Descarregar Ficheiro - Biblioteca Pública e Arquivo Regional de

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Descarregar Ficheiro - Biblioteca Pública e Arquivo Regional de
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIREÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
BIBLIOTECAPÚBLICAEARQUIVOREGIONALDEPONTADELGADA
RELATÓRIODE
ATIVIDADES
2011
Rute Gregório e Iva Matos [Escolha a data] PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIREÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
SUMÁRIO
I.
Nota introdutória ……………………………………………………… 2
II.
Atividades desenvolvidas e recursos utilizados …………………. 4
1. Indicadores de gestão …………………………………………………………… 4
1.1 Recursos humanos ………………………………………………………………. 4
1.2 Recursos financeiros …………………………………………………………….. 4
1.2.1. Iniciativas culturais do plano …………………………………………….. 4
1.2.2. Atividades extra-plano ……………………………………………………. 6
1.2.3. Gestão corrente ……………………………………………………………. 6
1.2.4. Receitas …………………………………………………………………….. 7
1.3 . Recursos materiais ……………………………………………………………… 7
1.4 Estatística ………………………………………………………………………….. 7
1.4.1 Biblioteca …………………………………………………………………… 7
1.4.2 Arquivo ………………………………………………………………………. 9
2. Formação …………………………………………………………………………… 11
III.
Avaliação final
IV.
Anexos – fichas de relatório de ação
V.
Anexos – Documentos produzidos e/ou publicados pela BPARPDL
Relatório de Atividades – 2011
1
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIREÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
I – Nota introdutória
Este relatório tem como objectivo levantar e avaliar os resultados das ações realizadas no
ano de 2011 pela Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta delgada [BPARPDL]. Pela
análise da atividade realizada confronta-se a existência, ou não, de desfasamentos entre o
programado e o realizado no âmbito do no Plano de Atividades para o referido ano.
Numa breve e prévia análise conjuntural da BPARPDL, em termos de ambiente interno e
externo, detetaram-se e detetam-se vários fatores internos e circunstâncias externas favoráveis
e/ou desfavoráveis ao desempenho, como as que esquematicamente se apresentam pela
análise Swot abaixo.
Factores internos desfavoráveis ao
desempenho
Circunstâncias externas desfavoráveis ao
desempenho
Debilidades
Ameaças
Nem toda a documentação está tratada
Carência de um catálogo em linha do
arquivo
Falta de uma página Web apelativa e
moderna
Resistência à mudança
Falta de motivação e de envolvimento do
pessoal
Conflitos interpessoais
Falta de formação e de atualização de
conhecimentos
Acumular de processos contratuais de
recursos e serviços em falta
Falta de manuais de procedimentos
Conjuntura económica de crise
Orçamento
particularmente
reduzido
e
restrições ao nível da aquisição de
equipamentos
informáticos
e
novas
tecnologias
Estruturas
físicas
complexas
e
compartimentadas / compartimentadoras
Limitações no acesso e na oferta de formação
em áreas técnicas essenciais
Multiplicidade de frentes de trabalho e serviço
público
Morosidade e dificuldades ao nível do apoio
jurídico-administrativo
Excesso de burocratização
Relatório de Atividades – 2011
2
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BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Factores internos favoráveis ao
desempenho
Factores externos favoráveis ao
desempenho
Fortalezas
Oportunidades
Existência de rede informática
Localização central do edifício
Serviço de empréstimo
Reconhecimento da atividade pelo público
Abertura ao sábado
Livre acesso
Multiplicidade de serviços prestados
Conhecimentos e competências adquiridas
Riqueza e diversidade do acervo documental
Os contingentes populacionais abrangidos pelos serviços da BPARPDL são os cerca de
65 800 habitantes do concelho de Ponta Delgada e os 137 187 (censos 2001) habitantes das
ilhas de Santa Maria e São Miguel no concernente em particular à área funcional arquivo
(regional).
Atualmente a BPARPDL tem 6836 leitores inscritos e registou, neste ano de 2011, um
crescendo de 824 novos cartões de leitor.
Relatório de Atividades – 2011
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II – ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS E RECURSOS UTILIZADOS
1 - INDICADORES DE GESTÃO
1.1.
RECURSOS HUMANOS
Para o respetivo funcionamento a BPARPDL contou com um total de 44 funcionários,
incluindo o dirigente máximo do serviço. Entre estes, 39 pertencem ao quadro de ilha, 1 está em
regime de contrato (até 31 de março de 2012), existe 1 assistente técnico em regime de
mobilidade (até 31-08-2012) e outro ao abrigo do programa PROSA.
Em termos funcionais organizou-se a partir de 1 diretor de serviços, destacado em comissão
de serviço, 1 chefe de divisão, 8 técnicos superiores de biblioteca (incluindo nesta categoria 1
educadora de infância), 4 técnicos superiores de arquivo, 9 assistentes técnicos de biblioteca, 4
assistentes técnicos de arquivo, 3 assistentes operacionais (digitalização e apoio à infantil e
arquivo), 4 assistentes técnicos afetos à secretaria, 1 assistente técnico que dá apoio à
informática, 2 assistentes operacionais em funções de auxiliar administrativos e para diversas
atividades, 1 assistente operacional para reprografia, encadernação e outros, 1 assistente
operacional em funções de portaria e telefone, 2 assistentes operacionais em funções de
higiene e limpeza.
A BPARPDL contou também com a colaboração de 1 responsável pela manutenção do
edifício e equipamentos, 1 jardineiro, acrescendo os serviços de empresa de limpeza (cerca de
2h /dia e sábados) e de empresa de segurança.
Desde o início de 2010 que integra, igualmente, a colaboração de 1 jovem ao abrigo do
programa PROSA / parceria com a Associação de Autismo.
1.2.
RECURSOS FINANCEIROS
1.2.1. INICIATIVAS CULTURAIS DO PLANO
As verbas afetas ao desenvolvimento das iniciativas culturais advêm do plano a médio
prazo da Direção Regional da Cultura.
Relatório de Atividades – 2011
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A dotação inicial prevista para a BPARPD foi de 45 000€, revista para 67 703€,
registando-se uma taxa de execução de 100%. As fichas de avaliação do projeto (em anexo)
contêm na íntegra informações sobre as iniciativas inseridas no plano de atividades
1. REQUALIFICAÇÃO DA SALA TEÓFILO BRAGA - atividade 1
Previstos
Realizados
15 000€
17 892,53€
2. COMEMORAÇÃO DO DIA MUNDIAL DO LIVRO com a edição de uma antologia de poemas sobre os
Açores de João Miguel Fernandes Jorge – atividade 2
Previstos
Realizados
5 000€
4 897,99€
3. EXPOSIÇÃO “SÍNTESES AFETIVAS: TEÓFILO BRAGA E OS CENTENÁRIOS” – atividade 3
Previstos
Realizados
15 000€
31 349,70€
4. EXPOSIÇÃO “A IMPRENSA MICAELENSE E A REPÚBLICA” = “O FÚTIL E O ÚTIL: APELOS DA
PUBLICIDADE NA 1ª REPÚBLICA” - atividade 4
Previstos
Realizados
15 000€
11 073,74€
5. EXPOSIÇÃO DE FOTOGRAFIA CARLOS MEDEIROS – atividade 5
Previstos
Realizados
1 000€
2
154,35€
6. VITRINAS BIBLIOGRÁFICAS ACOMPANHADAS DE BROCHURAS E FOLHETOS - atividade 6
Previstos
Realizados
1 000€
132,94€
Relatório de Atividades – 2011
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7. A REPÚBLICA EM DEBATE – ATIVIDADE COMEMORATIVA DO CENTENÁRIO DA REPÚBLICA –
atividade 7
Previstos
Realizados
3 000€
44,85€
8. CICLOS DE CINEMA – atividade 8
Previstos
Realizados
500 €
631,66€
1.2.2. AQUISIÇÃO DE CONTEÚDOS NO ÂMBITO DO PLANO
A aquisição de conteúdos teve uma taxa de aquisição de 100%, com uma verba inicial de
20 000€ que se aplicou em material livro (18 459,09€) e não – livro (1 540,91€).
1.2.3. ATIVIDADES EXTRA PLANO
9. MESA-REDONDA: OS CANTOS E MOSTRA DOCUMENTAL EBIBLIOGRÁFICA “OS CANTOS NA
BPARPD” – atividade 9
Previstos
Realizados
3 500€
2 227,17€
1.2.4. GESTÃO CORRENTE
Ao nível da gestão corrente, a dotação inicial da BPARPDL foi de 1 157 155,00€ e a
dotação revista de 1 188 301,00€. Os valores executados contabilizaram-se em 1 178 351,60€,
com saldo acumulado de 9 949,40€. A taxa de execução foi de 99,16%.
Dotação inicial
Dotação revista
1 157 155,00€
1 188 301,00€
Valores executados
1 178 351,60€
Relatório de Atividades – 2011
Saldo
acumulado
9 949,40€
Taxa de execução
99,16%
6
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1.2.4. RECEITAS
No quadro da atividade de reprodução documental, formal e/ou informal, com fotocópias,
digitalizações e certidões, a BPARPDL apresentou a receita de 5 720,53€.
ITEM
RECEITA
Certidões
2 390,60€
Digitalizações
991,92€
Fotocópias
1.3.
2 338,01€
RECURSOS MATERIAIS
1.3.1. AQUISIÇÃO DE CONTEÚDOS
Os recursos materiais previstos foram os utilizados na aquisição de material livro e não livro. A verba destinada para as aquisições foi de 20 000€, teve uma taxa de execução de 100%
e concretizou-se no valor de 18 459,09€ para o material livro e de 1 540,91€ para o material
não-livro.
1.4. ESTATÍSTICAS RELATIVAS AO REGISTO DE UTIZADORES – 2011
1.4.1. BIBLIOTECA
Ao nível da área funcional biblioteca, a BPARPDL registou 44 499 utilizadores,
contabilizou 824 novos cartões de leitor e disponibilizou 34 073 documentos.
total
ACTIVIDADES
MESES UTILIZADORES DOCUMENTOS DOMICILIÁRIO documentos NOVOS
INTERNET ACTIVIDADES P. LEITURADocumentos
(emp+salas) LEITORES
UTILIZADORES AUDIOVISUAIS
JAN
3596
1609
1221
2830
55
1018
433
150
342
FEV
MAR
ABR
MAI
3422
4099
4689
3997
2123
2256
2016
1740
992
1218
1085
1293
3115
3374
3101
3033
46
76
40
68
Relatório de Atividades – 2011
1012
1300
1954
1933
645
699
675
855
152
235
168
180
237
220
232
251
7
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DIREÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
JUN
JUL
AGO
SET
OUT
NOV
DEZ
TOTAL
3789
3898
3802
3864
3279
3096
2968
44499
2004
1150
1185
1302
2311
2217
1916
21829
792
597
674
907
1347
1286
932
12344
2796
1747
1859
2209
3658
3503
2848
34073
72
35
30
127
124
96
55
824
1543
1671
1143
1064
911
970
538
15057
698
367
423
556
677
423
1099
7550
113
0
0
124
178
109
40
1449
205
192
165
75
86
129
141
2275
DOMICILIÁRIO = NÚMERO DE DOCUMENTOS EM EMPRÉSTIMO DOMICILIÁRIO
DOCUMENTOS = MATERIAL NÃO LIVRO JÁ INCLUIDO NOS DOCUMENTOS COM O SUBTOTAL NA COLUNA " documentos
audiovisual"
ACTIVIDADES = NÚMERO DE UTILIZADORES EM ATIVIDADES DIVERSAS INCLUINDO A PROMOÇÃO DA LEITURA
TOTAL = TOTAL ANO
Relativamente à variação anual utilizadores/documentos, março, abril e maio
apresentaram os maiores níveis de utilizadores (azul escuro), utilização de documentos
(castanho), uso de documentos audiovisuais (verde), empréstimo domiciliário (roxo) e uso da
Internet (azul claro).
No âmbito das atividades desenvolvidas na BPARPDL, nomeadamente da promoção da
leitura, registaram-se sessões com 1 449 jovens utilizadores. O período de julho e agosto revela
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a fase mais baixa de adesão neste conspecto e no âmbito das atividades destaca-se a adesão
dos meses de março, abril, maio, junho, outubro e dezembro.
1.4.2. ARQUIVO
No quadro da área funcional arquivo contabilizaram-se 364 clientes presenciais e 68
remotos. Fizeram-se 1 927 fotocópias, 1 157 digitalizações e 196 certidões.
Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Totais
CLIENTES
CLIENTES
CERTIDÕES FOTOCÓPIAS DIGITALIZAÇÕES
PRESENCIAIS REMOTOS
30
3
10
237
0
40
6
12
189
323
13
4
3
82
0
37
6
15
93
318
36
4
14
143
215
41
3
26
174
96
23
10
13
111
7
37
7
15
405
0
33
5
24
154
90
32
12
19
218
81
24
4
31
54
27
18
4
14
67
0
364
68
196
1927
1157
PESQUISAS
SEM EXITO
0
1
0
2
1
1
8
5
3
4
0
0
25
Ao nível das espécies e/ou fundos documentais, foram consultados maioritariamente os
fundos paroquiais (PRQ) e com segunda maior incidência os notariais (NOT).
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No tocante ao comportamento das consultas (espécies/leitores), os meses de março,
outubro e novembro traduzem os maiores níveis de frequência/uso.
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2. FORMAÇÃO
Deu-se formação interna aquando da introdução do SGC, entre 2 a 11 de maio, com a
colaboração da DRCTC e da Dr.ª Margarida Raimão Pires, destinada a todos os assistentes
técnicos e técnicos superiores. Reforçou-se esta formação com outra ministrada por Hélder
Pereira e destinada aos assistentes técnicos administrativos e aos técnicos superiores. Esta
decorreu nas manhãs de 5 a 9 e de 12 a 15 de dezembro, sendo cada colaborador abrangido
por 2 sessões (2 manhãs).
Foi promovida uma pequena sessão de formação interna na área de pessoal, plataforma
da SIGHRARA no dia 2 de setembro, de manhã, com a colaboração de Gilda Coelho da
DROAP. Esta sessão deu apoio à funcionária Graça Ferreira, Hélder Pereira e Dulce Andrade
da Silva, bem como às colaboradoras do Museu Carlos Machado, Maura Ponte e Maria de
Jesus.
Vários colaboradores internos frequentaram ainda 10 ações de formação externa sem
custos diretos para a BPARPD. As acções de formação, cursos, encontros regionais e outros
foram promovidos dentro do horário de trabalho. As entidades promotoras das referidas ações
foram o CEFAPA, SINTAP e a BAD.
III. AVALIAÇÃO FINAL
Em termos gerais a BPARPDL cumpriu o plano de atividades previsto para 2011, tendo
executado a verba atribuída inicialmente e sendo ainda beneficiada por um crescendo de 22
703€ para o cumprimento do plano de atividades.
Para estanteria, desinfestação e intervenção ao nível do combate anti-xilófagos, ainda
contou com um investimento acrescido da DRaC, no final do ano, no valor aproximado de 60
000€.
Como se poderá ainda verificar pelas fichas de relatório de ação (Anexo IV), o tratamento
técnico de biblioteca e arquivo continuou a desenvolver-se a bom ritmo, tendo sido revistos 13
827 registos do Bibliobase, 4 002 do Digitarq e introduzidos 16 447 novos registos no primeiro
caso e 10 000 no segundo.
Relatório de Atividades – 2011
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Também foi reorganizado, em grande escala, 1 dos depósitos afeto aos periódicos, bem
como se iniciou a reorganização do depósito do fundo geral, com a arrumação da literatura em
braille e a seleção de documentação ainda não tratada. Igualmente se investiu
empenhadamente nas incorporações obrigatórias e na integração de arquivos privados e de
livrarias particulares, conforme anexo IV.
Ao nível da divulgação e apoio às atividades realizadas houve uma resposta de 100%.
Igualmente de destacar as iniciativas da seção infantil e juvenil/multimédia, salientando-se aqui
a cooperação com os estabelecimentos de ensino e a promoção de ciclos de cinema.
Em termos administrativos foi implementado o uso do SGC, sistema no qual a
documentação da BPARPDL é classificada e parte dela organizada em processos, o SIGRARA
e SAGE NEXT, o que implicou um esforço de atualização/formação acrescido de todos os
profissionais, com especial relevância dos administrativos e do técnico ligado à informática.
ANEXOS:
IV. Anexos – fichas de relatório de ação
V. Anexos – Documentos produzidos e/ou publicados pela BPARPDL
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IV. Anexos – fichas de relatório de ação
2011
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BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 1.1.
Objectivo Estratégico: Aumentar a eficácia dos serviços DRAC
Objectivo Operacional: Agilizar o processo burocrático reduzindo os custos com papel
Indicador (s) : grau de execução das tarefas
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das atividades propostas
Designação
Instalação do SGC
Designação
Projetos**
Intervenientes
Iva Matos
Hélder Pereira
Organização do processo de instalação
Intervenientes
Iva Matos
Hélder Pereira
João Ventura
Pedro Coelho
Formação interna
Iva Matos
Hélder Pereira
Resultados
Local
Instalado e a funcionar a 1 de maio de
2011
BPARPD
Local
Realizado em março e abril
Realizado
2 a 11 de maio
5 a 9 e 12 a 14 de dezembro
Intervenientes
Configuração e instalação de software
Hélder Pereira
Pedro Coelho
Orçamento
interno
Custo
BPARPD
DRAC
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Local
Realizado em janeiro de 2011
Custo
BPARPD
Custo
Orçamento
interno
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Organização
dos
procedimentos
formação interna.
Execução da formação interna
para
Hélder Pereira
Glória Silva
Sânia Aguiar
Dulce Andrade
Iva Matos
Técnicos superiores de
arquivo
Realizado em maio 2011
(2 a 11 de maio)
24 de maio
15
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
BPARPD
Orçamento
interno
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 1.2
Objectivo Estratégico: Aumentar a eficácia dos serviços DRAC
Objectivo Operacional: Elaborar e executar instrumentos de gestão para aumentar a eficácia deste serviço
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das atividades propostas e com o número de participantes estimado
Designação
Plano de actividades 2012
Relatório anual de actividades 2010
Gestão administrativa e orçamental
Projetos
Intervenientes
Rute Gregório
Iva Matos
Carlos Riley
Iva Matos
Carlos Riley
Dulce Andrade
Sânia Aguiar
Glória Silva
Iva Matos
Resultados
Local
Enviado a 15 de novembro de 2011,
SE/2010/1067.
BPARPD
Orçamento
interno
Enviados os dados em janeiro de 2011
para o diretor Carlos Riley
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Cumpridos todos os procedimentos
administrativos relativos à gestão
administrativa e orçamental.
16
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
Custo
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Iva Matos
Gestão de recursos humanos
O
incumprimento
das
normas
estabelecidas no que respeita ao
cumprimento
de
horários
foi
minimizado no entanto não se
conseguiu fomentar a motivação.
Procedeu-se ao abate de todo o
Mário Duarte
equipamento obsoleto da BPARPD no
Hélder Pereira
final do ano.
Iva Matos
Iniciativas/Ações
Intervenientes
Resultados
Gestão e manutenção de equipamentos
Designação
Livro de reclamações
Respondeu-se formalmente a todas as
reclamações no prazo de 5 dias úteis.
Implementou-se o novo sistema de
gestão de reclamações.
Tratamento
BPARPD
Reuniu-se mensalmente o tratamento
estatístico das diversas salas no
entanto a área de arquivo enviou
diretamente
para
os
serviços
administrativos.
Iva Matos
dos
dados
estatísticos
da
Inserção dos dados estatísticos relativos à
sala infantil
Inserção dos dados estatísticos relativos à
Iva Matos
Rotinas
Intervenientes
Resultados
Fátima Leandro
Inseridos sempre até ao 5 dia útil do
Cristina Macedo
mês seguinte.
Iva Matos
Inseridos até ao final do ano.
17
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Local
Custo
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Local
BPARPD
BPARPD
Custo
Orçamento
interno
Orçamento
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
sala de leitura
interno
Inserção dos dados estatísticos relativos à
sala multimédia
Zenaida Oliveira
Inseridos até ao 5 dia útil do mês
seguinte.
BPARPD
Orçamento
interno
Inserção dos dados estatísticos relativos ao
arquivo e envio para a secretaria
Pedro Medeiros
Margarida Oliveira
Jorge Mello-Manoel
Inseridos até ao 5 dia útil do mês
seguinte.
BPARPD
Orçamento
interno
18
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 1.3
Objectivo Estratégico: Aumentar a eficácia dos serviços DRAC
Objectivo Operacional: Realizar um serviço de atendimento ao público com qualidade e eficácia
Indicador (s): grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das atividades propostas
Designação
Resolução e resposta a todos os pedidos de
pesquisa com vista à execução de fotocópias /
certidões de documentação de arquivo
Resolução e resposta de todos os pedidos de
pesquisa de documentação de biblioteca.
Rotinas
Intervenientes
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Pedro Medeiros
Luisa Noronha
Todos os técnicos superiores
de Biblioteca e assistentes
operacionais que fazem
atendimento conforme escala
Resultados
Execução de 100% dos pedidos
Execução de 100% dos pedidos
19
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
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Local
BPARPD
BPARPD
Todas as
salas
Custo
Orçamento
interno
Orçamento
interno
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
a aprovar periodicamente
pelo Diretor
Relatório de ação 2.1
Objectivo Estratégico: Consolidar a inventariação dos acervos culturais e artísticos da região, como instrumento para a tomada de medidas de
preservação, divulgação e incremento
Objectivo Operacional *: Informatizar os acervos documentais e requalificar espaços realizando o tratamento técnico documental adequado
Indicador (s)*: grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Cumprir com a realização das atividades propostas
Designação
Requalificação do depósito 7 do piso 4º
Projetos**
Intervenientes
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Pedro Medeiros
Luisa Noronha
Odília Gameiro
Iva Matos
Resultados
Não foi reorganizar o espaço
do depósito de modo a
convertê-lo em depósito de
arquivos pessoais, apenas
foram feitas pequenas obras e
montagem de estantes pelo
20
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Local
BPARPD
Custo
Orçamento
interno
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Técnico
Medeiros
Carlos Riley
Rentabilização da informação e do espaço nas bases de
dados em BIBLIOBASE para melhorar a recuperação da
informação.
Correcção e disponibilização da base em DIGITARQ e das
imagens digitais na página da BPARPD.
Designação
Iva Matos
Francisco Silveira
Susana Cabral
Catarina Pereira
Maria José Duarte
Válter Rebelo
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Helder Pereira
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Pedro Medeiros
superior
Pedro
Analisadas as bases de dados
em
BIBLIOBASE
de
monografias.
Foi feita a correção com
critérios de uniformização na
base infantil. Na base Fundo
geral foram revistos, 13.827
registos
em
2011,
uniformizando no catálogo
entradas
por
autor
(alfabeticamente), assuntos e
corrigindo erros ortográficos
Procedeu-se à correção de
5% dos registos migrados
(total de 4002 registos) e
foram introduzidos cerca de
10.000 registos novos no
DIGITARQ.
Não foi disponibilizada na
página da BPARPD
Iniciativas/Ações ***
Intervenientes
21
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Resultados
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Local
Custo
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Formação Bibliobase – módulo de catalogação e pesquisa
Todos os técnicos
superiores e assistentes
técnicos afectos à área de
Biblioteca
Não
foi
realizada
nenhuma formação por
indisponibilidade
financeira e por falta de
resposta da DRaC em
relação ao contrato de
manutenção com a GUIA
BPARPD
ou sala
BAD
Orçamento
interno
Francisco Silveira
Foi feita na totalidade a
revisão e correção das
entradas por autor da
letra A.
BPARPD
Orçamento
interno
Maria José Duarte
Iva Matos
Graça Melo
António Correia
Natividade Sampaio
Não
foi
feita
a
reorganização
dos
registos dos periódicos
numa única base de
dados, alegadamente por
falta de formação.
BPARPD
Orçamento
interno
Margarida Oliveira
Foram
revistos
e
corrigidos 1555 registos.
BPARPD
Orçamento
interno
Foram
BPARPD
Orçamento
Base de dados Fundo Geral
Bases de dados de periódicos
Bases de dados infanto – juvenil
22
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revistos
e
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Base de dados audiovisual
Tratamento técnico documental da livraria particular Teófilo
Braga
Tratamento técnico documental da informação digital –
biblioteca digital
Tratamento técnico documental
Armando Cortes Rodrigues
da
livraria
particular
Tratamento técnico documental da livraria particular Mota
Amaral
Filomena Almeida
Zenaida Oliveira
corrigidos 1566 registos.
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Madalena Gonçalves
Foi
concluído
o
tratamento
técnico
documental.
Válter Rebelo
Foram tratados 23 títulos
de periódicos.
Iva Matos
Catarina Pereira
Francisco Silveira
Válter Rebelo
Sofia Florindo
Margarida Oliveira
Tratamento técnico e acondicionamento da cartografia da
interno
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Catalogação e indexação
de 3714 registos ACR.
BPARPD
Orçamento
interno
Não foi realizado a
catalogação da classe 0
que
se
encontra
acondicionada
em
depósito.
Foram
introduzidos 236 registos.
BPARPD
Orçamento
interno
Realizado o tratamento
BPARPD
Orçamento
23
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livraria Ernesto do Canto.
Francisco Silveira
interno
técnico documental de
100% da cartografia.
Não foi adquirido o móvel
de gavetas específico
para o efeito.
Tratamento técnico documental da colecção do Dr. José
Afonso Botelho de Andrade.
Reorganização da documentação em livre acesso
Gestão das bases de dados do empréstimo domiciliário
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Organizada na totalidade
por
tipologias
documentais
e
catalogadas e indexadas
390 monografias.
Iva Matos
Susana Cabral
Válter Rebelo
Marta Travassos
Isaura Costa
Luís Mendonça
Não foi revista a classe 8
Filomena Almeida
Iva Matos
Zenaida Oliveira
Realizada a recuperação
de 98 livros em atraso de
344 dos livros em atraso
no ano 2010.
BPARPD
BPARPD
24
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Fax 296 281 216
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BPARPD
Orçamento
interno
Orçamento
interno
Orçamento
interno
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
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Base de dados – tabela CDU – instrumento de trabalho
para classificação.
Fundo particular – Hintze Ribeiro
Foi
concluída
a
introdução de registos na
base de dados que
contém a tabela CDU.
Iniciou-se a introdução
numa base de dados de
registos de pseudónimos.
Iva Matos
André Bicudo
Odília Gameiro
Pedro Medeiros
Margarida Almeida
Jorge Mello-Manoel
Luísa Noronha
Conclusão do tratamento
técnico documental do
espólio Hintze Ribeiro
Introduziram-se 48 peças
no DIGITARQ.
Fundo particular Armando Cortes Rodrigues
Fundo BPARPD
Jorge Mello-Manoel
Gilberta Almeida
Foi inventariado 36%
num total de 157 unidades
arquivísticas.
Fundo do Governo Civil
Margarida Almeida
Realizado
25
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o
BPARPD –
depósito 2
BPARPD
Orçamento
interno
Prosa /
parceria com
associação
Autismo
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
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Fundo do Tribunal do Nordeste e Vila Franca do Campo
Fundo do Tribunal da Comarca de Ponta Delgada
Designação
Montagem e Instalação de estantes.
Mudança e acondicionamento de material.
Limpeza de depósitos
Madalena Costa
Conceição Medeiros
Pedro Medeiros
Margarida Almeida
Manuela Raposo
Rotinas****
Intervenientes
Pedro Medeiros
João Rocha
José Leal
António Pereira
Ana Ponte
Rosa Borges
acondicionamento de 70%
da
documentação
e
introduzidas
no
DIGITARQ 995 unidades
do fundo.
Acondicionamento
e
conferência de 100% do
fundo
incorporado
e
inventariação parcial.
Acondicionamento
e
conferência de 100% do
fundo
incorporado
e
inventariação parcial.
interno
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
resultados
Local
Custo
Realizada a montagem e
limpeza do espaço e de
todas as estantes do
depósito 7 – piso 4º
BPARPD
Orçamento
interno
26
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Relatório de Ação 2.2
Objectivo Estratégico: Consolidar a inventariação dos acervos culturais e artísticos da região, como instrumento para a tomada de medidas de
preservação, divulgação e incremento
Objectivo Operacional *: Incrementar o património cultural da BPARPD
Indicador (s)*: grau de execução das tarefas
Meta (s)*: Cumprir com a realização das atividades propostas
Designação
Incorporação do espólio Natália Correia
Iniciativas/Ações **
Intervenientes
Odilia Gameiro
Pedro Medeiros
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Resultados
Local
Custo
Foi feito o recepcionamento,
acondicionamento
e
conferência
do
espólio
recepcionado da BNP.
BPARPD
Orçamento interno
Aquisições de monografias e conteúdos audiovisuais
Susana Cabral
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Execução da verba a 100%.
BPARPD
Aquisições de periódicos
Maria José Duarte
Executada a verba a 96%,
BPARPD
27
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20 000€
(Plano a Médio
Prazo 02 acção J)
4 396,35€
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mantendo atualizados
títulos em aquisição
Incorporação obrigatória de fundos arquivísticos
Doações de monografias
Teófilo Braga – espólio documental
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Pedro Medeiros
Iva Matos
Francisco Silveira
Previsto para ser
executado pelos técnicos
superiores: Jorge MelloManoel
Margarida Almeida
os
Foram
rececionados,
acondicionados, expurgados
e inventariados os fundos
que se consideraram em
condições
de
serem
incorporados.
Conferir
iniciativas/ações
deste
relatório – ponto 2.1
Foi feita a análise de todas
as ofertas e foram tomadas
as decisões face aos
espólios já existentes. Total
de 3 livrarias analisadas na
residência do interessado e
cerca de 5 pedidos na
própria BPARPDL.
Recepção
e
acondicionamento
do
arquivo Teófilo Braga (PR)
numa tarde tendo sido
necessário realizar horas
28
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(Plano a Médio
Prazo 02 acção J)
2 274,72€
(Orçamento
interno)
BPARPD
BPARPD
BPARPD
Orçamento interno
Orçamento interno
Orçamento interno
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
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Requalificação da sala Teófilo Braga
Designação
Pedro Medeiros, mas
executado por:
Iva Matos
Francisco Silveira
Catarina Teixeira
Margarida Oliveira
Cristina Macedo
Conceição Medeiros
Graça Melo
Carlos Riley
Iva Matos
Francisco Silveira
Válter Rebelo
Catarina Pereira
João Rocha
Mário Duarte
Designer
Rotinas ***
Intervenientes
Loja da cultura – manutenção do espaço e controlo de
actividade
Maria José Duarte
Edna Melo
extraordinárias que
pagas em folgas
foram
Foi feita no ano 2011 a
instalação
da
livraria
particular em sala própria e
produção de apontamento
museográfico. Não contou
com a colaboração de Iva
Matos.
BPARPD
Resultados
Foi feito o envio atempado
do registo de movimento
da loja; controlo de stocks.
Iniciou-se a gestão das
contas da loja através do
programa SAGE-NEXT.
29
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17 892,53€
(Plano a
Prazo)
médio
Local
Custo
BPARPD
Orçamento
interno e
Plano
a
médio prazo
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Expurgo das incorporações de documentação de biblioteca
e arquivo
Iva Matos
Francisco Silveira
Odília Gameiro
Catarina Pereira
Madalena Gonçalves
Jorge Mello-Manoel
Margarida Almeida
Pedro Medeiros
Mário Duarte
João Rocha
António Pereira
Foram realizados 5 ciclos
de
expurgo
conforme
rotina
estabelecida
e
conforme as prioridades
definidas pela Direção.
Relatório de Ação 3.1
Objectivo Estratégico: Aumentar o consumo cultural de cariz erudito e intelectual
Objectivo Operacional: Realizar actividades que promovam o consumo cultural dos bens de cariz erudito e intelectual.
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participantes estimado
30
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BPARPD
4.153,85 € do
orçamento
interno
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Projetos**
Designação
Intervenientes
Resultados
Local
Comemoração do dia mundial do livro com a
edição de uma antologia de poemas sobre os
Açores de João Miguel Fernandes Jorge
Carlos Riley
Iva Matos
Publicado o livro e realizada a sessão
de lançamento a 28 de abril.
BPARPD
Carlos Riley
Iva Matos
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Francisco Silveira
Pedro Medeiros
Atividade substituída pela Mesaredonda: Os Cantos e Mostra
Documental e Bibliográfica: “Os Cantos
na BPARPD”.
Bibliotecas e Arquivos: o peso do património e
a fragilidade do suporte
Mesa redonda sobre a importância do papel
no
património
regional:
conservação,
acondicionamento e preservação deste tipo de
material.
Este evento assinalará o 10º aniversário da
mudança de instalações da BPARPD e
contará com a participação de bibliotecários e
arquivistas conceituados a nível nacional.
Publicação de uma brochura (mesa redonda).
BPARPD
Custo TOTAL
do projecto
4 897,99€
(Plano a
médio prazo
Projeto 01,
ação F)
2 227,17€
(Plano a
médio prazo
Projeto 01,
ação F)
Iniciativas/Ações ***
Designação
Intervenientes
Carlos Riley
Resultados
Realizado durante o mês de Março.
31
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Fax 296 281 216
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Site: www.bparpd.azores.gov.pt
Local
BPARPD
Custo
(incluído no
custo total do
projecto)
---
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
João M.F. Jorge
Selecção e organização dos poemas
Divulgação e preparação dos eventos
Edição do livro
Edição da brochura relativa à mesa redonda
/colóquio
Tratamento de toda a logística dos dois
eventos – deslocações, estadia e requisições
Margarida Oliveira
Divulgar e preparação do evento
Filomena Almeida
imediatamente
anterior
à
sua
Designer
realização.
Carlos Riley
Organização, paginação e trabalho
João M.F. Jorge
com a gráfica realizada durante o mês
Designer
de Março e Abril.
Gráfica
Carlos Riley
Iva Matos
Catarina Pereira
Não realizado.
Designer
gráfica
Rotinas****
Intervenientes
Resultado
Sânia Aguiar
Não realizado.
32
Largo do Colégio
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Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
BPARPD
Gabinete
técnico
---
BPARPD
---
---
Local
Secretaria
Custo
---
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 3.2
Objectivo Estratégico: Aumentar o consumo cultural de cariz erudito e intelectual
Objectivo Operacional: Realizar exposições temporárias e circulação de bens patrimoniais de modo a promover o consumo cultural dos bens de cariz
erudito e intelectual
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa cumprimento de prazos
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participantes estimados
Projetos**
Designação
Sínteses afectivas:
centenários
(exposição)
Teófilo
Intervenientes
Braga
e
os
Exposição Fotografia – Guilherme Figueiredo /
Margarida Maia
Maria Isabel João
(comissária)
Carlos Riley
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Válter Rebelo
Carlos Riley
Iva Matos
Resultados
Local
Custo TOTAL
de cada
projecto
Foi realizada a concepção, planificação
e execução de uma exposição sobre a
figura, espólio e relevância de Teófilo
Braga a inaugurar no dia 25 de Março.
BPARPD
Corredor
31 349,70€
(Plano a
médio prazo
Projeto 01,
ação F)
Atividade não realizada
BPARPD
Corredor
1.000€
Plano a
médio prazo
33
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Projecto 01,
acção F
Exposição “A imprensa micaelense e a
República”
Alterada para: O fútil e o Útil : apelos da
publicidade na 1ª república
Exposição Fotografia – Carlos Medeiros
Vitrinas bibliográficas – acompanhadas de
publicação de brochuras / folhetos alusivas ao
conteúdo das mesmas
Carlos Enes
(comissário)
Carlos Riley
Iva Matos
Rute Gregório
Foi realizada a concepção, planificação
e execução da exposição que
inaugurou a 12 de novembro.
BPARPD
Corredor
Carlos Riley
Iva Matos
Realização da concepção, planificação
e execução de uma exposição de
fotografia Agosto a Outubro.
BPARPD
Corredor
Carlos Riley
Iva Matos
Francisco Silveira
Concepção, planificação e execução
de vitrinas bibliográficas ao longo do
ano.
BPARPD
11 073,74€
(Plano a
médio prazo
Projeto 01,
ação F)
2 154,35€
(Plano a
médio prazo
Projeto
01,
ação F)
132,94€
(Plano a
médio prazo
Projecto 01,
acção F)
Iniciativas/Ações ***
Designação
Intervenientes
Resultados
34
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
Local
Custo (já
incluído no
total de cada
projecto)
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Tratamento técnico documental da livraria
Teófilo Braga
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Selecção e separação da documentação para
a exposição
Maria Isabel João
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Maria Isabel João
Designer
Válter Rebelo
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Designer
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Válter Rebelo
Designer
Mário Duarte
João Rocha
Concepção do espaço e documentação para a
exposição Teófilo Braga
Divulgação das exposições
Produção da exposição Teófilo Braga
Tratamento
técnico
documental
da
documentação seleccionada para a exposição
“a imprensa micaelense…”
Selecção e separação da documentação para
a exposição a imprensa micaelense…”
Foi concluído o tratamento técnico
documental da livraria.
Foi realizada em janeiro.
BPARPD
Sala 2º
piso
BPARPD
Sala
especial
Orçamento
interno
----------
BPARPD
Corredor
-----------
BPARPD
Gabinete
técnico
-------
Inaugurada a 25 de março.
BPARPD
------
Maria José Duarte
Graça Melo
Não
foi
necessário
realizar o
tratamento
da
documentação
selecionada. O comissário fez a
seleção e tratamento.
BPARPD
Sala 2º
piso
-----
Carlos Enes
(comissário)
Carlos Riley
Não foi necessário realizar o
tratamento
da
documentação
selecionada. Executada na totalidade
BPARPD
Sala
especial
------
Realizado em janeiro.
Divulgada a exposição
imediatamente
anterior
inauguração.
35
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
no
à
mês
sua
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Iva Matos
Maria José Duarte
Concepção do espaço e documentação para a
exposição “a imprensa micaelense…”
Digitalização das imagens seleccionadas “a
imprensa micaelense…”
Montagem da
micaelense…”
exposição
“a
imprensa
Selecção, separação e concepção do espaço
para a exposição “Carlos Medeiros”
Selecção, separação e concepção do espaço
para a exposição “Guilherme Figueiredo”
pelo comissário.
Carlos Enes
(comissário)
Iva Matos
Rute Gregório
Designer
Realizado em setembro e outubro.
Válter Rebelo
Albano Vale
Realizada até final de setembro
Carlos Enes
(comissário)
Iva Matos
Designer
Mário Duarte
João Rocha
Carlos Riley
Carlos Medeiros
Iva Matos
Válter Rebelo
Carlos Riley
Guilherme Figueiredo
Iva Matos
BPARPD
Corredor
------
Sala de
digitalizaç
ão
------
Realizada na 1ª quinzena de novembro
--------
Realizado em junho.
BPARPD
corredor
----------
Realizado em janeiro.
BPARPD
corredor
-----------
36
Largo do Colégio
9500-054 Ponta Delgada
Tlf. 296 282 085
Fax 296 281 216
E-mail:bpar.pdelgada.info @azores.gov.pt
Site: www.bparpd.azores.gov.pt
PRESIDÊNCIA DO GOVERNO REGIONAL DOS AÇORES
DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Válter Rebelo
Rotinas****
Intervenientes
Tratamento de toda a logística das exposições
– deslocações, estada e requisições
Sânia Aguiar
Selecção e separação da documentação para
a exposição em vitrinas
Carlos Riley
Francisco Silveira
Susana Cabral
Margarida Oliveira
Execução das tabelas e das imagens de apoio
às vitrinas
Montagem das vitrinas
Francisco Silveira
Susana Cabral
Margarida Oliveira
designer
Francisco Silveira
Margarida Oliveira
Valter Rebelo
Designer
Mário Duarte
João Rocha
Resultados
Realizado de janeiro a outubro.
Executadas 6 Vitrinas.
Durante o ano e de todas as vitrinas
seleccionas para o efeito.
Executadas 6 Vitrinas.
37
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Fax 296 281 216
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Local
Custo
Secretaria
------
BPARPD
corredores
----
BPARPD
BPARPD
Corredores
--------
----------
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 3.3
Objectivo Estratégico: Aumentar o consumo cultural de cariz erudito e intelectual
Objectivo Operacional: Apoiar as iniciativas culturais de cariz erudito e intelectual a desenvolver na BPARPD
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa cumprimento de prazos
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participante estimado
Designação
Lançamento de livros
Colóquios e eventos promovidos por outras
entidades
Projetos**
Intervenientes
Carlos Riley
Iva Matos
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Carlos Riley
Iva Matos
Margarida oliveira
Filomena Almeida
Resultados
Local
Concepção, planificação e execução
de 5 lançamentos de livros efectuados
na BPARPD.
BPARPD
Auditório
Concepção, planificação e execução
de todos dos 107 eventos de entidades
externas efectuados na BPARPD.
BPARPD
Auditório
Iniciativas/Ações ***
38
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Custo TOTAL
Orçamento
interno
Orçamento
interno
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BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Designação
Apoio na divulgação dos eventos organizados
pela DRAC
Mostras bibliográficas para apoio a eventos
realizados na BPARPD
Intervenientes
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Designer
Francisco Silveira
Catarina Pereira
Valter Rebelo
Margarida Oliveira
Susana Cabral
Designer
Resultados
Divulgar nos 15 dias anteriores ao
evento.
Realizado 7 mostras bibliográficas - 2
realizadas no âmbito da atividade em
parceria como
CES,
extraplano
(jornadas – pensar a sociedade no
século XXI – ciclo de conferencias em
sociologia).
Rotinas****
Intervenientes
Montagem dos expositores para as mostras
que acompanham os eventos realizados na
BPARPD
Valter Rebelo
João Rocha
Resultados
Colocação de todos os expositores
selecionados.
39
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Local
BPARPD
Gabinete
técnico
BPARPD
Hall de
entrada
Local
BPARPD
Hall de
entrada
Custo
Orçamento
interno
Orçamento
interno
Custo
Orçamento
interno
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Relatório de Ação 4.1
Objectivo Estratégico: Promover actividades educativas de promoção da leitura e captação de públicos.
Objectivo Operacional: Realizar actividades de promoção da leitura e do livro em parceria com as instituições de ensino, pais, encarregados de
educação e outros intervenientes procurando atingir o máximo de indivíduos, considerado o público-alvo; crianças , jovens, famílias e pessoal
docente.
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participantes estimado
Designação
Oficinas de promoção da leitura
Projecto Livros Papa-Léguas
Projetos**
Intervenientes
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Fátima Leandro
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Fátima Leandro
Resultados
Local
Custo (total)
Criadas 2 novas oficinas e execução
de atividades de promoção do livro e
da leitura dentro do espaço da
BPARPD;
BPARPD
Sala
infantil
Orçamento
interno
Desenvolvidas atividades de promoção
da leitura com um grupo de
continuidade. Empréstimo de mais de
600 documentos.
BPARPD
Colégio S.
Francisco
Xavier
Orçamento
interno
40
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“A
República
em
Debate”
(atividade
comemorativa do Centenário da República)
Protocolo com a Escola Antero de Quental
(Turmas Oportunidades)
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Fátima Leandro
Elaborada uma cartilha sobre a
República e criação de 1 atividade de
exploração da mesma
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Fátima Leandro
Filomena Almeida
Foi feita a adaptação e execução de
actividades de promoção da leitura
para os intervenientes no projecto.
Acompanhamento na adaptação de
materiais de apoio.
Iniciativas/Ações ***
Intervenientes
Designação
Troca-Histórias
1, 2, 3…Vamos Ler!!!
O Ar Lá em Cima
O Dragão das Mil Flores
A Magia dos Livros
Histórias Coloridas
Dar Cartas ao Livro
Adivinhando Histórias
Procura e Encontra: Pesquisa
crianças/jovens
Será que vais conseguir?
Objectos Tagarelas
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Fátima Leandro
Orientada
para
Resultados
Marcações e execução 66 sessões
de atividades de promoção da leitura
envolvendo 1325 crianças.
Realizadas 66 fichas de avaliação
para docentes.
41
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BPARPD
BPARPD
Local
BPARPD
Sala
infantil
44,85€
(Plano a
médio prazo
Projeto 01,
ação F)
Orçamento
interno
Custo
Orçamento
interno
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BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
História da Princesa e do Garfo
A Roleta das Histórias
Fábulas de La Fontaine
Biblioeuropeias
Publicação da Cartilha da República
Recepcionar todos os contactos feitos para a
marcação das actividades, realizando a
marcação e adequando actividades ao grupo
alvo
Registo de participantes
Organização da sala
Carlos Riley
Revisão do texto e concepção
Iva Matos
gráfica da edição. Trabalho enviado
Cristina Macedo
para a DRaC, não foi publicado.
Margarida Oliveira
Designer
Rotinas****
Intervenientes
Resultados
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Atendidos todos os pedidos e dar a
respectiva resposta em 48 horas.
Fátima Leandro
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Registados os 100% dos participantes
nas oficinas, indicando o grupo, nº de
participantes, data e local da atividade
– total de 1325 crianças
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Organizados todos espaços com a
antecedência devida.
42
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BPARPD
Local
Incluído acima
Custo
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Sofia Florindo
Execução do guião da actividade, recepção
dos grupos, acompanhamento e recolha da
avaliação final
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Executados em 100% o guião da BPARPD
atividade.
Divulgar as actividades
BPARPD neste âmbito
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Cristina Macedo
Sofia Florindo
Divulgadas 100% das atividades.
promovidas
pela
Orçamento
interno
BPARPD
Orçamento
interno
Local
Custo
Relatório de Ação 4.2
Objectivo Estratégico: Promover actividades educativas de promoção da leitura e captação de públicos.
Objectivo Operacional: Realizar visitas de estudo à BPARPD e às exposições
Indicador (s) : grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participantes estimados
Designação
Projetos**
Intervenientes
Resultados
43
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Visitas de estudo à BPARPD
Visitas de estudo ás exposições da BPARPD
Designação
Planeamento, concepção e realização das
visitas de estudo ao edifico para conhecimento
dos serviços de Biblioteca
Planeamento, concepção e realização das
visitas de estudo ao edifico para conhecimento
dos serviços de Arquivo
Planeamento, concepção e realização das
visitas de estudo às exposições realizadas na
BPARPD
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Orientação das visitas de estudo à
BPARPD
BPARPD
Orçamento
interno
Não foram orientadas visitas de estudo
às exposições na BPARPD.
BPARPD
Orçamento
interno
Iniciativas/Ações ***
Intervenientes
Resultados
Local
Realização de visitas de estudo para
151 crianças / jovens.
BPARPD
Orçamento
interno
Pedro Medeiros
Margarida Almeida
Jorge Mello-Manoel
Realização de visitas de estudo ao
arquivo para 3 turmas.
BPARPD
Orçamento
interno
Filomena Almeida
Não foram realizadas visitas de estudo
às exposições.
BPARPD
Orçamento
interno
Resultados
Local
Margarida Oliveira
Custo
Rotinas****
Intervenientes
Recepcionar todos os contactos feitos para a
marcação das actividades, realizando a
marcação e adequando actividades ao grupo
alvo: orientação para os técnicos superiores
de arquivo.
Cristina Macedo
Margarida Oliveira
Sofia Florindo
Atendidos todos os pedidos e a
respectiva resposta em 48 horas e
realizadas visitas de estudo para mais
de 200 crianças/jovens.
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BPARPD
Custo
Orçamento
interno
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BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Registo de participantes das visitas à BPARPD
Registo de participantes
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Registados os 100% dos participantes
nas visitas, indicando o grupo, nº de
participantes, data e local da actividade
Registar 100% dos participantes nas
visitas às exposições, indicando o
grupo, nº de participantes, data e local
da actividade
BPARPD
BPARPD
Orçamento
interno
Orçamento
interno
Plano de Ação 5.1
Objectivo Estratégico: Aumentar a dinamização cultural ligada ao sector audiovisual e às novas tecnologias.
Objectivo Operacional: Divulgar o espólio documental audiovisual e de monografias associando o espólio audiovisual da BPARPD à bibliografia
existente incentivando à leitura e dinamizando este sector
Indicador (s) : Grau de execução das tarefas e taxa de participantes
Meta (s)*: Meta (s): Cumprir com a realização das actividades propostas e com o número de participantes estimados
Designação
Projetos**
Intervenientes
Resultados
45
Largo do Colégio
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Local
Custo
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Ciclos de cinema
Carlos Riley
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Designação
Amizade - Janeiro /Fevereiro
Musicais / concertos pop rock - Março/Abril
Épicos / históricos grandes heróis - Maio/Junho
Culinária - Julho/Agosto
Escola ensino e profissões - Setembro / Outubro
Natal Família - Novembro / Dezembro
Planificação e execução de ciclos
temáticos de cinema utilizando o
espólio audiovisual da BPARPD
associando monografias da BPARPD,
de acordo com as diferentes épocas do
ano
Iniciativas/Acções ***
Intervenientes
Carlos Riley
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Resultados
Foram realizados 4 ciclos de cinema
Com os seguintes temas:
Os amigos e a mesa – jan/fev
A mulher e a moda – mar/abr
A música e os musicais – jun/ago
Vidas com história – out/nov
Rotinas****
Intervenientes
Resultados
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BPARPD
Sala
multimédia
Local
631,66€
(Plano a
médio
prazo
Projeto
01, ação
F)
Custo
BPARPD
Sala de
projecção
colectiva
0.00€
Local
Custo
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DIRECÇÃO REGIONAL DA CULTURA
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Selecção de filmes
Recolha e tratamento técnico documental
Aquisição de DVD
Organização dos ciclos (datas – questões
técnicas)
Divulgação – press release , folheto e cartazes
Recepcionar todos os contactos para eventual
marcação
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Realizadas as tarefas de rotina com
vista à execução das diversas
iniciativas.
Registo de participantes
Filomena Almeida
Zenaida Oliveira
Registados todos os participantes
Organização da sala
Filomena Almeida
Zenaida Oliveira
Organizados os espaços com a
antecedência devida
Divulgar os ciclos de cinema promovidos pela
BPARPD
Margarida Oliveira
Filomena Almeida
Divulgados todos os ciclos.
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BPARPD
BPARPD
Sala
multimédia
BPARPD
Sala de
projecção
colectiva
BPARPD
GACS
Cidade de
Ponta
Delgada
Orçamento
interno
0.00
0.00
Orçamento
interno
O FÚTIL E O ÚTIL
Apelos da Publicidade na I República
3
O FÚTIL E O ÚTIL
Apelos da Publicidade na I República
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
12 Novembro > 12 Maio , 2012
Índice
Nota de Abertura
O Útil e o Fútil
Hábitos Alimentares
Os Apelos da Moda
O Conforto do Lar
A Sociabilidade à Mesa
A Cura para Todos os Males
A Era da Velocidade
Na Mira do Progresso
Agradecimentos
Ficha Técnica
5
7
17
19
23
27
29
31
35
38
39
TEXTOS OFICIAIS
5
Na segunda metade do século XIX, a sociedade micaelense mantém a sua matriz conservadora, mas iam surgindo sinais de abertura à modernidade, perceptíveis
na expansão da mentalidade burguesa e no derrube de barreiras e convenções que
a velha aristocracia tanto valorizava. A presença de famílias estrangeiras que ali se
fixaram, a prática de enviar os filhos para estudarem na Europa, o gosto pelas viagens, o espírito experimental e científico, associado à crença no progresso, foram
ingredientes que cimentaram essa mudança.
O factor insularidade ficou atenuado com a construção do porto artificial
(1861) e a abertura do cabo submarino (1893). Embora permaneça uma economia de
feição agrária, vários sectores da indústria e do comércio ganharam expressão, o que
se traduziu em alterações sociais visíveis.
7
A entrada no século XX e a passagem para o regime republicano expressam
essas mudanças que correspondem a uma presença efectiva da classe média em luga-
três anos, fundearam no porto de Ponta Delgada cerca de 2 mil navios estrangeiros e
o movimento continuou no ano de 1920, com 480 navios entrados.
res de relevo na sociedade. A vida política sofreu uma remodelação com a entrada de
Proporcionar alimentos, diversão e bem-estar a esses hóspedes, facilitou um
novos actores e a fundação de novos partidos. É verdade que o peso dos monárquicos
enriquecimento rápido de sectores da população que nunca imaginaram tanta fartura
se manteve enraizado até à instalação da Ditadura Militar, liderando o movimento
em tão curto espaço de tempo.
regionalista micaelense, mas houve uma propagação da vida democrática. Foram le-
Ponta Delgada, pela força das circunstâncias decorrentes da I Guerra, abriu-
vados para a ribalta elementos de outras camadas sociais mais baixas que não tinham
-se ao mundo, aos gostos e aos desejos dos visitantes, com a mira de captar os dóla-
espaço para se manifestarem no período da monarquia. Essa intervenção é notória
res e as libras que circulavam paralelamente ao escudo.
na diversidade ideológica da imprensa, que abrange o largo espectro dos sectores
republicanos, estendendo-se ao campo socialista e operário.
A procura dos mais variados géneros
e serviços, pagos em divisas e a bons preços
O peso da classe média na vida política, no funcionalismo, no jornalismo, na
pelos tripulantes das embarcações referidas
instrução e no meio empresarial introduziu uma nova dinâmica na vida micaelense.
ou pelos que estavam aquartelados na ilha,
Jovens licenciados, oriundos de estratos sociais mais baixos, foram marcando posição
dinamizou uma actividade comercial intensa
contribuindo para uma abertura mental, cultural e social que já se delineava no final
com reflexos na vida quotidiana.
da era de Oitocentos.
O primeiro sinal reflectiu-se no au-
Mas há um factor externo que é o grande responsável por alterações repenti-
mento do custo de vida, já de si inflacionado
nas na liberalização dos costumes micaelenses. A instalação da base naval americana
pelas consequências da própria guerra. Nos
(1917-1919) teve um impacto extraordinário na pacata cidade de Ponta Delgada, com
finais de 1917, o Açoriano Oriental conjec-
a presença diária de centenas de militares americanos e ingleses. A cidade fora bom-
turava: “Daqui a pouco, só veremos ameri-
bardeada por um submarino alemão, a 4 de Julho de 1917, o que levou os americanos
canos por essas ruas e por esses estabele-
a acelerar a fixação nas ilhas para não perderem o controlo do Atlântico. Naqueles
cimentos. Não pesam sobre nós, mas a sua
9
permanência aqui torna os géneros mais caros”. A previsão concretizou-se e, no ano
para consumo dos navios durante a permanência no porto. Por exemplo, uma galinha,
seguinte, já afirmava que Ponta Delgada tinha um aspecto duma grande cidade, co-
que custasse 750 Réis no mercado, pagaria mais 625 Réis de taxa, ao ser vendida para
mercialmente falando. Os estrangeiros gastavam à farta e não regateavam preços.
os navios.
As centenas de marinheiros que circulavam pela cidade proporcionaram a
O negócio dos souvenirs teve grande prosperidade. Nas montras começaram
abertura de cafés, restaurantes e outros espaços de diversão que alteraram o sos-
a surgir trabalhos artesanais com a bandeira portuguesa e a americana. O movimento
sego do velho burgo.
automóvel cresceu significativamente com os carros de aluguer e na própria cidade
Em duas ruas contíguas, a do Frade e Pedro Homem, havia oito restaurantes,
embora a maioria não tivesse condições higiénicas e, por isso, não sobreviveram. Mas
parece que a confusão teria aumentado, dado que as autoridades se viram obrigadas
a limitar a velocidade para 15 km/hora.
outros eram mais requintados, um deles
até tinha música durante as refeições, e os
nomes são bem elucidativos da clientela a
que se dirigiam: New York, Orion, United
States, Winter Garden, Washington ou
20th Century.
Novos cafés também surgiram,
como o United States e o Picadilly. O negócio de comidas e bebidas prosperou imenso. A própria imprensa fazia eco do exa-
Os dólares e as libras circulavam por todo o lado, beneficiando estratos po-
gero dos preços praticados, como, por exemplo, cobrar 300 Réis por um cálice de
pulacionais que neste curto espaço de tempo acumularam capitais significativos.
vinho abafado.
Quando se consulta o Anuário Comercial constata-se o crescimento do número de
Com o objectivo de facilitar a aquisição de alimentos pelos militares ame-
negociantes, bem como o número de pessoas dedicadas ao aluguer de automóveis e
ricanos, a alfândega recebeu ordens para isentar de taxas de exportação os géneros
de agentes de casas bancárias internacionais. A comprovar a abundância de circula-
11
ção de moeda, refira-se que, em 1914, existiam seis casas bancárias em São Miguel,
farinha de milho; exportava-se milho com a indicação de tremoço; tabaco acondicio-
e, em 1924, havia cerca de vinte, para além de alguns particulares que recebiam
nado em embalagens de ananases, açúcar em recipientes vários.
depósitos e negociavam cambiais.
Mas, para além dos aspectos económicos, a ligação sentimental e afecti-
A referida abundância de capital, que estava parado nas instituições bancá-
va aos Estados Unidos da América ganhou força nas camadas médias urbanas. O
rias, como relata várias vezes a imprensa, reflectiu-se nos investimentos que se fize-
Orion, nome do navio que afastou a presença do submarino alemão, foi transfor-
ram na altura da própria guerra e em anos subsequentes. Em 1918, abriu uma fábrica
mado numa espécie de herói açoriano e a armada americana ganhou estima por
de licores, um hotel e uma fábrica de conservas. Na área dos transportes marítimos
ter salvo a cidade e por ter continuado a proteger os micaelenses. Em Agosto de
fundaram-se quatro grandes empresas, tendo em conta a dimensão insular. Em 1919,
1918 já havia uma marca de cigarros Orion. A admiração pela América acentuou-
a Empresa Mutualista de Navegação Açoriana L.da, com capitais açorianos e ligações
-se com o facto de a marinha americana ter abastecido o mercado com trigo, que
ao Banco Comercial Português, e outra ainda no mesmo ano com a designação de Em-
escasseou na altura, e de ter também fornecido medicamentos por ocasião da
presa de Transportes Marítimos, com capitais micaelenses; em 1920, foram constitu-
epidemia de gripe.
ídos os Carregadores Açorianos, fundamentais para as trocas comerciais com o Norte
As manifestações de reconhecimento fizeram sentir-se pela cidade em vários
da Europa, e, no ano seguinte, a Companhia Açoriana de Navegação e Pescarias, SARL.
momentos. Foi atribuído ao Almirante Dunn o nome de um dos largos da cidade e
No campo da indústria destaque-se, por exemplo, a criação da Empresa In-
entregue a medalha de cidadão honorário de Ponta Delgada, instituída na ocasião pela
dustrial, L.da, proprietária da Fábrica de Linho da Ribeirinha, e a fundação da Moagem
Câmara para que ele a recebesse. De igual modo, foi comemorado o dia 4 de Julho,
Micaelense que entrou em funcionamento em 1922.
data em que a cidade havia sido bombardeada, mas que coincidia com o dia dos Esta-
Os dados apresentados revelam que a conjuntura da I Guerra Mundial e a
dos Unidos da América. Paralelamente, os americanos promoveram espectáculos para
abertura da base naval não só evitou uma crise económica como proporcionou a for-
angariação de fundos para a Cruz Vermelha Portuguesa, registaram-se convívios gas-
mação de pequenas fortunas a camadas da população que não deixaram escapar a
tronómicos entre militares de ambos os países, bem como actividades desportivas.
oportunidade. Serviram-se de expedientes de açambarcamento de mercadorias, de
Os americanos levantaram âncoras oficialmente em Setembro de 1919, mas
exportação clandestina e disfarçada – no meio de sacas de sêmea seguiam milho e
deixaram na cidade um modus vivendi mais descontraído e a pré disposição para
13
aceitar mais facilmente as mudanças que se deram por todo o mundo nos chamados
“loucos anos 20”.
Há nela um objectivo de manipular os valores e moldar o comportamento dos destinatários, com o objectivo de consumirem novos produtos e adquirirem hábitos distintos.
A publicidade na imprensa micaelense da época reflecte essas mudanças na
A publicidade tornou-se um instrumento para a criação de uma sociedade de consumo,
sociedade e é, ao mesmo tempo, um factor de mudança. No período da I República, os
reflectindo ao mesmo tempo o amadurecimento da dinâmica económica e social que a
mecanismos do marketing estavam em funcionamento. Os anúncios veiculavam uma
proporcionava.
publicidade na sua forma mais simples, que visava dar a conhecer um produto, mas
também uma outra mais sofisticada que não se limitava a informar.
Esta exposição tem por objectivo revelar algumas facetas da vida micaelense,
através da publicidade que se fazia na imprensa. A sua análise permite, por um lado, constatar que a sociedade micaelense acompanhou o seu tempo e, por outro, é um indicador
importante para se perceber a forma como foram mudando os consumos, os gostos e os
comportamentos sociais, especialmente no seio das camadas médias urbanas. Por entre
o fútil e o útil revelam-se formas de estar que nos ajudam a penetrar nas ambiências da
sociedade da época.
Dos periódicos publicados em São Miguel no período da I República, foi seleccionado um conjunto de temas que sobressaem na publicidade pela sua regularidade. A opção
recaiu, essencialmente, sobre os jornais de maior tiragem na cidade de Ponta Delgada –
Açoriano Oriental (AO), Correio dos Açores (CA), Diário dos Açores (DA) e República (REP)
– por apresentarem uma maior profusão.
15
Hábitos Alimentares
Neste painel incorporou-se um bloco de anúncios que nos permite captar
um conjunto de bens que estavam à disposição da população para complementar a
alimentação mais comum do dia-a-dia.
Os produtos da terra raramente são anunciados. Entre eles destacam-se as
águas de mesa ou então as iguarias para as épocas festivas, como o Natal, a Páscoa
ou o Carnaval. Constata-se também que o mercado micaelense absorve poucos
produtos das outras ilhas. Para além do queijo de São Jorge e da Terceira, dos vinhos
de Santa Maria, Graciosa e Terceira, pouco mais há a registar. A publicidade abrange
maioritariamente produtos do continente, que permitem variar ou condimentar as
refeições diárias, tais como enchidos, macarrão, bacalhau, azeite, café ou frutas
secas. São muito frequentes os anúncios a farinhas para fortificar as crianças mais
debilitadas. Do estrangeiro, muito pouco se anuncia, predominando a referência ao
champagne ou à cerveja alemã.
Constata-se, assim, que a alimentação micaelense, no espaço citadino,
tem ao seu dispor uma variedade de produtos, que satisfazem as necessidades dos
sectores com algum poder de compra.
17
LATA
Metal
A 34 x L 20,5 cm
MCM2433
Coleção Museu Carlos Machado
BILHA
Grês vidrado
A 31 x L 13 x D 9 cm
MCM2034 / MCM2035
Coleção Museu Carlos Machado
19
Os Apelos da Moda
Os publicitários conheciam bem a psicologia humana e não deixavam
escapar a oportunidade de prestar atenção à moda. O conteúdo deste painel realça
a publicidade dirigida às senhoras e aos homens, com algumas referências à época
especial do Carnaval. As crianças, curiosamente, não fazem parte deste universo
propagandístico, tanto na roupa como nos brinquedos.
No campo da moda, os anúncios reflectem um conjunto de imagens
estereotipadas, reveladoras da mentalidade da época. A mulher é um dos alvos
preferenciais desta publicidade. Os adjectivos moderno, fino, distinto e elegante
acompanham os produtos que se dirigem a uma classe com maior poder de compra,
que está integrada ou pretende integrar-se nos meios burgueses com um gosto mais
requintado. O discurso transmite essa ilusão de pertença a um determinado grupo,
uma mensagem de ascensão social que muito preocupa as classes médias urbanas.
Para os mais pobres o adjectivo barato é o que mais conta. Os sonhos podem ir além
das posses, mas a realidade acaba por trazer de volta os pés à terra.
Deste modo, temos um sapato fino, um espartilho moderno que realça a
elegância feminina ou uma toilette distinta. E o anúncio não deixa muitas margens
de escolha e induz directamente à compra, quando pergunta: - Quereis ser elegante,
ter chic, ser vistosa?
21
Os produtos de beleza são também uma componente importante para a
clientela feminina que tem acesso a leite para tratamento de sardas, creme para
rugas, perfumes ou sabonetes e pasta de dentes expressamente indicadas como
artigos de luxo.
O apelo à vaidade masculina é menos forte, com uma publicidade mais
objectiva. Mas a variedade de produtos, referindo pormenores de confecção, revela
uma preocupação masculina em aparecer bem apresentado em público. Existe uma
variedade de camisas, chapéus, colarinhos, gravatas e sapatos para todos os gostos e
bolsas. Um sapato bem engraxado é um requisito indispensável, facilmente executado
com os cremes apropriados; o mesmo acontece com um corte de cabelo feito numa
barbearia elegante, acompanhado com massagens ao couro cabeludo.
Para acontecimentos especiais, nomeadamente os bailes de Carnaval,
proliferavam os anúncios de produtos para a confecção de toilettes, havendo também
anúncios de outras já prontas a vestir.
O tradicional capote e o lenço passou a fazer parte do passado e caiu em
desuso. As formas de sociabilidade em espaços públicos não se compadeciam com
aquele empecilho e a mulher citadina libertou-se das peias de outras eras.
23
CORPETE ?????
Renda ????
Coleção Particular ?????
25
O Conforto do Lar
A modernidade que se registou no vestuário e na higiene também entrou
pela porta de casa. O painel relacionado com o lar expressa bem as mudanças que
se operaram a vários níveis.
Em primeiro lugar, a própria construção da casa beneficiou de um conjunto
de materiais que iam conquistando o mercado. Para além do cimento, que obteve
uma grande expansão, existiam vários modelos de azulejos, grés, tinta de água,
tijolos refractários, madeiras e ferragens muito variadas. O sector da construção
civil ganhou algum dinamismo, na medida em que permitiu o aparecimento de
empreiteiros para a realização de obras de maior dimensão.
Aos novos processos de construção juntaram-se os artigos para a decoração
da casa, reveladores de uma preocupação em instalar um conforto e bem-estar.
Longe iam os tempos em que os morgados micaelenses apresentavam casas sem
qualquer conforto ou requinte, como referem os relatos dos estrangeiros que
passavam pela ilha.
27
No período da República, o cidadão médio podia rechear a casa com fogão
de sala, fogão de cozinha, candeeiros, banheiras, loiça holandesa e outras loiças
decorativas. O conforto acentuou-se com a maior utilização da electricidade que
se espalhou por mais lares. E o mercado devia ser compensador, porque existiam
casas especializadas na venda de material eléctrico, mas também em montagens e
reparações.
A vida doméstica beneficiou ainda da proliferação de um conjunto de produtos
de limpeza. Neste campo, o tiro certeiro dos publicitários procurava cativar as donas
de casa, dando-lhes a sensação de alívio das tarefas caseiras. Por exemplo, o Sabão
Sunlight fazia todo o trabalho de limpeza em metade do tempo e com menos custo,
enquanto o Sabão Macaco fazia o trabalho de um dia, numa hora.
A limpeza da casa e a higiene passaram a fazer parte desta nova forma de
estar na vida, beneficiando dos produtos que iam abastecendo o mercado.
GRAMOFONE
Madeira e ferro cromado
A 34 x L 35 cm (caixa)
A 73 x D 60,5 cm (corneta)
MCM2777
Coleção Museu Carlos Machado
29
A Sociabilidade à Mesa
A mudança nos hábitos citadinos acentuou-se nos anos 20, à qual não foi
estranha a presença dos americanos e ingleses. Como foi referido, com a instalação
da base naval disparou o número de cafés, cervejarias e restaurantes para atenderem
clientes com dinheiro e vontade de conviver.
Após a partida dos estrangeiros, alguns estabelecimentos continuaram em
funcionamento, mantendo as sessões musicais durante a semana, à tarde e à noite. A
indicação dos horários revela já um hábito de prolongar o convívio pela noite dentro.
De todos eles, o Eden Club terá sido o mais famoso pelo seu requinte e atrevimento
num meio que ia aceitando as modernidades, dado que nos anos 20, promovia desfiles
com as Eden Girls.
Mas estas liberalidades foram-se esfumando com o Estado Novo e o pudor
voltou a imperar na sociedade micaelense.
31
GARRAFA DE PIROLITO
Vidro
A 20 x D 5 cm
MCM2695 / MCM2696 / MCM2778
Coleção Museu Carlos Machado
33
A Cura para Todos os Males
A área da saúde foi, provavelmente, uma das que mais cedo iniciou uma
publicidade consistente na imprensa açoriana. Já no século XIX surgiam as soluções
milagrosas para variadas doenças. A propaganda proliferou e alargou-se a outros
medicamentos de fabrico local nas farmácias ou importados. Neste painel apresentase um variado leque de remédios, desde os tónicos para combater a anemia, aos
produtos para tratar as irregularidades menstruais, o reumatismo, a gota, a asma,
a bronquite, a prisão de ventre, as doenças de pele, as frieiras, os resfriamentos, as
congestões ou a cura radical de diabetes.
E estes anúncios repetiam-se com regularidade diária, a que se foram
juntando outros dos próprios médicos. Naquele período, Ponta Delgada já possuía
uma policlínica com quatro médicos, um consultório veterinário e um laboratório de
análises clínicas. Com menos frequência do que no século XIX, ainda aparecem alguns
médicos do continente que se hospedam nos hotéis e anunciam a sua chegada.
Os cuidados com a saúde eram, sem dúvida alguma, uma preocupação dos
micaelenses com algum poder de compra e a publicidade soube jogar com o estado
psicológico de quem padece ou julga padecer de enfermidades.
35
FRASCO DE FARMÁCIA COM TAMPA
Vidro
A 18 cm
MCM2772
Coleção Museu Carlos Machado
POTE DE FARMÁCIA COM TAMPA
Cerâmica Vista Alegre
A 10 x D 7 cm
MCM2773
Coleção Museu Carlos Machado
FRASCO DE FARMÁCIA COM TAMPA E RÓTULO
Vidro
A 10 cm
MCM2775
Coleção Museu Carlos Machado
37
A Era da Velocidade
A década de 20 corresponde ao período de grande expansão de veículos
motorizados. Desde o aparecimento do primeiro automóvel, em 1901, o crescimento
foi muito moderado, até 1920. Nesta data, o número de veículos com motores
(automóveis, motorizadas, side-cars e outros) era apenas de 37; no ano seguinte já
chegavam aos 65, com um salto para 303, em 1924, e uma subida para 570, em 1926.
O transporte motorizado de carga ficou muito aquém deste número. Embora houvesse
anúncios de venda em 1913, há apenas um camião registado em 1920, passando para
22, em 1926.
O transporte de passageiros também ganhou algum incremento. Em 1906, foi
inaugurada uma carreira da Empresa Moreira & Alcântara, reduzindo de sete para duas
horas uma viagem às Furnas. Em 1912, a Companhia Automobilística de Vila Franca
iniciou a ligação à cidade de Ponta Delgada; dez anos depois, começou a funcionar uma
carreira regular entre Ponta Delgada e Ribeira Grande, três vezes por semana.
No caso das bicicletas, velocípedes e semelhantes, o número era bastante
inferior: 19, em 1920, e 177, em 1926.
39
Se o peso do transporte tradicional ainda é significativo, a era da velocidade
ganhou expressão nos anos 20.
A publicidade intensa na imprensa terá contribuído, de certo modo, para esta
mudança. Vários agentes competiam entre si na apresentação dos novos modelos e
no elogio das marcas que representavam. Circular pela cidade ou pela ilha em carro
próprio correspondia a subir uns degraus na escala social, mas era ainda privilégio de
uma minoria.
O transporte motorizado introduziu uma maior mobilidade e, de certo
modo, o prazer pela viagem. Os anúncios das excursões, que antes se faziam de barco,
começaram a surgir com alguma frequência e de forma original.
O sector automóvel começou a ganhar peso na vida comercial da cidade, na
medida em que arrastou o aparecimento de actividades complementares, como as
oficinas ou a venda de gasolina e de outros acessórios.
41
Na Mira do Progresso
A mentalidade positivista e a crença no progresso estiveram presentes
no período da I República. A necessidade e a vontade de melhorar a produtividade
agrícola levaram a tentativas de mecanização da agricultura. Os anúncios dos novos
instrumentos de trabalho passaram a ocupar as páginas dos jornais, chamando a
atenção para as suas vantagens. Fernando d´Alcântara, o empresário que também se
dedicava à venda de automóveis, revelou todo o seu dinamismo na promoção das novas
máquinas. O próprio fazia demonstrações nas suas propriedades para entusiasmar os
possíveis compradores.
Apesar da variedade da oferta, a existência de uma abundante mão-de-obra,
a custos reduzidos, protelou o arranque para a mecanização agrícola.
43
Ficha Técnica
EXPOSIÇÃO
CATÁLOGO
Título
O Fútil e o útil - apelos da publicidade na I república
Edição
Presidência do Governo Regional Dos Açores
Direcção Regional da Cultura
Biblioteca Pública e Arquivo Regional De Ponta Delgada
Produção
Presidência do Governo Regional Dos Açores
Direcção Regional da Cultura
Biblioteca Pública e Arquivo Regional De Ponta Delgada
Título
O Fútil e o útil - apelos da publicidade na I república
Âmbito
Comemorações do Centenário da República Portuguesa
Coordenação
Carlos Enes
Comissário
Carlos Enes
Textos
Carlos Enes
Coordenação
Rute Gregório | Iva Matos
Nota de Abertura
Rute Dias Gregório
Realização
Iva Matos | Margarida Oliveira
Digitalização
Albano Martins do Vale
Design Gráfico
Vitor Marques
Fotografia
Montagem na BPARPD
João Rocha | Nuno Leite Pereira | Mário Duarte
Serviço Educativo na BPARPD
Cristina Macedo | Margarida Oliveira | Sofia Florindo
Impressão
Serinima, Lda
Agradecimentos
Museu Carlos Machado
Maria Gabriela de Medeiros Franco
Rhesus - Laboratório de Análises Clínicas
Design Gráfico
Vitor Marques
ISBN
978-972-647-270-4
Depósito Legal
335725/11
Ano
2011
Tiragem
300 exemplares
Impressão
Nova Gráfica, Lda.
45
p
l D CUlTURA
ARqO DE 2011
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•
NOCTURNO
CARLOS MEDEIROS
A Direcção da Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada
e a Direcção do 9500 Cineclube têm o prazer de convidar V. Exª e
família para a abertura da Exposição de Fotografia “Nocturno” de
Carlos Medeiros, que terá lugar no dia 16 de Agosto pelas 21h30.
Após a inauguração da Exposição será exibido o filme “Blow Up /
História de um Fotógrafo” de Michelangelo Antonioni, o qual será
comentado no final do visionamento por Samuel Andrade.
até16 Setembro
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
Sala de Projecção Colectiva (Secção Juvenil-Multimedia)
ENTRADA LIVRE
Mediante reserva para grupos
Contacto: 296 282 08
A MÚSICA E OS MUSICAIS
CINEMA
JUNHO/ JULHO 2011
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
30
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16
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14
11
9
8
7
6
2006 | 91 MIN. | M/12
14h30 QUASE FAMOSOS de Cameron Crowe
14h30 ERIC CPLATON & FRIENDS IN CONCERT (Concerto)
14h30 ACROSS FROM MIDNIGHT TOUR: JOE COCKER (Concerto)
10h00 TEMPO DE MELODIA de Clyde Geronimi
14h30 PULP FICTION de Quentin Tarantino
10h00 BAMBI de David Hand
14h30 GREASE de Randal Kleiser
14h30 MOTOWN: UMA HISTÓRIA de Paul Justman
14h30 NEIL YOUNG: HEART OF GOLD de Jonathan Demme
ENTRADA LIVRE
2005 | 123 min. | M/12
1970 | 123 min. | M/12
14h30 WOODSTOCK 3 DAY’S OF PEACE AND MUSIC de Michael Wadleigh
2006 | 92 min. | M/12
10h00 HANNA MONTANA : ATRÁS DAS LUZES de Richard Correll
2003 | 60 min. | M/12
2008 | 86 min. | M/6
14h30 AQUECIDO PELO FOGO DO DIABO de Charles Burnett
14h30 VINICIUS de Miguel Faria Jr
1965 | 167 MIN. | M/12
10h00 MADAGÁSCAR 2 de Eric Darnell
1997 | 110 min.
10h00 MÚSICA NO CORAÇÃO de Robert Wise
300 min.
1996 | 46 min. | M/4
14h30 ONE NIGHT ONLY: BEE GEES (Concerto)
14h30 QUEEN: LIVE AT WEMBLEY STADIUM (Concerto)
1999 | 112 MIN. | M/6
10h00 PEDRO E O LOBO de Chuck Jones
2005 | 98 min. | M/12
10h00 TARZAN de Kevin Lima
2003 | 86 min. | M/12
1997 | 63 min. | M/4
14h30 STONED: ANOS LOUCOS de Stephen Woolley
14h30 PADRINHOS E FILHOS de Marc Levin
2001 | 79 MIN. | M/4
10h00 DE FÉRIAS COM TIMON & PUMBA de Roberts Gannaway
1963 | 93 min. | M/6
10h00 O GRILO FELIZ de Walbercy Ribas
2003 | 89 min. | M/12
1950 | 72 min. | M/6
14h30 AMOR EM ACAPULCO de Richard Thorpe
14h30 A CAMINHO DE MEMPHIS de Richard Pearce e Robert Kenner
2006 | 82 MIN. | M/6
10h00 CINDERELA de Clyde Geronimi
1987 | 193 min. | M/12
10h00 BARBIE EM AS 12 PRINCESAS BAILARINAS de Greg Richardson
1973 | 102 min. | M/12
2010 | 87 min. | M/12
14h30 DANÇA COMIGO de Emile Ardolino
16h30 JESUS CHRIST SUPERSTAR de Norman Jewison
2003 | 112 MIN. | M/6
10h00 CAMP ROCK 2 : THE FINAL JAM de Paul Hoen
2005 | 100 min. | M/18
14h00 MARCO: O FILME de Isao Takahata
2006 | 99 min. | M/12
2005 | 71 min. | M/6
10h00 TARZAN 2 de Brian Smith
2008 | 112 MIN. | M/12
10h00 HIGH SCHOOL MUSICAL 3: ÚLTIMO ANO de Kenny Ortega
2003 | 90 min.
2000 | 80 min.
14h30 LIVE IN NY CITY: BRUCE SPRINGSTEEN AND THE E STREET BAND (Concerto)
14h30 COLDPLAY LIVE 2003 (Concerto)
1964 | 134 MIN. | M/6.
10h00 BARBIE: LAGO DOS CISNES de Owen Hurley
1994 | 147 min. | M/16
1948 | 80 min. | M/6
1991 | 113 min. | M/12
10h00 MARY POPPINS de Robert Stevenson
1978 | 108 min. | M/12
1942 | 68 MIN. | M/6
1996 | 160 min. | M/12
2006 | 69 min. | M/6
14h30 OS COMMITMENTS de Alan Parker
14h30 EVITA de Alan Parker
2006 | 93 MIN. | M/6
10h00 BAMBI 2 de Brian Pimental
1977 | 114 min. | M/12
10h00 A TEIA DE CARLOTA de Gary Winick
1979 | 115 min. | M/16
2008 | 85 MIN. | M/12
14h30 FEBRE DE SÁBADO A NOITE de John Badham
16h30 QUADROPHENIA de Franc Roddam
2005 | 82 MIN. | M/6
10h00 THE CHEETAH GIRLS : UM MUNDO de Paul Hoen
2004 | 146 min. | M/12
14h30 MADAGÁSCAR de Eric Darnell
1952 | 98 min. | M/6
2003 | 82 min. | M/6
14h30 RAY de Taylor Hackford
14h30 SERENATA A CHUVA de Gene Kelly e Stanley Donen
2007 | 87 MIN. | M/6
10h00 ALVIN E OS ESQUILOS de Tim Hill
2007 | 57 MIN. | M/12
10h00 HIGH SCHOOL MUSICAL: O CONCERTO de Jim Yukich
2002 | 106 min. | M/12
1997 | 90 min.
10h00 O LIVRO DA SELVA de Wolfgang Reitherman
2004 | 85 MIN. | M/6
14h30 8 MILE de Curtis Hanson
2000 | 118 min. | M/12
1989 | 80 MIN. | M/4
10h00 BARBIE EM A PRINCESA E A ALDEÃ de William Lau
1999 | 89 min.
1994 | 42 MIN. | M/6
1967 | 78 MIN. | M/4
10h00 A PEQUENA SEREIA de Ron Clements
10h00 A FLAUTA MÁGICA
1984 | 173 min. | M/12
2009 | 119 min. | M/12
14h30 NOVE de Rob Marshall
14h30 AMADEUS de Milos Forman
1998 | 68 MIN. | M/6
10h00 O REI LEÃO II : O REINO DE SIMBA
1994 | 98 min. | M/6
10h00 O REI LEÃO I de Roger Allers
2004 | 112 min. | M/12
1991 | 136 min. | M/16
14h30 THE DOORS: NO ONE HERE GETS PUT ALIVE de Oliver Stone
16h30 BOBBY DARIN : O AMOR É ETERNO de Kevin Spacey
2002 | 80 MIN. | M/6
10h00 SPIRIT: ESPÍRITO SELVAGEM de Kelly Asbury
2003 | 90 min. | M/6
14h30 HEIDI: O FILME de Isao Takahata
1954 | 98 min. | M/6
1992 | 120 min. | M/12
14h30 O GUARDA-COSTAS de Mick Jackson
14h30 SETE NOIVAS PARA SETE IRMÃOS de Stanley Donen
2006 | 108 MIN. | M/4
10h00 HAPPY FEET de George Miller
2006 | 98 min. | M/12
10h00 HIGH SCHOOL MUSICAL: ENCORE EDITION de Kenny Ortega
1969 | 92 min. | M/16
1970 | 91 min. | M/12
14h30 GIMME SHELTER: THE ROLLING STONES de Albert Maysles e Charlotte Zwerin
14h30 EASY RIDER de Dennis Hopper
1974 | 85 MIN. |
10h00 O PRINCIPEZINHO de Stanley Donen
1939 | 98 min. | M/6
10h00 O FEITICEIRO DE OZ de Victor Fleming
1999 | 120 min.
2004 | 135 min. |
14h30 O FANTASMA DA OPERA de Andrew Lloyd Webber, Joel Schumacher
14h30 DEEP PURPLE IN CONCERT WITH THE LSO (Concerto)
1953 | 74 MIN. | M/6
10h00 AS AVENTURAS DE PETER PAN de Walt Disney
1988 | 100 min. | M/6
10h00 QUEM TRAMOU ROGER RABIT? de Robert Zemeckis
1961 | 145 min. | M/12
2009 | 118 min. |
14h30 O CONCERTO de Radu Mihaileanu
1975 | 80 MIN. | M/4
10h00 AS AVENTURAS DA ABELHA MAIA de Seiji Endô e Hiroshi Saitô
1999 | 71 min. | M/6
14h30 WEST SIDE STORY de Jerome Robbins
2001 | 110 min. | M/12
14h30 FADO de P. Queiroga
10h00 HANNA MONTANA: A ESTRELA DA POP de Richard Correll
10h00 FANTASIA 2000 de Don Hahn
JUNHO
JULHO
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19
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14
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11
8
7
6
5
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1
CARLOS MEDEIROS (curriculum)
Natural de Ponta Delgada (Açores); residente em Lisboa.
1986
1987
1992
1998
1999
2000
2008
EXPOSIÇÕES COLECTIVAS
Marrocos em Portugal, Instituto Franco-Português, Lisboa.
Fotografia Portuguesa anos 80, Instituto Franco-Português, Lisboa.
La Photographie Contemporaine Portugaise, Espace Photo-Angle, Montpellier - França.
Marca, Galeria Arco 8, Funchal - Madeira
A window on the Azores, The Bermuda National Galery.
A window on the Azores, New Bedford Whaling Museum, New Bedford - EUA.
Fotografias V, Feira de Arte Contemporânea (FAC), Lisboa.
@estampa08, XVI Feria Internacional de Artwe Múltiple Contemporáneo, Madrid - Espanha.
EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS
1986
1987
1991
1992
1994
1995
1996
1999
2005
A propósito de arquitectura, Festival Internacional des Oranges - Marrocos.
Limites, Centro de Arte Moderna, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Photographies I, Alliance Française, Lisboa
Silêncio tudo, Instituto Franco-Português, Lisboa.
Fotografias II, Embaixada de Portugal - Cabo Verde.
Attentes, Mois de L’Image, Castres - França.
Fotografias III, Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL, Lisboa.
Fotografias IV, Galeria Palmira Suzo, Lisboa.
Des-Horas, Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa.
Tierras, Sala de Exposiciones Vaquero Poblador, Badajoz.
Casa da Cultura, Villa Franca de los Barros - Espanha.
Vitae brevis, Galeria Franco. Steggink, Encontros de Porto Pim, Horta - Açores.
A Paixão de Mariana, Igreja da Graça/Galeria das Artes, Ponta Delgada - Açores.
Tierras, Galeria La Cinoja, Festival Internacional de La Sierra, Fregenal de La Sierra - Espanha.
A Paixão de Mariana I, Ombres Blanches, Toulouse - França.
Exposição retrospectiva, Centro Português de Fotografia, Cadeia da Relação , Porto.
A Paixão de Mariana II, Galerie Le Confort des Étranges, Toulouse - França.
Fotografias VI, Le Parvis-Galerie de Photographie, Scene National Tarbes Pyrenées - França.
Casa das Artes, Tavira.
Insomnia, Teatro Micaelense - Centro Cultural e de Congressos, Ponta Delgada - Açores.
Cinemateca Portuguesa, Lisboa.
2003
2006
2006
2006
2007
2008
2009
2010
NOCTURNO
CARLOS MEDEIROS
CARTAZES DE TEATRO
1987
1988
1991
1993
1994
1995
1996
1997
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2006
2007
2008
2009
2010
Parlez-moi d’Amour, Grenier de Toulouse - França.
Charcuterie fine (François-Louis Tilly), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa.
Um bobo na garagem, Instituto Franco-Português, Lisboa.
Encore!, Théâtre de La Digue, Toulouse - França.
Nuits blanches, Cave Poésie, Toulouse, - França.
Le plaisir malgré lui, Théâtre Roquelaine, Toulouse, - França.
Bérénice (Racine), Théâtre Sorano, Toulouse, - França.
Antigone (Sófocles), Théâtre de l’Éclat, Toulouse, - França.
Le bleu de tes yeux, Fórum des Cordeliers, Toulouse, - França.
Tailhade, Comédie de Paris - França.
Tailhade, Théâtre des Carmes, Festival d’Avignon - França.
Molière ou l’amour en morceaux, Hôtel d’Assezat, Toulouse - França.
Perceval ou la fascination de l’absence,( a partir de As Ondas de Virgínia Woolf) Cave Poésie, Toulouse - França.
Tailhade dans le vif, Cave Poésie, Toulouse - França.
Faites vos jeux, rien ne va plus!, Théâtre National de Toulouse - França
A Paixão de Mariana, Galeria das Artes, Ponta Delgada - Açores
Là-bas (Lettres à nos hommes), Cave Poésie, Toulouse - França.
Les Fleurs du Mal (Charles Baudelaire), Instituto Franco-Português, Lisboa.
Tailhade...revient!, Cave Poésie, Toulouse - França.
Les Braises (a partir de Sándor Márai), Cave Poésie, Toulouse - França.
LIVROS
2005
Tierras - Diálogo Godofredo Ortega Muñoz / Carlos Medeiros.
Texto Michel Lépicouché.
Diputacion Badajoz - Espanha.
Representado na colecção de fotografias da Galerie du Château d’Eau (Jean Dieuzaide), Toulouse; Le Parvis-Galerie de Photographie,Tarbes; Centro
Português de Fotografia, Porto; Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa; Cinemateca Portuguesa, Lisboa; Centro Português de Serigrafia; Câmara Municipal de
Almada; Delegação de Turismo dos Açores; Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada e colecções particulares.
16 Agosto a 16 Setembro 2011
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
O FÚTIL E O ÚTIL
Apelos da Publicidade na I República
BIBLIOTECA PÚBLICA E ARQUIVO REGIONAL DE PONTA DELGADA
12 Novembro, 2011 a 12 Maio , 2012
É com o maior gosto que a Biblioteca Pública e Arquivo
Regional de Ponta Delgada promove nas suas instalações esta
Exposição de Carlos Medeiros que, sob a epígrafe de um soneto
de Antero, aqui nos apresenta 19 fotografias a preto e branco
agregadas em torno do título – Nocturno.
Se tivermos presente outra Exposição do mesmo autor que
em 2009 esteve patente na cidade de Ponta Delgada - Insomnia,
Teatro Micaelense, 4 Novembro/18 Dezembro - depressa nos
damos conta da afinidade de ambas com a noite que é, desde
logo, a ausência de luz, muito embora Carlos Medeiros procure
abrir o diafragma do seu olhar ao contrário disso mesmo.
Na noite despida, uma luz de alabastro equilibra-se sobre o precipício… Da solidão povoada por vultos indistintos, erguem-se duas sombras aladas que se agigantam
no silêncio. Eis Orfeu numa descida aos Infernos, em busca de Eurídice.
NOCTURNO
Lado a lado, fitam o pretérito, perdidos nas memórias diáfanas dos dias. Orfeu
tenta não olhar Eurídice. Mas de novo a luz abraça a escuridão e, num hiato breve,
começa a subida… É Eurídice que olha para trás, numa interrogação plangente e dócil.
Hades e Perséfone assistem à ascensão.
Não só porque as imagens aqui expostas possuem um cariz
cinemático, mas também porque a Fotografia e o Cinema estão
organicamente ligadas, pareceu-nos oportuno associar à abertura
desta Exposição a exibição de um filme, iniciativa tornada
possível pelo 9500 Cineclube, a quem desde já agradecemos a
colaboração prestada na escolha do título - Blow-Up. História de
um Fotógrafo (Michelangelo Antonioni. 1966) - e o seu respectivo
enquadramento comentado, a cargo de Samuel Andrade.
Um vago rumor de gritos e de murmúrios sufocados derrama-se pelo chão líquido e abandonado. Já ambos terminaram a viagem e estão, afinal, lado a lado. Este Orfeu
resistiu à dúvida… Flutua, agora, “rompendo a treva”, carregando o sobretudo anódino
da rotina, numa olímpica indiferença.
E Eurídice não aguenta; chora graniticamente, abraçando a muralha do infinito.
Quem a resgatará do Submundo onde vagueia? Quem a libertará dos escolhos da sua
consciência? E ele, sempre tão longe… arrastando às costas os grilhões da sua liberdade.
É ela que olha para trás, é ela que condena com o seu olhar a morte lenta do mundo, as
árvores nuas que parecem espectros dançando na noite.
Filme de culto das décadas 60/70, distinguido com a Palma
de Ouro do Festival de Cannes em 1967, Blow-Up contribuiu
fortemente para a popularização da fotografia entre os jovens
dessa época, não tendo sido poucos aqueles que sonharam ser
fotógrafos, amadores ou profissionais, depois de visionada a obra
de Antonioni.
Se alguma coisa nos ensina o filme em apreço, é que a
fotografia não se limita ao aparentemente visível. As fotografias
de Carlos Medeiros são uma confirmação disso mesmo: buscam
na noite “um instinto de luz” que faz falar o silêncio das sombras.
Esperamos que o público possa apreciar em Nocturno aquilo
que não se vê à primeira vista.
A Direcção da B.P.A.R.P.D.
16 de Agosto 2011
De costas voltadas, os amantes pressentem-se, coabitam na distância da dor e
do desprezo. Ah!, mas este não é o Orfeu da lira e dos poderes encantatórios, não é o
filho de Calíope e poeta dos Trácios. Não… Este é Orfeu negro, que se tenta resgatar a
si próprio do seu Inferno interior. Impassível, mergulha nos confins da sua alma, no luto
do prazer adiado e condoído, ignorando a pobre ninfa que foi mordida pela serpente.
Nocturno Espírito que passas, quando o vento
Adormece no mar e surge a Lua,
Filho esquivo da noite que flutua,
Tu só entendes bem o meu tormento...
Como um canto longínquo - triste e lentoQue voga e subtilmente se insinua,
Sobre o meu coração que tumultua,
Tu vestes pouco a pouco o esquecimento...
A ti confio o sonho em que me leva
Um instinto de luz, rompendo a treva,
Buscando, entre visões, o eterno Bem.
E tu entendes o meu mal sem nome,
A febre de Ideal, que me consome,
Tu só, Génio da Noite, e mais ninguém!
Antero de Quental, in “Sonetos”
São sombras de uma alegoria platónica, meras sombras que se vão lentamente
esbatendo, ora na parede branca da vida, ora na parede negra do esquecimento.
É a vez de Eurídice tentar a luz. Ele segue-a, túmulo caiado de altivez.
Num movimento circular, alcançam novamente o precipício iluminado pela luz
de alabastro.
Tragicamente, os dois amantes, “filhos esquivos da noite”, exilam-se na espessura das trevas. Ao longe, arde uma chama vítrea, enquanto as duas estátuas de pó se
dissipam.
Assim é a fotografia de Carlos Medeiros: utopia (no seu sentido etimológico de
não-lugar), luz, sombra, indiferença e silêncio habitado.
Eunice Maia
ESQUEMA DE DOBRAGEM
1ª DOBRAGEM
TRÁS
FRENTE
FRENTE
ESQUEMA DE DOBRAGEM
2ª DOBRAGEM
FRENTE
FRENTE
CINEMA
VIDAS COM
HISTÓRIA
outubro / novembro
Contacto: 296 282 085
Mediante reserva para grupos
Entrada Livre
(Secção Juvenil-Multimédia)
sala de projecção colectiva
outubro
novembro
Dia Mundial da Poesia
Foto: António Pacheco (MCM)
21 de Março | 2011
Antero de Quental
(1842-1891)
QUENTAL, Antero de - Sonetos. Lisboa : Propriedade e Edição de Couto Martins, 1956.
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NOTA EXPLICATIVA
EVOLUÇÃO
Dando continuidade a uma iniciativa já tomada nos anos anteriores,
a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada assinala a
passagem do Dia Mundial da Poesia (21 de Março) com a divulgação de
um poema.
Fui rocha, em tempo, e fui no mundo antigo,
Procurando honrar a memória do mais distinto filho da terra, Antero
de Quental (1842-1891), seleccionámos da sua obra o soneto intitulado
Evolução, composto em Março de 1882, onde talento literário e sentido
filosófico se cruzam em momentos de rara beleza e harmonia.
António Sérgio, na edição que organizou dos Sonetos, dada à estampa
em 1956, inscreve este poema no “5º e último período (1880-1884)” da
produção poética de Antero de Quental, chamando a atenção para a
aliança nele patente “do evolucionismo biológico com o evolucionismo
conceptual do sistema de Hegel, para o qual as formas que sucessivamente
aparecem representam os momentos de uma ascensão “dialética” cuja
causa final é a liberdade”1.
Refira-se que a obra de onde foi retirada a citação pertence à biblioteca
de Natália Correia e apresenta uma saborosa dedicatória, que passamos
a transcrever – “ À venusta Natalinha, o seu vetusto amigo. António
Sérgio”. Curiosa inscrição, esta, onde se surpreende a cumplicidade de
António Sérgio com Natália Correia: duas gerações do século XX unidas
na admiração e culto pela obra de um dos maiores poetas do século XIX
português – o açoriano Antero de Quental.
Tronco ou ramo na incógnita floresta...
Onda, espumei, quebrando-me na aresta
Do granito, antiquíssimo inimigo...
Rugi, fera talvez, buscando abrigo
Na caverna, que ensombra urze e giesta...
Ou, monstro primitivo, ergui a testa
No limoso paúl, glauco pascigo...
Hoje sou homem - e na sombra enorme
Vejo a meus pés a escada multiforme
Que desce, em espirais, na imensidade...
Interrogo o infinito, e às vezes choro...
Mas, estendendo as mãos no vácuo, adoro
E aspiro unicamente à liberdade.
A Direcção da B.P.A.R.P.D.
Busto em mármore, retratando Antero de Quental, da autoria do
escultor José Simões de Almeida (1844-1926).
1 QUENTAL, Antero de - Sonetos. Lisboa : Propriedade e Edição de Couto Martins, 1956,
p. 280.
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O busto foi descerrado no dia 1 de Janeiro de 1893 por ocasião
da abertura ao público da livraria de Antero de Quental nas
instalações da Biblioteca Pública de Ponta Delgada, a quem o
poeta havia legado em testamento o seu património bibliográfico.
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