o presidente da Anicer, Cesar
segurança e saúde no trabalho deve ser vista, por nós represen-
Gonçalves, iniciou a rodada de palestras com o tema “Panora-
tantes empresariais, no que acontece no Ministério do Trabalho
ma do Setor de Cerâmica Vermelha”, apresentando os princi-
e Emprego, no Ministério da Saúde, no Ministério da Previdência,
pais dados da indústria e o novo projeto da Anicer em parceria
isso olhando o executivo. A questão do legislativo também tem
com o Sebrae, “Cerâmica Sustentável é + Vida”, que vai atender
uma forte influência. A CNI acompanha hoje cerca de 4 mil pro-
a 600 cerâmicas no período de 36 meses. “A promoção da sus-
jetos de lei no Legislativo, no Congresso Nacional. Desses, algo
tentabilidade nas micro e pequenas indústrias de cerâmica ver-
em torno de 1.200 são na área trabalhista e 90 são específicos
melha é a meta desse novo projeto. Além disso, as vantagens e
da área de Segurança e Saúde no Trabalho. Então, sem sombra
facilidades são muitas”, explicou Gonçalves.
de dúvida, a área de relações do trabalho é a de maior profusão
Revista da Anicer | nº 82
49
NORDESTE
de projetos de lei no Congresso. Tem que ser acompanhado e o empresário tem que estar atento a tudo
que está proposto lá”, disse Veloso.
coordeno um projeto chamado Análise de Aciden-
Piva, realizaram as palestras “Eficiência Energética
te no Trabalho e tenho observado que os acidentes
e Sustentabilidade na Cerâmica Vermelha” e “Ven-
na perna, simplesmente porque medidas simples de
prevenção de acidentes não são tomadas”, explicou.
As três apresentações foram bem completas,
com diversas imagens de cerâmicas da região
Nordeste que apresentavam algum tipo de irregularidade, principalmente na parte elétrica, como
ligações clandestinas, fiações desorganizadas e
de perigo iminente.
Dando continuidade aos seminários técnicos sobre
segurança no trabalho, realizados pela Anicer em
parceria com Sindicatos, Cooperativas e Associações de cerâmica vermelha, bem como Federações,
50
Revista da Anicer | nº 82
voltadas ao meio ambiente. Os assessores Técnicos e da Qualidade da Anicer, Vagner Oliveira e Max
perde a vida, o dedo, a mão, sofre uma amputação
O representante do Instituto
Nacional de Tecnologia –
INT, Mauricio Henriques
Junior, ganhou passaporte
para o 42º Encontro
Nacional.
O evento também contou com diversas palestras
O auditor do MTE, Gonçalves Filho, fez coro: “Eu
ocorrem de uma maneira mais banal, onde a pessoa
Clovis Veloso, da CNI, com
Mauro Khouri e Anastácio
Pinto Gonçalves Filho, do
Ministério do Trabalho
receberam a ação.
da Técnica dos Produtos de Cerâmica Vermelha –
Atendimento às Normas e Programas Setoriais da
Qualidade – PSQ-BC e PSQ-TC”, respectivamente.
Durante a sua apresentação, Piva realizou o sorteio,
promovido pela Anicer, de um passaporte de acesso
ao 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que acontece de 25 a 28 de outubro,
no Centro de Convenções de Pernambuco, na cidade do Recife. O representante do Instituto Nacional
de Tecnologia – INT e palestrante do Encontro do
Nordeste, Mauricio Henriques Junior, foi o grande
vencedor da promoção e vai participar das Clínicas,
Fóruns, 16ª Expoanicer e da Festa de Encerramento.
Senai, Sesi e Ministério do Trabalho, que irão acon-
O último dia do evento foi reservado para a realiza-
tecer nas cinco regiões do País, a próxima reunião
ção de visita técnica a uma cerâmica da região. O
sobre o tema será realizada na região Centro-Oeste,
próximo encontro do Nordeste será realizado em
no mês de junho. As regiões Sudeste e Nordeste já
2014 no Estado de Pernambuco
Revista da Anicer | nº 82
51
MAROMBANDO
Jorge Côrte Real
Por Manuela Souza | Foto: Divulgação Fiepe
Como a Fiepe enxerga hoje o setor de cerâmica vermelha no estado?
O setor de cerâmica é um dos mais tradicionais do estado e, atualmente, com a dinamização da economia de Pernambuco, tem se consolidado como importante segmento, reunindo atualmente cerca de 150
empresas, 95% delas instaladas no interior pernambucano, gerando 11
mil empregos diretos e 40 mil indiretos.
A Fiepe tem algum projeto de parceria com o Sindicer/PE?
A Fiepe tem apoiado as iniciativas do Sindicato articulando a viabilização de projetos de desenvolvimento setorial junto a entidades como o
Sebrae. Além disso, nossa parceria com o Sindicer/PE tem possibilitado
a inserção da entidade em programas internacionais e nacionais, como
o Cooperar (com a BFZ da Alemanha) e o PDA (com a CNI) que buscam
o fortalecimento do associativismo, tendo como resultado positivo o
aumento do número de empresas associadas ao Sindicato, que saltou
de 42 para 58 empresas, entre 2010 e 2012, além do incremento de
mais de 30% no total de arrecadação da contribuição social, no período
de cinco anos.
Pretende desenvolver algum tipo de estratégia junto às indústrias
Natural de Salvador (BA), Jorge Wicks Côrte
Real, mudou-se para o Recife com pouco mais
de cerâmica vermelha do Estado para alavancar a qualidade dos
produtos do setor?
de um ano de idade. Graduado em engenharia
O Sistema Fiepe desenvolve vários programas direcionados à melhoria
civil pela Universidade Federal de Pernambu-
da competitividade industrial e que atendem diretamente o setor cerâ-
co - UFPE e pós-graduado em engenharia de
mico, entre eles o Programa de Qualidade do Senai, que realiza consul-
segurança do trabalho, foi eleito presidente da
Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe, pela primeira vez em 2004,
cargo que já ocupa por três mandatos. Entre as
suas prioridades, a interiorização do desenvolvimento, formação de mão de obra e difusão
da inovação empresarial. Côrte Real também é
vice-presidente da CNI e deputado federal.
torias e disponibiliza laboratórios técnicos para ações conjuntas com as
empresas do setor.
Tem em mente algum conjunto de ações para estimular práticas
sustentáveis entre as indústrias do Estado? Quais seriam?
Atualmente, ações socioambientais são essenciais para qualquer indústria moderna. Isso porque a exigência dessas práticas migrou de um
cenário de cumprimento das exigências legais para a de consciência
52
Revista da Anicer | nº 82
ambiental. A Federação das Indústrias tem fortalecido sua atuação nessa área, despertando no empresariado seu compromisso
socioambiental, com ações como o Prêmio Fiepe de Sustentabilidade, que reconhece práticas sustentáveis e este ano chega a
sua terceira edição.
vência no mercado?
A inovação é uma necessidade da moderna empresa brasileira.
No nosso País, ainda se investe muito pouco em pesquisa e
inovação. O Sistema Fiepe, antecipando as demandas do setor
produtivo, instalou o comitê Inova Pernambuco, reunindo líde-
Quais os principais gargalos para o pleno desenvolvimento
res empresariais para que, juntos, possamos avaliar os cená-
da indústria pernambucana?
rios e propor soluções para estimular a inovação dentro e foras
A indústria pernambucana enfrenta os mesmos gargalos do setor
das indústrias.
produtivo nacional. São essenciais medidas de modernização das
Como a Fiepe enxerga a realização de grandes eventos, como
legislações trabalhista, tributária e fiscal. Também carecemos de
o 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha,
mais investimentos em educação, de modo que a população te-
no Estado?
nha pleno acesso ao conhecimento, e em infraestrutura, além de
uma política de desenvolvimento regional, que nos permita competir em condições igualitárias.
Este evento é um exemplo de como Pernambuco se insere atualmente no roteiro do desenvolvimento e contribui para o fortalecimento do setor, abrindo novas oportunidades de inserção no mer-
Inovar é um dos principais meios de incrementar a produ-
cado, além da fundamental troca de experiências entre empresas
ção da empresa. Até que ponto o empresário pernambucano
do setor. Por isso, o Encontro recebe o apoio da Federação das
encara a inovação como uma necessidade para sua sobrevi-
Indústrias, em todas as suas fases de realização
sandrana
Revista da Anicer | nº 82
53
ENCONTRO NACIONAL
Encontro Nacional
recebe apoio em PE
Empresários ceramistas se reuniram com parceiros para apresentar o Evento que acontece em outubro
Por Manuela Souza | Foto: David Majella e Divulgação
Também na mesma semana,
o presidente do Sindicer/PE,
Otiniel Barbosa, com a diretora
Kilza Barbosa e o gerente Djalma Lima expuseram detalhes
do evento e entregaram um kit
de apresentação do Encontro
ao secretário de Turismo da
Prefeitura do Recife, Felipe Carreras, e ao diretor-presidente da
Fundação de Cultura, Roberto
Lessa. Na ocasião, o grupo do
O presidente da Fiepe,
Côrte Real, e o assessor
Marcos Esteves recebem
a comissão organizadora
do evento.
R
epresentantes da Anicer e do Sindicer/PE se reuniram com autoridades da Federação das Indústrias do Estado de Pernam-
buco (Fiepe), do Sebrae/PE, do Governo Estadual de Pernambuco e
da Prefeitura do Recife para apresentar oficialmente o projeto do 42º
Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O setor foi recebido pelo presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real. Em seguida estiveram com o superintendente do Sebrae/PE, Roberto Castelo Branco,
e com a gerente da Unidade de Indústria, Ana Lúcia Nasi, além do
assessor da Secretaria de Governo, Francisco Corrêa, que na ocasião
representou o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos.
54
Revista da Anicer | nº 82
sindicato foi acompanhado por
Corrêa, que endossou o apoio
ao Encontro Nacional e ressaltou a importância do evento e
do setor cerâmico na economia
do Estado.
“Considerado o maior evento
do setor na América Latina e
um dos maiores do mundo, o
Encontro Nacional chega à sua
42ª edição, no Nordeste brasi-
O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, e o diretor executivo de Co-
leiro” comemora Otiniel. Tendo
municação, Ricardo Kelsch, destacam a forte mobilização do Estado
passado nos últimos anos por
para sediar a edição nordestina do evento. “É uma grata satisfação
capitais como Campo Grande,
perceber o acolhimento que a cerâmica vermelha vem recebendo
Vitória, Florianópolis, e Salvador,
pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos”, avalia Gonçalves.
agora é a vez da cidade do Re-
Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE; Roberto Castelo Branco, superintendente do Sebrae/PE; Cesar Gonçalves,
presidente da Anicer; Kilza Barbosa, diretora do Sindicer/PE; e Ana Lúcia Nasi, gerente de Indústria do Sebrae/PE.
cife receber os participantes do Evento. Com
do expositores e visitantes com o aumento
infraestrutura de auditórios, sala de impren-
do volume de novos negócios realizados em
sa, sala VIP e salão de coffee-break, o evento
suas instalações. Só no ano passado, um to-
contará também com uma área de exposição
tal de R$ 43 milhões foram movimentados,
de 9.040m², auditório com capacidade para
aproximadamente R$ 5 milhões a mais que
800 pessoas e a crescente participação de
no ano anterior.
empresas, sindicatos, cooperativas e asso-
A Expoanicer congrega expositores de várias
ciações de todas as partes do mundo.
nacionalidades que apresentam as últimas
O Encontro Nacional é o principal evento do
novidades em tecnologia e serviços do mer-
setor, composto por aproximadamente 6.900
cado. A diretora comercial da Feira, Márcia
empresas, que geram 293 mil empregos diretos, 900 mil indiretos e possui um faturamento anual de 18 bilhões de reais. O evento promove o debate entre empresários, sindicatos,
associações, pesquisadores fornecedores,
instituições públicas e privadas, organizações internacionais e consumidores. Este
ano, conta com o apoio do Governo Federal,
do Governo do Estado de Pernambuco, Pre-
Sales, relata que até o fechamento dessa
edição da Revista mais de 60% dos espaços
já estão ocupados. “Os expositores trarão
novos equipamentos, tecnologias e serviços,
além de seus produtos de ponta. Entendo que
o estande representa para as empresas uma
extensão de suas fábricas, onde eles podem
captar novos clientes e receber os ceramistas para realizar excelentes negócios”.
feitura do Recife, Fiepe, Sebrae, ABNT, Eletro-
Com projetos audaciosos e vitrines dire-
bras e Caixa Econômica Federal. A CNI recen-
cionadas à sedução do público ceramista,
temente reconfirmou a parceria com a Anicer.
os expositores apresentarão as novidades
16ª Expoanicer
tecnológicas para áreas de produção, corte,
secagem, carga e descarga, queima, paletiza-
A Exposição de Máquinas, Equipamentos,
ção e demais frentes de trabalho da cerâmica
Produtos, Serviços e Insumos para a Cerâmi-
vermelha, concorrendo na categoria melhor
ca Vermelha vem, a cada ano, surpreenden-
estande do Prêmio João-de-Barro 2013, que
Revista da Anicer | nº 82
55
ENCONTRO NACIONAL
Francisco Corrêa, assessor da
Secretaria de Governo; Otiniel Barbosa;
Cesar Gonçalves; Kilza Barbosa e
Djalma Lima, gerente do Sindicer/PE
Felipe Carreras, secretário de Turismo da
Prefeitura do Recife
reconhece e destaca personalidades, indústrias cerâmicas, instituições e fornecedores que contribuem com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e o desenvolvimento do setor no Brasil.
O melhor estande da 16ª Expoanicer será agraciado pelo Prêmio através da votação
dos ceramistas durante o evento, considerando: beleza, inovação e atendimento.
As inscrições já estão abertas no site www.anicer.com.br. Confira os preços promocionais antecipados e concorra a passeios em Porto de Galinhas
Inscrições abertas para o Encontro Nacional
Os interessados em participar do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha já podem realizar sua inscrição no hotsite do Evento.
O período de inscrições com preços promocionais vai até o dia 20 de setembro.
Aproveite, garanta sua participação no maior evento do setor e concorra a passeios em Porto de Galinhas com direito a acompanhante. Inscreva-se já! Acesse:
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Revista da Anicer | nº 82
Não deixe a qualidade
fora da sua empresa!
C
onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução
da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade
de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa
Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H),
do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento
impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer,
entidade mantenedora dos programas, que está mudando o
padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado.
Você sabia?
Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes
e comerciantes devem fornecer produtos de
acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei!
Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo!
Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128
Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites:
www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h
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SIMPÓSIO
ABC realiza o 57º Congresso
Brasileiro de Cerâmica
Anicer e a ABC lançam a terceira edição do Prêmio Jovem Ceramista
Por Carlos Cruz | Foto Carlos Cruz
O presidente da ABC,
Samuel Toffoli, ao
centro, comanda a
cerimônia de abertura
do 57º Congresso
Nacional da Cerâmica,
em Natal (RN)
58
Revista da Anicer | nº 82
A
57º edição do Congresso Brasileiro de Cerâmica
60 anos de existência, a Associação continua firme
teve como palco a cidade de Natal, no Rio Gran-
em seu propósito de contribuir para o aperfeiçoamen-
de do Norte, entre os dias 19 e 22 de maio deste ano,
to do setor cerâmico brasileiro. Toffoli lamentou que,
e contou com o apoio da Anicer. Realizado pela As-
nos últimos anos, o número de associados tenha so-
sociação Brasileira de Cerâmica – ABC, o congresso
frido uma grande redução, o que comprometeu os re-
teve o objetivo de promover a interação dos diversos
cursos da ABC, e convidou os representantes da área
setores envolvidos com o meio cerâmico, sendo eles
industrial para o que chamou de uma reaproximação
Indústrias, escolas técnicas, universidades, institutos
com a casa.
de pesquisas e fornecedores de matérias-primas, de
O 2º vice-presidente da Anicer e presidente do Sin-
equipamentos e insumos, contribuindo para o desen-
dicato da Indústria Cerâmica para Construção do
volvimento da cerâmica brasileira.
Estado do Rio Grande do Norte – Sindicer/RN, Var-
Este ano, o evento aconteceu simultaneamente ao
gas Soliz Pessoa, foi uma das autoridades a compor
5° Congresso Ibero-Americano de Cerâmica, com o
a mesa de abertura do 57º Congresso. Em seu dis-
propósito de aumentar a integração e a cooperação
curso, Pessoa falou sobre o peso da indústria cerâ-
entre os 21 países da América Latina a partir da di-
mica no momento atual em que o país se encontra
fusão de conhecimentos das atividades e potencia-
e da importância da realização do congresso no Rio
lidades de cada um nessa área. Durante a cerimônia
Grande do Norte. O presidente também aproveitou
de abertura, na noite do dia 19, o presidente da ABC,
a ocasião para lançar oficialmente a edição 2013 do
Samuel Toffoli, agradeceu as parcerias que tornaram
Prêmio Jovem Ceramista, uma iniciativa da Anicer em
possível a realização do evento e afirmou que, após
parceria com a ABC que busca promover a reflexão e
a pesquisa, além de revelar e investir em novos talentos
licos. Moya falou sobre o desenvolvimento de biocidas
que procuram alternativas para solucionar questões da
inorgânicos voltados principalmente à descontamina-
indústria de cerâmica vermelha brasileira. Direcionado
ção de ambientes hospitalares. Segundo o especialista,
a estudantes técnicos e universitários em cerâmica, o
os azulejos utilizados nas paredes dos hospitais são os
prêmio estimula pesquisas direcionadas ao setor com
principais responsáveis por 85% dos casos de infecção
foco no aprimoramento do processo fabril. A premia-
hospitalar, por representarem um ambiente propício ao
ção, como de costume, será realizada na cerimônia de
alojamento e à proliferação de bactérias.
abertura do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, no dia 25 de outubro, em Recife (PE).
O primeiro colocado de cada área receberá um cheque
no valor de hum mil reais, mais um tablet, um troféu e
participação no Encontro (inscrição, passagens aéreas
e hospedagem). O segundo e terceiro lugar receberão
placas honoríficas. Todos os artigos premiados serão
publicados na Revista da Anicer.
A programação do congresso foi dividida em minicursos, pôsteres, palestras e painéis que abordaram assuntos como matérias-primas, sínteses de pós, gesso e
cimento, revestimento cerâmico, refratários / isolantes
térmicos, vidros, vitrocerâmicos e materiais correlatos,
cerâmica termomecânica, cerâmica eletroeletrônica ou
magnética, cerâmica nuclear, óptica e química, biocerâmica, arte e design, esmaltes, fritas e corantes, ceramo-
Programação técnica foi destaque
grafia, processamento e nanotecnologia.
Com um amplo caráter técnico, o congresso debateu
O engenheiro cerâmico da Anicer, Bruno Frasson, apre-
temas de interesse para os diversos segmentos ce-
sentou uma palestra no dia 21 sobre o estudo da viabi-
râmicos (cerâmica vermelha e branca, materiais de
lidade de utilização de areia de fundição em massa de
revestimento, refratários, cerâmica técnica e novos
cerâmica vermelha, o mesmo artigo que lhe conferiu o
materiais) e temas comuns como energia, meio am-
Prêmio Jovem Ceramista 2012, no evento realizado em
biente, reciclagem, recursos minerais, inovação tec-
Campo Grande (MS). Frasson, que desde fevereiro inte-
nológica, qualidade e recursos humanos.
gra a equipe da Anicer, aproveitou a ocasião para falar
A palestra magna foi proferida pelo membro do Institu-
sobre os projetos da Associação, entre eles, o “Cerâmica
to de Ciência de Materiais de Madrid (ICMM-CSIC), José
Sustentável é + Vida”, desenvolvido em parceria com o
S. Moya, conhecido por desenvolver atividades cientí-
Sebrae. O engenheiro também convidou os presentes
ficas com foco principalmente em materiais cerâmicos
a participarem do 42º Encontro Nacional da Anicer e a
compostos, laminados, compósitos cerâmicos e metá-
inscreverem artigos no Prêmio Jovem Ceramista
O engenheiro
cerâmico da
Anicer, Bruno
Frasson, apresenta
o novo projeto
da Associação
desenvolvido em
parceria com o
Sebrae
Vargas Soliz Pessoa,
presidente do
Sindicer/RN, convida
os congressistas
a participarem do
Prêmio Jovem
Ceramista
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NONONONONONNNOONO
60
Revista da Anicer | nº 82
Mercado
e inovação
Fachadas mais sustentáveis
Enquanto a maioria das fachadas
www.resdilrefratarios.com.br
ventiladas requer sistemas de suporte
de metal para pendurar a segunda pele,
o SierraVent, produzido pela empresa
Sierragres, é composto inteiramente de
cerâmica, o que torna o sistema muito fácil
de configurar e pode reduzir seu custo de
instalação em até 70%.
Linha de elementos
vazados “Garrafeira”
Grande característica da arquitetura
moderna brasileira da década de 50, os
elementos vazados são utilizados de
maneira bastante versátil na arquitetura.
A peça ao lado, produzida pela Cerâmica
Forte, pode ser usada como cobogó
ou como porta garrafas.
Teto solar integrado com
telhas cerâmicas
A italiana Area Industrie Ceramiche uniu
tradição e inovação ao desenvolver a
telha Tegolasolare, que utiliza quatro
células solares em uma telha cerâmica.
Aproveitando-se da tecnologia
fotovoltaica e graças a um sistema
patenteado exclusivo, a peça é uma
fonte de energia limpa
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TELEFAX: (19) 3893-2888
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Revista
da Anicer
| nº 82 61
Pedreira - SP
Social
2
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1 - Cesar Gonçalves, presidente da Anicer, brinca com a dançarina de
frevo Josy Caxiado, que foi a Natal divulgar o Encontro de outubro em
Recife
5
2 – Elsa Corrêa, da Cerâmica Elsa, posa para foto com Josy Caxiado
3 – Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE, e Josy Caxiado
4 – Elcio Souza (Filieri), Luiz Bisaccioni (Bonfanti), Antônio Soarez
(Quality/RN), Luiz Soarez (Bonfanti), Raimundo Ferreira Neto (Quality/RN),
Rivanildo Hardman (Cerâmica Vermelha/PA) e Nelson Faria (Brasenic)
5 – Igor Ribeiro, da Conterrânea Máquinas/Liugong, e seu vendedor
6 – Josy Caxiado posa no estande da Alutal com Alexandre, o “Fuca”
62
Revista da Anicer | nº 82
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9
7 – Daniel Francallaci, da Boqcer, e equipe recebem
ceramistas
8 – Clement Cardier e Carlos Eduardo Paranhos, do Grupo
Qualicer, recebem visitantes no estande da empresa
9 – Sérgio Contieri, da WB Equipamentos Cerâmicos, e
equipe com Clóvis D’Agostini, da Termocom
11
10– Vargas Soliz Pessoa, presidente do Sindicer/RN, com
Cesar Gonçalves, Luis Lima e Fernando Ibiapina, da Anicer
11 – Fernando Ibiapina e Cesar Gonçalves com José Abílio e
Jairo Cruz, do Sindicer/SE
12 – Helena Greco, da Carteira de Cerâmica do Sebrae
Nacional, e Cesar Gonçalves
12
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NOTÍCIAS DA ANICER
Anicer leva ceramistas à
Batimat 2013
Secretário da Anicer participa de
debate no DF
A Anicer está preparando uma nova comitiva de empresários brasileiros para visitar a maior e mais importante feira mundial da construção civil, a Batimat
2013, de 4 a 8 de novembro no Paris Nord Villepinte,
em Paris, na França. Em parceria com a Ceric Technologies e tendo como agência de viagens oficial a
LT Travel, a comitiva sairá de São Paulo no dia 2/11,
chegando a Paris no dia seguinte e retornando ao
Brasil no dia 10/11. Faça já a sua reserva no site da
Anicer: www.anicer.com.br. Consultas e pagamento
O 1º secretário da Anicer e presidente do Sindiceramica/CE, Fernando Ibia-
parcelado com a agência.
pina, participou, no dia 25 de abril, em Brasília, da terceira ação do Programa de Desenvolvimento Associativo naquela localidade este ano. O evento
Associação reúne
coordenadores do PSQ
contou com a presença de cerca de 20 dirigentes sindicais. Na ocasião,
Ibiapina destacou as conquistas do sindicato, que alcançou o número de
140 indústrias filiadas. O fato é creditado ao trabalho de disseminação da
importância da sindicalização para a evolução do setor. Outra conquista foi
a padronização do bloco cerâmico, que permitiu o aumento da competitividade do produto cearense diante do fabricado no restante do país.
Parceria no Projeto Morrinho
A Anicer se comprometeu em doar os tijolos cerâmicos necessários
para a construção de uma instalação do Projeto Morrinho, em setembro
deste ano, no Queens, EUA. A iniciativa se deu após a diretoria da Associação ler uma nota no Jornal O Globo sobre a dificuldade do projeto em
Coordenadores estaduais dos PSQs de Blocos e Te-
conseguir tijolos para montar uma minifavela que será exposta ao pú-
lhas Cerâmicas se reuniram no dia 30 de abril, na
blico americano. Esta é a segunda vez que a Anicer e o Projeto Morrinho
sede da Anicer, no Rio de Janeiro, para receber informações gerais sobre o PBQP-H e sobre o novo
regimento do SiMac. Além dos representantes dos
estados do MS, RS, CE, SC e ES, também estiveram
presentes o diretor de Relações Institucionais da
Anicer, Luis Lima, a coordenadora da Associação,
Sandra de Carvalho, e o representante da Entidade
Gestora Técnica do Programa (Senai), Silvério Kopke, que apresentou os resultados da última ação de
combate a não conformidade intencional no RS e os
procedimentos gerais e específicos de trabalho.
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Revista da Anicer | nº 82
firmam parceria. A primeira foi em 2007, com a doação de material para
a construção da mesma instalação na Bienal de Veneza.
São Paulo debate Normas de Telhas
O Sindicercon-SP realizou, no dia 16 de maio, o workshop Padronização das
Metodologias nas Normas de Telhas. O evento, que contou com o apoio da
Anicer, aconteceu no Senai Ítalo Bologna, na cidade de Itu (SP), e foi voltado
para coordenadores de laboratórios e laboratoristas. O objetivo foi harmonizar os critérios de realização de ensaios em telhas cerâmicas segundo
a ABNT NBR 15310, com ênfase nas determinações das dimensões, galga
mínima e rendimento médio.
Crédito para o setor
Sebrae prepara comitiva para
o 42° EN
O Sebrae-PB está montando uma comitiva de ceramistas,
empresários e demais profissionais do setor para participar
do 42° Encontro Nacional, que este ano será realizado de 25
a 28 de outubro no Recife (PE). Já estão confirmadas as cerâmicas São Jorge (SC), Cita (PB), Pontual (RN) e a Associação das Cerâmicas do Sertão da Paraíba (PB). O professor
da Universidade Federal de Campina Grande, Carlos Lima,
que desenvolve projetos na área, também confirmou sua
Representantes da Anicer se reuniram, no dia 15 de maio, na
participação na comitiva.
sede da Associação, com o chefe da Divisão de Energia do INT,
Maurício Henriques, e com Luiz Serrano, da WayCarbon, com o
objetivo de desenvolver um projeto para atendimento pré-cre-
Fundacer no ar
dito aos ceramistas. A ideia é criar um escritório que ofereça
O site da Fundação Nacional da Cerâmica – Fundacer já
apoio jurídico, econômico e técnico para o desenvolvimento de
está no ar. Para visitá-lo e conhecer detalhes dos principais
projetos para acesso a crédito junto a linhas de financiamento
projetos desenvolvidos, atendidos ou apoiados, acesse:
do Banco do Nordeste.
www.fundacer.org.br
Revista da Anicer | nº 82
65
Eventos
SEMINÁRIO: Ações e perspectivas
para o Setor Cerâmico em Goiás
Local: Expominas – Belo Horizonte/MG
Local: FIEG – Goiânia/GO
Data: 19/06 a 22/06
Data: 25/06
O Minascon 2013 é um evento unificado
A necessidade de um evento de orienta-
da Construção Civil e ponto de encontro
ção multidisciplinar reunindo os ceramistas
de todos os envolvidos na cadeia produti-
do estado foi identificada pela direção do
va do segmento. Consiste num conjunto
Sindicer/GO. Entre os temas agendados e
de mostras e palestras que trazem os
que compõem a programação do seminário
assuntos mais importantes do momento
está a Norma Regulamentadora nº12, dando
para a construção civil e a sociedade em
continuidade aos seminários técnicos sobre
geral. Importantes temas, como os liga-
segurança no trabalho realizados pela Anicer
palestras técnicas e de capacitação so-
dos à sustentabilidade, fazem parte dos
em parceria com sindicatos, cooperativas e
bre processos cerâmicos, estimulando
debates, levando em conta o cenário da
associações de cerâmica vermelha, bem como
a discussão de temas como eficiência
construção e todas as suas implicações.
federações, Sesi, Senai e Ministério do Trabalho.
energética nas olarias, gerenciamento
Promovido pela Fiemg, está completando
sua décima edição.
www.feiraconstruir.com.br/minas/
66
EXPOCER 2013
MINASCON / CONSTRUIR
MINAS 2013
Revista da Anicer | nº 82
Inscrições:
fone (62) 3324-5768 ou pelo e-mail:
[email protected]
Local: Expo Unimed Curitiba –
Curitiba/PR
Data: 26/06 a 29/06
A Expocer – Feira de Fornecedores
para a Indústria Cerâmica & Mineral
faz parte do calendário dos grandes
eventos realizados no Brasil e conta
com a participação de empresas
fornecedoras de vários segmentos da
indústria ceramista. Simultaneamente
à feira de negócios, serão realizadas
de resíduos, qualidade na produção e
normas técnicas brasileiras.
www.montebelloeventos.com.br/
expocer/
Revista da Anicer | nº 82
66
Revista da Anicer | nº 82
67
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de outubro
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(4*)
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