Treinamento de Força em Sujeitos Portadores de Acidente Vascular
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Treinamento de Força em Sujeitos Portadores de Acidente Vascular
Artigo de Revisão Pós graduação Lato-Sensu em Musculação e Treinamento da Força – Universidade Gama Filho Treinamento de Força em Sujeitos Portadores de Acidente Vascular Cerebral Miriam Souto Maior Medeiros [email protected] Etévio Lima Ricardo Aquino Martins Luiz Artur Gomes Júnior Rodrigo Ferreira Medeiros Resumo Sujeitos portadores de Acidente Vascular Cerebral (AVC) habitualmente evoluem com fraqueza muscular que contribui para a sua incapacidade funcional. Essa fraqueza pode ser consequente de uma imobilidade na fase inicial e pela falta do controle supraespinhal sobre os motoneurônios alfa. Apesar do fato de tanto a lesão neural e a imobilidade imposta serem conhecidas e associadas com a fraqueza muscular, por vários anos tem sido contra-indicado o treinamento de força nesses sujeitos. Foi verificado, através da revisão na literatura, que há evidências de que o treinamento de força tem um importante papel na recuperação funcional mesmo em portadores crônicos de acidente vascular cerebral, principalmente se o treino está relacionado com a execução de tarefas cotidianas. Tem sido demonstrado que o treinamento de força não traz prejuízos ao tônus muscular, não produzindo acentuação da espasticidade. Abstract Stroke patients commonly evolve with muscle weakness that contributes to their functional disability. This weakness may result from the imposed immobility of the immediate post-stroke period and from the lack of supra-spinal control of the alpha motoneurons. Despite both the neural lesion and imposed immobility being known and associated with muscle weakness, for several years now weight training on these individuals has been contra-indicated. A literature review revealed evidence indicating that weight training plays an important role in functional recovery, even in chronic stroke patients, especially if the training is associated with daily life activities. It has been demonstrated that weight training does not damage muscle tonus and does not worsen spasticity. Introdução degeenrativas, entre elas o acidente vascular cerebral (AVC). Com a melhora da expectativa de Os efeitos após um AVC podem incluir vida no mundo e no Brasil têm-se deficiências do sistema motor, sistema aumentado pessoas sensorial, crônico- alterações emocionais, e dificuldades apresentando o número doenças de dificuldades cognitivas, perceptuais. A deficiência motora envolve 1 paralisia ou paresia dos músculos no lado viscoelásticas e tecidos conectivos dos do corpo contralateral a área da lesão músculos paréticos e espásticos podem cerebral. O dano das vias descendentes, contribuir com a restrição do movimento ou feixe piramidal, resulta na regulação passivo que limitam a habilidade dos anormal dos motoneurônios medulares, músculos agonistas de produzir torque. O causando alterações posturais, alterações grau em que a espasticidade contribui nos reflexos de estiramento, alterações no para o déficit de força não está bem movimento voluntário, e padrões de estabelecido. Há algum consenso de que movimentos anormais. Após lesão do o treinamento de força pode não ser neurônio fraqueza apropriado na presença da espasticidade. muscular se reflete na dificuldade de se Esse tipo de treinamento pode aumentar gerar força e sustentá-la. Isto ocorre pela a restrição dos músculos espásticos e perda da ativação das unidades motoras, interferir com a coordenação e reforçar a mudanças na ordem de recrutamento e ativação mudanças na frequencia de disparo. movimento. motor superior, a do padrão anormal de Essas alterações limitam a habilidade de executar atividades funcionais 1.1. como Objetivo caminhar, subir escadas e atividades de auto-cuidado. Verificar, através da revisão na Medidas de força muscular tem sido estabelecida de portadores de Acidente Vascular Cerebral performance na marcha. A geração de pode trazer benefícios,.ou se leva a algum torque principalmente dos extensores dos prejuízo no tônus muscular ou acentuação joelhos, plantiflexores do tornozelo e dos padrões anormais de movimento. flexores como do quadril preditoras literatura, se o treinamento de força nos tem sido correlacionados com a performance da 2. REVISÃO DA LITERATURA marcha e inversamente com o risco de quedas recorrentes. 2.1. - Acidente Vascular Cerebral (AVC) O treinamento de força após injúria cerebral tem controvertido. sido A um assunto hipertonia muscular 2.1.1 - Definição (espasticidade) pode levar a mudanças Segundo a Organização Mundial secundárias no músculo e desenvolver de Saúde caracteriza-se por um déficit contraturas. Alterações nas propriedades 2 neurológico focal ou global súbito, com internacional de doenças) 438, efeitos sintomas que duram mais de 24 horas ou tardios de doença cerebrovascular e CID que levam a morte devido a lesão 342, hemiplegia Gomes,1990). vascular cerebral (Stroke, 1989). Os Lessa (1983) conduziu um estudo sintomas e sinais mais comuns que em Salvador, coletando-se dados de ocorrem após o acidente vascular cerebral todos os sujeitos que tiveram AVC entre (AVC) de julho de 1979 a junho de 1980 de sujeitos paresia, que viviam dentro dos limites da cidade de são: alteração consciência, paralisia distúrbios do ou sensitivos, espasticidade, nível incoordenação, apraxias, Salvador. Um total de 1321 casos anosognosia, ocorreram neste período. A incidência alterações do campo visual, ataxia, afasia, anual de AVC aumentou a partir dos 45 disartria, planejamento anos. Na faixa etária de 45-54 anos a prejudicados, discalculia, etc (Anderson, incidência anual foi de 206,6 casos por 1984). 100.000 habitantes entre homens e 199,6 julgamento e casos por 100.000 habitantes entre as 2.1.2. – Epidemiologia mulheres. Stallones et al (1972), dentro do Um estudo europeu desenvolvido contexto norte-americano, estimou que a por Di Carlo et al (2000) tem confirmado cada que a incidência de AVC aumenta com a acidente vascular cerebral na fase aguda, idade. 10 No Brasil houve um aumento da 100 sujeitos retornarão ao leve, diminuição da mortalidade geral acarretou incapacidados no institucionalização. da envelhecimento população (Pereira, e seu 1995). Este trabalho do sem incapacidade, 40 terão uma incapacidade expectativa de vida a partir de 1930. A aumento sobreviventes 40 (1995), em ficarão e severamente 10 irão requerer Jorgensen um estudo et al prospectivo novo perfil leva ao aparecimento de acompanhou desde a fase aguda 1.197 doenças sujeitos com AVC, verificou que cerca de crônico-degenerativas população, entre elas a na doença um terço dos cerebrovascular. No Brasil, o AVC já se incapacidade apresenta como importante causa de Aproximadamente aposentadoria sujeitos primeira entre por as invalidez, mais décima frequentes 3 grave No ou a melhoram incapacidade. considerando-se apenas os CID (código sujeitos têm muito metade o Brasil uma grave. destes nível não de temos valores de referência sobre nível: córtex cerebral, cápsula interna e esta tronco cerebral. A lesão desta via explica problemática. a síndrome deficitária, assim como explica 2.1.3. – Alterações Motoras após o fato da paralisia atingir os membro Acidente Vascular Cerebral superior e inferior contralaterais (Doretto,1996). Há uma interrupção da Após um AVC o sujeito pode conexão existente entre o córtex cerebral evoluir com distúrbios na comunicação, na e o fuso neuromuscular. Essa desconexão memória, da alterações visoespaciais, via córtico-espinal alterações sensoriais e motoras. Daremos neuromuscular ênfase à s alterações motoras, que se neurônio motor traduzem manifesta através negativas e por fraqueza muscular e aumento do tônus muscular. leva com o a síndrome superior, de positivas que fuso do se características (fig. 1). As Conforme Brandestater (2002), a características negativas se evidenciam paralisia ou fraqueza parcial de um pela fraqueza e lentidão do movimento, hemicorpo são caractérísticas tão comuns perda da destreza e fatigabilidade. As entre as deficiência do sistema nervoso característivas positivas se evidenciam central que os termos hemiplegia e pelo o exagero de fenômenos normais derrame são freqüentemente utilizados da que mesma forma. A paralisia é resultante da proprioceptivo lesão do trato corticospinhal ou trato Shepherd, 2000). piramidal, que podem ocorrer em qualquer 4 incluem o e aumento cutâneo do reflexo (Carr & Lesão do neurônio motor superior Características Positivas Características Negativas Hiperreflexia Fraqueza (espasticidade) Perda da Destreza Características Adaptativas Mudanças do tecido conectivo e muscular (Propriedades funcionais e mecânicas alteradas) Padrão motor alterado Fig. 1 Características positivas, negativas e adaptativas da síndrome do neurônio motor superior 2.1.3.1 – Síndrome do Neurônio Motor Superior - Características Negativas paréticos e em sujeitos acamados, as evidências consistente. 2.1.3.2. – Fraqueza Muscular do Um fenômeno estudo é pouco envolvendo (Fenichel, 1964) a biópsia do músculo A atrofia muscular resultante após quadríceps de sujeitos deambuladores acidente é com hemiplegia espástica após AVC habitulamente considerada um resultado evidenciou que na metada dos casos a do desuso da perna paralisada. Embora atrofia clínica do lado hemiparético estava seja dito que a atrofia ocorra em membros presente. A atrofia de desuso é um um vascular cerebral 5 diagnóstico esconder confortável um patologias. grupo Os que heterogênio sujeitos do neuropatias deve ser considerado como pode uma de causa muscular. presente adicional da fraqueza A última hipótese é que estudo não foram protegidos da atrofia mudanças transsinápticas influenciam os mesmo sendo deambuladores. Nenhuma motoneurônios após a degeneração das correlação foi notada entre a presença de fibras corticoespinhais. Foi realizado um atrofia e imobilização ou déficit sensorial. estudo (McComas et al, 1973) utilizando As técnicas eletroneurofisiológica. Verificado observações histológicas dos músculos acometidos foram uniformes e que demonstraram uma atrofia caracterizada superior, há uma redução no número de pela diminuição do diâmetro da fibra. Foi unidades concluido trófica descartada a hipótese de lesão nervosa suprasegmentar sobre o músculo existe. periférica nos membros imobilizados. Já A interrupção dessa influência leva a que a neuropatia traumática não parece atrofia muscular por mecanismos que se o fator principal deste estudo, segue-se necessitam que a perda de funcionamento das que ser a influência ainda elucidados (Fenichel, 1964). após lesão do motoras neurônio funcionantes. motor Foi unidades motoras devem resultar da Existem algumas hipóteses para degeneração transsináptica justificar a fraqueza muscular em sujeitos motoneurônios. hemiplégicos após o AVC, tendo vários funcionamento das unidades motoras não mecanismos possíveis. Uma hipótese começa até o segundo mês de AVC, seria o resultado do desuso apenas, estando completo dentro de seis meses. A enquanto outros sugerem que a fraqueza maior parte do período de dois meses é do deve representar o tempo em que o corpo membro do motoneurônio cessa o funcionamento afetado. A terceira hipótese é a de que a após a perda do impulso corticoespinhal. atrofia a Neste estágio os axônios tornam-se artropatia do membro afetado. O dano do eletricamente inexitáveis (McComas et al, lobo 1973). conseqüencia suprimento alteração sanguíneo muscular parietal incriminado, da já ao seria secundária também que tem existe sido A perda dos do alguma O trato piramidal é a via executiva evidência de um centro trófico para o para a realização do movimento voluntário músculo no giro pós-central. Em sujeitos e qualquer interrupção dessa via produz que permanecem imobilizados na cama um déficit considerável. A força muscular ou na cadeira, o desenvolvimento de produzida é dependente do número e do 6 tipo de unidades motoras recrutadas. no movimento. É plausível esperar que Aumenta-se a força muscular pelo distúrbios do movimento como paresia aumento das unidades motoras ativadas e e/ou aumento do tônus na espasticidade pelo aumento da frequencia de disparo na rigidez poderia causar desuso seletivo das unidades motoras ativadas. O disparo de unidade de alto limiar de excitação e das na um overuse de unidades de baixo limiar musculares de excitação. O resultado poderia levar a unidades contração motoras das resulta fibras inervadas (Carr & Shepherd, 2000). atrofia e a hipertrofia respectivamente nas As unidades motoras são formadas unidades motoras específicas. Um estudo por um neurônio alfa e todas as fibras (Edström, 1970) investigou o efeito da musculares por ele inervada. Ela é a lesão do neurônio motor superior, através unidade funcional da atividade muscular de biópsia do vasto lateral e do bíceps sob controle neural. Cada fibra muscular é braquial. Os resultados mostraram que inervada um fibras com alta concentração de ATPase o miofibrilar (fibras brancas), demonstrado numa histoquimicamente, mostrou atrofia em por motoneurônio número de pelo alfa, fibras menos Quanto menor musculares unidade motora, menor é a quantidade de diferentes força que pode ser produzida por essa concentração de ATPase miofibrilar (fibras unidade quando ativada (Fleck, 1997). As vermelhas) unidade motoras podem ser classificadas sem mudanças e por vezes mostram de acordo com a resistência a fadiga e a hipertrofia. Essas mudanças parecem velocidade de contração. As unidades de estar relacionadas respectivamente a contração rápida (fibras do tipo II) exibem redução da potência muscular e aumento uma resistência variável a fadiga e podem do tônus. É sugerido que esse fenômeno dessa forma ser classificadas em fibras é um efeito seletivo do desuso de rápidas-fatigáveis (fibras tipo IIb) e rápidas unidades motoras fásicas de alto limiar de fadigo-resistentes (fibras tipo IIa). As excitação gerando a paresia e ao uso fibras de contração lentas são fadigo- aumentado das unidades de baixo limiar (fibras do tipo I) (Carr & de excitação devido a espasticidade e resistentes Shepherd, 2000). Há razões graus. Fibras normalmente com baixa permanecem rigidez (Edström, 1970). Hachisuka et al para acreditar que (1997) demonstraram através de estudo propriedades histoquímicas das unidades histoquímico qualitativo que a atrofia das motoras estão relacionadas à função da fibras musculares do tipo II está presente unidade e a sua ordem de recrutamento com evidências de hipertrofia das fibras 7 do tipo I. A atrofia muscular nos sujeitos Nos sucessivos estágios de ocorrência do hemiparéticos não teve correlação com o AVC início da modificação está relacionada à redução e hemiparesia. A atrofia muscular teve à atrofia progressiva das fibras do tipo II e correlação com o nível de atividade física sua diária de predominância das fibras do tipo I. Ou passo/dia registrado por uma semana seja, a biópsia do músculo tibial anterior com um podômetro. de sujeitos hemiparéticos demonstraram do AVC aferida e a severidade através da média (3 -17 meses) redução a principal volumétrica com Em indivíduos com mais de um uma diminuição progressiva no diâmetro mês de AVC foi encontrado um tipo de da fibra e mudanças na distribuição dos unidade motora diferente. Young & Mayer tipos de fibras com atrofia das fibras do (1982) demonstraram que sujeitos com tipo II e predominância das fibras do tipo I hemiparesia (Scelsi,1984). espástica evidenciam unidades motora de contração lenta com Foi realizado um estudo (Qiu, um aumento geral da fatigabilidade. Foi 1991) objetivando fazer uma análise sugerido por esses autores que as quantitativa das células do corno anterior unidades motoras de contração lenta da medula de sujeitos com AVC, e fatigáveis podem ter se originado de investigar os efeitos do dano do trato unidades motoras de contração rápida- piramidal no neurônio motor inferior e fatigáveis (fibras do tipo IIb). O aumento músculo paralisado. Este estudo envolveu da fatigabilidade das fibras musculares 45 sujeitos com hemiplegia e 50 no grupo podem contribuir para alguns dos déficits controle. A medula foi analisada a partir motores observados nos sujeitos com de amostras de autópsia. Constatado que hemiparesia espástica de longo prazo. a área das células do corno anterior da Um estudo histológico e medula do lado afetado estava ultraestrutural de biópsia do músculo tibial significantemente diminuído em relação anterior (Scelsi,1984) verificou que a ao lado não afetado e o grupo controle. composição do tipo de fibra está alterada Os resultados sugerem que o grau de em sujeitos hemiparéticos com tempo de diminuição lesão que varia de 1 à 17 meses de neurônios evolução. Sujeitos com AVC recente paralelamente representar o grau do dano mostram redução do diâmetro das fibras no trato piramidal, como o grau da com discreta preservação da proporção paralisia muscular. Uma vez que o grau dos tipos de fibras e sua estrutura fina. de paralisia se correlaciona com o dano 8 da área motores seccional inferiores dos podem (tracto predominantemente por fibras do tipo I. piramidal) e que o grau de diminuição da Depois das unidades motoras de baixo área limiar, do neurônio do motor corno superior anterior da medula progressivamente vão sendo correlaciona-se com o grau de paralisia recrutadas unidades motoras com limiares muscular foi sugerido que tanto a perda cada vez mais altos, de acordo com as das influências tróficas do neurônio motor crescentes superior (lesão do tracto piramidal) e a (Fleck & Kraemer, 1997). perda da influência trófica do órgão alvo demandas da atividades Após a lesão do neurônio motor (músculo em desuso) os dois juntos ou superior, independentemente podem ter um efeito deficiência em gerar força e em sustentá- acelerador na área la. Isto ocorre devido a perda da ativação seccional dos motores da unidade motora, à s mudanças na diminuição da neurônios inferiores de sujeitos com AVC. a fraqueza se reflete na ordem do recrutamento e na frequencia A perna parética dos sujeitos após de disparos. Além disso mudanças AVC com restituição quase total da ocorrem nas propriedades das unidades atividade voluntária não motoras e nas propriedades do músculo. diferença na muscular, área manifesta mas Essas mudanças aparecem devido à s apresenta uma pobre capilarização e uma adaptações pela perda de inervação, pela menor imobilidade e pelo não-uso do membro atividade da desidrogenase trifosfato e da mioquinase. A implicação afetado (Carr & Shepherd, 2000). clínica para esses achados é de que, mesmo em sujeitos com Newham and Hsiao (2001) estudou deficiência a contração isométrica voluntária máxima motora mínima e com boa performance dos músculos quadríceps e isquitibiais motora, o treinamento muscular com bem como a quantificação da ativação resistência estaria indicado (Sunnerhagen voluntária do músculos, utilizando-se a et al, 1999). estimulação magnética supramáxima do As fibras musculares numa unidade motora em primeiros 6 meses. Verificou-se uma características metabólicas. De acordo perda substancial da força isométrica, a com para qual não estava associada a excessiva recrutamento dos neurônios motores, as co-contração dos músculos antagonistas. unidades motoras menores, ou de baixo Observado também uma maior falência na limiar, são recrutadas primeiro. Essas ativação voluntária dos músculos dos fibras de baixo limiar são compostas sujeitos hemiplégicos. Como o estudo foi o variam em princípio do tamanho tamanho e tronco nervoso em sujeitos com AVC nos 9 realizado na fase precoce da lesão máximo. Foi constatado que a fraqueza cerebral, acredita-se que a atrofia de após AVC é caracterizada pela lentidão desuso tenha pouca relação com os em desenvolver o torque máximo como achados. A falência da ativação voluntária também pela redução do torque máximo. das fibras musculares dá suporte para Um sujeito pode estar funcionalmente pior teoria dos efeitos neurológicos, ou seja, que o torque máximo pode predizer. Um da lesão do neurônio motor superior sobre dos sujeitos do estudo, por exemplo, o músculo esquelético. A falência da produziu um torque máximo flexor de 9 ativação pode ser devido a falência no Nm, o que seria suficiente para elevar o recrutamento das unidades motoras ou antebraço e carregar um pequeno objeto. redução da frequencia de disparos das Este torque flexor é funcionalmente inútil, unidades ativas. Acredita-se que terapia uma vez que leva 7 segundos para ser mais agressiva em termos de exercícios alcançado. Normalmente o torque máximo de fortalecimento pode ser benéfico em é alcançado dentro do primeiro segundo. termos de ganhos funcionais (Newham & Nos sujeitos com hemiparesia leve Hsiao, 2001). há uma maior diferença de torque dos A outra manifestação do déficit da extensores e flexores dos joelhos entre o ativação neural das unidades motoras é a membro afetado e não-afetado com o lentidão aumento do movimento e o tempo de velocidades angulares, requerido para o seu início. Tem sido refletindo a incapacidade de desenvolver mostrado, que após o AVC, os indivíduos torque máximo em velocidades angulares encontram dificuldades de gerar força maiores (Sunnerhagen et al, 1999). necessária para altas Os resultados de testes clínicos velocidades. Em movimentos alternados, envolvendo o desempenho dos músculos a lentidão do movimento parece estar extensores dos joelhos tem evidenciado a associado importância desse músculo na marcha de com mover a em redução da sincronização das unidades motoras. sujeitos hemiparéticos. Há uma correlação Um estudo (Canning et al,1999) significante entre a velocidade de marcha avaliou a fraqueza após AVC envolvendo e o tempo para alcançar o torque máximo, o nível e a freqüencia do torque gerado. o torque de extensão do joelho parético e, Foi utilizado como parâmetro o torque o torque de extensão do joelho não- máximo (peak torque) isométrico do flexor parético (Bohannon & Walsh, 1992). e extensor do cotovelo e o tempo Deve-se atentar para a força de necessário para alcançar 90% do torque todos os grupos musculares após um 10 AVC. Não se deve considerar o lado mais resultantes da hiperexcitabilidade anormal forte como o lado não envolvido. Deve-se dos reflexos proprioceptivos e cutâneos avaliar diminuição (Carr & Shepherd, 2000). Toda lesão do clínica da força muscular no lado mais sistema nervoso central que provoca uma forte também (Andrews & Bohannon, alteração no mecanismo inibitório supra- 2000). espinal e tratar qualquer Sujeitos após AVC com deficência motora leve e do reflexo miotático gera espasticidade (Greve, 1990). Para definir deambuladores espasticidade precisa-se definir primeiro o comunitários demonstram ter não só tônus muscular. Tônus é a resistência fraqueza no membro inferior parético, mas sentida também no lado não-parético quando passivamente um membro. Espasticidade comparados com grupo controle. A baixa é um tipo exagerado de tônus muscular performance do lado não-parético pode que aumenta com a velocidade do ser razões estiramento neuroanatômicas, pois aproximadamente dependente 10% das fibras motoras descendentes Massagli não cruzam para o lado contralateral. rapidamente seja alongado o músculo, Portanto o treinamento deve envolver maior será sua reação de oposição, ambas extremidades (Sunnerhagen et al, através do reflexo miotático. Após a 1999). Há uma tendência em dar pouca contração muscular reflexa provocada atenção para o lado não-parético e pelo alongamento brusco do músculo, habitualmente inicialmente o examinador percebe a justificada referência ele para por é indicar usado ao muscular da TL, (hipertonia velocidade) 2002). mover (Little Quanto & mais diminuição brusca desta resistência. Este índivíduo antes do insulto neurológico. fenômeno é conhecido como “sinal do Entretanto o desempenho do membro canivete”. A hiperreflexia tendinosa é não-parético caracterizada por aumento quantitativo da está força examinador do também a como pelo reduzido quando comparado com o membro de resposta sujeitos hígidos (grupo controle pareado). diminuição do limiar de estimulação, aumento 2.1.3.3. – Síndrome do Neurônio Motor Superior - Características Positivas do da músculo área estimulado, reflexógena e incapacidade do sujeito inibir a resposta, devido à liberação do reflexo miotático monossináptico (Greve, 1990). As caraceterísticas positivas da síndrome do neurônio motor superior são 11 2.2. Treinamento de Força em também tem Sujeitos PortadoresAcidente hipertrofia muscular, com aumento do tamanho Vascular Cerebral da sido fibra, demonstrado remodelação a das proteínas musculares e aumento no tamanho e no número de miofibrilas. O treinamento de força tem um Observa-se também um aumento da força impacto positivo não só no músculo tênsil do tecido conjuntivo (Fleck & esquelético, mas também na excitação neuromotora, na integridade, Kraemer, 1997; Harris, 2001). na Após um AVC, a imobilidade pode viabilidade do tecido conjuntivo e inclusive resultar na sensação de bem estar de uma vida estruturais contráteis e não contráteis, das do sistema nervoso vários anos tem sido contra-indicado o treinamento de força nesses sujeitos (O’Sullivan, 1988; Bobath, 1970). Com o Hakkinen e Komi (1983) demonstraram a advento sequencia de adaptação ao treinamento mudanças documentadas eletromiografia, aumentado na incluem unidade tratamento de músculos específicos não é usado as como técnica de tratamento. É apregoado pela que os exercícios de resistência muscular recrutamento motora do neurodesenvolvimental, o fortalecimento de força no sistema neuromuscular. Na treinamento, tornaram associadas com a fraqueza muscular, por adaptações ao treinamento de força. do se imobilidade imposta serem conhecidas e central Tem sido descrito na literatura as fase e Apesar do fato de tanto a lesão neural e a (Harris, 2001). primeira sedetária descondicionadas mesmo antes do AVC. de suporte metabólico e dos mecanismos de controle de pessoas que geralmente levavam uma depende da integridade dos elementos sistemas inicial idosos que frequentemente têm AVC, são gerada pelo sistema musculoesquelético dos período numa cadeira de rodas inativo. Os sujeitos A quantidade de força que pode ser motoras, um inconsciência e pelo longo tempo sentado pessoa (Harris, 2001). unidades de pode aumentar o tônus muscular e e padrões anormais de movimento. Bobath sincronização da descarga de unidade (1970) advoga que a fraqueza de um motora. Tais mudanças refletem uma agonista é atribuível a restrição imposta ativação mais efetiva das células do corno por anterior, evocado pelo controle motor grupos antagonistas. melhorado. Além das adaptações neurais musculares Durante espásticos uma rápida contração concêntrica a força gerada pelo 12 agonista pode ser reduzida pela ativação subir escadas, escalas para capacidade do antagonista quando o agonista deveria funcional ser ativado isoladamente. O grau de co- qualidade de vida (Nottingham Health contração Profile). A velocidade de marcha mostrou durante do a agonista-antagonista atividade isométrica desenvolvido Profile) e de treinamento de força e exercício estudo aeróbico, bem como a frequencia de (Teixeira-Salmela et al,1999) com grupo steps/min. A habilidade de subir escadas controle, envolvendo 13 sujeitos com mais mostra-se de 9 meses de AVC. O programa performance consistiu escadas de exercícios um Activity um aumento significante após o programa é anormalemente alta na hemiparesia. Foi (Human aeróbicos e como a um indicador funcional. perna Para não de subir afetada é fortalecimento muscular. O treinamento de habitualmente utilizada para suportar o força envolvendo peso do corpo e evitar a sobrecarga sobre contrações concêntricas e excêntricas o lado afetado. Quando a perna afetada para os músculos flexores, extensores e se abdutores reciprocidade normal para subir escada foi executado do quadril, flexores e torna extensores do joelho e dorsiflexores e pode plantiflexores. Foi utilizado pesos com exercícios areia combinado e bandas elásticas em oito ser mais forte adotado. aeróbicos, com músculos envolvidos conduzido funcionais, poderiam durante 10 padrão Sugere-se como nas de que stepping fortalecimento diferentes resistências. O programa foi 3x/semana o dos tarefas aumentar a semanas. Na primeira semana foram habilidade de sujeitos com lesão cerebral executadas 3 séries de 10 repetições com de executar essa atividade. Os resultados 50% da carga máxima. Na segunda do estudo mostraram uma melhora de semana a carga foi aumentada para 80% 42,3% do torque máximo pelos principais da carga máxima. A repetição máxima foi músculos dos membros inferiores. A reavaliada a cada 2 semanas e o estímulo prática e o treinamento podem reduzir a de treinamento ajustado de tal forma a quantidade de co-contração e facilitar o manter a carga de trabalho em 80% da tempo carga máxima. Os parâmetros utilizados movimento, resultando numa maior rede foram o torque isocinético máximo dos de força gerada na direção desejada do grupos de movimento. Os resultados mostram que o quadríceps, plantiflexores do tornozelo, treino não afeta o tônus muscular tanto velocidade de marcha, cadência para nos plantiflexores como no quadríceps. musculares, espasticidade 13 apropriado de execução de Há uma falta de evidência de que a tempo de sustentação unilateral em cada espasticidade aumenta com o treinamento um dos membros. Também não houve de força. Nos sujeitos com anormalidades mudanças significativas no índice da do tônus muscular muitos terapeutas têm escala adotado uma abordagem de exercícios Depression Scale). A deficiência motora passivos, o qual restringe atividades que enfrenta uma contínua perda da massa envolvem esforço intenso, por medo de muscular e força em sujeitos com AVC aumentar a espasticidade. Houve uma que potencialmente acelera o processo de melhora incapacidade significante na escala que para depressão dessa (Geriatric população. Os mensura qualidade de vida e capacidade resultados desse estudo mostram que o funcional. treinamento de força podem melhorar a Weiss et al (2000) estudaram sete força e resultar na melhora funcional sujeitos com mais de 1 ano de AVC. O mesmo numa fase mais tardia do AVC treinamento foi realizado 2x/semana por (Weiss et al, 2000). 12 semanas. Os exercícios consistiram Foram estudados (Sharp et al, em realizar flexão, extensão e abdução do 1997) 15 sujeitos portadores de AVC com quadril na postura de pé. Extensão do pelo menos 6 meses de evolução da joelho na postura sentada e leg press. lesão Todos trabalharam 3 séries de 8-10 treinamento consistiu de 3 sessões por repetições a 70% da carga máxima. semana por um período de 6 semanas. O Houve melhora absoluta no ganho de treinamento de força consistiu de flexão e força muscular após as 12 semanas de extensão treinamento isocinético Orthotron, que controla a em todos exceto os os músculos cerebral. do O joelho programa no de aparelho do velocidade da contração concêntrica. Os O tempo sujeitos executaram 3 séries de 6-8 necessário para levantar-se da cadeira e repetições de esforço máximo em cada subir uma treinados, extensores quadril, usando leg press. escada diminuiu respectivamente. 20% Houve e 11% das três velocidades (300/sec, 600/sec e 1200/sec) apenas na perna melhora e afetada. Foi utilizado como parâmetro de dinâmico aferidos pela escala de Berg resultado o torque máximo isocinético do (Berg Balance Scale), bem como na quadríceps e isquiotibial, espasticidade do qualidade da marcha (Motor Assessment quadríceps, velocidade de marcha, o Scale). melhora tempo para passar da postura sentada significativa na velocidade da marcha e no para a de pé e deambular, tempo para significativa Não do foi equilíbrio estático observado 14 subir escadas e o escore de Human mês de programa de exercícios resistidos Activity Profile aferidos antes, logo após o e treinamento de atividades de vida diária treinamento, e 4 semanas com o témino é mais efetivo, que um programa de do programa. O principal achado do atividades de vida diária apenas ou estudo foi o de que após um curto período quando combinado com exercícios ativos de treinamento de força houve um simples, em melhorar a independência significativo aumento da força muscular funcional e ganhar força extensora no do flexores e extensores do joelho e membro inferior. ganho na velocidade de marcha, sem Foi realizado um estudo (Dean et qualquer aumento concomitante do tônus al, 2000) que envolveu 12 sujeitos com muscular. AVC A ausência de melhora na na fase crônica,onde foram velocidade para subir escadas e no tempo randomicamente distribuídos em grupo para levantar-se da cadeira e deambular experimental e grupo controle. Ambos os pode refletir o fato de que outros grupos grupos participaram de aulas 3x/semana musculares podem determinar uma maior por 4 semanas. As aulas para o grupo performance que apenas os flexores e experimental extensores dos joelhos. fortalecimento do membro inferior afetado Inaba et al (1973) desenvolveu um estudo randomizado, no e atividades funcionais envolvendo o 77 membro inferior, enquanto os sujeitos do sujeitos com hemiparesia por AVC que grupo controle praticaram atividades para tinham até três meses de AVC. Os o sujeitos foram randomizados em três mostraram que o grupo experimental teve grupos de tratamento: sujeitos do Grupo I uma melhora imediata e persistente (até 2 recebeu apenas treinamento funcional e meses de seguimento) comparado com o alongamento seletivo; Grupo II recebeu grupo controle na velocidade de marcha e exercícios ao na resistência aeróbica, e no número de treinamento funcional e o alongamento repetições do step test (número de vezes seletivo; Grupo III recebeu exercícios para subir e descer um degrau em 15 resistidos progressivos com o treinamento segundos). A participação em alguma funcional e alongamento seletivo. O atividade física regular parece necessária treinamento para promover um estímulo em sujeitos ativos envolvendo focalizou-se em resistido adição consistiu de membro para Os manter resultados extensão em massa do membro inferior com comprometido na posição supina. O funcionais obtidos num programa de resultado desse estudo mostrou que um rehabilitação formal. Os sujeitos com AVC 15 AVC, superior. os ganhos relataram uma maior auto-confiança. Os aumentou nas cargas mais altas da programas o bicicleta sem exarcerbar a atividade fortalecimento muscular podem não só muscular inapropriada. Isto contradiz o melhorar a qualidade de vida como princípio de que o desempenho motor também reduzir a necessidade de futuros piora e que a atividade dos músculos cuidados institucionais. espásticos se exarcebam nos maiores designados para Brown & Kautz (1998) sugere que esforços. Pessoas com hemiparesia um programa de exercício pode ser podem aumentar o trabalho positivo feito desenvolvido para aumentar a capacidade pelo membro inferior parético durante a aeróbica e a força muscular funcional pela atividade de pedalar, quando utilizando simples atividade de pedalar em cargas e altas cargas. O esforço na bicicleta pode cadências variadas sem trazer prejuízo no ser desempenho motor. Com uma triagem alcançar ganhos na força muscular. apropriada intervenção benéfica para monitoramento Engardt et al (1995) sugerem que o cardiovascular a pessoa com hemiparesia conceito de que o treinamento excêntrico pode exercitar no cicloergômetro usando pode ser mais adequado para os sujeitos baixas repetições (10 a 15 ciclos) com com AVC que o treinamento concêntrico. altas cargas e esperar uma melhora no Esses autores estudaram 20 sujeitos com desempenho motor na perna parética. hemiparesia secundária a AVC. Dez Esses autores desenvolveram um estudo participaram do treino exclusivamente que consistiu em envolver 15 sujeitos com concêntrico e os outros dez no treino AVC com mais de seis meses de exclusivamente excêntrico. O treinamento evolução e 15 sujeitos idosos saudáveis foi desenvolvido 2x/semana durante 6 num protocolo, onde tinham que pedalar semanas, trabalhando-se os músculos em 12 cargas e cadência randomicamente extensores do joelho da perna parética. O distribuídas. A força de reação foi medida torque e usada para calcular o trabalho realizado concêntrica e excêntrica dos flexores e por foi extensores dos joelhos foram medidos registrada nos músculos tibial anterior, com um dinamômetro Kin-Com 500H. solear, gastrocnêmio medial, reto femoral, Eletromiografia vasto superfície foram colocados nos músculos cada e uma perna. medial, Eletromiografia bíceps femoral e isocinético com da ação eletrodos quadríceps nesse estudo foi que a força produzida no mostrou membro concêntrico como excêntrico leva a um embora fraca, 16 que isquiotibiais. tanto o O de semimembranoso. O principal achado parético, e máximo estudo treinamento do maneira sinérgica no comando voluntário. extensor do joelho após 6 semanas de Após o treinamento excêntrico e não no treinamento. O aumento da força foi concêntrico, relacionado melhora na simetria da distribuição do considerável aumento com da a força ativação dos houve peso mudanças na atividade eletromiográfica quadríceps de levantar-se da postura média. Isto indica que o aumento da força sentada é do tipo concêntrica. O fato foi causada por fatores neurais. Houve um desta função ter melhorado após o significante aumento na força relativa da treinamento excêntrico implica que essa perna parética nas ações concêntricas e atividade melhora não apenas a função excêntricas excêntrica o treinamento A ação significante agonistas, como pode ser visto pelas após corporal. uma treinada, do mas músculo também excêntrico, mas não após o treinamento aumenta a força que pode ser utilizada concêntrico. No movimento concêntrico o nas ações concêntricas. músculo antagonista é alongado pelo movimento. Esse alongamento pode 3. Conclusão ativar e exagerar o reflexo de estiramento pode A fraqueza muscular pode ser uma atividade das principais causas de problemas eletromiográfica do antagonista após o funcionais na população com acidente treinamento concêntrico. Nos sujeitos com vascular cerebral e pode ser atribuída a hemiparesia espástica a restrição do redução do tamanho da fibra muscular, antagonista na contração concêntrica diminuição da freqüencia de disparo, pode se tornar anormalmente alta com a atrofia das fibras do tipo II, aumento da velocidade fadiga, dos músculos explicar o espásticos. aumento de da movimento, Isto devido a diminuição do das alteração do dependência da velocidade do reflexo de unidades estiramento. forte recrutamento das unidades motoras e a restrição do antagonista nos movimentos falta de input das vias descendentes concêntricos de alta velocidade. Desta sobre o motoneurônio espinhal. forma o Isto treino leva a com uma Há contrações motoras, número evidências de que o concêntricas pode implicar no aumento treinamento de força tem um importante indesejável da restrição do antagonista. papel na recuperação funcional mesmo Em contraste não há a restrição do em portadores crônicos de acidente antagonista nos movimentos excêntrico. O vascular cerebral, principalmente se o reflexo de estiramento pode agir de 17 treino está relacionado com a execução demonstrado que o treinamento de força de tarefas cotidianas. não traz prejuízos ao tônus muscular após o acidente vascular cerebral. Por muitos anos foi apregoado que os exercícios de resistência muscular poderia aumentar o tônus muscular e os padrões anormais de movimento. Entretanto estudos mais recentes tem Brandstater ME. Reabilitação no Derrame. Referências Bibliográficas In: DeLisa JA, Gans BM, editores. Anderson TP. 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