Fieg orienta sobre taxa ambiental
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Fieg orienta sobre taxa ambiental
2 NONONONONONNNOONO Compromisso com desenvolvimento sustentável e responsabilidade ambiental Consultorias para análise dos processos produtivos, com foco no controle sistêmico das ações, redução das emissões, desperdícios, sustentabilidade e tecnologia. Qualificação com foco no desenvolvimento da indústria e na consolidação da avaliação da conformidade dos produtos de cerâmica vermelha como método fundamental à qualificação de produtos e ampliação do mercado. Consultoria com objetivo de maximizar o rendimento no uso das formas de energias (elétrica/térmica) e evitar perdas, identificando os pontos de desperdício de energia no processo. Desenvolvido para medir o impacto ambiental decorrente de toda a cadeia de produção de um produto, sistema ou processo, com o objetivo principal de minimizar os impactos ambientais. A indústria cerâmica é o primeiro setor da construção civil brasileira a desenvolver a Avaliação do Ciclo de Vida de seus produtos. Promove a sustentabilidade nas Micro e Pequenas indústrias de cerâmica vermelha, por meio de um conjunto de ações para implantação da Gestão Empresarial, promoção da Inovação Tecnológica, Eficiência Energética e Licenciamento Ambiental. A execução do projeto fortalece a economia do setor e melhora a qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Saiba mais sobre nossos projetos pelo telefone (21) 2524.4431 ou e-mail: [email protected] www.fundacer.org.br Revista da Anicer | nº 82 direTORIA ANICER Presidente: Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves 1º Vice-presidente: Ralph Luiz Perrupato 2º Vice-presidentes: (todos os presidentes de entidades mantenedoras) 1º Tesoureiro: Marcelo Augusto Lima 2º Tesoureiro: Jamilton Nunes 1º Secretário: Fernando Ibiapina 2º Secretário: Natel Henrique Farias de Moraes Caros colegas, Dando continuidade ao nosso trabalho de conscientização do mercado acerca da iminente necessidade de adequação às Normas Regulamentadoras, em especial, a NR 12, seguimos firmando importantes parcerias em eventos por todo o país para garantir a abordagem do tema e o conhecimento de todos os envolvidos sobre o assunto. A Norma em questão, que trata de segurança no trabalho em máquinas e equipamentos, tem trazido bastante dor de cabeça nos últimos meses, tanto para os fabricantes de equipamentos quanto para os ceramistas. E qual o melhor ambiente para discuti-la que não em seminários e congressos, quando todo o setor se reúne disposto ao diálogo? Dois debates já foram realizados com sucesso de público: o primeiro em Itu (SP), no dia 14 de março, e o Diretor da Área Ambiental: Henrique Morg de Andrade segundo durante a Convenção de Sindicatos do Nordeste, em Natal (RN), entre 18 e 20 de Diretor da Área de Blocos e Tijolos Cerâmicos: Juan Roberto Germano da FIEG e do Sindicer/GO. Diretor da Área de Pisos Cerâmicos: Luiz Cláudio Fornari Reforçando ainda mais a nossa parceria com a Associação Brasileira de Cerâmica – ABC, Diretor da Área de Telhas Cerâmicas: José Joaquim Gomes da Costa do Prêmio Jovem Ceramista 2013, o que está se tornando uma tradição nos congressos Diretor da Área de Tubos Cerâmicos: Luciano C. Furtado Diretor da Área Econômica e Fiscal: Antônio Carlos C. Fortes Diretor da Área Industrial: Benedito Betiol abril. Para o mês de junho, realizaremos o nosso terceiro seminário em Goiás, com apoio estivemos presentes em seu congresso, em Natal (RN), quando realizamos o lançamento da ABC. Iniciamos o período de inscrições de trabalhos na ocasião e finalizaremos o processo de premiação dos vencedores durante o Encontro da Anicer. E por falar em Encontro Nacional, nos últimos meses vimos cumprindo uma extensa agenda de reuniões com autoridades de Pernambuco e nacionais para buscar apoio à realização do nosso evento e fechar parcerias. E neste sentido, estamos Diretor de Marketing: Constantino F. Neto bastante felizes com o comprometimento e o empenho que te- Diretor de Normas e Qualidade: Claudio Luis Kurth sável trabalho de Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE Diretor de Relações Institucionais: Luis Carlos Barbosa Lima teça da melhor maneira possível, e que possamos oferecer Diretor Técnico: Carlos André F. Lanna CONSELHO CONSULTIVO Membros Natos 1° e 2° vice-presidentes 1° presidente da Anicer: Sylvio Alves de Barros Filho Membros eletivos Eustáquio Machado, Evandro Simonassi, Gustavo Barduchi, Nelson Ely Filho, Osvaldo Rosalino, Rivanildo Hardman mos visto de nossos anfitriões. E aqui vale destacar o incane também 2º vice-presidente da Anicer, para que tudo aconao público, a cada ano, um evento melhor para o ceramista. E assim seguimos com nossa missão de fortalecer, representar e dar voz ao setor de cerâmica vermelha, sempre com a certeza de que estamos no caminho certo, mas que ainda há muito o que se fazer e que para isso precisaremos do trabalho e do empenho de toda a nossa cadeia produtiva. Saudações, CONSELHO FISCAL Efetivos Cláudia Pinedo Z. Volpini, Edézio Gonzales Menon, Manuel Ventin Ventin Suplentes Francisco Belfort , Jorge Romeu Ritter, Otiniel Gerôncio Barbosa Cesar Vergílio Oliveira Gonçalves Presidente da Anicer Sumário 10 MERCADO Rodada de Negócios aproxima cadeia produtiva 12 INOVAÇÃO Embrapii terá um mês para financiar projetos 14 20 LICENCIAMENTO AMBIENTAL Estado mais ecológico 44 INVESTIMENTOS Competidores anunciam planos para expansão no país 48 NORDESTE Natal recebe Encontro do Nordeste 54 ENCONTRO NACIONAL Encontro Nacional recebe apoio em PE 58 SIMPÓSIO ABC realiza o 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica 16 48 4 Revista da Anicer | nº 82 58 03 ARTIGO DO PRESIDENTE 06 CARTAS 08 INTEGRADAS 14 CERÂMICA VERDE Florestas Energéticas 16 MOMENTO INSPIRAÇÃO Restaurante pop com alma rústica 18 PERFIL Cerâmica Salema 22 TENDÊNCIA DE MERCADO Caixa de Luz 24 METRO QUADRADO Arquitetura Cerâmica 26 ARTIGO TÉCNICO Estudo comparativo entre cerâmica e concreto: tijolos e telhas 40 COLUNA DA QUALIDADE 42 PONTO DE VISTA Robson Braga de Andrade, empresário e presidente da CNI 52 MAROMBANDO Jorge Côrte Real, presidente da Fiepe 61 MERCADO E INOVAÇÃO 62 SOCIAL 64 NOTÍCIAS DA ANICER 66 EVENTOS Editorial A edição atual da Revista da Anicer traça um perfil bastante animador do setor para os próximos anos. Assuntos como o projeto da Embrapa para o desenvolvimento de Florestas Energéticas, a Rodada de Negócios desenvolvida pelo Sebrae/PR e o Seminário de Silvicultura realizado na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, são três importantes acontecimentos recentes que o leitor conhecerá em detalhes nas próximas páginas e que nos reforçam esta visão otimista. Neste último, novidades anunciadas pelo secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, para facilitar a concessão de licenças ambientais e a criação do distrito florestal surpreenderam positivamente o mercado fluminense e nos deram a certeza de que algo sério está sendo feito. Paralelo a isso, outras ações como investimentos por parte de empresas fabricantes de equipamentos para a construção, seja para a instalação de fábricas, para a expansão da rede de atendimento aos clientes ou para ambas as ações, e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial mostram que o setor está novamente aquecido, e que o volume de investimentos que será feito nos próximos anos será superior aos números atuais. Na seção Marombando, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco, Jorge Côrte Real, fala sobre o setor de cerâmica vermelha no estado, a parceria com o Sindicer e as estratégias conjuntas para aquecer a economia local. Mas mesmo com toda essa euforia, vale lembrar que empresários precisam se manter atentos às exigências das Normas Regulamentadoras e de Desempenho que vêm sendo reformuladas e que andam tirando o sono de muitos setores da economia. Para alertar aos ceramistas sobre a necessidade de adequação, eventos têm agitado o país de norte a sul. Confira detalhes do Congresso da ABC, do Encontro do Nordeste e do 42º Encontro Nacional nesta edição. Boa leitura! Diretor Executivo de Comunicação: Ricardo Kelsch - [email protected] Editor: Carlos Cruz - [email protected] Repórter: Manuela Souza - [email protected] Projeto gráfico, diagramação e design: Tatiana Batalha - [email protected] Design: Jan Athayde - [email protected] Colaboração Administrativa: Daiana Admiral, Elaine Araújo, Fernanda Duarte, Gilmar Moraes, Patrícia Dantas, Regina Junqueira, Sandra de Carvalho e Silvia Oliveira - [email protected] Colaboração Técnica: Antônio Carlos Pimenta Araújo - [email protected], Bruno Frasson – [email protected], Edvaldo Costa Maia - [email protected], Liliane Guimarães – [email protected] Luciano Pereira – [email protected], Max Piva - [email protected]., Natália dos Santos – [email protected], Osíris Júnior - [email protected], Vagner Oliveira - [email protected], Publicidade: Márcia Sales - [email protected] Fotolito e impressão: Viagraf Tiragem: 10.000 exemplares Veiculação: Junho/2013 Associação Nacional da Indústria Cerâmica Fone/fax: (21) 2524-0128, Rua Santa Luzia, 651-12º andar Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20030-041 Revista da Anicer | nº 82 5 CARTAS Precisamos saber se existem testes de acústica para blocos de vedação de 9 e 14, para informarmos às construtoras sobre as vantagens das paredes de 14. Certo de sua colaboração, agradeço – TELÊMACO SANTIAGO (PB) Assessoria Técnica e da Qualidade responde: O guia orientativo para atendimento à NBR 15575:2013 – Desempenho de Edificações Habitacionais (CBIC, 2013) apresenta alguns resultados. Neste caso e para estas condições, paredes que tenham na sua composição os seguintes materiais: blocos cerâmicos de vedação com dimensões de 9x19x19 cm, de 8 furos, assentados na menor dimensão, revestido com espessura de argamassa de 1 e 2,5 cm de assentamento e de emboço respectivamente, apresentaram transmitância térmica (U) de 2,49 kJ/ m².K e 158 kJ/m².K de Capacidade Térmica (CT), atendendo a todas as zonas indicadas nas tabelas 13 e 14 da NBR 15575 – parte 4. Melhor desempenho térmico quando comparado a outros produtos. O que é necessário para ter o PSQ e qual o prazo e o preço? Grata desde já RAYSA GEAQUINTO (ES) Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Para sua empresa se qualificar no PSQ, entre em contato com a Anicer e solicite a ficha de adesão. Após o pagamento de uma taxa de manutenção, os produtos de sua empresa passarão por três ensaios consecutivos, de acordo com o Plano de Amostragem feito pela EGT (Entidade Gestora Técnica), em laboratórios credenciados pelo Inmetro. Após o 3º relatório de ensaio, com resultado conforme, sua cerâmica ingressará na lista de empresas qualificadas do Relatório Setorial e receberá o Certificado de Qualificação no PSQ. O contato com a Anicer pode ser feito pelo telefone (21) 2524-0128 ou pelo e-mail: [email protected]. Preciso dos valores dos serviços prestados pela Anicer. Vocês teriam algum material técnico, tipo catálogo, que possam nos enviar? No aguardo BRUNNO SANTIAGO (PE) Assessoria Técnica e da Qualidade responde: Acesse o site da Anicer (www.anicer.com.br) para obter mais informações sobre as assessorias oferecidas e o trabalho desenvolvido por nossa equipe técnica. Para valores, prazos e serviços, entre em contato com a Associação. Para entrar e m contato c onosco, envie um e-m ail para : revista@an ic ou ligue para 6 Revista da Anicer | nº 82 er.com.br +55 (21) 25 24-0128 Revista da Anicer | nº 82 7 INTEGRADAS Participe do Prêmio Odebrecht A Odebrecht está lançando um concurso com foco em soluções sustentáveis e inovadoras. Voltado para estudantes e professores de graduação em áreas afins, o Prêmio Odebrecht para o Desenvolvimento Sustentável premiará cinco projetos com o valor de R$ 60 mil cada. As inscrições vão até o dia 7 de outubro de 2013. Para mais informações, acesse www.premioodebrecht.com/brasil. Custo da construção acelera Financiamento de máquinas O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil O Banco do Brasil reduziu a taxa de juros (Sinapi), divulgado no dia 8 de maio pela Caixa Econômica e pelo IBGE, para empresas com faturamento bruto anual que mede a inflação do setor, aponta que o custo da construção em de até R$ 60 milhões por meio da linha BB abril deste ano teve alta de 0,69%, um aumento de 0,51 ponto percentual Crédito Empresa, que passa de 1,666% para sobre o resultado de março. O desempenho também foi maior que o 0,246% ao mês. Poderão ser financiadas má- registrado em abril do ano passado, quando o índice atingiu 0,64%. quinas e equipamentos novos ou com até cinco anos de uso de fabricação nacional ou de origem estrangeira, já internalizados. O Guia orientativo está disponível no site da CBIC Esta à disposição no site da CBIC o Guia Orientativo para atendimento à Norma ABNT 15.575 – Desempenho de Edificações Habitacionais. O prazo de pagamento é de até 60 meses, contando com carência de até três meses para quitar a primeira prestação. material visa contribuir para a disseminação da nova norma e possibilitar uma melhor compreensão sobre as principais definições quanto ao tema do desempenho. Pela primeira vez, uma norma brasileira associa a qualidade de produtos ao resultado que eles conferem ao consumidor, com instruções claras e transparentes de como fazer essa avaliação. Para baixar o conteúdo, acesse o site www.cbic.org.br. Greenbuilding Brasil será em agosto A Greenbuilding Brasil chega à sua quarta edição como o mais importante evento voltado para construções sustentáveis no país. A programação é composta também por Recife ganha escola de construção A cidade do Recife (PE) agora pode contar com uma escola especializada em formar profissionais para o setor da construção civil. A franquia do Instituto da Construção pretende colocar no mercado pedreiros, mestres de obras, pintores, entre outros profissionais, para suprir a deficiência de mão de obra qualificada no setor. Serão oferecidos dez cursos, com 110 horas distribuídas ao longo de sete meses e meio. Mais informações pelo telefone (81) 3034-0731. 8 Revista da Anicer | nº 82 sessões técnicas, que incluem temas como Qualidade Ambiental Interna, Matérias e Recursos, Eficiência Energética, Arquitetura Sustentável, Canteiro de Obras Sustentável e Uso Racional da Água. Inscrições no site www.expogbcbrasil.org.br. Prêmio CBIC terá nova categoria Estão abertas as inscrições para o Prêmio CBIC de Responsabilidade Social. A iniciativa é aplicável aos projetos sociais desenvolvidos por entidades e empresas atuantes no setor da Indústria da Construção, no ano base de 2012 e anteriores. Neste ano, além das categorias Empresa e Entidade, haverá também as categorias Trabalhador Modelo e Destaque Social. Para mais informações, acesse www.cbic.org.br. Vídeos sobre prevenção de acidentes no trabalho disponíveis na rede Está à disposição dos interessados uma série de vídeos educativos do Programa 100% Seguro sobre prevenção de acidentes e segurança na Construção Civil, lançada no dia 29 de abril, para marcar o Dia Mundial de Segurança no Trabalho. Promovidos pelo Sesi, CBIC, CNI, Seconci Brasil e Sindicatos da Indústria da Construção, os vídeos trazem orientações sobre o uso de equipamentos de proteção individual, combate a choques elétricos, cuidados para o trabalho em altura, entre outras. Para acessar os vídeos, pesquise por “Projeto 100% Seguro Sesi” no Youtube. Fieg orienta sobre taxa ambiental A Fieg se reuniu no dia 4 de abril com representantes da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos e da Superintendência do Ibama Goiás para tratar do impasse da dupla cobrança que as empresas vêm sofrendo, referente à Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA) e Taxa de Controle de Fiscalização Ambiental do Estado de Goiás (TFA GO). Pela negociação, a partir de julho, o imposto será recolhido por meio de GRU única, o que exclui a necessidade da empresa requerer restituição do valor excedente pago ao Ibama. Revista da Anicer | nº 82 9 MERCADO Rodada de negócios aproxima cadeia produtiva Em Curitiba, empresários prospectam contatos e negócios durante encontro no Sebrae/PR Por Carlos Cruz | Foto Divulgação madas empresas-âncora, que demandam uma variedade de soluções na construção civil, setor que assume um nível de exigência cada dia maior. A aproximação e a oportunidade de apresentar produtos ou serviços diretamente para construtoras tornam, na avaliação dos empresários, a realização desses encontros um processo efetivo para aumentar contatos e a participação das pequenas empresas no mercado. Quatro cerâmicas da região participaram do evento. Presente há três edições, o empreEmpresários de Curitiba e Região Metropolitana participam da Rodada de Negócios promovida pelo Sebrae/PR E m dois dias, empresários de micro e pequenas sário Gerson Raska, da Cerâmica São Pedro, empresas da cadeia produtiva da construção civil vende blocos cerâmicos para clientes em tiveram a oportunidade de apresentar produtos e serviços para representantes de 25 construtoras de médio e grande portes, durante a quinta edição da Rodada de Negócios da Cadeia da Construção Civil de Curitiba. Revista da Anicer | nº 82 na empresa familiar, que foi fundada há 51 anos. “Após participar, sempre retomamos os contatos depois, e já fechei muitos negócios com as empresas que conversei. As rodadas Organizadas pelo Sebrae/PR, as rodadas reuniram 117 de negócios ajudam porque é mais prático fornecedores, dos mais variados segmentos, desde vi- você conversar diretamente com essas em- draçarias, argamassas, cerâmicas, esquadrias de alu- 10 Curitiba e Região Metropolitana, fabricados presas grandes”, avaliou o empresário. mínio e madeira, andaimes, estruturas metálicas, blo- Para realizar o encontro, o Sebrae/PR con- cos cerâmicos e de concreto, pisos, até empresas que vidou médias e grandes construtoras para realizam projetos arquitetônicos e de paisagismo. Em integrar o ‘time’ de âncoras e realizou um conversas reservadas, os empresários falaram direta- levantamento com os representantes dos mente com representantes das construtoras, as cha- empreendimentos, para identificar quais as principais demandas por produtos e linowski, destaca que, em único local, as serviços. Com as informações, a enti- empresas fornecedoras têm a oportuni- dade selecionou as empresas fornece- dade de prospectar novos mercados e as doras participantes. construtoras têm uma variedade de ne- A executiva do Sindicato das Indústrias de Olarias e Cerâmicas do Paraná – Sindicer/PR, Rosane Kurek, visitou a Rodada de Negócios no segundo dia do evento e se disse bastante satisfeita com o que viu. “Fiquei bem impressionada com a organização do evento, com a maneira com que os trabalhos foram conduzidos e como o tempo de contato entre os participantes foi administrado pelos organizadores”, comentou Rosane. Na opinião da executiva, apesar do curto tempo disponibilizado para que as empresas apresentassem seus produtos às construtoras, os resultados gócios diferentes, mas, ao mesmo tempo, complementares. “Em uma Rodada de Negócios, há uma aproximação produtiva entre as pequenas empresas que buscam oportunidades para mostrar novos produtos e serviços das empresas-âncora. Neste ano, tivemos também muitas empresas de pequeno porte com propostas inovadoras, declarou Adriana. A consultora ainda reforça que as realizações de rodadas da cadeia produtiva da construção civil contribuem para a aproximação e para os intercâmbios comercial, tecnológico e de inovação entre as empresas. foram bastante satisfatórios. “Conver- A ação faz parte da estratégia do Pro- sei com os empresários ceramistas que grama Construção Competitiva 2013 participaram do evento e todos se mos- – Construindo com Qualidade, reali- traram confiantes com a possibilidade zado pelo Sebrae/PR, em parceria com de negócios futuros”, concluiu. o Sistema Federação das Indústrias do Efetividade A consultora do Sebrae/PR, Adriana Ka- Estado do Paraná (FIEP), com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial no Estado (Senai/PR) e com o Sindicato da Indústria da Construção Civil local (Sinduscon/PR). “As rodadas de negócios ajudam porque é mais prático você conversar diretamente com essas empresas grandes” Segundo os organizadores do evento, a proposta é promover a qualidade em produtos e processos desenvolvidos por micro e pequenas empresas do setor da construção civil de Curitiba e Região Metropolitana, trabalhando iniciativas para propor novas diretrizes e oportunidades de crescimento para os empresários da cadeia produtiva Revista da Anicer | nº 82 11 INOVAÇÃO Embrapii terá um mês para financiar projetos Durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o governo federal apresentou as instituições associadas fundadoras da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) Fonte: CNI | Foto: Adri Felden / Argosfoto Reunião do Comitê de Líderes Empresariais na CNI O s ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), apresentaram no dia 10 de maio, em São Paulo (SP), as instituições associadas fundadoras da Embrapii - Empresa Brasileira de Pesquisa e Inova- ção Industrial. O anúncio foi feito no escritório da CNI, durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI). Para o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, a Embrapii chega para dar agilidade administrativa e estimular a indústria a investir em inovação. “Essa é uma iniciativa inovadora. Temos que comemorar essa vitória pois foi dentro das discussões propostas pela MEI que nasceu a Embrapii. É um grande passo para criarmos condições para o Brasil tornar-se mais competitivo, com ganho de produtividade e inovação”, avaliou. Este pode ser considerado o primeiro passo concreto para a criação da Embrapii. Uma vez constituída como Associação Civil sem fins lucrativos, com representantes da sociedade civil, empresá- 12 Revista da Anicer | nº 82 rios e acadêmicos, a Embrapii poderá solicitar sua qualificação como Organização Social junto à Casa Civil. A partir do momento em que essa qualificação for aprovada, será possível propor o contrato de gestão que irá reger as atividades da Embrapii. O diretor interino do Conselho da Embrapii será o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. “É o início da política de investimentos públicos no 1. Confederação Nacional da Indústria (CNI); 2. Instituto de Estudos para Desenvolvimento Industrial (IEDI); 3. Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee); 4. Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABOMAQ); 5. Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes); período mais crítico de P&D: o pré-competitivo. 6. Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profis- Neste modelo, os recursos são divididos: um sional, Científica e Tecnológica (Conif); terço virá da empresa que desenvolve o projeto de inovação, um terço de recurso público da Embrapii e um terço das instituições de pesquisa”, explicou Lucchesi. De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, a 7. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE); 8. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI); 9. Academia Brasileira de Ciências (ABC); 10. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC); expectativa é de que a Embrapii poderá começar 11. Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Ino- a financiar projetos dentro de um mês. “O MCTI vadoras (Anpei); será o ministério supervisor das atividades. Va- 12. Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos mos trabalhar para que a Associação seja qua- Inovadores (Anprotec); lificada como Organização Social. Então, dependeremos apenas de um decreto da presidente Dilma Rousseff para podermos firmar o contrato de gestão”. Ainda segundo Raupp, as regras para a seleção dos projetos só serão conhecidas após a conclusão do trâmite de criação da nova 13. Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae); 14. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa); 15. Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti); empresa. 16. Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap). O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, A Embrapii começou a ser discutida no âmbito pela Mobilização Empresarial falou sobre a importância do papel da Embra- pela Inovação (MEI), há pelo menos dois anos, e atende a uma demanda do pii para a inovação. “A Embrapii só irá se mover setor industrial. conforme as demandas que nascerem da indústria. Ela será o instrumento para alavancarmos projetos inovadores”, acrescentou Mercadante. No projeto-piloto, iniciado em dezembro de 2011 a partir da parceria entre CNI, Finep e MCTI, já foram firmadas parcerias com 25 empresas. Doze dessas com o Senai Cimatec (BA), nas áreas de manufatura e automação; oito Ao todo, 16 instituições entram como associa- com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, na área de das fundadoras da Embrapii e indicarão repre- bionanotecnologia, e cinco com o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), no sentantes. São elas: Rio de Janeiro, nas áreas de saúde e energia Revista da Anicer | nº 82 13 CERÂMICA VERDE Florestas Energéticas Um dos maiores desafios deste século é a produção de energia renovável e sustentável, tanto no aspecto econômico quanto ambiental Por Carlos Cruz | Fotos: Divulgação no efeito estufa quando usada para energia, além de ser uma excelente fixadora de carbono quando empregada para outros fins. O Brasil possui extensas áreas com florestas nativas que podem ser manejadas de forma sustentável e outras plantadas com alto potencial de crescimento e produtividade. Tais fatos trazem perspectivas animadoras ao país, com vantagem competitiva no cenário mundial. Para isso, a Embrapa Florestas, junto a diversas instituições parceiras, Plantação de eucalipto para produção de biomassa em escala A coordena, desde 2007, o projeto o assumir o incentivo à agricultura de energia, o Brasil enfrenta três grandes desafios do século XXI com uma única política pública: o desafio da produção de energia sustentável, da proteção ambiental e da geração de emprego e renda, com distribuição mais equitativa. Diante desta realidade, o país pode ocupar papel de destaque no cenário mundial pelo seu potencial e competência para realizar a transição da matriz energética de uma forma mais segura e menos traumática para a qualidade de vida, com garantia de abastecimento energético, com base em quatro pilares: biodiesel; etanol; espécies alternativas e resíduos; e florestas energéticas. A biomassa florestal é uma fonte renovável e tem balanço nulo 14 Revista da Anicer | nº 82 “Florestas Energéticas”, com amplitude nacional e subdividido em cinco projetos componentes e inter-relacionados. Seu grande desafio é a produção de biomassa em escala e o desenvolvimento de tecnologias de conversão de biomassa em energia. Com isso, espera-se a indicação de materiais genéticos, aumento da oferta de germoplasma e de sementes, melhoria das características da madeira e apropriação de silvicultura específica para produção energética. Nos processos agroindustriais, pretende-se obter subsídios para aumento da eficiência energéti- com uma produção média de 40m³ por ano”, ressalta o pesqui- ca de produtos e equipamentos e a geração de derivados energé- sador. Para Bellote, o investimento é diretamente proporcional ao ticos de alto valor agregado. que é almejado, em termos de aumentar a participação de energia renovável na matriz energética brasileira. “Precisamos decidir se Com as ações de transferência de tecnologias para o segmento produtor-transformador, são esperados aumento de renda, de fontes de trabalho e de qualidade de vida com menor impacto queremos manter apenas o uso tradicional de lenha e carvão ou se queremos desenvolver tecnologias de alto valor agregado, como etanol, bio-óleo, celulignina e hidrogênio, por exemplo. Em todos ambiental. O objetivo geral do projeto é desenvolver, otimizar e esses casos, há a necessidade de aumentar a área plantada. Para viabilizar alternativas ao uso de fontes energéticas tradicionais a situação atual, apenas onde a biomassa florestal é utilizada para não renováveis, por meio da biomassa de plantações florestais, lenha e carvão, estamos falando em passar dos 6 milhões hoje contribuindo para a ampliação da matriz energética nacional de plantados para 13 milhões de hectares”, estima. forma sustentável. Entre as principais conquistas do projeto, destacam-se o deSegundo Antonio Bellote, pesquisador da Embrapa Florestas e lí- senvolvimento de clones de eucalipto em parceria com a ini- der do projeto, o termo “Floresta Energética” é um nome fantasia ciativa privada; o ajuste da metodologia de avaliação dos pré- usado para definir o uso da biomassa florestal para fins energéti- -tratamentos com enzimas comerciais para a produção de cos. “Na verdade sempre existiram florestas energéticas. No Brasil, etanol; e o desenvolvimento de um sistema de carbonização ela é plantada principalmente para a produção de carvão vegetal e com queimador de fumaça para pequenos produtores de car- para a queima direta como, por exemplo, a cocção de alimentos, vão vegetal; entre outras. Revista da Anicer | nº 82 15 MOMENTO INSPIRAÇÃO Restaurante pop com alma rústica O Lacrimi si Sfinti foi construído de maneira sustentável e possui estrutura totalmente reciclada Por Manuela Souza | Foto: Divulgação e Google 16 Revista da Anicer | nº 82 S ituado em Bucareste, Romênia, no Leste Europeu, o Res- taurant Lacrimi si Sfinti, “Lágrimas e Santos” em tradução livre, chama a atenção de quem entra no local. O projeto do arquiteto Cristian Corvin é grande na ideia e na concepção, onde toda a estrutura do local, construção e decoração, vem de materiais totalmente reciclados. A grandiosidade da alvenaria em tijolos cerâmicos empresta um ar rústico e elegante ao local que, combinada com as diversas pilhas de madeira provenientes de casas abandonadas, celeiros velhos e outras estruturas, equilibra a estética e garante conforto aos frequentadores. As janelas da cozinha e a porta de entrada também foram resgatadas de antigas construções. O tijolo aparente compõe uma perfeita harmonia com o piso, que também é de peças em cerâmica vermelha, mas o que chama mais atenção são as esculturas de Lego espalhadas por todo o restaurante. A sustentabilidade também está inserida no cardápio, onde receitas tradicionais da região, com mais de 100 anos de idade, foram reinventadas pelo chef Mircea Dinescu e ganharam um toque moderno e contemporâneo, com ingredientes orgânicos locais Revista da Anicer | nº 82 17 PERFIL Cerâmica Salema Empresa conquista o PSQ investindo em qualidade e no bom relacionamento com clientes Por Carlos Cruz | Foto Divulgação investe na qualidade de sua produção com um laboratório interno, para testagem de seus produtos, e no relacionamento com os clientes. Além do projeto para a construção de novos fornos e secadores, a empresa pretende montar uma moderna fábrica, a Cerâmica Planalto, na cidade de Mamanguape, a 50 km de João Pessoa. Como resultado de tanto esforço e investimento em qualidade, a Cerâmica Salema alcançou recentemente sua qualificação no PSQ de Blocos Cerâmicos, processo que já vinha sendo desenvolvido há três anos. “O PSQ melhorou ainda mais a nossa imagem junto aos Vista aérea da Cerâmica Salema, no município de Rio Tinto (PB) F undada em 1981 no distrito de Salema, no mu- mentação de nossa equipe comercial. Esta conquista nicípio de Rio Tinto (PB), a Cerâmica Salema é nos coloca no rol das grandes empresas que produzem dirigida pelo ceramista Francisco Xavier, o “Chico da os melhores produtos, garantindo a sustentabilidade e Paraíba”, e por seu sócio, João Neto. Com uma linha a força do setor e demonstrando o respeito ao merca- diversificada de produtos, a empresa possui três for- do”, declarou Francisco. nos Hoffman e um Cedan, alimentados com lenha de reflorestamento (Algaroba), e responsáveis pela pro- Salema na Escola (9x19x19) e para laje (30x7x20 / 37x7x20), que vão Há seis anos, a Salema construiu um Centro Cultural nas abastecer o mercado local, principalmente a capital dependências da fábrica onde, em parceria com o Serviço João Pessoa, e estados vizinhos como Pernambuco Social da Indústria (Sesi), funciona uma escola para os e Rio Grande do Norte. colaboradores da empresa e seus dependentes. O projeto empregadora privada da região, investindo tam- engloba da fase de alfabetização até a quarta série do ensino fundamental; bém em projetos de educação, treinamento e ca- Salema no Clique pacitação de pessoal. Possui ainda um projeto de Cursos de capacitação em informática para funcionários, reflorestamento e recuperação das áreas minera- dependentes e membros da comunidade, com até 20 das, com tanques para irrigação e piscicultura e alunos por turma; 200 hectares (400 mil árvores) de eucalipto plan- TV Salema tados, o que demonstra seu respeito à natureza e Revista da Anicer | nº 82 Projetos da Cerâmica Salema dução de blocos estruturais (14x19x29), de vedação Com 120 colaboradores, a empresa é a principal 18 nossos clientes, além de aumentar o poder de argu- Divulga internamente as principais novidades da empre- garante a sustentabilidade ambiental da região. sa, garantindo a automatização de processos e a intera- Para enfrentar a concorrência, a Cerâmica Salema tividade, sem o gasto excessivo de papel Revista da Anicer | nº 82 19 LICENCIAMENTO AMBIENTAL Estado mais ecológico Seminário na Firjan debate consumo sustentável de madeira no estado do Rio de Janeiro Por Carlos Cruz | Foto Carlos Cruz Edézio Menon, presidente do Sindicer/RJ: “Toda lenha utilizada (no Rio de Janeiro) é de base legal” M ais agilidade e clareza nos critérios para li- apenas um pedido. Esperamos que esse decreto re- cenciamento ambiental. Esse foi um dos gar- presente um grande estímulo, e que possamos ven- galos mais destacados pelas mais de 200 pessoas cer esse grande gargalo da silvicultura”, afirmou Minc. que lotaram o centro de convenções da sede do Sis- Ele também anunciou que municípios já podem emitir tema Firjan, na tarde do dia 25 de abril, para discutir licenças ambientais para empreendimentos agrope- os desafios para o incremento da indústria de base cuários. O secretário de Desenvolvimento Econômico, florestal no estado do Rio de Janeiro. Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, também O secretário de Estado do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que já está na mão do governador, Sérgio Cabral, um decreto que promete facilitar a conces- 20 Revista da Anicer | nº 82 presente ao evento, completou: “Meu credo e meu empenho são para que a gente consiga viabilizar um programa de silvicultura para o Rio de Janeiro”. são de licenças ambientais e liberar dessa exigência Presente apenas na abertura do evento, o presiden- quem plantar até 50 hectares. “A melhor forma de te do Sistema Firjan, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, proteger a floresta nativa é plantar árvores para o de- ressaltou o potencial de crescimento do estado e de senvolvimento econômico. Se a madeira não é plan- geração de receita para os próximos anos. “O Rio de tada, as pessoas vão desmatar. Esse novo decreto Janeiro produz apenas 11% da madeira que conso- cria a categoria do distrito florestal. Em vez de cada me. Isso mostra o tamanho do mercado esperando um, individualmente, fazer seu EIA-RIMA, o grupo faz para ser conquistado, e o quanto poderemos gerar em receita, renda e tributos para nosso esta- O presidente do Sindicer/RJ elogiou ainda do, caso este potencial seja devidamente a iniciativa do município de Campos, que explorado. Além de mercado, há muito es- aumentou sua produção de eucalipto para paço físico que pode ser aproveitado por tentar conter o desmatamento. esta indústria. Aqui na Firjan, acreditamos que é possível aumentar em mais de cinco vezes a área destinada à produção de madeira, em cinco anos”, destacou. Concordando com Eduardo Eugênio, o vice-presidente do Sistema Firjan, Geraldo Coutinho, afirmou que o Rio tem capacidade de multiplicar em até 20 vezes a sua produção agrícola atual. Marcelo Santos Ambrogi, diretor de Operações Florestais da Weyerhaueser Solutions do Brasil, listou diversos quesitos que o estado preenche para atrair investidores da área florestal. “O que é importante para se plantar? Ter consumo. Há proximidade do Rio com mercado para consumo de madeira”, disse, citando os polos moveleiros. “E aqui tem infraestrutura logística Convidado para participar do debate, o para exportação”, exemplificou. Ambrogi presidente do Sindicer/RJ, Edézio Gon- foi aplaudido ao citar que “falta licencia- zalez Menon, afirmou que há mais de 20 mento definido e comparável a estados vi- anos a indústria cerâmica fluminense dei- zinhos e eficiência do estado na avaliação xou de consumir lenha nativa. “Toda lenha e aprovação do licenciamento”. utilizada é de base legal. Temos atualmente 181 cerâmicas no estado, que juntas consomem 50 mil m³ por mês de madeira de reflorestamento proveniente dos estados do Rio, Espírito Santo e Bahia. Dessas, 11 já comercializam créditos de carbono para empresas estrangeiras”. Menon lembrou que o debate sobre o tema se intensificou devido a um erro cometido em fevereiro deste ano por uma repórter do jornal Francisco Muniz, diretor da Quimvale, indústria química do Sul Fluminense, lançou luz sobre as vantagens de se investir em florestas plantadas: “A madeira é um combustível renovável, gera renda para o produtor rural da região e ocupa área de pasto degradada onde anualmente ocorrem incêndios”. A Quimvale retira de sua própria floresta 60% da madeira que consome. O Globo, que publicou uma matéria sobre Também participaram do seminário João o estudo realizado pelo Sistema Firjan do Manoel Martins Fernandes, presidente da consumo de lenha no estado. O estudo Cofix Construções e Empreendimentos; mostra que empresas fluminenses im- Antônio Salazar Brandão, coordenador portam 89% da madeira que consomem, do Grupo Executivo de Agroindústria do apesar de haver mais de 685 mil hectares Sistema Firjan; Carlos Alberto Mesquita, de pastagens naturais ou degradadas que presidente da Associação Profissional dos poderiam ser utilizados para o desenvolvi- Engenheiros Florestais do estado do Rio mento de florestas plantadas. O problema de Janeiro; e Jefferson Mendes, diretor da é que a matéria trazia informações impre- Pöyry Silviconsult, responsável pela pes- cisas sobre os números do estado. quisa sobre consumo de madeira Revista da Anicer | nº 82 21 TENDÊNCIA DE MERCADO Caixa de luz Antigos pavilhões industriais são transformados numa charmosa vila italiana Por: Manuela Souza | Imagens: Divulgação E ntre os 12 vencedores do concurso internacional para a “Concepção e recuperação ambiental de antigos pavilhões indus- triais dentro das melhores práticas de área urbana” na Expo Shanghai 2010, realizada na China, este projeto foi implementado em uma vila italiana e desenvolvido pelo arquiteto Mario Occhiuto. O arquiteto preservou a estrutura da construção e a forma dos pavilhões e implantou uma nova fachada abrangente, respeitando a obra original e as suas aberturas e garantindo uniformidade. O revestimento é constituído por placas de tijolos ornamentais com medidas de 120 cm x 120 cm, feitas de argila prensada e aplicadas com resinas naturais de quartzo. Os edifícios anexos que foram construídos são integrados à estrutura já existente e ligam a praça, na área externa, com os pavilhões através de uma série de passarelas externas e internas. A fachada funciona como barreira térmica e tela de projeção e iluminação. Além disso, facilita a circulação do ar e da luz natural no ambiente. As placas cerâmicas possuem desenhos que representam decorações inspiradas na cerâmica de Vietri, antiga tradição que pode ser encontrada em casas da região de Pompeia, na Itália, e em muitas basílicas cristãs. O resultado é uma construção moderna, sustentável e visualmente bonita 22 Revista da Anicer | nº 82 Fachada de painéis com tijolos foi inspirada na cerâmica de Vietri, do sul da Itália. Revista da Anicer | nº 82 23 METRO QUADRADO Arquitetura Cerâmica Arquiteta: Sara Valentim F ormada em Arquitetura e Urbanismo e especializada em Gestão do Meio Ambiente, Sara Valentim atua nas áreas de construção, revitalização, res- tauração, paisagismo, arquitetura de interiores, decoração, mobiliário e comunicação visual. “Ao começar a reforma de uma casa da década de 40, descobri que ela foi construída com tijolos maciços. Optei então por remover o reboco da parede de destaque da sala de estar para deixar os tijolos à vista, proporcionando mais aconchego e beleza ao ambiente. Utilizamos uma camada de impermeabilizante incolor e opaco para deixar os tijolos com aspecto original de demolição. Resolvi apostar no tijolo aparente porque além de seu charme e beleza, ele proporciona um intimismo, já que eu buscava um toque rústico. A remoção do reboco foi feita de forma a deixar uma pátina com o próprio material, o que conferiu um aspecto de demolição original. E para finalizar o ambiente, utilizei resina opaca no taco do piso. Os produtos de cerâmica vermelha são de qualidade, além de conferir ao projeto aspecto de conforto e intimidade. Normalmente, os produtos são Parede teve a estrutura em tijolos cerâmicos preservada, onde a arquiteta Sara Valentim priorizou um acabamento simples para destacar a estrutura rústica da construção. mais sustentáveis e têm maior resistência acústica e térmica, se comparado a produtos similares. Sempre que há possibilidade, a cerâmica vermelha está em meus projetos, sejam escondidos (como os tijolos vazados de vedação), ou expostos, como telhas cerâmicas, cobogós, tijolos maciços, cerâmicas rústicas, placas e peças para construção de jardins verticais. Além disso, busco sempre utilizá-los porque, além de possuírem ótima qualidade, se ajustam bem em qualquer tipo de ambiente, sejam contemporâneos, clássicos ou rústicos. Como arquiteta, existem diversos projetos que admiro, como o da Biblioteca Pública Virgilio Barco, em Bogotá, Colômbia; e a Tower Bridge, em Londres, na Inglaterra. No Brasil, temos na cidade do Rio de Janeiro exemplos como a Basílica do Imaculado Coração de Maria, o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Moraes (Pedregulho), o Conjunto Residencial Parque Eduardo Guinle e o Centro Cultural Parque das Ruínas. Já em São Paulo, gosto da Pinacoteca do Estado. Estes são apenas alguns dos belos exemplos da arquitetura com cerâmica vermelha existentes no Brasil e no exterior.” 24 Revista da Anicer | nº 82 Revista da Anicer | nº 82 25 ARTIGO TÉCNICO Estudo comparativo entre cerâmica e concreto: tijolos e telhas Vitor Costa, engenheiro Cerâmico e do Vidro (Universidade de Aveiro, Portugal) e mestre em Engenharia de Materiais (Universidade de Aveiro e Instituto Superior Técnico de Lisboa, Portugal) OBJECTIVO: Com este trabalho pretende-se fazer uma comparação de pro- de edifícios permita a concretização dos seguintes objetivos: priedades, características e processos de fabricação dos tijolos e • Racionalização energética; telhas cerâmicas com os respetivos produtos de concreto, usan- • Habitabilidade; do inertes naturais de sílica. Este trabalho pretende ilustrar prós e contras de aplicação destes materiais no setor da Construção • Qualidade da Construção; Civil. Finalmente concluir com alguns argumentos de beneficiação • Preservação ambiental. dos respetivos produtos com vista a uma mais eficaz utilização A fim de evitar confusões entre os termos utilizados designar-se- em obra. INTRODUÇÃO O conforto do lar é uma pretensão antiga da humanidade. Desde sempre o homem tentou abrigar-se e refugiar-se das intempéries -á por tijolos os produtos elementares de cerâmica e por blocos os produtos elementares de concreto com inertes naturais (sílica). No que diz respeito às telhas terá quê ser usado o termo; telha de cerâmica e telha de concreto. da atmosfera. Não é pois de estranhar que a investigação e o de- Sem fazer apelo a normas e requisitos específicos de construção é senvolvimento procurem incessantemente produtos e técnicas de do senso comum que: construção de abrigos com maior qualidade e conforto. • as exigências de conforto térmico de uma casa deve ser concre- As crises energéticas fizeram com que os engenheiros trabalhas- tizado sem excessiva dependência de energia; sem no desenvolvimento de materiais e processos que racionali- • os elementos de construção devem ser devidamente protegidos zem a construção com ganhos de características das edificações: quanto a efeitos patológicos derivados de condensações. isolamentos e durabilidades, bem como garantissem uma melhor gestão energética das condições térmicas no seu interior. 26 dos materiais habitualmente utilizados em envolventes e divisórias O grupo dos materiais cerâmicos de barro vermelho apresentam uma característica especifica que é a plasticidade, que lhes advém O conforto higrotérmico dentro dos recintos habitados depende de serem constituídos por partículas microscópicas que ao mis- fundamentalmente da manutenção de condições estáveis de tem- turados com quantidades determinadas de água, são facilmente peratura e umidade, pelo que todas as variações bruscas desses conformados. No caso dos tijolos é usada a extrusão onde a pasta parâmetros prejudicam a obtenção de tal conforto. cerâmica é obrigada a passar através de uma cavidade cujas pare- Dada a incidência que as propriedades de tais materiais têm nas des dão forma à superfície exterior das peças e cujo interior pode características mais importantes dos edifícios, particularmente so- ser perfurado, durante a operação de extrusão, podendo estes ori- bre o conforto que podem proporcionar, é interessante compará- fícios ter dimensões e formatos variados. Este processo é simples -los a partir do estudo das suas propriedades e processos de fabri- e facilmente automatizado. A plasticidade das pastas cerâmicas cação, de forma a evidenciar que uma correta escolha e utilização permite ainda a prensagem (no caso das telhas cerâmicas), fa- Revista da Anicer | nº 82 zendo com que estas adotem formas variadas, que produção é curto, com o material a ficar pronto para venda em apenas três dias facilitam uma boa adaptação e uma cobertura eficaz. e com sete já podendo ser aplicado com segurança. A produção de blocos e Pelo efeito do calor, cozedura, as formas são con- telhas é energeticamente mais favorável, mesmo tendo maiores quantidades solidadas adquirindo as propriedades finais dos ele- de rejeição. mentos de construção, particularmente caracterís- Para fazer a avaliação elementar de cada grupo de produtos cerâmicos e de ticas de reforço mecânico. concreto, amostras foram recolhidas em diversas fontes de produção e sub- No caso dos produtos á base de cimento Portland, a metidos a diferentes ensaios e análises de modo que se pudessem tirar valores transformação que se processa na sua produção é a comparativos bem como traçar paralelos de características. Entre os vários hidratação do referido cimento. O desenvolvimento de ensaios que foram feitos podemos citar: suas propriedades decorre fundamentalmente de rea- • Resistência mecânica; ções químicas dos componentes constituintes do cimento com a água, com formação de fases geralmen- • Resistência ao gelo; te hidratadas. O crescimento de tais fases em geral • Unidade de equilíbrio; em formato alongado (agulhas), é a responsável pelas • Resistência ao fogo; características apresentadas por estes materiais. O processo de conformação dos blocos e telhas de concreto é a moldação, mais complexa para automa- • Absorção de água; • Densidade aparente. tização. Por outro lado a largura dos septos (paredes O aceso a estes dados foi feito através da consulta a trabalhos prévios e res- que separam os orifícios dos blocos) está condicio- petivos resultados (1). nada pelo granulometria dos inertes utilizados. DISCUSSÃO DE RESULTADOS O ciclo de produção desenvolve-se à temperatura 1. Tijolos e Blocos ambiente, sem necessidade de grandes potências elétricas e criação de atmosferas quentes. A chama- 1.1. UNIDADE DE EQUILIBRIO da “preza” do concreto dá-se ao longo do tempo com A unidade de equilíbrio define-se como sendo a que existe nos materiais po- um primeiro patamar até ao 3 dia após conformação. rosos em equilíbrio com a unidade do ar ambiente, para determinada tempe- O processo de produção cerâmico permite uma intervenção técnica sobre as características intrínsecas a criar no material. Seja na preparação com misturas granulométricas criteriosas, seja na conformação com a otimização de parâmetros operacionais e de formatos exterior e furação interiores seja sobretudo na cozedura onde se consegue modelar as características físicas e químicas dos materiais a produzir, com vista a obter um produto mais eficiente para os ratura e humidade relativa deste, é muito importante no que diz respeito ao conforto higrotérmico que os materiais de construção, e em particular os blocos e tijolos para alvenaria, podem proporcionar aos utentes dos edifícios onde são aplicados. Recorde-se que através da humidade pode ser conduzido mais rapidamente o calor além de outros fatores de ordem sanitária, como sejam a formação de fungos e micro-organismos. Tipo de Material Teor de Umidade (%Vol) Tijolo Cerâmico 0,32 fins da construção. Nos blocos de concreto os graus Tijolo de vedação; 30 x 20 x15 cm Bloco com inertes de liberdade são menos com enfase sobretudo para o seu processamento apenas à temperatura ambien- OBS Bloco de Concreto 0,97 te com desenvolvimento de estruturas em espinha naturais de areia; 30 x 20 x 14 que são controladas pelo conteúdo de unidade e atmosfera de conformação e maturação. O ciclo de NOTA: para uma umidade relativa do ar de 40% Revista da Anicer | nº 82 27 ARTIGO TÉCNICO Esta análise está interligada com a dimensão e formato dos po- O objetivo de proteger determinados locais da construção com mate- ros que estão presentes nos tijolos e blocos, desenvolvendo as- riais resistentes ao fogo, cinge-se à retardação da degradação e co- sim diferentes pressões de vapor no seu interior e em contacto lapso que a edificação vai sofrer, permitindo uma possível evacuação com o meio ambiente. mais eficaz. Da análise de resultados pode concluir-se que os tijolos ce- A resistência ao choque térmico, naturalmente varia em função do râmicos tem menores teores de umidade de equilibrio e por respetivo coeficiente de expansão térmica, que é função da constitui- isso um comportamento melhor que os respetivos blocos de ção morfológica dos materiais misturados seja no concreto seja nas concreto. massas cerâmicas vermelhas. A sílica (areia), que tem uma variação 1.2. RESISTÊNCIA AO FOGO: Os materiais de construção devem, pelo menos durante um certo tempo, resistir às temperaturas habituais em incêndios, (os quais são em geral superiores a 600ºC), quando projetados para serem usados em locais estratégicos de um edifício. O tijolo cerâmico pode ser considerado a melhor barreira térmica e ao fogo, em situações de construção civil, no que se refere ao comportamento estrutural em caso de incêndio. Os materiais cerâmicos de barro vermelho (tijolo, telha) sendo cozidos em geral a temperaturas que rondam os 900ºC, se aquecidos a 1.000 a 1.100 ºC, terão uma melhoria da sua resistência mecânica e não degradação. Na construção moderna é usual a utilização de barreiras antifogo, usando proteções cerâmicas nos pilares estruturais de edifícios. Estas barreiras são feitas de placas perfuradas de barro vermelho e montadas em volta dos pilares a envolvê-los deixando ainda uma caixa de ar como precaução a dificultar a transmissão do calor ao pilar de concreto armado. alotrópica, com uma enérgica expansão de volume, ao passar de uma fase alfa a beta por volta dos 575ºC, quando em aquecimento e inverso em arrefecimento influência muito esta característica dos materiais. A granulometria também influência a resistência ao choque térmico. Quanto maiores os grãos de sílica mais notória esta anomalia. A análise do comportamento dos tijolos e blocos ao choque térmico é também influenciada pelas fases e substâncias que os constituem. No caso do concreto com inertes dolomíticos, tem ainda que se contar com a decomposição dos carbonatos a 700 – 800ºC, o que promove elevados danos na sua resistência mecânica. Um exemplo de um bom comportamento de resistência ao fogo são as panelas de barro usadas antigamente nas fornalhas domésticas. A pensar num modo de quantificar um parâmetro que pudesse servir de referência numérica e comparativa para a, resistência ao fogo, foi proposto por vários investigadores do setor um ensaio simples mas que permite classificar os materiais quanto à sua característica de resistir ao fogo. O corpo de prova é colocado num forno a uma temperatura máxima de 800ºC, com uma velocidade de aquecimento de 10ºC/min., com um patamar de 30 minutos, à temperatura mais ele- As argamassas/concretos, sendo produzidos a partir da rea- vada. O arrefecimento deve ser natural para evitar o risco de choque ção quimica de determinadas substâncias com a água, con- térmico. O corpo de prova deverá ser a seguir submetido a um ensaio tém compostos hidratados, cuja decomposição ocorre abai- de resistência à compressão, que avalie a degradação provocada pela xo de 800ºC, não oferecendo propriedades de resistência, ao exposição á temperatura. No caso de concretos à base de cimento fogo, suficientemente credíveis pois numa situação de exposi- Portland, verifica-se uma degradação superior a 25%, já nos cerâmi- ção ao fogo sofrerão enfraquecimento das suas propriedades cos não há degradação mas sim reforço de resistência mecânica. O mecânicas. ensaio de compressão foi escolhido pois é à compressão que em ge- O bloco de cimento à temperatura de 800ºC fendilha em curto ral os materiais ficam sujeitos em ambiente de incêndio. espaço de tempo. Não são portanto aconselháveis em situação Pode pois concluir-se que os produtos de cerâmica de barro verme- de construção de barreiras térmicas ou corta fogos, onde se lho são bastante mais resistentes ao fogo que os de concreto, tornan- espera uma maior resistência ao fogo. do a sua utilização mais interessante em edificações em particular em tuneis de proteção contra incêndio. 28 Revista da Anicer | nº 82 1.3. RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO: 1.5. ISOLAMENTO TÉRMICO A resistência mecânica à compressão de um material, depen- O conforto térmico nas edificações, pode ser traduzido na não de particularmente da furação e formato dos tijolos e blocos. ocorrência de amplitudes térmicas elevadas no seu interior. Ain- A possibilidade de desenvolver formatos e furações otimizadas da que o aquecimento e arrefecimento dos edifícios sejam práti- nos tijolos cerâmicos (face ao seu processo produtivo: extrusão), ca comum, têm custos elevados que importa racionalizar. permite a melhoria das suas propriedades mecânicas, além de fatores ergonómicos que os blocos de concreto não apresentam (manuseio em obra). Um material é tanto mais isolador do calor, quanto mais poroso for. Isto fica a dever-se à menor condutividade térmica no ar do que na matriz sólida cujo material é constituído. O efeito da A resistência à compressão é uma propriedade importantíssima porosidade é especialmente eficaz quando os poros são de pe- dos matérias de construção no que diz respeito à estabilidade quena dimensão e fechados, uma vez que se minimiza a trans- estrutural das divisórias e envolventes dos edifícios. ferência de calor por convecção no seu interior. Tipo de Material Resistência Compressão (MPa) OBS 6,6 Tijolo de vedação; 30 x 20 x15 cm 3,6 Bloco com inertes naturais de areia; 30 x 20 x 14 Tijolo Cerâmico Bloco de Concreto Pela análise de resultados obtidos conclui-se que os tijolos ce- A condutividade térmica dos tijolos de barro vermelho pode ser modelada, seja no processo de fabrico, na maromba, quer na preparação (distribuição granulométrica). É possível produzir blocos de concreto e tijolos de cerâmica, com furações internas variáveis. A densidade e disposição de tais furações influenciará também a condutividade térmica respetiva. râmicos tem maior resistência que os seus congéneres em con- A furação interna do tijlo/bloco influencia muito o seu desempe- creto. nho em termos de isolamento. Este aspeto é traduzido na maior riqueza da furação mostrada pelos tijolos cerâmicos em relação 1.4. MASSA VOLUMICA APARENTE A massa volúmica aparente, é a relação entre a massa e o volume aparente , sendo este o que é limitado pela sua superfície. Esta característica varia também em função da densidade aparente aos blocos de cimento: Tipo de Material Densidade Aparente (kg/dm3) Condutividade Térmica (w/m ºC) Tijolo Cerâmico 1,80 1,15 Bloco de Concreto 2,20 1,40 dos seus matérias constituintes e da sua porosidade. Tal como pode ser seguido pela tabela abaixo, os matérias cerâmicos apresentam um valor mais baixo, que os de concreto. Os tijolos cerâmicos apresentam por isso melhor ergonomia de aplicação uma vez que este trabalho é essencialmente manual. Esta característica está diretamente relacionada com isolamento térmico e também acústico. No processo de produção cerâmica, é possível variar a forma e a dimensão do poro, seja ao nível da cozedura seja ao nível do arranjo granulométrico das várias matérias primas. A introdu- Tipo de Material Resistência Compressão (MPa) OBS Tijolo Cerâmico 765 Tijolo de vedação; 30 x 20 x15 cm na sua massa, oferece imensas possibilidades de intervenção Bloco de Concreto 1.050 Bloco com inertes naturais de areia; 30 x 20 x 14 térmicas dos tijolos cerâmicos enquanto que no caso da produ- ção de grãos combustíveis (serragem, polímeros, carvão etc .) sob a porosidade e consequentemente sobre a condutividade ção de blocos de concreto isso não é conseguido. Revista da Anicer | nº 82 29 ARTIGO TÉCNICO Tipo de Material Tijolo Cerâmico Bloco de Concreto perior ao de concreto. Os septos dos blocos em comparação com os dos Isolamento Térmico k (w/m2K) OBS 1,80 Parede teste usando o tijolo referido 2,55 Idem com o bloco de concreto. NOTA: K é o coeficiente de transmissão térmica de paredes de alvenaria simples com 20 cm de espessura executadas com os materiais que se indicam. Pode assim concluir-se que tijolos de barro vermelho de furação normal apresentam melhor característica de isolamento térmico que os seus congéneres de concreto. 1.6. ISOLAMENTO ACUSTICO Um nível elevado de ruido constitui um dos aspetos que mais desvaloriza a qualidade de vida, pelo que os sis- tijolos cerâmicos é muito grande. Muito maior ainda caso os blocos sejam fabricados com inertes mais grosseiros ou mesmo usando argila expandida como inerte. Indice de Redução Sonora Tipo de Material Tijolo Cerâmico Prefurado e (cm) 9 125 Hz 33 250 Hz 29 500 Hz 36 2000 Hz 39 44 Ia dB OBS 40 Tj vedação com estrias Bloco de Concreto 9 36 32 42 50 56 45 Bloco vedação convencional Tijolo Cerâmico Maciço 13 34 34 41 50 56 46 Tj “burro” temas de isolamento acústico dos edifícios, particular- NOTA: “e”, espessura do tijolo ou bloco a ser atravessado pela onda sonora. mente das habitações, são de primordial importância. Valores apresentados em dB (decibéis). Um tijolo deverá ter uma massa elevada, ser rígido, den- 2. Telhas Cerâmica e de Concreto so e não poroso, além de apresentar uma superfície lisa e continua para possuir uma boa capacidade de isolamento acústico. A transmissão das ondas sonoras varia também com a frequência da onda emissora, porém o índice de redução sonora varia com a densidade do material que será atravessado pela onda sonora. A propagação do som em meio sólido não é percetível pelo ouvido humano, o qual apenas reconhece o som no ar, este é devido às vibrações das partículas do ar num determinado intervalo de frequências as quais o ouvido As telhas encontram-se entre os materiais de construção manufaturados mais específicos uma vez cuja sua utilização é expressamente destinados para aplicações concretas as quais consistem na proteção contra agentes atmosféricos desfavoráveis. São fabricados com dimensões estáveis por forma a constituírem um modo coerente de coberturas descontinuas de edifícios. As telhas devem apresentar resistência mecânica à flexão, resistência ao fogo, formato que garanta fácil colocação em obra e aplicação, durabilidade impermeabilidade devendo ainda proporcionar conforto térmico, para o que é decisiva a capacidade de rápida libertação de umidade por parte dos produtos. humano é sensível. Quando uma determinada potência acústica atinge uma parede, parte dela é refletida, causada pela vibração da parede, outra parte é absorvida pela parede e outra atravessa-a, sendo transmitida pela face oposta. No caso do bloco perfurado de concreto o isolamento é superior, ainda que no tijolo maciço cerâmico a redução da onda sonora é maior. Isto fica a dever-se a maior grossura das paredes dos tijolos de concreto. Porém nos tijolos maciços de cerâmica o isolamento torna a ser su- 30 1000 Hz Revista da Anicer | nº 82 ENSAIOS Tipo de Material P R.F. A.A. Telha Lusa/ Portuguesa I 2.720 10,5 S Telha Marselha/ Francesa I 3.410 10,3 Telha Concreto I 2.230 7,7 R.G. U.E. Da M OBS 0,07 2,001 3.600 S 0,23 2,090 3.910 S 1,99 2,970 4.830 Valores médios obtidos com produtos de várias fábricas. Glossário: P-Permeabilidade (I-Impermeável); R.F.-Resistência à Flexão (Newtons); A.A.-Absorção de Água (%); R.G.-Resistência ao Gelo (S-satisfatória); U.E.-Umidade de Equilíbrio (%); Da-Densidade aparente; M-Massa (g). aplicar em obra. As telhas são materiais que estão sempre expostos ao ar livre e às intempéries. Verificam-se frequentes penetrações de água através dos seus poros abertos. A água contaminada com sais As telhas devem apresentar boa resistência mecânica à flexão, solúveis pode provocar ataque químico, ou promover a crista- assim como elevada resistência ao fogo. Além disso devem ter lização dos cristais dissolvidos nela, dentro dos poros abertos, estabilidade dimensional para facilitar a sua montagem em obra, desenvolvendo tensões de tração, destrutivas, especialmente durabilidade e sobretudo impermeabilidade. Uma vez que as co- nas zonas de beira mar. Um outro efeito nefasto, nas telhas é o berturas são feitas para servirem de barreiras térmicas, devem gelo/degelo, nas zonas mais frias, que promove a degradação dar bom conforto térmico para o que é decisiva a capacidade da superfície da telha. A porosidade aberta nas telhas é um fator de rápida libertação de umidade por parte destes componentes. importante a ter em conta. Ambos os tipos de telha (cerâmica e A resistência mecânica das telhas deve ser alta pois muitas vezes estão sujeitas a esforços elevados (pisadas quando o telhado está em manutenção). Há muita disparidade de valores de resistência no que diz respeito ás telhas cerâmicas em função concreto) apresentam boas características face a este tipo de solicitações (ver tabela). Porém uma vez que o processo cerâmico, na cozedura, permite intervenção nas características superficiais da telha torna-se mais interessante este tipo de telha. da composição argilosa, porém os valores obtidos são em ge- A impermeabilidade é uma característica essencial para as telhas. ral superiores aos encontrados para as congéneres de concre- No geral os valores encontrados são satisfatórios tanto para as to. Também apresentam menor peso e por isso mais fáceis de telhas cerâmicas como para as de concreto. Para a impermea- Revista da Anicer | nº 82 31 ARTIGO TÉCNICO bilidade jogam ainda outros fatores importantes; a possibilidade A menor unidade de equilíbrio das telhas cerâmicas torna-as me- de ventilação da face oposta á molhada e a inclinação do telhado, nos permeáveis às perdas de calor pela cobertura dos edifícios. As para evitar refluxos com a ação combinada de vento e chuva. telhas de concreto além de terem uma maior condutividade térmi- No que diz respeito à resistência ao fogo a telha cerâmica é melhor uma vez que a temperaturas que rondam os 700 -800ºC há uma degradação da estrutura do concreto (inicio da decomposição de carbonatos) enquanto que as telhas a essa temperatura estão inertes pois foram cozidas a temperaturas superiores. ca e por isso maior facilidade em perder calor, necessitam de maior quantidade de calor para que a umidade residual se evapore. CONCLUSÕES Em função dos resultados apresentados e dos paralelos aqui traçados fica demonstrada a maior eficácia dos produtos cerâmicos A densidade aparente das telhas cerâmicas é menor do que as face aos congêneres de concreto. de concreto tornando-se uma vantagem para a montagem dos 32 telhados (ergonomia), além de não necessitar de estruturas tão Na maioria dos pontos característicos analisados foram determina- fortes para suportar o telhado. dos ganhos específicos dos artigos fabricados em barro vermelho. A unidade de equilíbrio das telhas cerâmicas é muito menor que Como desvantagem do processo cerâmico, pode citar-se o fator das telhas de concreto o que dificulta a procriação de micro- energético uma vez que o concreto não necessita de um proces- -organismos no seu seio. Fenômenos que no caso das telhas de so de cozedura para ter os produtos consolidados, além de ser concreto são comuns em zonas de maior unidade. Esta poten- um processo produtivo relativamente mais curto e rápido. No cial maior atividade orgânica nas telhas de concreto provoca o entanto, o processo cerâmico proporciona um maior controle de seu envelhecimento precoce. características físicas ao longo da sua produção. Revista da Anicer | nº 82 Há ainda aspetos ambientais a utilizar uma vez que os desperdícios do processo de fabrico bem como as quebras de produção de blocos e telhas de concreto, são mais agressivas em termos ambientais que os respetivos de barro vermelho (inertes à temperatura ambiente). Podem ainda ser utilizados argumentos estéticos, onde os produtos cerâmicos ao poderem ser modelados, durante o seu ciclo de produção, podem facilmente apresentar várias cores, formas e (5)Sigg J. Les Produits de terre cuite, Ed. Septima, Paris (6)Bailey, J.E. & Stewart, H.R. – Relationsships between microstructural development and physico-chimical nature of OPC pastes, BCP, 1984 (7)Smidt H. –Relationships between the equilibrium moisture content and the material properties of masonry bricks. Ziegelindustrie International, nº5, 1985; modificações em função do gosto arquitetónico. (8)Ravaglioli, A. – Evaluation os frost resistance of pressed cera- Referências bibliográficas: mic products based on dimentional distributiuon of pores. Tran- (1)Estudo comparativo de materiais de construção, CTCV & APICC, Junho 1993 (2)Regulamento das características de comportamento térmico dos edifícios, D.R. Fevereiro 1990; (3)Caracterização Térmica de Paredes de Alvenaria; LNEC, 1986; (4)Coeficiente de Transmissão Térmica de Elementos Opacos da sactions of the British Ceramic Society, 75, 1976; (9)Silva, P.M. – Acústica de Edificios, LNEC, 1987; (10)Manuel Pratique du Génie Climatique, Recknagel, Sprenger, Honman, PYC Édition; (11)Ângelo Farina, Roberto Pompoli – Considerazoni sui resultati di prove di laboratório per la misura del potere fonoisolante di divisori e solai in laterizio. L’industria dei Laterizi, nº15, 1992 Envolvente de Edifícios, LNEC, 1988; Revista da Anicer | nº 82 NONONONONONNNOONO 26 28 Setembro/2013 CENTRO DE CONVENÇÕES DE PERNAMBUCO RECIFE - PE Qui. e sex. - 16h às 22h | Sáb. - 12h às 18h AMPLIE SEUS RESULTADOS NA REGIÃO MAIS PROMISSORA DO BRASIL. ORES OS MAI RECIFE DO SE FAÇA GRANDES NEGÓCIOS TAMBÉM NO SUDESTE! IVO! 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Evento exclusivo e gratuito para profissionais do setor que fizerem o seu pré-credenciamento por meio do site, ou apresentarem o convite do evento no local. Caso contrário, será cobrada a entrada no valor de R$15,00 no balcão de atendimento. O N AGORA LÍDERTEOSR Revista da Anicer | nº 82 35 NONONONONONNNOONO UF CIDADE CE CE CONTATO PRODUTOS Acopiara Cerâmica Rufino (88) 3565-0240 / 3565-0873 [email protected] Vedação 9x19x19 Aquiraz Ceagra Cerâmica Agrop. Assunção (85) 3377-1212 www.ceagra.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Aquiraz Ceará Cerâmica (85) 3348-0492 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Cerampedras (85) 3276-2009 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Aquiraz Cerâmica Assunção (85) 3377-1262 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Aracati Cerâmica Armando Praça (88) 3421-1121 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Beberibe Cerâmica Brasília (85) 3301-1200 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Cascavel Cerâmica Cajazeiras (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x39 CE Cascavel Cerâmica Luma (85) 3301-1220 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Caucaia Cerâmica Martins (85) 3342-2526 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 CE Crato Cecrato Cerâmica Crato (88) 3521-1096 / 3521-1778 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Crato Cemonte Cerâmica Monte Alegre (88) 3521-1096 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Jaguaruana Jacerama Jaguaruana Cerâmica (88) 3418-1300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x14x19 CE Milagres Cerâmica Artrical Argila do Triângulo Caririense (88) 3531-1231 [email protected] Vedação 9x19x19 CE Cerâmicas Kappa Indústria (88) 3411-1413 www.kappaceramica.com.br Vedação 9x19x19 9x14x24 CE Russas São Gonçalo do Amarante Sobral ES João Neiva CE 36 EMPRESAS QUALIFICADAS Cerâmica Santa Rita (85) 3421-5214 [email protected] Vedação 9x19x19 Cerâmica Torres (88) 3614-3311 [email protected] Vedação 9x19x19 9x14x19 Cerâmica Acioli (27) 3278-1101 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 ES João Neiva Cerâmica Argil (27) 3258-2386 [email protected] Vedação 9x19x39 9x19x19 9x19x29 ES Nova Venécia Cerâmica Adélio Lubiana (27) 3752-2236 [email protected] Vedação 9x19x19 GO Ouvidor Cerâmica Paraíso (64) 3478-1139 [email protected] Vedação 9x19x24 9x14x29 11,5x19x24 MA Balsas Cerâmica Balsas (99) 3541-9668 [email protected] Vedação 9x14x19 MG Belo Horizonte Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Braúnas (31) 3499-7801 www.braunas.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmica Jacarandá (31) 3638-1855 www.jacarandanet.com.br MG Ribeirão das Neves Cerâmicas Braúnas - Cerâmica Marbeth (31) 3499-7801 www.braunas.com.br Estrutural 11,5x19x19 11,5x19x39 14x14x19 14x19x19 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29, 14x19x29, 09x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x39 14x19x44 Vedação 9x19x29 Estrutural 14x19x29 MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 www.ceramicauniao.com.br Vedação 9x19x24 11,5x19x24 MG Sete Lagoas Cerâmica Setelagoana (31) 3773-0600 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 19x19x29 Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 MS Terenos Cerâmica Volpiso (67) 3246-7360 [email protected] MS Terenos Volpini Indústria Cerâmica (67) 3246-7166 [email protected] Vedação 9x19x19 11,5x19x19 14x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 MT Várzea Grande Argiblocos Indústria Cerâmica (65) 3686-4300 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 11,5x19x29 11,5x19x19 PA Inhangapi Cerâmica Vermelha Ind. e Comércio (91) 3809-1221 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Santa Isabel do Pará Tijotelha Industrial (91) 3744-1287 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PA Uruará Cerâmica Santa Terezinha (93) 3532-1238 [email protected] Vedação 9x19x19 PB Caldas Brandão Cerâmica Santa Cândida (83) 3226-1566 [email protected] PB Santa Rita Cia Industrial de Cerâmica - Cincera (83) 3015-1450 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PB Rio Tinto Cerâmica DRM (83)3246-7102 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Ferreiros Cerâmica Araçá (81) 3631-1398 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Paudalho Cerâmica Bom Jesus (81) 3636-1554 / 3636-1200 [email protected] / www.cbjceramica.com.br Vedação 9x19x19 Estrutural 11,5x19x29 14x19x29 Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 PE Paudalho Cerâmica Porto Seguro (81) 3636-4171 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x39 PE Paudalho Cerâmica São José (81) 3636-1258 [email protected] Vedação 9x19x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 PE Paudalho Cabel (81) 3636-1198 [email protected] Vedação 9x19x19 PE Tacaimbó Indústria de Cerâmica Kitambar (81) 3726-1668 [email protected] Vedação 9x14x19 9x19x19 PI Miguel Alves Cerâmica Santa Vitória Ltda (86) 3244-1303 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x19 9x19x19 9x19x24 PI Teresina Blocomar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 Estrutural 14x19x29 14x19x44 Revista da Anicer | nº 82 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS PI Teresina Cerâmica Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhamar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Telhas Mafrense (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PI Teresina Unimar (86) 3216-4200 [email protected] Vedação 9x14x19 PR Arapoti Cerâmica Irmãos Almeida (43) 3557-1121 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Curitiba Cerâmica São Pedro (41) 3265-6921 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Entre Rios do Oeste Cerâmica Stein (45) 3257-1168 [email protected] Vedação 9x14x19 9x14x24 11,5x14x24 PR Prudentópolis Cerâmica São Gerônimo (42) 3446-1622 [email protected] Estrutural 14x19x29 PR Missal Cerâmica Pasquali e CIA Ltda (45)3244-1498 [email protected] Vedação 9x14x24 RJ Campos dos Goytacazes A C Cerâmica Indústria e Comércio (22) 2722-2205 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Barra do Piraí Olaria São Sebastião (24) 3346-6544 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x29 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Abud Vagner (22) 2734-0363 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica Olivier Cruz Indústria e Comércio (22) 2728-2800 [email protected] Vedação 9x19x19 9X19x29 RJ Campos dos Goytacazes Cerâmica São Sebastião de Campos (22) 2721-7105 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Campos dos Goytacazes F.P.R. Indústria Cerâmica (22) 2723-5590 [email protected] Vedação 9x19x29 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RJ Campos dos Goytacazes Wagner Linhares Indústria Cerâmica (22) 2721-8111 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 RJ Itaboraí Cerâmica Colonial (21) 2635-9333 [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 14x19x19 14x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x34 14x19x44 RJ Itaboraí Cerâmica Santa Izabel (21) 2635-7089 [email protected] RJ Paraíba do Sul Cerâmica GGP (24) 2263-1267 www.ceramicaggp.com.br RJ Três Rios Cerâmica Argibem (24) 2258-2127 www.argibem.com.br Vedação 9x19x19 9x19x29 Vedação 9x19x19 9x19x29 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x19 14x19x29 Vedação 11,5x19x19 11,5x19x29 14x19x29 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 19x19x39 RJ Vassouras Cerâmica Porto Velho (24) 2258-3110 [email protected] [email protected] Vedação 9x19x19 9x19x29 9x19x39 11,5x19x29 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 RO Ji Paraná Cerâmica Belém Indústria e Comércio (69) 3421-1419 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Bom Princípio Cerâmica Construrohr (51) 3635-8085 [email protected] Vedação 14x19x29 Estrutural 14x19x29 RS Candelária Cerâmica Candelária (51) 3743-1202 [email protected] Vedação 9x14x19 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 RS Faxinal do Sotur Cerâmica Veber (55) 3263-1379 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Nova Santa Rita Cerâmica Flores (51) 3479-5080 [email protected] Vedação 9x14x19 RS Sapucaia do Sul Pauluzzi Produtos Cerâmicos (51) 3451-5002 www.pauluzzi.com.br Estrutural 14x19x29 RS Venâncio Aires Cerâmica Eckert (51) 3741-1509 [email protected] Vedação 9x14x19 Vedação 9X9X24 9x14x24 9x14x29 11,5X19x19 11,5x19x24 14x19x29 Estrutural 14x19x29 14X19X44 SC Pouso Redondo Cerâmica Constrular (47) 3545-1249 www.ceramicaconstrular.com.br SC Rio do Sul Cerâmica Princesa Indústria e Comércio (47) 3525-1540 www.princesa.ind.br Vedação 9x9x24 9x14x24 14x19x29 11,5x19x24 Estrutural 14x19x29 SC Cocal do Sul Cerâmica Galatto Ltda (48) 3447-6259 [email protected] Vedação 11,5x14x24 Estrutural 14x19x29 SC Ituporanga Bela Vista Tijolos Ltda (47) 3533-9090 [email protected] Bloco de Vedação 11,5x19x24 SC Pouso Redondo Cerâmica Lorenzetti Ltda (47) 3545-0049 [email protected] Bloco de Vedação 9x14x24 SP Cesário Lange Cerâmica City (15) 3246-1133 www.ceramicacity.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 14x19x29 14x19x39 SP Itu Selecta Estrutural Blocos e Telhas (11) 2118-2001 www.selectablocos.com.br Vedação 9x19x39 11,5x19x39 14x19x39 19x19x39 Estrutural 11,5x19x39 14x19x29 14x19x39 19x19x39 SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Indústria e Comércio (19) 3567-1533 [email protected] Vedação 14x19x39 Estrutural 14x19x29 SP Sorocaba Indústria Cerâmica Matieli (15) 3222-8336 www.ceramicamatieli.com.br Vedação 11,5x14x24 14x19x39 14x19x24 Estrutural 14x19x29 14x19x39 Revista da Anicer | nº 82 37 NONONONONONNNOONO 38 UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS BA Alagoinhas Cerâmica Santana de Alagoinhas (75) 3423-3000 www.ceramicasantanaba.com.br Telha Extrudada BA Alagoinhas Telhas Simonassi (75) 3182-5000 [email protected] Romana /Telhas Plan Macho /Fêmea BA Candiba Cerâmica Alves Neves (77) 3661-2070 [email protected] Colonial ES Colatina Cerâmica Cinco (27) 3722-7400 [email protected] Romana /Portuguesa GO São Simão Cerâmica Dolar (64) 3658-4001 [email protected] Americana /Romana /Portuguesa GO Mara Rosa Rosa e Cavalcante - Cerâmica Santo Antônio (62) 3366-1382 [email protected] Plan /Portuguesa /Romana MG Abadia dos Dourados CBS Indústria Cerâmica (34) 3847-1309 [email protected] Americana /Plan CBS /Colonial MG Capinópolis Cerâmica Drummond (34) 3263-1340 [email protected] Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Depaula (34) 3268-8319 [email protected] Romana MG Ituiutaba Cerâmica Maracá (34) 3268-8596 www.ceramicamaraca.com.br Romana /Americana /Portuguesa MG Ituiutaba Cerâmica Santorini (34) 3268-5400 www.santorini.com.br Portuguesa /Americana / Romana MG Ituiutaba Cerâmica Monte Azul (34) 3268-5177 [email protected] Americana/Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Azteca Indústria Cerâmica (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Plan /Colonial MG Monte Carmelo Cerâmica Azteca (34) 3842-8900 www.incatelha.com.br Americana MG Monte Carmelo Cerâmica Carmelitana (34) 3842-2424 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Cruzado (34) 3842-1524 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Romana MG Monte Carmelo Cerâmica Mineira (34) 3842-2688 [email protected] Plan Universal /Americana / Portuguesa /Colonial Capa e Canal MG Salinas Cerâmica União (38) 3841-1590 /3841-1087 www.ceramicauniao.com.br Plan /Colonial /Paulista /Planzinha / Portuguesa /Americana MS Três Lagoas Cerâmica MS (67) 3521-1221 www.ceramicams.com.br Romana /Portuguesa /Americana MS Rio Verde Ceramitelha (67) 3292-1769 [email protected] Romana /Portuguesa Revista da Anicer | nº 82 Consulte a lista atualizada das empresas qualificadas no PSQ nos sites http://www4.cidades.gov.br/pbqp-h/projetos_simac_psqs.php e REALIZAÇÃO: www.anicer.com.br UF CIDADE EMPRESAS QUALIFICADAS CONTATO PRODUTOS PE Caruaru Cerâmica kitambar (81) 3722-7777 www.kitambar.com.br Telha Extrudada RJ Campos de Goytacazes Cerâmica São José (22) 2721-1403 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Itaboraí Cerâmica Sul América - Cerâmica R. J. Nunes (21) 2635-2581 [email protected] Romana /Portuguesa RJ Tanguá Cerâmica Marajó (21) 2747-1207 [email protected] Romana /Portuguesa RO Cacoal Cerâmica Rio Machado (69) 3441-5210 [email protected] Romana RO Cacoal Cerâmica Cena (69) 3441-6079 [email protected] Romana RO Pimenta Bueno Cerâmica Romana (69) 3451-2631 / 3451-8560 [email protected] Romana /Portuguesa RS Bom Princípio Cerâmica João Vogel (51) 3634-2602 [email protected] Portuguesa /Americana SC Agrolândia Telhas Hobus Esmaltados (47) 3534-4037 [email protected] Portuguesa SC Rio do Sul Telhas Rainha Unicerâmica Indústria e Comércio (47) 3411-5000 www.telhasrainha.com.br Portuguesa SC Sombrio Bella Telha (48) 3533-9001 [email protected] Portuguesa SC Taió Cerâmica Taió Ltda (47) 3562-0507 [email protected] Telha Germânica SC Mafra Cerâmica Vila Rica Ltda (47) 3643-0040 [email protected] Portuguesa SP Conchas Cerâmica Lopes (14) 3845-8000 www.ceramicalopes.com.br Americana / Portuguesa /Romana SP Conchas Cerâmica Argiforte (14) 3845-1212 [email protected] Romana /Portuguesa SP Leme Top Telha - Maristela Telhas (19) 3573-7777 www.toptelha.com.br Mediterrânea /M14 SP Panorama Cerâmica Modelo Ltda-EPP (18) 3871-1116 [email protected] Romana SP Santa Cruz da Conceição Cerâmica Barrobello Ind. e Comércio (19) 3567-1533 www.ceramicabarrobello.com.br Americana /Portuguesa /Romana / Italiana SP Tambaú Morandin Produtos Cerâmicos (19) 3673-3190 [email protected] Romana /Portuguesa Revista da Anicer | nº 82 39 COLUNA DA QUALIDADE Cooperação no Paraná que estejam aptos a incorporar novas tecnologias em seus atendimentos nas MPEs. Cooperação no Rio No dia 30 de abril, Antônio Carlos Pimenta se reuniu com Rodrigo Montenegro e Vanessa Froese, da área de Durante a 4ª Festa das Cerâmicas de Prudentópolis (PR), realizada no dia 12 de abril, o assessor Técnico e da Qualidade da Anicer Antônio Carlos Pimenta se reuniu com a equipe do Senai de Ponta Grossa para traçar estratégias de cooperação entre as entidades no estado, entre elas, o início do programa Cerâmica Sustentável é + Vida. Estiveram presentes Marcos Rebelo, Lorene Rosseti, Márcio Banik, Emerson Morais, Fernada Axt, Joel Santos e Diego Ribeiro. Reuniões no Rio Grande do Sul Programas Estratégicos da Construção O assessor Técnico e da Qualidade da conjuntas no estado, como a definição Anicer Max Piva cumpriu uma extensa de um cronograma de atividades junto agenda de reuniões com ceramistas ao setor cerâmico e com entidades do Rio Grande do Sul no início de maio. da construção civil, como o CREA e No dia 7, pela manhã, Piva se reuniu na Sinduscon, entre outras. Civil do Sebrae/RJ para tratar de ações sede do Sindicer/RS com representantes de empresas participantes do PSQ para apresentar o resultado da ação de Anicer e Sebrae reúnem ceramistas em SC combate a não conformidade intencional no estado e o novo projeto da Anicer em parceria com o Sebrae, o Cerâmica Sustentável é + Vida. Após visitar algumas cerâmicas interessadas em aderir ao PSQ, o assessor da Anicer se encontrou com ceramistas do município de São Sebastião do Caí. Treinamento em Eficiência Energética O Sebrae, em parceria com a Anicer, ofereceu para o público carioca o curso “Eficiência Energética: Tópicos Especiais em Iluminação e Boas Práticas na Realização de Diagnóstico Energético”. Voltado para consultores e profissionais autônomos que já trabalham com Eficiência Energética, o curso foi realizado na sede do Sebrae/RJ no dia 21 de maio e teve como objetivo aprofundar o conhecimento sobre a temática através da troca de experiências, da discussão técnica e da apresentação de casos reais, capacitando os consultores para 40 Revista da Anicer | nº 82 Já nos dias 14 e 15 de maio, Piva re- Ainda nos Pampas No dia 8 de maio, Max Piva visitou o campus da UFRGS para conhecer e avaliar o protótipo da casa sustentável e suas atuais condições. Em abril, a edificação completou dez anos de sua conclusão. Após visitar mais cerâmicas gaúchas interessadas em aderir ao PSQ, Piva seguiu para o município de Arroio do Meio para apresentar aos ceramistas locais o resultado das ações de combate a não conformidade intencional e falar sobre a Norma de Desempenho, as portarias do Inmetro e o Cerâmica Sustentável é + Vida. alizou reuniões com os ceramistas das regiões de Timbó e Criciúma, em Santa Catarina. Os encontros aconteceram no Senai de Timbó (dia 14) e no Sindicer Morro da Fumaça, em Criciúma (dia 15), e contaram com a participação de representantes dos Sebraes locais. O objetivo foi apresentar ao público o “Cerâmica Sustentável é + Vida”, que atenderá a 600 micro e pequenas empresas em todo o país para promover a sustentabilidade no setor de cerâmica vermelha. Na ocasião, também foram abordados assuntos como PSQ e Normas de Desempenho Revista da Anicer | nº 82 41 PONTO DE VISTA Modernizar o trabalho para crescer Por Robson Braga de Andrade (Artigo publicado no jornal O Estado de S.Paulo em 28 de março de 2013) A agenda em favor do aumento da companhias não são demasiadamente competitividade da nossa econo- oneradas nesse campo, a evolução da mia, implantada em conjunto pelo go- renda dos empregados anda colada aos verno e pela iniciativa privada, precisa ganhos de produtividade. agora chegar às relações de trabalho. A legislação trabalhista, arcaica e contraprodutiva, é um dos grandes empecilhos que temos para reduzir o custo Brasil, criar empregos e impulsionar o crescimento. Burocracia, excesso de regulamentação, insegurança jurídica, taxas, impostos e obrigações acessó- Robson Braga de Andrade é empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Não conseguiremos impulsionar a produtividade sem construir uma legislação trabalhista adequada, que premie o mérito. Hoje, ela trata diferentes de forma igual e iguais de maneira diversa. É preciso tornar as normas mais flexíveis, sem que isso deixe os empregos pre- rias impedem a alta da produtividade e cários. Um exemplo é a gestão da jor- oneram as empresas em demasia, sem nada com mais negociação e liberdade, que isso represente benefícios diretos o que é fundamental para atingir maior para os trabalhadores e suas famílias. compatibilidade entre as necessidades das empresas e as dos trabalhadores. Dependendo do setor em que a empresa atua, os encargos relacionados ao trabalho podem ser superiores a 60% do custo total de produção. Na indústria, é de 40% em média. Entre 2001 e 2011, 42 Revista da Anicer | nº 82 Depois de onerarem o trabalho e reduzirem a jornada, Alemanha e França tiveram que voltar atrás, flexibilizando as regras para aumentar o emprego. a produtividade dos trabalhadores in- Cerca de 52 milhões de brasileiros não dustriais cresceu 3,7%, enquanto o sa- se beneficiam da legislação trabalhista lário médio em dólar saltou 101,7%. Ou ou são até prejudicados pelas barreiras seja, o custo unitário do trabalho subiu que ela cria à formalização. Existe um 94,5% no período. Os trabalhadores de- enorme desafio de inserir essas pesso- vem receber bons salários, mas, numa as no mercado formal, especialmente situação de normalidade, em que as num cenário em que a economia está praticamente estagnada. Isso só será plenamente alcançado um conjunto de 101 propostas para a modernização das re- com a racionalização dos custos das empresas no momen- lações de trabalho. O objetivo é estimular o debate em torno to de empregar. Garantida a proteção ao trabalhador, que é de medidas concretas que retiram alguns graves obstáculos um valor inestimável da nossa sociedade, é preciso reduzir os à geração de empregos e ao aumento da produtividade do custos relacionados à contratação e à manutenção do quadro trabalhador brasileiro, garantindo uma maior competitividade de funcionários. para a nossa economia. A ideia é trabalhar com o Congresso Devemos migrar do atual modelo, em que a tutela do trabalhador é feita pela lei, para um sistema no qual a proteção se dê pela negociação entre patrões e sindicatos representativos. Precisamos aumentar o espaço para o livre acordo com categorias e até indivíduos. Nas regras em vigor, quase não existe essa possibilidade, o que incentiva os conflitos na Justiça. Devemos ter normas claras, evitando a insegurança jurídica que tanto atrapalha os investimentos e as contratações. As irracionalidades e a burocracia têm que ser combatidas, assim como os processos judiciais devem ser imparciais. Nacional, o governo federal e os representantes dos trabalhadores para chegarmos a um entendimento que possa destravar o crescimento. As propostas são factíveis, como o prazo de validade de quatro anos para as convenções e acordos coletivos, a livre distribuição da jornada ao longo dos dias úteis e a fixação da duração do intervalo para descanso por negociação coletiva. Apontamos os problemas atuais, suas consequências, a solução e os ganhos esperados. Para que o Brasil atinja seu pleno potencial de criação de empregos, crescimento econômico e desenvolvi- Levando em conta essas e outras linhas de ação, a Confe- mento, é preciso modernizar as relações de trabalho. Não po- deração Nacional da Indústria (CNI) apresentou à sociedade demos mais perder tempo Revista da Anicer | nº 82 43 INVESTIMENTOS Competidores anunciam planos para expansão no país Crescimento da demanda estimula investimentos tanto por parte de novos competidores no mercado quanto de empresas com fábricas já instaladas no país *Conteúdo jornalístico originalmente produzido e publicado pela Revista M&T (Sobratema) talação de fábricas, para a expansão da rede de atendimento aos clientes ou para ambas as ações. A sul-coreana Doosan Infracore, por exemplo, que opera em 23 países e tem um faturamento global de US$ 21,3 bilhões por ano, está investindo US$ 100 milhões na instalação de uma fábrica em Americana (SP), programada para entrar em operação até o final deste ano. O objetivo, segundo Dong Hoon Lee, presidente da Doosan para a América Latina, é diminuir a dependência das importações para melhor atendimento aos clientes. “Para atingir o objetivo de crescer 10% em cinco anos no país, precisamos de um índice de nacionalização dos produtos em torno de 85%.” Ele ressalta que o projeto passa pela montagem de um centro de distribuição Mascarenhas, de LiuGong: diversificação da linha C omo principal mercado da América do Sul e um dos mais atrativos do mundo no se- tor de equipamentos para construção, o Brasil está definitivamente no foco de investimentos dos principais players globais dessa área. A lista inclui desde competidores como a Caterpillar e New Holland, já tradicionais no mercado local, até aqueles que ingressaram mais recentemente na disputa pelos clientes brasileiros, como a 44 Revista da Anicer | nº 82 de peças e de instalações para o treinamento dos distribuidores. “Temos experiência em estabelecer uma rede de atendimento 24 horas, como ocorre no exterior e que pode ser transferida para as operações no território brasileiro.” Os investimentos, segundo o executivo, são motivados pelos recursos que estão sendo aplicados no país em infraestrutura e obras civis. “Somado à estabilidade do mercado, isso torna o Brasil muito atrativo para qualquer empresa do setor e não Doosan e LiuGong. Essas empresas integram a seria diferente também para a Doosan, que figura lista das inúmeras que anunciaram investimen- ente os cinco maiores competidores globais na tos em suas operações no país, seja para a ins- área de equipamentos para construção.” Lições da Coreia A unidade fabril em construção vai ocupar uma área de 160 mil m2 e produzirá inicialmente a escavadeira hidráulica DX 225 LCA, de 20 t de peso. Componentes críticos, como parte do sistema hidráulico e o motor, serão importados, mas o objetivo é desenvolver uma cadeia de suprimento local para a máxima nacionalização da produção. “Inicialmente, produziremos 2 mil unidades por ano, mas o potencial da nova fábrica é para até 4 mil equipamentos”, avalia o executivo. Outro passo importante para se consolidar no país é a instalação de um centro de distribuição de peças em Campinas (SP), nas proximidades do aeroporto de Viracopos. “Nosso objetivo é garantir o pronto atendimento aos clientes, desonerando os distribuidores do estoque de componentes com menor giro.” Além de comercializar no país suas linhas de escavadeiras hidráulicas e pás carregadeiras, a empresa marca presença no mercado brasileiro com as máquinas compactas da Bobcat, sua controlada, que figura entre as líderes nesse segmento. Para explicar o projeto pelo qual pretende transformar a Doosan num dos principais competidores no mercado local, o jovem executivo lança mão até de lições históricas aprendidas em sua terra natal, a Coreia do Sul. Ao ser questionado sobre a rápida ascensão do país asiático – que há meio século era predominantemente agrário –, Lee ressalta justamente a visão de longo prazo, estimulada pelo esforço em prover melhores condições de vida às novas gerações. “Para nós, coreanos, o futuro é sempre mais importante”, ele arremata. Crescimento da LiuGong Não menos ambiciosos são os planos da chinesa LiuGong, que conta com nove subsidiárias no mundo e produz anualmente mais de 56 mil equipamentos, dos quais 39 mil são unicamente pás carregadeiras, o seu carro-chefe. Esse desempenho transforma a empresa, que tem um faturamento anual de US$ 2,3 bilhões, no maior fabricante mundial de carregadeiras sobre rodas. No último ano, as vendas no exterior representaram cerca de 10% dos negócios da empresa, totalizando cerca de 5.700 unidades e US$ 255 milhões em receita. Na América Latina, a LiuGong obteve um dos principais resultados fora da China em 2011, com mais de 1.400 unidades vendidas e um avanço de 23% sobre o ano anterior. Com isso, ela já conta com cerca de 5.700 equipamentos em operação na região, entre carregadeiras de rodas, escavadeiras hidráulicas, tratores de esteiras, motoniveladoras, retroescavadeiras, rolos compactadores, máquinas compactas e empilhadeiras. Para atender os clientes latino-americanos, a empresa conta atualmente com 18 concessionárias em 14 países, desde o México à Argentina, totalizando 77 pontos de vendas. “Trabalhamos para que a participação do mercado externo nos nossos negócios aumente de 15% para 20%, de forma a tornar a companhia cada vez mais global”, diz Fernando Mascarenhas, presidente da LiuGong Latin America. No Brasil, a estrutura de pós-venda contempla três distribuidoras e 20 pontos de atendimento. Além disso, a LiuGong conta com um escritório em Belo Horizonte (MG), onde 30 profissionais dão suporte à rede de concessionárias, e um centro de distribuição de peças em Guarulhos (SP), inaugurado em 2011 para facilitar a logística de atendimento. Fábrica de carregadeiras Mascarenhas ressalta que essa estrutura deverá ser reforçada com a ampliação da linha comercializada e a decisão de instalar uma fábrica no país. Apesar de ainda não ter definido o local para sua instalação, que poderá ser em São Paulo, Minas Gerias ou Rio de Janeiro, a empresa prevê investimentos de R$ 100 milhões no projeto. “Devido ao tamanho do nosso portfólio de produtos, não será possível produzir tudo localmente e vamos nos concentrar na fabricação de pás carregadeiras, além de considerarmos a possibilidade de fazermos também retroescavadeiras”, diz Mascarenhas. Outro passo importante para a expansão da empresa foi a aquisição da polonesa HSW (Huta Stalowa Wola), que fabrica os tratores de esteiras da marca Dressta. “Esses equipamentos estão em linha com a filosofia da LiuGong, que é produzir máquinas simples, de fácil operação e manutenção.”, explica o presidente. “Em locais com dificuldades de acesso às regiões mais remotas, como é o caso do Brasil e demais países da América Revista da Anicer | nº 82 45 INVESTIMENTOS Dong Lee, da Doosan: meta é crescer 10% em cinco anos o diretor comercial da empresa, Hiram Villegas, destaca os investimentos realizados. “Nosso plano contempla o aporte de R$ 350 milhões até 2013 em expansão e modernização da produção”, diz ele. Esse projeto inclui a instalação da fábrica de Campo Largo (PR), onde a Caterpillar começou a fabricar pás carregadeiras de pequeno porte e retroescavadeiras em outubro do ano passado, e a modernização da linha de produção Davi Morais, da Sotreq, Bernadette Manso e Hiram Villegas, da Caterpillar de Piracicaba (SP). Atenta aos investimentos na área de óleo e gás, a empresa também iniciou a fabricação local de uma família de grupos geradores, com propulsão diesel/ elétrica e potências entre 1.360 kW e 2.250 kW, para aplido Sul, isso faz a diferença para um cliente cuja máquina não pode ficar parada aguardando o atendimento da fábrica”, ele completa. A expansão da linha de produtos será contemplada até mesmo com caminhões off-road, segmento que a LiuGong ingressou com a compra da chinesa Beijing Heavy Truck, que fabrica modelos de até 190 t. “Estamos preparando os produtospara disponibilizar para exportação a partir do final do próximo ano”, diz o executivo. Outro investimento será na área de máquinas de perfuração, na qual a empresa adquiriu a também chinesa Jintai. “Essa linha também está prevista para comercialização na América Latina a partir de 2013.” As novidades incluem ainda a comercialização da linha de equipamentos para concretagem, como autobetoneiras e bombas de concreto. A resposta da líder Em um cenário marcado pelo crescimento da concorrência, a Caterpillar, que figura como líder do mercado, mostra-se preparada para enfrentar os novos competidores. Apesar de ressaltar que os fabricantes asiáticos não disputam a sua faixa de mercado, composta por clientes que demandam equipamentos com alto índice de disponibilidade e produtividade superior, 46 Revista da Anicer | nº 82 cações off-shore. Esses produtos vêm se somar a uma linha de fabricação local composta por 42 modelos, entre escavadeiras hidráulicas, pás carregadeiras, rolos compactadores, motoniveladoras, retroescavadeiras e tratores de esteiras, além de diversos outros equipamentos de menor porte e para aplicação em obras de pavimentação. “Além da qualidade dos produtos, nosso diferencial é o suporte oferecido aos clientes por meio de uma rede com a maior capilaridade do país”, afirma Villegas. Rede sexagenária Ele ressalta que, para atingir esse estágio de operação, a empresa precisa contar com muitas décadas de trabalho e conhecimento do mercado. “Todos os nossos distribuidores têm mais de 60 anos de atuação, mas essa vantagem competitiva não nos mantém paralisados, pois estamos atentos à concorrência e ao desenvolvimento de soluções para o melhor atendimento aos clientes.” Davi Pinto Morais, diretor da unidade de construção da Sotreq, que responde pela distribuição dos equipamentos da marca no Sudeste, Centro-Oeste e Norte do país, confirma as informações. “Além de investir na constante atualização Davi Morais, da Sotreq, Bernadette Manso e Hiram Villegas, da Caterpillar dos mecânicos e ampliação do suporte aos clientes, contamos com cerca de R$ 100 milhões em estoque de peças de reposição, sem contar com os estoques da própria fábrica”, diz ele. Para demonstrar o nível de atendimento oferecido aos clientes, Morais cita a estrutura montada para suporte às obras da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, cujo consórcio construtor está utilizando apenas equipamentos de terraplenagem da Caterpillar. “Para oferecer assistência técnica a uma frota de mais de 700 equipamentos, montamos uma filial dentro do próprio canteiro, composta por 120 profissionais, dos quais 70 são técnicos e mecânicos envolvidos com a manutenção preventiva, reparos e análise de óleo da frota em operação”, ele afirma. Morais ressalta que, num projeto desse porte, os equipamentos de escavação e transporte são submetidos a aplicações marca, como o Acre, Amapá e Roraima. Borba explica que esses investimentos são motivados pelo vertiginoso crescimento na demanda de máquinas para movimentação de terra, que aumentou em severas, operando até 4 mil horas por ano. Nessas 213% entre 2005 e 2011. “Nesse período, saltamos de um consumo condições, eles precisam ser submetidos a reforma anual de cerca de 5.500 unidades para aproximadamente 30.000 completa já no terceiro ano de atividade, mas, com o unidades”, ele afirma. Para fazer frente a esse novo patamar de de- suporte que oferecemos, podem chegar a até 25 mil manda, o executivo destaca que a empresa lançou 38 modelos para horas de trabalho.” Expansão da linha A New Holland, controlada pela CNH, holding do gru- disponibilizar uma linha completa aos clientes, desde escavadeiras hidráulicas de pequeno a grande porte, até pás carregadeiras, motoniveladoras, tratores de esteiras, máquinas compactas e manipula- po Fiat para a produção de equipamentos de cons- dores telescópicos, entre outros. Completando a estratégia, há ainda trução e agricultura, também enfatiza a capilarida- o investimento de R$ 600 milhões projetado pelo grupo Fiat, para a de da rede como uma vantagem competitiva para instalação de uma fábrica de equipamentos de construção em Mon- os players tradicionais no mercado. “Entre 2006 e tes Claros (MG) até 2014. Segundo Gino Cucchiari, diretor da New 2011, nossa rede de distribuidores cresceu 78% em pontos de atendimento na América Latina”, afirma Marco Borba, diretor de marketing da fabricante. No Brasil, que conta com mais de 40 pontos de vendas, Holland, ela vai assimilar parte da produção atualmente concentrada no complexo industrial de Contagem (MG). “Como essa unidade data dos anos 1980 e passou por diversas ampliações e moderniza- a expansão da rede foi direcionada para estados que ções, optamos por uma fábrica totalmente nova e que incorpore os ainda demandavam uma presença mais efetiva da mais modernos conceitos de produção”, ele finaliza Revista da Anicer | nº 82 47 NORDESTE Natal recebe Encontro do Nordeste Com temas focados na qualidade e NR12, ceramistas esclareceram dúvidas durante convenção Por Manuela Souza | Fotos: Manuela Souza Presidentes da Anicer e do Sindicer/RN compõem mesa, junto a autoridades do Estado do Rio Grande do Norte, na abertura do evento. A 8ª Convenção Nordeste de Cerâmica Verme- do Sebrae, Lázaro Mangabeira; o deputado estadu- lha e o 18º Encontro dos Sindicatos de Cerâ- al Hermano Moraes; o superintendente do Depar- mica Vermelha do Nordeste, que aconteceu de 18 tamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, a 20 de abril em Natal, Rio Grande do Norte, reuniu Roger Garibaldi; o vereador Ubaldo Fernandes; o grande parte da representação do setor de cerâ- representante do presidente da Fiern, Pedro Tercei- mica vermelha da região. Durante os três dias do ro de Melo; além dos presidentes da Anicer, Cesar evento, os participantes tiveram oportunidade de Gonçalves, e do Sindicer/RN, Vargas Soliz. conhecer as novidades da indústria e entrar em contato com situações enfrentadas por cerâmicas da região Nordeste do País. 48 Revista da Anicer | nº 82 Representando a governadora do Rio Grande do Norte, o secretário de Desenvolvimento Econômico, Rogério Marinho, se mostrou receptivo às demandas A cerimônia de abertura do evento contou com a do setor cerâmico. “O Governo do Estado está à dis- presença de diversas autoridades de Natal, como o posição de vocês e em breve teremos boas notícias secretário de Desenvolvimento Econômico do Esta- para o setor, com a atualização do TAC que, com o do, Rogério Marinho; o gerente Executivo do Banco apoio do Banco do Nordeste, vai fortalecer esse mer- do Nordeste, Agnelo Melo; o diretor de Operações cado tão importante para todos”, disse Marinho. Anfitrião do Encontro, Soliz falou sobre a importância da produ- No segundo dia, ceramistas e fornecedores mostraram que ainda ção local para toda a região Nordeste. “É com grande satisfação estão com muitas dúvidas em relação à NR12 ao lotar o auditório que o Estado do Rio Grande do Norte recebe esse Encontro. do Praiamar para assistir à palestra “Normas Técnicas de Segu- Nós sabemos que as Associações e Sindicatos possuem um rança no Trabalho”, ministrada pelo especialista da Confedera- formato para discutir os problemas mais próximos e o Encontro ção Nacional da Indústria – CNI, Clovis Veloso; e pelos auditores do Nordeste não é diferente. Aqui é permitido um contato mais fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, Anastácio direto com o produtor. É bom para o ceramista e para o forne- Pinto Gonçalves Filho e Mauro Khouri. “Segurança e saúde no cedor”, declarou. trabalho não se restringem às normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. É muito mais do que isso. Hoje, Para abrir oficialmente o Evento, o presidente da Anicer, Cesar segurança e saúde no trabalho deve ser vista, por nós represen- Gonçalves, iniciou a rodada de palestras com o tema “Panora- tantes empresariais, no que acontece no Ministério do Trabalho ma do Setor de Cerâmica Vermelha”, apresentando os princi- e Emprego, no Ministério da Saúde, no Ministério da Previdência, pais dados da indústria e o novo projeto da Anicer em parceria isso olhando o executivo. A questão do legislativo também tem com o Sebrae, “Cerâmica Sustentável é + Vida”, que vai atender uma forte influência. A CNI acompanha hoje cerca de 4 mil pro- a 600 cerâmicas no período de 36 meses. “A promoção da sus- jetos de lei no Legislativo, no Congresso Nacional. Desses, algo tentabilidade nas micro e pequenas indústrias de cerâmica ver- em torno de 1.200 são na área trabalhista e 90 são específicos melha é a meta desse novo projeto. Além disso, as vantagens e da área de Segurança e Saúde no Trabalho. Então, sem sombra facilidades são muitas”, explicou Gonçalves. de dúvida, a área de relações do trabalho é a de maior profusão Revista da Anicer | nº 82 49 NORDESTE de projetos de lei no Congresso. Tem que ser acompanhado e o empresário tem que estar atento a tudo que está proposto lá”, disse Veloso. coordeno um projeto chamado Análise de Aciden- Piva, realizaram as palestras “Eficiência Energética te no Trabalho e tenho observado que os acidentes e Sustentabilidade na Cerâmica Vermelha” e “Ven- na perna, simplesmente porque medidas simples de prevenção de acidentes não são tomadas”, explicou. As três apresentações foram bem completas, com diversas imagens de cerâmicas da região Nordeste que apresentavam algum tipo de irregularidade, principalmente na parte elétrica, como ligações clandestinas, fiações desorganizadas e de perigo iminente. Dando continuidade aos seminários técnicos sobre segurança no trabalho, realizados pela Anicer em parceria com Sindicatos, Cooperativas e Associações de cerâmica vermelha, bem como Federações, 50 Revista da Anicer | nº 82 voltadas ao meio ambiente. Os assessores Técnicos e da Qualidade da Anicer, Vagner Oliveira e Max perde a vida, o dedo, a mão, sofre uma amputação O representante do Instituto Nacional de Tecnologia – INT, Mauricio Henriques Junior, ganhou passaporte para o 42º Encontro Nacional. O evento também contou com diversas palestras O auditor do MTE, Gonçalves Filho, fez coro: “Eu ocorrem de uma maneira mais banal, onde a pessoa Clovis Veloso, da CNI, com Mauro Khouri e Anastácio Pinto Gonçalves Filho, do Ministério do Trabalho receberam a ação. da Técnica dos Produtos de Cerâmica Vermelha – Atendimento às Normas e Programas Setoriais da Qualidade – PSQ-BC e PSQ-TC”, respectivamente. Durante a sua apresentação, Piva realizou o sorteio, promovido pela Anicer, de um passaporte de acesso ao 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, que acontece de 25 a 28 de outubro, no Centro de Convenções de Pernambuco, na cidade do Recife. O representante do Instituto Nacional de Tecnologia – INT e palestrante do Encontro do Nordeste, Mauricio Henriques Junior, foi o grande vencedor da promoção e vai participar das Clínicas, Fóruns, 16ª Expoanicer e da Festa de Encerramento. Senai, Sesi e Ministério do Trabalho, que irão acon- O último dia do evento foi reservado para a realiza- tecer nas cinco regiões do País, a próxima reunião ção de visita técnica a uma cerâmica da região. O sobre o tema será realizada na região Centro-Oeste, próximo encontro do Nordeste será realizado em no mês de junho. As regiões Sudeste e Nordeste já 2014 no Estado de Pernambuco Revista da Anicer | nº 82 51 MAROMBANDO Jorge Côrte Real Por Manuela Souza | Foto: Divulgação Fiepe Como a Fiepe enxerga hoje o setor de cerâmica vermelha no estado? O setor de cerâmica é um dos mais tradicionais do estado e, atualmente, com a dinamização da economia de Pernambuco, tem se consolidado como importante segmento, reunindo atualmente cerca de 150 empresas, 95% delas instaladas no interior pernambucano, gerando 11 mil empregos diretos e 40 mil indiretos. A Fiepe tem algum projeto de parceria com o Sindicer/PE? A Fiepe tem apoiado as iniciativas do Sindicato articulando a viabilização de projetos de desenvolvimento setorial junto a entidades como o Sebrae. Além disso, nossa parceria com o Sindicer/PE tem possibilitado a inserção da entidade em programas internacionais e nacionais, como o Cooperar (com a BFZ da Alemanha) e o PDA (com a CNI) que buscam o fortalecimento do associativismo, tendo como resultado positivo o aumento do número de empresas associadas ao Sindicato, que saltou de 42 para 58 empresas, entre 2010 e 2012, além do incremento de mais de 30% no total de arrecadação da contribuição social, no período de cinco anos. Pretende desenvolver algum tipo de estratégia junto às indústrias Natural de Salvador (BA), Jorge Wicks Côrte Real, mudou-se para o Recife com pouco mais de cerâmica vermelha do Estado para alavancar a qualidade dos produtos do setor? de um ano de idade. Graduado em engenharia O Sistema Fiepe desenvolve vários programas direcionados à melhoria civil pela Universidade Federal de Pernambu- da competitividade industrial e que atendem diretamente o setor cerâ- co - UFPE e pós-graduado em engenharia de mico, entre eles o Programa de Qualidade do Senai, que realiza consul- segurança do trabalho, foi eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco – Fiepe, pela primeira vez em 2004, cargo que já ocupa por três mandatos. Entre as suas prioridades, a interiorização do desenvolvimento, formação de mão de obra e difusão da inovação empresarial. Côrte Real também é vice-presidente da CNI e deputado federal. torias e disponibiliza laboratórios técnicos para ações conjuntas com as empresas do setor. Tem em mente algum conjunto de ações para estimular práticas sustentáveis entre as indústrias do Estado? Quais seriam? Atualmente, ações socioambientais são essenciais para qualquer indústria moderna. Isso porque a exigência dessas práticas migrou de um cenário de cumprimento das exigências legais para a de consciência 52 Revista da Anicer | nº 82 ambiental. A Federação das Indústrias tem fortalecido sua atuação nessa área, despertando no empresariado seu compromisso socioambiental, com ações como o Prêmio Fiepe de Sustentabilidade, que reconhece práticas sustentáveis e este ano chega a sua terceira edição. vência no mercado? A inovação é uma necessidade da moderna empresa brasileira. No nosso País, ainda se investe muito pouco em pesquisa e inovação. O Sistema Fiepe, antecipando as demandas do setor produtivo, instalou o comitê Inova Pernambuco, reunindo líde- Quais os principais gargalos para o pleno desenvolvimento res empresariais para que, juntos, possamos avaliar os cená- da indústria pernambucana? rios e propor soluções para estimular a inovação dentro e foras A indústria pernambucana enfrenta os mesmos gargalos do setor das indústrias. produtivo nacional. São essenciais medidas de modernização das Como a Fiepe enxerga a realização de grandes eventos, como legislações trabalhista, tributária e fiscal. Também carecemos de o 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, mais investimentos em educação, de modo que a população te- no Estado? nha pleno acesso ao conhecimento, e em infraestrutura, além de uma política de desenvolvimento regional, que nos permita competir em condições igualitárias. Este evento é um exemplo de como Pernambuco se insere atualmente no roteiro do desenvolvimento e contribui para o fortalecimento do setor, abrindo novas oportunidades de inserção no mer- Inovar é um dos principais meios de incrementar a produ- cado, além da fundamental troca de experiências entre empresas ção da empresa. Até que ponto o empresário pernambucano do setor. Por isso, o Encontro recebe o apoio da Federação das encara a inovação como uma necessidade para sua sobrevi- Indústrias, em todas as suas fases de realização sandrana Revista da Anicer | nº 82 53 ENCONTRO NACIONAL Encontro Nacional recebe apoio em PE Empresários ceramistas se reuniram com parceiros para apresentar o Evento que acontece em outubro Por Manuela Souza | Foto: David Majella e Divulgação Também na mesma semana, o presidente do Sindicer/PE, Otiniel Barbosa, com a diretora Kilza Barbosa e o gerente Djalma Lima expuseram detalhes do evento e entregaram um kit de apresentação do Encontro ao secretário de Turismo da Prefeitura do Recife, Felipe Carreras, e ao diretor-presidente da Fundação de Cultura, Roberto Lessa. Na ocasião, o grupo do O presidente da Fiepe, Côrte Real, e o assessor Marcos Esteves recebem a comissão organizadora do evento. R epresentantes da Anicer e do Sindicer/PE se reuniram com autoridades da Federação das Indústrias do Estado de Pernam- buco (Fiepe), do Sebrae/PE, do Governo Estadual de Pernambuco e da Prefeitura do Recife para apresentar oficialmente o projeto do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha. O setor foi recebido pelo presidente da Fiepe, Jorge Côrte Real. Em seguida estiveram com o superintendente do Sebrae/PE, Roberto Castelo Branco, e com a gerente da Unidade de Indústria, Ana Lúcia Nasi, além do assessor da Secretaria de Governo, Francisco Corrêa, que na ocasião representou o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos. 54 Revista da Anicer | nº 82 sindicato foi acompanhado por Corrêa, que endossou o apoio ao Encontro Nacional e ressaltou a importância do evento e do setor cerâmico na economia do Estado. “Considerado o maior evento do setor na América Latina e um dos maiores do mundo, o Encontro Nacional chega à sua 42ª edição, no Nordeste brasi- O presidente da Anicer, Cesar Gonçalves, e o diretor executivo de Co- leiro” comemora Otiniel. Tendo municação, Ricardo Kelsch, destacam a forte mobilização do Estado passado nos últimos anos por para sediar a edição nordestina do evento. “É uma grata satisfação capitais como Campo Grande, perceber o acolhimento que a cerâmica vermelha vem recebendo Vitória, Florianópolis, e Salvador, pelo trabalho desenvolvido ao longo dos anos”, avalia Gonçalves. agora é a vez da cidade do Re- Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE; Roberto Castelo Branco, superintendente do Sebrae/PE; Cesar Gonçalves, presidente da Anicer; Kilza Barbosa, diretora do Sindicer/PE; e Ana Lúcia Nasi, gerente de Indústria do Sebrae/PE. cife receber os participantes do Evento. Com do expositores e visitantes com o aumento infraestrutura de auditórios, sala de impren- do volume de novos negócios realizados em sa, sala VIP e salão de coffee-break, o evento suas instalações. Só no ano passado, um to- contará também com uma área de exposição tal de R$ 43 milhões foram movimentados, de 9.040m², auditório com capacidade para aproximadamente R$ 5 milhões a mais que 800 pessoas e a crescente participação de no ano anterior. empresas, sindicatos, cooperativas e asso- A Expoanicer congrega expositores de várias ciações de todas as partes do mundo. nacionalidades que apresentam as últimas O Encontro Nacional é o principal evento do novidades em tecnologia e serviços do mer- setor, composto por aproximadamente 6.900 cado. A diretora comercial da Feira, Márcia empresas, que geram 293 mil empregos diretos, 900 mil indiretos e possui um faturamento anual de 18 bilhões de reais. O evento promove o debate entre empresários, sindicatos, associações, pesquisadores fornecedores, instituições públicas e privadas, organizações internacionais e consumidores. Este ano, conta com o apoio do Governo Federal, do Governo do Estado de Pernambuco, Pre- Sales, relata que até o fechamento dessa edição da Revista mais de 60% dos espaços já estão ocupados. “Os expositores trarão novos equipamentos, tecnologias e serviços, além de seus produtos de ponta. Entendo que o estande representa para as empresas uma extensão de suas fábricas, onde eles podem captar novos clientes e receber os ceramistas para realizar excelentes negócios”. feitura do Recife, Fiepe, Sebrae, ABNT, Eletro- Com projetos audaciosos e vitrines dire- bras e Caixa Econômica Federal. A CNI recen- cionadas à sedução do público ceramista, temente reconfirmou a parceria com a Anicer. os expositores apresentarão as novidades 16ª Expoanicer tecnológicas para áreas de produção, corte, secagem, carga e descarga, queima, paletiza- A Exposição de Máquinas, Equipamentos, ção e demais frentes de trabalho da cerâmica Produtos, Serviços e Insumos para a Cerâmi- vermelha, concorrendo na categoria melhor ca Vermelha vem, a cada ano, surpreenden- estande do Prêmio João-de-Barro 2013, que Revista da Anicer | nº 82 55 ENCONTRO NACIONAL Francisco Corrêa, assessor da Secretaria de Governo; Otiniel Barbosa; Cesar Gonçalves; Kilza Barbosa e Djalma Lima, gerente do Sindicer/PE Felipe Carreras, secretário de Turismo da Prefeitura do Recife reconhece e destaca personalidades, indústrias cerâmicas, instituições e fornecedores que contribuem com ações inovadoras e práticas de qualidade para a melhoria e o desenvolvimento do setor no Brasil. O melhor estande da 16ª Expoanicer será agraciado pelo Prêmio através da votação dos ceramistas durante o evento, considerando: beleza, inovação e atendimento. As inscrições já estão abertas no site www.anicer.com.br. Confira os preços promocionais antecipados e concorra a passeios em Porto de Galinhas Inscrições abertas para o Encontro Nacional Os interessados em participar do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha já podem realizar sua inscrição no hotsite do Evento. O período de inscrições com preços promocionais vai até o dia 20 de setembro. Aproveite, garanta sua participação no maior evento do setor e concorra a passeios em Porto de Galinhas com direito a acompanhante. Inscreva-se já! Acesse: www.anicer.com.br/encontro42 ou ligue: (21) 2524-0128. 56 Revista da Anicer | nº 82 Não deixe a qualidade fora da sua empresa! C onsiderado um dos pilares estratégicos para a evolução da qualidade no setor, os Programas Setoriais da Qualidade de Blocos e Telhas Cerâmicos, integrantes do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H), do Ministério das Cidades, avançam pelo País. Crescimento impulsionado por um intenso trabalho de difusão da Anicer, entidade mantenedora dos programas, que está mudando o padrão de qualidade dos produtos oferecidos no mercado. Você sabia? Pelo Código de Defesa do Consumidor, fabricantes e comerciantes devem fornecer produtos de acordo com as Normas Técnicas da ABNT. Isso é lei! Faça a adesão da sua empresa hoje mesmo! Ligue para a Anicer: +55 21 2524 0128 Consulte a lista das empresas qualificadas nos sites: www.anicer.com.br e www.cidades.gov.br/pbqp-h [email protected] 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Revista da Anicer | nº 82 24 57 25 SIMPÓSIO ABC realiza o 57º Congresso Brasileiro de Cerâmica Anicer e a ABC lançam a terceira edição do Prêmio Jovem Ceramista Por Carlos Cruz | Foto Carlos Cruz O presidente da ABC, Samuel Toffoli, ao centro, comanda a cerimônia de abertura do 57º Congresso Nacional da Cerâmica, em Natal (RN) 58 Revista da Anicer | nº 82 A 57º edição do Congresso Brasileiro de Cerâmica 60 anos de existência, a Associação continua firme teve como palco a cidade de Natal, no Rio Gran- em seu propósito de contribuir para o aperfeiçoamen- de do Norte, entre os dias 19 e 22 de maio deste ano, to do setor cerâmico brasileiro. Toffoli lamentou que, e contou com o apoio da Anicer. Realizado pela As- nos últimos anos, o número de associados tenha so- sociação Brasileira de Cerâmica – ABC, o congresso frido uma grande redução, o que comprometeu os re- teve o objetivo de promover a interação dos diversos cursos da ABC, e convidou os representantes da área setores envolvidos com o meio cerâmico, sendo eles industrial para o que chamou de uma reaproximação Indústrias, escolas técnicas, universidades, institutos com a casa. de pesquisas e fornecedores de matérias-primas, de O 2º vice-presidente da Anicer e presidente do Sin- equipamentos e insumos, contribuindo para o desen- dicato da Indústria Cerâmica para Construção do volvimento da cerâmica brasileira. Estado do Rio Grande do Norte – Sindicer/RN, Var- Este ano, o evento aconteceu simultaneamente ao gas Soliz Pessoa, foi uma das autoridades a compor 5° Congresso Ibero-Americano de Cerâmica, com o a mesa de abertura do 57º Congresso. Em seu dis- propósito de aumentar a integração e a cooperação curso, Pessoa falou sobre o peso da indústria cerâ- entre os 21 países da América Latina a partir da di- mica no momento atual em que o país se encontra fusão de conhecimentos das atividades e potencia- e da importância da realização do congresso no Rio lidades de cada um nessa área. Durante a cerimônia Grande do Norte. O presidente também aproveitou de abertura, na noite do dia 19, o presidente da ABC, a ocasião para lançar oficialmente a edição 2013 do Samuel Toffoli, agradeceu as parcerias que tornaram Prêmio Jovem Ceramista, uma iniciativa da Anicer em possível a realização do evento e afirmou que, após parceria com a ABC que busca promover a reflexão e a pesquisa, além de revelar e investir em novos talentos licos. Moya falou sobre o desenvolvimento de biocidas que procuram alternativas para solucionar questões da inorgânicos voltados principalmente à descontamina- indústria de cerâmica vermelha brasileira. Direcionado ção de ambientes hospitalares. Segundo o especialista, a estudantes técnicos e universitários em cerâmica, o os azulejos utilizados nas paredes dos hospitais são os prêmio estimula pesquisas direcionadas ao setor com principais responsáveis por 85% dos casos de infecção foco no aprimoramento do processo fabril. A premia- hospitalar, por representarem um ambiente propício ao ção, como de costume, será realizada na cerimônia de alojamento e à proliferação de bactérias. abertura do 42º Encontro Nacional da Indústria de Cerâmica Vermelha, no dia 25 de outubro, em Recife (PE). O primeiro colocado de cada área receberá um cheque no valor de hum mil reais, mais um tablet, um troféu e participação no Encontro (inscrição, passagens aéreas e hospedagem). O segundo e terceiro lugar receberão placas honoríficas. Todos os artigos premiados serão publicados na Revista da Anicer. A programação do congresso foi dividida em minicursos, pôsteres, palestras e painéis que abordaram assuntos como matérias-primas, sínteses de pós, gesso e cimento, revestimento cerâmico, refratários / isolantes térmicos, vidros, vitrocerâmicos e materiais correlatos, cerâmica termomecânica, cerâmica eletroeletrônica ou magnética, cerâmica nuclear, óptica e química, biocerâmica, arte e design, esmaltes, fritas e corantes, ceramo- Programação técnica foi destaque grafia, processamento e nanotecnologia. Com um amplo caráter técnico, o congresso debateu O engenheiro cerâmico da Anicer, Bruno Frasson, apre- temas de interesse para os diversos segmentos ce- sentou uma palestra no dia 21 sobre o estudo da viabi- râmicos (cerâmica vermelha e branca, materiais de lidade de utilização de areia de fundição em massa de revestimento, refratários, cerâmica técnica e novos cerâmica vermelha, o mesmo artigo que lhe conferiu o materiais) e temas comuns como energia, meio am- Prêmio Jovem Ceramista 2012, no evento realizado em biente, reciclagem, recursos minerais, inovação tec- Campo Grande (MS). Frasson, que desde fevereiro inte- nológica, qualidade e recursos humanos. gra a equipe da Anicer, aproveitou a ocasião para falar A palestra magna foi proferida pelo membro do Institu- sobre os projetos da Associação, entre eles, o “Cerâmica to de Ciência de Materiais de Madrid (ICMM-CSIC), José Sustentável é + Vida”, desenvolvido em parceria com o S. Moya, conhecido por desenvolver atividades cientí- Sebrae. O engenheiro também convidou os presentes ficas com foco principalmente em materiais cerâmicos a participarem do 42º Encontro Nacional da Anicer e a compostos, laminados, compósitos cerâmicos e metá- inscreverem artigos no Prêmio Jovem Ceramista O engenheiro cerâmico da Anicer, Bruno Frasson, apresenta o novo projeto da Associação desenvolvido em parceria com o Sebrae Vargas Soliz Pessoa, presidente do Sindicer/RN, convida os congressistas a participarem do Prêmio Jovem Ceramista Revista da Anicer | nº 82 59 NONONONONONNNOONO 60 Revista da Anicer | nº 82 Mercado e inovação Fachadas mais sustentáveis Enquanto a maioria das fachadas www.resdilrefratarios.com.br ventiladas requer sistemas de suporte de metal para pendurar a segunda pele, o SierraVent, produzido pela empresa Sierragres, é composto inteiramente de cerâmica, o que torna o sistema muito fácil de configurar e pode reduzir seu custo de instalação em até 70%. Linha de elementos vazados “Garrafeira” Grande característica da arquitetura moderna brasileira da década de 50, os elementos vazados são utilizados de maneira bastante versátil na arquitetura. A peça ao lado, produzida pela Cerâmica Forte, pode ser usada como cobogó ou como porta garrafas. Teto solar integrado com telhas cerâmicas A italiana Area Industrie Ceramiche uniu tradição e inovação ao desenvolver a telha Tegolasolare, que utiliza quatro células solares em uma telha cerâmica. Aproveitando-se da tecnologia fotovoltaica e graças a um sistema patenteado exclusivo, a peça é uma fonte de energia limpa FÁBRICA E VENDAS TELEFAX: (19) 3893-2888 email: [email protected] Rua Hamilton Bernardes, s/nº Cx. Postal 522 CEP 13920-990 Revista da Anicer | nº 82 61 Pedreira - SP Social 2 3 1 4 1 - Cesar Gonçalves, presidente da Anicer, brinca com a dançarina de frevo Josy Caxiado, que foi a Natal divulgar o Encontro de outubro em Recife 5 2 – Elsa Corrêa, da Cerâmica Elsa, posa para foto com Josy Caxiado 3 – Otiniel Barbosa, presidente do Sindicer/PE, e Josy Caxiado 4 – Elcio Souza (Filieri), Luiz Bisaccioni (Bonfanti), Antônio Soarez (Quality/RN), Luiz Soarez (Bonfanti), Raimundo Ferreira Neto (Quality/RN), Rivanildo Hardman (Cerâmica Vermelha/PA) e Nelson Faria (Brasenic) 5 – Igor Ribeiro, da Conterrânea Máquinas/Liugong, e seu vendedor 6 – Josy Caxiado posa no estande da Alutal com Alexandre, o “Fuca” 62 Revista da Anicer | nº 82 6 8 7 10 9 7 – Daniel Francallaci, da Boqcer, e equipe recebem ceramistas 8 – Clement Cardier e Carlos Eduardo Paranhos, do Grupo Qualicer, recebem visitantes no estande da empresa 9 – Sérgio Contieri, da WB Equipamentos Cerâmicos, e equipe com Clóvis D’Agostini, da Termocom 11 10– Vargas Soliz Pessoa, presidente do Sindicer/RN, com Cesar Gonçalves, Luis Lima e Fernando Ibiapina, da Anicer 11 – Fernando Ibiapina e Cesar Gonçalves com José Abílio e Jairo Cruz, do Sindicer/SE 12 – Helena Greco, da Carteira de Cerâmica do Sebrae Nacional, e Cesar Gonçalves 12 Revista da Anicer | nº 82 63 NOTÍCIAS DA ANICER Anicer leva ceramistas à Batimat 2013 Secretário da Anicer participa de debate no DF A Anicer está preparando uma nova comitiva de empresários brasileiros para visitar a maior e mais importante feira mundial da construção civil, a Batimat 2013, de 4 a 8 de novembro no Paris Nord Villepinte, em Paris, na França. Em parceria com a Ceric Technologies e tendo como agência de viagens oficial a LT Travel, a comitiva sairá de São Paulo no dia 2/11, chegando a Paris no dia seguinte e retornando ao Brasil no dia 10/11. Faça já a sua reserva no site da Anicer: www.anicer.com.br. Consultas e pagamento O 1º secretário da Anicer e presidente do Sindiceramica/CE, Fernando Ibia- parcelado com a agência. pina, participou, no dia 25 de abril, em Brasília, da terceira ação do Programa de Desenvolvimento Associativo naquela localidade este ano. O evento Associação reúne coordenadores do PSQ contou com a presença de cerca de 20 dirigentes sindicais. Na ocasião, Ibiapina destacou as conquistas do sindicato, que alcançou o número de 140 indústrias filiadas. O fato é creditado ao trabalho de disseminação da importância da sindicalização para a evolução do setor. Outra conquista foi a padronização do bloco cerâmico, que permitiu o aumento da competitividade do produto cearense diante do fabricado no restante do país. Parceria no Projeto Morrinho A Anicer se comprometeu em doar os tijolos cerâmicos necessários para a construção de uma instalação do Projeto Morrinho, em setembro deste ano, no Queens, EUA. A iniciativa se deu após a diretoria da Associação ler uma nota no Jornal O Globo sobre a dificuldade do projeto em Coordenadores estaduais dos PSQs de Blocos e Te- conseguir tijolos para montar uma minifavela que será exposta ao pú- lhas Cerâmicas se reuniram no dia 30 de abril, na blico americano. Esta é a segunda vez que a Anicer e o Projeto Morrinho sede da Anicer, no Rio de Janeiro, para receber informações gerais sobre o PBQP-H e sobre o novo regimento do SiMac. Além dos representantes dos estados do MS, RS, CE, SC e ES, também estiveram presentes o diretor de Relações Institucionais da Anicer, Luis Lima, a coordenadora da Associação, Sandra de Carvalho, e o representante da Entidade Gestora Técnica do Programa (Senai), Silvério Kopke, que apresentou os resultados da última ação de combate a não conformidade intencional no RS e os procedimentos gerais e específicos de trabalho. 64 Revista da Anicer | nº 82 firmam parceria. A primeira foi em 2007, com a doação de material para a construção da mesma instalação na Bienal de Veneza. São Paulo debate Normas de Telhas O Sindicercon-SP realizou, no dia 16 de maio, o workshop Padronização das Metodologias nas Normas de Telhas. O evento, que contou com o apoio da Anicer, aconteceu no Senai Ítalo Bologna, na cidade de Itu (SP), e foi voltado para coordenadores de laboratórios e laboratoristas. O objetivo foi harmonizar os critérios de realização de ensaios em telhas cerâmicas segundo a ABNT NBR 15310, com ênfase nas determinações das dimensões, galga mínima e rendimento médio. Crédito para o setor Sebrae prepara comitiva para o 42° EN O Sebrae-PB está montando uma comitiva de ceramistas, empresários e demais profissionais do setor para participar do 42° Encontro Nacional, que este ano será realizado de 25 a 28 de outubro no Recife (PE). Já estão confirmadas as cerâmicas São Jorge (SC), Cita (PB), Pontual (RN) e a Associação das Cerâmicas do Sertão da Paraíba (PB). O professor da Universidade Federal de Campina Grande, Carlos Lima, que desenvolve projetos na área, também confirmou sua Representantes da Anicer se reuniram, no dia 15 de maio, na participação na comitiva. sede da Associação, com o chefe da Divisão de Energia do INT, Maurício Henriques, e com Luiz Serrano, da WayCarbon, com o objetivo de desenvolver um projeto para atendimento pré-cre- Fundacer no ar dito aos ceramistas. A ideia é criar um escritório que ofereça O site da Fundação Nacional da Cerâmica – Fundacer já apoio jurídico, econômico e técnico para o desenvolvimento de está no ar. Para visitá-lo e conhecer detalhes dos principais projetos para acesso a crédito junto a linhas de financiamento projetos desenvolvidos, atendidos ou apoiados, acesse: do Banco do Nordeste. www.fundacer.org.br Revista da Anicer | nº 82 65 Eventos SEMINÁRIO: Ações e perspectivas para o Setor Cerâmico em Goiás Local: Expominas – Belo Horizonte/MG Local: FIEG – Goiânia/GO Data: 19/06 a 22/06 Data: 25/06 O Minascon 2013 é um evento unificado A necessidade de um evento de orienta- da Construção Civil e ponto de encontro ção multidisciplinar reunindo os ceramistas de todos os envolvidos na cadeia produti- do estado foi identificada pela direção do va do segmento. Consiste num conjunto Sindicer/GO. Entre os temas agendados e de mostras e palestras que trazem os que compõem a programação do seminário assuntos mais importantes do momento está a Norma Regulamentadora nº12, dando para a construção civil e a sociedade em continuidade aos seminários técnicos sobre geral. Importantes temas, como os liga- segurança no trabalho realizados pela Anicer palestras técnicas e de capacitação so- dos à sustentabilidade, fazem parte dos em parceria com sindicatos, cooperativas e bre processos cerâmicos, estimulando debates, levando em conta o cenário da associações de cerâmica vermelha, bem como a discussão de temas como eficiência construção e todas as suas implicações. federações, Sesi, Senai e Ministério do Trabalho. energética nas olarias, gerenciamento Promovido pela Fiemg, está completando sua décima edição. www.feiraconstruir.com.br/minas/ 66 EXPOCER 2013 MINASCON / CONSTRUIR MINAS 2013 Revista da Anicer | nº 82 Inscrições: fone (62) 3324-5768 ou pelo e-mail: [email protected] Local: Expo Unimed Curitiba – Curitiba/PR Data: 26/06 a 29/06 A Expocer – Feira de Fornecedores para a Indústria Cerâmica & Mineral faz parte do calendário dos grandes eventos realizados no Brasil e conta com a participação de empresas fornecedoras de vários segmentos da indústria ceramista. Simultaneamente à feira de negócios, serão realizadas de resíduos, qualidade na produção e normas técnicas brasileiras. www.montebelloeventos.com.br/ expocer/ Revista da Anicer | nº 82 66 Revista da Anicer | nº 82 67 NONONONONONNNOONO EM OUTUBRO A CERÂMICA VERMELHA INVADE O RECIFE! 25 a 28 d de outubro t b d de 2013 16ª Expoanicer Prêmio Jovem Ceramista Clínicas Tecnológicas Fóruns Visitas Técnicas Prêmio João-de-Barro Garanta a sua hospedagem! Hotel Distância CECON Transamérica Prestige (LUXO) (5*) Pacote de 4 noites por pessoa * 24/10/2013 a 28/10/2013 Noite extra por pessoa Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) Solteiro (R$) Duplo (R$) Triplo (R$) 9 Km R$ 2.296 R$ 1.220 - R$ 574 R$ 305 - Transamérica Prestige (SUP) (5*) 9 Km R$ 1.996 R$ 1.072 - R$ 499 R$ 268 - Beach Class Suites (4*) 10 Km R$ 2.132 R$ 1.080 - R$ 533 R$ 270 - Hotel Atlante Plaza (5*) 16 Km R$ 1.640 R$ 940 - R$ 410 R$ 235 - Hotel Jangadeiro (4*) 12 Km R$ 1.844 R$ 1.160 R$ 888 R$ 461 R$ 290 R$ 222 Vila Rica Hotel (4*) 15 Km R$ 1.624 R$ 904 - R$ 406 R$ 226 - Marante Plaza Hotel (4*) 9 Km R$ 1.500 R$ 828 R$ 744 R$ 375 R$ 207 R$ 186 Best Western Manibu Recife (4*) 11 Km R$ 1.500 R$ 816 - R$ 375 R$ 204 - Park Hotel (3*) 15 Km R$ 1.304 R$ 724 R$ 604 R$ 326 R$ 181 R$ 151 Recife Praia Hotel (3*) 8 Km R$ 1.256 R$ 688 R$ 576 R$ 314 R$ 172 R$ 144 Internacional Palace Hotel (4*) 14Km R$ 1.260 R$ 708 R$ 616 R$ 315 R$ 177 R$ 154 Mar Hotel Recife (4*) 16 Km R$ 1.188 R$ 668 - R$ 297 R$ 167 - * Valores com café da manhã incluído. Agência oficial: Luck Viagens [email protected] | + 55 81 3366 6200 | 3366 6222 68 Revista da Anicer | nº 82 www.anicer.com.br/encontro42 E-mail: [email protected] Encontro: +55 (21) 2262-0532 Anicer: +55 (21) 2524-0128