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Transcrição

PRESSKIT - DEODORO-ABRIL.indd
Projeto do Parque
Olímpico de Deodoro
RIO 2016
PLANO GERAL
PARQUE DE
DEODOROPLANO GERAL
MOUNTAIN BIKE
CANOAGEM
O Parque Olímpico de Deodoro é a primeira região olímpica em tamanho, com
área de 2,5 milhões de metros quadrados,
e segunda em capacidade, palco de 11
modalidades olímpicas e quatro paralímpicas da RIO 2016. As modalidades
olímpicas são Canoagem Slalom, Ciclismo
(BMX e Mountain Bike), Hóquei sobre
Grama, Tiro Esportivo, Pentatlo Moderno,
Basquete (apenas o feminino), Rúgbi e
Hipismo (Salto, Adestramento e CCE). Já
as paralímpicas consistem em Esgrima em
Cadeira de Rodas, Tiro Esportivo, Futebol
de 7 e Hipismo (Adestramento).
BMX
ZONA A
TIRO
ESTÁDIO DE DEODORO
ARENA DA JUVENTUDE
Deodoro oferecerá o maior legado da
RIO 2016. Mais do que criar um centro
de competições de excelência, o projeto
do escritório de arquitetura Vigliecca &
Associados teve como principal objetivo
o legado olímpico. Diferentemente
da maioria das regiões olímpicas na
história dos Jogos, o legado irá além da
esfera esportiva. Está focado, principalmente, em gerar áreas de lazer para a
população.
As modalidades de Canoagem Slalom,
BMX e Mountain Bike foram agrupadas
em uma mesma área de Deodoro devido
a sua afinidade esportiva – todas são
consideradas radicais. O projeto deu
sentido a esse conjunto de equipamentos,
atribuindo a ideia de um parque público,
capaz de abrigar instalações complementares, como pista de skate, área
para piquenique, salas multiuso e trilhas
suspensas, gerando assim o Parque Radical, segundo maior parque público do Rio
de Janeiro na região com o maior número
de jovens e com um dos menores IDHs
(Índice de Desenvolvimento Humano) da
cidade.
HÓQUEI
ZONA B
SALTOS
CROSS COUNTRY
ZONA C
03
02
06
04
05
01
07
08
09
03
02
04
05
01
10
16
13
07
15
14
11
17
18
12
19
08
20
15
01 Acesso Estrada Mal. Alencastro
21
16
02 Domínio comum do Parque Radical
22
03 Centro Olímpico de BMX
23
04 Edifício de Apoio BMX / Slalom
24
19
05 Estádio Olímpico de Canoagem Slalom
06 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
25
20
07 Parque Olímpico de Mountain Bike
26
08 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
09 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
01 Acesso Estrada Mal. Alencastro
10 Centro Nacional de Tiro Esportivo
02 Domínio comum do Parque Radical
11 Acesso Av. Brasil
03 Centro Olímpico de BMX
12 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
04 Edifício de Apoio BMX / Slalom
13 Estádio Deodoro de Rugby e Pentatlo Moderno
05 Estádio Olímpico de Canoagem Slalom
14 Arena da Juventude
06 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
15 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
07 Parque Olímpico de Mountain Bike
16 Centro Olímpico de Hóquei
08 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
17 Domínio comum do Pentatlo Moderno
09 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
18 Centro Aquático de Pentatlo Moderno
01 Acesso Estrada Mal. Alencastro
26
02 Domínio comum do Parque Radical
10 Centro Nacional de Tiro Esportivo
19 Acesso Estação BRT V. Militar / Estação Supervia V. Militar
11 Acesso Av. Brasil
20 Praça dos Espectadores
03 Centro Olímpico de BMX
12 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
21 Arena Centro Nacional de Hipismo
04 Edifício de Apoio BMX / Slalom
13 Estádio Deodoro de Rugby e Pentatlo Moderno
22 Pista de Treinamento
05 Estádio Olímpico de Canoagem Slalom
14 Arena da Juventude
23 Picadeiro
06 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
15 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
24 Veterinária / Ferradoria
07 Parque Olímpico de Mountain Bike
16 Centro Olímpico de Hóquei
25 Estábulos
08 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
17 Domínio comum do Pentatlo Moderno
26 Cross Country
09 Infraestrutura e serviços temporários da Rio2016
18 Centro Aquático de Pentatlo Moderno
10 Centro Nacional de Tiro Esportivo
19 Acesso Estação BRT V. Militar / Estação Supervia V. Militar
11 Acesso Av. Brasil
20 Praça dos Espectadores
Masterplan geral
A criação do Parque Radical reforça as
perspectivas de desenvolvimento social e
esportivo da juventude local. A previsão é
que Deodoro atenda, em legado, a 1,5
milhão de moradores de 10 bairros e três
municípios. Com 490 mil metros quadrados, sendo 60% de área verde, o Parque
Radical reforça a importância da preservação da vegetação local, que será enriquecida com plantio de espécies nativas da
Mata Atlântica, e contribui para a construção de um vínculo afetivo da população
com a cidade por meio da interação com o
meio ambiente.
Essa é uma situação única que oferece
oportunidade de mudança para a população e consolidação de um dos legados
mais simbólicos para o Rio de Janeiro.
Um parque urbano, em umas das áreas
mais carentes da cidade, que cumpre
suas funções socioambientais e conecta
o sistema de mobilidade de transporte
público, já disponível no local. Um
grande parque que está conectado com
a cidade. Um equipamento público de
escala metropolitana.
cobertura em
policarbonato
exaustor e
iluminação
natural tipo
lanternin
cobertura em
sistema TPO
Além da função recreativa, o Parque
Radical será utilizado como local de
treinamento e formação de atletas para as
modalidades de Canoagem Slalom e BMX.
Outro legado de Deodoro será a Arena
da Juventude. O edifício, que durante os
Jogos Olímpicos sediará competições de
Basquete Feminino e do Esgrima do Pentatlo Moderno, irá se transformar em um
centro de formação e aprimoramento de
atletas, dando continuidade a um trabalho
que já vem sendo desenvolvido em
chapas de aço
perfuradas +
manta acústica
painéis em telha
metálica
quiosques e
sanitários
membrana
em pvc
vestiários e
áreas de apoio
acesso
principal
rampa
acesso
arena
estrutura
metálica
principal
membrana
em pvc
telão
arquibancadas
temporárias
iluminação
áreas
técnicas
ARENA DA JUVENTUDE
ARENA DA JUVENTUDE
CENTRO DE HÓQUEI
PARQUE RADICAL
HIPISMO
BASQUETE NA ARENA DA JUVENTUDE
74,
8m
5m
11
CENTRO DE HÓQUEI
CENTRO DE BMX
PARQUE RADICAL
Deodoro e foi evidenciado pelos Jogos
Pan-Americanos 2015, em Toronto. Quase
metade das medalhas conquistadas pelo
Brasil – mais precisamente 48% – foram de
atletas-militares que integram o Programa
de Alto Rendimento dos Ministérios da
Defesa e do Esporte.
Um dos maiores desafios do projeto para
a RIO 2016 foi adaptar as instalações
esportivas já existentes no local, criadas
para os Jogos Pan-Americanos de 2007,
aos padrões olímpicos e integrá-las às
novas, formando uma unidade, e ainda
torná-las úteis e econômicas em legado.
Acentuaram a complexidade do projeto
a declividade do terreno e a presença de
uma linha férrea, duas avenidas e um rio
que cortam a região.
Por se tratar de uma grande área, Deodoro
foi dividido em setor Norte e Sul; o Norte
está subdivido nas Zonas A e B; o Sul
concentra a Zona C. A Zona A abriga o
Parque Radical, que inclui Estádio Olímpico de Canoagem Slalom, Centro Olímpico
de BMX e Parque Olímpico de Mountain
Bike. A Zona B é composta pela Arena da
Juventude, Centro Olímpico de Tiro, Centro
Aquático de Deodoro, Estádio de Deodoro e Centro Olímpico de Hóquei sobre
Grama. Já a Zona C é o Centro Olímpico
de Hipismo, formado pelo Circuito de
Cross Country, Arena Central, Vila dos
Tratadores, Clínica Veterinária, Ferradoria,
Estábulos, Pista de Treinamento, Coliseu,
Girador e Abrigo de Resíduos Orgânicos.
Este projeto é resultado de uma concorrência pública internacional da qual o
escritório de arquitetura Vigliecca &
Associados, por meio de um consórcio,
foi o vencedor. A concorrência, promovida
pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro
em 2013, determinava a elaboração do
projeto e do plano geral urbanístico do
Complexo Esportivo de Deodoro.
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA A
ESTÁDIO
OLÍMPICO DE
CANOAGEM
SLALOM
Instalação nova permanente
O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom
é considerado a estrutura de maior
complexidade da RIO 2016. De autoria
do escritório de arquitetura Vigliecca &
Associados com consultoria da Whitewater
Parks International, o projeto teve como
objetivo criar um dos melhores canais
de competição de Canoagem Slalom do
mundo e um dos mais econômicos para
se operar em legado. Trata-se do primeiro
curso artificial de águas bravas do Brasil.
A obrigatoriedade da utilização de um circuito artificial para a prática da Canoagem
Slalom nos Jogos teve início na Olimpíada
de Sydney, em 2000, diante da necessidade de se estabelecer parâmetros para
o esporte.
Em vez de se opor à difícil topografia do
local, o projeto do Estádio Olímpico de
Canoagem tira partido dela. O equipamento foi implantado na área de menor
declividade do terreno a fim de equilibrar
o movimento de terra. Já as arquibancadas, que serão instaladas para os Jogos
Olímpicos, se adaptam à inclinação natural do terreno. No legado, essa inclinação
funcionará como “arquibancada natural”
do parque.
Um dos principais desafios foi criar corre-
deiras rápidas, com inclinação ideal para
o esporte. A grande questão é que, para
se obter corredeiras com essas características, seria necessário bombear água de
uma altura aproximada de 10 m, o que
oneraria excessivamente a operação.
Com o intuito de atender aos Jogos e também garantir o uso sustentável em legado,
o Vigliecca & Associados em conjunto
com a Whitewater Parks fez uma análise
minuciosa para viabilizar o bombeamento
da água para a menor altura possível e
ainda assim ter corredeiras de qualidade.
A solução, já utilizada na Olimpíada de
Londres 2012, foi aprimorada e refinada.
Essa análise incluiu testes hidráulicos
realizados na Universidade de Praga, referência em pesquisas na área, para avaliar
o comportamento da água em corredeiras e em obstáculos móveis projetados.
A análise foi feita por meio de modelos
hidráulicos tridimensionais e uma maquete
hidráulica de grandes dimensões, que
levaram a um detalhamento profundo das
superfícies e dos obstáculos.
Esses estudos também comprovaram que
seria possível operar todo o sistema com
menos água do que o previsto. Isso gerou
economia de água e contribui para a
redução da obra, como um todo.
O Estádio Olímpico de Canoagem Slalom
conta com dois canais: um de competição
de 280 m e um de treinamento de 210 m.
A profundidade varia de 1,80 m a 2,40 m.
A estrutura dos canais de competição é
em concreto pré-moldado, o que permite
maior controle de qualidade sobre o acabamento do concreto. O lago/reservatório,
com capacidade de 25.000 m³, a casa de
bombas e as piscinas de largada são em
concreto armado in loco. Os obstáculos
foram fixados em trilhos concretados na
laje de fundo dos canais.
O local será adaptado, em legado, para
uso recreativo. Estruturas de segurança e
decks flutuantes serão instalados no lago a
fim de restringir o acesso da população às
áreas de maiores profundidades e áreas
técnicas. No Parque Radical, ainda está
prevista a implantação da Clínica da Família e Nave do Conhecimento. A edificação
que servirá de apoio às competições
de Canoagem Slalom e BMX nos Jogos
deverá ser utilizada, em legado, para o desenvolvimento de atividades de educação
ambiental e para sediar a administração
do parque e festas da comunidade.
Ficha técnica:
Modalidade olímpica: Canoagem Slalom
Capacidade de público: 8.000
Área construída: 35.500 m²
Arena da Juventude
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA A
CENTRO
OLÍMPICO DE
BMX
Instalação nova permanente
O objetivo foi criar a pista de BMX mais
atualizada e desafiadora da atualidade.
O projeto foi elaborado pelo escritório
de arquitetura Vigliecca & Associados
com consultoria da empresa Elite Trax,
a mesma que construiu a pista de BMX
dos Jogos Olímpicos de Pequim (2008),
quando o esporte estreou na Olimpíada,
e a pista dos Jogos Pan-Americanos de
Toronto (2015).
A pista de BMX dos Jogos Rio 2016
foi projetada considerando a situação
topográfica e os ventos predominantes,
características que podem interferir na
performance dos atletas, e confeccionada
em saibro com asfalto de massa extremamente fina nas curvas. As ondulações
foram colocadas com intervalos de 10
metros para dar opções de percurso ao
atleta, como saltar de 10 metros em 10
metros com velocidade maior ou seguir o
traçado sempre no solo, com velocidade
menor. A pista oferece percursos de 350
metros (circuito feminino) e 400 metros
(circuito masculino) e ocupa uma área de
cerca de 4.000 m².
A rampa de largada, diferentemente de
outras pistas de BMX pelo mundo, foi
construída em caráter permanente com
grande impacto visual, forrada de madeira
e acabamentos como adesivos antiderrapantes.
Entre as pistas foi utilizada grama sintética em áreas íngremes, para evitar a
erosão. Ao redor da instalação, em áreas
de suporte, foi utilizada grama natural. O
circuito contará com uma arquibancada
temporária com 7.500 lugares nos Jogos
Olímpicos, que será instalada próxima à
data do evento devido à manutenção. Em
legado, a pista profissional de BMX será
mantida, mas com uso restrito a atletas.
Para atender ao público, será criada uma
pista para iniciantes.
Ficha técnica:
Modalidade olímpica: BMX
Capacidade de público: 7.500
Área construída: 4.000 m²
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA A
PARQUE
OLÍMPICO DE
MOUNTAIN BIKE
Instalação nova temporária
Vigliecca & Associados realizou o projeto
de infraestrutura do Parque Olímpico de
Mountain Bike, que abrange conexões
do local com outras áreas do Parque
Olímpico de Deodoro, o fluxo de pessoas,
a interação com a pista, a definição das
áreas de overlay e back of house, o estudo
das arquibancadas e o circuito inicial
da pista (largada/chegada). A pista foi
elaborada com consultoria do ex-ciclista
sul-africano Nick Floros e do especialista
em construção de pistas de Mountain
Bike, Rogério Bernardes.
O circuito de Mountain Bike tem 4,9 km de
extensão e está localizado em uma área
de 19,2 mil m². Este circuito será totalmente redesenhado em legado. A parte da
pista que está em terreno de propriedade
do Exército será desmontada; já a outra
parcela, cedida pelo Exército à Prefeitura
do Rio de Janeiro, será reconfigurada para
se tornar um minicircuito de Mountain Bike.
Ficha técnica:
Modalidade olímpica: Mountain Bike
Capacidade de público: 27.500
Área de intervenção: 450.000 m²
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA B
ARENA DA
JUVENTUDE
Instalação nova permanente
Junto ao Parque Radical, a Arena da
Juventude será um dos maiores legados
da RIO 2016.
Nos Jogos, será palco de competições de
Basquete Feminino, Esgrima do Pentatlo
Moderno e Esgrima em Cadeira de Rodas.
Em legado, será centro de formação e
treinamento de atletas.
Um dos maiores desafios do projeto foi
desenvolver um espaço que comportasse
áreas de jogo para a Esgrima do Pentatlo,
no qual os duelos acontecem simultaneamente, e o Basquete, que requer apenas
um quarto desse espaço. As competições
das duas modalidades serão realizadas
com seis dias de diferença – a primeira
é o Basquete. Para conseguir adaptar o
espaço aos dois esportes e ainda torná-lo
útil em legado, foram criadas instalações
temporárias dentro da instalação permanente.
O projeto tem o conceito de hangar
esportivo, com elegância condizente à
grandiosidade de uma olimpíada, e grande
vão livre (66,50m), capaz de abrigar diferentes modalidades esportivas. O edifício
foi criado para, em legado, funcionar
apenas com ventilação natural e ilumina-
ção zenital, com a utilização de venezianas
móveis e telas nas fachadas e lanternins
com exaustão de ar na cobertura, além de
grandes áreas sombreadas na fachada,
reduzindo os custos de manutenção.
A iluminação artificial, assim como o ar
condicionado, são uma obrigatoriedade
da Olimpíada e serão utilizados apenas no
período dos Jogos.
Para a disputa de Basquete, serão erguidas arquibancadas em todos os lados da
quadra com capacidade para 5.000 pessoas. O conceito de criar um “bowl” (tigela,
em inglês), em que o público envolve os
jogadores, é utilizado em arenas esportivas para proporcionar uma atmosfera de
espetáculo.
Já na competição de Esgrima do Pentatlo
Moderno, que requer maior área de jogo
em relação ao Basquete, as arquibancadas
serão reduzidas para 4.000 assentos e
ocuparão apenas as laterais. No legado,
a Arena da Juventude irá dispor de oito
quadras poliesportivas e 2.000 assentos só
em uma das laterais.
A maior parte da estrutura foi concebida
em aço por ser o material mais adequado
para os grandes vãos e por proporcionar
velocidade à obra. Para reduzir custos,
procurou-se trabalhar com os menores
vãos possíveis, mas, ainda assim, tratamse de vãos de grande envergadura,
visando atender aos padrões olímpicos.
Esses vãos são vencidos por 7 treliças
triangulares de 4,30 m de altura, ligados
estruturalmente a uma fachada formada
por uma empena tramada em estrutura de
aço.
Como centro de formação e aperfeiçoamento de atletas em legado, a Arena da
Juventude potencializará um trabalho que
já vem sendo desenvolvido em Deodoro.
Ficha técnica:
Modalidades olímpicas e paralímpicas:
Basquete Feminino, Esgrima do Pentatlo
Moderno e Esgrima em Cadeira de Rodas
Área construída: 14.300 m²
Principais Dimensões: 106 m x 87 m x 20 m
de altura; maior vão interno: 66,5m; altura
interna: 17,75 m
Capacidade total de público: 5.800
Assentos permanentes: 2.000
Assentos temporários: 3.800
Arena da Juventude
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA B
CENTRO
OLÍMPICO DE
HÓQUEI
SOBRE GRAMA
Instalação nova permanente
O Centro Olímpico de Hóquei sobre
Grama é composto por duas arenas, um
campo de aquecimento e um edifício que
comporta vestiários, centro médico e setor
administrativo e cuja marquise cria uma
ligação entre as arenas.
A principal arena tem 2.500 lugares permanentes e 5.300 temporários totalizando
7.800 assentos. O fundo da arquibancada
fixa, que ficará de legado, está voltado
para o acesso principal da área Norte do
Parque Olímpico de Deodoro e seu desenho, impactante, partiu dessa situação
particular.
Já a segunda arena não possui arquibancadas fixas e terá capacidade para
4.100 pessoas.
Um dos maiores desafios do projeto foi
implantar os campos das arenas, que têm
quase a dimensão de um campo de futebol cada (91,4 metros de comprimento por
55 metros de largura), além de um campo
de aquecimento com metade do tamanho
das arenas (45,7m x 55m), em um lote
com divisas muito irregulares com poucos
acessos e com uma área pré-definida
esguia. O campo de aquecimento está
localizado entre as arenas.
Havia ainda a necessidade de as arenas
serem posicionadas na orientação solar
correta (Norte-Sul) e proporcionar espaços
para uma série de equipamentos temporários de apoio como arquibancadas,
tendas de alimentação e acessos para as
áreas de operações dos Jogos.
A execução dos campos exigiu precisão:
sob a superfície esportiva de grama sintética estão duas camadas de asfalto, sendo
uma base com espessura de 35 mm (com
tolerância de +-3mm em 3m) e uma subbase de 35mm (com tolerância de +-6mm
em 3m), e uma camada de shockpad,
material de borracha que absorve impactos. Tudo isso para garantir que a bola de
235 mm de circunferência role pelo campo
sem saltos.
Os campos dispõem de grama sintética azul royal, padronização iniciada na
Olimpíada de Londres, em 2012, com o
intuito de tornar o esporte mais atrativo,
além de promover melhor contraste com
a bola.
Tanto as arenas quanto o campo de
aquecimento são descobertos e contam
com iluminação de grande envergadura
para atender ao nível de iluminação exigida pelas novas tecnologias de transmissão televisiva, 4K e 3D. O sistema tem
potência de mais de 2 mil lux e postes de
cerca de 40m de altura.
Como legado, serão mantidas as áreas
essenciais para treinamento e formação
de atletas, como as duas arenas, o campo
de aquecimento, parte da arquibancada
e a marquise com vestiários, local para
depósitos e escritório da Confederação
Brasileira Hóquei. Está previsto que os
pisos externos sejam parcialmente demolidos para dar lugar a mais áreas verdes.
Ficha técnica:
Modalidade olímpica: Hóquei Sobre Grama
Capacidade de público: 11.900
Assentos permanentes: 2.500
Assentos temporários: 9.400
Área construída: 4.000 m²
Área de intervenção: 74.000m²
Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA B
CENTRO
OLÍMPICO DE
TIRO ESPORTIVO
Adequação com ampliação
O Centro Nacional de Tiro Esportivo foi erguido para os Jogos Pan-Americanos em
2007. Trata-se de um projeto premiado do
escritório BMCF que foi cuidadosamente
reformado pelo Vigliecca & Associados
para atender aos padrões olímpicos, sem
descaracterizar a estrutura original.
Apesar de se tratar de uma construção
recente, o edifício exigiu atualização das
normas da Federação Internacional
de Tiro Esportivo, além de manutenção do
sistema de alvos, de ar condicionado e
das instalações hidráulicas e elétricas.
O foco do projeto foi atender aos requerimentos olímpicos, que exige um público
três vezes maior que a sua capacidade
atual, e ainda garantir seu aproveitamento
em legado.
Como as exigências geométricas e de
capacidade olímpicas eram muito distintas
do que o prédio originalmente ofereceria,
a readequação havia se mostrado inviável.
A única solução seria construir um estande
de finais provisório ao lado do existente.
Diante de custos muito altos, o Vigliecca
& Associados analisou diferentes formas
de conciliar as exigências dos Jogos
Olímpicos com a situação existente e
apresentou uma solução inovadora em
relação à padronização dos estandes de
finais, com um perfil de curva de visibilidade mais baixo que se adequa ao pédireito e geometria do edifício existente.
Para isso, foi criada uma arquibancada
provisória com 2.000 assentos sobre a
arquibancada existente, de 600 assentos.
Ao criar uma nova arquibancada com mais
do triplo de assentos, foi preciso reavaliar
seu ângulo, para garantir visibilidade a
todos os lugares. Assim, obteve-se uma
arquibancada com ângulo mais suave.
Os melhores lugares passaram a ser as
filas do topo – não mais as primeiras filas,
como nas arquibancadas permanentes–,
que serão destinados à imprensa, uma
exigência da Federação Internacional de
Tiro Esportivo. Lembrando que a primeira
medalha da Olimpíada sairá desta mo-
pára-balas
cobertura
temporária em
estrutura de tenda
extensão da
cobertura existente
linha de
tiro
arquibancada
temporária
1.177 lugares
ESTANDE DE FINAIS
MODO JOGOS
estruturas novas
estruturas temporárias
área de alvos
recuo da
área de
alvos
linha de
tiro
ESTANDE DE FINAIS
MODO LEGADO
estruturas removidas
área de alvos
dalidade, portanto o mundo estará com os
olhos voltados para este equipamento.
Esta solução se mostrou a mais adequada
por manter o conjunto arquitetônico harmônico e ser a mais econômica ao exigir,
apenas, o aumento do comprimento do
estande existente, sem intervir excessivamente em sua estrutura.
Para ampliação ainda do espaço interno,
foi realizada a extensão da área de tiro,
com cobertura provisória. Portanto, o projeto conseguiu atingir o objetivo de ampliar
o espaço interno apenas por meio de sua
reconfiguração, evitando a necessidade
de demolição.
Ficha técnica:
Modalidades olímpicas e paralímpicas:
Tiro Esportivo e Tiro Esportivo Paralímpico
Área construída: 53.500 m²
Capacidade de público: 7.250
Assentos permanentes: 3.950
Assentos temporários: 3.400
arquibancada
permanente
801 lugares
circulação
espectadores
circulação
atletas
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA B
ESTÁDIO DE
DEODORO
Instalação nova temporária
O local será palco das competições de Rúgbi
e de Pentatlo Moderno. Como todo pavimento
será temporário, buscou-se uma solução que
atendesse aos requerimentos olímpicos, com
o menor investimento possível. Utilizou-se
revestimento asfáltico TSD (tratamento superficial duplo), menos espesso e mais econômico, que receberá pintura com a linguagem
gráfica dos Jogos.
Ficha técnica:
Modalidades olímpicas e paralímpicas:
Pentatlo Moderno, Rúgbi, Hipismo e Evento
Combinado da modalidade Pentatlo Moderno
e Futebol de 7
Capacidade de público: 15.000
Área de intervenção: 100.000 m²
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA B
CENTRO
AQUÁTICO DE
DEODORO
Adequação
O Centro Aquático de Deodoro, legado dos Jogos Pan-Americanos 2007, foi reformado, com
troca de revestimentos danificados,
substituição do sistema de filtragem e de
aquecimento da água e manutenção das esquadrias. Para instalação de uma arquibancada
temporária com 2.000 assentos, a construção
existente recebeu reforço estrutural.
Assim como o edifício do Centro Olímpico de
Tiro Esportivo, o maior desafio deste projeto foi
adequar o local às exigências do COI, especialmente no que se refere à ampliação da capacidade de espectadores. Apesar de recente,
os edifícios também demandaram manutenção
das instalações hidráulicas, elétricas e de ar
condicionado.
Ficha técnica:
Modalidade olímpica:
Natação da modalidade Pentatlo Moderno
Capacidade de público: 2.000
Área de intervenção: 8.000 m²
EQUIPAMENTOS ESPORTIVOS - ZONA C
CENTRO
OLÍMPICO DE
HIPISMO
Adequação com ampliação
O Centro Olímpico de Hipismo é composto
pelo Circuito de Cross Country, Arena Central, Vila dos Tratadores, Clínica Veterinária,
Ferradoria, Estábulos, Pistas de Treinamento, Coliseu, Girador e Abrigo de Resíduos
Orgânicos.
A maior parte dessas intervenções consistiu em readequações e ampliações de
estruturas já construídas para os Jogos
Pan-americanos 2007. As maiores intervenções foram a readequação do Circuito de
Cross Country, ampliação dos Estábulos e
construção de uma nova sede da Clínica
Veterinária, dentro dos padrões olímpicos.
O Circuito de Cross Country foi o primeiro
equipamento do Parque Olímpico de Deodoro RIO 2016 a ser testado e aprovado
em evento-teste, em agosto de 2015. A
competição internacional contou com
provas de Adestramento, Cross Country e
Saltos e utilizou apenas parte do percurso
de 6.500m. O projeto do Vigliecca & Associados, com consultoria do course designer
francês Pierre Michelet, redefiniu o Circuito
de Cross Country, que havia sido elaborado
para os Jogos Pan-Americanos de 2007.
A Arena Central passou por adequação. A
areia do local foi substituída e reutilizada
nas áreas de circulação, Coliseu, Girador
e lago do Cross Country. A arquibancada
existente foi reformada e o local recebeu
novos sanitários.
A Clínica Veterinária será uma construção
nova e permanente criada para atender os
cavalos durante e depois dos Jogos Olímpicos - ficará de legado para o Exército. A
área de administração será temporária. Os
materiais escolhidos para o edifício permanente são estrutura de concreto e vedação
em alvenaria, pois, além de proporcionar
segurança aos animais, permitem fácil
limpeza e manutenção.
A Ferradoria também é uma instalação
nova e permanente. Como está localizada próxima à Clínica Veterinária e aos
Estábulos e costuma gerar muito ruído, foi
pensada cobertura verde que contribui
com o isolamento acústico.
Os Estábulos tiveram sua infraestrutura
atualizada e receberam melhorias construtivas. Eles foram demolidos internamente e
reconstruídos com desenho específico na
cobertura, para garantir ventilação natural.
Para a Olimpíada, o número de baias passará de 180 para 300 unidades. Após os
Jogos, quatro pavilhões serão removidos e
três serão convertidos em áreas de palan-
queamento.
As Pistas de Treinamento exigiram apenas
adequação. As pistas já existentes em
areia foram substituídas e receberam novo
sistema de drenagem.
A Vila dos Tratadores é um projeto do Exército. A previsão é que sejam construídos
três blocos de apartamentos de seis andares, com total de 72 unidades habitacionais, para abrigar veterinários e tratadores
durante os Jogos Olímpicos. No legado, as
novas moradias ficarão para a Vila Militar.
O Coliseu e o Girador, utilizados para treinamento e adestramento de cavalos, serão
construídos para os Jogos e permanecerão
em legado. Por fim, também uma instalação nova e permanente, o Abrigo de
Resíduos Orgânicos terá a função de armazenar os resíduos produzidos pelos animais
em todo o Centro Olímpico de Hipismo,
até que sejam conduzidos a uma área de
compostagem.
Ficha técnica:
Modalidades olímpicas: Salto, Adestramento e Circuito Completo
Capacidade de público: 16.050
Área de intervenção: 1 milhão de m²
Arena da Juventude
Projeto do Parque
Olímpico de Deodoro
FICHA TÉCNICA
PARQUE OLÍMPICO DE DEODORO
Location: Rio de Janeiro - RJ
Cliente: Prefeitura do Rio de Janeiro/Ministério do Esporte
Área de intervenção: 2.6 milhões de m²
Início do projeto: agosto 2013
Término da obra modo jogos: maio 2016
Término da obra modo legado: dez 2016
Capacidade total de público: 71.800
CRÉDITOS DO PROJETO
Coordenadores: Héctor Vigliecca e Luciene Quel
Gerente de Projeto: Elaine Silva
Coordenador Técnico de Arquiteturas: Ronald Werner
Subcoordenadores Técnicos:
Ronald Werner (Master Plan e Arena da Juventude),
Fernanda Trotti (Parque Radical),
Kelly Bozzato (Centro Olímpico de Hóquei sobre Grama),
Rafael Alcântara, Pedro Ichimaru (Hipismo e Readequações)
Paisagismo: Raul Pereira e Rulian Nociti
Arquitetos: Ana Luiza Galvão, André Ciampi, André Godinho, Angélica Larocca,
Barbara Iseli, Carolina Passos, Cintia Marino, Dalmer Ordontis, Daniel Pizzocolo,
Fabio Ucella, Guilherme Filocomo, Guilherme Maia, Hernani Paiva, Juan Sebastián Longhini, Julio
Bastos, Lina Corrêa, Lucia Viana, Lucila Pintos, Maria Elisa Fernandes, Mariana Puglisi, Marina
Piccolo, Rebeca Grinspum, Renato Silveira, Romildo Barros, Thaís Velasco
Apoio operacional: Paulo de Arruda Serra, Neli Shimizu, Deborah Giannini, Arielli Siqueira,
Caroline Picolo, Hediane Kuasne, Laryssa Cardoso, Luci Maie, Martha Martins
Engenharias e Consultorias: Focus Group (Engenharias), Robert Campbell, John Felton, Damien
Dungworth (Canoagem Slalom), Tom Ritzenthaler, Johan Lindstrom (BMX), Pierre Michelet
(Hipismo), David Douek, Caterina Chippari (Sustentabilidade), Raphael Magalhães, Pedro Moretti
(Consultoria Ambiental), Marília Martins (Consultoria de Especificações Técnicas) SOBRE O AUTOR
Vigliecca & Associados é um escritório de arquitetura
brasileiro fundado em 1996 com bases em São
Paulo e no Rio de Janeiro. É formado pelos sóciosfundadores Héctor Vigliecca e Luciene Quel e os
associados Paulo Serra, Ronald Werner, Neli Shimizu
e Caroline Bertoldi, além de equipe de arquitetos.
Desenvolve projetos arquitetônicos e urbanísticos
com ênfase em projetos urbanos de grande
escala. Possui uma vasta produção que abrange
projetos de habitação de interesse social, arenas
esportivas, edifícios institucionais, centros culturais,
reurbanização e requalificação de espaços públicos.
Apresenta expressiva participação em concursos
nacionais e internacionais, conquistando mais de 50
prêmios. Entre seus principais projetos estão Parque
Novo Santo Amaro V, referência na área de habitação
social, Arena Castelão, que sediou jogos da Copa do
Mundo 2014, Parque Olímpico de Deodoro, parque
olímpico da RIO 2016 que irá abrigar competições
de 11 modalidades esportivas, edifício anexo
da Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, maior
biblioteca da América Latina, segundo a Unesco, e
Operação Urbana Mooca-Vila Carioca (Bairros do
Tamanduateí), um dos maiores planos urbanos de
São Paulo, com 1.600 hectare. Também participa
do Programa Morar Carioca (Morro dos Macacos/
Parque Vila Isabel) e Programa Renova SP (Perímetro
do Morro do S4).
Mais informações:
Deborah Giannini
Assessora de Comunicação
+55 11 3082-2087
[email protected]
www.vigliecca.com.br
No âmbito internacional, foi finalista nos concursos
para o Grande Museu do Egito (2003), no Cairo,
recebendo “Menção Honrosa”, e para a Biblioteca
Nacional do México (2002), na Cidade do México.
Também recebeu “Menção Honrosa” no concurso
Plan Nueva Alameda Providencia (2015), em
Santiago, Chile.
Amplamente premiado, Vigliecca & Associados
participou do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza
2014 com dois projetos – Parque Novo Santo Amaro
V e Jardim Vicentina, ambos em áreas críticas da
cidade de São Paulo.
Héctor Vigliecca foi indicado ao Mies Van der
Rohe (1998), um dos maiores reconhecimentos
da arquitetura mundial, pelo projeto do Sesc Nova
Iguaçu (RJ), considerado um marco da arquitetura
brasileira. Ele também é um dos autores do projeto
Complexo Bulevar Artigas, em Montevidéu, que
integrou a exposição “Latin America in Construction:
Architecture 1955-1980”, no MoMA, em Nova
York, em 2015, e hoje faz parte de sua coleção
permanente.
O escritório tem três livros bilíngues (português/
inglês) publicados: “Hipóteses do Real” (2012),
“Arena Castelão – Governador Plácido Aderaldo
Castelo” (2014) e “O Terceiro Território – Habitação
Coletiva e Cidade” (2014). Este livro também
foi lançado nos Estados Unidos a convite da
Universidade da Flórida e do American Institute of
Architects (AIA).

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