1987 SILVA, Marcio Antonio da
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1987 SILVA, Marcio Antonio da
MÁRCIO ANTONIO DA SILVA BIBLIOTEC/* A EFICÁCIA DA AÇAO PRIMÁRIA NO PROGRAMA ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL EM UM CENTRO DE SAÚDE ESPECIAL ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. CAMPO GRANDE-MS MARÇO/1987. DE DO SRH-BI8L10TECA €lass. __ Reg. Datã Sol Proc. .^jSw.-QrtÓQ 1 R$ ip / MÁRCIO ANTONIO DA SILVA A EFICÁCIA DA AÇÃO PRIMÁRIA NO PROGRAMA DE AS SISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL EM UM CENTRO DE SAÚDE ESPECIAL DO ESTA DO DE MATO GROSSO DO SUL; Trabalho de Conclusão apresentado no III2 Curso Descentralizado de Saúde Publica em Mato Grosso do Sul para obtenção do grau de Espe cialista em Saúde Publica (Sanitã rista). SECRETARIA DE SAÚDE/MS, ESCOLA NACIONAL DE SAÚ DE PÚBLICA/FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, UNIVERSIDADE FEDERAL DE MS E DELEGACIA FEDERAL DE SAÚDE/MS. Campo Grande-MS - março/1987. iBKaalMãAiAãsE DEDICATÓRIA Dedico aos profissionais do programa de assistência à Saúde Mental do Centro de Saúde Especial de Corumbá-MS o médi co psiquiatra Kleber Panoff Philbois, às psicólogas Elirena Rodrigues Mauro e Hilda Anache Jefery pelo clima afetivo e de colaboração durante a fase de coleta dos dados. os E a todos pacientes que, dentro de suas caracteristicas individuais, con seguiram manter uma relação humana positiva e facilitadora. AGRADECIMENTO Agradeço à orientadora de conteúdo, psicóloga Vera Lúcia Kodjaoglanian e a orientadora de metodologia, professora Eurize Caldas Pessanha que muito contribuiram na elaboração do presente trabalho, através de incentivos, orientações, paciên cia e motivação constantes. /•. ooordfjnoçõo c or» ti <;rr/ r, ri-'j r-íi V. ; do 1119 Curso Descentralizado de Saúde Publica do MS, oportunidade oferecida aos profissionais de saúde na busca pela de melhorar o nível de recursos humanos deste estado. Aos professores muito obrigado, pelo crescimento pes soal e aos colegas, felicidades na vida profissional. SUMARIO 1. INTRODUÇÃO 7 2. MATERIAL E MÉTODOS 3. RESULTADO 17 4. DISCUSSÃO DO RESULTADO 28 5. CONCLUSÃO 39 6. ANEXOS 42 V 6.1 - Anexo 01 - Entrevista semi-estruturada: Pré-teste.... 43 6.2 - Anexo 02 - Formulário: Comunidade 44 6.3 - Anexo 03 - Tabela 1 45 6.4 - Anexo 04 - Tabela 2 46 6.5 - Anexo 05 - Formulário: Profissionais de saáde mental. 47 7. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA '§ 'M I l'. ■U y. i i; '' i ! ^í| M iíííl M iVí ;Í I ■f % '■:! - LISTA DE TABELAS 1. Tabela 1 - Distribuição mensal das atividades de assis tência ã saúde mental nas Unidades de Saúde do MS 4S 2. Tabela 2 - Distribuição mensal das causas mais freqüen tes da morbidade na Rede de Serviços Básicos de Saúde do MS 3. Tabela 3 - Distribuição quantitativa e mensal de 4e saúde mental no Centro de Saúde Especial de Corumbá-MS no pe ríodo de janeiro a dezembro de 85 14 4. Tabela 4 - Distribuição dos entrevistados por sexo idade, atendidos pelo programa de assistência ã e saúde mental 20 5. Tabela 5 - Distribuição da amostra de pacientes, por se^ xo em assistência no programa de saúde mental 20 6. Tabela 6 - Distribuição por Região do Município de Co rumbá-MS em relação ao atendimento na assistência à saú de mental 21 7. Tabela 7 - Distribuição quanto a ser previdenciário INAMPS, PREVISUL, FUSEX da amostra, do programa de sistência à saúde mental do as ... o .,. 25 INTRODUÇÃO O presente trabalho visa o estudo e análise da eficá cia da ação primária na Saúde Mental em um Centro de Saúde Es- cial do Estado, particularmente serão considerados a qualidade e o tipo de atendimento, o programa a nível central e local, a expectativa de atuação preventiva como equipe multiprofissio nal, a percepção da comunidade, etc. Mas, qual o valor de se conhecer a ação primária saúde mental? Em primeiro lugar, pela dificuldade de na mensurar as ações do ponto de vista quantitativo e qualitativo, ocasio nado entre outros aspectos pela subjetividade dos dados, ausên cia de critérios de conceituação, planejamento e avaliação. em segundo lugar, a açã E primária é baseada em métodos, tecno logias práticas, com participação ativa de todos os indivíduos, através da valorização dos aspectos culturais, sociais, econô micos e, conforme o caso, realizar a prevenção, cura e reabili tação. A prioridade é pela formação de equipe multiprofissional e abrange todos os setores da sociedade como agricultura , pecuária, indústria, habitação, etc. vários países, preocupa dos com o processo da ação primária na saúde como um "todo", 0 reuniu-se em 12.09.78 em Alma Ata para se discutir sobre a pre venção primária e foi elaborado um documento denominado "Declq :^M 8 ração de Alma Ata"(5). E, para o autor Caplan, (4) a prevenção primária em saúde men tal é um conceito comunitário. Porque trata de reduzir a taxa de novos casos de distúrbio mental na população, neutralizando situações que causam a doença. doentes o número é reduzido. Embora alguns possam ficar Muitas perturbações mentais re - sultam da inadaptação e desajustamento e que pela alteração do equilíbrio de forças, é possível conseguir adaptação e ajusta mento. O programa segundo o autor, deve ter duas abordagens : a ação social e a ação interpessoal; a primeira leva á mudança na comunidade e a segunda a determinados indivíduos. A saúde mental é uma questão que deve ter em vista Oo grupos sociais, principalmente a familia e a própria cultura em que o indivíduo se encontra envolvido na questão de determ^ nar o que seja ou nao normal trabalha—se nao so com padrões científicos de normalidade, mas com a cultura dos grupos da so ciedade. Por isto, o autor Brito (2) apresenta 03 razões, pa ra ampliar as perspectivas da prevenção em saúde mental; 1) O normal é admitido em diferentes áreas da mesma cultura; 2) É obrigado a prever o que é considerado normal no que as medidas atuais estiverem dando resultado; 3) Noções não médicas ou não psiquiátricas em avaliações de aspectos culturais. Daí se con cluir a saúde mental não ser exclusividade da atenção médica , mas sim de uma equipe multiprofissional porque "significa li dar com o medieval, com o moderno e com o avançado dentro de nós mesmos e dos nossos próprios grupos". as É uma área onde medidas paliativas tendem apenas a eliminar a sintomatologia e a consolidar na medida em que elimina a atenção e cuidado. Ex.: Incentivar a criação de hospícios e manutenções de airbula tórios o Para a implantação do programa de assistência ã de mental na Rede de Saúde PÚblica, defronta-se com saú diversas dificuldades, entre elas, a natureza das doenças mentais, a utilização das varias areas de conhecimento como psicologia, sociologia, antropologia na integração do tratamento, ção e cura. preven Com isto iremos enumerar os problemas e implica - ções da Psiquiatria Social e Psicologia Clínica. Nesta última sua origem, definição, enquanto ciência, profissão, além do a^ pecto da elitização dos atendimentos do psicólogo clínico. os autores Júnior sá e Martins (8) situam as dificuldades E da psiquiatria social em relação aos programas preventivos, citan do: 12) A própria definição da psiquiatria social; 22) o obje to de estudo: A tendência a confundir adaptação com normalida de, o desconhecimento da natureza das doenças mentais, conceitos em relação à doença mental; 32) Caráter pre divergente entre o modelo médico X modelo social; 42) o isolamento da Psi^ quiatria face aos programas gerais de saúde; 52) A influencia dos modelos importados; 62) Dificuldades decorrentes da falta de conhecimento da realidade, da falta de avaliação e controle. Quanto à Psicologia Clínica no Brasil, a autora Velloso (15) acentua que o modelo médico não foi uma opção da psicologia, mas uma herança, um processo de identificação. Freud, Claparede; Ulysses Pernambuco, etc. Médicos foram Por esta origem,en frentou várias lutas, pelas técnicas psicoterápicas que exclusividades dos médicos. eram Os consultórios de psicólogos du rante a sessão eiam in-<'adidos por indivíduos estranhos á pro fissão, sob a forma de "fiscalização". Com a Lei n2 4119 de 1962 é uma vitória de segurança e redenção aos profissionais . Em dezembro de 1971, foi instalado o conselho Federal e depois os Regionais. A discriminação da Psicologia Clínica ocorre pe Ia competição, a própria fantasia de poder mágico, de penetra ção, de pensamento e desejos dos outros e comportamento alheio. O seu desenvolvimento inicial foi no campo institucional, não teve o reconhecimento e resultados que merece carente de recursos e atendimento). Portanto, a mas (população psiquiatria social enfrenta inúmeras dificuldades na atuação em saúde pú- j. 10 blica e a psicologia clinica por sua origem no modelo médico, enfrenta situações difíceis pela sua falta de identidade pro fissional e sua conseqüente aceitação como profissão e ciência. Além do preconceito errôneo de considerar a psicoterapia indi vidual ou de grupo ser de exclusividade da classe dominante. Em relaçao à prevenção dos distúrbios mentais e neuro^ lógicos Sartorius (12) concorda que há oportunidade de evitar os problemas psicossociais (auto-agressões) causados por com portamentos no abuso de álcool, drogas e tentativas de suicí dio. muitas A própria ocorrência, evolução e conseqüência de doenças físicas podem ser influenciadas por mudanças de compor^ tamento das pessoas. E os esforços devem ser harmônicos na prevenção e na cura. E o autor Baasher (1) coloca que desde o inicio da humanidade o homem enfrenta o problema de instabili dade emocional e aflições mentais. Para aliviar os sofrimen - tos tem recorrido aos meios naturais e sobrenaturais. Com is to, a religião tem desempenhado um papel importante no bem-es tar e alívio das doenças mentais. Porque o clima psico-reli — gioso reinantes nos templos, pela fé que o povo deposita nos poderes sobrenaturais das divindades, o homem procura uma orientação e nela espera encontrar a verdade: estruturas comportamento, a formação de personalidade e moral. de desenvolvimento Nos períodos"de grande tensões mentais, as crenças,cos tumes, as tradições e instituições religiosas constituem recur sos básicos de ajuda e socorro. No presente estudo, procurou-se valorizar estas dife rentes crenças religiosas, as percepções, atitudes, comporta mentos das pessoas, identificando-se às atuações dos profissio nais: os planos, as ações, as dificuldades, E com isto, apli car os conhecimenttos adquiridos no decorrer do Ilis Curso Des centralizado de Saúde Pública de MS, Mas, a grande meta final é identificar os fatores que causam os problemas de atuação a ni^vel local, ocasionados pela ausência de recursos humanos, ma° 8 0/0UôrECA 11 teriais, financeiros e pelo pouco apoio governamental. Estes objetivos do traba ho serão atingidos à medida que se procurar coletar, analisar, refletir em relação ao tipo de ação ria que se vem realizando no setor. primá Porque em saúde mental a ação primária é um processo pelo qual visa aos grupos de maior risco: gestantes, mães, adolescentes, geriátricos, materno-in- fantil, no intuito de reduzir na população o surgimento das al^ terações mentais e a promoção dos niveis mais satisfatórios. E, de acordo com as Diretrizes da Secretaria de do de Esta Sáude de Mato Grosso do Sul/Departamento de Saúde da co munidade (14) o programa tem como prioridade detectar o mais precocemente as enfermidades mentais, reduzir a hospitalização, incentivar a continuidade do tratamento e a prevenção que são o ponto alto das ações, reduzindo assim a incidência e a preva lência das doenças. As prioridades a serem desenvolvidas sao baseadas em expansões a nivel primário, secundário e terciário. Os recursos humanos previstos ao programa e constituido por Equipes Muitiprofissionais: Generalista ou Psiquiatra, Psicólo^ go, Assistente Social, atendente. O acompanhamento atual é realizado pelos^seguintes critérios: 1^) consulta, retorno,tra tamento farmacológico, orientação psicológica, clientes orien tados (palestras no Centro de Saúde), orientações na comunida de, egresso de hospitais e encaminhamento para hospitais. Tu do em termos quantitativos (n^ de atendimentos) e não qualita tivos. 1 / i 12 MATERIAL E MÉTODOS Os pacientes c''\ amostra são adolescentes, jovens, adultos, idosos do sexo masculino e feminino, presumivelmente' pertencentes ao estrato socio—economicos baixo, provenientes do centro e bairros periféricos da cidade e freqüentam o pro - grama de assistência à saúde mental no Centro de Saúde Espe cial de Corumbá-MS. órgão Este estabelecimento público é um vinculado à Secretaria de Estado de Saúde de MS que nesta re gião; Corumbá, Ladário e Pantanal, funciona semelhante a uma Agência Regional. Para a coleta de dados foram utilizados os seguintes materiais: is) folhas de registro (papel sulfite em branco) 22) pré-teste manuscritos; 32) formulários. ; Para a sua elabo ração utilizou-se o seguinte: máquina de escrever, sulfite, grampeador, lápis, caneta, borracha, carbono, máquina de xerox (fotocópia). Para ajcoleta de dados o pesquisador deslocou- se de Campo Grande a Corumbá em MS pela R.F.F.S.A. (Rede Ferroviá ria Federal Sociedade Anônima) ou pela Viação Andorinha. Este trajeto foi em número de 06 vezes, ocupando-se a bolsa de aju da financeira da Secretaria de Estado de Saúde. O local de aplicação do formulário na comunidade foi em uma sala ao lado da saúde mental. Um ambiente tranqüilo, ventilado, com mesa. ■ -iW/M 'iil m ;i '• 'J /.•'''.'jr ftl '\0ÍH .'1:1 • .1 1 ...'. I|..,. /iíííiife! It:-'■■■'■{•■ ISi r.'hj 0m:. vil i'|vÍí|-'!VÍ^ ■/ííiíi íi {■■■"!!'■' ■ '.' ''.ilüi.' , ! ;.■ .■■■'■ ■ ' 1 í iiiii'' ■■!Í: li, ,1;: I 'M i; .'.('V; I '■■/íi . -l' :'Í'//rí 13 I'" BIBLIOTECA cadeira para o paciente e pesquisador. Na obtenção e aquisição desses dados foram empregados os seguintes métodos: OBSERVAÇÕES: Em relação ao número de profissionais que traba lham no setor, o tipo de atendimento realizado, o horário, o tempo de espera, a demanda e freqüência dos pacientes, caracte rística pessoal dos mesmos, relação paciente X profissionais, condições de trabalho, materiais existentes, ambiente físico , etc. Reunião com a equipe multiprofissional: Teve como finalidade uma maior participação dos profissionais na pesquisa. tou-se o projeto, os objetivos a serem atingidos, Apresen finalidade, expectativa e interesse profissional do pesquisador, etc. En contravam—se presentes 02 médicos (Psiquiatra e Neurologista), duas psicólogas do programa e o pesquisador. Formulários: Foi elaborado a partir da aplicação inicial de um pré-tesbe (anexo: 01) com o objetivo de conhecer a realidade , adaptação de termos acessíveis ã população para posteriormente elaborar o formulário definitivo. E de acordo com os objeti - vos da pesquisa foi dividido o formulário em 4 partes: 1. iden tificação, 2. Profissionais X meio familiar, 3. Comunidade ação primária em sa ide mental (prevenção), 4. Centro de X saúde X comunidade (anexo: 02). Dentre os materiais utilizados para a elaboração definitiva dos formulários foram consultados os dados da Equipe Técnica de Bio-estatística e Informática/Secretaria de Estado de Saúde Departamento de Saúde da Comunidade, tendo como base o ano de 85 (janeiro a dezembro) com a finalidade de se conhecer a dis tribuição quantitativa das atividades em saúde mental em (Como se demonstra na tabela: 01 em anexo: 03). MS. E para se co nhecer a freqüência de Transtornos Mentais informado pela Rede de Serviços Básicos de MS, utilizou-se a distribuição quantita 14 tiva.(Vide na tabela; 02 em anexc; 04)-. O critério estabelecido para aplicação é que seria qualquer pessoa que estivesse na sala de espera para consultar no setor de saúde mental, englobando aleatoriamente, pacientes, famili^ res, adultos, velhos, jovens, etc. Para se conhecer e anali sar a demanda especifica de atendimento do Centro de Saúde Es pecial de Corumbá-MS, calculou—se a média mensal de durante o ano de 85. pacientes Esta distribuição quantitativa serviu de base, para aplicar o formulário na comunidade. Ex.: Da 1^ c-n sulta para se conseguir a media mensal se fez a soma dos meses e dividiu-se pelo número total = 467 7. Esta distribuição quantitativa e mensal das atividades em Corumbá-MS encontra-se na seguinte tabela. Tabela 03: Distribuição quantitativa e mensal das atividades de saúde mental no Centro de Saúde Especial de Co rumbá-MS no período de janeiro a dezembro de 85. MESES ATIVIDADES J 13 consulta 71 ^ 68 Retorno F 121 M A M J J 73 79 54 76 46 A - 95 115 118 136 159 125 - 192 163 188 197 190 235 171 - 167 150 161 194 182 243 171 - S 0 N D - - - - - - - - - - - TOTAL 467 869 Tratamento Farmocoló- - 1336 gico. Orientação Psicológi - - - - 1268 ca Clientes Orientados (Palestra - - 1 - 9 - 3 - - - - - 13 na Unidade de Saúde) Egresso de Hospitais. 5 3 6 7 4 8 7 4 4 5 3 6 34 Encaminha mento para hospitais. 6 - - - - - 35 15 OBS.: Os dados quantitativos de agosto a dezembro/85 do Centro de Saúde Especial de Corumbá-MS nao se encontra à dispo sição para a coleta na Secretaria de Estado de Saúde. FONTES: ETBIN - Equipe Técnica de bio-estatística e Informáti- I ca. Secretaria de Estado de Saúde de MS/Depar tamento de Saúde da Comunidade (janeiro/dezembro/85). Aos profissionais foi elaborado um formulário com questões abertas para se avaliar o nível de atuação na ação primária, dificuldades, expectativas, opiniões, experiências , I etc. (Como demonstra o anexo: 05). I/, A finalidade da coleta dos dados entre a comunidade e grupo de profissionais foi detectar a opinião, percepção e complementar as idéias, tornando—se a pesquisa mais participativa. A amostra da comunidade foi constituída de 48% da po pulação que freqüenta regularmente os serviços de assistência* à saúde mental, alguns do P.S.A., puérperas e gestantes. Para interpretação desses dados, encontrou—se muita dificuldade nas perguntas abertãs, utilizando-se os seguintes critérios: is) Ler cada pergunta e resposta de todos os entrevistados; 22)Ano tar estas respostas por categorias (com pontos comuns); 32) Ob servar o que mais repete e agrupar em um só tipo de resposta; 42) O número de respostas deve sempre coincidir com o número de entrevistados (total); 52) Dar para cada resposta o bruto e o percentual, sempre em relação -o total de dado amostra; 62) Colocar os dados quantitativos mais significativos em tabe Ias; 72) As respostas foram agrupadas segundo a seqüência do formulário. Logicamente, as questões fechadas foram mais rápidas para se tabular e conseguir os percentuais, já as abertas dificulta ram mais, porque cada paciente emitiu sua opinião, interesse, 16 de forma diversificada. Os fatos que mais sobressairam na fa se de aplicação do formulário foram os seguintes: Quando entr£ gue o material a cada profissional para responder, nenhum en - tregou as respostas no tempo previsto. Necessitando por suge^ tão dos mesmos, realizar uma mesa redonda sobre o assunto. Fo^ ram justificadas várias situações como "falta de tempo" - tra balha não só na saúde pública, "falar demais" e comprometer emprego do Estado. prometeria. o E com as respostas em grupo ninguém se com Durante a aplicação do questionário na comunidade, cada paciente variava o seu periodo de tempo, de permanência na entrevista, isto acontecia conforme o tipo de patologia, mo tivação interna, interesse dos mesmos, necessidade e ças individuais, etc. diferen O horário principal foi antes ou depois do atendimento do médico psiquiatra, pela facilidade de encon trar um maior número de pessoas. 17 RESULTADOS Sao os seguintes os resultados obtidos: O atendimento à comunidade é realizado por 04 profissionais de saúde mental 01 psiquiatra, 01 neurologista e 02 psicólogas. Uma das ativ^ dades realizadas na saúde mental é o tratamento farmacológico e atualmente neste Centro de Saúde é o ponto culminante de to do o processo da relação e intervenção aos doentes mentais gra ves. Os profissionais não identificam qualquer ação realizada. Para a consulta de rotina alguns pacientes compa recem com membròs de sua família, outros sozinhos menos grave). taçôes quanto à tiva, primária (patologia Pelo nível cultural e econômico baixo as orien ingestão de medicamentos, torna-se significa visto que podem suspender por conta própria ou mesmo jogar fora, dar para alguém da família ingerir. Atualmente os pacientes sao atendidos, através de controle fixo e mensal de medicamentos em caso de doentes mentais graves atendimento e orientação psicológica, (psicóticos); P.S.A. (Pro grama de Suplementação Alimentar) - puérperas e gestantes. Nes te período ocorreram mudanças em outro setor do Centro de Saúde Especial e a saúde mental sofreu suas conseqüências. Isto é o Programa de Suplementação Alimentar (P.S.A.) sofreu altera ções, já que a Nutricionista entrou de licença gestacional, du ■ :í'í';í| w 11',ií a •m ■M i M íiíi M 4 iíi ■ í:'l':í ' ' Z',. '!lf! líili: ''M IM % li i ■/|| ÍM ■fíííill ■M li C' •48 .1 i, '44 !5/?ií Jr$ {fíjH M W. '/.•i/i . ,'■))■ ■■ 'm 18 rante 05 meses, então as duas psicólogas, integraram ao progra ma através do controle e distribuição diárias de alimento à co munidade. No programa não existe atualmente a atendente 'para a pré-consulta, além da assistente social que falta na multiprofissional. equipe No l^ caso as profissionais dizem que no início ficaram"chateadas", mas procuraram tirar proveito para o trabalho, porque possibilita observar situações como contro le de medicamentos, relações familiares do doente, etc. No 2^ caso funcionam, também como assistente social por não ter este serviço no Centro de Saúde. E declararam que os responsáveis pelo prograjna de tuberculose sempre estão realizando visitas as familias dos doentes e mesmas vão juntas. Algo muito importante que se observou as é que a equipe trabalha sem conhecimento, informação dos objeti vos, metas da Secretaria de Estado e de Saúde/Departamento Saúde da Comunidade. de Isto é, da Diretriz do trabalho na saúde mental. Os atendimentos são realizados em uma sala média, onde se en contra 01 mesa e 02 armários com materiais e medicamentos e o mais grave - o banheiro dos funcionários do Centro de Saúde, que funciona nesta própria sala (aos fundos). Qualquer inter venção que haja a nível . sicolégico ou médico, é interrompido por funcionários que desejam entrar em seu banheiro. Não exi^ te qualquer local disponível para a psicoterapia individual ou de grupo e para ludoterapia infantil. Em relação aos atendi - mentes dos profissionais observa-se certo vínculo afetivo os pacientes, com o objetivo principal de retorno. Aliás, es te e um meio de controle e preocupação de todos no sentido continuidade do tratamento. com da No setor psicológico, existe aten dimento psicoterápico, mas necessita-se de melhor planejamento. Por exemplo de janeiro a março de 86 ar psicólogas acompanha ram as gestantes, realizaram palestras, orientações e depois 1 19 íl /I a jí| pararam, nao fizeram mais com as outras,porque tinham algo de imediato para fazer, como o problema do P.S.A. citado. 'liVI No 12 contato em que se reuniu com todos os profissio íi ,í| . nais do setor surgiu algo interessante por parte do neurologia jh ta que tem um curso de saúde pública em são Paulo e que contr^ bui muito, indicando os grupos de maior risco para se lhar em saúde mental. traba Foi lembrado em termos sociais, que Campo Grande-MS, existe um grupo de pais que atuam no em sentido de orientar os filhos, quanto ao vício de drogas — "clube pais do Brasil". de O que é um trabalho preventivo muito bom. To dos lembram que pela remuneração, salário que se ganha na saú de pública, dificilmente se realiza um trabalho como é para ser realizado, por terem que ter outro emprego para se ganhar mais para a manutenção e sobrevivência. E dizem que aqui di ficilmente se realiza um trabalho de açao primária. É mais se_ cundária. E comentam que na saúde pública existe muita polít^ ca, por exemplo, porque 03 meses antes das eleições de 15 novembro, iniciou-se a entrega de alimentação. de E além disso , a açao primaria em saúde mental nao da voto, e um serviço que não aparece, é a longo prazo, por isto ocorre muito desinteres se governamental pelo setor. Quanto aos formulários aplicados na população deu—se o seguinte: Foi entrevistado um total de 32 pessoas, sendo do sexo masculino (22%) e 25 do sexo feminino (78%) atendidos pelo programa de saúde mental, algumas do P.S.A. (Programa Suplementação Alimentar), pré-natal e puérpera. 07 de A maioria en trevistada foi do sexo feminino e resultou de quem se encontra va na fila de espera, era o paciente em si ou algum membro sua família, como: cunhada, esposa, irmã, mãe, enteada, de pelos seguintes motivos: 12) o paciente se encontrava trabalhando e necessitava apenas de medicamento de controle mensal e veio al guém da família com a re eita; 22) a mae, esposa procurou o serviço de saúde mental, poi" estar passando sérios problemas m • • -V;!» '';Á s f ..//í i ,1 1 ' 1 l'.l , ,"l 'aM m M • !; •''. ■ fíS j ;,!.í l!i'^ 20 de ordem afetiva e emocional com os (as) filhos(as) ou marido; 32) Alguns pacientes nao tinham condições de verbalizar, então o (a) acompanhante é que veio junto na consulta e respondia às questões; A-) Por ser na familia o responsável pelo tratamento médico do(a) paciente; 52) Enfim, cada mulher ou esposo(a) ou mae tinham seus motivos particulares para estar na fila de es pera. Esta distribuição por faixa etária e sexo dos entrevis tados encontra-se na seguinte tabela. Tabela 04: Distribuição dos entrevistados por sexo e idade, atendidos pelo programa de assistência à saúde men tal. SEXO FAIXA El 'ARIA ANOS 10 21 31 41 51 61 - - - - - 20 FEMININO N2 N2 % 13 13 12 38 16 51 1 3 5 16 6 19 2 6 2 6 4 12 - - 1 3 1 3 - - 1 3 1 3 25 79 32 100 4 40 50 7 A L % 4 30 - N2 13 - 60 % TOTAL 4 - ou T 0 T MASCULINO 22 Em relaçao ao total de pacientes por sexo em assistin cia na saúde mental, observa-se na tabela abaixo que a maioria e do sexo masculino (58%), mesmo não sendo a maioria dos entre vistados. Tabela 05: Distribuição da amostra de pacientes, por sexo assistência no programa de saúde mental. SEXO N2 % Masculino 15 58 Feminino 11 42 TOTAL 26 100 em 21 OBS.: Neste total não se encontram incluídos as 6 paciente? que sao do f-r©g-r3.riia de* P.S.A., puérpera e gestantes. Quanto ao estado civil: 44% dos entrevistados é sol teiro(a); 28% casado legalmente; 16% separado(a); 9% amigado(a) 3% viúva. Os números de filhos estão assim distribuídos: tem de 01 a 03 filhos; 31% não tem filhos; 12% de 07 a 08 lhos; 9% tem 04 filhos. 48% fi Observa-se que nesta amostra o número de filhos tem uma boa distribuição quantitativa nas famílias. Como a maioria dos entrevistados são mulheres o número de pro fissões se distribui da seguinte maneira: 31% dona de casa; 15% empregada doméstica; 9% estudante - trabalha em casa; 9% servente e pedreiro; 6% aposentado(a) por doença mental e os restantes estão assim distribuídos: 3% cozinheira; 3% lavadei- ra; 3% costureira; 3% ajudante de cozinha; 3% vendedor ambulan te; 3% lavrador; 3% motorista; 3% policial militar; 3% guarda de obras; 3% sem profissão por doença mental. O grau de instrução dos entrevistados é baixo: 58% po^ sui de 13 a 63 série do Jfi grau; 20% não sabe ler, nem escre ver; 13% possui o 22 grau; 3% o 22 grau incompleto; 6% o 12 grau. Na religião a grande maioria disse ser Católica 82% não disse ram ser praticantes; 12% Assembléia de Deus, Protestante, Evan gélica e Cristo para o Brasil; 6% não respondeu. A distribuição dos bairros da cidade de Corumbá - MS. por região em relação à freqüência ao programa de assistência à saúde mental neste Centro de Saúde, está demonstrado na tabe Ia seguinte. Observa-se que comparecem pacientes de todos os bairros perifé ricos e do Município de Ladário-MS. Tabela 06: Distribuição por Região do Município de Corumbá- MS em relação ao atendimento na assistência à saúde mental. REGIÕES N2 /O 12 4 13 22 6 18 32 6 18 42 7 22 52 5 15 02 1 5 72 3 9 TOTAL 32 100 Estas regiões foram estabelecidas utilizando-se o crite rio de aproximação fisioa dos baxrros e estão assim dis - tribuídos: 1- Região - Centro; 2^ Região - D. Bosco, Cer vejaria, Hawai, Arthur Marinho; 32 Região - Boroski, 17s BC, são Benedito; 42 Região - N.S. de Fátima, Cristo Re - dentor, COHAB; 52 Região - Itaú, Universitário, Maria Leã^ te; 62 Região - Projeto Urucum - INCRA; 72 -Região - Muni cípio de Ladário-MS. No aspecto da relação entre profissionais X meio fami liar, 44% afirma que a doença mental na família cria situações difíceis tanto ao doente como a seus familiares; 25% é o pro blema financeiro; 19% problema familiar em geral ( convivência familiar dificil, falta de conversa, dialogo, receio de drogas, problema psicológico do marido); 12% é problema de relaciona - mento com o patrão ou "não tem família, não tem problemas"-per cebe—se que sao pessoas com acentuado problema emocional. A existência de viciados em drogas, álcool na família 28% con firmam a existência do pai, irmão, marido, filho mais velho, alem de 01 caso da própria paciente ter sido viciada com medi camentos, 72% disse não em relação às drogas tipo maconha, co ■ Ill M 23 íft M i caina, nao citaram qualquer contato ou vicio com as mesmas. No relacionamento familiar é a seguinte a estrutura familiar 4 dos entrevistados: 31% tem um bom relacionamento, vive em har 1 monia, a convivência é boa com todos os membros; 69% tem pro — 1 y| blema de ordem afetiva e emocional - relação afetiva emocional difícil com algum membro da família ou com todos ao mesmo tem po; outros percebem na relação família X doente, aspectos posi tivos e negativos na estruturação e estabilização familiar; a relação familiar é instável, insegura, sempre prestes "a demo lir' 'acabar"; às vezes e boa,outras ruins; o clima, o ambien te criado — são relações afetivas dificeis; nao tem família - - "vive bem", "vivem sozinhos", "nao dependem de ninguém"- são pessoas com acentuado desajuste ou transferem o problema famj liar para o serviço. Quanto à procura de religião, antes de se integrar ao programa de saúde mental a comunidade deu a seguinte resposta: 69% con firmou procurar religião (Assembléia de Deus, Católica, Espír^ ta) BenzeçSes e Candomblés na busca, procura, de cura da doen ça mental, isto é: recorrem ou já recorreram ao Centro de Saú de e religião "^ao mesmo tempo; outros não deixam claro ao dizer se freqüentam ou não a religião; outro diz que freqüenta por freqüentar a religião e não por causa da doença ou até admite melhorar da saúde ao recorrer à religião; 28% nunca procurou religião, só o Centro de Saúde; 3% piocura exclusivamente o Centro de Saúde por motivos de dano à saúde evidentes. A questão da Comunidade X ação primária em saúde men tal (prevenção) resultou o seguinte: 66% concorda que a psico logia pode ajudá-los (as) no relacionamento e convivência diá ria; 34% nao souberam responder. Quanto à pergunta se "conver sou" com algum Psicólogo, Psiquiatra a respeito de algum pro blema deu o seguinte: 53% disse não - nunca procurou conversar Por ser a 1^ vez que irá conversar com 01 profissional do se- Vo :•} e/St/OTECA A' "tor, nao conversou, nem sobre o problema do pai que é alcoóla tra. 47% disse sim com o Psiquiatra do Centro de Saúde; Campo Grande, Sao Paulo já conversou com Psicólogos, aqui em em Corumbá, ainda nao conhece nenhum; quando internada na Psiquia tria do hospital e durante a consulta médica mensal de medicamentos). (controle Dos 53% que responderam negativamente, já tiveram contato com os profissionais, através de consultas, Svj que parece que a comunidade não está familiarizada com o termo técnico "psiquiatra" empregado no formulário e sim "médico". Ex.: "Eu vou ao médico" e não "Eu vou ao psiquiatra". Quanto à participação na atividade, trabalho em saúde mental, 47% nun ca participou de nada (dentro ou fora do Centro de Saúde); 22% apenas participou do Centro de Saúde, INAM , através de técni cos — Psicólogos, Nutricionistas; 9% recebe orientação através da Igreja - Assembléia de Deus, Centro Espírita; 15% recebeu informações nos Alcoólicos Anônimos, Escolas dos filhos, duran te a formação profissional: através de cursos de relações huma nas e orientações psicológicas - Polícia Militar e SENAC; 7% em hospital geral/internada no setor de Psiquiatria ou fora de Corumbá-MS, teve contatos com Psicólogos mas não por falta de recursos financeiros. tratamento Muito relacionada a esta questão, encontra-se a atuaçao (ação, trabalho) de um Psicólo go, Psiquiatra no Centro de Saúde o que resultou que 62% não tem idéia alguma, não sabe, não viu nada do que fazem; 16% ob servam o trabalho junto dos 02 profissionais no Centro de Saú de no sentido de ambos ajudarem as pessoas a se encontrarem, a resolverem seus problemas, aconselham os indivíduos, só uma pessoa reclamou das "duas donas" que ficam sentadas perto do médico - porque a inibe; 13% identificam mais a figura do méd^ CO psiquiatra, por lUe "trata o doente", "interna", "fala sobre os remédios" são os termos utilizados pela comunidade. 9% ape^ nas tem alguma percepção em relação ao psicólogo: pessoa amiga, que pode auxiliar, orienta as pessoas desorientadas, o procu — 25 ram para um desabafo. são os termos empregados. A questão do Centro de Saúde X comunidade percebe- se claramente como funciona o sistema previdenciário na cidade de Corumbá-MS, isto é porque optou pelo tratamento neste de Saúde: 47% disse que foi a doença mental e outros Centro motive • particulares tais como: por não ser previdenciário e na Saúde pública tem bons médio s principalmente o Psiquiatra, por rec^ ber ajuda na alimentação, por ser perto de sua casa, pela esp^ cialidade médica, etc; 16% por ser bem atendido ou encaminha mento de outros médicos, enfermagem ou por não ter esta espe cialidade - Psiquiatria no INAMPS, PREVISUL, etc.; 13% por ser o atendimento médico deste Centro de Saúde, melhor do que o Posto de Saúde do bairro, além de ser mais rápido que o INAMPS; 6% porque foi mal atendido no INAMPS e Unidade Mista de Ladá - rio-MS; 3% não soube responder; 9% Nos "postinhos dos bairros" os médicos não comparecem são os da Prefeitura Municipal e no INAMPS necessitam esperar 04 dias com uma ficha; 6% por ques - tão de hábito, costume é previdenciário, mas consulta no Espe cial. Quanto ao período de tempo que freqüenta o Centro de Saúde é o seguinte: 69% 2 ou mais anos; 28% menos de 1 ano; 3% 1 ano. Em relação ao paciente pertencer a algum órgão previ denciário do sistema de saúde, encontra-se distribuído na tabe Ia abaixo. Muitos sao previdenciários, mas procuram o Centro de Saúde Especial por não existir esta especialidade no INAMPS ou PREVISUL ou pela facilidade de atendimento. Tabela 07: Distribuição quanto a ser previdenciário do INAMPS, PREVISUL, FUSEX da amostra, do programa de assistên cia ã saúde mental. MUOUCACtlnMMSAÚDS Dr.Sérgio ^ouca 1 J Via 26 :íá ijií I ORGAO DA PREVIDÊNCIA N2 % Não é previdenciário 12 38 Tem INAMPS 17 53 Tem PRFVISUL 02 06 Tem FUSEX 01 03 T 0 TAL 32 100 Quanto a mesa redonda realizada com os profissionais' de saúde mental surgiram as seguintes idéias: Com a maioria presente, as respostas eram anotadas imediatamente e foi segu_i do o esquema de perguntas do formulário elaborado e disseram que a ação primária em saúde mental na rede de Saúde Pública , requer exclusividade e tempo, isto é, salário compatível e tem po adequado para o serviço. Neste Centro de Saúde é realizá-la desde que siga esta proposta. possível No tratamento de vi ciados em drogas, por exemplo, que constitui um círculo vicio so, deve-se acompanhar o paciente na família, trabalho, escola, necessitando um tempo significativo do profissional. Em ter - mos financeiros não é compensatório trabalhar na Saúde Pública, porque atualmente se trabalha por amor à arte. Neste confirmaram existir algum programa com as gestantes local e (programa de alimentação), os recursos humanos existentes INAM são suficientes e o tr .balho como um todo é de qualidade razoável, porque os pacientes sao conhecidos pelo nome, existe uma boa ligação afetiva, o que diferencia de muitos trabalhos psiquiá tricos em que os pacientes são enumerados. A principal difl culdade para a realizaçao de um bom trabalho e a remuneração insuficiente e o grupo concorda que a saúde mental não é uma das prioridades do sistema de saúde, porque não se tem uma res posta imediata em termos de produtividade do indivíduo. Quanto aos cursos, reciclagens, treinamentos a nível de Sec re- .?7 taria de Estado de Saúde, os cursos não são suficientes e quando aparecem se tornam insignificantes para os profissio - nais mais experientes. Porque na maioria das vezes são orga nizados por profissionais mais jovens (inexperientes) e difi cilmente podem realizar algo de bom e produtivo. Não exis-i-e uma esti^utura solida, a nivel central, a cada governo muda pessoal, não tem continuidade os programas. Os próprios Se — cretários de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul já várias vezes. trocou Outro aspecto é que nao existe um sistema informação de cursos, congressos, semanas, reciclagens área. o de na A experiênci.- profissional anterior é sempre importan te como nos demais setores de trabalho. Quanto à clientela é sempre crescente, com aumento estabilizado e dinâmico. Para o grupo, o principal campo para a prevenção primária em saúde mental á a ESCOLA, isto deve ser solicitado à Secreta - ria de Estado de Educação porque os alunos e pais são engloba dos em todos os aspectos. As considerações finais mais impor tantes são: a estabilização da direção da Saúde Pública a ní vel local, regional e central; a desvinculação dos serviços de saúde do sistema político vigente; remuneração adequada aos profissionais. r 28 DISCUSSÃO D0SRESULTAD05 Em analise dos resultados, percebe—se que a da açao primária em saúde mental neste Centro de Saúde eficácia Espe cial do Estado de MS, encontra-se comprometido por vários fato res, entre eles, o artigo sobre a "Proposta de trabalho para equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambulató - rios de saúde mental" do Estado de são Paulo (13) citam as com plexidades naturais da prevenção, ressaltando que ..."No campo da saúde mental a definição de ações preventivas ou de promo ção torna-se bem mais complexo do que na saúde física, dada a interação de múltiplos f itores (biológicos, psicológicos e so ciais) na etiologia das assim chamadas doenças mentais. Desta ca-se a importância dos condicionantes sociais que atuam sobre cada indivíduo para a fixação do aspecto situacional nos diag nósticos e a sua consideração na definição de ação do plano em cada caso..." É de importância fundamental levar em considera ção tais fatores, visto que a "doença mental" em si não é o re sultado apenas de um contexto, mas de um conjunto de fatores situacionais, por isto a Psiquiatria necessita de outras áreas como a Psicologia, Sociologia, Antropo''ogia para explicar as origens da doença mental, o seu tratamento, a sua assistência ao paciente e familiares. o que vem de encontx-o com as idéias 29 centrais dos autores Busnello e Machado (3) que comentam: "... Os problemas com que se defronta a Psiquiatria é que se lhe atribui uma tarefa imensa, complexa e que requer múltiplas abordagens, que exigem atuação de profissionais de outras áreas e de outras ciências, principalmente da Sociologia e da Antropologia. os A tarefa da prevenção primária de todos transtornos mentais nao pode ser cometido apenas à Psiquiatria' Por isto, a equipe muitiprofissional (Generalista, Psiquiatra, Psicólogo, Assistente Social) em saúde mental tem uma importãxi cia significativa, visto que podem ajudar a comunidade através de atendimento ao paciente, como assistência ás respectivas fa mílias. E neste Centro de Saúde, apesar de estar previsto a nível central (Diretriz do trabalho) na realidade não se encon tra formada essa equipe. Apesar de complexas as ações preventivas, estes autores emitem opiniões favoráveis na realização porque demonstram algumas a^ ternativas a serem seguidas semelhantes à prevenção das doen - ças físicas: "A avaliação das medidas preventivas primárias em psiquiatria é bastante difícil. É mais fácil no caso das doen ças orgânicas e de alguns tipos de retardo mental. Enquanto nosso entendimento sobre a etiologia, predisposição, desenca deamento e desenvolvimento de muitas das doenças e retardos mentais permanecer obscuros, a efetividade de medidas prevonti vas adotadas poderá sofrer duras críticas. ...Mas, assim como ocorreu com a adoção de medidas preventivas para com as doenças físicas, é necessário que se inicie aqueles pontos que parecem indicar onde estão os por "reservató rios de vírus" e os "portadores" ou contatos, das doenças men tais, e pelo controle das "populações de risco", através de me didas que na avaliação mostrarão suas possibilidades como méto do de prevenção/e ou ajudarão a indicar a causa de muitos pro blemas de saúde mental, ." Estas idéias destes autores são fundamentadas na expe'^ 30 ■ w m riência diaria da equipe multiprofissional do setor, onde se posicionam dizendo, que para se realizar a ação primária em saúde mental, necessita-se de exclusividade e tempo )Í disponí vel, os médicos nao dedicam mais tempo ao serviço público por necessitar de outras fontes de renda para a manutenção pessoal. Com os salários e remunerações inadequadas, "trabalha-se amor ã arte", gera baixo estímulo, baixa motivação. por Onde os próprios recursos humanos e materiais são escassos, dificultan do muito a rotina dos serviços diários. Como por exemplo: não existir para atendimento de crianças, uma sala de ludoterapia infantil, porque é significativo o número de crianças que po dem ser beneficiadas por esta intervenção, não existe um local para atendimento em psicoterapia individual ou de grupo adolescentes e adultos). (para Entretanto, o que se vê, é o próprio banheiro dos funcionários na sala de atendimento, prejudicando a assistência médica e psicológica do programa. Se analisar - mos o baixo nível salarial dos profissionais de saúde de isto é, um dos fatores que mais prejudicam os programas de modo geral, além da falta de condições de trabalho, MS, um recursos materiais do setor que facilitariam muito o trabalho dos psicó logos. E não se afastariam tão acentuadamente de suas funções profissionais. O que se observa atualmente na saúde mental é uma al ta ação medicamentosa, isto é, a distribuição, manutenção e orientação dos medicamentos é o ponto culminante de todo o pro cesso de intervenção aos doentes mentais graves qiAe sao maioria provenientes das camadas inferic es da sociedade. na O que os autores da "Proposta de trabalho para equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambulatórios de saúde men tal" (13) ressalta que: "Através do aproveitamento máximo cada componente da equipe em ações gerais e da ampliação de e aprofundamento de suas funções específicas, a unidade de Saúde Mental deverá superar o uso tão freqüente de fármacos enquanto 'I m '; ifc ''■Ml ■■y:\0S 'M /wnm /'■Í',iíí'í4 1*. * :L]:S '13 ('■■l;';'iiÍ!Í!;; .mm 31 recurso terapêutico único e instituir a psicoterapia como moda lidade de atendimento, associada ou nao a outros procedimentos, e resgatar a efic; cia terapêutica das ações de apoio e orienta ç ao • • •" A intervenção psicoterápica que existe é por esforço dos profissionais que tem compromisso social com a carente com isto a açao primária em saúde mental pessoal população (prevenção) é prejudicada, onde 66% das pessoas entrevistadas, concordam que a psicologia pode ajudá-los na convivência diária e não souberam responder. 34% De 53% a maioria, disse nunca ter con versado com algum Psicólogo, Psiquiatra, e 47% afirmarajB posi tivamente. Entretanto, destes 53% que responderam negativajnen te já consultaram nos serviços de assistência à saúde mental, mas pelos nomes técnicos das profissões, não souberam discrim^ nar por não ser comum dizer: "Vou ao Psiquiatra", mas "vou ao Medico". Talvez se no formulário ao invés de se colocar a pa lavra Psiquiatra, colocasse Médico, a identificação seria mais evidente. O Profissional Psicologo fica mais distanciado da comunidade , porque apenas 19% da amostra participou de alguma trabalho no Centro de Saúde. : como: palestras, grupos. atividade, orientações, Sendo citado com interesse, participações em Igrejas, Alcoólicos Anônimos, Escolas. E para ficar mais evidente baixo volume de atuaçao no setor e que 66% dos o entrevistados não têm idéia alguma, não sabe, nunca viu nada, do que faz um Psicólogo, Psiquiatra no Centro de Saúde. Dos componentes da equipe multiprofissional, o psicólogo é o que tem menos defini do o seu papel profissional. Porque em termos de psicologia, não existe um trabalho estruturado na Saúde Pública, isto é : onde? como? quando atuar? A profilaxia de saúde mental é inédi ta e o processo de ação primária fica prejudicado. Dificilmen te ocorre que uma pessoa procure o Centro de Saúde para cônsul tar com o Psicólogo, ocorre mais o trabalho de equipe. Não 32 existe uma programação, planejamento, pela qual possam mais respeitados, exigidos. tivo a ser atingido. ser Não existe um parâmetro, um obje Não se tem uma rotina diária de lho, onde possa dar continuidade freqüente e diária. traba Uma das justificativas para tal situação é o que ocorre em termos so ciais mais amplos, onde a sua identidade encontra-se em forma ção e transição: É profissional paramédico? É profissional 1^ beral? É profissional da saúde? É profissional de atuação mais preventiva que curativa? Não se encontra definido. Segundo uma das profissionais do programa "só se trabalha, correndo o ris co de trabalhar com o restinho dos outros. Se o Ginecologistp demora muito no atendimento, as mulheres se cansam e dificil - mente podem reali_:ar um trabalho mais longo (Ex.: palestras) , visto se marcarem retorno em outro horário, não comparecem". Tudo isto, é explicado pelo curto período (24 anos) da legali zação da profissão no Brasil. A Lei ns 4119, de 27 de agosto de 1962, dispõe sobre a profissão de Psicólogo. E lannine (7), diz o seguinte: "É digno observar que no Brasil o psicólogo é um profissional coberto por uma Legislação rara, não existente em outros países. Todavia, infelizmente, pouquíssimos estudan tes e psicólogos tomam ciência desse benefício que lhes assegu ra seu campo profissional". E no Decreto n^ 53.464, de 21.OI.1964 no TÍtulo I, do Exerci - cio Profissional, Art. 42 enumera entre outros aspectos, as funções do psicólogo: 1)..'iutilizar métodos e técnicas psicológi cas com o objetivo de: a) diagnóstico psicológico; b) orienta ção e seleção profissional; c) orientação psicopedagógica; d) solução de problemas de ajustamento. 2) Dirigir serviços de psicologia em órgãos e estabelecimentos públicos, autárquicos, paraestatais, de economia mista e parti calares... 3) Assessorar, tecnicamente, órgãos e estabelecimen tos públicos, autárquicos, paraestatais de economia mista particulares Em sua obra o autor Glasser (6) comenta e o se B 33 guinte em relaçao as atividades do Psicologo Clinico: "Existem ainda muitos problemas a serem resolvidos antes que os psicólo^ gos clínicos alcancem uma posição segura no campo de tratamen to da doença mental; apesar disto, muitos dos melhores clíni — COS nos Estados Unidos são psicólogos, que prestam uma ajuda necessária ao tratamento dos pacientes". Como se observa na Saúde Publica, o trabalho deve ser respeita do, valorizado e aproveitado, porque está amparada em Lei, to da a sua atuação profissional e o seu funcionamento é legal no Brasil. A programação a nível de prevenção primária dentro do Centro de Saúde Especial o que existe de concreto é apenas com gestantes e INAM (Distribuição de alimentos); embora o traba lho a nível de atendimento médico/psicológico ocorre respeito pelo paciente, desde o momento em que chegam ao atendimento existe muita ligação afetiva, são chamados pelo próprio , nome, o tempo de permanência na consulta depende da patologia, por tanto a relaçao humana igualitária é freqüente nos atendimen tos. Mas o setor necessita urgentemente ser reestruturado através do início de pequenos trabalhos na prevenção, profila- xia, porque existe no Centro de Saúde "setores" que podem setrabalhadós e que até agora não se iniciou nada. Ex.: No materno-infantil, mães, 'dolescentes, geriátricos ou mesmo no pré-escolar (comunidade). Para os profissionais a saúde mental não é uma priori dade do sistema de saúde, por ser um setor em que os pacientes não dão uma resposta imediata em termos de produtividade e bem- -estar, as doenças não são transmissíveis, não causam epide mias avassaladoras e que ameacem a classe dominante, e não pode realizar campanhas politico-eleitorais, porque o se retorno é a longo prazo; por isto não é uma das prioridades do sistema de saúde. E os autores Oliveira e Teixeira (11) identificam estas correntes de pensamento em relaçao a política de saúde 34 adotada pelo governo destacando-se o seguinte; ..."a função prioritária do setor saúde seria manter os recursos humanos em condições de produzir bens e serviços, contribuindo para a ri queza Nacional e colocando mao-de—obra disponível para o empre sariado. A segunda corrente chama a atenção para a crescente subordina ção da prática médica sua organização, suas características com interesses da indústria farmacêutica e dos fabricantes , oo equipamentos... A terceira corrente procura explicar as prioridades dos progra mas e recuperação da saúde como decorrência da ordem política, privilegia, pura e simplesmente as ameaças da população de me lhor nível de renda". Estas correntes de pensamento justifi - cam-se claramente o pouco estímulo aos programas de saúde men tal, porque dentre outros aspectos não '^onduzem a deficiência física que irá afetar na produtividade da nação, as multinacio nais de medicamentos nao sao a favor de programas que utilizam nas suas intervenções a psicoterapia, orientação porque de cer ta maneira estão em concorrência direta com as mesmas, tudo is to dentro de um meio totalmente capitalista. Para os profissionais os cursos, reciclagens, treina mentos a nível de Secretária de Estado de Saúde são insuficien tes e quando realizados são por profissionais inexperientes. Ocasionado pela própria mudança governamental; havendo pouco proveito dos cursos realizados. E na "Proposta de trabalho pa ra equipes multiprofissionais em unidades básicas e em ambula tórios de saúde mental" (13) recomendam o seguinte quanto à formação de recursos humanos: "As ações terapêuticas serão dis tribuídas entre os componentes da equipe segundo a formação ( capacitação profissional de cada um. Isso transcedendo à for mação profissional específica e remete a questão da necessida de de fornecer ao profissional de saúde mental alguns dos res- ' 'íiíl ),'ííi)ír líl Jjüiíí ■■■'/'ymM \i '!à. iffl ■:■■■. m m í^p Í''n'M W I I .■'í ' Vr; í? ••/•ír'. ■ .■íli 41. 35 paldos de que necessita para a realizaçao do seu trabalho: treinamento, a reciclagem e a supervisão". Entretanto, o o que se verifica a nível local, central e regional é que os progra mas não se encontram em continuidade, nao existindo uma estru tura, superando as mudanças de governo. Os cursos, recicla— gens, treinamentos para a atualizaçao de conhecimento e traba lho dificilmente alcançam os objetivos propostos, porque poucos o aperfeiçoamento de recursos humanos. são Neste Centro de Saúde não se tem informação, acesso de notícias sobre saúde mental, como Congresso, Simpósio, Cursos, Encontros pela pró pria posição geográfica da cidade de Corumbá-MS. E isto, è uma falha do nível central, porque a própria Diretriz (objeti vos, metas) do setor, os profissionais não conhecem, não sabem que existem os objetivos a serem atingidos pelo trabalho (au sencia de supervisão periódica). Em relação à prevenção a equipe muitiprofissional se posiciona dizendo que a ESCOLA é o principal campo de atuação, onde se englobam os alunos, pais, professores, diretores. E que fica como sugestão para se trabalhar com a Secretaria de Estado de Educação. Para Novaes (10) a escola dentro do con - texto da comunidade tem uma ação preventiva por manter um pe ríodo longo de tempo, com indivíduos em desenvolvimento e tem a finalidade de assegurar a consistência e o equilíbrio pes soai. E conclui que: ..."Ao identificar e diagnosticar difi - culdades de adaptação ou de aprendizagem dos alunos (a maioria das vezes relacionadas a situações e condicionamentos de ou tros ambientes), ao orientar esses casos e encaminhá-los para tratamentos e assistência adequadas, a escola estará prevenin do problemas mais graves". Este é um dos campos para atuação na prevenção dos problemas de ordem mental, afetivo-emocional, porque na pre-escola, as crianças em desenvolvimento consti tuem a população que mais necessita de apoio e orientação. Portanto, em MS há possibilidade de existir uma integração da secretaria de Saáda X Seoretaria de Educação, visando ao bem- eetar social. Englobando o bio-psiçuioo-social da população escolar e familiares. AO ser analisado este programa de assistSnoia à saáde mental no Centro de Saáde de Corumbá-MS, observa-se a sua im portancia para a comunidade por não ter a especialidade médica no sistema previdenoiário do município. e neste atendimento comparecem pessoas de todos os bairros da cidade, inclusive os beneficiários do INAMPS e PREVISUL, os quais procuram, além da saúde mental, outros setores tais como. Odontologia, Clínica geral. Pediatria, etc. Porque segundo eles, são bem atendidos e com mais urgSncia, não necessitam esperar de 03 a 04 dias com fichas como no INAMPS. E não vão ao "Postinho da Prefeitu ra" do bairro, porque são mal atendidos; os médicos não oompal recem; com isto as pessoas ficam frustradas com a assistência' a saúde do Município e INAMPS. Diante destas evidentes difi culdades, a população, levada pelo aspecto místico e cultural antes de levar o paciente ao Centro de Saúde buscam outras al ternativas de cura, como a religião. Onde 44% respondeu que a doença mental na família, cria situaçães difíceis ao doente e seus familiares e 25% o problema financeiro. Neste ponto se conclui que a "doença mental" dentro de um contexto familiar todos os seus membros são afetados diretamen-i-P» i^cunciii.e, necessitando de um trabalho de apoio, orientação aos familiares. E desde que fosse oferecidas condiçães adequadas de trabalho, as famílias dos pacientes deste Centro de saáde, seriam assistidas me lhor. Por isto, Weil (16) diz o seguinte quanto as relaçSel humanas satisfatórias na família* =1. ... Pessoas que mantém lar equilibrado através de ^cxaçoes relacop^c, humanas harmoniosas M com seu cônjuge, possuem verdadeiro -cesouro tesouro que o,,o convém cercar de um todo o carinho, a fim de conservá-lo, não somente pela fellci dade que traz consigo, mas ainda porque a vida familiar tem. 1,,., /i'í ri- •í-dh Vi'i '■ % ; i ir 11 ■ ,Ü ' •v ' fví: ' ' 4) 37 influencia muito grande sobre a educação dos filhos, e também sobre a vida profissional, pais desunidos terão muitas vezes filhos instáveis, angustiados e infelizes..." Quanto à religião deu-se o seguinte: 82% disse ser católico, não responderam se são praticantes. E 72% confirmou procurar religião aa busca de cura da doença mental. já 28% confirmou não procurar religião, só o Centro de Saúde. Baasher (l) e descreve o seguinte: "Reuniões religiosas e encon tros periódicos em igrejas, mesquitas e templos tem valor in - trínseco como meios de promoção da saúde mental e proporcionam a oportunidade de uma interação social coletiva. Em certos países, essas reuniões tem sido aproveitadas para fins de edu cação sanitaria ou para a participação da comunidade em pro blemas específicos de saúde mental". Portanto, o programa de assistência à saúde mental neste Centro de Saúde, encontra-se prejudicado, com dificulda des, problemas e muita situação necessita ser estudada no as - pecto preventivo, visto que a ênfase maior da intervenção é cu rativa. Mas, a autora Velloso (15) levanta o seguinte quanto ao início da prevenção no Brasil: "A intervenção preventiva do psicólogo clínico junto a pais e crianças é algo novo, ainda por fazer no Brasil, mas os locais mais indicados são os cen - tros comunitários, maternidades, creches, clínicas de orienta ção da infância, etc", já os autores Júnior sá e Martins (8) quanto ao início da prevenção dizem: "só recentemente se gene raliza no Brasil a consciência de práticas preventivas em Psi quiatria, muito embora, já nas décadas de 20 e 30, terem-se avultado tentativas impulsionadas pelo gênio de Ulisses Pei^nam buco e Juliano Moreira. Na década de 40, outras tentativas,co mo a do jovem Psiquiatra Luis Cerqueira em Sergipe, também não atingiram os objetivos propostos. Este insucesso deveu-se, além de outros fatores, ás condições políticas vigentes e ao estágio de desenvolvimento econômico em que se encontrava ô g ?3 pais". Finalmente o autor Lucena em seu artigo (9) cita o lo^ cal no Brasil, onde ocorre a experiência mais significativa da saúde mental em Saúde PÚblica. Isto é, diz que o esforço mais bem sucedido da integração da saúde mental é no Rio Grande do Sul iniciado como Centro de Saúde Mental de São José do Murial do, sob a direção de Ellis Busnello, seguindo do Centro Comun^ tário Melanie Klein e de setorização do hospital psiquiátrico' são Pedro. Procuram realizar a ação primária, secundária e terciária, não afastando o atendimento psiquiátrico ao atendi mento geral de saúde, de maneira contínua visando ao processo e não ao episódio "donde a continuidade dos tratamentos, o en volvimento da família e da comunidade no atendimento, a busca de recursos humanos adi'^ionais em áreas profissionais diversas e na comunidade". A utilização de elementos dos prontuários , orientados para a solução de problemas e entregues a pacientes, m a visitação domiciliar permite que a continuidade de cuidados não seja perturbada e facilitem a integração dos cuidados Saúde pública e prevenção primária. de 1 39 CONCLUSÃO Nssts trabalho se chegou a seguinte conclusão quanto à eficácia da ação primária em saúde mental no Centro de Saú de Especial de Corumbá-MS: O programa encontra-se falho, pre judicado, com problemas, deficiências, ocosionado pelos se guintes fatores de ordem política, econômica, ética, social e induz quanto ao; - PROGRAMA - uma acentuada desvalorização do setor, porque não é uma das prioridades do sistema de saúde. Falta de in formação dos Congressos, Simpósios, Encontros, Jornadas no Es tado e no Brasil, ausenc .a de informação aos profissionais quanto às AIS (AçÕes Integradas de Saúde), Reforma Sanitária do país e a própria realização da 8^ Conferência Nacional de Saúde no ano de 86. Falta de estruturação: ausência de plane jamento do setor psicológico na saúde mental e no Centro de Saúde em geral. Total incentivo à utilização exclusiva de te rapia medicamentosa como único recurso disponível. Falta de informação quanto aos objetivos, metas a serem atingidas com o programa (Diretriz a nível central). Deficiência no trata mento pela falta de acompanhamento da família e integração do paciente na comunidade. Ausência de recursos materiais para o setor (salas, materiais permanentes ), m \<j{j ■f U:-!- ■-■Im ■ill 1 W Í|1 í« ''.ífíM •Síli ''ífi * /'(M '/i 40 - RECURSOS HUMANOS - Remuneração e salários inadequados, ne cessitando de outros empregos para a sobrevivência e manuten ção, ausência de dedicação exclusiva e tempo disponível parte dos profissionais. por A equipe muitiprofissional não está completa, necessitando de muitos profissionais importantes pa ra o setor. Total falta de reciclagem, treinamento, supervi são por parte do órgão central. - FALTA DE INTEGRAÇÃO DA SAÚDE MENTAL COM AS ESCOLAS, ENTID\- DE SOCIAIS, ASSISTENCIAIS DA COMUNIDADE - Ausência de integra ção entre a Secretaria de Saúde e Secretaria de Educação a n^ vel estadual, ausência de trabalho junto a creches, institui ções de menores, asilos, presídios, etc. Tendo como meta a prevenção da saúde mental. - ASPECTO POLÍTICO - É a total falta de estabilização da dir^ ção na Saúde PÚblica a nível Local, Regional e Central o que prejudica muito a continuidade do programa - total dependência ao . sistema político vigente. - IDENTIDADE PROFISSIONAL - O Psicólogo é o que tem menos re^ conhecido o seu papel social como profissional. E isto, deve ser melhor, avàliado, discutido entre os profissionais da área, com a associação, sindicato, no sentido de buscar alter nativas como reconhecimento e valor. - DIFICULDADES NA IMPLANTAÇÃO DOS PROGRAMA DE SAÚDE MENTAL NA REDE DE SAÚDE PÚBLICA - A discussão da origem das doenças men tais, envolvendo as diversas áreas do conhecimento: Psicolo -r gia, Sociologia, Antropologia. E o próprio objeto, definição da Psiquiatria Social, isolamento da Psiquiatria face aos de mais setores da Medicina e a própria elitização da Psicologia Clínica (Psicoterapia individual e de grupo) ser rèalizada apenas com a camada mais favorecida da população. Portanto, a açáo primária em saúde mental no Centro' de Saúde Especial de Corumbá-MS, encontra-se prejudicado por « mU&n€AaÊ!WSAttâD£ 'Dr,$ér$is} 41 todos os fatores enumerados acima e que atuam conjuntamente• estas dificuldades podem ser generalizadas a todos os Centros de Saúde Especial do Estado de Mato Grosso do Sul. e princi palmente neste período de transição democrática que atra - vessa o Brasil, esta na hora de os nossos representantes na Assembléia Nacional Constituinte, lutarem pelo setor da Saúde Mental juntamente com a Reforma Sanitária da Saúde como um todo para uma mudança significativa da política de saúde nes te país; visando um bem-estar físico, mental e social de todo o povo brasileiro. ■■■1 42 ANEXOS 43 ANEXO: 01 - ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA: PRÉ-TESTE iiSntrevista aomi-eotrutiarada - irré-toeste • Idertificr.çãos Tít)o de atendimentos ••••«••••••»« Idade «•••••« 'sustado Civilc ô••» o •»•» A-rofiaoão •••••••• i''- de filho- .o®®» ••«•c • « Grau ® do inotruç~o .......... r.clieiõo i-rovidÔnoin Endereços 2^ AoijGotos Contro õe SaiSde a Comsssiidaâes > lli quanto tempo ooRpareoe ao Centro de õaude? ns .......... Gosta de vir aqui? i-orque? lis . v.uantao vSzeo por moe ooir.pareoe? Costura faltar? lis . ;uando iniciou o seu tratamento? ds . Vooe vem sozinho (o) o» al.<!uátn te acompanha? 3. Aspectos Comunidade -- profiesionaios . o que acha do atendimento? '***^*7 . Vooe encontra apoio, respeito das pessoas que trabalhar aqui? Alguém já to maltratou? -í2 Costuma sôguir as oriontaçSea, aconselhamentoa com relaçao aoo meax- 'camentoo? Hs V. * VOCG gosta de ouvir palestras, orientações sobre sua sauae, de seus familiares pelo pessoal do centro de saúde? Já ouviu alguira? li! rue outro trabalho comunitário participa ou participou? H! 4. Aspectos Profissionais meio familiar: Vooo já recebeu algufm do centro do oaúáe cd sua casa? Se afirmati-® vo, quem? iís Vooe gosta do ser procurado (a) na sua casa pelo pessoal do centro • de saúde? ^ual outro menbro de sua família, faz tratamento? De que? Vooe tem apoio familiar para vir aqui? .jff. I í * f :í ■ í • •i ■;í ■I .■■í ■ ■■, O ' ' V" ■ 7 í .I / * 4'! ., :■ X 1 >* ''■i' á 44 ANEXO: 02 - FORMULÁRIO: COMUNIDADE ■s ma CURSa 32SSCEN4DRALIZADO DE. SAÚDE. PÚBLICA DE. MS ff 8IBU0TECA ®1 Questionários Comunidade ^ Identlflcapão-; » Tipov de atendimento^: Idade- Se-xo • Sstadov Civil: ••••••••■•■» Na âíe füho^s •>••••«•*• Profissão-' .. Gi»au *de instrução o... de Pre-vidência o.«.» » »o.• • o o. Religiãoi o* o* ^ c ^ , Institutc» *■ ♦ Endeireçoi •••.. c. ..o-, o » 2^ Profissionais X Meio> familiar <► Qual a maior- di-ficuldade» problemas> que passa a sua família? R; ..o •• o. «.o «.o-«.•.«•«.■••«•o-»»»».»**** . , Existe- alguém que é -viciadO' em drogas, alcoa-IL em: sua casatQuem? R;: •• o- •■•••o» •■•••••••»••*»••. o ««s » Comoi é o- seu relacionamento) familiar, isto é- vive em paz, harmo nia com todos? «o# oo oa-^oo • Existe alguém em sua casa, com algum problema e que já recorre-is. a algum tipo de "Cura** seja na religião ou Centro de Saúde?? Rr 3. Comunidade X ação primária em Saúde Mental (Pre-yenção) , Você concorda que a psicologia pode ajUdáHo» (aí' no seu. relacio) namencto^ conr as pessoas na convivêrroia diária de -vida. ( )' Sim ( )' Não ( ) Não sabe , É po®sí.vel para voce, pre-venir -as neuroses,, as psicoses, psico)— patias enfim as doenças mentââs dos indivíduo.®. ( )i Siim ( )' NãoC ) Não sabe Võd® ja "conversou?* com algum psicólogo, psiquiatra a respeito-" de algum '*problemal* ( )• Sim ( Não) Qual? . ®ue atividade, trabalho-na are a de Saúde Mental, participou? Rt o...o.. o... .. .« o i Ê ííl y\ ■■1 I O- que faz um psicólogo, psiquiatra no Gtentro de Saúde? Le sua opi nião . R: 4'» Qfentro- de Saúde X Comunidade: HÚ quanto tempo- freqüenta o.» Centro de Saúde*. Menos de^ 011. ano ( ) 01.( ); 02 anos ou mais ( í' Paque optou: pelo> tratamento^ deste Cfentro) de Saúde (seja odontológi cov medico.', psicólogico, etc) É: * * o.*.*...*...*.0 0****. Se tem' INAMPS, parque comparece neste Centro de Saúde? o o * 4 A Saúde e um' direito; de todos os individuos, concorda? ( )• Sim ( )' Não*. 4 Outras considerações traportantes; É: i . .o. .o *. * o•o * o o *'••••••••00 •*••■»(> 90***00»000.*0000»-*'0.09»0 0. ia w .í'í#¥ Í$Ê m ■prm ÍÍM , !í» .• /SiM: ^ lija (M ]ãM (m ■/'yijèi ■i'.itiii 4'í 1 jíffifr m ,'í;®s èí :|1 m J m íí;í iíiíí í n, :* ;.;:i;:W .(/!# Í.í .■■■/■. líiw ■■í» ím 'iWIl :Í- 'WÍ '• I "ym «li ■m ■ JM '^M ■''"'''têi '^m UÜ^ 45 ANEXO: 03 - Tabela 1 - DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS ATIVIDADES DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE MENTAL NAS UNIDADES DE SAÚDE DO MS. I .1 'ontes; L ' 9 12 1 6 19 7 8 1 90 39 3 279 757 611 230 704 674 48 6 10 4 404 312 58 6 625 402 11 9 S 5 61 394 546 531 248 J 12 ——— 3 638 336 415 599 263 J 6 p 2A 2 67 267 378 ^87 276 A 5 5 456 699 345 553 347 S Secretaria de Estado de Saúde/Departamento de Saúde da Comunidade. HTUIà* - Equipe Técnica de Bio-cstatictica e Informática. 18 d E'"re3so de hosnitaZ Enca^^irlianer.co para hcspi 2 ' Crientaçoes na corunidade Saúde) lestras na Unidade de p ■> 10 C?ientes orientados (Pa ^ > 192 204 Orientação psicológica 611 546 614 401 ,.• 425 ^ Tratanento farnacologico 307 ^ 54A T''eses Retorno 12 Consulta Atividades Unidades de Saúde de !'3. o p 3 387 678 479 715 215 O D pi 1 n 155 162 431 317 400 28 5 335 297 393 315 N A 5 3 3 4 3 ■3 6 CO 6 T 2 7 4 1 5 8 7 TOT^iL ir 1 c 2 5 p o:: Dl3tril)'jio5o rer.oal das atividades de saúde rental no período de janeiro a deze-cro/Sõ nas 46 ANEXO: 04 - Tabela 02 - DISTRIBUIÇÃO MENSAL DAS CAUSAS MAIS FREQÜENTES DA MORBIDADE NA REDE DE SER VIÇOS BÁSICOS DE SAÚDE DO MS. i. • '.ffi ivrli íabela 2 % Distribuição mensal das causas mais freqüentes da ^morbidade no perxodo de janeiro a dezembro/85 informada pela Rede de Servi ços Básicos de Saúde do Mato Grosso do Sul. _ . Sentais Me se s JF M A M J J A S O Ní Epilepsia 147 086 173 ISI 216 097 295 118 202 175 209 Neuroses 145 104 145 144 179 113 119 257 240; 254 149 Sindromes e sintomas especi 055 035 060 077 148 088 105 084 107 177 039 ais n especif, em outra par te (gagueira, anorexia ner vosas tiques# etc) Esquizofrenias 049 051 101 104 029 034 067 033 034 Demencia Senil e Pré-senil 031 006 007 009 040- 042 083 007 013 013 001 Alcoolismo 023 021 022 019 043 010 023 034 036 021 026 Reação de ajustamento, (rea- 019 012 013 013 037 003 017 020 010 021 004 ção depressiva breve ou pro longadas» etc) Reação aguda ao »»stress'® 014 033 033 020 034 014 027 047 043 041 031 Psicoses afetivas (Melanço- 011 004 008 013 043 025 006 021 015 034 024 lia involutiva) P.M.D. Quadros Psicóticos Organi-® 010 010: 010 eos fspansitórlos Fsicosas por drogas 032 019 002 026 022 008 002 ^ Oligrofcíiias 007 005 009 00?/ 018 033 001 001 001 012 005 007 010 016 018 024 004 022 005 010 004 004 - •Pranstôrnos mentais não psi 006 006 001 009 031 005 008 012 004 017 004 cóticcs consecutivos e le-® são orgânica cerebral Outras psicoses (relativas) 006 018 018 021 031 004 016 012 013 012 001 . aão orgânicas Abusos d® drogas sem depen-- 003 004 002 003 008 005 006 010 012 002 de ncia jistaaos papaaóidas 003 005 006 020 024 002 001 003 010 001 003. teicoa® alooolica 002 001 013 012 030 023 012 008 006 013 002 - transtornes da personalida- 005 005 004 001 003 — ■1 de m] ;3J aoi 2 ''SRt Wi 'yálMÊf: 'M ' ' M )0}iW //M M ■'' ■''VfN, .■.■■■.■■■ li" I Psicoses específicas da in- 003 — 003 —- 002 —— 003 002 002 — fância Bependência de drogas 003 011 001 001 Jfesvio sexual -— 002 Uotal 546 417 610 668 1043 530 776 697 812 872 542 - 002 001 —001 O^BSs NaO' se encontrava disi onxvel os dados quantitativos do. mes de dezem— ^ro/85 na Secretária de Estado de Saúde do> Mato Grosso do Sul Pontes: Mapas N^Csologicos ETBIN - EquÜp® ^Icniica de Bio>-estat£stica e Informáticao' Secretária de Estado- de Saúde do Mato Grosso do Sul/ BspartamenJtc^ de Saúde da Gbmupitdade (Janeiro)~dezemPro/85> 47 ANEXO: 05 - FORMULÁRIO I N PROFISSIONAIS DE SAÚDE MENTAL XXI^ CDilSO riSBT.ICá ^ MS -uoatioaári®. AjB.^ff|ÍSf}??gíJ.«?.S?í??.?f?ÍSJ* 1. laantl^ioeioàat • rrofitBslôsmli •oo»*#»*»»***»* 2âaâe •••••••• . mtaúQ ©ivils profiss^e m ©QMa© satMiô© «• 2» • I ara vee® o qtte 6 ação $>rl!sto.Q stâsi mU@ ®0»taX? IH oplKtão» ®ai@«0 po®.;miidaâ® de reallisação neste eentro fle ©Q^d©# -âte - £lão# rr'— Jí8 ,•••••••••••--•--- - .,^aM"Íêw*Í»ô^a«a«3® » • Síieárla aoa «ragoe a® aaioi- ris-' OOS 000«9ntBa, bSss. «riaiMja®. «eriatra®. ®«e« lit ...••••••♦•••••••••••••••••••••• . or^sursea fcaaMioa, E0SePlsia sSo sufiei®»«es sara a rt®S4an?Se fio wEi feo^ tra^alSi®*? Sim - São» &ov%mf iii Cite a© ©^® p3ria®4|ial® diflduldad©®* V©e© e®íit@ ^u© @ o©tíd« sieotalf tf laem ^^OFidadôS d® avão do iâi@» dG satSd©? ®<|UÍ • d© saád® f^neiosa © bív®1 â© ©©«tr© d© aatfâ®» "i ©«© ©pifilã® ®ofey® © ©foreeijT.o^t® d© ©yr®©S| ty©imr?Gs.t©©i s^i« rsa ©rtfê po®* ^®rt© d© Bgeretaslíj d© .":'ataâ© â@ Uütfâ® Tit ••* tef'®®® Xil tf ©©Bi^ssiattfyi® traMXtar oatlJ-© ptfMio©? I ■ • ®©© t®sp0, hmv® %m mmeBto uo (àtméimmtQ k ©14@B-t©23? • A0 ©3sp©riâs®i3@ sstsyiQs»©® ®qo isgojHíísat©® n©®te Í3tm 3âm • I3âõ« iQrqm'^ e so©3Pi^@ ©s^©r&ln©ia« eit® ©bS® a® mr ® 3^3?®ví»3çSô priaailapia es saáôa lâa • @utra3 ooaoiâas^Q^®® Impasrtimtaa. ******* ti íílí . Í.I .V:,.;; íSt m- :l» ;Sll #8 .! 'Mm /« ./Ííí;;' .MM ■ V.íí!!Í (/íi# ■■;k' 'MM n-MW. má<: -M ■Mà :{1 ãSi /fm JM. '■m MiM '•; ci-^M Sm II il "Sm 'Sm 1 ■l'íi ■,iiÍS íMí ■li /s# ''W 'ft m fi?í Jlí ■ 48 REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA 1. BAASHER, T. O poder curativo da fé. A saúde do mundo; Saú de Mental - Um nSvo dia desponta, R. Org. Mund. da Saúde, Genebra-Suiça, : 4, 5, 7, Out. 1982. 2. BRITO, de J. D. Saúde mental e Medicina preventiva. MARLET, M. J. et alii, Saúde da comunidade. são Paulo-SP, McGraw-Hill do Brasil, 1976, In: 2^ edição, Cap. XVII, P. 277-88. 3. BUSNELLO, D. E. & MACHADO, P. S. É possível prevenção prima ria dos transtornos mentais? R. Med. Atm., Associação Me dica. Porto Alegre-RS, : 401, 403, 406, 1974. 4. CAPLAN, G. Princípios de psiquiatria ^^reventiva. tores. Zahar Edi Rio de Janeiro-RJ, ^980. 5. DECLARAÇÃO DE ALMA ATA: A conferência internacional sobre os cuidados primários de saúde. 6. GLASSER, W, Saúde mental ou doença mental? : A psiquiatra" aao alcance de todos. Record, Rio de Janeiro-RJ, Cap. 18, P. 131-4 7. lANNINI, P. P. Ética profissional do psicólogo: Coletânea de textos legais para uso de alunos do curso de formação, de psicólogo. Grados, Rio de Janeiro-RJ, 1978. 49 8. JÚNIOR SA, M. S. L. & MARTINS, K. D. M. Algumas considera ções acerca dos programas de saúde mental. P. 393-408. 9. LUCENAjJ. Algumas dificuldades na realização prática de programas de assistência psiquiátrica. In: KNOBEL, M SAIDEMBERG, S. & Psiquiatria e Saúde Mental; Comissão Ci entífica do XV2 Congresso Nacional de Neurologia, quiatria e Higiene Mental. Psi são Paulo-SP,Ed. Autores As sociados, 1983, Part. 1, P. 15-23. 10. NOVAES, H. M. 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