que passa por crescer na colaboração, no ser com outros

Transcrição

que passa por crescer na colaboração, no ser com outros
N.º 67
Junho
2008
R. do Lindo Vale, 464 – 4200-370 PORTO Al. das Linhas de Torres, 2 – 1750-146 LISBOA
... que passa por
crescer na colaboração,
no ser com outros...
alargando e enriquecendo a capacidade de resposta
e dando testemunho de unidade.
“Tudo o que foi, foi Graça”.
Acreditamos que estas palavras são a expressão que melhor resume a visita antecipada das
Irmãs Jaci, Domingas e Célia à nossa Província Norte.
Um primeiro momento de surpresa, um ajuste das programações previstas anteriormente, a
abertura à expectativa do que o Senhor nos queria dar com esta visitação de Deus…
Disponibilidade interior e das comunidades: a alegria da presença pacificadora e, simultaneamente, de ânimo e desafio à renovação da nossa vida-missão. Como marcos luminosos
deste intenso itinerário, os encontros inter-comunitários que proporcionaram uma reflexão
funda e um incentivo forte a maior dinamismo do nosso ser Doroteia.
E… dois meses passaram velozmente! No final, três dias que concentraram muita vida e, ainda
mais, muitas interpelações: o encontro das Coordenadoras da Província; o encontro com o
Governo Provincial do Norte; e, a rematar, o encontro com as Irmãs dos Governos das duas
Províncias, integrado no processo de re-unificação do Norte e do Sul de Portugal.
Bendito sejas, Senhor, por tudo o que foi Graça – e foi tanto!
Bem hajam, queridas Irmãs Jaci, Domingas, Célia, pela vossa presença-dom entre nós! Deus,
Maria e Paula abençoarão a sementeira!
Governo Provincial de Portugal Norte
E as Comunidades falam, seguindo o itinerário da Visita:
Irmã Jaci e Ir. Domingas em Recardães - 06 a 08 Abril
No final de tarde do dia 6 de Abril, após a realização do encontro intercomunitário realizado pela Ir.
Jaci e a Ir. Domingas às Comunidades de Coimbra, Figueira da Foz e Recardães, as duas Irmãs do
Governo Geral chegaram a Recardães.
Nesse mesmo dia a Comunidade reuniu com as Irmãs do Governo Geral para um primeiro encontro, em
que se experimentou a simplicidade de Paula na serenidade e na delicadeza de cada uma das Irmãs.
As Irmãs foram acolhidas pelo pessoal e pelas crianças
do Centro. Estas últimas, no palco do polivalente,
cantaram-lhes uma canção e no final ofereceram à Ir.
Jaci um quadro com um girassol, pintado por uma das
Educadoras. A Ir. Jaci agradeceu o acolhimento.
A visita seguiu-se com a normalidade dos encontros
pessoais com a Ir. Jaci, e com a visita aos locais de
missão de cada Irmã, feita pela Ir. Domingas.
Para nós, Comunidade, foi um tempo de desafio… um
tempo de entusiasmo… um tempo de confirmação… e um
tempo de abertura à Graça… essa Graça de Deus que
perpassa os corações unidos num único querer – O de
acertar com a Vontade de Deus. Experimentámos e
sentimos Deus-Comunhão-Família em cada palavra e em cada gesto das Irmãs do Governo Geral…
As palavras que poderiam ser expressão desta Visita – Simplicidade, Família, Comunhão.
O sentimento – Gratidão!
Coimbra: A Ir. Jaci em nossa casa - 08 a 11 Abril
Chegou a 6 de Abril, acompanhada pela Ir. Domingas, para o encontro intercomunitário com as
Comunidades de Figueira da Foz e Recardães.
Com a simplicidade e serenidade que lhe são próprias, apresentou-nos o mandamento do Amor e
suas implicações na vida pessoal e comunitária. Gerou um clima de diálogo, participação, reflexão...
deixando-nos o desafio do “tripé comunitário” gerado pela oração, missão e comunhão fraterna.
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A visita à Comunidade começou no dia 8 e terminou a 11 de Abril. Entre encontros pessoais e
comunitários foi integrando cada Irmã no Corpo que é a Congregação: Um Corpo vivo e actuante no
Mundo, que quer ouvir o Espírito e deixar-se guiar pelos seus
apelos que emergem da História dos homens e mulheres do
nosso tempo. Cada Irmã se sentiu única, acolhida,
compreendida, escutada...
Numa das noites esteve com o grupinho das nove Universitárias
que viveram connosco durante este ano que está a terminar.
Interessou-se por saber donde vêm, que estão a fazer, como
está a correr e como se estão a sentir entre nós.
Também as «Mães de Paula» tiveram a sua noite e o seu
encontro.
O único intervalinho que teve foi aproveitado para visitar o
«memorial» da Irmã Lúcia, onde tocou a densidade Espiritual
daquele espaço. Também fizemos uma visita rápida à casa
do Noviciado.
Ajudada pela Irmã Domingas, a sua passagem pela nossa casa deixou sementes de Vida nova e de
Esperança. Deixou o rasto de uma Irmã próxima, amiga, compreensiva, interessada.
Porto – Vilar - 13 a 17 Abril
A Irmã Jaci, nossa Coordenadora Geral, acompanhada pela Ir. Domingas, esteve na comunidade de
Vilar de 13 a 17 de Abril. Esteve e «ficou»; ficou na memória agradecida de cada uma, pois todas
guardamos no coração os seus ensinamentos, tão simples como profundos, que muito nos tocaram
e foram estímulo para a nossa vida religiosa.
Muito discreta, sempre em bicos de pés, dialogou com cada Irmã; interessou-se pelos problemas
pessoais e comunitários, vivendo as diversas situações e, em pouco tempo, tomou conhecimento do
ambiente e da nossa realidade. Proporcionou-nos, através de ppt´s muito elucidativos, valiosos
conhecimentos e uma visão global da Congregação, nos vários Continentes.
Toda a Comunidade agradece à querida Irmã Jaci a sua inteira disponibilidade, sem tempo marcado,
como se cada pessoa fosse a «única».
Ecos da estadia da Irmã Jaci na Casa Provincial - 23 a 24 Abril
Todas nós recordamos ainda a sua presença, marcada pela simplicidade, pela
atenção a cada Irmã, presença sempre muito próxima e familiar.
Como o frio ainda se fazia sentir, acendia-se habitualmente a lareira. A
Irmã Jaci nunca tinha visto, ao vivo, um fogão de sala a funcionar!....
Era mesmo maravilhoso ouvi-la exclamar: “Que gostoso! Que coisa
linda, Santo Deus!...” . Sentia-se feliz, encantada, aquecida pelo “fogo”
do acolhimento, do sentir-se em casa, além do fogo que aquecia o
ambiente, anormalmente frio para esta época do ano. O calor da
lareira tornou-se um convite à proximidade, ao diálogo, ao convívio, a
fazer “acontecer Monte Moro”... Que belos serões vivemos!
Na nossa memória ficam: a sua serenidade, o seu interesse e carinho por tudo e por todas, que se
revelava nas coisas mais simples. Fica também a interpelação de podermos servir, sempre mais
conscientes das nossas fraquezas e das nossas forças, como Comunidade. E também o desafio a
vivermos com mais entusiasmo e alegria a nossa Missão, nesta hora.
Às Irmãs Célia e Domingas agradecemos também o testemunho de fraternidade e de disponível serviço que nos deixaram. Bem hajam todas pela presença que animou e aqueceu – e nos ficou dentro
como um fogo de clareira a impulsionar-nos a ir sempre mais além!
A Ir. Jaci em Bragança - 25 a 27 Abril
A passagem da Irmã Jaci pela nossa Comunidade foi, realmente, uma “PÁSCOA” que nos envolveu
também num tempo próprio de graça, libertação e salvação.
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A sua presença suave, serena, alegre e simples cativou também as alunas, sobretudo durante as
refeições, fortalecendo o espírito de família tão característico de Santa Paula.
O início da visita coincidiu com um encontro das «Mães de Paula», agendado deste o início do ano
com as quatro responsáveis nacionais - Manuela de Viseu, Edite do Sardão, Irene de Vila do Conde e
Tuxa de Lisboa – que visitavam o grupo de Bragança pela primeira vez. Também vieram as «Mães»
de Caçarelhos, e todas as Irmãs estiveram presentes.
Depois de um lanche-convívio partilhado, «Mães» e Irmãs participaram com entusiasmo e alegria no
encontro com a Madre Geral. A Irmã Domingas projectou um Power-Point sobre a nossa Congregação e, em seguida, houve espaço de informação, comunicação e diálogo muito fecundo e empenhativo. A Irmã Jaci parecia contente com a participação.
Na comunidade fomos particularmente sensíveis à sua maneira de ser e de estar connosco, quer nos
encontros pessoais - muito próxima e sem pressas - quer nos comunitários, partilhando connosco a
vida e a fé na oração, transmitindo paz através da sua capacidade de atenção, de interesse, mas
sobretudo de “escuta”. Muitos silêncios… poucas palavras…
Foi uma terapia humano-divina que uniu chamas, aqueceu corações e gerou relações fraternas na
verdade e no amor.
Visita da Madre Geral a Viseu - 28 Abril a 2 Maio
Pelo meio da tarde de 27 de Abril, a nossa Casa encheu-se de alegria quando viu chegar a nossa
Irmã Jaci e a sua Assistente, Irmã Domingas, vindas de Bragança,
com algumas Irmãs daquela Comunidade.
Os dias que ambas passaram connosco foram um acontecimento
contínuo de festa jubilosa, não só pelo contacto pessoal com a
Irmã Jaci, como também nos encontros espirituais proporcionados
à Comunidade. Encantou-nos a singeleza de trato de ambas, bem
como as suas palavras claras e esclarecedoras nos encontros que
nos fez.
No encontro inter comunitário - Viseu, Bragança e Pinhel -, a
Madre Geral apresentou-nos um
PowerPoint,
dividindo-o
em
passos, que nos ajudou a tomar
Direcção do Colégio com a Irmã Jaci:
consciência de muitos aspectos.
Ir. Teresa, Paula Cristina, Vera, Ir. São Paiva Foram
momentos
ricos
de
interioridade e de partilha.
A Visita teve convívios diários de descontracção partilhada,
sobretudo pelas Irmãs Leite e Medeiros, que muito contribuíram
para criar um ambiente de franca alegria fraterna.
Esta Visita da Madre Geral foi um verdadeiro Pentecostes em todas
nós. Rezamos, para que a “semente boa” lançada tão
Irmã Jaci com o casal de velhinhos...
abundantemente no coração de cada uma de nós, frutifique e nos
(Irmã Leite e Irmã Medeiros)
ajude a sermos cada vez mais “Paula hoje”no local onde o Senhor
nos chamou a viver a Sua Missão.
Vila do Conde, Instituto e Residência - 04 a 10 de Maio (Novena do Espírito Santo)
4 de Maio! Dia tão preparado, dia tão esperado!
Ao fim da manhã chegou a Irmã Jaci acompanhada pela Irmã Célia Cerveira, Conselheira Geral.
Começava a visita à nossa Comunidade, e logo a seguir à Comunidade da Residência, nossa vizinha.
Foi uma presença de oito dias decorridos entre diálogos, momentos de enriquecimento espiritual,
ocasião para conhecer a vida da Congregação e crescer no amor a Santa Paula e ao Carisma que
nos legou. O final da visita, presentes as irmãs das duas Comunidades, coroou aqueles dias.
A exposição da Irmã Jaci foi uma lição de vida, que mexeu por dentro toda a gente. “A Luz, o Fogo
do Espírito” acendeu em cada uma o desejo de manifestar a sua alegria em ter percebido o mecanismo de tantas “cicatrizes” que por vezes teimam em mostrar de novo “feridas” mal curadas… Perguntas. Respostas. Mais velhas ou de menos idade, todas gostaram de ouvir explicadas as suas
dúvidas.
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Ficámos bem mais ricas no “conhecer-se” como se é… para se ser como Deus nos quer: mulheres
consagradas FELIZES!
De coração dilatado dizemos: OBRIGADA queridas Irmãs, pois nos deixaram “cheias de alegria”
como Jesus deixou os Apóstolos em dia de Pentecostes!
Visita das nossas Irmãs Jaci e Célia a Pinhel - 14 a 15 de Maio
Na sua passagem pela nossa Comunidade, sentimos uma presença amiga que nos transmitiram paz
e muita serenidade. Deixaram em nós mais vivo o espírito de Santa Paula que nos entusiasmou
mais na nossa caminhada, como Doroteias nestas terras beiroas.
Estamos gratas por tudo que recebemos.
Visita da Madre Geral e da Ir. Célia Cerveira ao Colégio do Sardão – 17 a 21 de Maio
Foram 5 dias: passaram rápido... mas como foram fecundos!
Sublinhamos três níveis:
Contactos individuais – fica a sensação de acolhimento, compreensão, solicitude e disponibilidade;
Exigências comunitárias – o ponto fulcral foi análise da qualidade de vida da comunidade. Feita de
uma forma viva, com situações caricaturadas mas a tocar em cheio no real do dia a dia, constituiu
ajuda e proporcionou enriquecimento doutrinal a iluminar a “evangelização” das nossas relações fraternas, a nossa oração-vida e os processos de discernimento.
Vida da Congregação – A comunicação oral acompanhada de um power-point, expressivo no seu
conteúdo, permitiu satisfazer um desejo que manifestáramos: conhecimento dos lugares e marcos
do serviço da nossa missão de evangelizar educando.
Este mesmo conhecimento foi proporcionado a todos os Professores e Educadores, bem como às
«Mães de Paula» num encontro com a Madre Geral e com a Irmã Célia.
Interessante e enriquecedor foi também o dia da vivência conjunta das duas comunidades.
A marcar o TUDO – e foi tanto - da visita ficou a pequena chama de cada uma fixa sobre a chama
grande da comunidade. É o SIM uma vez mais recordado, é o compromisso-vida de, juntas pela Justiça do Reino construir, apesar das nossas limitações (idade, doenças, condicionalismos), a comunidade profética com entusiasmo renovado na entrega na missão.
Como brisa suave que, ao passar, deixa apelos... na Paz - 24 a 27 de Maio
Antes da visita propriamente dita, a realização do Encontro Inter-Comunitário trouxe à nossa Comunidade da Paz a presença da Irmã Jaci, acompanhada pela Irmã
Domingas. Foi um momento forte para todas as Irmãs das
Comunidades da Casa Provincial, da Escola Superior de Educação
e da nossa: o itinerário do dia foi permitindo tomar nova
consciência do que ‘já sabemos’… mas que temos de reconhecer
andava esquecido, esbatido, menos presente no nosso ser-agir
pessoal e comunitário. Os “três pilares” tão sugestivamente
apresentados não os poderemos esquecer nos tempos mais
próximos – assim o Senhor nos ajude a saber vivenciá-los no
nosso quotidiano! E assim nos ajudemos umas às outras a darlhe a atenção que merecem para que a nossa vida-missão se
enraíze mais e mais na Trindade! No final do dia, tínhamos a
sensação de que o vento do Espírito tinha mesmo passado pelas nossas vidas, de modo muito
interpelador: “até parece que a Irmã Jaci nos conhecia bem, e já tinha vivido connosco!”, dizia uma
Irmã após o encontro.
Dos dias da visita, guardamos uma experiência de fraternidade discreta e simpática numa presença
serena extremamente atenta e perspicaz. Foram dias muito simples mas marcantes os que vivemos
com a Irmã Jaci e Irmã Célia: os encontros pessoais, os momentos comunitários mais informais nas
refeições e convívios, os contactos com os leigos – sobretudo, os dois encontros que abrangeram
praticamente todos os que connosco partilham este ‘dom de educar’, tudo foi acontecendo de modo
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natural, ao estilo de Paula. Mas não podemos deixar de sublinhar, com um relevo especial, o encontro comunitário em que nos foi proposto caracterizarmos ‘espontaneamente’ a nossa Comunidade:
pelo que dissemos e pelo que não chegámos a expressar (num encontro comunitário posterior,
retomámos esse momento que nos levantou bastantes interrogações). Mas, mais ainda, pelo que
fomos levadas a reflectir, a questionar-nos, a deixarmo-nos desafiar por uma maior atenção aos
“três pilares”. E porque nos ‘provocou’ bastante, propusemo-nos reflectir individualmente sobre o
eco que a Irmã Jaci nos deixou – como apelos escondidos em brisa suave
– para percebermos
como operacionalizar o que merece atenção prioritária, e qual o contributo que cada uma pode dar
para o conseguirmos. Vamos partilhá-lo nos próximos dias…
O nosso sincero e amigo BEM HAJAM às Irmãs Jaci e Célia por esta “visitação” da Graça nas suas pessoas, no seu modo de ser e estar. Queremos mesmo que a nossa gratidão se traduza no conseguirmos a conversão que nos é pedida, neste tempo favorável do Ano Jubilar. Estamos a caminho,
esforçando-nos para que os apelos da brisa suave encontrem resposta nas nossas vidas!
Desde Março de 2008 que todos os que quiseram entrar na aventura – Irmãs e Leigos – se puseram a
caminho numa Peregrinação Virtual aos «Lugares» de Paula.
Mas outros – outras, neste caso – tiveram a graça de uma Peregrinação Real!
Foi assim (conta a Irmã Fernanda Manso):
Foi de 3 a 11 de Maio que tivemos o privilégio e a felicidade de peregrinar pelos lugares pisados por
Paula.
A nossa eficiente guia não deixou nada ao acaso. As recomendações, os documentos, a ansiedade, a alegria
e a expectativa eram ingredientes que levávamos na bagagem; e, na hora combinada, lá estávamos nós nos
aeroportos para rumarmos a Itália (as irmãs do Norte, no Porto; as do Sul, em Lisboa).
O itinerário estava programado ao milímetro. Para contactar as nossas fontes, ver o máximo, saborear tanto pão caseiro, aproveitar tudo e não desperdiçar nada, foi necessário deitar cedo e cedo
erguer, não descurar nenhuma recomendação da nossa guia e aligeirar bem o passo.
Foram dias muito intensos e densos, cheios de emoções e de surpresas. O facto de pisarmos, cheirarmos, contactarmos os espaços, os lugares, o corpo da nossa Santa Paula, foi uma envolvência indescritível, e não há palavras para descrever o que sentimos e o que vivemos. Foi um sonho que se realizou,
e nós pudemos tocar de perto, ver com os nossos olhos, louvar e bendizer o Senhor pela sua passagem
na vida de Paula e pela passagem de
Paula nas nossas vidas.
As nossas Irmãs de Santo Onofre e de
Génova foram incansáveis, e tudo
fizeram para que nada nos faltasse. A
língua não foi impedimento porque o
Espírito era o mesmo... O tempo também
ajudou, e o Santo Padre até desceu à
praça de S Pedro para estar mais
próximo; mas só o vimos através do ecrã
gigante, pois a multidão era imensa. (É
caso para dizer que fomos a Roma e não
vimos o Papa...).
Estes dias vividos em peregrinação aos lugares de Paula, o contacto com as nossas raízes, o acolhimento das nossas Irmãs italianas, o esmero da nossa guia, o apoio dos nossos governos provinciais e
geral, fazem-nos cantar e bendizer o Senhor, desafiam-nos a viver mais intensamente a nossa consagração e a deixarmo-nos confrontar com a nascente. Aqueles lugares de Paz fazem brotar do interior
de cada uma de nós essa água que é Vida e Luz, e que queremos levar connosco para onde somos
enviadas…
BEM HAJAM POR TUDO.
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E a Peregrinação virtual, como vai decorrendo?
Iniciámo-la em Março, com a visita à Pia Baptismal de Santo Estêvão, onde Santa Paula nasceu
para a Fé, no seio de uma família… VIVER FAMÍLIA… - PAULA, MULHER DE FAMÍLIA Encaminhámo-nos, de seguida, para o Santuário da Madonnetta, que marca, desde
pequenina, a presença de Nossa Senhora na sua vida… MARIA… - PAULA, MULHER DO SIM Seguimos em direcção ao mar até à Paróquia de Quinto onde Paula, ainda jovem, começou a
alargar o horizonte da família numa comunidade maior… VIVER IGREJA… - PAULA, MULHER
DE IGREJA Subimos ao Monte Moro, sobranceiro ao mar, o lugar da escuta e da busca, com outras
jovens, do sentido, do ideal, do querer de Deus… BUSCAR… - PAULA, MULHER DE BUSCA É aqui que estamos neste mês de Junho. Depois... continuaremos, no próximo ano lectivo:
Na Casa de Quinto, encontramo-nos com a primeira experiência de Comunidade, a Fundação, o ideal a acontecer… LUTAR PELO IDEAL… - PAULA, MULHER DE IDEAL As correntes do rio Polcevera, que atravessamos depois, são o lugar onde Paula arriscou a vida para visitar as
suas Irmãs… SER CONTRA-CORRENTE… - PAULA, MULHER CONTRA-CORRENTE Depois, vamos para Roma:
Vamos à 1ª Casa, no Beco dos Santos Apóstolos, encontrar-nos com a capacidade de aventura e de despojamento de Paula para alargar a missão… DAR TUDO… - PAULA, MULHER POBRE E AUDAZ Percorreremos, depois, as 7 Paróquias de Roma, onde Paula, em menos de um ano, chegou com a Pia Obra de
Santa Doroteia… EVANGELIZAR-SERVIR… - PAULA, MULHER SEDENTA DE EVANGELIZAR As Escolas e o Internato de Santa Maria do Refúgio são o ambiente onde encontraremos Paula educadora,
pela via do coração e do amor… EDUCAR… - PAULA, MULHER EDUCADORA Descemos, depois, ao Poço de Santo Onofre, lugar da radicalidade do amor, onde se dá de beber ao inimigo…
ACOLHER INCONDICIONALMENTE… - PAULA, MULHER DO AMOR INCONDICIONAL Seguiremos para a Varanda da Vigília, onde Paula, sozinha, vigiou a ameaça de um incêndio, rezando e confiando… ORAR-CONFIAR… - PAULA, MULHER DE FÉ Passamos pelo Pátio de “envio” para o Brasil e Portugal, lugar da abertura, do ir sempre mais além, da universalidade… IR SEMPRE MAIS ALÉM… - PAULA, MULHER DE CORAÇÃO UNIVERSAL E terminaremos no Quarto de onde Paula partiu para o Paraíso, o lugar testamento de uma vida… DEIXAR
RASTO… - PAULA, MULHER DE ETERNIDADE O preço?
… A Peregrinação “virtual” é gratuita. Só nos pede um pouco de silêncio... tempos de paragem...
momentos de encontro e de diálogo… de desafio a MAIS VIDA!
O roteiro de cada mês encontra-se em http://www.irmasdoroteias.pt
Todos os meses vêm «notícias» desta Peregrinação. Vamos «escrevendo» postais... a contar a viagem... a partilhar o que ela nos trouxe para a «Peregrinação da VIDA»...
Mandou – mandaram - «postais» da vossa peregrinação? Quem se esqueceu até agora... pode ainda
enviar, como se pede em todas as Fichas: «Tendo em conta toda a reflexão feita, escrever num
bilhete postal o mais importante que o grupo (ou a pessoa) leva desta paragem com Santa Paula, (...),
para a peregrinação da vida que vamos continuar…
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Caminho do grupo que vai a Angola
Aproxima-se a passos largos o dia da partida (30 de Julho). Porém, parece que tudo está a começar agora. No mês de
Maio, tivemos dois encontros marcantes:
O primeiro encontro foi para reorganizar e reestruturar o grupo de jovens em função da mudança de local de missão,
visto não irmos para Capelongo e Freixiel, como estava previsto inicialmente. Foi-nos pedido para irmos para Benguela. Ficaremos hospedados no nosso Colégio – Nossa Senhora da Conceição - e iremos trabalhar em três localidades
diferentes: Sete jovens irão trabalhar no Bairro de Santo António, desenvolvendo actividades com crianças, jovens e
adultos da escola e da paróquia. Outros sete irão para o Bairro Kandumbu, na Paróquia de Santo Estêvão, e darão o
seu apoio na escola e no centro de saúde; aos fins de semana terão actividades no Colégio de Nossa Senhora da Conceição. O terceiro grupo, de cinco jovens, apoiará o nosso Lar Paula Frassinetti, e aos fins de semana desenvolverão
actividades na Paróquia de Nossa Senhora do Pópulo.
O segundo encontro foi um fim de semana dedicado às relações humanas e dinâmica de grupo. Este foi orientado
pela Irmã Milita. A tarde do primeiro dia decorreu na Obra Social Paulo VI. Pelas
18h, saímos todos de mochila e saco cama às costas para contactar uma realidade
diferente da que estamos habituados. Participámos na missa da igreja da Charneca
e, no fim do jantar, na oração da comunidade. Passámos a noite no Centro de Dia
das Galinheiras. No dia seguinte, Domingo, o grupo dividiu-se em três equipas:
Um grupo esteve a conversar com as pessoas que tomam café na Paróquia. Outro
grupo foi conviver com as velhinhas do lar. O terceiro grupo ficou a ensaiar os
cânticos para a eucaristia com o grupo coral africano, recentemente formado. Todo
o grupo participou na missa das 11h. Foi uma grande alegria para a comunidade,
pois os jovens estavam de tal maneira integrados que fizeram as leituras, tocaram
batuque e até dançaram no ofertório.
No fim da missa a comunidade ofereceu a cada jovem a bênção irlandesa, que o
grupo rezou com os dois sacerdotes:
“Que os caminhos se abram ao teu encontro, que o sol brilhe sobre o teu rosto, que
a chuva caia suave sobre os teus campos, que o vento sopre sempre nas tuas
costas. Que guardes no teu coração com gratidão a lembrança preciosa das coisas
boas da vida. Que todo o dom de Deus cresça em ti e te ajude a levar alegria aos
corações dos que amas. Que os teus olhos reflictam um brilho de amizade, gracioso
e generoso como o sol, que sai de entre as nuvens e aquece o mar tranquilo. Que a
força de Deus te mantenha firme, que os olhos de Deus te olhem, que os ouvidos de
Deus de ouçam, que a palavra de Deus te fale, que a mão de Deus te proteja, e que, até que nos voltemos a encontrar, o Outro te tenha, e nos tenha a todos, na palma da sua mão.”
No final fomos convidados, pela comunidade e pelos Padres, a ir novamente à Paróquia depois do regresso de Angola, para partilharmos a nossa experiência.
MARIA DA GRAÇA GONÇALVES
Em conversa – Irmã Gracinda Martins com a Irmã Graça
- Irmã Graça, vamos conversar um bocadinho? É para sair no jornal da sua
terra!
- O quê?! Ai, valha-me Deus, como pode ser isso?
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- Um pedido do Senhor Prior; quer saber coisas sobre a irmã!
- Então está bem, vamos conversar!
A conversa começou, e dela extraí o seguinte:
A Irmã Maria da Graça Gonçalves nasceu no dia 16 de Abril de 1916; completou, portanto, em 2008
os seus 92 anos. É natural de Faiões, Concelho de Vila Real e Distrito de Chaves. Tinha 6 irmãos que
já partiram para a casa do Pai.
Aos 18 anos entrou na Congregação das Irmãs Doroteias.
Iniciou o seu noviciado em Vila do Conde, e fez um grande percurso pelas casas da Província Portuguesa, tais como: Linhó, Colégios das Calvanas, Paz, Abrantes, Póvoa, Sardão…
Desempenhou as funções de despenseira e de enfermeira dos alunos e da Comunidade, com muito
gosto e empenho para que nada faltasse.
Foi sempre muito querida das irmãs e meninas, que a procuravam com frequência para aliviar os
seus pequenos males.
Já completou os 50 anos de vida religiosa. Pela força das circunstâncias teve que abrandar o ritmo
da sua intensa actividade. Todos estes anos denunciam o desgaste de uma vida de entrega e doação
ao Serviço de Deus e das pessoas que passaram pelo seu caminho.
Presentemente encontra-se na Casa de Retiros de Santa Paula, junto ao Colégio do Sardão. Aqui, a
sua principal actividade foi, até há bem pouco tempo, a de enfermeira, não só das irmãs como de
outras pessoas que a procuravam para beneficiar dos serviços que ela prestava com muito gosto:
dar injecções, fazer pensos, medir a tensão arterial, etc.
Também se deslocava a casa das pessoas das redondezas, onde prestava os mesmos serviços.
No regresso a casa falava das dificuldades das pessoas e procurava a melhor maneira de as ajudar.
Se tinha bens materiais que pudesse partilhar, fazia-o, mas partilhava sobretudo palavras de incentivo ao abandono e confiança em Deus.
Algumas vezes, quando a Irmã Graça chegava à casa das pessoas, os pequenitos diziam: - Ó avó,
vem aí o Jesus! Assim a identificavam com Jesus pela sua atitude terna, bondosa, acolhedora e simpática…
Agora, dedica mais tempo à oração, à leitura, e colabora nas tarefas da comunidade em tudo o que
pode, mesmo que não lhe seja solicitado.
Como já não consegue deslocar-se a casa das pessoas, muitas a vêm visitar, pedir conselho e
fazem-se acompanhar de pequenas prendinhas, como sinal de reconhecimento pelo muito que dela
receberam.
A Irmã Graça tem um pequeno estribilho que gostamos de explorar. Quando lhe perguntamos pela
saúde já sabemos a resposta, mas dá gosto ouvi-la responder sempre com ar de terna simpatia:
- Estou velha!
Como já disse, foi com alegria que a Irmã Graça soube de que o Senhor Prior gostava de fazer sair
uma notícia sobre ela no jornal da terra.
É também com alegria que escrevo a conversa simpática que tivemos, para que se saiba que a Irmã
Graça viveu e vive feliz na sua Consagração e entrega da vida ao serviço de Deus e dos outros.
QUE DIZ DE SI... IRMÃ FLORA LEITE?
LEITE?
Nasci a 2 de Maio de 1920,
exactamente no mesmo dia
em que os meus Pais, dois
anos atrás, tinham casado. Era
um domingo, ao meio-dia;
cheguei ainda a tempo para a
Missa das 13 horas… Baptizeime, passados quinze dias, portanto, no dia 16 de Maio.
A terra que me viu nascer, e à qual tenho muita
honra em pertencer, é a “Cidade do Trabalho” – S.
João da Madeira – Diocese do Porto, Distrito de
Aveiro. Era então uma vila mais ou menos rural e
agrária, pertencente a Oliveira de Azeméis. Eman-
cipou-se, há já bastantes anos, transformando-se
progressivamente num Centro Industrial, com
centenas de indústrias, destacando-se a dos chapéus e calçado.
Pelos meus dez anos, fiz a Comunhão Solene,
integrada num grupo muito grande, como ainda
hoje é habitual na minha Paróquia – Paróquia única, de um único Concelho e de uma única Freguesia, caso excepcional no nosso País, pois a sua
extensão territorial é apenas de 8 Km quadrados.
Estudei no Colégio Castilho, na minha terra, até ao
5º ano (hoje 9º).
Estive depois dois anos no Sardão e, foi ali que,
num Retiro orientado pelo Padre Moreira Neto,
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senti o desejo de ser Doroteia. Tinha dezanove
anos. Os meus Pais opuseram-se terminantemente a essa minha decisão.
Nessa altura, era Provincial a Irmã Maria do Carmo
Corte Real que, numa visão de futuro, abriu o nosso Lar de Coimbra, cuja Superiora era a Irmã
Maria Manuela Brito. Para lá fui, com outra Pretendente, a Maria Margarida Furtado Martins, para
servirmos de companhia a duas Irmãs: Irmã Lino
Neto e Irmã Margarida Moreno. Iríamos as quatro
preparar-nos para o então chamado Exame de
Aptidão, que nos daria acesso à Universidade, na
Faculdade de Letras, para cursarmos a Filologia
Românica. Passado pouquíssimo tempo, resolveram que seria mais proveitoso para os nossos
Colégios, irmos duas para Letras e duas para Ciências. E, sem o mínimo diálogo, pelo menos com as
pretendentes (era assim naquele tempo…) decidiram: Irmã Lino Neto e Maria Margarida iriam para
Românicas; Irmã Moreno e eu iríamos para Ciências Biológicas. A Irmã Moreno desistiu passado
muito pouco tempo, logo no primeiro ano.
Entretanto fiz 21 anos, a maioridade, naquele
tempo. Os meus pais continuavam a opor-se à
minha vocação; no dia 2 de Agosto fui directamente de Coimbra para o Noviciado, em Vila do Conde,
sem nada lhes dizer. Quem me recebeu foi a Irmã
Moller, mas passado pouco tempo foi substituída
pela Irmã Refojo, que foi a minha Madre Mestra.
Os meus Pais ficaram muito aborrecidos comigo,
e, no dia 6, alegando que a minha Mãe estava
muito doente, lá vou eu a casa, acompanhada pela
Irmã Vieira Guedes. A minha Mãe não estava
doente, mas apenas muito excitada. Lá fiquei um
mês, aproximadamente, numa tensão contínua
entre eles e eu. Os meus seis irmãos também
sofriam com esse ambiente, sobretudo os mais
pequenitos, por me verem a chorar muitas vezes.
Entretanto, o meu Pai escreveu uma carta desagradável para o Noviciado e, um belo dia, vejo
chegarem a minha casa as mala recambiadas de
Vila do Conde, e pensei: “pronto, já não me querem”. Entretanto, eu ia escrevendo para a Madre
Mestra; só que eu, na minha simplicidade confiante, dava as cartas a um dos meus irmãos para as
levar ao correio, mas ele dava-as a ler aos meus
Pais, de modo que perdi o contacto com as Irmãs.
No princípio de Setembro, tive a feliz ideia de lhes
pedir licença para ir ao Noviciado ver as Irmãs, e
eles consentiram mais ou menos contrariados. Não
levei absolutamente nada, convencida que não
podia ficar. Mas, providencialmente, a Irmã Folque, que era a Mestra Geral do Colégio, disse-me:
“Não seja tola, já que está aqui, não volte para
casa”. Foi remédio santo. Telefonei aos meus Pais,
as Irmãs telefonaram à Provincial, que estava em
Lisboa no Retiro de Superioras, e ali fiquei, tendo
entrado no Noviciado no dia 12 de Setembro,
então festa do Santíssimo Nome de Maria.
Quando fiz a Vestição, a minha Mãe e o meu irmão
mais novo vieram à Festa. A Madre Mestra deu-me o
nome de Sor Leite, em memória dos meus dois tios
Jesuítas – Serafim Leite. Fiz todo o Postulantado no
Sardão, e também a Vestição, a 2 de Outubro.
Depois do Noviciado fui para Coimbra, onde o meu
Pai me foi ver depois de sete anos de silêncio da
parte dele, porque eu sempre lhe escrevi no Natal,
Páscoa e aniversário.
A partir de 1949 tenho andado por várias Comunidades (14) com as Alunas, sempre no Ensino, pois
desde pequenina dizia que queria ser Professora.
Estive sete anos no Colégio de Cernache. O Padre
Fragata, quando era Provincial da Companhia de
Jesus, pediu à nossa Província se seria possível
destacar para lá uma Irmã, uma vez que o Colégio
Apostólico também iria receber meninas. Esse
Colégio era frequentado só por rapazes que seriam
mais tarde Jesuítas. Como as Vocações iam
rareando, os Padres abriram também a sua frequência a alunas daquelas redondezas. Para lá me
mandaram, e gostei sempre muito dessa experiência.
O meu Pai morreu com 96 anos, depois de 13
anos de viuvez. Teve uma empregada interna, até
três meses antes de falecer. Como esta se despedisse para ir tratar de uma sua irmã, atacada por
AVC, ficámos sem ninguém, apesar de procurarmos, durante dias, uma pessoa que a fosse substituir. Também me empenhei nessa busca, porque
tinha ido a casa para o dia de Finados. Perante
esta situação ofereci-me espontaneamente para
ficar com o meu Pai, o que agradou a todos. Acontecimento providencial que muito me consola: fui
eu a assistir-lhe à morte; eu, aquela filha que ele
tanto tinha contrariado, anos antes, mas de quem
era tão amigo.
Sempre me senti feliz, como Religiosa, na nossa
Congregação.
Há já alguns anos tenho um desejo que certamente nunca se concretizará, embora Santa Teresinha
diga que “Jesus nunca nos dá desejos irrealizáveis”: era fazer um Ano Sabático num Convento
de Monges de Clausura para levar uma vida igual
à deles, sobretudo na oração e no alimento. Passaria o resto do tempo a fazer bordados de “ponto
de cruz” e a ouvir música clássica e a ler… Que
Santa Paula me ensine e ajude, em fidelidade criativa, a ser “Ela, Hoje.”
Isto, «o que diz de si»... Mas... o que dizemos nós?
Se nasceu em 2 de Maio de 1920... tem a linda idade de 88 anos. Como é possível, com aquela vitalidade e aquele aspecto?
10
- JESUS E A MULHER – Último livro da Ir. Maria Rita Valente-Perfeito
Ir. Fernanda Santos
A Ir. Mª Rita tem-nos brindado já com outros livros da sua autoria e de grande valor e interesse. Alegramo-nos que ela tenha publicado mais um, e desta vez totalmente fundamentado no
Evangelho: Jesus e a Mulher.
Desde Maria, a Mãe de Jesus, até Maria Madalena, a autora deixou-se cativar pelo jeito sempre amável de Jesus. As protagonistas das cenas dos diversos capítulos são sempre Mulheres, nas
mais variadas situações. Ler estas páginas é perceber o poder libertador do Evangelho, para as
mulheres do tempo de Jesus, de hoje e de sempre.
Será, sem dúvida, um estímulo para todos aqueles que lerem esta obra publicada em Abril de
2008 e já feita oferta pela autora a todas as Comunidades da Província Portugal Sul. O tema da
mulher é algo que nos toca muito de perto, quer porque somos mulheres, quer por ser objecto das
nossas programações.
Como diz o Senhor D. Augusto César no prefácio: “Se mais alguém quiser fazer como a Ir.
Mª Rita, poderá entender melhor o «amor» de Deus e a força do seu «perdão». Por mim, acho que
vale a pena arriscar!”
PS: Se alguém ou alguma Comunidade quiser mais exemplares é só contactar a Ir. Mª Rita,
pois a venda deste livro reverte para a cura dos leprosos. A lepra está novamente a aumentar no
Mundo.
•
•
vinda das Irmãs Maria Luísa Miranda e Rita Ermelinda, de Angola (regressam a 28 de Junho) e da
Irmã Maria da Conceição Moreira, de Moçambique
(regressa a 4 de Julho), chegou a Irmã Odete
Almeida Vitória, de Moçambique, mo dia 14 de
Junho. Chegam ainda: no dia 15, a Irmã Maria Alice
Monteiro, de Angola; irá participar no Encontro das
Ecónomas, e veio um tempinho mais cedo. Também para esse Encontro virá, no dia 29, a Irmã
Cornélia, angolana.
Na continuação dos encontros de reflexão das duas
Províncias, realizou-se no dia 11 de Junho,
Junho em Fátima, uma Reunião a nível de Escolas, e no dia 14 uma
outra para as IPSS. Pretende-se assim «iniciar uma
reflexão sobre os apoios e resistências que encontramos na nossa Sociedade e na Igreja em relação à
nossa missão de educação evangelizadora, através
da Escola / IPSS, e começar a tomar consciência das
nossas forças e fraquezas neste campo e das questões que isto nos coloca numa perspectiva de revisão de Obras e Serviços».
•
Várias Irmãs foram recentemente operadas: Irmã
Maria Alcina Monteiro (Viseu); Irmã Sousa Pereira
(Sardão); Irmã Cândida Pinto (Sardão); Irmã Espírito Santo (Ext. do Parque). Desejamos a todas um
docente do nosso Colégio Anjo da Guarda, que,
como foi já informado, apresenta, no VII Congresso
Luso-brasileiro de História da Educação, no Porto, o
tema «As intuições pedagógicas de Paula Frassinetti
óptimo restabelecimento!
•
e a constituição do Projecto Educativo dos Colégios
doroteanos». O Congresso realiza-se de 20 a 23 de
Vai ser operada, no próximo dia 19 de Junho, no
IPO, a Irmã Maria Amélia Gonçalves da Silva (Lisboa – Calvanas). É uma operação delicada, que
entregamos às orações de todas.
•
Mais uma vez um grupo de Irmãs de idade teve a
possibilidade de uns dias de Férias em Fátima.
Fátima
Este ano houve a particularidade de se reunirem
«pares» de irmãs de sangue: as duas Irmãs Dias
Ferreira, as duas Irmãs Aparício...
•
Se a Casa Provincial do Sul é sempre muito visitada (com muita alegria da Comunidade!), nesta
época do ano é, geralmente, mais... Depois da
No dia 16 de Junho chegam do Brasil a Irmã Cecília
Francischini e a professora Luciana de Oliveira Cene,
Junho na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.
(ver http://web.letras.up.pt/7clbheporto/)
•
11
E foi também a vez de a Comunidade da Casa Provincial sair! Foi no dia 13 de Junho, aproveitando
o feriado que Santo António nos deu... que fomos
ao Alentejo: Évora (onde fomos muito bem acolhidas, tivemos a «Visita Guiada» das nossas sucessivas Casas naquela terra, e tivemos também um
belo almoço com a Comunidade), Reguengos de
Monsaraz – Barragem do Alqueva (deliciámo-nos
com a extensão daqueles braços de água que
levam à Barragem), terminando em Montes
Velhos, onde a Comunidade nos preparou uma
bela merenda-ceia no jardim. No regresso a Lisboa
ainda passámos pelas terras próximas que a
Comunidade abrange na sua acção apostólica.
Tudo isto foi possível graças à nossa carrinha de 9
lugares e à Ilda, que sacrificou o feriado e nos
conduziu como ela sabe tão bem!
•
Linhó, 13 - 15 Junho e 4 - 6 Julho. AcantonamenAcantonamento:
to 11 a 13 Julho, também no Linhó.
•
Lembramos as Reuniões Internacionais que se vão
realizar: de 20 a 28 de Junho,
Junho em Roma, a Comissão
Pré--Capítular , constituída pelas Irmãs Doris Zahra,
Pré
Mª Antonia Marques Guerreiro, Maria Lúcia Câmara,
Sílvia Osterheld e Teresa López. Encontro intern
internaacional das Ecónomas, de 10 a 31 de Julho em Roma,
Santo Onofre.
Vai realizar-se proximamente: ENFOCJ «ZERO» -
Mudanças de e-mail: Irmã Janete Sobral (Provincial do Brasil Nordeste): [email protected].
Irmã Furtado Martins: [email protected]
Faleceram:
Irmã Maria Amélia
Amélia Abecasis – Santa Paula veio buscá-la, no «seu» dia 11, logo de manhã. O estado de saúde
ia-se agravando, com um grande sofrimento para ela e para quem a acompanhava. Agora... está em Deus, na sua paz
sem fim! Na Eucaristia do Funeral (Missa de Santa Paula, no seu dia litúrgico), recordámos alguns dos aspectos da
vida da Irmã Abecasis, que nos ficam na «memória do coração»: o seu fortíssimo amor à Igreja e a sua fé inabalável; o sentido que deu ao sofrimento, em toda a sua vida, identificando-se com Jesus na sua missão
redentora; a fidelidade radical aos seus princípios, que era para muitos um desafio a viver com maior
exigência; a sua paixão educativa, revelada de um modo especial no carinho para com as crianças,
estabelecendo com elas uma relação que ajudava a crescer; a sua forma de estar presente na família,
tendo, para cada um, um lugar especial no coração; a ternura para com os doentes, e a preocupação
de os acompanhar em todas as necessidades. E, no coração de quem viveu com ela mais de perto,
ficam certamente muitas outras bonitas recordações!
Irmã Felisbela Marinho – A Irmã mais velha em vida religiosa das duas Províncias: ia fazer 80 anos de Doroteia
no próximo Natal, dia em que também nasceu. A Comunidade de Vila do Conde – onde estava ultimamente – diz: Desde há um tempo foi-se apagando, e entregou-se serenamente nas mãos de Deus. Deixou saudades, e um testemunho
de oração sobretudo pelos Sacerdotes», a tal ponto que nas quintas-feiras não queria fazer o habitual descanso
depois de almoço. «E foi numa quinta-feira [15 de Maio] que o Senhor a veio buscar. Quem viveu com ela certamente
recorda a sua vivacidade e alegria contagiantes.
Irmã Deodata Ferreira – Faleceu a 30 de Abril e não 30 de Setembro, como, por engano, foi escrito!
Familiares de Irmãs falec
falecidos
alecidos: o único irmão ainda vivo da Irmã Maria da Anunciação Tavares (Viseu); a
da Irmã Maria Emília Mesquita
(Moçambique) de repente – já a Maria Emília estava no Fomento (Maputo) para vir no dia seguinte para Portugal, quando
recebeu a notícia! Faleceu também um dos melhores professores da ESE de Paula Frassinetti; foi uma doença galopante
– um linfoma generalizado que o vitimou num espaço de poucos dias; deixou a esposa com 37 anos, e dois filhos de
11 anos e 4 anos.
irmã da Irmã Helena Aguiar (Porto – Paz), que era de S. José de Cluny; um irmão
ITÁLIA
No dia de Pentecostes fez-se a abertura do nosso Jubileu na Igreja-salão de Vau Dejes (Albânia), porque a Catedral está
em obras de acabamentos. O Bispo, Mons. Augustini Lucjan, presidiu à Celebração Eucarística e administrou o Crisma a
nove adultos. A preparação para esta abertura e a simbologia com que foi apresentada Santa Paula permitiram a toda a
Comunidade Paroquial maior conhecimento da nossa Fundadora. As pessoas aproximavam-se para nos felicitar e se alegrar
12
connosco. Com a Albânia encerrou-se o anúncio do nosso Jubileu de Congregação nas várias realidades da Província.
Província Brasil Nordeste – N.º 1, 2008
O Boletim dá notícia da abertura do Ano Jubilar na Província,
Província, em três ‘polos’: Recife,
Recife, Fortaleza e Natal.
Natal. Em todas as Celebrações foram utilizadas três velas de cores diferentes,
diferentes que permanecem durante todo o Ano Jubilar: Vela amarela – Vida e
Baptismo; vela vermelha – Carisma;; vela branca – Santidade.
No Recife, fez-se a concentração «em frente do Colégio de S. José, marco inicial da história da Congregação em terras brasileiras». Foi composto expressamente um Hino do Ano Jubilar. A celebração terminou como começou – no Colégio de S. José
– com uma confraternização festiva.
No Natal, a celebração iniciou-se com uma procissão em que a imagem de Santa Paula foi levada em ombros num andor, ao
som do Hino do Ano Jubilar.
Casa de Formação em notícia: Noviciado e Postulantado
Porque o Noviciado é comum às três Províncias, vieram para essa Casa duas Postulantes, uma do Brasil Norte e outra do
Brasil Sul. Uma Postulante iniciou o Noviciado, duas Noviças do primeiro ano fizeram a experiência apostólica em Pernambuco e no Piaui, e duas Noviças fizeram os Primeiros Votos nas suas respectivas Províncias.
A Comunidade (Professas, Noviças e Postulantes) está fortemente inserida na Paróquia, apoiando «a Catequese de crianças
e adultos, a Infância Missionária, a Pastoral da Juventude e da Liturgia». Um momento especialmente forte de partilha de
vida e da Palavra de Deus é o da Terça-feira missionária, celebrada por quarteirões
Conselho Provincial Ampliado – Realizou-se de 2 a 6 de Fevereiro, com a participação do Governo Provincial, das Coordenadoras locais e formadoras, das Directoras de Escolas e Obras, representantes das Assessorias Pastorais, e convidadas,
num total de 41 Irmãs. A finalidade era «dinamizar o Objectivo Geral para a vivência do que nos indicou o Capítulo Geral XIX
para este sexénio, favorecendo contactos vitais e estudo de problemas de interesse comum».
I Semana da Mulher na Fafire - De 3 a 6 de Março, a Pastoral da Fafire promoveu a I Semana da Mulher. O evento uniu a
data à celebração do Ano Jubilar. Houve apresentação de música, teatro e dança relacionadas com o universo feminino, e
ainda uma Feira constituída unicamente por mulheres artesãs dos projectos Semeando Futuro e Rede Solidária.
49º CONGRESSO EUCARÍSTICO INTERNACIONAL – Quebec (Canadá) – 15 a 22 Junho 2008
A Eucaristia, dom de Deus para a vida do mundo
29 DE JUNHO: ABERTURA DO ANO PAULINO
Na Nota Pastoral da Conferência Episcopal Portuguesa, diz-se:
Paulo, grande Apóstolo da Palavra, pode ser o
nosso guia para descobrirmos, mais profundamente, o lugar da Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja. Basta
pensar que ele é o autor sagrado mais frequentemente lido na Liturgia.
INSTRUÇÃO «O SERVIÇO DA AUTORIDADE E DA OBEDIÊNCIA», DA SANTA SÉ – Congregação para os
Institutos de vida consagrada e as sociedades de vida apostólica.
A Instrução tem como subtítulo «Faciem tuam, Domine, requiram» e foi assinada em 11 de Maio
(solenidade de Pentecostes) pelo Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e
as Sociedades de Vida Apostólica, cardeal Franc Rode, C.M.
Cidade do Vaticano, 28 Maio 2008 - A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as
Sociedades de Vida Apostólica publicou hoje a Instrução "O serviço da autoridade e da obediência", que
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se apresentou esta manhã a uma assembleia dos superiores e superioras gerais no Salesianum de
Roma.
"O texto enfrenta antes de tudo a temática da obediência religiosa (...) enquadrada como uma busca de
Deus e da sua vontade própria de crente. (...) A obediência cristã e religiosa não se configura, antes de
tudo ou simplesmente, como uma execução de leis ou disposições eclesiásticas ou religiosas, mas
como uma etapa do caminho em busca de Deus, que passa através da escuta da sua Palavra, a tomada de consciência do seu projecto de amor, a experiência fundamental de Cristo, o obediente por amor
até à morte de cruz".
"A autoridade na vida religiosa emoldura-se como ajuda à comunidade (ou ao instituto) para buscar e
cumprir a vontade de Deus. A obediência não se justifica, portanto, a partir da autoridade religiosa, já
que todos na comunidade religiosa, em primeiro lugar a autoridade, estão chamados a obedecer. A
autoridade põe-se ao serviço da comunidade para buscar e realizar juntos a vontade de Deus".
"O tema da autoridade religiosa enquadra-se dentro do compromisso comum da obediência, (...) o tema
que abre e fecha o documento".
A instrução aborda também "a delicada questão das obediências difíceis", quer dizer, aquelas nas quais
o que se pede ao religioso ou à religiosa é particularmente pesado, ou aquelas onde o que deve obedecer pensa que há "coisas melhores e mais úteis para a sua alma do que as que lhe ordena o superior.
(...) O documento menciona também a possível "objecção de consciência" de quem deve obedecer,
apoiando-se de um texto ainda actual de Paulo VI".
"A Instrução pretende recordar, sobretudo, que a obediência na vida religiosa pode também dar lugar a
momentos difíceis e situações de sofrimento, nas quais é necessário pensar no Obediente por excelência, Cristo. (...)
Por outro lado, afirma-se que também a autoridade pode ser "difícil" e levar a momentos de desânimo e
cansaço que podem desembocar em comportamentos de renúncia ou descuido na hora de exercer uma
guia adequada (...) da comunidade".
"A referência à consciência ajuda a conceber a obediência não meramente como uma execução de
ordens, passiva e sem responsabilidade, mas como um assumir de forma responsável compromissos
que (...) são actuação concreta da vontade de Deus".
Se o documento contém uma exortação da obediência, serena e motivada na fé, também oferece um amplo e
articulado conjunto de indicações para o exercício da autoridade, como "um convite à escuta, a criação de um
clima favorável à partilha e à corresponsabilidade ".
A Instrução "dá um relevo particular à comunidade religiosa como lugar onde, sob a guia do superior e da
superiora, se exerce um "discernimento comunitário" com respeito às decisões a tomar. Esta praxis, para a
qual se oferecem importantes indicações, não elimina, no entanto, a tarefa própria da autoridade. (...) Não se
deve esquecer, por outro lado, que a autoridade máxima dentro dos Institutos religiosos reside, por tradição
antiga, no Capítulo Geral (ou reuniões análogas), que é um organismo de carácter colegial".
Sabia que... ?
⇒ No «Rock in Rio» mais de 500 mil Euros foram para obras sociais.
⇒ Durante o Euro’2008, a UEFA vai apoiar cinco causas sociais, para as quais contribui-
rá com 2,2 milhões de euros.
⇒ Mohammad Kabir é afegão, e perdeu uma perna ao pisar uma mina terrestre quando
jogava futebol. Tem 32 anos, e sonhava ser jogador de futebol profissional. O destino atraiçoou-o, mas Mohammad nunca perdeu a paixão pelo desporto-rei. No
seguimento de um acordo entre a Cruz Vermelha Internacional e a UEFA, o organismo que rege o futebol europeu decidiu doar quatro mil euros às vítimas das minas
terrestres por cada golo marcado no Euro2008. Cristiano Ronaldo é um dos embaixadores desta causa, e cada um dos seus golos vale cinco mil euros. Se quiser contribuir para esta campanha visite o site www.scorefortheredcross.org.
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