Creando lazos CrIando laços

Transcrição

Creando lazos CrIando laços
bloque regional de
intendentes, prefeitos y
alcaldes del mercosur
R e v i s ta N º 2
Julio-agosto 2014
Julho-agosto 2014
J u ly - A u g u s t 2014
bloco regional de
intendentes, prefeitos y
alcaldes do mercosul
Mercosur Regional Block
of Mayors and Prefects
Creando lazos
El BRIPAM firma un Convenio de Cooperación con Nigeria
criando laços
O BRIPAM assina um Convênio de Cooperação com a Nigéria
Creating bonds. BRIPAM signs a cooperation agreement with Nigeria
construyendo vínculos sin fronteras
criando laços sem fronteiras
www.bripam.org
2
Estructura del
BRIPAM
Presidente
Javier Pereira
(Intendente / Prefeito)
1° Vicepresidente
Vanice Helena
Andrade De Matos
(Intendenta / Prefeita)
2° Vicepresidente
No designado
Não designado
3° Vicepresidente
Eldor Hut
(Intendente / Prefeito)
Secretario General
Ramón Ortellado
Secretario
David Viera Nuñez
Secretario
Airton Bertol Da Silva
Secretaria
Margarita Lovera
Amarilla
Secretario
No designado
Não designado
Nota a los lectores: Los puntos de vista y opiniones expresadas en los artículos son de sus autores. Estos no expresan de
modo alguno, opinión y punto de vista de parte del BRIPAM.
Todos los derechos reservados.
Nota aos leitores: Os pontos de vista e opiniões expressas
nos artigos são de seus autores. Estes não expressam, de
modo algum, a opinião e o ponto de vista do BRIPAM.
Todos os direitos reservados.
Producción Integral / Produção Integral:
Link Creativo S.A.
Viamonte 1982 3°F, (C1056ABD). C. A. de Buenos Aires, Argentina
Tel: +54 11 4371 4831. [email protected]
Impresión / Impressão: Talleres Gráficos Valdez S.A.
Colaboraron en esta edición / Colaboraram nesta edição:
Diseño / Design: Daniel Menchini
Traducción / Tradução: Sonia Rodríguez Mella
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
3
Editorial
Ramón Ortellado
Secretario General del BRIPAM
Secretário Geral do BRIPAM
BRIPAM-MERCOSUR
el granero del mundo
English
pág.74
Segundo número de nuestro medio, la revista del
los pueblos del BRIPAM, que con fuerza caminan
BRIPAM, y gracias a este medio gráfico podemos
para que llenemos de puentes nuestra frontera,
decir que estamos en marcha.
que pasemos de lado a lado nuestros suelos y que
El Bloque camina y camina hacia ese gran encuen-
nuestra producción de alimentos se triplique.
tro de hermandad, solidaridad e integración.
Porque tenemos todo para producir, solo debemos
darles a los productores las herramientas que son
Nos estamos consolidando día a día con un gran
decisiones políticas y construcción permanente.
esfuerzo de los integrantes del BRIPAM que tra-
4
bajan mancomunadamente con un solo objetivo:
Queridos intendentes, prefeitos y alcaldes uste-
Qué nuestros pueblos se unan a través de la
des son el futuro, en sus manos está la región.
música de la cultura de nuestros pueblos: de los
El mundo quiere nuestros alimentos y la región
guaraníes, de los criollos, los gauchos, del crisol
los tiene. El primer convenio está firmado. Africa
de razas que habita nuestro suelo. De las manos
quiere nuestra producción, 170 millones de nige-
resquebrajadas de los polacos, alemanes, italia-
rianos es el desafío. Estamos a las puertas de
nos, portugueses, españoles, criollos y nuestros
Africa, allá vamos: solidarios, unidos e integrados.
autóctonos guaraníes. Esa es la verdadera unión de
BRIPAM la fuerza del MERCOSUR.
BRIPAM-MERCOSUL
o celeiro do mundo
Segundo número da revista do BRIPAM, e graças
que com força caminha para que enchamos de
a esta publicação podemos dizer que estamos em
pontes nossa fronteira, que passemos de lado
funcionamento.
a lado das nossas terras e que nossa produção
O Bloco anda e anda rumo a esse grande encontro
de alimentos seja triplicada. Porque temos tudo
de irmandade, solidariedade e integração.
para produzir, apenas devemos dar aos produtores as ferramentas que são decisões políticas
Dia a dia vamos nos consolidando com um
e construção permanente.
grande esforço dos integrantes do BRIPAM que
trabalham conjuntamente com um só objetivo:
Prezados intendentes, prefeitos e alcaldes, os se-
que nossos povos se unam através da músi-
nhores são o futuro, em suas mãos está a região.
ca, da cultura de nossos povos: dos guaranis,
O mundo quer nosso alimentos e a região os tem.
dos crioulos, dos gaúchos, do crisol de raças
O primeiro convênio está assinado. A África quer
que habita nosso chão. Das mãos rachadas dos
nossa produção, 170 milhões de nigerianos é o
poloneses, alemães, italianos, portugueses,
desafio. Estamos às portas da África, lá vamos:
espanhóis, crioulos e nossos nativos guaranis.
solidários, unidos e integrados.
Essa é a verdadeira união dos povos do BRIPAM,
BRIPAM a força do MERCOSUL.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
5
6
Editorial
BRIPAM-MERCOSUL, o celeiro do mundo
El BRIPAM firma un Convenio
de Cooperación con Nigeria
8
O BRIPAM assina um Convênio
de Cooperação com a Nigéria
Chive Ignatius Ior Kaave
Nigeria es la puerta de ingreso a Africa
12
Chive Ignatius Ior Kaave
Nigéria é a porta de ingresso à África
Economías regionales
Misión comercial a Entre Ríos
18
Economias regionais
Missão comercial a Entre Rios
Seminario Internacional
Desafíos para la integración Transfronteriza
22
Seminário Internacional
Desafios para a integração Transfronteiriça
Nielsen de Paula Pires (BRA)
Pensar la frontera
26
Nielsen de Paula Pires (BRA)
Pensar na frontera
Lilian Samaniego (PGY)
La integración es el camino para el desarrollo
32
Lilian Samaniego (PGY)
A integração é o caminho para o desenvolvimento
Alex Ziegler (ARG)
“Del escritorio al territorio”
36
Alex Ziegler (ARG)
“Do escritorio ao território”
Eduardo Oswald Pipke (PGY)
El desarrollo de la industria yerbatera
44
Eduardo Oswald Pipke (PGY)
O desenvolvimento da indústria ervateira
Proceso de la Yerba Mate
48
Processo da Erva-mate
Renzo Jhonatan Klimiuk (ARG). La yerba
mate revitaliza a la provincia de Misiones
50
Renzo Jhonatan Klimiuk (ARG)
A erva-mate revitaliza a província de Misiones
Alcides Vicini
Intendente de Santa Rosa (BRA)
54
Alcides Vicini
Prefeito de Santa Rosa (BRA)
Dionir Bianchi
Viceintendente de Horizontina (BRA)
58
Dionir Bianchi
Vice-prefeito de Horizontina (BRA)
Marcelo Otazo
Intendente de Santa Rosa (ARG)
60
Marcelo Otazo
Prefeito de Santa Rosa (ARG)
Concepción Rodríguez Arzamendia
Intendente de Santa Rita (PGY)
64
Concepción Rodríguez Arzamendia
Prefeito de Santa Rita (PGY)
BRIPAM en fotos
68
BRIPAM en fotos
English versions
74
English versions
Integração
4
Produção
Editorial
BRIPAM-MERCOSUR, el granero del mundo
Nigeria
Conteúdo
Prefeitos
Intendentes
Producción
Integración
Nigeria
Contenido
DE CAMPO VIERA AL MUNDO
EXPORTADORA DE TE Y YERBA MATE
PLANTA INDUSTRIAL,
RUTA NAC 14, KM 38, CAMPO VIERA,
MISIONES, ARGENTINA
CONTACTO: [email protected]
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
7
Institucional
El BRIPAM firma
un Convenio de
Cooperación con Nigeria
Un acuerdo que impulsa la cooperación entre los países de la región y Nigeria.
English
pág.74
O BRIPAM assina um
Convênio de Cooperação
com a Nigéria
Um acordo que promove a cooperação entre os países da região e a Nigéria.
E
l viernes 11 de julio a las 14:00 hs. se llevó acabo en
las oficinas del BRIPAM en Buenos Aires la firma
del Convenio de Cooperación Comercial, Cultural,
Educacional, y de Ayuda Social entre BRIPAM y la Embajada
de la Republica de Nigeria.
El convenio fue refrendado con las firmas de las autoridades
del BRIPAM: el presidente Javier Pereira (Paraguay), la Vicepresidenta Vanice de Matos (Brasil), Vicepresidente Eldor Hut
(Argentina), el Secretario General Ramón Ortellado y El Sr.
Embajador de la Republica de Nigeria, Sr. Barrister Chive Kaave.
En un acto de gran fraternidad, la escribana llevó adelante
la lectura del convenio, del cual todos prestaron su conformidad. Seguidamente el embajador manifestó su alegría de
participar de este gran acontecimiento que “sin duda traerá
muchos beneficios recíprocos tanto para Nigeria como para
la región del BRIPAM y sus municipios miembros”.
Los intendentes de los países miembros invitaron al embajador
a visitar en persona la región para mostrarle la variedad de
producción que tienen para ofrecerle.
A la reunión asistieron los intendentes de las provincias de
Corrientes y Misiones, Argentina, por el lado de Paraguay
estuvieron varios intendentes del departamento de Itapúa
y por Brasil acompañaron este hecho histórico intendentes
y concejales de Río Grande do Sul.
8
N
a sexta-feira 11 de julho às 14:00 h levou-se
acabo nos escritórios do BRIPAM em Buenos
Aires a assinatura do Convênio de Cooperação
Comercial, Cultural, Educacional, e de Ajuda Social entre o
BRIPAM e a Embaixada da Republica da Nigéria.
O convênio foi referendado com as assinaturas das autoridades
do BRIPAM: o presidente Javier Pereira (Paraguai), a Vice-presidenta Vanice de Matos (Brasil), Vice-presidente Eldor Hut (Argentina), o Secretário Geral Ramón Ortellado e O Sr. Embaixador
da Republica da Nigéria, Sr. Barrister Chive Kaave.
Em um ato de grande fraternidade, a notária levou adiante
a leitura do convênio, do qual todos prestaram sua conformidade. A seguir, o embaixador manifestou sua alegria de
participar deste grande acontecimento que “sem dúvida trará
muitos benefícios recíprocos tanto para a Nigéria como para
a região do BRIPAM e seus municípios membros”.
Os intendentes dos países membros convidaram o embaixador a visitar em pessoa a região para lhe mostrar a variedade
de produção que há para lhe oferecer.
Assistiram à reunião os intendentes das províncias de Corrientes e Misiones, Argentina, pelo lado do Paraguai estiveram
vários intendentes do departamento de Itapúa e pelo Brasil
acompanharam este fato histórico intendentes e vereadores
do Rio Grande do Sul.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
9
Lilian Krohn
Intendenta / Prefeita
de Natalio, Itapúa, PGY
“Yo creo que es una
oportunidad más que esperada para todos nosotros
los del BRIPAM. Porque nos asociamos al bloque
viendo ya alguna oportunidad. Considero que
esto es muy importante para los intendentes que
estamos representando nuestros municipios y
sobretodo un departamento. Nosotros estamos
acá por el departamento de Itapúa y estamos muy
ansiosos y muy contentos de haber sido participes
de lo que hoy estamos viviendo en esta reunión en
Buenos Aires. También queremos agradecerles a
ustedes por recibirnos con tanta cordialidad. Creo
que hoy se abre un mundo de oportunidades para
nuestra región”.
“Eu acho que é uma oportunidade mais que
esperada para todos nós do BRIPAM. Porque nos
associamos ao bloco vendo já alguma oportunidade.
Considero que isto é muito importante para os
intendentes que estamos representando nossos
municípios e sobretudo um departamento. Nós
estamos aqui pelo departamento de Itapúa e
estamos muito ansiosos e muito contentes de ter
sido participes do que hoje estamos vivendo nesta
reunião em Buenos Aires. Também queremos
agradecer a vocês por nos receber com tanta
cordialidade. Acredito que hoje se abre um mundo
de oportunidades para nossa região”.
10
También participaron empresarios de distintos sectores
de la producción, los cuales ven con mucho entusiasmo las
posibilidades de abrir nuevos mercados para sus productos.
Al cierre del evento todos concluyeron que este es el inicio
de un futuro prometedor para el desarrollo de la región.
Também participaram empresários de distintos setores da
produção, os quais veem com muito entusiasmo as possibilidades de abrir novos mercados para seus produtos.
No encerramento do evento todos concluíram que este é
o início de um futuro promissor para o desenvolvimento
da região.
Vanice de Matos
Vicepresidenta 1° BRIPAM
Intendenta de Puerto Vera Cruz,
Río Grande del Sur, BRA
Prefeita de Porto Vera Cruz,
Rio Grande do Sul, BRA
“La firma del convenio es un
paso muy importante que el
BRIPAM dió como bloque, como
entidad. No tengo dudas de
que es el primero de muchos
otros convenios que se van a ir
articulando. Para los municipios es
un convenio muy importante, muy
amplio y da varias alternativas
y muchas posibilidades para que
todos puedan trabajar en él”.
“A assinatura do convênio é um
passo muito importante que o
BRIPAM deu como bloco, como
entidade. Não tenho dúvidas de
que é o primeiro de muitos outros
convênios que irão se articulando.
Para os municípios é um convênio
muito importante, muito amplo
e dá várias alternativas e muitas
possibilidades para que todos
possam trabalhar nele”.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
11
Entrevista
Chive Ignatius Ior Kaave
Embajador de Nigeria en Argentina
Embaixador da Nigéria na Argentina
Nigeria es la puerta
de ingreso a Africa
El embajador abre las puertas de la embajada de la República de Nigeria, para
bridarnos una entrevista. A través de sus respuestas nos presenta un país con
mucho potencial de intercambio para nuestra región.
English
pág.75
Nigéria é a porta de
ingresso à África
O embaixador abre as portas da embaixada da República da Nigéria, para a
realização de uma entrevista. Através de suas respostas nos apresenta um país
com muito potencial de intercambio para nossa região.
Q
Q
Cuál ha sido su participación en política en Nigeria?
Qual foi sua participação em política na Nigéria?
Fui candidato en las elecciones a gobernador en mi Estado, las
perdí y el gobernador electo fue quien me designo Ministro
de Justicia. Ejercí ese cargo por cinco años desde el 2007
al 2012. Fue en ese año que me designaron embajador de
Nigeria para servir en la República Argentina y llegué aquí
en agosto de 2012.
Fui candidato nas eleições a governador em meu Estado,
eu as perdi e o governador eleito foi quem me designou
Ministro da Justiça. Exerci esse cargo por cinco anos desde
2007 até 2012. Foi nesse ano que me designaram embaixador
da Nigéria para servir na República Argentina e cheguei aqui
em agosto de 2012.
uién es el embajador Chive Kaave? Cómo se
presentaría?
Soy católico, me casé por la Iglesia Católica. En
estos momentos vivo con mi mujer en Buenos Aires. Tenemos
cinco hijos. Estudié abogacía, soy abogado, ejercí el derecho
por 32 años. Fui designado Ministro de Justicia en el Estado
de Benue. Antes de venir a la Argentina fui presidente de un club de
fútbol de primera división. También ocupe la Vicepresidencia
de la Federación de Fútbol Nigeriana por varios años.
Soy parte del partido que está gobernando en este momento
en Nigeria, el PDP, Partido Democrático del Pueblo. No soy
diplomático de carrera. Esta es mi primera misión como
diplomático.
12
uem é o embaixador Chive Kaave? Como o
senhor se apresentaria?
Sou católico, sou casado pela Igreja Católica. Nestes momentos vivo em com minha mulher em Buenos Aires.
Temos cinco filhos. Estudei advocacia, sou advogado, exerci
o direito por 32 anos. Fui designado Ministro da Justiça no
Estado de Benue.
Antes de vir para a Argentina fui presidente de um clube de
futebol de primeira divisão. Também ocupei a vice-presidência da Federação de Futebol Nigeriana por vários anos.
Sou parte do partido que está governando neste momento
na Nigéria, o PDP, Partido Democrático do Povo. Não sou
diplomático de carreira. Esta é minha primeira missão como
diplomático.
Que nos puede decir de Nigeria desde el plano social,
cultural y económico?
Sabemos que Africa está creciendo, está pasando lo
mismo con Nigeria? Se percibe alguna movilidad social?
Nigeria logró su independencia como país hace solo 54 años.
En 1960 nos independizamos de Inglaterra. Tiene una población de más de 170 millones de habitantes.
La superficie de la República Argentina es 4 veces más
grande que la superficie de Nigeria. Del total de la población
nigeriana la mitad son cristianos y la otra mitad musulmanes. Nuestro idioma oficial es el inglés. Tenemos 250
dialectos distintos, pero hay tres que son los principales
idiomas: igbo, yoruba y hausa. Nigeria está ubicada en la región de Africa Occidental, y es
la sede de ECOWAS (Comunidad Económica de Estados de
África Occidental) que sería el equivalente al MERCOSUR.
Está posicionada como la economía más creciente dentro
de Africa. Los nigerianos somos fanáticos del fútbol como los argentinos y siempre jugamos contra Argentina en todos los
mundiales que participamos. Y también podemos estar
orgullosos de decir que en este último mundial en Brasil el
Que nos pode dizer da Nigéria do plano social, cultural
e econômico?
Sabemos que a África está crescendo, está passando o mesmo com a Nigéria? percebe-se alguma mobilidade social?
A Nigéria obteve sua independência como país há apenas 54
anos. Em 1960 nos independizamos da Inglaterra.
Tem uma população de mais de 170.000 bilhões de habitantes. A superfície da República Argentina é 4 vezes
maior que a superfície da Nigéria. Do total da população
nigeriana a metade são cristãos e a outra metade muçulmanos. Nosso idioma oficial é o inglês. Temos 250 dialetos distintos, mas há três que são os principais idiomas:
igbo, yoruba e hausa.
A Nigéria está localizada na região da África Ocidental, e
é a sede da ECOWAS (Comunidade Econômica de Estados
da África Ocidental) que seria o equivalente ao Mercosul.
Está posicionada como a economia mais crescente dentro
da África.
Os nigerianos são fanáticos do futebol como os argentinos
e sempre jogamos contra Argentina em todos os mundiais
que participamos. E também podemos estar orgulhosos de
dizer que nesta última copa no Brasil a única seleção que
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
13
único que le hizo dos goles a la Argentina fue Nigeria. La
misma Alemania que ganó el mundial solo pudo hacerles
un gol. La rivalidad entre Nigeria y Argentina en el fútbol
empezó en el 1996 cuando Nigeria ganó la Olimpiadas y se
llevó el trofeo. En ese momento empezó a ser reconocida
como una nación futbolera. Tenemos una gran clase media creciente. Hay más de 100
universidades, algunas son estatales, otras son de confesión
religiosa y otras privadas. Nuestro sistema de gobierno es presidencial, que es como el
americano, cada cuatro años se elige a un presidente. Tenemos
36 estados y un territorio federal capital que se llama Abuya.
La fortaleza económica que tiene Nigeria es el petróleo
fez dois gols à Argentina foi a Nigéria. A mesma Alemanha que ganhou a copa só pôde fazer um gol. A rivalidade
entre a Nigéria e a Argentina no futebol começou em 1996
quando a Nigéria ganhou as Olimpíadas e levou o troféu.
Nesse momento começou a ser reconhecida como uma nação
torcedora do futebol.
Temos uma grande classe média crescente. Há mais de 100
universidades, algumas são estatais, outras são religiosas e
outras privadas.
Nosso sistema de governo é presidencial, que é como o
americano, a cada quatro anos é eleito um presidente.
Temos 36 estados e um território federal capital que se
chama Abuya.
debido a que su calidad es excelente. Somos el número 1 en
la producción de petróleo crudo en el continente. Tenemos
una voz muy fuerte en la OPEC (Organización de Países
Exportadores de Petróleo). La mayoría de los nigerianos son agricultores. Pero nuestra
producción de alimentos no es suficiente para la población
que tenemos.
A fortaleza econômica que tem a Nigéria é o petróleo devido
a que sua qualidade é excelente. Somos o número 1 na
produção de petróleo cru no continente. Temos uma voz
muito forte na OPEC (Organização de Países Exportadores
de Petróleo).
A maioria dos nigerianos são agricultores. Mas nossa produção
de alimentos não é suficiente para a população que temos.
14
Nigeria
Capital: Abuya. Ciudad más poblada: Lagos.
Capital: Abuya. Cidade mais povoada: Lagos
Idioma oficial: Inglés. Idiomas regionales:
yoruba, hausa, igbo, y 250 dialectos más.
Idioma oficial: Inglês. Idiomas regionais:
yoruba, hausa, igbo, e 250 dialetos mais.
Forma de Gobierno: República Federal Presidencialista.
Se independendizó de Inglaterra en 1960.
Forma de Governo: República Federal Presidencialista.
Tornou-se independente da Inglaterra em 1960.
Superficie:
Nigeria: 923.768 km²
Argentina: 2.780.400 km²
Brasil: 8.514.877 km²
Paraguay: 406.752 km²
Uruguay: 176 215 km²
Población
Nigeria: 170
Argentina: 42
Brasil: 201
Paraguay: 6.7
Uruguay: 3.3
• Moneda: Naira (₦N, NGN)
• Está posicionada como la economía más creciente dentro de Africa.
• Sede de ECOWAS (Comunidad Económica de Estados de África Occidental)
el equivalente al MERCOSUR.
• Nigeria es parte del foro ASA (Cooperación Africa y América del Sur)
• Su fortaleza económica es el petróleo, de excelente calidad. Son el
principal productor de crudo del continente.
• La mayoría son agricultores, pero su producción no abastece la población.
• Tiene una gran clase media creciente.
Hay más de 100
universidades, algunas
son estatales, otras
religiosas y otras privadas
PBI
en millones de dólares
en millones de habitantes
Há mais de 100
universidades, algumas são
estatais, outras religiosas e
outras privadas
$$
Nigeria (2.008): 332.681
Argentina: 756.226
Brasil: 2.423.306
Paraguay: 53.123
Uruguay: 49.716
• Moeda: Naira (?N, NGN)
• Está posicionada como a economia mais crescente dentro da África.
• Sede da ECOWAS (Comunidade Econômica de Estados da África Ocidental) o
equivalente ao Mercosul.
• A Nigéria é parte do fórum ASA (Cooperação África e América do Sul)
• Sua fortaleza econômica é o petróleo, de excelente qualidade. É a principal
produtora de cru do continente.
• A maioria são agricultores, mas sua produção não abastece a população.
• Tem uma grande classe média crescente.
Son fanáticos
del fútbol.
São fanáticos
do futebol.
Dominio de
Internet: .ng
Dónde se encuentra localizada la población?
En realidad la superficie territorial no es mucha comparada
con Brasil o Argentina, pero es la más grande en la región
de Africa Occidental.
La producción del petróleo se da en un 20% del territorio.
Onde se encontra localizada a população?
Em realidade a superfície territorial não é muito grande
comparada com o Brasil ou a Argentina, mas é a maior na
região da África Ocidental.
A produção do petróleo ocorre em 20% do território.
Cómo está Nigeria en relación al resto de los países Africanos? Vemos que es una economía creciente. Los países
desarrollados están mirando a Africa con entusiasmo
pensando en sus posibilidades de crecimiento. Cómo se
inserta Nigeria en ese contexto?
En cuanto a la inversión extranjera directa Nigeria es un
destino maravilloso. En crudo, en gas natural (GNL), y en
minerales sólidos que todavía están por explotarse. Y también
tiene mucho potencial en lo que es agricultura por ser un
país tropical. Por su posición geográfica Nigeria puede servir
no solamente a Africa Occidental sino también al centro de
Africa. Si alguien tiene un negocio para realizar en Nigeria
tiene que pensar que puede ser para toda Africa, para los 18
países de la región.
Como está a Nigéria em relação ao resto dos países Africanos? Vemos que é uma economia crescente. Os países
desenvolvidos estão olhando a África com entusiasmo
pensando em suas possibilidades de crescimento. Como
é inserida a Nigéria nesse contexto?
Quanto ao investimento estrangeiro direto a Nigéria é um
destino maravilhoso. Em cru, em gás natural (GNL), e em
minerais sólidos que ainda estão por ser explorados. E também tem muito potencial no que se refere a agricultura por
ser um país tropical. Por sua posição geográfica a Nigéria
pode servir não somente à África Ocidental mas também ao
centro da África. Se alguém tiver um negócio para realizar
na Nigéria tem que pensar que pode ser para toda a África,
para os 18 países da região.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
15
Es decir que nuestra puerta de ingreso a Africa es Nigeria?
Absolutamente, eso es correcto. Si observan el continente
en los dos extremos, abajo está Sudafrica y arriba Egipto,
en Africa del Este está Kenia. Si uno mira en el mapa, por su
ubicación, es mucho más rápido y mucho más corto poder
hacer la ruta desde el MERCOSUR directamente a Nigeria que
ingresar por el norte o por el sur. Quer dizer que nossa porta de ingresso à África é a Nigéria?
Absolutamente, isso é correto. Se observarem o continente
nos dois extremos, abaixo está África do Sul e no norte o
Egito, na África do Leste está Quênia. Se observarmos no
mapa, por sua localização, é muito mais rápido e muito mais
curto poder fazer a rota do Mercosul diretamente para a
Nigéria que ingressar pelo norte ou pelo sul.
Tienen en proyecto iniciar algún tipo de intercambio entre
Nigeria y el Mercosur? Y hay algún plazo establecido?
Nigeria es parte del foro ASA (Cooperación Africa y América
del Sur), las primeras reuniones empezaron en Nigeria en el
2006. Cada dos años se hacen reuniones una vez en Africa y
otra en América del Sur alternativamente. La última fue en
el 2012 en Guinea Ecuatorial y la próxima será en Venezuela.
La plataforma de este foro es justamente cooperación en
todos los aspectos de los países africanos y los de América
Latina. Esto se dá más o menos bajo los mismos parámetros
del BRIPAM: cooperación económica, intercambio cultural,
intercambio profesional, cooperación entre las universidades
y explotación de oportunidades para los negocios.
Há em projeto de iniciar algum tipo de intercâmbio entre
a Nigéria e o Mercosul? E há algum prazo estabelecido?
A Nigéria é parte do fórum ASA (Cooperação África e América
do Sul), as primeiras reuniões começaram na Nigéria em
2006. A cada dois anos são feitas reuniões uma vez na África
e outra na América do Sul alternadamente. A última foi em
2012 na Guiné Equatorial e a próxima será na Venezuela. A
plataforma deste fórum é justamente cooperação em todos
os aspectos dos países africanos e os da América Latina.
Isto ocorre mais ou menos sob os mesmos parâmetros do
BRIPAM: cooperação econômica, intercâmbio cultural, intercâmbio profissional, cooperação entre as universidades e
exploração de oportunidades para os negócios.
Podría hacer una evaluación de su gestión hasta el
momento? Cuál es la misión que siente que tiene y que
le aporta su trabajo como embajador a Nigeria?
Creo que nuestros países tienen un desafío de percepción.
Por ejemplo: la percepción de Argentina hacia Nigeria es que
este último es sólo un país de fútbol del continente africano.
La percepción de Nigeria es que Argentina es un país de fútbol
dentro de Sudamérica. En lo que concierne a la cooperación
Poderia fazer uma avaliação de sua gestão até o momento? Qual é a missão que sente que seu trabalho como
embaixador tem e fornece à Nigéria?
Acho que nossos países têm um desafio de percepção. Por
exemplo: a percepção da Argentina para a Nigéria é que este
último é só um país de futebol do continente africano. A
percepção da Nigéria é que a Argentina é um país de futebol
dentro da América do Sul. No que diz respeito à cooperação
econômica, comercial, de negócios, a relação é muito fraca.
Temos muitas semelhanças como países, nós durante muito
tempo estivemos sob um regime militar. Somos economias em
desenvolvimento, as economias chamadas sul-sul. Também
nos estamos recuperando da ditadura militar e estamos dando
nossos passos na democracia. Enquanto que a Argentina tem
30 anos de democracia a Nigéria tem 15. Há muitas áreas
económica, comercial, de negocios la relación es muy tenue.
Tenemos muchas similitudes como países, nosotros durante
mucho tiempo estuvimos bajo un régimen militar. Somos
economías en desarrollo, las economías llamadas sur-sur.
También nos estamos recuperando de la dictadura militar y
estamos dando nuestros pasos en la democracia. Mientras que
Argentina tiene 30 años de democracia Nigeria tiene 15. Hay
16
muchas áreas potenciales que van a beneficiar a nuestros países. En el caso de Argentina es un país que tiene una capacidad
agrícola tan importante y buena que puede producir alimentos
para 100 millones de personas. Podemos cooperar con Argentina para poder producir alimentos para nuestros 170 millones
de habitantes. Habiendo estado en la Argentina por casi ya dos
años me estoy dando cuenta como es la mentalidad futbolera
de Argentina, las academias de fútbol aquí son las mejores del
mundo. Al ser Nigeria un país tan apasionado por el fútbol me
parece muy viable crear academias similares a las de Argentina.
potenciais que vão se beneficiar dos nossos países. No caso
da Argentina é um país que tem uma capacidade agrícola tão
importante e boa que pode produzir alimentos para 100.000
bilhões de pessoas. Podemos cooperar com a Argentina para
poder produzir alimentos para nossos 170.000 bilhões de habitantes. Tendo estado na Argentina por quase já dois anos
estou percebendo como é a mentalidade torcedora do futebol
da Argentina, as academias de futebol aqui são as melhores do
mundo. Ao ser a Nigéria um país tão apaixonado pelo futebol
acho muito viável criar academias similares às da Argentina.
Le encanta el fútbol…
Quizás esa sea una de las razones por las que me enviaron
a este país.
Es muy fácil para mí poder comunicarme con cualquier
argentino porque podes tener tranquilamente una conversación o un diálogo por 30 minutos hablando de fútbol.
Lo mismo sucede con el Papa que es un fanático del fútbol,
de San Lorenzo. Para mí esto es muy bueno y estoy muy
contento de que así sea.
Puedo decir que mi primer punto en la diplomacia en Argentina
ha sido el fútbol y todo lo demás viene después.
Adora o futebol…
Possivelmente essa seja uma das razões pelas que eu fui
enviado a este país.
É muito fácil para mim poder me comunicar com qualquer
argentino porque é possível ter tranquilamente uma conversa
ou um diálogo por 30 minutos falando de futebol. O mesmo
acontece com o Papa que é um fanático do futebol, de San
Lorenzo. Para mim isto é muito bom e estou muito contente
de que assim seja.
Posso dizer que meu primeiro ponto na diplomacia na Argentina foi o futebol e tudo o resto vem depois.
Cuál es su percepción del BRIPAM?
Creo que el BRIPAM es la llave para poder abrir las puertas
Qual é sua percepção do BRIPAM?
entre Nigeria y el bloque. Y me parece que son muy serios
y pragmáticos, con un protocolo mínimo. Y eso me parece
bueno porque los negocios no se llevan muy bien con tanto
protocolo. Espero en poco tiempo liderar y llevar muchas
delegaciones del BRIPAM a Nigeria.
Acho que o BRIPAM é a chave para poder abrir as portas entre
a Nigéria e o bloco. E penso que são muito sérios e pragmáticos, com um protocolo mínimo. E isso eu acho bom porque
os negócios não se levam muito bem com tanto protocolo.
Espero em pouco tempo liderar e levar muitas delegações do
BRIPAM para a Nigéria.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
17
economias regionales
economias regionais
Misión comercial
a Entre Ríos
En el marco de la firma del convenio de Cooperación entre el BRIPAM y la
Embajada de Nigeria, el 30 de julio se llevó a cabo una misión comercial a la
provincia de Entre Ríos.
English
pág.76
Missão comercial
a Entre Rios
No marco da assinatura do convênio de Cooperação entre o BRIPAM e a
Embaixada da Nigéria, em 30 de julho foi levada a cabo uma missão comercial à
província de Entre Ríos.
L
a visita fue realizada por el embajador de Nigeria, Sr.
CHIVE IGNATIUS IOR KAAVE y el Secretario General del
BRIPAM, Sr. Ramón Ortellado y su equipo de trabajo.
También acompañaron a la comitiva el intendente de Santa
Rosa, Corrientes, Marcelo Otazo miembro activo del BRIPAM
y el intendente Adrián Fuertes de Villaguay, Entre Ríos.
Se recorrieron las principales empresas de la ciudad de
Crespo y colonias vecinas: Carnes del Interior, Grupo Motta,
Tecnovo S.A. El recorrido fue prolijamente organizado por
Sergio Badano y Alejandro Canavesio, ambos colaboradores
del BRIPAM en Entre Ríos.
El viaje fue muy positivo, las empresas pudieron mostrar su
trabajo y conversaron con el embajador acerca de la posibilidad
de exportar sus productos a Nigeria. Quedaron inicialmente
en trabajar en la compatibilidad de las normas de exportación
para ambos países.
El embajador se mostró muy interesado en la producción de
estas empresas, remarcando siempre que sólo en Nigeria hay
170 millones de personas para alimentar, alentando a los
empresarios a que se animen a incursionar en Africa, siendo
Nigeria la puerta de entrada a ese continente.
Las empresas agradecieron la presencia del embajador,
y le obsequiaron entre otros regalos, el Martín Fierro
en inglés.
18
A
visita foi realizada pelo embaixador da Nigéria,
Sr. CHIVE IGNATIUS IOR KAAVE e o Secretário
Geral do BRIPAM, Sr. Ramón Ortellado e sua
equipe de trabalho. Também acompanharam a comitiva o
prefeito de Santa Rosa, Corrientes, Marcelo Otazo membro
ativo do BRIPAM e o prefeito Adrián Fortes de Villaguay,
Entre Ríos.
Foram visitadas as principais empresas da cidade de Crespo
e colônias vizinhas: Carnes del Interior, Grupo Motta, Tecnovo S.A. O percurso foi organizado de forma precisa por
Sergio Badano e Alejandro Canavesio, ambos colaboradores
do BRIPAM em Entre Ríos.
A viagem foi muito positiva, as empresas puderam mostrar
seu trabalho e conversaram com o embaixador a respeito
da possibilidade de exportar seus produtos à Nigéria. Concordaram inicialmente em trabalhar na compatibilidade das
normas de exportação para ambos os países.
O embaixador se mostrou muito interessado na produção
destas empresas, salientando sempre que só na Nigéria há
170 milhões de pessoas para alimentar, encorajando os empresários a que tentem ingressar na África, sendo a Nigéria
a porta de entrada a esse continente.
As empresas agradeceram a presença do embaixador, e entregaram a ele, entre outros presentes, o Martín Fierro em inglês.
Una parte importante del recorrido fue la visita al intendente
de Crespo, Ing. Ariel Robles, quien recibió al embajador junto
a toda la comitiva y le agradeció su visita a la ciudad nombrándolo “Ciudadano Ilustre”.
El intendente pudo mostrarle a través de una presentación
el desarrollo de su ciudad y la región en los aspectos: productivos, culturales y sociales.
La visita a la municipalidad finalizó con una conferencia de
prensa con los medios locales. Todos destacaron la importancia
del intercambio ya sea con vistas a los acuerdos económicos
como culturales.
El embajador reconoció una gran capacidad de liderazgo del
intendente anfitrión y se fue deseoso de iniciar una buena
relación entre la ciudad de Crespo y Nigeria. También expresó
su alegría de tomar contacto con la realidad de Argentina,
resaltando que: “muchas veces la diplomacia nos deja
cautivos en Buenos Aires y no llegamos a conocer el país”.
Destacó y agradeció al Secretario General del BRIPAM y a su
esquipo por esta primera actividad que surge en el marco del
convenio firmado.
Uma parte importante do percurso foi a visita ao prefeito de
Crespo, Engenheiro Ariel Robles, quem recebeu ao embaixador junto a toda a comitiva e lhe agradeceu sua visita à
cidade designando-o “Cidadão Ilustre”.
O prefeito pôde lhe mostrar através de uma apresentação
o desenvolvimento de sua cidade e da região nos aspectos:
produtivos, culturais e sociais.
A visita à prefeitura finalizou com uma conferência de imprensa com os meios locais. Todos destacaram a importância
do intercâmbio seja com vistas aos acordos econômicos como
culturais.
O embaixador reconheceu uma grande capacidade de liderança do prefeito anfitrião e partiu com o desejo de iniciar uma
boa relação entre a cidade de Crespo e a Nigéria. Também
expressou sua alegria de entrar em contato com a realidade
da Argentina, ressaltando que: “muitas vezes a diplomacia
nos deixa cativos em Buenos Aires e não chegamos a conhecer
o país”. Destacou e agradeceu ao Secretário Geral do BRIPAM
e sua equipe esta primeira atividade que surge no marco do
convênio assinado.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
19
Diego
Seimandi
Gerente Comercial
Tecnovo S.A.
La integración de la
parte política y privada me parece excelente.
Es muy difícil para nosotros ir solos a investigar
o desarrollar nuevos mercados. Es mucho más
fácil hacerlo a través de un nexo a través de los
gobiernos o contactos que nos pueda acercar a
esos países, llegar, desarrollar las relaciones con
las empresas de esos países.
Tecnovo nace en el año 1.995 y desde 1.998
estamos exportando y hemos llegado a más de
30 países, tenemos activos 12 países en el año
aproximadamente. En Latinoamérica estamos
casi en todos los países, también exportamos a
Europa: Bélgica, Alemania, Dinamarca, Rusia,
Ucrania y también a Japón.
Estamos produciendo aproximadamente 120
toneladas al mes, de las cuales exportamos 40%
de la producción. El 60% restante se vende en
Argentina, más que nada productos líquidos que
se pueden trasladar fácilmente y tienen período
d vencimiento más acotado. En cambio toda
la parte de huevo en polvo tiene un período de
vencimiento de 3 años y es la que se exporta.
Eu acho excelente a integração da parte política
e privada. É muito difícil para nós ir sozinhos
pesquisar ou desenvolver novos mercados. É
muito mais fácil fazê-lo através de um elo
através dos governos ou contatos que nos possam
aproximar desses países, chegar, desenvolver as
relações com as empresas desses países.
A Tecnovo nasce no ano 1995 e desde 1998
estamos exportando e chegamos a mais de
30 países, temos ativos 12 países no ano
aproximadamente. Na América Latina estamos
em quase todos os países, também exportamos
para a Europa: Bélgica, Alemanha, Dinamarca,
Rússia, Ucrânia e Japão.
Estamos produzindo aproximadamente 120
toneladas ao mês, das quais exportamos 40% da
produção. 60% restante vende-se na Argentina,
mais que nada produtos líquidos que podem
ser deslocados facilmente e têm período de
vencimento mais limitado. Em compensação,
toda a parte que é ovo em pó tem um período de
vencimento de 3 anos e é essa a que é exportada.
20
Ariel Robles
Intendente / Prefeito
Crespo
La verdad es que estoy
muy contento, honrado,
pero por sobre todas las cosas siento una gran
felicidad por la expectativa que me genera todo
esto. No se nos da a los intendentes tener la visita
de embajadores con regularidad. Si no hubiera
sido por la organización del BRIPAM quizás nunca
hubiéramos tenido la visita de un embajador a
nuestra ciudad. Eso es para destacarlo y me genera
una felicidad enorme porque me abre puertas, me
da una mirada hacia el mundo distinta. Siento que
puedo aportar, que puedo ayudar a mi comunidad
a partir de estrechar estos vínculos, de viabilizar
estos canales para que a los crespenses les vaya
un poquito mejor, para que nuestros productores
puedan colocar sus productos y porque no los
nigerianos también puedan desarrollarse acá, y
ayudarnos en este intercambio comercial, pero
también cultural y social.
A verdade é que estou muito contente, honrado,
mas especialmente sinto uma grande felicidade
pela expectativa que tudo isto gera. Não é comum
para os prefeitos ter a visita de embaixadores com
regularidade. Se não tivesse sido pela organização
do BRIPAM possivelmente nunca tivéssemos
tido a visita de um embaixador em nossa cidade.
Isso cabe ser destacado e me sinto uma grande
felicidade porque isso abre portas, permite ter um
olhar diferente para o mundo. Sinto que posso
contribuir, que posso ajudar minha comunidade a
partir de estreitar estes vínculos, de viabilizar estes
canais para que os habitantes de Crespo estejam
um pouquinho melhor, para que nossos produtores
possam colocar seus produtos e inclusive os
nigerianos também possam ter um desenvolvimento
aqui, e nos ajudar neste intercâmbio comercial, mas
também cultural e social.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
21
Seminario Internacional de Región de Fronteras
Seminário Internacional de Região de Fronteiras
English
pág.77
Desafíos para la
integración Transfronteriza
Un encuentro que puso foco en la realidad
que viven las regiones de frontera
Desafios para a integração
Transfronteiriça
Um encontro que colocou o foco na realidade que
vivem as regiões de fronteira.
22
C
on más de 900 participantes el 29 y 30 de mayo
tuvo lugar en el Parque Tecnológico de Itaipú, Foz
de Iguazú - Brasil, el Seminario Internacional
de Regiones de Fronteras “Desafíos para la Integración
Transfronteriza”
, organizado por la Secretaría de Relaciones
Institucionales de la Presidencia de la República Federativa
de Brasil, el Parque Tecnológico Itaipu e Itaipu Binacional,
con apoyo de la UNILA.
El evento tuvo como objetivo debatir acerca del proceso de
integración de América del Sur -con énfasis en el Mercosur- y
discutir mecanismos para integrar municipios y regiones.
El BRIPAM participó del mismo a través de sus representantes
y de la revista que fue distribuida entre todos los presentes.
El seminario estuvo orientado al trabajo que llevan adelante
los intendentes en las regiones de frontera en las distintas
áreas: seguridad, comercio, servicios de salud.
Fueron convocados los 588 intendentes que integran la franja
de frontera, líderes políticos entre los que se destacaron el
embajador Samuel Pinheiro Guimaraes Neto de Brasil, Jorge
Miguel Samek: Director General de Itaipú Binacional, María
Elizabeth Guimaraes Teixeira Rocha: Ministra del Tribunal
Superior Militar de Brasil, la Senadora por Paraguay, Lilian
Graciela Samaniego González, el Embajador de Surinam para
Brasil, Paraguay y Argentina y Martín Guillermo: Secretario
General de la Asociación de Regiones de Frontera de Europa.
Se destacó en más de una oportunidad los cambios que se
vienen dando en la frontera, sobre todo a nivel cultural y
cómo de alguna manera los emprendimientos binacionales,
como es el caso Itaipú, han contribuido a mejorar la región y
a generar más cooperación entre los países.
C
om mais de 900 participantes, em 29 e 30 de
maio ocorreu no Parque Tecnológico de Itaipú,
Foz do Iguaçu - Brasil, o Seminário Internacional de Regiões de Fronteiras “Desafios para a Integração
Transfronteiriça”, organizado pela Secretaria de Relações
Institucionais da Presidência da República Federativa do
Brasil, o Parque Tecnológico Itaipú e Itaipú Binacional,
com apoio da UNILA.
O evento teve como objetivo debater sobre o processo de
integração da América do Sul -com ênfase no Mercosul- e
discutir mecanismos para integrar municípios e regiões.
O BRIPAM participou do evento através de seus representantes e da revista que foi distribuída entre todos os presentes.
O seminário esteve orientado ao trabalho que levam adiante os prefeitos nas regiões de fronteira nas distintas áreas:
segurança, comércio, serviços de saúde.
Foram convocados 588 intendentes que integram a faixa
de fronteira, líderes políticos entre os que se destacaram
o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães Neto do Brasil,
Jorge Miguel Samek: Diretor Geral da Itaipú Binacional, Maria
Elizabeth Guimarães Teixeira Rocha: Ministra do Tribunal
Superior Militar do Brasil, a Senadora pelo Paraguai, Lilian
Graciela Samaniego González, o Embaixador de Surinam para
o Brasil, Paraguai e Argentina e Martín Guillermo: Secretário
Geral da Associação de Regiões de Fronteira da Europa.
Destacaram-se em mais de uma oportunidade as mudanças
que vêm ocorrendo na fronteira, sobretudo em nível cultural
e como de alguma maneira os empreendimentos binacionais,
como é o caso de Itaipú, contribuíram para melhorar a região
e a gerar mais cooperação entre os países.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
23
Se habló de los desafíos que tienen por delante las ciudades,
como por ejemplo apuntar a desarrollar zonas sustentables
en el tiempo. También se recalcó la construcción de una
ciudadanía latinoamericana a través de la integración de
los pueblos.
Falou-se dos desafios que as cidades têm pela frente, como
por exemplo apontar ao desenvolvimento de zonas sustentáveis no tempo. Também foi enfatizado o fato da construção
de uma cidadania latino-americana através da integração
dos povos.
Jorge Miguel Samek
Director General de Itaipú Binacional
Diretor Geral da Itaipú Binacional
Con estas palabras abrió el
Seminario Internacional de Región
de Frontera 2014 en Itaipú.
Com estas palavras abriu o
Seminário Internacional de Região
de Fronteira 2014 em Itaipú.
Buenos días a todos y a todas, es una satisfacción poder
recibirlos en nuestra casa exactamente cuando Itaipú cumple
Bom dia a todos e a todas, é uma satisfação poder recebê-los
em nossa casa exatamente quando Itaipú completa 40 anos
de sua existência e 30 anos de geração de energia. Batendo
40 años de su existencia y 30 años de generación de energía.
Batiendo récords sucesivos, con una gran performance y digo
esto porque aquí está la prueba irrefutable de que Itaipú es
hija de la integración, mitad brasileña, mitad paraguaya.
El segundo aspecto, que nos da mucha alegría es: que quienes
tienen la responsabilidad, quienes viven y quienes acompañan
el día a día de los problemas de frontera están en esta sala.
Contamos con la presencia de diez ministerios, cuarenta
técnicos de estos ministerios, todos aquí viniendo a discutir,
escuchar, dialogar. Más de 100 intendencias, representadas a
través de intendentes, vice-intendentes, secretarios.
Quiero comenzar nombrando a un hombre que dio un nuevo
aire a la propia Itaipú Binacional y que está aquí, fue nuestro
consejero de administración por ocho años, hablo de Samuel
recordes sucessivos, com uma grande performance e digo isto
porque aqui está a prova irrefutável de que Itaipú é filha da
integração, metade brasileira, metade paraguaia.
O segundo aspecto, que nos dá muita alegria é: que quem
tem a responsabilidade, quem vive e quem acompanha o
dia-a-dia dos problemas de fronteira estão nesta sala.
Contamos com a presença de dez ministérios, quarenta técnicos destes ministérios, todos aqui devendo discutir, escutar,
dialogar. Mais de 100 prefeituras, representadas através de
prefeitos, vice-prefeitos, secretários.
Quero começar mencionando um homem que deu um novo
ar à própria Itaipú Binacional e que está aqui, foi nosso
conselheiro de administração por oito anos, falo de Samuel
Pinheiro Guimarães, nuestro vice-canciller, que en forma Pinheiro Guimarães, nosso vice-chanceler, que de forma dedecisiva, dudo que haya alguien que sea más integrador, cisiva, duvido que tenha alguém que seja mais integrador, que
que estudie más, que dedique más su tiempo, su inteligencia estude mais, que dedique mais seu tempo, sua inteligência
para que nosotros logremos este
para que nós consigamos este
proceso de integración.
processo de integração.
“… soy hijo de la frontera, nací
También el parlamento está
Também o parlamento está rerepresentado aquí por el dipupresentado aqui pelo deputado
aquí en Foz de Iguazú, en las
tado del Mercosur, el Doctor
do Mercosul, o Doutor Rosinha,
barrancas del Río Paraná, aquí
que é de nosso estado do ParaRosinha, que es de nuestro estado
adentro, por mis brazos corre
de Paraná. Tanto él como su gabiná. Tanto ele como seu gabinete
nete dedican su tiempo en forma
dedica seu tempo em forma
sangre brasileña pero pueden
concreta a las cuestiones relacioespecífica às questões relaciotener la seguridad de que también nadas com nossa integração.
nadas con nuestra integración. El
hay mucha sangre argentina y
vive América Latina, vive AméEle vive a América Latina, vive a
rica del Sur. Claro que tenemos
América do Sul. Claro que temos
sangre paraguaya y sangre de
mucho para avanzar, concuerdo
muito para avançar, concordo
quien quiera integrar a América” plenamente que todas as coisas
plenamente que todas las cosas
no se pueden resolver hoy y con
não podem ser resolvidas hoje e
esto quiero terminar, porque yo sé que todo el mundo quiere com isto quero terminar, porque eu sei que todo mundo quer
escuchar al profesor Samuel, junto a los panelistas que están escutar o professor Samuel, junto aos panelistas que estão
viniendo, luego tendremos un gran día de trabajo, y aprendí vindo, depois teremos um grande dia de trabalho, e aprendi
que un discurso para que sea bueno tiene que ser corto y si que um discurso para que seja bom tem que ser curto e se
es corto ni necesita ser bueno...
for curto nem precisa ser bom...
El presidente Lula decía: “Brasil comenzó por el mar, casi O presidente Lula dizia: “O Brasil começou pelo mar, quase
todas las capitales brasileñas están situadas en el litoral o todas as capitais brasileiras estão situadas no litoral ou muito
24
muy cerca del litoral, con Juscelino Kubitschek, Brasil, se próximas do litoral, com Juscelino Kubitschek, o Brasil se
“interiorizó””. Brasilia está bien en el centro del país, tiene ‘interiorizo’”. Brasília está bem no centro do país, tem suas
sus rutas, y ahora llegó el momento de las fronteras, y el lema estradas, e agora chegou a vez das fronteiras, e o lema é
es pensar en grande, comenzar de abajo, de lo más pequeño pensar em grande, começar de abaixo, do pequeno e andar
y transitar rápido. Esta idea es grande, ¿no es cierto Samuel? rápido. Esta ideia é grande, não é Samuel? Sonhem com
esta fronteira como todos nós
Sueñen con esta frontera como
sonhamos.
todos nosotros soñamos.
“… sou filho da fronteira, nasci
Estou vendo entre vocês o
Estoy viendo entre ustedes a nuesnosso reitor da Universidade de
tro rector de la Universidad de
aqui em Foz do Iguaçu, nas
Integração Latino-Americana,
Integración Latinoamericana, la
barrancas do Rio Paraná, aqui
a UNILA, este foi um passo
UNILA, este ha sido es un paso
dentro, por meus braços corre
importante para a educação,
importante para la educación,
para a cultura que constrói a
para la cultura que construye la
sangue brasileiro, mas podem
integração.
integración.
ter certeza que também há
Estamos aqui nesta planta que
Estamos aquí en esta planta que
muito sangue argentino e sangue vale 80 bilhões de dólares,
vale 80.000 millones de dólares,
mitad brasileña y mitad paraparaguaio e sangue de quem quer metade brasileira e metade
paraguaia. Querem um proceguaya. ¿Quieren un procedimiento
integrar a América”
dimento de integração maior
de integración más grande que
que este do ponto de vista da
este desde el punto de vista de la
magnitud de un proyecto? Y tenemos tantas y tantas cosas magnitude de um projeto? E temos tantas e tantas coisas
que fazer juntos.
que hacer juntos.
Quiero finalizar diciendo lo siguiente: soy hijo de la frontera, Quero finalizar dizendo o seguinte: sou filho da fronteira,
nací aquí en Foz de Iguazú, en las barrancas del Río Paraná, nasci aqui em Foz do Iguaçu, nas barrancas do Rio Paraná,
aquí adentro, por mis brazos corre sangre brasileña pero aqui dentro, por meus braços corre sangue brasileiro, mas
pueden tener la seguridad de que también hay mucha san- podem ter certeza que também tem muito sangue argengre argentina y sangre paraguaya y sangre de quien quiera tino e sangue paraguaio e sangue de quem quer integrar a
América. Bom evento para todos.
integrar a América. Buen evento para todos.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
25
Vicerrector de UNILA
Vice-reitor da UNILA
Nielsen de Paula Pires
Pensar la frontera
English
pág.78
El Vicerrector de la UNILA, Nielsen de Paula Pires, nos deja una reflexión sobre los
nuevos conceptos que están surgiendo y ponen luz para repensar la región en el marco
del Seminario Internacional de Regiones de Frontera.
Pensar na fronteira
O Vice-reitor da UNILA, Nielsen de Paula Pires, apresenta-nos uma reflexão sobre os
novos conceitos que estão surgindo e trazem luz para repensar na região no marco do
Seminário Internacional de Regiões de Fronteira.
E
stamos en presencia de un cambio en lo que respecta
al concepto de “frontera”
, si antes era el límite a
donde uno podía llegar ahora pasó a ser entendida
como el punto de contacto, el punto de unión.
Lo que subyace por detrás es que tenemos que cambiar las
concepciones. Porque? Nosotros tenemos una tradición
occidental cristiana, de entender las relaciones entre estados,
y por lo tanto entre las sociedades, dado que los estados
son una construcción de las sociedades, como relaciones
de desconfianza y de amenazas. Yo tengo que prepararme
para la posible amenaza. Por ejemplo: Argentina amenaza a
Brasil por lo tanto yo Brasil me tengo que preparar para que
Argentina no me invada, no me derrote, no me sorprenda.
Entonces los militares refuerzan las fronteras, ponen su
gente allí, por el otro lado lo mismo. Los militares hacen
una hipótesis primera de guerra, entonces dicen: es con
Brasil. Y como desconfiamos uno del otro tenemos que
prepararnos para no ser sorprendidos. Esta concepción ha
predominado y viene junto con la concepción de la formación del Estado, de la búsqueda de más espacio, territorio,
delimitar fronteras.
Esa concepción de soberanía, de dominio, es la que predomina. Entonces está surgiendo una contrapropuesta que
dice: ahora tenemos que entender que no se trata de una
relación de amenaza, sino de que seas mi socio, vamos a
ser socios. Un ejemplo de este nuevo concepto es Itaipú, este
emprendimiento es un ejemplo de cómo debemos repensar
las relaciones entre los países. En este caso, se hicieron socios
y construyeron juntos Itaipú. Entonces lo que surgía como
26
E
stamos diante de uma mudança no que diz respeito ao
conceito de “fronteira”. Se antes se tratava do limite
até o qual as pessoas podiam chegar, agora passou
a ser entendida como o ponto de contato, o ponto de união.
Subjacente a isto é que temos que mudar as concepções. Por
quê? Nós temos uma tradição ocidental cristã, de entender
as relações entre estados e, portanto, entre as sociedades,
dado que os estados são uma construção das sociedades, como
relações de desconfiança e de ameaças. Eu tenho que estar
preparado para a possível ameaça. Por exemplo: A Argentina
ameaça o Brasil; portanto, eu, o Brasil, tenho que estar preparado para que a Argentina não me invada, não me derrote,
não me surpreenda. Então, os militares reforçam as fronteiras,
põem seu pessoal lá, e do outro lado acontece o mesmo. Os
militares fazem uma primeira hipótese de guerra, então dizem:
é com o Brasil. E como desconfiamos um do outro temos que
nos preparar para não ser surpreendidos. Esta concepção foi
a predominante e vem junto com a concepção da formação
do Estado, da busca de mais espaço, território, de delimitação
das fronteiras.
Essa concepção de soberania, de domínio, é a predominante.
Então está surgindo uma contraproposta que diz: agora temos
que entender que não se trata de uma relação de ameaça,
mas sim de que seja meu parceiro. Vamos ser parceiros. Um
exemplo deste novo conceito é Itaipú, este empreendimento
é um exemplo de como devemos repensar as relações entre
os países. Neste caso, tornaram-se parceiros e construíram
juntos Itaipú. Então o que surgia como um problema de possível conflito entre o Brasil e o Paraguai foi resolvido com a
un problema de posible conflicto entre Brasil y Paraguay fue construção de Itaipú. A represa foi construída em um território
resuelto con la construcción de Itaipú. La represa fue construida que era pedido pelo Paraguai, que reclamava a soberania desse
en un territorio que era pedido por Paraguay, reclamaba la território. Portanto, havia uma ameaça de guerra por conta de
soberanía de ese territorio. Por lo tanto había una amenaza uns poucos quilômetros quadrados. E como foi solucionado
de guerra por cuenta de unos pocos kilómetros cuadrados. o problema de uma possível ameaça, uma potencial guerra?
Cómo se solucionó el problema de una posible amenaza, una Foi solucionado com a decisão de formar uma sociedade para
potencial guerra? Se solucionó con la decisión de formar una construir de forma conjunta uma hidrelétrica que geraria enersociedad para construir juntos una hidroeléctrica que generaría gia, 50% da produção para o Paraguai e 50% para o Brasil. Para
energía, 50% de la producción para
o financiamento, o Paraguai objeParaguay y 50% para Brasil. Para la
tou que não tinha os recursos e o
“Estamos en presencia de un
financiación Paraguay objetó que
Brasil decidiu emprestar-lhe esses
cambio en lo que respecta
no tenía los fondos y Brasil decifundos. E o resultado do produto,
al concepto de “frontera”, si
dió prestárselos. Y el resultado del
que seria a geração de energia,
producto que sería la generación de antes era el límite a donde uno iria se distribuir metade para cada
energía sería mitad para cada uno.
um. O Paraguai manifestou que seu
podía llegar ahora pasó a ser
Paraguay planteo que su consumo
consumo seria de 12% do total, e o
entendida como el punto de
sería del 12% del total, a lo que Brasil
Brasil disse que compraria o excele dijo que le compraría el excedente.
dente. O Paraguai insistiu em que
contacto, el punto de unión.”
Paraguay insistió en no tenía la plata
não tinha o dinheiro para construir
para construir la usina, a lo que Brasil respondió con un a usina, ao que o Brasil respondeu com um empréstimo cuja
préstamo cuya deuda se iría amortizando con la compra del dívida iria sendo amortizada com a compra do excedente de
excedente de energía. De hecho esa deuda se terminará de energia. De fato, essa dívida terminará de ser cancelada daqui
cancelar en uno o dos años más.
a um ou dois anos.
Con esto Paraguay que no tenía plata, no tuvo que poner
dinero en efectivo y pagó con parte de la energía esa inversión por la cual en breve empezará a recibir plata. Brasil
con esto evitó una posible guerra, y generó una situación de
confianza, de sociedad para que pudiera llegar el progreso
a los dos lados de la región.
Assim, o Paraguai, que não tinha dinheiro, não teve que investir dinheiro à vista e pagou com parte da energia esse
investimento pelo qual em breve começará a receber dinheiro.
Desta maneira, o Brasil evitou uma possível guerra, e gerou
uma situação de confiança, de sociedade para que o progresso
pudesse chegar aos dois lados da região.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
27
Este ejemplo es el que le queremos transmitir a los chilenos, Este exemplo é o que queremos transmitir aos chilenos, peperuanos y bolivianos. Buscar de resolver por este lado aquel ruanos e bolivianos. Tentar resolver desta maneira aquele
problema que tienen en el norte. Que se cree una sociedad problema que eles têm no norte. Deveria ser criada uma sotripartita, algo en que los tres sean socios y se beneficien. Y ciedade tripartida, algo em que os três países sejam parceiros
de esta manera se elimina la amenaza de guerra. En lugar e se beneficiem. E desta forma, seria eliminada a ameaça de
de gastar plata para una defensa, pueden recibir plata por guerra. Em lugar de gastar dinheiro para uma defesa, podem
un servicio que van a prestar.
receber dinheiro por um serviço que irão prestar.
Tenemos que cambiar el concepto de fronteras, ya no es el Temos que mudar o conceito de fronteiras, já não é o limite
límite sino el puente, el contacto. Y qué es lo que está atrás de mas sim a ponte, o contato. E isso envolve uma mudança
esto, un cambio de cultura. La idea dominante de los estados de cultura. A ideia dominante dos estados é que eles têm
es que yo tengo que protegerme,
que se proteger, armar para se
armarme para defenderme de la
defender da ameaça. Depois da
“Estamos diante de uma mudança queda do muro de Berlim, depois
amenaza. Después que se cae
el muro de Berlín, después que no que diz respeito ao conceito de que a guerra fria terminou, acatermina la guerra fría, se acabó
bou o bipolarismo do conflito EUA
“fronteira”. Se antes se tratava
el bipolarismo del conflicto EEUU
versus União Soviética, a União
do limite até o qual as pessoas
vs. Unión Soviética, se terminó la
Soviética acabou. Então passapodiam chegar, agora passou a
Unión Soviética. Entonces pasamos do bipolarismo a ver como o
mos del bipolarismos a ver como
mundo começa a se organizar em
ser entendida como o ponto de
el mundo comienza a organizarse
blocos, como se globaliza; agora,
contato, o ponto de união.”
en bloques, se globaliza, ahora
para poder enfrentar grandes
para poder enfrentarte a grandes
potências é necessário unir-se a
potencias tienes que unirte a otras personas. Entonces outras pessoas. Então, assim chega a ideia de integração, temos
aquí llega la idea de integración, tenemos que integrarnos. que nos integrar. Começa um conceito de cooperação, muda a
Comienza un concepto de cooperación, cambia la idea de ideia de que o outro é um inimigo que deve ser vencido, para
que el otro es un enemigo al que hay que matar, a ver al otro vê-lo como o parceiro com quem é possível construir. É uma
como mi socio con quien puedo construir. Es un cambio de mudança de cultura, de visão.
cultura, de visión.
Então, a mudança de visão de fronteira, como eu a entendo,
Entonces el cambio de visón de frontera, como la entiendo, entra neste marco de mudança cultural. Temos que mudar a
entra en este marco de cambio cultural. Tenemos que cambiar herança ideológica que temos, os valores por novos valores.
la herencia ideológica que tenemos, los valores por nuevos Isto é possível porque o conflito de grandes potências acabou. O
valores. Esto es posible porque se ha acabado el conflicto mundo é unipolar militarmente porque os Estados Unidos têm
de grandes potencias. El mundo es unipolar militarmente a força, mas é um país multipolar do ponto de vista econômico,
porque Estados Unidos tiene la fuerza, pero es multipolar científico e tecnológico. Quer dizer, o Japão não tem exército
desde el punto de vista económico, científico, tecnológico. para enfrentar ninguém; no entanto, tem um poder muito
Es decir, Japón no tiene ejército para enfrentar a nadie, sin grande no que diz respeito à ciência e tecnologia. A Alemanha
embargo tiene un poder muy grande
tem um exército muito reduzido e
en la ciencia y tecnología. Alemania
o território ocupado pelos EUA por
“la integración es concebida
tiene un ejército muy reducido y el
conta da guerra, mas do ponto de
como un medio para lograr
territorio ocupado por EEUU por
vista científico-tecnológico tem um
un fin más importante que
cuenta de la guerra, sin embargo
poder muito forte para o desenvoldesde el punto de vista científico
es el desarrollo sostenido de vimento. A questão é mudar essa
tecnológico tiene un poder muy
visão de guerra, de armamentos em
nuestras sociedades.”
fuerte para el desarrollo. La cuestión
prol da construção do desenvolvies cambiar esa visión de guerra,
mento científico e tecnológico.
de armamentos en pos de la construcción del desarrollo Temos que mudar a visão de conceito de fronteiras. Isto
científico y tecnológico.
está dentro de um marco maior de mudança de valores; por
Tenemos que cambiar la visión de concepto de fronteras, exemplo, o de guerra por cooperação. Mesmo que no mundo
esto está dentro de un marco más grande de cambio de predomina uma visão de conflito temos que dar a batalha para
valores, por ejemplo el de guerra por cooperación. Aunque que esta visão de conflito seja substituída por uma visão de
predomine en el mundo una visión de conflicto tenemos
que dar la batalla para que esta visión de conflicto sea
sustituida por una visión de cooperación. Y aquí la integración es concebida como un medio para lograr un fin
más importante que es el desarrollo sostenido de nuestras
sociedades. Somos subdesarrollados y para llegar a ser
desarrollados solos no lo vamos a conseguir. Y la manera
28
cooperação. E aqui a integração é concebida como um meio
para obter um fim mais importante que é o desenvolvimento
sustentado de nossas sociedades. Somos subdesenvolvidos e
não vamos conseguir ser desenvolvidos sozinhos. E a maneira
que tem aquele que está menos desenvolvido, tanto científica
como tecnologicamente, para conseguir ser desenvolvido é
procurar parceiros, criar blocos. Então o Brasil, por exemplo,
Perfil
Es graduado en Filosofía y Ciencias Sociales. Tiene estudios de
Maestría en la Université de Anvérs, Bélgica. Fue investigador
del Instituto Latinoamericano de Desarrollo Económico y Social
(Ilades), del Centro de Estudios Latinoamericanos (Cela) y de
la Comisión Económica para América Latina y Caribe (Cepal),
en Chile. Posteriormente, profesor visitante de la Universidad
Autónoma de México (Unam), donde coordinó el Programa de
Máster y Doctorado en Estudios Latinoamericanos. Fue, además,
profesor asistente en el Departamento de Historia de la State
University of New York.
En la Universidad de Brasilia fue profesor adjunto de Ciencias
Políticas y Relaciones Internacionales, coordinador del Núcleo
de Estudios Caribeños y Latinoamericanos (Necla), director
del Centro de Estudios Avanzados Multidisciplinarios (Ceam)
y director del Instituto de Ciencias Políticas de la UnB, aparte
de ser integrante de la Comisión Anísio Teixeira de la Verdad
y Memoria, en la misma UnB.
que alguien que está menos desarrollado tanto científica como
tecnológicamente tiene para desarrollarse es buscar socios,
crear bloques. Entonces Brasil, por ejemplo, busca asociarse
con Argentina, y pasan a ser de enemigos históricos a socios,
para ambos es importante unirse para enfrentar este mundo
de una manera diferente.
La integración es para tornarnos más fuertes, para buscar
un objetivo mayor, el desarrollo de nuestras sociedades,
desarrollo económico, político, científico y cultural.
Perfil
Graduou-se em Filosofia e Ciências Sociais e fez seu mestrado
na Université de Anvérs, na Bélgica. Foi pesquisador do Instituto
Latino-Americano de Desenvolvimento Econômico e Social (Ilades), do Centro de Estudos Latino-Americanos (Cela), da FCPyS
da Unam, e da Comissão Econômica para a América Latina e o
Caribe (Cepal), no Chile. Posteriormente, professor visitante da
Faculdade de Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional Autónoma do México (Unam), onde coordenou o Programa
de mestrado e doutorado em Estudos Latino-Americanos. Foi
também professor assistente do Departamento de História da
State University of New York.
Na Universidade de Brasília, foi professor adjunto de Ciências
Políticas e Relações Internacionais, coordenador do Núcleo de
Estudos Caribenhos e Latino-Americanos (Necla), do Centro de
Estudos Avancados Multidisciplinares (Ceam) e coordenador do
Mestrado em Ciências Políticas. Integra também a Comissão
Anísio Teixeira da Verdade e Memória, da mesma universidade.
procura se associar com a Argentina, e de inimigos históricos
passam a serem parceiros; para ambos é importante unir-se
para enfrentar este mundo de uma maneira diferente.
A integração é para nos tornarmos mais fortes, para procurar um objetivo maior, o desenvolvimento de nossas
sociedades, desenvolvimento econômico, político, científico e cultural.
No desenvolvimento cultural temos uma grande luta, que é
a mudança de valores, a inversão dos valores. Hoje em dia,
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
29
La UNILA es otro ejemplo de integración real. El presidente Lula
planteo la creación de una universidad para el Mercosur, y si bien
todos los presidentes estuvieron de acuerdo, a la hora de concretarse, los países miembros se echaron atrás. Pero Lula insistió con
la importancia de su creación: “estamos creando un nuevo modelo de institución universitaria, cuya misión será
contribuir por medio del intercambio de
conocimiento y la cooperación solidaria
para la integración de América Latina”, fueron
las palabras del presidente Lula en su inauguración.
Entonces venimos diciendo que tenemos que integrarnos, conocer nuestros potenciales y nuestras
debilidades para luego construir algo que nos lleve al
desarrollo sostenido.
En este caso para llevar adelante todo lo dicho surge la propuesta
de crear esta universidad. Y cuál sería el mejor lugar para establecerla? La triple frontera, en donde está Itaipú, todo un emblema.
Aquí estamos integrados, no es discurso, es una realidad, así se
integra, no sólo hablando.
A UNILA é outro exemplo de integração real. O presidente Lula
expôs a criação de uma universidade para o MERCOSUL, e se bem
que todos os presidentes estiveram de acordo, na hora da concretização, os países membros recuaram. Mas Lula insistiu com
a importância de sua criação: “estamos criando um novo modelo
de instituição universitária, cuja missão será contribuir, por meio
do intercâmbio de conhecimento e da cooperação solidária, para a
integração da América Latina”, foram
as palavras do presidente Lula em sua
inauguração.
Então, dizemos que temos que nos
integrar, conhecer nossos pontos
fortes e nossos pontos fracos para
depois construir algo que nos leve ao
desenvolvimento sustentado.
Neste caso para levar adiante todo o que falamos surge a proposta
de criar esta universidade. E qual seria o melhor lugar para estabelecê-la? A tríplice fronteira, onde está Itaipú, todo um emblema.
Aqui estamos integrados, não é discurso, é uma realidade, assim
se integra, não só falando.
En el desarrollo cultural tenemos una gran lucha, que es el predomina a visão de mercado: as coisas são mercadorias e
cambio de valores, la inversión de los valores. Hoy día pre- essas mercadorias têm valor, as mercadorias são vendidas
domina la visión de mercado: las cosas son mercancías y esas no mercado. Nós temos que mudar essa visão por uma de
mercancías tienen valor, las mercancías son vendidas en el sociedade mais justa, mais solidária, mais participativa. Onde
mercado. Nosotros tenemos que cambiar esa visión por una do ponto de vista econômico haja mais produção e mais parde sociedad más justa, más solidaria, más participativa. En ticipação, não só participação na produção mas participação
donde desde el punto de vista económico haya más producción nos benefícios da produção. Porque se produzirmos mais,
y más participación, no solo participación en la producción venderemos mais, receberemos um salário pelo trabalho, e
sino participación en los beneficios de la producción. Porque com esse salário é que participamos dos benefícios do desentu produces más, vendes más, recibes un sueldo por lo que volvimento de um país. Então vamos produzir mais, ter mais
trabajas, y con ese sueldo tu participas de los beneficios del receitas e com essas receitas vamos participar dos benefícios.
desarrollo de un país. Entonces vas a producir más, vas a Desenvolvimento econômico, desenvolvimento social, porque
tener más renta y con esa renta vas
vamos ter melhor qualidade de
a participar de los beneficios.
vida, melhor educação, melhor
“A integração é concebida
Desarrollo económico, desarrollo
saúde, sistema único de saúde,
como um meio para obter um
social, porque vamos a tener cualidaque as pessoas possam ser trades de vida mejor, mejor educación,
tadas, lá e cá. Isso é importante,
fim mais importante que é o
mejor salud, sistema único de salud,
desenvolvimento sustentado de as pessoas que têm dinheiro vão
que la gente pueda ser tratada, allá y
curar-se aos Estados Unidos e
nossas sociedades.”
acá. Eso es importante, la gente que
aos grandes centros, mas o povo
tiene dinero va curarse a Estados
tem que se apresentar aos postos
Unidos y a los grandes centros, pero el pueblo tiene que venir municipais. Pensar na segurança, em não ser assaltado, em
a los puestos municipales. Pensar en la seguridad, que no te que os bens sejam respeitados.
asalten, que respeten tus bienes.
Desenvolvimento político, quer dizer que há que ter liberDesarrollo político, es decir hay que tener libertad para hablar, dade para falar, há que ter organizações que defendam os
hay que tener organizaciones que defiendan los intereses para interesses para que participemos mais. E desenvolvimento
que participemos más. Y desarrollo cultural de valores, es cultural de valores, quer dizer novos valores; repito: que a
decir nuevos valores, repito: que se invierta la prioridad, que prioridade seja invertida, que o coletivo predomine sobre
lo colectivo predomine sobre lo individual, que los bienes de
todos sean más importantes que los bienes individuales, mis
bienes son importantes hasta que el colectivo predomine,
no tiene que predominar solo la propiedad privada tiene
que predominar también el interés colectivo. Esto es lo que
queremos, desarrollo sostenible y la integración como medio
para alcanzar ese fin.
30
o individual, que os bens de todos sejam mais importantes
que os bens individuais; meus bens são importantes até
que os bens coletivos predominem, não tem que predominar apenas a propriedade privada, tem que preponderar
também o interesse coletivo. Isto é o que queremos; desenvolvimento sustentável e a integração como meio para
alcançar esse fim.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
31
Entrevista
English
pág.80
Lilian Samaniego
La integración es el
camino para el desarrollo
La Senadora Nacional por Paraguay Lilian Samaniego, brindó su mirada profunda y
comprometida acerca de la región de frontera, teniendo como premisa la integración y
el respeto a la diversidad cultural en pos del desarrollo de los pueblos.
A integração é o caminho
para o desenvolvimento
A Senadora Nacional do Paraguai, Lilian Samaniego, deu sua opinião profunda e
comprometida sobre a região fronteiriça, tendo como premissa a integração e o
respeito pela diversidade cultural em prol do desenvolvimento dos povos.
A
A
para que exista un desarrollo territorial mejor distribuido con
actores que se destaquen en productividad y competitividad
es necesario tener en cuenta estos fundamentos que hacen
a la región fronteriza.
Se debe lograr una cohesión social que dé un impulso suficiente para llevar adelante una agenda de políticas con medios
financieros para lograr la sostenibilidad del desarrollo regional
que exista um desenvolvimento territorial melhor distribuído, com atores que se destaquem quanto à produtividade e
competitividade, é necessário considerar esses fundamentos
que compõem a região fronteiriça.
Deve ser atingida a coesão social, para dar o impulso suficiente
para levar a cabo uma agenda política com meios financeiros
para atingir a sustentabilidade do desenvolvimento regional
ctualmente el BRIPAM está trabajando fuertemente con Argentina, Paraguay y Brasil. Nos
podría dar su visión y pensamiento acerca de la
integración de esta región?
Mi país, el Paraguay, es un país rodeado de tierra. No tenemos
una sola sino varias fronteras como cada uno de los países
que nos rodea, como Brasil, Argentina y Bolivia. Para mí la
integración es necesaria, es urgente. Es una herramienta que
facilita la coordinación para un desarrollo inclusivo de cada
una de las localidades que están involucradas.
No existe una única visión, necesitamos compartir las
experiencias que tienen cada una de las poblaciones de las
distintas regiones, para que desde allí salgan las fórmulas
que puedan traer las innovaciones que permitan el desarrollo.
Porque cada una de las poblaciones en las distintas regiones
fronterizas tiene su idiosincrasia, su cultura, su lengua, sus
costumbres. Y esas costumbres deben ser respetadas, deben
ser valoradas, para que finalmente a través de políticas consensuadas logremos una región fronteriza acorde a lo que
necesitan hoy nuestras distintas comunidades. En ese sentido
32
tualmente o BRIPAM está trabalhando duro
com a Argentina, o Paraguai e o Brasil. A
senhora pode nos dar a sua visão e reflexão
sobre a integração desta região?
O meu país, o Paraguai, é um país rodeado de terra. Nós não
temos uma, mas várias fronteiras como cada um dos países
ao nosso redor, como o Brasil, a Argentina e a Bolívia. Para
mim, a integração é necessária e urgente. É uma ferramenta
para facilitar a coordenação para o desenvolvimento inclusivo
de cada uma das comunidades que estão envolvidas.
Não há um único ponto de vista, nós precisamos compartilhar
experiências com cada uma das populações das diferentes
regiões, para que assim surjam as fórmulas que possam
trazer inovações para o desenvolvimento. Porque cada uma
das populações em diferentes regiões de fronteira tem sua
idiossincrasia, sua cultura, sua língua, seus costumes. E esses
costumes devem ser respeitados e valorizados, de modo que,
finalmente, através de um consenso das políticas consigamos
ter uma região de fronteira congruente com o que as nossas
diversas comunidades precisam hoje. Nesse sentido, para
consensuado. De lo contrario no vamos a obtener el objetivo,
porque vuelvo a decir, cada zona tiene sus características que
deben ser tenidas en cuenta. Por lo tanto la integración regional no pone fin a las fronteras ni implica cesión de nuestra
soberanía. Cada uno puede mantener soberanía con todo lo
que hace a su historia en un marco de respeto.
consensual. De outra forma, não vamos atingir o objetivo
porque, repito, cada região tem suas próprias características
que devem ser levadas em conta. Portanto, a integração
regional não acaba com as fronteiras nem envolve a nossa
soberania. Cada um pode manter a soberania com tudo o
referido a sua história em um marco de respeito.
Usted hizo hincapié en algo fundamental que es el desarrollo estructural.
Creo en eso. La infraestructura de las regiones fronterizas
no suele ser suficiente y ustedes saben que con la falta de
infraestructura no hay desarrollo. Debemos impulsar acciones en pos del crecimiento de la infraestructura que permita
el desarrollo de las distintas comunidades. Y también me
refiero a las reglas que hacen a las políticas aduaneras, a
las políticas portuarias, de salud, políticas comerciales. Es
importante tener en cuenta esto de acuerdo a la zona de la
frontera que se mire, porque algunas veces las reglas no se
adecuan a las necesidades y son obstáculos que no permiten
impulsar el desarrollo que podrían obtener esas jurisdicciones
Você enfatizou que algo fundamental é o desenvolvimento estrutural.
Eu acredito nisso. A infraestrutura das regiões fronteiriças
geralmente não é suficiente e vocês sabem que, se falta infraestrutura não há desenvolvimento. Devemos promover ações
para o crescimento da infraestrutura para o desenvolvimento
das diversas comunidades. E também estou me referindo às
regras em torno das políticas aduaneiras, políticas portuárias, de saúde, políticas comerciais. É importante levar em
conta isto, de acordo com a área da fronteira que estivermos
considerando, porque às vezes as regras não se adaptam
às necessidades e são obstáculos que impedem promover
o desenvolvimento que essas jurisdições e comunidades
y comunidades.
Y estas políticas que mencionamos es importante que las
impulse un sistema organizado, un sistema coordinado
por políticas de estado que promuevan finalmente ese
desarrollo que tanto anhelamos a través de la planificación
y ejecución.
poderiam obter.
E é importante que essas políticas que mencionamos sejam
promovidas por um sistema organizado, um sistema coordenado por políticas de Estado que, em última análise, promovam esse desenvolvimento que todos desejamos através
do planejamento e da execução.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
33
E
Lilian Samaniego
Nos podría mencionar en que está trabajando Paraguay
con respecto a estos temas?
Yo participo justamente de este tipo de jornadas buscando
esa visión compartida, soy Senadora de Paraguay, y asumo el
compromiso de impulsar proyectos de ley que nos permitan
esa mayor integración y en base a la experiencia que cada uno
vive en su localidad o en sus comunidades. La cooperación
fronteriza es una política estratégica para el desarrollo. Para
un desarrollo económico, social, político, de la zona. Por lo
tanto yo estoy comprometida en eso desde Paraguay, desde
este gobierno, porque soy Senadora del Partido Colorado,
creemos en eso como una herramienta de consolidación, de
cooperación internacional y de desarrollo.
A senhora poderia mencionar em que é que o Paraguai
está trabalhando em relação a estas questões?
Eu participo justamente deste tipo de jornadas à procura de
uma visão compartilhada. Sou Senadora do Paraguai, e assumo o compromisso de promover projetos que nos permitam
uma maior integração com base na experiência que cada um
vive em sua cidade ou sua comunidade. A cooperação transfronteiriça é uma política estratégica para o desenvolvimento
econômico, social e político da zona. Portanto, no Paraguai,
eu estou comprometida com isso, com este governo, porque
sou Senadora do Partido Colorado; acreditamos nisso como
uma ferramenta de consolidação, de cooperação internacional
e de desenvolvimento.
Cuando habló de infraestructura hizo referencia al inicio
Quando a senhora falou sobre a infraestrutura fez re-
de la obra del Puente Presidente Franco.
Sí, se empieza la construcción a fines de junio, después de
no sé cuántas décadas por fin nos pusimos de acuerdo. Esa
va a ser una gran herramienta, segundo puente histórico
que une Paraguay con Brasil y que va a significar una fluidez
en el trabajo, en el desarrollo, que seguramente le servirá
muchísimo a la población de esta región y por supuesto a
ambos países. Queremos hacerlo en forma coordinada porque
justamente estamos convencidos que la modernidad permite
la mayor posibilidad de desarrollo.
ferência ao início da obra da Ponte Presidente Franco.
Sim, a construção começa no final de junho; depois de muitas
décadas nós finalmente chegamos a um acordo. Essa vai
ser uma grande ferramenta, segunda ponte histórica entre
o Brasil e o Paraguai, que vai trazer fluidez no trabalho, no
desenvolvimento, que certamente será muito útil para o povo
desta região e, claro, para ambos os países. Queremos fazer
isto de forma coordenada, precisamente porque estamos
convencidos de que a modernidade permite a maior chance
de desenvolvimento.
Curriculum
34
Curriculum
Lilian Samaniego nació el 25 de febrero de 1965 en Asunción,
Paraguay. Desde muy joven se despertó su vocación de servicio
y la canalizó a través de actividades solidarias y comunitarias
mediante su trabajo en comisiones vecinales, organizaciones de
jóvenes y mujeres.
Lilian Samaniego nasceu em 25 de fevereiro de 1965, em
Assunção, Paraguai. Desde muito jovem demonstrou sua vocação
de serviço e a canalizou através de atividades solidárias e comunitárias mediante seu trabalho em grupos de bairro, organizações
de jovens e mulheres.
De profesión Química Farmacéutica, se ha destacado no solo
en su especialidad técnica sino en todas las labores emprendidas por ella, tanto en el ámbito social como político. Realizó
sus estudios de Pos Grado en Estados Unidos, Europa y en los
Países del Mercosur.
Química Farmacêutica de profissão, ela se destacou não só na
sua especialidade técnica, mas em todos os trabalhos realizados,
tanto no âmbito social como político. Realizou seus estudos
de pós-graduação nos Estados Unidos, na Europa e nos países
do MERCOSUL.
A nivel político - partidario, afiliada al Partido Colorado el 24 de
marzo de 1982, con una dilatada militancia de más de 29 años
dentro de la Asociación Nacional Republicana A.N.R. - Partido
Colorado, ha ocupado cargos de relevancia en sucesivas elecciones, pasando por todos los estamentos del Partido: Integrante
de Mesa; Delegada; Apoderada; Secretaria Política de la Junta
de Gobierno; Primera Presidenta Electa por votación popular
a Nivel Nacional de la Comisión Central de la Mujer Colorada.
Em nível de política partidária, filiada ao Partido Colorado em
24 de março de 1982, com uma importante militância de mais
de 29 anos dentro da Associação Nacional Republicana A.N.R.
- Partido Colorado, ocupou altos cargos em eleições sucessivas,
passando por todas as instâncias do Partido: Membro de Mesa;
Delegada; Procuradora; Secretária Política da Junta de Governo;
Primeira Presidenta Eleita pelo voto popular em Nível Nacional
da Comissão Central da Mulher ‘Colorada’.
Las elecciones partidarias del 13 de marzo de 2011 legitiman y
aprueban su mensaje de unidad con una contundente victoria
que la consagra la primera Presidenta electa de todos los colorados. En otro hecho histórico, ese mismo día se convierte en
la primera mujer en más de 124 años de historia del Partido en
ser electa por votación popular como Presidenta de la Junta de
Gobierno de la Asociación Nacional Republicana.
As eleições partidárias de 13 de março de 2011 legitimam e
aprovam a sua mensagem de unidade com uma vitória contundente que a torna a primeira Presidenta eleita de todo os
‘Colorados’. Em outro fato histórico, nesse mesmo dia se torna
a primeira mulher em mais de 124 anos de história do Partido
a ser eleita pelo voto popular como Presidenta da Junta de
Governo da Associação Nacional Republicana.
Actualmente es Senadora Nacional por el periodo 2013 al 2018.
Ela é atualmente Senadora Nacional pelo período de 2013 a 2018.
Qué temas deben tener mayor atención en lo que respecta
a las zonas de frontera?
Quiero rescatar la importancia de la articulación institucional
en lo que hace a las áreas fronterizas con el fin de lograr estos
espacios de debate y consensos. Tener también en cuenta las
graves amenazas que hacen al tema de la seguridad en todas
las regiones y en base a la experiencia buscar proyectos de
ley que logren dar la mayor seguridad democrática en estas
regiones fronterizas y de esta manera poder combatir la
criminalidad organizada en todo lo que respecta al tema de
la inseguridad.
Quais assuntos precisam de maior atenção em relação às
áreas de fronteira?
Eu quero resgatar a importância da coordenação institucional em relação às áreas fronteiriças a fim de alcançar esses
espaços de debate e consenso. Também levar em conta as
graves ameaças em torno da questão da segurança em todas
as regiões e com base na experiência procurar projetos de
lei que consigam alcançar uma maior segurança democrática nestas regiões fronteiriças e, assim, poder combater o
crime organizado especialmente no que se refere à questão
da insegurança.
Qué reflexión le merece la realización de este tipo de
encuentros regionales?
Quiero agradecer esta oportunidad que nos han brindado de
estar acá, en este seminario. Con nuestra presencia asumimos
el compromiso de impulsar legislaciones que desarrollen las
regiones fronterizas y consoliden, en este caso, esa hermandad que existe entre Paraguay y Brasil que habla de nuestra
historia y que habla de una gran empresa que nos une como
es Itaipú Binacional.
Por último quiero valorar también la presencia de los hermanos argentinos y de otros países y decirles que desde el
Que análise a senhora pode fazer quanto à realização deste
tipo de encontros regionais?
Eu quero agradecer a oportunidade que nos deram de estar
aqui, neste seminário. Com nossa presença, assumimos o
compromisso de promover a legislação que permita desenvolver as regiões de fronteira e consolidar, neste caso, a
fraternidade que existe entre o Paraguai e o Brasil, que fala
da nossa história e de uma grande empresa que nos une,
como Itaipú Binacional.
Finalmente, quero também valorizar a presença dos irmãos
Paraguay anhelamos que Latinoamérica salga adelante a través
de la gestión, impulsando el desarrollo y el compromiso de
integración que nos permita mantener nuestras culturas e
identidad. Queremos dar impulso a nuestras comunidades
a través de convenios y leyes modernas que aplicadas a la
realidad nos fijen en el presente de cara hacia el futuro.
argentinos e de outros países, e dizer-lhes que no Paraguai desejamos que a América Latina consiga avançar através da gestão,
promovendo o desenvolvimento e o compromisso de integração
que nos permita manter nossa cultura e identidade. Queremos
dar um impulso às nossas comunidades através de acordos e leis
modernas que através de sua aplicação à realidade nos permitam
estar firmes no presente de cara para o futuro.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
35
Entrevista
Alex Ziegler
Diputado Nacional de Argentina por Misiones
Deputado Nacional da Argentina por Misiones
“Del escritorio
al territorio”
English
pág.81
Con una carrera política ascendente, ha recorrido varios cargos desde el municipio, la
provincia y ahora la nación. Tiene claro a donde están los puntos a trabajar en pos del
desarrollo de la región.
“Do escritório
ao território”
Com uma carreira política ascendente, percorreu vários cargos no município, na
província e agora na nação. Tem claro onde estão os pontos a ser trabalhados em prol
do desenvolvimento da região.
S
e podría decir que su incursión en el campo de
la actividad privada ha colaborado mucho en su
formación como político?
Sí, soy ingeniero agrónomo, me dediqué primero a mi actividad de origen. Soy hijo de productores misioneros, viví en
la chacra toda la vida, me fui a estudiar, volví, trabaje en mi
profesión, me vinculé mucho en los procesos organizativos
de los productores: cooperativas, asociaciones, consorcios.
Siempre tuve el convencimiento que desde la organización
era más fácil promover determinadas acciones que desde
el individualismo. Todo esto lo hacíamos en el medio de la
década del noventa, así que era como predicar en el desierto
y de alguna manera eso también me termina llevando a la
política.
Y ya en la política, primero como Secretario de Gobierno,
Acción Social y Medio Ambiente del Municipio al que perte-
P
oderia dizer-se que sua incursão no campo
da atividade privada colaborou muito em sua
formação como político?
Sim, sou engenheiro agrônomo, dediquei-me primeiro à
minha atividade de origem. Sou filho de produtores de Misiones, vivi na chácara toda a vida, fui estudar fora, voltei,
trabalhei em minha profissão, eu me envolvi muito nos
processos organizacionais dos produtores: cooperativas, associações, consórcios. Sempre tive o convencimento de que a
partir da organização era mais fácil promover determinadas
ações que a partir do individualismo. Nós fazíamos tudo
isto a meados da década de noventa. Era como predicar no
deserto e de alguma maneira isso também terminou me
levando à política.
E já na política, primeiro como Secretário de Governo, Ação
Social e Meio ambiente do Município ao qual pertenço, El-
nezco, Eldorado. Después fui concejal de ese mismo municipio
durante dos años y a partir del 2.003 hasta el 2.009 Ministro
del Agro y la Producción de la Provincia de Misiones. En
2.009 fui electo Diputado Nacional y reincidente en el 2.013. dorado. Depois, fui vereador desse mesmo município durante
dois anos e a partir de 2003 até 2009, Ministro da Agricultura
e da Produção da Província de Misiones. Em 2009 fui eleito
Deputado Nacional e reincidente em 2013.
Usted viene de todo un recorrido en gestión política. En
que cambia la gestión a nivel local, provincial y ahora
O senhor vem de todo um percurso em gestão política.
No que é que a gestão muda em nível local, provincial e
36
en el plano nacional? Y cuál es el aporte que puede hacer
como diputado nacional a la provincia?
Primero como persona creo que el recorrido en el trayecto
de formación es desde lo local hacia lo general, lo nacional e
internacional. Mi visión es siempre desde el territorio hacia
la construcción de la Nación, para ver cómo construir desde
lo nacional para que el territorio tenga más movilidad. Eso
es un poco mi concepción pero es por formación personal.
Por eso digo que ese recorrido lo obliga a uno a ser coherente
y consecuente con lo que hizo durante su vida. Entonces
cuando uno visualiza el territorio y ve desde lo local, uno se
da cuenta que muchas veces hay acciones probables y acciones posibles, en la misma localidad, después en el mismo
territorio provincial, y sobre todas las cosas hay muchas
posibilidades en los territorios de países vecinos, tanto como
Paraguay, Brasil y Argentina. También ve que hay muchos
obstáculos, que son propios de la mega estructura de los
estados nacionales, sean Brasil, Paraguay y Argentina, que
es el caso concreto del que quiero hablar porque Misiones
está inserta en ese esquema. Esas mega estructuras no se
visualizan desde la cotidianeidad del habitante del territorio
agora no plano nacional? E qual é a contribuição que pode
fazer como deputado nacional à província?
Primeiro como pessoa acredito que o percurso no trajeto
de formação é a partir do local para o geral, o nacional e
internacional. Minha visão é sempre a partir do território
para a construção da Nação, para ver como construir a partir
do nacional para que o território tenha mais mobilidade. Isso
é um pouco minha concepção mas é por formação pessoal.
Por isso digo que esse percurso nos obriga a ser coerentes
e consequentes com o que fizemos durante a vida. Então
quando a gente visualiza o território e vê a partir do local, a
gente percebe que muitas vezes há ações prováveis e ações
possíveis, na mesma localidade, depois no mesmo território
provincial, e sobre todas as coisas há muitas possibilidades
nos territórios de países vizinhos, tanto como o Paraguai, o
Brasil e a Argentina. Também vê que há muitos obstáculos,
que são próprios da mega estrutura dos estados nacionais,
sejam o Brasil, o Paraguai e a Argentina, que é o caso específico do qual eu quero falar, porque Misiones está inserida
nesse esquema. Essas mega estruturas não se visualizam a
partir da cotidianidade do habitante do território, visualizam-
se visualizan desde la cotidianeidad de la burocracia de los
escritorios. Entonces ahí se complica muchas veces, yo no
digo que este mal, simplemente digo que hay que dinamizar
y poner la mirada más hacia el territorio y desde el territorio
comprender algunas acciones, evidentemente los escritorios
también son necesarios porque la burocracia es justamente
respetar determinados roles que el Estado debe cumplir.
se a partir da cotidianidade da burocracia dos escritórios.
Então aí as coisas se complicam muitas vezes, eu não digo que
isto não esteja bem, simplesmente digo que é preciso dinamizar e colocar o olhar mais para o território, e no território
compreender algumas ações, evidentemente os escritórios
também são necessários porque a burocracia é justamente
respeitar determinados papéis que o Estado deve cumprir.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
37
Como analisa esta
visão na região?
Acho que neste
tempo avançamos
um pouquinho, não
muito. Nosso território tem uma forte
integração de fato.
Ninguém vai me dizer que o tráfego local fronteiriço fica absolutamente controlado entre a Argentina e o Paraguai, ou entre a Argentina
e o Brasil em Misiones.
Vou dar um exemplo bem claro e pragmático. Se a gente
for a Bernardo de Irigoyen, ao bairro Cuadro Grande, ali de
um lado da avenida é território brasileiro e do outro lado
da avenida é território argentino, e as pessoas vão comprar
uma cerveja atravessando a rua de um lado ou do outro. Eu
digo isto porque em algum momento, nisto das burocracias, o SENASA pelo tema da aftosa nos pediu para que nós
façamos uma barreira quase armada. Então um dia convidei Jorge Amaya (Presidente do
a Jorge Amaya (Presidente del
“Mi visión es siempre desde el Senasa nesse momento), pessoa
Senasa en ese momento), a quien
recuerdo muy bien porque aceptó
territorio hacia la construcción que lembro muito bem porque
aceitou o convite. Fomos ver esse
la invitación. Fuimos a mirar en
de la Nación, para ver cómo
bairro, e eu lhe disse: “eu quero
ese barrio, y le dije: yo quiero que
construir desde lo nacional
que você venha para cá e me diga
vos vengas a mirar acá y me digas
como nosotros le decimos a esta para que el territorio tenga más como nós dizemos a estas pessoas
que não se pode fazer o que vocês
gente que no se puede hacer lo que
movilidad.”
me pedem desde Buenos Aires”.
ustedes me piden desde Buenos
Aires. Llegamos, creo que hicimos 100 metros y me dijo que Chegamos, acho que fizemos 100 metros e me disse que
estaban perdiendo el tiempo, que acá el camino es otro, la estavam perdendo o tempo, que aqui o caminho é outro, a
estrategia era otra. Eso es una definición absoluta. Cuando estratégia era outra. Isso é uma definição absoluta. Quando
uno visualiza como en el territorio su gente se mueve, su gente a gente visualiza como se movem as pessoas se movem e
vive, sea pariente, amigo, vecino, novio, amante, llámenle vivem nesse território, sejam parentes, amigos, vizinhos,
lo que quieran de uno o del otro lado de la frontera, eviden- noivos, amantes, seja o nome que for, de um ou do outro
temente uno tiene que tener eso incorporado para entender lado da fronteira, evidentemente as pessoas têm que ter isso
que las políticas públicas de Buenos Aires, de Montevideo, de incorporado para entender que as políticas públicas de Buenos
Itamaratí y de Asunción, tienen que tener necesariamente un Aires, de Montevideu, de Itamaratí e de Assunção, têm que ter
correlato que es lo que nosotros visualizamos desde nuestro necessariamente um correlato que é o que nós visualizamos
desde nosso território.
territorio.
Na
província de Misiones devemos
Desde la provincia de Misiones
“Minha visão é sempre a partir
debemos tener y tenemos un
ter e temos um governo com um
do território para a construção forte compromisso de integração,
gobierno con un fuerte comproda Nação, para ver como
miso de integración, un gobierno
um governo com um forte comcon un fuerte compromiso con
promisso com nossa condição soconstruir a partir do nacional
nuestra condición sociocultural que
ciocultural que integre esse terripara que o território tenha
integre ese territorio: pueblos oritório: povos originários, imigrantes
mais mobilidade.”
ginarios, inmigrantes paraguayos,
paraguaios, brasileiros, europeus,
brasileños, europeos, inmigrantes,
imigrantes, imigrantes, imigranCómo analiza esta
visión en la región?
Creo que en este
tiempo hemos avanzado un poquito, no
mu c ho. Nu est r o
territorio tiene una
fuerte integración de
hecho. A mí nadie me
va a decir que el tráfico vecinal fronterizo queda absolutamente
controlado entre Argentina y Paraguay, o entre Argentina y
Brasil en Misiones.
Voy a poner un ejemplo bien claro y pragmático. Si uno va
a Bernardo de Irigoyen, al barrio Cuadro Grande, allí de un
lado de la avenida es territorio brasilero y del otro lado de
la avenida es territorio argentino, y la gente va a comprar
una cerveza cruzando la calle de un lado o del otro. Esto lo
digo porque en algún momento, en esto de las burocracias,
el SENASA por el tema de la aftosa nos pidió que nosotros
hagamos una barrera casi armada. Entonces un día lo invite
inmigrantes, inmigrantes... Fueron los pueblos originarios
los que nos enseñaron que no había límites políticos en
las divisiones. Desde esa visión, desde ese gran territorio
guaraní, nosotros tenemos que tener, como mínimo para
respetar los límites políticos, la capacidad de permitir que
las personas tengan una movilidad suficiente y generen los
compromisos de integración cultural, educativa, de salud,
38
tes... Foram os povos originários os que nos ensinaram que
não havia limites políticos nas divisões. A partir dessa visão,
desse grande território guarani, nós temos que ter, como
mínimo para respeitar os limites políticos, a capacidade de
permitir que as pessoas tenham uma mobilidade suficiente e
gerem os compromissos de integração cultural, educativa, de
saúde, obra pública, como recentemente aprovamos o passo
Inundaciones
El gobernador Maurice Closs fue quien se puso al frente de la
catástrofe de las inundaciones como el gerenciador de todos
los equipos de gobierno de la provincia de Misiones. Nos asignó
tareas a cada uno, a nosotros nos toca desde Buenos Aires ayudar. Presentamos proyectos de declaración de emergencia en
el Ministerio de Agricultura para construir todos juntos desde
el lugar que nos toca la solución para tantísima gente que ha
quedado con problemas.
Hoy no es casual que esta cantidad de agua haya pasado por el
río Uruguay, es consecuencia de un sistema productivo que ha
sacado la selva de nuestra tierra, sobretodo en Brasil, nosotros
tenemos mucha más selva, más bosques, más cultivos perennes. Esto impide una infiltración mejor del agua en el suelo,
una percolación. Hoy tenemos una compactación del suelo, y
hay más ciudades, más techos, más escorrentías (agua de lluvia
que circula libremente sobre la superficie de un terreno), y hay
más concentración del flujo de escorrentias superficial, todo eso
de golpe se concentra en una enchorrada (aluvión de agua que
desborda los cauces de un humilde curso de agua, como ser un
arroyo) y hace esto.
También los hombres en general somos responsables y yo estoy
diciendo algo que no puedo resolver de hoy a mañana, pero si
lo incorporamos como un proceso cultural la conservación del
ambiente y las mejoras de producción, tampoco puedo ir en
contra de producir alimentos, probablemente también ayudemos
a que estas cosas no sucedan.
Y en lo inmediato es la atención de las cuestiones de la vivienda,
de la infraestructura vial, educativa, de la salud, de todos los
sistemas que se han visto afectados en algunas regiones de la
provincia, caso del Sobervio, Alicia, Aurora, Alba Pose, Panambí,
San Javier, Santa María, Azara, que son las regiones que por
ahí en nuestra provincia se vieron afectadas. Seguramente que
en las otras provincias también. Yo creo que esa gestión que
hacemos ahora tiene que ver con eso, de priorizar lo urgente
que es reconstituir un sistema de vida medianamente razonable
con un efecto sobre la persona que es imborrable. Aquel que
vio su casita bajo el agua, por más humilde que fuera pero era
su afecto, ahí adentro sucedieron cosas nació una criatura, se
contuvo a un niño, se festejó un cumpleaños y eso se fue con el
río, yo lo quiero decir así para que se sienta que es lo que se fue.
Y uno tiene que tratar de reconstruir materialmente algo que
nunca va a ser lo mismo, por más que materialmente pueda ser
mejor, nunca va a ser lo mismo, porque ahí se fueron recuerdos,
y se fueron cosas...
obra pública, como hace poco aprobamos el paso fronterizo
entre Paso Rosales y Paraíso en San Pedro, que es justamente
para construir un puente, porque se terminó una ruta y se
va a integrar esa región. Yendo al territorio. El tema de migraciones, siempre es un
punto a mejorar. Por ejemplo los pasos fronterizos, son
siempre tan complicados. En la revista anterior le hicimos
una nota a Daniel Domínguez, Director de Migraciones
de Misiones, en donde nos contó cómo está trabajando
junto al gobernador intensamente en el tema. Este es
generalmente un punto delicado...
E
Alex Ziegler
fronteiriço entre Paso Rosales e Paraíso em San Pedro, que é
justamente para construir uma ponte, porque foi terminada
uma rota e vai se integrar essa região.
Indo ao território. O tema de migrações, sempre é um
ponto a melhorar. Por exemplo, os passos fronteiriços,
são sempre muito complicados. Na revista anterior entrevistamos Daniel Domínguez, Diretor de Migrações de
Misiones, que nos contou como está trabalhando junto
ao governador intensamente no tema. Este é geralmente
um ponto delicado...
O avanço que houve nos processos migratórios é ter compreendido a necessidade. Hoje vão se construir muitos postos
migratórios em Posadas, em Iguazú. Se somarmos Posadas
mais Iguazú há mais movimento de pessoas que transpõem
a fronteira que em Ezeiza.
A Argentina evoluiu muito nos sistemas de documentação
das pessoas, já temos chip no passaporte, código QR nos
documentos, código de barras, até leitores magnéticos.
Acho que agora resta a etapa de uma forte instrumentação
da tecnologia para agilizar os passos fronteiriços. Além da
migração em si mesma. O fato de transpor a fronteira por
parte de pessoas e por sua vez o fato dessas pessoas levarem
uma bagagem que tem a ver com uma compra, com alguma
questão, acho que aí eu diria que já não são questões de leis,
é questão de romper estruturas culturais dos escritórios para
que entendam as estruturas culturais dos territórios.
Se me perguntarem quem está em dívida com quem, o escritório está em dívida com o território, porque o território é
essência, é homem, é ser humano e o Estado tem que refletir
o que os homens, os seres humanos, as pessoas querem em
cada um dos territórios.
Conforme seu critério, como deve ocorrer a integração?
Nós estamos trabalhando muito nessa integração. Se observarmos, o sistema de saúde pública de Misiones atende grande parte do Paraguai. Antes de Juan Afara ir para Assunção
como Vice-presidente do Paraguai, foi assinado um convênio
enquanto ele era governador de Itapúa, com o governador
Closs. Ele consiste no acompanhamento e assessoramento
do sistema de saúde de Misiones para a construção de um
hospital espelho, o Hospital Ramón Madariaga de Posadas,
que é insigne, que é o melhor que foi construído nos últimos
anos em todo o país. Muitas vezes os intendentes de Itapúa (Paraguai) sabem muito bem que quando eles têm um
problema grave de saúde têm que ajudar seus cidadãos para
que atravessem o rio e sejam atendidos em Misiones. E os
habitantes de Misiones são de coração amplo, o que nos gera
às vezes críticas por nossos próprios comprovincianos, mas
acredito que, finalmente, todos nós entendemos como seres
humanos que as emergências de saúde têm que ser atendidas, deve haver um compromisso. Agora, acho que é muito
saudável que o Paraguai tenha tomado a decisão de imitar
um modelo de gestão de saúde pública que se assemelhe ao
que temos nós para melhorar a qualidade de vida. Então acho
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
39
El avance que ha habido en los procesos migratorios es haber
comprendido la necesidad. Hoy se van a construir muchas
casillas migratorias en Posadas, en Iguazú. Si sumas Posadas
e Iguazú hay más movimiento de personas que trasponen la
frontera que Ezeiza.
La Argentina ha evolucionado mucho en los sistemas de
documentación de la gente, ya tenemos chip adentro del
pasaporte, código QR en los documentos, código de barras,
podes poner lectores magnéticos. Creo que ahora nos queda
la etapa de una fuerte instrumentación de la tecnología para
agilizar los pasos fronterizos. Más allá de la migración en sí
mismo. El trasponer la frontera por parte de personas y a
su vez esas personas acarrean consigo un bagaje que tiene
que ver con una compra, con alguna cuestión, creo que ahí
te diría ya no son cuestiones de leyes, es cuestión de romper
estructuras culturales de los escritorios para que entiendan
las estructuras culturales de los territorios.
Si vos me preguntas a mi quien se debe a quien, el escritorio
se debe al territorio, porque el territorio es esencia, es hombre, es ser humano y el Estado tiene que reflejar lo que los
hombres, los seres humanos, las personas quieren en cada
uno de los territorios.
Desde su criterio, cómo se debe dar la integración?
Nosotros estamos trabajando mucho esa integración. Si
observas, el sistema de salud pública de Misiones atiende
a gran parte del Paraguay. Antes de que se vaya Juan Afara
hacia Asunción como Vicepresidente de Paraguay, se suscribió
un convenio mientras él era gobernador de Itapúa, con el
gobernador Closs. El mismo consiste en el acompañamiento
y el asesoramiento desde el sistema de salud de Misiones
para la construcción de un hospital espejo, si se quiere, al
Hospital Ramón Madariaga de Posadas, que es insigne, que
es lo mejor que se ha construido en los últimos años en todo
el país. Muchas veces los intendentes de Itapúa - Paraguay
saben muy bien que ellos cuando tienen un problema grave
de salud tienen que ayudar a sus ciudadanos para que crucen
el río y se vengan a atender en Misiones. Y los misioneros
somos de corazón amplio, lo que nos genera a veces críticas por
nuestros propios comprovincianos, pero creo que finalmente
todos entendemos como seres humanos que las emergencias
de salud hay que atenderlas, comprometerse. Ahora, me
parece muy sano que Paraguay haya tomado la decisión de
imitar un modelo de gestión de salud pública que se asemeje
a al que tenemos nosotros para mejorar la calidad de vida.
Entonces me parece excelente que las cosas buenas que se
hacen en Argentina, en Brasil, en Paraguay traspongan las
fronteras, porque si yo traspongo las fronteras y acompaño
la construcción de un sistema de salud pública en Paraguay,
que contenga a los paraguayos, no van a tener necesidad de
venir a la Argentina a atenderse y vamos a hacer más eficiente
el uso de los recursos de salud tanto en Paraguay como en
Argentina. Eso es lo que estamos debatiendo en el territorio
en este tiempo y en este mismo tiempo esto se debe debatir
en los escritorios. En los escritorios a vece hay una dislexia,
no estamos en la misma sintonía. La función nuestra es a
veces ser fonoaudiólogos y que la dislexia se corrija. 40
Inundações
O governador Maurice Closs foi quem enfrentou a catástrofe das
inundações como o gerenciador de todas as equipes de governo
da província de Misiones. Ele atribuiu tarefas a cada um de nós.
Cabe a nós, de Buenos Aires ajudar. Apresentamos projetos de
declaração de emergência no Ministério da Agricultura para construir todos juntos a partir do lugar que nos toca a solução para
tantas pessoas que ficaram com problemas.
Hoje não é por coincidência que esta quantidade de água tenha
passado pelo rio Uruguai, é consequência de um sistema produtivo que tirou a selva de nossa terra, sobretudo no Brasil, nós
temos muita mais selva, mais bosques, mais cultivos perenes. Isto
impede uma infiltração melhor da água no solo, uma percolação.
Hoje temos uma compactação do solo, e há mais cidades, mais
tetos, mais escorrimentos (água de chuva que circula livremente
sobre a superfície de um terreno), e há mais concentração do
fluxo de escorrimentos superficial, tudo isso de repente se concentra em um encharcamento (inundação de água que transborda
os leitos de um humilde curso de água, como por exemplo um
arroio) e faz isto.
Também os homens em geral somos responsáveis e eu estou
dizendo algo que não posso resolver de hoje para manhã, mas se
nós incorporarmos isto como um processo cultural a conservação
do ambiente e as melhoras de produção, também não podemos
estar contra produzir alimentos, e provavelmente também ajudemos para que estas coisas não aconteçam.
E no imediato, é a atenção das questões da moradia, da infraestrutura viária, educativa, da saúde, de todos os sistemas que foram
afetados em algumas regiões da província, caso de Sobervio, Alicia, Aurora, Alba Pose, Panambí, San Javier, Santa María, Azara,
que são as regiões provavelmente afetadas em nossa província.
Certamente que nas outras províncias também. Eu acho que essa
gestão que fazemos agora tem a ver com isso, de priorizar o
urgente, que é reconstituir um sistema de vida medianamente
razoável com um efeito sobre a pessoa que é inesquecível. Aquele
que viu sua casinha abaixo da água, por mais humilde que fosse,
era seu afeto, aí dentro aconteceram coisas, nasceu uma criança,
foi contido um menino, foi comemorado um aniversário e isso
se perdeu com o rio. Eu quero dizê-lo assim para que se sinta
o que é que se perdeu. E a gente tem que tentar reconstruir
materialmente algo que nunca vai ser o mesmo, por mais que
materialmente possa ser melhor, nunca vai ser o mesmo, porque
aí se perderam as lembranças, e as coisas...
excelente que as coisas boas que são feitas na Argentina,
no Brasil, no Paraguai transponham as fronteiras, porque se
eu transpuser as fronteiras e acompanhar a construção de
um sistema de saúde pública no Paraguai, que contenha os
paraguaios, eles não vão ter necessidade de vir à Argentina
para serem atendidos e vamos fazer mais eficiente o uso dos
recursos de saúde tanto no Paraguai como na Argentina. Isso
é o que estamos debatendo no território neste tempo e neste
mesmo tempo isto deve ser discutido nos escritórios. Nos
escritórios às vezes há uma dislexia, não estamos na mesma
sintonia. Nossa função é às vezes ser fonoaudiologistas e que
a dislexia seja corrigida.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
41
Represas en el territorio
Creo que las represas son un tema a discutir y estamos carentes de
información. Si hoy tengo que buscar un culpable por la cantidad
de agua caída le tengo que echar la culpa al calentamiento global.
Porque esa agua que cayó viene de la destilación de las aguas del
océano Pacífico frente a la costa del Ecuador, que elevó su temperatura, que evapora más agua, que la atmósfera la sopla para
acá y que cuando se encuentra con los frentes fríos que vienen del
sur precipita, precipita, precipita... Por qué? Porque se calienta el
mundo, y esto pasa porque le metemos cada vez más dióxido de
carbono. Entonces es más peligroso todo el proceso de desarrollo
energético que estamos haciendo sobre combustibles que combustionan. La combustión es: quemo sustancias hidrocarbonadas
y desprendo energía y dióxido de carbono y agua. El agua no hace
nada se va a la atmosfera y se condensa y vuelve a llover, pero
el dióxido carbono se va arriba, se concentra y genera el efecto
invernadero. Ese es el proceso energético que queremos desarrollar como sucedáneos de la no construcción de represas? O no es
el que queremos construir? O queremos otro tipo de energía. Lo
que tenemos que discutir es si queremos o no más energía para
desarrollar los territorios. Mi posición es: sí, queremos. Cuál es la
energía más viable para la humanidad? Tal. Para el territorio? Tal
otra. Vamos a tener que encontrar un equilibrio razonable en ese
proceso que va desde lo general hacia lo particular para concebir
entre efectos positivos y negativos: cuál es la fuente energética
más idónea para un territorio como Misiones, para que continúe
desarrollándose, generando el menor efecto ambiental posible.
Si tuviera que destacar algunos puntos a través de los Se o senhor tivesse que destacar alguns pontos através
cuales usted cree que se puede dar el desarrollo, por dos quais acredita que pode haver desenvolvimento, por
donde comenzaría a nivel regional, en que pondría foco? onde começaria em nível regional, qual seria o foco?
Tiene que haber una integración de flujos, porque de personas Tem que haver uma integração de fluxos, porque de pesya se da más o menos razonablemente. Me parece que tiene soas já há mais ou menos razoavelmente. Acho que tem
que haber una mayor permeabilidad, un flujo de bienes y que haver uma maior permeabilidade, um fluxo de bens e
servicios, y sobre todo de bienes de consumo habituales: serviços e, sobretudo, de bens de consumo habituais: faharina, aceite, y las cuestiones que no tengan limitaciones, rinha, óleo, e as questões que não tenham limitações, um
un flujo de bienes de carácter tecnológico y acá voy a hacer fluxo de bens de caráter tecnológico e aqui vou fazer uma
una concreción absoluta. Misiones es una provincia que tiene concretização absoluta. Misiones é uma província que tem
un bajo nivel de desarrollo de maquinaria agrícola para el um baixo nível de desenvolvimento de maquinaria agrícola
desarrollo de la agricultura familiar, porque nuestra industria para o desenvolvimento da agricultura familiar, porque nossa
metal mecánica se especializa en la agricultura de grandes indústria metal mecânica se especializa na agricultura de
extensiones como la de la pampa húmeda. Uno no puede grandes extensões como a do pampa úmido. A gente não
entrar con una máquina de 30
pode entrar com uma máquina de
metros de envergadura que tiene
30 metros de tamanho que tem
“…el escritorio se debe al
no sé cuántos surcos de siembra
não sei quantos sulcos de plantio
territorio, porque el territorio
directa, en una chacra que tiene 5
direto, em uma chácara que tem 5
es esencia, es hombre, es ser
hectáreas, en donde el productor
hectares, onde o produtor quer faquiere hacer media hectárea de
zer meio hectare de sorgo. Não há
humano y el Estado tiene que
sorgo. No hay forma, soy ingereflejar lo que los hombres, los forma, sou engenheiro agrônomo
niero agrónomo y te aseguro que
e lhe asseguro que não há forma.
seres humanos, las personas
no hay forma. Ahora vos cruzas a
Agora vá para o Brasil, lá tem os
Brasil, tenes los mismos principios
mesmos princípios tecnológicos
quieren en cada uno de los
tecnológicos de la pampa húmeda
do pampa úmido postos em uma
territorios.”
puestos en una maquinita chica
maquina pequena que às vezes até
que a veces hasta se puede enganchar en un arado detrás pode ser montada em um arado atrás de uma junta de bois.
de una yunta de bueyes. Hay una concepción del desarrollo, Há uma concepção do desenvolvimento, da tecnologia no
de la tecnología en Brasil que es fácilmente apropiable por Brasil que é facilmente apropriável por nossos produtores
nuestros productores y voy a decir una cosa, hoy igual se e vou lhe dizer uma coisa, hoje a máquina é trazida, mas
trae, pero no está formalizado. Y el que trae dice “parezco não de maneira formal. E aquele que a traz diz “pareço um
un delincuente porque quiero trabajar, y no lo soy”. Entonces delinquente porque quero trabalhar, mas eu não o sou”. Então
esa es la parte de la realidad del territorio que el escritorio essa é a parte da realidade do território que o escritório tem
tiene que comprender, tenemos que facilitar el proceso del que compreender, temos que facilitar o processo do interintercambio, y ese intercambio que es de interés de los habi- câmbio, e esse intercâmbio que é de interesse dos habitantes
tantes de cada una de las fronteras no tiene que ser elemento de cada uma das fronteiras não tem que ser elemento das
de las negociaciones bilaterales de la balanza comercial. Eso negociações bilaterais da balança comercial. Isso tem que
tiene que estar excluido, yo no puedo incluir en el proceso estar excluído, eu não posso incluir no processo da balança
de la balanza comercial por los miles de millones de dólares comercial pelos milhares de milhões de dólares que são imque se importan-exportan de autos, ajos, cebollas, de lo portados-exportados de automóveis, alhos, cebolas, do que
42
E
Alex Ziegler
que fuera con ese pequeño flujo de tráfico fronterizo en una
provincia como Misiones donde tenemos 90 km de frontera
con Corrientes y 930 km de frontera con el Paraguay y Brasil. for, com esse pequeno fluxo de tráfego fronteiriço em uma
Esa es la realidad en la que yo creo que nosotros finalmente província como Misiones, onde temos 90 km de fronteira com
tenemos que hacer un trabajo muy fuerte, insisto.
Corrientes e 930 km de fronteira com o Paraguai e Brasil.
Otro magnífico ejemplo de integración es la UNILA (Uni- Essa é a realidade em que eu acho que nós finalmente temos
versidad Federal de Integración Latinoamericana) en Foz de que fazer um trabalho muito forte, insisto.
Iguazú. Ahí hay un flujo migratorio, porque el conocimiento Outro magnífico exemplo de integração é a UNILA (Univeres etéreo y uno tiene la capacidad de recibirlo, de tenerlo y sidade Federal de Integração Latino-Americana) em Foz do
de contenerlo adentro de su cerebro y formamos jóvenes Iguaçu. Aí há um fluxo migratório, porque o conhecimento
argentinos, paraguayos, de donde fueran. Me parece que es é etéreo e a gente tem a capacidade de recebê-lo, de tê-lo
una magnífica idea de cómo uno puede integrar en el terri- e de contê-lo para dentro de seu cérebro e formamos jovens
torio sin tener la mezquindad de
argentinos, paraguaios, de onde
pensar: “Será que le hace mal a la
forem. Acho que é uma magnífica
“…o escritório está em dívida
balanza comercial que un colono
ideia de como podemos integrar
com o território, porque o
misionero traiga una sembradora
no território sem ter a mesquide siembra directa de tres surcos
território é essência, é homem, nharia de pensar: “Será que isso
para enganchar en un tractorcito
faz mal à balança comercial que
é ser humano e o Estado tem
de 3 puntos?”. Y la verdad que a la
um colono de Misiones traga uma
que refletir o que os homens,
aguja de la economía del proceso
semeadora de plantio direto de
de importación de la Argentina no
três sulcos para montar em um
os seres humanos, as pessoas
le mueve nada, pero a la región y
trator de 3 pontos?”. E na verdade
querem em cada um dos
a la calidad de vida de ese colono
a agulha da economia do processo
territórios.”
misionero que hoy lo hace con un
de importação da Argentina não
aza, le hace la diferencia, le mejora
se move nada, mas para a região
la calidad de vida, le mejora rentabilidad, le mejora los ingre- e a qualidade de vida desse colono, faz a diferença, melhora
sos, le mejora todo. Pensar así y trabajar así, ni requiere de a qualidade de vida, melhora a rentabilidade, melhora as
leyes, requiere de resoluciones de los escritorios que tengan receitas, melhora tudo. Pensar assim e trabalhar assim, nem
los puntos favorables para que eso suceda.
requer de leis, requer de resoluções dos escritórios que tenham os pontos favoráveis para que isso aconteça.
A qué punto estamos en el acercamiento del escritorio
a la realidad?
Nobleza obliga, la gente te está imponiendo la agenda y no
te la está imponiendo para delinquir, te la está imponiendo
para disfrutar, para tener mejor calidad de vida, para compartir, para hacer una región de hermanos latinoamericanos,
no como decimos nosotros: gua’u, de mentirita, hermanos
latinoamericanos que tenemos una barrera, si bien nosotros
tenemos el río de por medio, esa barrera nos separa y en
cambio nos debería unir. Em que ponto estamos em relação à aproximação do
escritório à realidade?
A nobreza manda, as pessoas impõem a agenda e não a estão
impondo para delinquir, estão impondo isso para desfrutar,
para ter melhor qualidade de vida, para compartilhar, para
fazer uma região de irmãos latino-americanos, não como
dizemos nós: gua’ou, de mentira, irmãos latino-americanos
que temos uma barreira, mesmo tendo o rio no meio, essa
barreira nos separa mas nos deveria unir.
Represas no território
Acho que as represas são um tema a discutir e estamos carentes
de informação. Se hoje tiver que procurar um responsável pela
quantidade de água que caiu tenho que responsabilizar o aquecimento global. Porque essa água que caiu vem da destilação das
águas do oceano Pacífico em frente da costa do Equador, que elevou
sua temperatura, que evapora mais água, que a atmosfera sopra
para cá e que quando se encontra com as frentes frias que vêm
do sul precipita, precipita, precipita... por que? Porque o mundo
se esquenta, e isto acontece porque colocamos nele cada vez mais
dióxido de carbono. Então é mais perigoso todo o processo de desenvolvimento energético que estamos fazendo sobre combustíveis
que queimam. A combustão é: queimo substâncias hidrocarbonadas
e libero energia e dióxido de carbono e água. A água não faz nada,
vai para a atmosfera e se condensa e volta a chover, mas o dióxido
carbono vai para cima, concentra-se e gera o efeito estufa. Esse
é o processo energético que queremos desenvolver como sucedâneos da não construção de represas? Ou não é o que queremos
construir? Ou queremos outro tipo de energia. O que temos que
discutir é se queremos ou não mais energia para desenvolver os
territórios. Minha posição é: sim, queremos. Qual é a energia mais
viável para a humanidade? Tal. Para o território? Tal outra. Vamos
ter que encontrar um equilíbrio razoável nesse processo que vai
do geral para o particular para conceber entre efeitos positivos e
negativos: qual é a fonte energética mais idônea para um território como Misiones, para que continue com seu desenvolvimento,
gerando o menor efeito ambiental possível.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
43
Entrevista
Eduardo Oswald Pipke
Presidente del Gremio de Yerbateros de Paraguay y Concejal de Bella Vista - Itapúa
Presidente do Grêmio de Ervateiros do Paraguai e Vereador de Bella Vista - Itapúa
El desarrollo de la
industria yerbatera
English
pág.83
La industria yerbatera está en pleno crecimiento, sentando las bases para
un mayor desarrollo del sector.
O desenvolvimento da
indústria ervateira
A indústria ervateira está em pleno crescimento, sentando as bases para
um maior desenvolvimento do setor.
C
uál es la función específica que cumple usted en el
Gremio de Yerbateros?
Me desempeño como presidente del Gremio de Yerbateros,
que abarca desde el más pequeño agricultor hasta el más
encumbrado industrial en todo el proceso de la yerba mate.
Este es mi segundo período como presidente y particularmente estamos trabajando muy cerca de los pequeños
productores. Ese es el espíritu de este gremio, fortalecer
a los pequeños productores para tener mejor rendimiento
en sus yerbales.
Cuando hablamos de pequeño productor de qué tamaño
hablamos en cuanto a tierra, a producción?
Los pequeños productores a los cuales nosotros estamos asesorando como Centro Yerbatero, con el apoyo de las industrias
importantes de nuestro país, tienen desde media hectárea
Q
hasta un máximo de 4 0 5. Nuestra ayuda está basada en que
tengan un mejor rendimiento y un mejor ingreso para sus
familias. A los pequeños productores les estamos ayudando a
diversificar sus cultivos, eso es importantísimo, que no vivan
solo de la yerba sino también de otros rubros de la chacra.
Eso lo estamos desarrollando con el apoyo de la gobernación
de Itapúa y el Ministerio de Agricultura e Industria. Con este
possam obter um melhor rendimento e uma melhor renda
para suas famílias. Os pequenos produtores estão ajudando
a diversificar seus cultivos; isso é importantíssimo, que
não vivam só da erva-mate, mas também de outros ramos
da chácara. Nós estamos desenvolvendo isso com o apoio
do governo de Itapúa e do Ministério de Agricultura e
44
ual é a função específica que o senhor cumpre no
Grêmio de Ervateiros?
Eu trabalho como presidente do Grêmio de Ervateiros,
que abrange desde o menor agricultor até o mais elevado
industrial em todo o processo da erva-mate. Este é meu
segundo período como presidente e particularmente estamos
trabalhando muito perto dos pequenos produtores. Esse é o
espírito deste grêmio, fortalecer os pequenos produtores para
ter melhor rendimento em seus ervais.
Quando falamos de pequeno produtor, de que tamanho
falamos quanto à terra, à produção?
Os pequenos produtores que nós estamos assessorando
como Centro Ervateiro, com o apoio das indústrias importantes de nosso país, têm desde meio hectare até um
máximo de 4 0 5. Nossa ajuda é baseada em que eles
Indústria. Com este último fizemos um projeto em conjunto
último hemos llevado adelante un proyecto en conjunto con la
Unión Europea por el cual recibimos un crédito muy importante
que permitió poner en funcionamiento el Centro Yerbatero
Paraguayo Mate Roga y el Laboratorio “Reginaldo Bonstrup”
en Bella Vista, capital de la yerba mate. Vimos conveniente
tener allí nuestro centro de yerbateros, nuestra propia sede
y oficina, para atender en forma conjunta con Mate Roga que
es la parte de turismo del sector. De esta manera podemos
brindar una mejor atención a nuestros visitantes y a nuestros
agricultores, como también el asesoramiento adecuado a
empresas que están asociadas a este centro y están dando
de lo suyo para que toda la familia yerbatera este conforme.
Sabemos que años atrás salían nuestros pequeños productores
a pedir precios porque el rendimiento de sus yerbales era
bajísimo, hoy en día esto gracias a Dios lo estamos apaleando
com a União Europeia pelo qual recebemos um crédito
muito importante que permitiu por em funcionamento
o Centro Ervateiro Paraguaio Mate Roga e o Laboratório
“Reginaldo Bonstrup” em Bella Vista, capital da erva-mate.
Achamos conveniente ter lá nosso centro de ervateiros,
nossa própria sede e escritório, para prestar atendimento
de forma conjunta com Mate Roga, que é a parte turística do setor. Desta maneira podemos dar mais atenção a
nossos visitantes e a nossos agricultores, como também o
assessoramento adequado a empresas que estão associadas
a este centro e estão contribuindo para que toda a família
ervateira fique satisfeita.
Sabemos que anos atrás nossos pequenos produtores saíam
em busca de preços porque o rendimento de seus ervais era
baixíssimo; hoje em dia, graças a Deus, estamos combatendo
con el esfuerzo de todos y con el acompañamiento de ellos.
Yo creo que con el trabajo que estamos haciendo estamos
en el buen camino, estamos planificando. También nos está
acompañando la gente de la provincia de Misiones (ARG),
tanto la gobernación como la parte productiva de yerba
mate, principalmente el INTA que nos está asesorando con
sus ingenieros.
isso com o esforço de todos e com o acompanhamento deles.
Eu acho que estamos no bom caminho com o trabalho que
estamos fazendo, estamos planejando. Também está nos
acompanhando o pessoal da província de Misiones (ARG),
tanto o governo como a parte produtiva de erva-mate,
principalmente o INTA que está nos assessorando com seus
engenheiros.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
45
E
Eduardo Oswald Pipke
Exportan yerba en Paraguay?
Sí, hay empresas que están exportando a Europa, EEUU,
China, Japón, a Siria, en pequeños volúmenes, pero creciendo
año a año.
En breve tendremos un congreso latinoamericano se podría
decir, entre Brasil, Argentina, Paraguay y Uruguay. La idea es
unirnos para ver cómo podemos llegar al mundo en conjunto,
es decir los tres países que producimos yerba acompañados
también de Uruguay, para poder llegar con buenos volúmenes. Esta es una idea que surgió meses atrás en una fiesta
yerbatera que tuvimos en Río Grande do Sul. Dialogamos con
las autoridades y representantes de los distintos países para
ver si podemos lograr firmar un convenio. Seguramente lo
vamos a estudiar en este congreso, se van a tratar otros puntos
referentes a la yerba mate, pero este tema será el principal.
Analizar que los que estamos con la producción de yerba mate
podamos salir al mundo con promociones conjuntas entre los
países y no cada uno por separado. Siempre es importante
asociarnos para ser más fuertes. Ese es un poco el espíritu
de los que estamos al frente del tema de la yerba mate.
En este momento con este rubro se puede obtener buena
rentabilidad haciendo un buen trabajo y sobre todo coordinado entre todos.
Cuantos productores agrupa la cámara de yerbateros?
En el presente tenemos pocos socios, pero estamos en proceso
de crecimiento. Si hablamos de socios potenciales aproximadamente estamos en las 20 o 30 empresas importantes en nuestro
país. Y a los pequeños todavía no los tenemos asociados porque
ellos tienen sus comités, cooperativas, pero también queremos
hacerlos participar de este gremio para asociarlos y trabajar en
conjunto. No obstante el centro yerbatero les está brindando
atención y no se los deja de lado. Tenemos ahora un borrador del
Plan Nacional de la Yerba Mate a pedido de nuestros Presidente,
Vicepresidente y gobernador del departamento de Itapúa, que
es en donde se da la mayor producción de yerba mate. Estamos
trabajando en conjunto a nivel nacional. Seguramente en breve
oportunamente se va a dar a conocer y se va a firmar esto.
46
Exportam erva-mate no Paraguai?
Sim, há empresas que estão exportando para a Europa, EUA,
China, Japão, para a Síria, em pequenos volumes, mas crescendo a cada ano.
Em breve teremos um congresso latino-americano, pode-se
dizer, entre o Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai. A
ideia é nos unir para ver como podemos chegar ao mundo
em conjunto, isto é, os três países que produzem erva-mate,
acompanhados também pelo Uruguai, para poder chegar com
bons volumes. Esta é uma ideia que surgiu meses atrás em
uma festa ervateira que tivemos no Rio Grande do Sul. Dialogamos com as autoridades e representantes de diversos países
para ver se podíamos conseguir assinar um convênio. Com
certeza, vamos estudá-lo neste congresso, vão ser tratados
outros pontos referentes à erva-mate, mas este tema será
o principal. Analisar que quem está com a produção de erva
-mate possa sair ao mundo com promoções conjuntas entre
os países e não cada um separadamente. Sempre é importante
nos associarmos para sermos mais fortes. Esse é um pouco
o espírito do que estamos à frente do tema da erva-mate.
Neste momento, com este ramo é possível obter uma boa
rentabilidade fazendo um bom trabalho e, sobretudo, coordenado entre todos.
Quantos produtores a câmara de ervateiros agrupa?
Hoje temos poucos sócios, mas estamos em processo de crescimento. Se falarmos de sócios potenciais, aproximadamente
estamos entre 20 ou 30 empresas importantes em nosso país.
E os pequenos ainda não estão associados porque eles têm seus
comitês, cooperativas, mas também queremos fazê-los participar deste grêmio para associá-los e trabalhar em conjunto.
Não obstante, o centro ervateiro está lhes dando atendimento
e não os deixamos de lado. Temos agora um esboço do Plano
Nacional da Erva-Mate a pedido de nosso Presidente, Vice-presidente e governador do departamento de Itapúa, que é onde se
dá a maior produção de erva-mate. Estamos trabalhando em
conjunto no âmbito nacional. Com certeza, em breve, oportunamente isso vai ser divulgado e assinado.
Mate Roga
O Centro Informativo
Mate Roga constitui uma
construção temática
(erva-mate) onde um
anfitrião faz uma breve
explicação sobre todo o
processo relativo à ervamate, desde seu cultivo
até seu consumo, através
de um reduzido circuito
desenvolvido no interior
do edifício.
O objetivo da criação de
Mate Roga é trazer ideias
para fomentar o turismo
na região, formar uma
comunidade atraente,
onde o ponto principal
seja a união cultural, sendo Bella Vista a “Capital da Erva-Mate”.
Em Mate Roga, oferece-se ao visitante um minipasseio, onde
recebe uma visão geral sobre o processamento da erva-mate e os
pontos turísticos de Bella Vista.
Cómo evaluaría el trabajo que se está realizando en los
distintos frentes: intendencias, gobernaciones, asociaciones, en favor de la integración?
Estamos en el buen camino, trabajando para el bien de nuestros conciudadanos, para que todos tengamos participación
y que esta sea equitativa para seguir creciendo.
Considero muy importante que lo que hacemos, todo el
esfuerzo por llevar adelante nuestro sector se pueda plasmar y transmitir en una nota periodística, por ejemplo, esto
nos fortalece y ayuda a su divulgación a nivel MERCOSUR.
Hablamos siempre de MERCOSUR, pero nunca llegamos a la
verdadera integración. Seguramente hay diversos factores
que frenan esto, pero si nosotros no participamos no vamos
a poder corregir nada, en cambio sí participamos podremos
obtener logros importantes.
Quiero agradecer el momento que nos brindan para poder
expresar todo lo que venimos haciendo. Con estos encuentros
que tenemos, junto con nuestros hermanos argentinos y brasileros dentro del BRIPAM, se va plasmando el esfuerzo que cada
uno hace. Históricamente nunca antes se había hablado de un
Plan Nacional de la Yerba Mate, nunca habíamos hablado de la
verdadera integración de los intendentes de nuestro departa-
Como o senhor avaliaria o trabalho que está sendo realizado nos diversas frentes: prefeituras, governações,
associações, em favor da integração?
Estamos no bom caminho, trabalhando para o bem de nossos
concidadãos, para que todos nós tenhamos participação e que
esta seja equitativa para continuar crescendo.
Considero muito importante que o que fazemos, que todo o
esforço para desenvolver nosso setor possa ser representado
e transmitido em uma matéria jornalística, por exemplo, isto
nos fortalece e ajuda a sua divulgação dentro do MERCOSUL. Falamos sempre de MERCOSUL, mas nunca chegamos
à verdadeira integração. Com certeza há diversos fatores que
freiam isto, mas se nós não participamos não vamos poder
corrigir nada, em compensação, se participamos poderemos
ter conquistas importantes.
Quero agradecer o momento que nos dão para poder expressar tudo o que vimos fazendo. Com estes encontros que
temos, junto com nossos irmãos argentinos e brasileiros
dentro do BRIPAM, vai sendo refletido o esforço que cada
um faz. Historicamente, nunca antes tinha se falado de um
Plano Nacional da Erva-mate, nunca tínhamos falado da
verdadeira integração dos prefeitos de nosso departamento
mento o de nuestro país, tampoco del lado de la provincia de
Misiones. Estos son objetivos que se están cumpliendo mediante
el buen relacionamiento que tenemos entre nosotros, y esto
es algo que necesitamos. Nos necesitamos todos. Desde los
distintos cargos políticos y públicos que ocupamos estamos
acompañando este proceso de conformación del bloque, con
mucho cariño, con mucho aprecio.
ou de nosso país, nem do lado da província de Misiones.
Estes são objetivos que estão sendo cumpridos mediante
o bom relacionamento que temos entre nós, e isto é algo
que necessitamos. Nós precisamos de todos. Através dos
diversos cargos políticos e públicos que ocupamos estamos
acompanhando este processo de formação do bloco, com
muito carinho, com muito apreço.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
47
Proceso de la Yerba Mate
3. Secado
2. Sapecado
1. Cosecha
English
pág.85
La cosecha se inicia
en abril/mayo y se
extiende hasta octubre.
La primera cosecha -de
rendimiento escaso- suele
realizarse entre el 4º y el
5º año de implantación.
Puede efectuarse
anualmente, pero el
manejo racional del cultivo
indica la conveniencia de
realizar la recolección,
también denominada
“tarefa”, año por medio.
A colheita se inicia
em abril/maio e se
estende até outubro.
A primeira colheita -de
rendimento escassocostuma ser feita entre
o 4º e o 5º ano de
implantação. Pode ser
feita anualmente, mas o
uso racional do cultivo
indica a conveniência de
realizar a coleta, também
denominada “tarefa”, um
ano sim, outro não.
1. Colheita
El sapecado es un secado muy
rápido (dura de 20 a 30 segundos)
que debe realizarse dentro de las 24
hs. de efectuada la cosecha.
Consiste en exponer las ramas a
la acción directa de llamas, lo que
genera vapor de agua, formándose
así pequeñas ampollas que rompen la
epidermis de las hojas con un ligero
crepitar.
El proceso también inactiva el
protoplasma, destruyendo las enzimas
responsables de los procesos biológicos
de degradación. Esto impide la
oxidación de las sustancias tánicas
contenidas en la hoja, asegurando
la conservación de su color verde.
Durante el sapecado, la yerba mate
adquiere su aroma característico y
pierde el sabor a hoja verde o tisana.
O sapeco é uma secagem muito
rápida (dura de 20 a 30 segundos)
que deve ser feita 24 horas após a
colheita.
Consiste em expor os ramos à ação
direta de chamas, o que gera vapor de
água, formando-se assim pequenas
bolhas que quebram a epiderme das
folhas com um leve crepitar.
O processo também inativa o
protoplasma, destruindo as enzimas
responsáveis pelos processos biológicos
de degradação. Isto impede a oxidação
das substâncias tânicas contidas
na folha, garantindo sua cor verde.
Durante o sapeco, a erva-mate adquire
seu aroma característico e perde o
sabor de folha verde ou tisana.
2. Sapeco
Luego del sapecado, el material
debe ser sometido a un proceso de
secado para reducir su contenido en
humedad, hasta un valor que oscila entre
3% y 6%, lo que provoca una disminución
de su peso.
Existen varios tipos de secados:
De cinta: consisten en una serie de cintas
móviles que reciben calor desde su parte
inferior. La yerba mate circula por tales
cintas, perdiendo humedad en todo el
circuito. Este proceso tiene una duración
aproximada de 3 a 5 horas.
De tubos rotativos: estos equipos
producen una secanza rápida, con
duración inferior a 1 hora.
Tipo barbacuá: son sencillas estructuras
tubulares que suelen construirse con
cañas tacuaras, en cuyo interior se coloca
la yerba mate. El proceso es largo y dura
un mínimo de 8 horas, por lo que suele
realizarse tradicionalmente durante la
noche.
Após o sapeco, o material deve ser
submetido a um processo de secagem
para reduzir seu conteúdo em umidade,
até um valor que oscila entre 3% e 6%, o
que provoca uma diminuição de seu peso.
Existem vários tipos de secagens:
De esteira: consiste em uma série de
esteiras móveis que recebem calor através
de sua parte inferior. A erva-mate circula
por essas esteiras, perdendo umidade em
todo o circuito. Este processo tem uma
duração aproximada de 3 a 5 horas.
De tubos rotativos: estes equipamentos
produzem uma secagem rápida, com
duração inferior a 1 hora.
Tipo barbaquá: são simples estruturas
tubulares que costumam ser construídas
com canas taquaras, em cujo interior se
coloca a erva-mate. O processo é longo
e dura um mínimo de 8 horas, sendo
que costuma ser feito tradicionalmente
durante a noite.
3. Secagem
Processo da Erva-mate
5. Canchado
La yerba seca en esta
etapa se muele o tritura de
manera grosera obteniendo
trozos de aproximadamente 1
cm cuadrado. Así se la puede
embolsar y transportar más
fácil hacia los lugares de
estacionamiento y luego
molienda y envasado.
4. Estacionamiento
Tras el canchado, la yerba se coloca en
bolsas de arpillera de 40 – 50 kg y entra en
período de estacionamiento. Este proceso puede
ser natural o acelerado.
En el primero, se mantiene almacenada en depósito
por un lapso que oscila entre los 6 y los 24
meses, a fin de que se produzcan los procesos de
transformación espontánea y el producto adquiera
las características de sabor, aroma y color.
En el estacionamiento acelerado, permanece
por un período de 45 a 60 días en un depósito
con temperatura, humedad y circulación de aire
reguladas, de manera que la yerba adquiera
características organolépticas similares a las del
estacionamiento natural.
Após ser cancheada, a erva-mate é colocada
em sacos de aniagem de 40 – 50 kg e entra em
período de estacionamento. Este processo pode ser
natural ou acelerado.
No primeiro, fica armazenada no depósito por um
lapso que oscila entre os 6 e os 24 meses, para que
sejam produzidos os processos de transformação
espontânea e para que o produto adquira as
características de sabor, aroma e cor.
No estacionamento acelerado, permanece por
um período de 45 a 60 dias em um depósito com
temperatura, umidade e circulação de ar reguladas,
de maneira que a erva-mate adquira características
organolépticas similares às do estacionamento
natural.
4. Estacionamento
A erva-mate seca nesta
etapa é moída ou triturada
de maneira grosseira obtendo
pedaços de aproximadamente
1 cm quadrado. Assim ela pode
ser ensacada e transportada
mais facilmente aos lugares
de estacionamento e depois
moenda e embalagem.
5. Cancheamento
6. Molienda
La molienda comprende
sucesivas operaciones de
trituración, zarandeo y mezcla,
que arrojan como resultado final
la yerba mate adecuada al gusto
de diferentes regiones y grupos de
consumidores.
La materia prima se coloca sobre
cintas transportadoras que la
conducen hacia una zaranda
circular de alambre, conocida como
“zaranda de limpieza”, que elimina
posibles cuerpos extraños, palos y
ramas excesivamente gruesas. El
proceso continúa con un zarandeo
primario de clasificación que separa
las hojas muy grandes y el palo.
Concluida la clasificación, se puede
proceder a una mezcla con “palos”,
(cortados previamente en trozos
uniformes mediante un “corta
palos”), en distintas proporciones,
según características deseadas de
acuerdo a calidad, origen y sabor,
entre otras variables. Del proceso
y de la granulometría de la mezcla
depende el sabor que diferencia
las distintas yerbas.
A moenda compreende
sucessivas operações de
trituração, agitação e mistura,
que dão como resultado final a
erva-mate adequada ao gosto
de diferentes regiões e grupos de
consumidores.
A matéria-prima é colocada sobre
esteiras transportadoras que a
conduzem para uma peneira circular
de arame, conhecida como “peneira
de limpeza”, que elimina possíveis
corpos estranhos, palitos e ramos
excessivamente grossos. O processo
continua em uma peneirada
primária de classificação que separa
as folhas muito grandes e o palito.
Concluída a classificação, podese proceder a uma mistura com
“palitos”, (cortados previamente
em pedaços uniformes mediante
um “corta palitos”), em diversas
proporções, conforme características
desejadas de acordo com a
qualidade, origem e sabor, entre
outras variáveis. Do processo e da
granulometria da mistura depende
o sabor que diferencia as diversas
ervas-mate.
6. Moenda
7. Envasado
Finalizadas
las operaciones de
molienda, clasificación
y mezcla, se procede al
envasado del producto
final. Para preservar
las características
organolépticas de la
yerba mate, los envases
cuentan con varias capas
de diversos materiales.
De estos depende la
conservación de la calidad,
aroma y sabor de la yerba.
El más recomendado es el
trilaminado.
Las presentaciones más
usuales son de medio y
de un kilogramo, aunque
también se comercializan
envases de un cuarto.
Finalizadas as
operações de moenda,
classificação e mistura,
procede-se à embalagem
do produto final. Para
preservar as características
organolépticas da ervamate, as embalagens
contam com várias
camadas de diversos
materiais. Deles depende a
conservação da qualidade,
aroma e sabor da ervamate. A mais recomendada
é a trilaminada.
As apresentações mais
usuais são de meio
e de um quilograma,
ainda que também
são comercializadas
embalagens de 250 g.
7. Embalagem
Fuente/ Fonte:
http://www.alimentosargentinos.gov.ar/ Entrevista
Renzo Jhonatan Klimiuk
Productor yerbatero de la provincia de Misiones – Argentina
Produtor ervateiro da província de Misiones – Argentina
English
pág.85
La yerba mate revitaliza a
la provincia de Misiones
El sector yerbatero en Argentina se fortalece. Está creciendo el mercado
local y hay buenas perspectivas a nivel mundial.
A erva-mate revitaliza
a província de Misiones
O setor ervateiro na Argentina se fortalece. O mercado local está
crescendo e há boas perspectivas no âmbito mundial.
H
ace mucho tiempo que trabajas en el sector yerbatero?
Sí, pertenezco a una familia de yerbateros. Comenzó
primero mi padre y siguió toda mi familia hace muchísimos
años. Actualmente con mi hermano tenemos una pyme y
desarrollamos la producción en la zona de San Pedro, Misiones.
Compramos la hoja verde de la producción de yerba a pequeños
productores, sapecamos, es decir conseguimos el producto
que es la yerba mate canchada que posteriormente se vende
a molinos de la región que tienen sus marcas impuestas en la
provincia. Después de muchos años de lucha, hoy estamos en
un buen momento con el sector yerbatero. El cambio se dio a
partir de estos últimos tres años, desde que se le reconoce al
productor el sacrificio y el valor justo del producto.
Cuáles son los antecedentes de este sector?
En la década del ‘90 y principios del 2000 el sector sufrió mucho
la caída del valor del producto y abandonó los yerbales. Todo
H
esto llevó a una baja importante en la producción de yerba
porque tampoco tenemos la alternativa de la exportación,
siendo Argentina el mayor productor de yerba del mundo
exporta sólo el 10%. Esto llevo a tener mucha producción en la
década del 90 y principios del 2000, y una baja de precios. La
gente abandono sus yerbales y como consecuencia se comenzó
a tener una baja producción en Argentina.
Tudo isto levou a uma baixa importante na produção de erva
porque tampouco temos a alternativa da exportação, sendo a
Argentina o maior produtor de erva-mate do mundo exporta
só 10%. Isto levou a ter muita produção na década de 90
e princípios de 2000, e uma queda de preços. As pessoas
abandonaram seus ervais e como consequência começou a
haver uma baixa produção na Argentina.
50
á muito tempo que o senhor trabalha no setor ervateiro?
Sim, pertenço a uma família de ervateiros. Primeiro
começou meu pai e toda a minha família continuou há muitíssimos anos. Atualmente eu e meu irmão temos uma PME
e desenvolvemos a produção na região de San Pedro, Misiones. Compramos a folha verde da produção de erva-mate de
pequenos produtores, fazemos o sapeco, isto é obtemos o
produto que é a erva-mate cancheada que posteriormente se
vende a moinhos da região que têm suas marcas impostas na
província. Depois de muitos anos de luta, hoje estamos em um
bom momento com o setor ervateiro. A mudança aconteceu
a partir destes últimos três anos, desde que é reconhecido o
sacrifício do produtor e o valor justo do produto.
Quais são os antecedentes deste setor?
Na década de 90 e princípios do ano 2000 o setor sofreu
muito a queda do valor do produto e abandonou os ervais.
Cómo y cuándo se produce la mejora en el sector?
A partir del 2010 una empresa Siria se instaló en la zona de
Andresito que es una de las zonas de mayor producción en
Misiones, para comprar yerba, producir y exportar. El 100%
de lo que produce esta empresa se exporta y es un volumen
considerable dentro de lo que produce la provincia. Esto hizo
que comenzara a faltar yerba en el mercado y llevó al productor
a reaccionar, fertilizar su producción, buscar nuevas alternativas, plantines de yerba clonales, todo eso para entrar en
producción. Pero este cambio lleva su tiempo luego de sufrir
un abandono de 10 o 15 años. La plantita de yerba uno la planta
y tarda de 3 a 5 años para empezar a producir nuevamente,
luego hay que recuperar el suelo con fertilizantes.
El volumen de exportación ha crecido en Argentina gracias a
esta empresa Siria. También llama la atención hoy ver a nuestro
Papa Francisco consumiendo esta infusión y eso ayuda a la
difusión de nuestro producto y va haciendo crecer el consumo
a nivel internacional. Todo esto es una alternativa muy buena
para la producción misionera dado que la yerba mate es una
de las raíces de la economía regional.
Cómo hace un productor para poder sostener su emprendimiento?
En el 2009-2010 cuando estaba muy complicado el mercado de la
Como e quando se produz a melhoria no setor?
A partir de 2010 uma empresa síria se instalou na região de
Andresito que é uma das regiões de maior produção em Misiones, para comprar erva-mate, produzir e exportar. 100%
do que produz esta empresa se exporta e é um volume considerável dentro do que produz a província. Isto fez com que
começasse a faltar erva-mate no mercado e levou o produtor
a reagir, fertilizar sua produção, buscar novas alternativas,
mudas de erva-mate clonais, tudo isso para entrar em produção. Mas esta mudança leva seu tempo depois de sofrer
um abandono de 10 ou 15 anos. A plantinha de erva-mate
depois de plantada leva de 3 a 5 anos para começar a produzir
novamente, depois deve-se recuperar o solo com fertilizantes.
O volume de exportação cresceu na Argentina graças a esta
empresa síria. Também chama a atenção hoje ver nosso Papa
Francisco consumindo esta infusão e isso ajuda a divulgação
de nosso produto e vai fazendo crescer o consumo no âmbito
internacional. Tudo isto é uma alternativa muito boa para a
produção de Misiones, dado que a erva-mate é uma das raízes
da economia regional.
Como faz um produtor para poder manter seu empreendimento?
Em 2009-2010 quando estava muito complicado o mercado
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
51
E
Renzo Jhonatan Klimiuk
yerba tuve la suerte de realizar
un viaje de negocios a Rusia y
abrir nuevas puertas para la
yerba mate. En ese momento
Rusia tenía algo de noción, y
a través de la empresa Orimi
que es la más grande en infusiones en Rusia, nosotros
impusimos la yerba mate. Se
empezó con la infusión del
mate cocido y hoy en día hay
varias empresas en el sector
que tomaron esa alternativa.
Esta empresa Orimi nos está
comprando yerba mate, nosotros exportamos un volumen
considerable y también en ese
mismo momento pudimos
introducir el té argentino, que
por muchos años no lograba
entrar al mercado ruso. Con
el té tenemos complicaciones en las ventas, pero buscamos alternativas y una de
ellas fue empezar a vender
al mercado ruso que son los
mayores consumidores de
infusiones en el mundo de té
y ahora también consumen
yerba mate y el mate cocido.
Queremos ir avanzando paso
a paso dado que este es un mercado muy bueno para el futuro
de la producción de yerba.
Como se están recuperando los yerbales, vamos a aumentar la
producción y también hay que seguir buscando estas ventas para
que se mantenga el precio y que podamos sostener este precio.
Cuanto se está exportando en Argentina?
En Argentina tenemos que hablar de una producción de
350.000.000 millones de kilos de producción de yerba por año,
de la cual se comenzó exportando el 5% y en los últimos años
estamos llegando al 12%. Y está creciendo tanto la exportación
como el consumo en nuestro país. Esto es lo que llevó a la falta
de yerba por el mismo abandono que habían sufrido los yerbales viejos. Ahora están en plantación empresas grandes, los
pequeños productores también están cuidando más su yerba,
pero también crece la infusión a nivel mundial.
Como es el período de cosecha de la yerba?
La yerba se cosecha en el invierno, en nuestra zona se da desde
marzo hasta el 30 de septiembre. Se hace la primer cosecha
que se llama la viruta, se le saca la hoja de abajo de la planta y
después en agosto - septiembre cuando ya se termina el peligro
de las heladas que castigan las plantas se hace la descopada
en donde se cortan las puntas de las plantas. Esas son las dos
tandas de cosechas que se hacen en la yerba mate.
52
da erva-mate, tive a sorte
de fazer uma viagem de negócios à Rússia e abrir novas
portas para a erva-mate.
Nesse momento a Rússia tinha algo de noção, e através
da empresa Orimi que é a
maior em infusões na Rússia,
nós impusemos a erva-mate.
Começou-se com a infusão
do chá-mate e hoje em dia
há várias empresas no setor
que tomaram essa alternativa. Esta empresa Orimi nos
está comprando erva-mate,
nós exportamos um volume
considerável e também nesse
mesmo momento pudemos
introduzir o chá argentino,
que por muitos anos não
conseguia entrar no mercado russo. Com o chá temos
complicações nas vendas,
mas procuramos alternativas,
e uma delas foi começar a
vender para o mercado russo
que é o maior consumidor
de infusões no mundo (chá)
e agora também consome
erva-mate e o chá-mate.
Queremos ir avançando passo
a passo dado que este é um mercado muito bom para o futuro
da produção de erva-mate.
Como estão se recuperando os ervais, vamos aumentar a produção e também se deve continuar buscando estas vendas para
que se mantenha o preço e que possamos manter este preço.
Quanto está sendo exportado na Argentina?
Na Argentina podemos falar de uma produção de 350.000
bilhões de quilos de erva-mate por ano, da qual começamos
exportando 5% e nos últimos anos estamos chegando a 12%.
E está crescendo tanto a exportação quanto o consumo em
nosso país. Isto foi o que levou à falta de erva-mate pelo
próprio abandono que os ervais velhos tinham sofrido. Agora
estão em plantação empresas grandes, os pequenos produtores
também estão cuidando mais de sua erva-mate, mas também
cresce a infusão no âmbito mundial.
Como é o período de colheita da erva-mate?
A colheita da erva-mate é no inverno, em nossa região se dá
desde março até 30 de setembro. Faz-se a primeira colheita
que se chama “corte”, tira-se a folha de baixo da planta e
depois em agosto - setembro quando já se termina o perigo
das geadas que castigam as plantas, faz-se a limpeza onde
se cortam as pontas das plantas. Essas são as duas rodadas
de colheitas que se fazem na erva-mate.
Siria, el mayor importador de yerba mate
A introdução do mate na Síria teria se iniciado
com a grande imigração desse país à Argentina registrada entre os anos 1850 e 1860.
Estes imigrantes se arraigaram em todo o
território e com os anos se acostumaram a
tomar erva-mate. Quando muitos deles voltaram às suas terras, levaram consigo este
costume. Compartilharam a infusão com seus
parentes e amigos e, com o passar do tempo,
os sírios se transformaram em consumidores
habituais de chimarrão.
É um país que tem 23 milhões de habitantes,
mas ao mesmo tempo o consumo per capita
é 7 vezes maior que na Argentina. Sua forma
de consumir o chimarrão é particular porque
podem dividir a garrafa térmica, mas cada um
tem sua cuia. Nestes últimos anos com a guerra que houve na
Síria entre 5 e 7 milhões de sírios migraram a outros países como
a Turquia e levaram a cultura do chimarrão. Isto fez com que o
consumo da infusão aumentasse nestes países da região.
Cuántas hectáreas tiene un pequeño productor en Argentina y cuánto produce?
Un pequeño productor aquí se considera al que tiene desde
media a dos, siete, diez hectáreas. Hoy podemos hablar de un
rinde de 4.000 kilos por hectárea de una yerba que no está
cuidada. Una yerba que es fertilizada, cuidada, que recibe
los trabajos culturales de la plantación de la yerba rinde de
8.000 a 15.000 kilos por hectárea.
Los pequeños productores han retomado el trabajo de la
tierra? Se ve una mejora en la calidad de vida del sector?
Sí, el sector estaba muy castigado. Al no tener buen precio
de la yerba en su momento salieron a buscar alternativas
en plantas anuales, como el té, el tun, que también fueron
pasando por etapas de buenos momentos y no tan buenos.
Hasta el 2010 que mejoró el precio de la yerba. Habían quedado
en la chacra los pobres productores, por lo general los más
grandes de la familia, mientras que los jóvenes iban a buscar
una salida a su situación económica en las grandes ciudades.
Hoy vemos que este proceso se está invirtiendo, que los hijos
de los productores están volviendo a trabajar en las chacras,
porque hoy el precio ayuda a que suceda esto. El 100% de los
productores están involucrados en volver a invertir en sus
casas para tener más comodidades. Hoy ya podemos hablar,
Quantos hectares tem um pequeno produtor na Argentina
e quanto produz?
Um pequeno produtor aqui é considerado aquele que tem de
meio a dois, sete, dez hectares.
Hoje podemos falar de um rendimento de 4.000 quilos por hectare de uma erva-mate que não está cuidada. Uma erva-mate
que é fertilizada, cuidada, que recebe os trabalhos culturais da
plantação da erva rende de 8.000 a 15.000 quilos por hectare.
Os pequenos produtores retomaram o trabalho da terra?
Vê-se uma melhoria na qualidade de vida do setor?
Sim, o setor estava muito castigado. Ao não ter bom preço
da erva-mate em seu momento, saíram para procurar alternativas em plantas anuais, como o chá, o “tun”, que também
foram passando por etapas de bons momentos e nem tão
bons. Até 2010 que melhorou o preço da erva-mate. Tinham
ficado na chácara os pobres produtores, em geral os mais
velhos da família, enquanto os mais jovens iam buscar uma
saída para sua situação econômica nas grandes cidades. Hoje
vemos que este processo está se invertendo, que os filhos
dos produtores estão voltando para trabalhar nas chácaras,
porque hoje o preço ajuda a que isto aconteça. 100% dos
produtores estão envolvidos em investir de novo em suas
casas para ter mais conforto. Hoje já podemos falar, depois de
después de dos años de recuperación del sector, que quieren
tener su propio vehículo, su pequeña camioneta, para no
pagar flete y poder llevar su producción a los secaderos. Y hay
alternativas de sobra en los secaderos, las grandes industrias
buscaron acopios en distintos lugares productivos porque
hay faltante de yerba y buscan ser competitivos en distintos
lugares de la provincia.
dois anos de recuperação do setor, que querem ter seu próprio
veículo, sua pequena caminhonete, para não pagar frete e
poder levar sua produção aos secadouros. E tem alternativas
de sobra nos secadouros, as grandes indústrias buscaram
depósitos em diversos lugares produtivos porque há faltante
de erva-mate e buscam ser competitivos em diversos lugares
da província.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
53
Santa Rosa
entrevista
Intendente / Prefeito
Río Grande del Sur
Rio Grande do Sul - Brasil
Alcides Vicini
English
pág.87
El intendente Vicini recibió a las autoridades del BRIPAM en la FENASOJA 2014. En esta
reunión se presentó la primera edición de la revista del bloque.
O prefeito Vicini recebeu as autoridades do BRIPAM na FENASOJA 2014. Nesta reunião
foi apresentada a primeira edição da revista do bloco.
I
ntendente, usted está al tanto de la creación del
BRIPAM y el trabajo que está llevando adelante.
Piensa que el bloque puede ayudar en forma concreta
en los asuntos de la región?
Pienso que el BRIPAM es una asociación muy relevante para
la región. Por qué a través del bloque nosotros podemos
intercambiar experiencias en las municipalidades, en las
intendencias y otros entes comunitarios, que consiguen
soluciones, digamos, desde el punto de vista económico y
desde la búsqueda de resultados eficientes. Porque hoy es
muy importante que quien se encarga de la administración
pública, a través de su acción traiga resultados y estos deben
54
P
refeito, o senhor sabe da criação do BRIPAM
e do trabalho que está realizando. Pensa que
o bloco pode ajudar de forma específica nos
assuntos da região?
Penso que o BRIPAM é uma associação muito relevante
para a região. Porque através do bloco nós podemos trocar
experiências nas municipalidades, nas prefeituras e outros
entes comunitários, que conseguem soluções, digamos, do
ponto de vista econômico e através da busca de resultados
eficientes. Porque hoje é muito importante que quem se
encarrega da administração pública, através de sua ação,
traga resultados e estes devem ser os mais econômicos
Datos del municipio
Ur
ug
ua
y
Rí
o
Dados da cidade
Ubicación/Localização: 27°52′15″S 54°28′51″O
Fundación / Fundação: 10 / 08 / 1931
Población / População: 65.000 hab.
Superficie / Área: 419 km2
Sitio Web: www.santarosa.rs.gov.br
Producción: industria metal mecánica,
soja, trigo, maíz, ganadería.
Datos extraídos de Wikipedia
ser lo más económicos posibles, o sea, con poco se debe hacer
mucho. Entonces, yo estoy muy entusiasmado con el bloque.
Acabo de ver la primera edición de la revista del BRIPAM.
Esta trae aires nuevos, promesas y esperanzas. Poder plantearnos juntos, entre las intendencias y municipalidades del
Brasil, Argentina y Paraguay, y principalmente poder avanzar
intercambiando experiencias,
sumando energías, esto es lo
que quiere la población, resultados. No sirve hablar mucho,
es necesario tener acción concreta.
Entonces pienso que el BRIPAM, y ahora esta herramienta
importante, que es la revista,
puede aglutinarnos, aproximarnos todavía más. Para qué?
Para que podamos ver lo que
se puede hacer mejor y viendo
lo que se puede hacer mejor,
podamos mejorar la vida de las
personas que integran nuestras
comunidades. Intendente, Ud. explicó que están trabajando con metas a
largo plazo. Si tuviera que pensar una meta para el BRIPAM,
cual le parece que puede llegar a ser el principal desafío?
Creo que el gran desafío del BRIPAM es reunir la mayor
possíveis, ou seja, com pouco se deve fazer muito. Então, eu
estou muito entusiasmado com o bloco.
Acabo de ver a primeira edição da revista do BRIPAM. Esta
traz novos ares, promessas e esperanças. Poder propor juntos,
entre as prefeituras e municipalidades do Brasil, Argentina
e Paraguai, e principalmente poder avançar trocando experiências, somando energias,
isto é o que a população quer:
resultados. Não adianta falar
muito, é necessário ter ação
concreta.
Então penso que o BRIPAM,
e agora esta ferramenta
importante, que é a revista,
pode nos aglutinar, nos aproximar ainda mais. Para quê?
Para que possamos ver o que
pode ser feito melhor e vendo
o que pode-se fazer melhor,
possamos melhorar a vida das
pessoas que integram nossas
comunidades.
Prefeito, o senhor explicou
que estão trabalhando com metas a longo prazo. Se tivesse que pensar em uma meta para o BRIPAM, qual acha
que poderia chegar a ser o principal desafio?¡
Acho que o grande desafio do BRIPAM é reunir a maior
cantidad posible de intendentes. Que cada prefecto, cada
intendente que tenga incidencia en su región, sume uno
más para la asociación, para qué juntos y en un número más
grande, podamos tener más recursos, energía y obtener así
más resultados para nuestra gente. Cuánto más seamos y
trabajemos unidos, tendremos más ideas y más perspectivas
de multiplicar los resultados. quantidade possível de prefeitos. Que cada prefeito, cada
intendente que tiver incidência em sua região, some mais
um para a associação, para que juntos e em um número
maior, possamos ter mais recursos, energia e obter assim
mais resultados para nossa gente. Quanto mais formos e
trabalharmos unidos, teremos mais ideias e mais perspectivas
de multiplicar os resultados. Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
55
FENASOJA
A partir de los años 60 la soja se transformó
en un producto de mucha importancia para
la región y de gran desarrollo económico,
particularmente para la ciudad de Santa
Rosa. Impulsados por este crecimiento y
desarrollo fue constituida la Fiesta Nacional de la Soja (Fenasoja), una feria que tiene
el objetivo de mostrar y comercializar los
productos de la región. La Fenasoja se realiza en el Parque Municipal de Exposiciones
Alfredo Leandro Carlson, y recibe expositores
de diferentes lugares del Brasil. También se
ofrecen espectáculos artísticos de gran
popularidad.
A partir dos anos 60 a soja tornou-se
um produto muito importante, responsável pelo desenvolvimento econômico da região e, particularmente, da
nossa cidade.
Impulsionados por este crescimento e
desenvolvimento foi instituída a Fenasoja, caracterizando-se como uma feira
que tem o objetivo de mostrar e comercializar nossos produtos.
A Fenasoja se realiza no Parque Municipal
de Exposições Alfredo Leandro Carlson, e
recebe muitos expositores de várias partes do Brasil. Além disso, durante a festa
acontecem eventos artísticos e populares.
Nos gustaría conocer su pensamiento sobre el desarrollo
de la región. En cuanto a infraestructura hay un tema
muy importante que es la construcción de puentes en
las zonas fronterizas.
Esto lo vivimos en carne propia con la FENASOJA. En la
edición del año pasado recibimos a unos 6.000 argentinos y
paraguayos. En cambio este año con el problema de las lluvias
y la crecida del río que imposibilitó que crucen las balsas, el
número de visitas será mucho menor.
Entonces, el puente por ejemplo en Alba Pose – Puerto Maua
es fundamental.
A veces nosotros para ir a la Argentina esperamos hasta
3 horas para cruzar con la balsa, esto nos hace perder el
estímulo al intercambio. El puente es una iniciativa, es una
acción indispensable para que nosotros que vivimos en Brasil,
Gostaríamos de conhecer seu pensamento sobre o desenvolvimento da região. Quanto à infraestrutura há um
tema muito importante que é a construção de pontes nas
zonas fronteiriças.
Isto nós vivemos na própria pele com a FENASOJA. Na edição
do ano passado recebemos uns 6000 argentinos e paraguaios.
Em compensação, este ano com o problema das chuvas e da
crescida do rio, que impossibilitou que as balsas atravessem,
o número de visitas será muito menor.
Então, a ponte, por exemplo, em Alba Posse – Porto Mauá
é fundamental.
Às vezes nós esperamos até 3 horas para ir para a Argentina,
para atravessar com a balsa, isto nos faz perder o estímulo
do intercâmbio. A ponte é uma iniciativa, é uma ação indispensável, para que nós que moramos no Brasil, Argentina e
Argentina y Paraguay podamos integrarnos de forma mucho
más natural y menos penosa. Aprovechar de las cosas buenas
que existen en la Argentina y en Paraguay y que a su vez los
paraguayos y argentinos puedan venir a aprovechar las cosas
buenas que hacemos aquí en Brasil.
En conclusión somos tres países próximos que debemos estar
más articulados, y para esto el puente es casi indispensable.
Paraguai possamos nos integrar de forma muito mais natural
e menos penosa. Aproveitar as coisas boas que existem na
Argentina e no Paraguai e que, por sua vez, os paraguaios e
argentinos possam vir a aproveitar as coisas boas que fazemos aqui no Brasil.
Em conclusão, somos três países próximos que devemos estar
mais articulados, e para isto a ponte é quase indispensável.
56
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
57
Horizontina
entrevista
Viceintendente / Vice-prefeito
Río Grande del Sur
Rio Grande do Sul - Brasil
Dionir Bianchi
English
pág.87
El Viceintendente Dionir Bianchi participo del Seminario Internacional de Región de Fronteras que
se llevó a cabo en Itaipú. Habló de la importancia que tiene trabajar por el desarrollo de la región.
O Viceprefeito Dionir Bianchi participou do Seminário Internacional de Região de Fronteiras que
ocorreu em Itaipú. Falou da importância que tem trabalhar pelo desenvolvimento da região.
A
donde se ubica el municipio de Horizontina?
Nuestro municipio limita al sur con Tres de Maio,
al norte con Doutor Maurício Cardoso, al este
Crissiumal y Nova Candelária y al sudoeste con Tucunduva. Estamos a 50KM de la frontera con Argentina.
Dado que está en un municipio de la región de frontera:
que piensa sobre la integración de los pueblos?
Nosotros como municipio nos estamos preparando para este
movimiento de integración, entendemos que es productivo para
nuestra región noreste del Estado del Rio Grande del Sur, para
Argentina, en fin para el MERCOSUR. El municipio, aunque
no sea frontera directa, se está organizando, preparándose
para el desarrollo que debe aportar a la Región Noreste.
La región es una zona productiva?
Hoy el Municipio de Horizontina tiene su base de recaudación tributaria arriba del ICMS (Impuesto de Circulación de
Mercaderías y Servicios), el principal ítem productivo es la
industria, el segundo ítem productivo es la agricultura. Aquí se
producen maquinarias agrícolas, cosechadoras, sembradoras
de selección. Y las empresas que están aquí también tienen
base en Argentina.
Por este motivo vemos la importancia de los puentes y
represas. Para poder tener acceso. Nosotros decimos que
Horizontina está en el centro de América y el MERCOSUR,
entonces nuestro polo fabril de Horizontina, Santa Rosa,
entre otras ciudades, podría producir para América si las
condiciones fueran favorables.
Es decir que el puente de Alba Posse – Puerto Maua es
fundamental?
Es fundamental!
O
nde está localizado o município de Horizontina?
Nosso município limita ao sul com Três de Maio,
ao norte com Doutor Maurício Cardoso, ao leste Crissiumal
e Nova Candelária e ao sudoeste com Tucunduva. Estamos
a 50 km da fronteira com a Argentina.
Dado que se encontra em um município da região de fronteira: o que o senhor acha sobre a integração dos povos?
Nós como município nos estamos preparando para este movimento de integração, entendemos que é produtivo para
nossa região nordeste do Estado do Rio Grande do Sul, para
a Argentina, enfim para o Mercosul. O município, embora não
seja fronteira direta, está-se organizando, preparando-se
para o desenvolvimento que deve fornecer à Região Nordeste.
A região é uma zona produtiva?
Hoje o Município de Horizontina tem sua base de arrecadação
tributária não só do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), o principal item produtivo é a indústria,
o segundo item produtivo é a agricultura. Aqui são produzidas
maquinarias agrícolas, colheitadeiras, semeadoras de seleção.
E as empresas que estão aqui também têm base na Argentina.
Por este motivo vemos a importância das pontes e represas.
Para poder ter acesso. Nós dizemos que Horizontina está no
centro da América e do Mercosul, então nosso polo fabril
de Horizontina, Santa Rosa, entre outras cidades, poderia
produzir para a América se as condições fossem favoráveis.
Quer dizer que a ponte de Alba Posse - Porto Mauá é
fundamental?
¡É fundamental!
As pontes são itens de desenvolvimento das nações, ou
seja, quanto mais pontes mais desenvolvimento há nas
nações.
Com certeza! O exemplo que tivemos aqui no seminário de
Itaipú, sobre a UNILA e sobre o evento que apresentaram os
do município de BARRACAO, é o que eu venho defendendo há
vários anos. Eu faço parte da FEBAC (Faculdade de Educação
de Bacabal), venho discutindo esta questão. Não podemos
desenvolver a região do nordeste se não fazermos algo pela
educação e pela saúde, e em ambos os itens estamos em
58
Datos del municipio
Ur
ug
ua
y
Rí
o
Dados da cidade
Ubicación/Localização: 27º37’33”S, 54º18’28”O
Fundación / Fundação: 18 / 12 / 1954
Población / População: 19.112 hab.
Superficie / Área: 232 km²
Sitio Web: www.horizontina.rs.gov.br
Producción: agro industria, agricultura.
Los puentes son ítems de desarrollo de las naciones, o
sea, mientras más puentes halla, más desarrollo hay en
las naciones.
Con certeza! El ejemplo que tuvimos aquí en el seminario de
Itaipú, sobre la UNILA y sobre el evento que presentaron los
del municipio de BARRACAO, es lo que vengo defendiendo
hace varios años. Yo hago parte de la FEBAC (Faculdade de
Educação de Bacabal), vengo discutiendo esta cuestión. No
podemos desarrollar la región del noreste si no hacemos
algo por la educación y la salud, y en ambos ítems estamos
en deuda. Somos fuertes en la industria, tenemos producción
de granos y agro negocios, hoy nuestra región sabe producir,
tiene capacidad y produce.
Entonces para lograr el desarrollo necesitamos implementar
acciones estratégicas.
Otra de las acciones estratégicas para desarrollar la región
“noreste” del Brasil con Argentina es la construcción de
puentes y represas, formando una nueva matriz productiva,
generando y agregando empleos también de forma directa.
Como ve Ud. la integración al nivel de los pueblos? Las
políticas: acompañan ese deseo de integración?
Falta integrar las políticas y falta integrar también más a los
pueblos. Se necesita más unanimidad, que haya más facilidad
para trasladarse de un país a otro, tenemos mucha burocracia. Por ejemplo en Alba Posse – Puerto Maúa tienen unos
requisitos para cruzar de un lado a otro, llegamos a San Borja
hay otros distintos. De esta manera todo es más complicado.
En una palabra: unificar!
Unificar, exactamente! Hablando aquí con los colegas esta-
dívida. Somos fortes na indústria, temos produção de grãos
e agronegócios, hoje nossa região sabe produzir, tem capacidade e produz.
Então para obter o desenvolvimento precisamos implementar
ações estratégicas.
Outra das ações estratégicas para desenvolver a região “nordeste” do Brasil com a Argentina é a construção de pontes e
represas, formando uma nova matriz produtiva, gerando e
adicionando empregos também de forma direta.
Como o senhor vê a integração em nível dos povos? As
políticas: acompanham esse desejo de integração?
Falta integrar as políticas e falta integrar também mais os
povos. Necessita-se de mais unanimidade, que haja mais
facilidade para deslocar-se de um país a outro, temos muita
burocracia. Por exemplo, em Alba - Porto Mauá há requisitos
para atravessar de um lado a outro, chegamos a San Borja e
há outros distintos. Desta maneira tudo é mais complicado.
Em uma palavra: unificar!
Unificar, exatamente! Falando aqui com os colegas estão todos
de acordo em que precisamos ter uma política nacional, que se
aplique a todos os países. Sabemos que é difícil, não é um acordo que tenha que ser apenas entre os povos, deve ser entre os
países: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile. Certamente
se deve atender a legislação de cada país mas também estes
podem acordar uma política de fronteira comum.
mos todos de acuerdo en que necesitamos tener una política
nacional, que se aplique a todos los países. Sabemos que es
difícil, no es un acuerdo que tenga que ser solo entre los
pueblos, debe ser entre los países: Brasil, Paraguay, Uruguay,
Argentina, Chile. Seguramente se debe atender la legislación
de cada país pero también se pueden poner de acuerdo para
una política de frontera común.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
59
Santa Rosa
entrevista
Intendente / Prefeito
Corrientes - ARG
Marcelo Otazo
El intendente Marcelo Otazo participó de la firma del convenio entre el BRIPAM y
Nigeria. Se muestra optimista en lo que respecta al crecimiento de la región y la
posibilidad de intercambio que pueda surgir.
English
pág.88
O prefeito Marcelo Otazo participou da assinatura do convênio entre o BRIPAM e a
Nigéria. Mostra-se otimista em relação ao crescimento da região e à possibilidade de
intercâmbio que puder surgir.
C
Q
Cómo está la economía regional?
Corrientes ha sido una provincia bastante descuidada por los
gobiernos, pero a pesar de eso podemos decir que Santa Rosa
Como está a economia regional?
Corrientes foi uma província bastante descuidada pelos
governos, mas apesar disso podemos dizer que Santa Rosa
hoje está em uma situação excelente. Temos cerca de 40
uantos habitantes tiene Santa Rosa?
Santa Rosa tiene 20.000 habitantes. Es una población que creció espontáneamente debido a las
fábricas que hoy tenemos, empresas madereras y todo los
que se refiere a las distintas plantaciones de flores como:
gladiolo, lilium, rosa, yerberas. Variedades de flores que se
comercializan no sólo en Argentina sino que se exporta al
exterior: Holanda, Alemania.
hoy está en una situación inmejorable. Tenemos alrededor
de 40 empresas madereras, otras 10 empresas que se dedican exclusivamente a las flores. Santa Rosa tiene un índice
de desocupación 0. Estamos trabajando fuertemente con
nuestro gobernador y conjuntamente con los intendentes de
la microrregión que se empiezan a juntar para solucionar los
problemas que tenemos en los distintos municipios vecinos.
60
uantos habitantes tem Santa Rosa?
Santa Rosa tem 20.000 habitantes. É uma população que cresceu espontaneamente devido
às fábricas que temos hoje, empresas madeireiras e tudo
o que se refere às diversas plantações de flores como:
gladíolos, lírios, rosas, gérberas. Variedades de flores que
são comercializadas não só na Argentina, mas que também
são exportadas para a Holanda e Alemanha.
empresas madeireiras, outras 10 empresas que se dedicam
exclusivamente às flores. Santa Rosa tem um índice de
desocupação zero. Estamos trabalhando fortemente com
nosso governador e conjuntamente com os prefeito da
microrregião que começam a se juntar para solucionar os
problemas que nós temos nos diversos municípios vizinhos.
Datos del municipio
ua
y
Río
Ur
ug
R í o Pa ra
ná
Dados da cidade
Ubicación / Localização: 28°15′54″S 58°07′08″O
Fundación / Fundação: 29 / 08 / 1911
Población / População: 20.000 hab.
Superficie / Área: 100 km2
Producción: industria maderera,
floricultura.
Prefijo telefónico: 03782.
Datos extraídos de Wikipedia
Cómo ve la creación de este bloque?
El tema de la creación del bloque de los intendentes del
Mercosur tiene algo muy positivo. Primero hace a la integración para conocernos nosotros con los demás países como
Paraguay, Uruguay, Brasil y Argentina. Nos da la posibilidad
de ver cómo trabajan los distintos municipios, y en cuanto
a la integración se la comienza a mirar con otros ojos. La
producción y el intercambio que se pueda lograr a través del
bloque del BRIPAM nosotros lo vemos posible porque hay un
esfuerzo grande de todos los intendentes. Hoy por ejemplo
se va a dar algo histórico para el bloque cuando nos encontremos con el embajador de Nigeria. En este intercambio de
escuchar al embajador y su realidad de país y nosotros poder
ofrecerle lo que tenemos en nuestra región.
Como o senhor vê a criação deste bloco?
O tema da criação do bloco dos prefeitos do Mercosul tem
uma coisa muito positiva. Primeiro faz a integração para
conhecermos os outros países, como o Paraguai, o Uruguai,
o Brasil e a Argentina. Isso nos dá a possibilidade de ver
como os diversos municípios trabalham, e quanto à integração, começamos a vê-la com outros olhos. A produção
e o intercâmbio que puderem ser conseguidos através do
bloco do BRIPAM nós achamos possível porque há um esforço
grande de todos os prefeitos. Hoje, por exemplo, vai acontecer
algo histórico para o bloco quando nos encontrarmos com
o embaixador da Nigéria. Neste intercâmbio de escutar o
embaixador e sua realidade de país e assim podermos lhe
oferecer o que temos em nossa região.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
61
MADERA Y FLORES, SU POTENCIAL
Santa Rosa
del Gladiolo y la Flor, luego comenzaron
a comercializarse también crisantemos,
margaritas, rosas, yerberas, así como también helechos, para arreglos florales.
El Municipio de Santa Rosa forma parte
del Departamento Concepción, en la
provincia de Corrientes. Fundada a
principios del siglo pasado, es conocida
en la región por su activa producción y
comercialización de flores y maderas.
Actualmente, las industrias madereras
son el principal motor para la economía
local, con la producción de bosques de
localidades vecinas, ya que la
explotación neta forestal se
ubica en localidades aledañas. Los aserraderos
se abocan a tratar la
producción primaria
y a comercializarla.
una comunidad productiva
en constante crecimiento
Cuenta con un paisaje muy variado en
cuanto a especies de flora y fauna que le dan
un atractivo natural importante, además de
las lagunas y esteros que generan ecosistemas naturales que se pueden apreciar
incluso en la trama urbana del municipio,
como la laguna Laurel Ty, que representa un
potencial paisajístico para la ciudad.
Desde su nacimiento, la principal fuente
generadora de ingresos para sus habitantes fue la tierra (plantaban tabaco, algodón, mandioca, batata, poroto, zapallo) y en
menor medida se dedicaban a la ganadería.
Luego, las familias floricultoras comenzaron a producir a gran escala y convirtieron a Santa Rosa en la Capital Provincial
En la actualidad, conviven en Santa Rosa
alrededor de 50 aserraderos, grandes, medianos, e incipientes, que una
vez inaugurado el Parque Foresto
Industrial que se construye a unos 8 kilómetros del casco urbano, tendrán que iniciar un proceso de reorganización interna
y traslado. En tanto, la producción citrícola, hortícola y
ganadera de Santa Rosa alcanzan solo para
Mirna Reijers
Prensa Municipalidad de Santa Rosa
autoconsumo y de momento no responden
a las demandas de las tres “C”: cantidad,
calidad, y continuidad.
En imágenes satelitales del departamento
Concepción y el municipio de Santa Rosa se
puede visualizar el paisaje lacustre que predomina en este sector de la provincia.
En los años sesenta llegó el
agua potable, la luz eléctrica y la pavimentación
de la ruta nacional
118. En los ochenta
llega una sucursal del
Banco de Corrientes,
las primeras familias
floricultoras y los
aserraderos, marcando
una bisagra en la historia de la Colonia, particularmente por el impulso y la
dinámica que adquirió la industria forestal. La forestación comenzó a tener impulso en
Argentina desde principios de la década de
1970 y Corrientes es una de las provincias
argentinas con mayor cantidad de superficie
forestada.
Pensando en una línea de integración para el desarrollo:
que cosas te parece que haría falta para que esto se de
en la región?
Yo pondría el acento en los caminos, muchas veces hay rutas
que no nos dejan llegar a los lugares a donde una quisiera
establecer una empresa. Nosotros tenemos el primer parque
forestal e industrial del país, está instalado en mi pueblo.
Va a ser inaugurado en el mes de agosto y vemos que las
empresas van llegando de distintos lugares del país y de la
provincia. Vemos que todavía falta trabajar en los caminos
Pensando em uma linha de integração para o desenvolvimento: que coisas lhe parecem necessárias para que
isto aconteça na região? Eu poria o acento nas estradas, muitas vezes há estradas
que não nos deixam chegar aos lugares onde se gostaria
de estabelecer uma empresa. Nós temos o primeiro parque
florestal e industrial do país, está instalado em meu povoado. Vai ser inaugurado no mês de agosto e vemos que as
empresas vão chegando de diversos lugares do país e da
província. Vemos que ainda falta trabalhar nas estradas que
que son el eje principal para sacar todo tipo de productos,
para la promoción, para integrar lógicamente los municipios
vecinos. Esto es importante, los caminos son fundamentales
para poder acceder a los beneficios productivos para cada
una de las localidades y para cada uno de los intendentes que
hoy tienen la responsabilidad de estar presentes y mejorar
la calidad de vida de los ciudadanos.
são o eixo principal para tirar todo tipo de produtos, para
a promoção, para integrar logicamente os municípios vizinhos. Isto é importante, as estradas são fundamentais para
poder ter acesso aos benefícios produtivos para cada uma
das localidades e para cada um dos prefeitos que hoje têm a
responsabilidade de estar presentes e melhorar a qualidade
de vida dos cidadãos.
62
MADEIRA E FLORES, SEU POTENCIAL
Santa Rosa
uma comunidade produtiva
em constante crescimento
O Município de Santa Rosa faz parte do
Departamento Concepción, na província de Corrientes. Fundada a princípios
do século passado, é conhecida na região
por sua ativa produção e comercialização
de flores e madeiras. Hoje alberga quase
50 serrarias que industrializam a madeira
e famílias de floricultores continuam produzindo e comercializando as melhores
flores da região. Desde seu nascimento, a principal fonte
geradora de renda para seus habitantes foi
a terra (plantavam tabaco, algodão, mandioca, batata, feijão, abóbora) e em menor
medida se dedicavam à pecuária. Depois
as famílias floricultoras começaram a produzir em grande escala e transformaram
Santa Rosa na Capital Provincial do Gladíolo e da Flor. Depois começaram a serem
comercializados também crisântemos,
margaridas, rosas, gérberas, assim como
samambaias, para arranjos florais.
Atualmente, as indústrias madeireiras são
o principal motor para a economia local,
com a produção de bosques de localidades
vizinhas, pois a exploração líquida florestal
se localiza em localidades limítrofes. As serrarias se ocupam de
tratar a produção primária
e de comercializá-la.
Na atualidade, convivem em Santa Rosa
cerca de 50 serrarias,
grandes, médias e
incipientes, que uma
vez inaugurado o
Parque Florestal Industrial, construído a 8 quilômetros do centro urbano,
terão que iniciar um processo de
reorganização interna e traslado. Enquanto isso, a produção citrícola, hortícola e pecuária de Santa Rosa abastece só o
autoconsumo e por enquanto não respondem às demandas de quantidade, qualidade
Mirna Reijers
Prensa Municipalidad de Santa Rosa
e continuidade.
Em imagens de satélite do departamento
Concepción e do município de Santa Rosa é
possível visualizar a paisagem lacustre que
predomina neste setor da província.
Nos anos sessenta chegou a água potável, a luz elétrica e a pavimentação da rodovia nacional
118. Nos anos oitenta
chega uma sucursal do
Banco de Corrientes,
as primeiras famílias floricultoras e
as serrarias, marcando uma divisão
na história da Colônia, particularmente
pelo impulso e a dinâmica que adquiriu a indústria florestal. O florestamento começou a ter impulso
na Argentina desde princípios da década
de 1970 e Corrientes é uma das províncias
argentinas com maior quantidade de superfície florestada.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
63
Santa Rita
entrevista
Intendente / Prefeito
Alto Paraná - PGY
Concepción Rodriguez Arzamendia
English
pág.89
Santa Rita es una de las ciudades de Paraguay con mayor índice de desarrollo en los últimos 15
años. “Ciudad Progresista” como les gusta llamarla, mantiene su crecimiento sostenido.
Santa Rita é uma das cidades do Paraguai com maior índice de desenvolvimento nos últimos 15
anos. “Cidade Progressista” como gostam de chamá-la, mantém seu crescimento contínuo.
C
Q
empedrado, no había escuelas. Nosotros gestionamos todo
eso, desde construir una escuela, un colegio, la iglesia, una
comisaría, la mayoría se construyó con la comunidad, sin el
aporte del estado, todo a pulmón. Hoy se recibe más ayuda
del estado nacional y la gobernación. El municipio también
ya tiene condiciones económicas. El crecimiento se debe a
la actividad netamente agropecuaria.
munidade. Os primeiros anos foram muito difíceis, não tinha
calçamento, não havia escolas. Nós administramos isso, como
construir uma escola, um colégio, a igreja, uma delegacia, a maioria foi construída com a comunidade, sem a ajuda do estado,
tudo na raça. Hoje se recebe mais ajuda do estado nacional e da
governação. O município também já tem condições econômicas.
O crescimento se deve à atividade puramente agropecuária.
uanto hace que es intendente?
Es mi segundo período como intendente de Santa
Rita. El primero fue desde 1.996 al 2.001. Luego desde
el 98 al 2.003 fui concejal departamental por el Alto Paraná.
Vivo hace 28 años con mi familia aquí. Cuando nosotros
vinimos éramos 40 familias.
En el 83 comenzó el crecimiento poblacional con la construcción de la Ruta 6, que fue un factor fundamental para
la creación de la primera población urbana de Santa Rita.
Teníamos población rural, colonias, pero cuando se construyó la Ruta 6, ahí la gente empezó a levantar sus casas, sus
comercios cerca de la ruta. Como municipio tenemos 23 años.
Yo fui el segundo intendente electo. Vi nacer y crecer a esta
comunidad. Los primeros años fueron muy difíciles, no había
64
uanto tempo faz que o senhor é prefeito?
É meu segundo período como prefeito. Eu estive
desde 1996 a 2001. Depois fiquei de 1998 a 2003
como vereador departamental pelo Alto Paraná, e hoje novamente como prefeito municipal.
Moro com minha família aqui faz 28 anos. Quando nós viemos
éramos 40 famílias.
Em 83 começou o crescimento populacional com a construção
da Rodovia 6, que foi um fator fundamental para a criação da
primeira população urbana de Santa Rita. Tínhamos população
rural, colônias, mas quando a Rodovia 6 foi construída, as
pessoas começaram a levantar suas casas, seus comércios
perto da estrada. Como município existimos há 23 anos.
Eu fui o segundo prefeito eleito. Vi nascer e crescer esta co-
Datos del municipio
R í o Pa ra
ná
Dados da cidade
Ubicación / Localização: 25°59′00″S 54°57′00″O
Fundación / Fundação: 16 / 01 / 1990
Población / População: 38.000 hab.
Superficie / Área: 698 km2
Producción: metal mecánica, soja, maíz,
canola.
Prefijo telefónico: +595.
Datos extraídos de Wikipedia
Qué puntos comunica la Ruta 6?
Desde Santa Rita con la Ruta 6 podemos ir a Ciudad del Este
o Asunción. Para nosotros esta ruta es fundamental. Ahora
estamos solicitando al gobierno que la mejore a través de su
ampliación, porque es muy pesado el tráfico vehicular. Ya
preparamos los proyectos, porque cuando no tenes proyectos
no sabes lo que tenes que pedir. La proyección tiene pasarelas
peatonales, para que la gente pueda cruzar.
Queremos que Santa Rita tenga un paisajismo atractivo,
moderno, diferente a otras comunidades. El santarriteño es
muy fanático. Hay pocas comunidades como esta, nosotros
somos muy orgullosos de nuestra comunidad, se instaló esa
mentalidad. Nuestro slogan es: “Ciudad Progresista”. Queremos que Santa Rita sea diferente, tiene que ser diferente.
Qué tipo de producción tiene el municipio?
Es agrícola e industrial. Aquí en metal mecánica se fabrican
muchas cosas grandes, por ejemplo todo lo que es semirremolque, volquetes, implementos agrícolas, máquinas pesadas,
motoniveladoras, palas cargadoras. Algunas piezas se traen
de afuera, pero aquí se fabrican varias.
Por otro lado en granos tenemos: soja, trigo como más fuerte,
después también hay maíz, girasol, canola, que son granos
que se producen en grandes cantidades. Santa Rita es uno de
los mayores productores de granos del país, más de 40.000
hectáreas son superficie mecanizada de alta producción.
Este es el municipio de mayor desarrollo y crecimiento en el
país en los últimos 15 años.
Las empresas que están en su municipio, exportan? Cuáles
son los destinos?
Acá están radicadas grandes empresas como: ADM, Bunge,
Cargil y hay una asociación de cooperativas que ya tiene
mercado internacional propio. A través de ellos se comercializa a todo el mundo.
Qué piensa que le está faltando a Santa Rita para seguir
desarrollándose?
Que pontos a Rodovia 6 comunica?
Com a Rodovia podemos ir desde Santa Rita a Ciudad del Este
ou Assunção. Para nós esta rodovia é fundamental. Agora
estamos solicitando ao governo que a melhore através de sua
ampliação, porque o trânsito de veículos é muito pesado. Já
preparamos os projetos, porque quando não se tem projetos
não se sabe o que se deve pedir. A projeção abrange passarelas
para pedestres, para que as pessoas possam atravessar.
Queremos que Santa Rita tenha um paisagismo atraente,
moderno, diferente de outras comunidades. O habitante de
Santa Rita é muito fã. Há poucas comunidades como esta, nós
temos muito orgulho de nossa comunidade, instalou-se essa
mentalidade. Nosso slogan é: “Cidade Progressista”. Queremos
que Santa Rita seja diferente, tem que ser diferente.
Que tipo de produção o município tem?
É agrícola e industrial. Em metalurgia aqui são fabricadas muitas coisas grandes, por exemplo tudo o que é semirreboque,
caçambas, implementos agrícolas, máquinas pesadas, motoniveladoras, pás carregadoras. Algumas peças são trazidas de
fora, mas aqui são fabricadas várias.
Por outro lado, em grãos temos: soja, trigo são os mais fortes,
depois temos também milho, girassol, canola, que são grãos
produzidos em grandes quantidades. Santa Rita é um dos
maiores produtores de grãos do país, mais de 40.000 hectares
são superfície mecanizada de alta produção.
Este é o município de maior desenvolvimento e crescimento
no país nos últimos 15 anos.
As empresas que estão em seu município, exportam? Quais
são os destinos?
Aqui estão radicadas grandes empresas como: ADM, Bunge,
Cargill e há uma associação de cooperativas que já tem mercado internacional próprio. Através dele se comercializa para
o mundo todo.
O que o senhor pensa que está faltando a Santa Rita para
continuar se desenvolvendo?
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
65
Nosotros buscamos un puerto grande con mucho almacenamiento, por ejemplo en Pilar, porque allí hay río profundo,
entonces podríamos canalizar por allí los productos para la
Argentina. Yo creo que los colegas de Itapúa estarán pensando
en eso. Mientras eso no suceda la mayoría de los productos
salen por el Brasil. Por eso la comercialización de todo se
hace por allí, ya sea directamente para el Brasil a través de
camiones o para otros países a través de Paranaguá. Este último
es un puerto muy grande que Paraguay volvió a recuperar
como gobierno y yo creo que va a volver a tener más fluidez.
Cuál sería el interés de ustedes en tener un puerto alternativo para salir por Argentina?
Nosotros tenemos interés en ir hacia el lado argentino, porque
tenemos que ser sinceros, para nosotros casarnos con un solo
cliente nos trae muchos problemas porque no tenemos otra
posibilidad, tenemos que estar atados a uno solo. Yo creo que
eso no es bueno. Cuando tenes diversificado el mercado es
mejor. Acá no tenemos un puerto grande para exportar a
través de Argentina, a través del Río de la Plata.
Necesitan que se desarrolle la hidrovía tan prometida.
Sí, nosotros en estos momentos podemos transportar pequeñas
toneladas, para eso no hay problema. Pero para salir del río
Paraná al río de la Plata tenemos la represa de Yaciretá, que
no nos permite mover muchas toneladas de carga, aunque
tenga su esclusa de navegación, no es para grandes barcos.
Como es la parte de educación en el municipio? Hay
universidades?
Tenemos universidades privadas y públicas. La municipalidad trabaja con la Universidad Nacional del Este. Llevamos
invertidos en estos primeros 3 años más de 2 millones de
dólares en la construcción del local propio para la universidad:
aulas, auditorio, área administrativa. Hoy tenemos más de
700 jóvenes estudiando en esa casa de estudios.
Porque dice que el santarriteño es diferente? En qué lo
nota?
Creemos que la gente es diferente, piensa y trabaja en forma
diferente. Se trabaja mucho más, porque estamos convencidos
que el salario mínimo no alcanza para que una familia tenga
una vida digna. Si una persona trabaja 10 horas en lugar de
8, gana casi el doble de lo que es un salario mínimo. Esos
son factores importantísimos para que la gente tenga más
ingresos y mejor nivel de vida. Nosotros buscamos que el
pobre también tenga una vida digna, pero a través del tra-
66
Nós buscamos um porto grande com muito armazenamento,
por exemplo, em Pilar, porque lá tem rio profundo, então
poderíamos canalizar por ali os produtos para a Argentina.
Eu acho que os colegas de Itapúa estarão pensando nisso.
Enquanto isso não acontecer, a maioria dos produtos sai pelo
Brasil. Por isso a comercialização de tudo é feita por lá, seja
diretamente para o Brasil, através de caminhões, ou para
outros países através de Paranaguá. Este último é um porto
muito grande que o Paraguai recuperou de novo como governo
e eu acredito que voltaremos a ter mais fluidez.
Qual seria o interesse de vocês em ter um porto alternativo
para sair pela Argentina?
Nós temos interesse em ir para o lado argentino porque, temos
que ser sinceros, para nós casarmos com um único cliente nos
traz muitos problemas porque não temos outra possibilidade,
temos que estar atados a um só. Eu acredito que isso não é
bom. Quando o mercado está diversificado é melhor. Aqui não
temos um porto grande para exportar através da Argentina,
através do Rio da Prata.
Necessitam que a hidrovia tão prometida seja desenvolvida.
Sim, nós agora podemos transportar pequenas toneladas, para
isso não tem problema. Mas para sair do rio Paraná ao Rio
da Prata temos a represa de Yaciretá, que não nos permite
movimentar muitas toneladas de carga, mesmo tendo sua
eclusa de navegação, não é para grandes barcos.
Como é o tema de educação no município? Há universidades?
Temos universidades privadas e públicas. A municipalidade
trabalha com a Universidade Nacional del Este. Investimos
nestes primeiros 3 anos mais de 2 milhões de dólares na construção do local próprio para a universidade: salas de aulas,
auditório, área administrativa. Hoje temos mais de 700 jovens
estudando nessa casa de estudos.
Porque o senhor diz que habitante de Santa Rita é diferente? Em que aspecto?
Acreditamos que o povo é diferente, pensa e trabalha de forma
diferente. Trabalha-se muito mais, porque estamos convencidos que o salário mínimo não é suficiente para que uma família
tenha uma vida digna. Se uma pessoa trabalha 10 horas em
vez de 8, ganha quase o dobro do que é um salário mínimo.
Esses são fatores importantíssimos para que o povo tenha
mais renda e melhor nível de vida. Nós queremos que o pobre
também tenha uma vida digna, mas através do trabalho. Não
queremos preguiçosos em Santa Rita. Quem não quer trabalhar
traz muitos problemas, e nós não estamos de acordo com isso.
Como o senhor propõe a assistência social para seus cidadãos?
Nós não incentivamos preguiçosos. Temos, por exemplo, programas sociais com os pequenos produtores. O município tem
programas sociais com as donas de casa do interior. Um dos
projetos consiste na entrega de 100 frangos e seu respectivo
alimento para 15 dias, por cada família. Eles devem procurar
alimentar os frangos nos dias restantes, que são mais ou menos 60, até que possam ser comercializados. Nesse momento
são vendidos, e com essa renda têm que comprar o dobro; se
nós lhes entregamos 100, eles têm que comprar 200. Nós
os visitamos a cada 15 dias e se virmos que os frangos cresceram e estão na etapa para a venda, a municipalidade os
acompanha nesse processo. Temos um funcionário que faz
um acompanhamento na parte social. Quem vendeu e não
comprou nada já não tem mais oportunidade. O programa
tem que ser rentável para eles. Nós não estamos de acordo
com o assistencialismo permanente, não há municipalidade
nem governo que aguente. No Paraguai nós queremos que as
pessoas trabalhem, produzam, tenham sua renda através do
trabalho e que haja condições dignas para progredir. Porque
caso contrário se vierem indústrias e empresas, os impostos
têm que ser muito elevados para manter um assistencialismo
permanente.
bajo. No queremos haraganes en Santa Rita. El que no quiere
trabajar trae muchos problemas, y nosotros no estamos en
consonancia con eso.
Cómo plantea la asistencia social para sus ciudadanos?
Nosotros no incentivamos haraganes. Tenemos, por ejemplo,
programas sociales con los pequeños productores. El municipio
tiene programas sociales con las amas de casa del interior.
Uno de los proyectos consiste en la entrega de 100 pollitos y
su respectivo alimento para 15 días, por cada familia. Ellos
deben procurar alimentar a los pollitos los días que restan,
que son más o menos 60 hasta que se puedan comercializar.
En ese momento los venden, y con ese ingreso tienen que
comprar el doble, si nosotros les entregamos 100, ellos tienen que comprar 200. Los visitamos cada 15 días, si vemos
que los pollitos crecieron y están en la etapa para la venta,
la municipalidad los acompaña en ese proceso. Tenemos un
funcionario que hace un seguimiento en la parte social. El
que vendió y no compró nada ya no tiene más oportunidad.
El programa tiene que ser rentable para ellos. Nosotros no
estamos de acuerdo con el asistencialismo permanente, no
hay municipalidad ni gobierno que aguante. En Paraguay
queremos que la gente trabaje, produzca, tenga su ingreso a
través del trabajo y que haya condiciones dignas para progresar. Porque de lo contrario si vienen industrias y empresas
los impuestos tienen que ser muy elevados para sostener un
asistencialismo permanente.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
67
El BRIPAM en fotos
El BRIPAM con el Ministro del
Interior y Transporte de la
Nación Florencio Randazzo
Los Vicepresidentes del BRIPAM, Vanice
de Matos (BRA) y Eldor Hut (ARG),
junto al Secretario General Ramón
Ortellado y el Secretario de Brasil,
Airton Bertol da Silva presentaron
el proyecto del Puente Alba Posse –
Puerto Maua al Ministro Randazzo.
O BRIPAM com o Ministro
do Interior e Transporte da
Nação Florencio Randazzo
Os Vice-presidentes do BRIPAM,
Vanice de Matos (BRA) e Eldor Hut
(ARG), junto ao Secretário Geral Ramón
Ortellado e ao Secretário do Brasil,
Airton Bertol da Silva apresentaram o
projeto da Ponte Alba Posse - Porto
Mauá ao Ministro Randazzo.
BRIPAM with Minister of
the Interior and Transport,
Florencio Randazzo
The Vice Presidents of BRIPAM, Vanice
de Matos (BRA) and Eldor Hut (ARG),
together with the General Secretary,
Ramón Ortellado, and the Secretary
from Brazil, Airton Bertol da Silva,
presented the project for the bridge
Alba Posse – Puerto Maua to the
Minister Randazzo.
68
El BRIPAM en fotos
Fenasoja 2014
Miembros del BRIPAM participaron de la
Vigésima fiesta de la soja en Santa Rosa
(BRA). Fueron recibidos por el intendente de
la ciudad, Alcides Vicini, quien muy contento
elogió las actividades que viene realizando el
Bloque en beneficio de la región.
Fenasoja 2014
Membro do BRIPAM participaram da
Vigésima festa da soja em Santa Rosa (BRA).
Foram recebidos pelo intendente da cidade,
Alcides Vicini, quem muito contente elogiou
as atividades que vem realizando o Bloco em
benefício da região.
Fenasoja 2014
Members of BRIPAM participated in the
Twentieth Soy Festival in Santa Rosa (BRA).
The mayor from the city, Alcides Vicini,
received them and he happily praised all the
activities that the block of the region has
been performing.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
69
El BRIPAM en fotos
Fiesta del Té 2014
Se realizó el lanzamiento de la revista
del BRIPAM en la Fiesta del Té que
se lleva a cabo todos los años en la
ciudad de Campo Viera, Misiones. Las
autoridades del Bloque fueron invitadas
a participar de las distintas actividades
que se realizaron.
Festa do Chá 2014
Foi feito o lançamento da revista do
BRIPAM na Festa do Chá que se leva a
cabo todos os anos na cidade de Campo
Viera, Misiones. As autoridades do
Bloco foram convidadas a participar das
diversas atividades que se realizaram.
Tea Festival 2014
The launch of the magazine BRIPAM
was carried out in the Tea Party that
takes place every year in the city of
Campo Viera, Misiones. The block
authorities were invited to participate in
the different activities that were done.
70
El BRIPAM en fotos
Seminario Internacional de
Regiones de Fronteras
El BRIPAM participó del seminario
internacional que se llevó a cabo en las
instalaciones de Itaipu. En el evento
se pudo distribuir el primer número
de la revista del Bloque entre los
participantes.
Seminário Internacional de
Regiões de Fronteiras
O BRIPAM participou do seminário
internacional que se levou a cabo nas
instalações de Itaipú. No evento foi
possível distribuir o primeiro número da
revista do Bloco entre os participantes.
International Seminar on
Border Regions
BRIPAM took part in the international
seminar that took place in the locations
of Itapu. During the event, the first
issue of the magazine of the block was
delivered among the participants.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
71
El BRIPAM en fotos
Firma del Convenio con
Nigeria
El BRIPAM celebró un Convenio
Cooperación con la República de
Nigeria. Dicho acto contó con la
presencia del embajador de Nigeria, Sr.
Chive Ignatius Kaave, las autoridades
del Bloque y empresarios de distintos
sectores ligados a la exportación.
Assinatura do Convênio com
a Nigéria
O BRIPAM celebrou um Convênio
Cooperação com a República da
Nigéria. Esse ato contou com a
presença do embaixador da Nigéria, Sr.
Chive Ignatius Kaave, as autoridades
do Bloco e empresários de diversos
setores ligados à exportação.
Agreement signing with
Nigeria
BRIPAM signed a Cooperation
Agreement with the Republic of
Nigeria. This event was attended
by the Ambassador of Nigeria, Mr.
Ignatius Kaave Chive, authorities
of the block and businessmen from
different sectors related to exports.
72
El BRIPAM en fotos
Cámara de Representantes de la
Provincia de Misiones
Luego del lanzamiento de la primera revista del
BRIPAM, por iniciativa de la Diputada Noelia
María Leyría, la Cámara resolvió declarar: “el
beneplácito por la primera edición de la revista
del Bloque Regional de Intendentes, Prefeitos y
Alcaldes del MERCOSUR”. Cuyos fundamentos
fueron detallados en la resolución.
Câmara de Representantes da
Província de Misiones
Após o lançamento da primeira revista do
BRIPAM, por iniciativa da Deputada Noelia
María Leyría, a Câmara resolveu declarar: “o
beneplácito pela primeira edição da revista
do Bloco Regional de Intendentes, Prefeitos
e Alcaldes do Mercosul”. Cujos fundamentos
foram detalhados na resolução.
Misiones Province House of
Representatives
After the presentation of the first issue of
BRIPAM magazine, on Representative Noelia
Maria Leyria’s own initiative, the House decided
to declare: “the approval of the first issue of
the magazine of the MERCOSUR Regional Block
of Mayors and Prefects.” Whose basic principles
were listed in the resolution.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
73
English versions
duction. Because we have everything to
produce, we only have to give producers
the tools that are political decisions and
ongoing construction.
Dear mayors and prefects, you are the
future, the region is in your hands. The
world wants our food and the region has
it. The first agreement is signed. Africa
wants our production, 170 million Nigerians are the challenge. We’re standing
at the threshold of Africa and there we
go: supportive, united and integrated.
BRIPAM is the strength of MERCOSUR.
ambassador then showed his happiness
for participating in this important event
that “will undoubtedly bring many
mutual benefits for both Nigeria and
the region of BRIPAM and its member
local governments.”
Mayors of member countries invited the
ambassador to visit the region personally
in order to show him the production
variety they have to offer him.
Mayors of Corrientes and Misiones
provinces, Argentina, many mayors
from Itapua department, Paraguay, and
several mayors and councilors from
Full text on page 4
Editorial
BRIPAM-MERCOSUR,
the barn of the world
Full text on page 8
Rio Grande do Sul, Brazil, attended
Institutional
the meeting which was considered a
BRIPAM signs
a Cooperation
Agreement with
Nigeria
Some businessmen from different pro-
An agreement that boosts
cooperation between the countries
of the region and Nigeria.
concluded that this is the beginning of
historical event.
duction sectors also participated and
they are very excited about the possibilities of opening new markets for
their products.
In closing of the event, all of them
a brighter future for the development
of the region.
Statements
Mayor Lilian Krohn
Natalio – Itapua - PRY
“I believe this is a long-awaited opportunity for the BRIPAM members. Because we
joined the block anticipating an opportunity. I think this is very important for the
Ramón Ortellado
mayors who are representing our townships
BRIPAM General Secretary
and, above all, our departments. We are
here on behalf of Itapua department and
Thanks to this second issue of our BRIPAM magazine, we can say that we’re
in motion.
The block moves towards that great
encounter of brotherhood, solidarity
and integration.
We are getting stronger day after day
with a great effort from BRIPAM members who are working together with one
goal: That our people join through music,
through their culture: the Guarani, the
Creoles, the gauchos, the melting pot
that inhabits our land. From Polish,
On Friday, August 11 at 2:00 PM, the
Commercial, Educational, Cultural and
Social Welfare Cooperation Agreement
was signed at the BRIPAM offices in
Buenos Aires between BRIPAM and
the Embassy of the Republic of Nigeria.
The agreement was endorsed with BRIPAM authorities’ signatures: President
Javier Pereira (Paraguay), Vice President
Vanice de Matos (Brazil), vice president
German, Italian, Portuguese, Spanish,
Creole and our Guarani natives’ cracked
hands. That is the true union of the
BRIPAM towns and cities that strongly
advances to fill our borders with bridges,
to move from one side to the other of
our territories and to triple our food pro-
Eldor Hut (Argentina), General Secretary
Ramón Ortellado and the Ambassador
of the Republic of Nigeria, Mr. Barrister
Chive Kaave.
At a great brotherhood ceremony, the
notary public read the agreement and
everybody was in accordance with it. The
74
we’re very excited and joyful of having
participated in what we’re living today
in this meeting in Buenos Aires. We also
want to thank you for welcoming us with
such warmth. I think today a world of
opportunities opens for our region.”
Mayor Vanice de Matos
Puerto Vera Cruz
Rio Grande do Sul – BRA
“The signing of the agreement is an important step that BRIPAM took as a block,
as an entity. I have no doubt that it’s the
first of many agreements that are going to
be carried out. It’s a very important and
inclusive agreement for town councils
and it also offers a lot of alternatives and
possibilities for everybody to work on it.”
Full text on page 12
Interview
Chive Ignatius
Ior Kaave
Nigeria Ambassador in Argentina
Nigeria is the
gateway into
Africa
The Ambassador opens the
doors of the Republic of Nigeria
Embassy to give us an interview.
Through his answers he shows us
a country with a great exchange
potential for our region.
Who’s Ambassador Chive Kaave? How
would you introduce yourself?
I’m a Catholic, I’m married by the Catholic Church. At the moment I’m living in
Buenos Aires with my wife. We have five
children. I studied Law, I’m a lawyer
and I’ve worked as such for 32 years. I
was appointed Minister of Justice in the
State of Benue.
Before coming to Argentina I was president of a football club of first division. I
was also Vice-president of the Nigerian
Football Federation for many years.
I´m a member of the political party
that is governing Nigeria at present,
the People’s Democratic Party (PDP).
I’m not of a career diplomat. This is my
first mission as a diplomat.
What’s your political background in
Nigeria?
I was candidate in the elections for
governor in my State, I lost and the
elected governor was the one to appoint
me Minister of Justice. I was in that
charge for five years, from 2007 to 2012.
Then in 2012 I was appointed Nigeria
Ambassador to serve in the Argentine
Republic and I got here in August 2012.
What can you tell us about Nigeria
from the social, cultural and economic
points of view?
We know Africa is growing, is the
same happening to Nigeria? Is social
mobility being witnessed?
Nigeria became an independent country
just 54 years ago. In 1960 we achieved
independence from England.
Nigeria has a population of 170,000,000
million inhabitants. The Argentine
Republic area is four times greater than
Nigeria’s. Half of the Nigerian population is Christian and the other half is
Muslim. Our official language is English.
We have 250 different dialects, but the
three most important are: igbo, yoruba
and hausa.
Nigeria is located in the West Africa
region, and it’s the seat for the ECOWAS
(Economic Community of West African
States) which would be an equivalent
of MERCOSUR. It’s positioned as the
greatest growing economy within Africa.
We Nigerian are football fans like the
Argentinean and we always face Argentina in every World Cup we played. And
we can be proud to say that in the last
World Cup the only team to score two
goals to Argentina was Nigeria. Even
the champion Germany could only score
one goal to Argentina. Football rivalry
between Nigeria and Argentina started
in 1996 when Nigeria won the Olympics
and got the trophy. From that moment,
it started to be recognized as a football
fan nation.
We have a great growing middle class.
There are more than 100 universities,
some of them state, others denominational and some others private.
Our system of government is presidential, that is like the American, we elect
a president every four years. We have
36 states and a capital federal territory
called Abuya.
Nigeria’s economic strength is oil due to
its excellent quality. We are first place
in crude oil production in the continent.
We have an important place in the OPEC
(Organization of the Petroleum Exporting Countries).
Most of Nigerians are agriculturists. But
our food production is not enough for
the population we have.
Where is the population settled?
Actually, the territorial area is not much
as compared to Brazil or Argentina, but it
is the biggest in the West Africa region.
Oil production occurs in 20% of the
territory.
How is Nigeria as compared to the
rest of the African countries? We
see that it is a growing economy.
Developed countries are looking at
Africa enthusiastically thinking on
their possibilities of growth. How is
Nigeria positioned in this context?
As regards direct foreign investment
Nigeria is a wonderful destination. In
crude, in natural gas (GNL) and in solid
minerals which are still to be exploited.
And there is also great potential in
agriculture for being a tropical country.
Due to its geographic position, Nigeria
can serve not only West Africa but also
Central Africa. If somebody’s thinking
of a business in Nigeria, they have to
think that it could be for all of Africa,
for the 18 countries of the region.
You mean that the gateway into Africa
is Nigeria?
Absolutely, that’s right. If you observe
both sides of the continent, South Africa
is below and Egypt above, and in East
Africa is Kenia. If you look at the map,
due to its location, it’s faster and shorter
the way from MERCOSUR directly to
Nigeria rather than entering from the
north or south.
Are you planning to start any kind of
exchange between Nigeria and Mercosur? Is there any stated time limit?
Nigeria is part of the ASA (Africa-South
America cooperation) forum, and the
first meetings started in Nigeria in
2006. Once every two years meetings
take place, in Africa and South America
alternatively. The last one was in 2012
in Equatorial Guinea and the next one
will be in Venezuela. This forum platform is precisely cooperation in every
aspect in all the African countries and
those of Latin America. This happens
more or less within the BRIPAM paraJulio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
75
meters, economic cooperation, cultural
interchange, professional interchange,
cooperation among universities and
exploitation of business opportunities.
Could you make an evaluation of
your management up to the moment?
What’s the mission you feel you have,
and what does your job as ambassador
What’s your opinion about BRIPAM?
I think BRIPAM is the key to open the
doors between Nigeria and the block.
And I believe they are very serious and
pragmatic, with minimum protocol. And
that’s good because business doesn’t get
along with so much protocol. I hope in
a short time I can lead and take several
BRIPAM delegations to Nigeria.
offers to Nigeria?
I believe our countries have a perception challenge. For instance: Argentina’s perception towards Nigeria is
Full text on page 18
that it is just a football country in the
regional economies
African continent. Nigeria’s perception
is that Argentina is a football country
within South America. As regards
economic, commercial and business
cooperation the relation is very weak.
We have many similarities as countries,
we were under military regime for a
long time. We’re both developing economies, economies called south-south.
We’re also recovering from military
The visit was done by the Ambassador
of Nigeria, Mr. CHIVE IGNATIUS IOR
KAAVE and BRIPAM General Secretary,
Mr. Ramón Ortellado and his work team.
The mayor of Santa Rosa, Corrientes,
Marcelo Otazo, active member of BRIPAM and the mayor Adrián Fuertes from
Villaguay, Entre Rios, were also part of
the retinue.
They went over the main companies
of Crespo city and neighboring colonies: Carnes del Interior, Grupo Motta,
of export their products to Nigeria.
They initially agreed on working on
the compatibility of the export rules
for both countries.
The ambassador was very interested in
the production of these companies and
he always emphasized that in Nigeria there are only 170,000,000 million
people to be fed and encouraged the
businessmen to venture to enter the
African market with Nigeria as the
gateway to that continent.
Businessmen thanked the ambassador
for his visit and gave him the Martin
Fierro in English as a gift.
An important part of the tour was the
visit to the mayor of Crespo, Engineer
Ariel Robles, who received the ambassador with the entire delegation and
thanked him for his visit to the city by
naming him “Distinguished Citizen”.
The mayor was able to show him through
a presentation the productive, cultural
and social development of the city and
region.
The visit to the town council ended with
a press conference with the local media.
They all stressed the importance of the
exchange either with the intention of
economic or cultural agreements.
The ambassador acknowledged the
mayor’s great leadership and was eager
to start a good relationship between
the city of Crespo and Nigeria. Besides,
he expressed his happiness to get in
touch with the reality of Argentina and
he highlighted that: “Several times,
Tecnovo S.A. The itinerary was organized with an excess of detail by Sergio
Badano and Alejandro Canavesio, who
are BRIPAM collaborators in Entre Rios.
The trip was very positive, the companies could show their work and talked
to the ambassador about the possibility
diplomacy takes you as prisoner in
Buenos Aires and you don’t have the
chance to travel around the rest of the
country”. He mentioned and thanked
BRIPAM general secretary and his team
for this first activity that arises within
the framework of the agreement signed.
Trade mission to
Entre Rios
In the context of signing the
Cooperation agreement between
BRIPAM and the Embassy of
Nigeria, a trade mission to Entre
Rios province was carried out on
July 30th.
dictatorship and we’re giving our steps
in democracy. While Argentina has
30 years of democracy Nigeria has 15.
There are many potential areas that
are going to benefit our countries. In
the case of Argentina, it is a country
with such an important agricultural
capacity that it can produce food for
100,000,000 million people. We can
cooperate with Argentina to be able
to produce food for our 170,000,000
million inhabitants. Having been living
in Argentina for almost two years,
I’ve become aware of the Argentinean football mentality, their football
academies are the best. As Nigeria is
such a football fan country I consider
it viable to create academies similar
to the ones in Argentina.
You love football...
That might be one of the reasons I was
sent to this country.
It´s very simple for me to communicate
with any Argentinean because you can
easily hold a conversation for 30 minutes talking about football. The same
happens with the Pope, who’s a football
fan, and San Lorenzo’s fan. For me this
is very good and I´m very happy it’s so.
I can say that my first point in diplomacy
in Argentina has been football, and the
rest comes later.
76
Statements
Full text on page 22
Diego Seimandi
Business manager, Tecnovo S.A.
I think that the integration of the political
and private sectors is excellent. It’s difficult
for us to investigate and development new
markets alone. It’s easier to do it through
a link, through governments or contacts,
who can put these countries closer in order
to reach them and develop relationships
between the companies and those countries.
Tecnovo was founded in 1995 and we’re
exporting since 1998. We have reached
over 30 countries and 12 of them are active
during the whole year. In Latin America
we are almost in every country and we
also export to Europe: Belgium, Germany,
Denmark, Russia, Ukraine and also Japan.
We are producing about 120 tons per month
and we export 40% of them. The remaining 60% is sold in Argentina, mostly
liquid products that can be easily moved
and which have a more limited maturity
period. However, the whole production of
powdered egg has a maturity period of 3
years and this what we export.
Engineer Ariel Robles
Mayor of Crespo
I’m really happy and honored, but above
all things, I feel a great happiness for the
expectation that all this generates in me. We
don’t’ have ambassadors visiting us regularly. If it hadn’t been for BRIPAM, maybe
we would have never had an ambassador’s
visit in our city. That’s good to highlight and
it gives me enormous happiness because
it opens doors for me and offers me a
glimpse of a different world. I feel that I can
contribute and help my community from
forging these new ties and enabling these
channels to help people from Crespo have
better chances. So that our producers can
sell their products and Nigerian can also
develop businesses here and help us with
this trade, cultural and social exchange.
International Seminar on
Borders Region
Cross-border
Integration Challenges
A conference that focused on
border regions reality.
of Europe Border Regions Association.
Changes taking place lately on the border were emphasized , mainly those at
cultural level , and also the way binational undertakings, such as Itaipu, have
contributed in improving the region and
generating more cooperation among
the countries.
The challenges the cities are to face
were also mentioned, such as developing
sustainable areas. They also pointed
out the construction of a Latin American citizenship through community
integration.
Jorge Miguel Samek
Itaipu Binacional General Director
He opened the International
Seminar on Border Region 2014 in
Itaipu with the following words:
Gathering more than 900 participants,
the International Seminar on Borders
Region “Cross-border Integration Challenges” was held on May 29th and 30th
at Itaipu Technological Park in Foz do
Iguazu – Brazil. The event was organized
by the Institutional Relations Secretary
of the Federal Republic of Brazil, the
Itaipu Technological Park and Itaipu
Binacional, with the support of UNILA
(Federal University of Latin-American
Integration).
The event aimed at debating about the
integration process of South America
-with an emphasis on Mercosur- and
discuss mechanisms to integrate local
governments and regions.
The BRIPAM participated through its
representatives and through the magazine that was distributed in the audience.
The seminar was oriented towards the
job that the mayors of border regions
are carrying out in the different areas:
safety, commerce and health services.
The 588 mayors in the border strip were
summoned as well as political leaders,
among them Ambassador Samuel Pinheiro Guimaraes Neto from Brazil, Jorge
Miguel Samek: Itaipu Binacional General
Director, María Elizabeth Guimaraes
Texeira Rocha: Minister of the Military
Superior Court of Brazil, the Paraguay
Senator, Lilian Graciela Samaniego
González, the Surinam Ambassador in
Brazil, Paraguay and Argentina and
Martín Guillermo: General Secretary
Good morning to all of you, it is an
honor to welcome you home on Itaipu
40th anniversary and celebrating 30
years of energy generation. Beating
successive records with a great performance – I say this because here we
have irrefutable evidence that Itaipu was
born from integration, half Brazilian,
half Paraguayan.
Secondly, we are very glad because those
who are responsible, those who live and
accompany every day the border issues
are here in this room.
There are ten ministries present, forty
technicians from these ministries, all
of them open to discuss, listen and have
a conversation. More than 100 local
governments represented by mayors,
vice-mayors, secretaries.
I want to start by naming a man who
brought fresh air to Itaipu Binacional and who is here today. He was our
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
77
administration counselor for eight years.
I am talking about Samuel Pinheiro
Guimarães, our vice-chancellor. For
sure there is no one so conciliatory, so
studious, so devoted to spending his
time and intelligence to make it possible
for us to fulfill this integration process.
The parliament is also present here
through the Mercosur representative,
Doctor Rosinha, coming from our state
of Parana. Not only him but his cabinet
as well, dedicate their time concretely
to issues related to our integration.
He lives Latin America. He lives South
America. Of course, there is still a lot to
do, I completely agree on the idea that
we cannot solve every problem today.
And here I conclude, because I know
all of you want to listen to Professor
Samuel, together with the panelists
that are arriving, and then we will have
a great working day. And I have learned
that for a speech to be good it has to be
short, and if it is short it does not even
need to be good…
President Lula said: “Brazil started by
the sea. Most of Brazilian capital cities
are located on the littoral. With Juscelino Kubitschek Brazil went “inwards”
(in-country).” Brasilia is in the center of
the country, with its routes, and now it
is time for the borders, and the motto
is to think big, start from the bottom,
from the smallest things and go fast.
This idea is big, isn´t it Samuel? Dream
with this border as we all dream.
I am seeing among you our rector of the
Federal University of Latin-American
Integration, UNILA. This has been, it is,
an important step for education, for the
culture that builds integration.
We are here at this plant that costs
80,000 million dollars, half Brazilian,
half Paraguayan. Would you ask for an
integration procedure greater than this
from the point of view of the magnitude
of the project? And we have so many
things to do together.
I want to finish by saying the following:
I am a son of the border, I was born here
in Foz do Iguazu, on the Parana River
banks. Brazilian blood flows here, in my
veins, but be sure that there is also plenty
of Argentinean and Paraguayan blood,
and blood from anybody who wants
to integrate America. Enjoy this event.
78
Full text on page 26
UNILA Vice-chancellor
Nielsen de Paula Pires
Thinking
of the border
UNILA Deputy Vice-Chancellor,
Nielsen de Paula Pires, leaves us a
reflection about the new concepts
that are arousing and which bring
new light to rethink the region
within the framework of the
International Seminar on Border
Regions.
We are witnessing a change in the concept of “border”. It used to be the limit
one could reach, but now it has become
the point of contact, the point of union.
What lies behind is that we have to
change conceptions. Why? We have a
western Christian tradition of understanding relations among states, and consequently societies, since states result
from societies as relations of distrust
and threat. I have to be prepared for the
potential threat. For example: Argentina threatens Brazil, so I, Brazil, have
to be ready so that Argentina does not
invade me, does not beat me, does not
surprise me. So the army strengthens
the borders, put their people there, and
the same happens on the other side. The
army makes a first hypothesis of war,
then they say: it is with Brazil. And as
we do not trust each other we have to be
prepared not to be surprised. This conception has ruled and it comes together
with the conception of the formation of
the State, of the search for more space,
territory and of delimiting borders.
That conception of sovereignty, of
domain is the predominant one. Then
a counter proposal is emerging: now we
have to understand that it is not a threat
relation but a partner relation, we are
going to be partners. Itaipu is an example
of this new concept. This undertaking
shows how we should rethink the relations among the countries. In this case,
they became partners and they built
Itaipu together. So what at first appeared
to be a possible conflict between Brazil
and Paraguay, was solved through the
construction of Itaipu. The dam was
built on territory that was demanded
by Paraguay, they claimed sovereignty
over that territory. In consequence,
there was a war menace because of a
few square kilometers. How was the
problem of a possible menace, a potential war solved? It was solved with the
decision of forming a society to jointly
build a hydroelectric dam that would
generate energy, 50% of the production
for Paraguay and 50% for Brazil. For the
financing Paraguay objected they did
not have the funds, and Brazil agreed
on lending them. And the resulting product, that would be energy generation,
would be half and half. Paraguay set out
that their consumption would be 12% of
the total so Brazil said they would buy
the remaining. Paraguay insisted they
did not have the money to build the
power station, so Brazil answered with
a loan that would be afforded with the
purchase of remaining energy. In fact,
that debt will be completely canceled
in one or two years.
This way, Paraguay did not invest any
cash and they paid with part of the
generated energy, and in short, they will
start receiving money. So Brazil avoided
a potential war and created a situation
of trust, of partnership so that progress
could reach both sides of the region.
This example is what we want to transmit to the Chilean, Peruvian and Bolivian
people. Try to find solutions this way for
the problems they have in the north. A
tripartite partnership could be created so
that the three of them would be partners
and benefit from that. And in this way
the menace of war is eliminated. Instead
of wasting money in defense, they can
earn money from a service they offer.
We have to change the concept of border.
The UNILA is another example or real
integration. President Lula proposed the
creation of a university for Mercosur, and
though all the presidents agreed, when
the time of concrete action came, the
member countries backed down. But Lula
insisted on the importance of this creation “we are creating a new model of
university institution whose mission will
be to contribute with Latin American integration through knowledge interchange
and partnership,” were Lula’s words in the
opening ceremony.
So, we’ve been saying that we have to be
integrated, to be aware of our potential
and our weaknesses and then construct
in the pursuit of sustained development.
In this case, the proposal of creating a university appeared to carry out everything
that has been said. And what would be the
best place to set it up? The triple border,
where Itaipu is located, an emblem. We’re
integrated here, it’s not just a speech, it’s
a reality. This is how integration happens,
not just talking.
It is no longer the limit, but the bridge,
the contact. And what is behind this? A
change of culture. The dominant idea
of the states is that I have to protect
myself, get armed to defend from the
menace. Once Berlin Wall had fallen,
once the Cold War had finished, bipolarity in the conflict USA vs. Soviet
Union was over, the Soviet Union was
over. So we went from bipolarity to see
how the world starts to be organized in
blocks, it globalizes. Now, if you want
to confront great powers you have to
join other people. Then, here it comes
the idea of integration, we have to be
integrated. A concept of cooperation
arises, the idea of the other being the
enemy you have to kill changes to the
idea of seeing the other as my partner
with whom I can construct. It is a change
of culture, of vision.
So the change in the concept of border,
as I see it, is within this framework of
cultural change. We have to change
our ideological heritage, our values for
new values. This is possible because the
conflicts of great powers are over. The
world is military unipolar because the
USA have the power, but it is multipolar from the economic, scientific, and
technological point of view. I mean,
Japan has no army to confront another
country; however they have great power
in science and technology. Germany has
a reduced army and territory occupied by
the USA because of the war. However,
from the scientific and technological
point of view they have very strong
power for development. The issue is
changing that vision of war and weapons
towards the construction of scientific
and technological development.
We have to change the vision of the
concept of borders; this is within a
larger framework of change of values,
for example that of war for cooperation.
Though the vision of conflict prevails
in the world, we have to go into battle
to change it to a vision of cooperation.
And here integration is conceived as
a means to achieve a more important
objective that is sustained development
of our societies. We are underdeveloped,
and to be developed we need help. The
way to develop is to look for partners, to
create blocks. Then Brazil, for example,
seeks to associate with Argentina, and
from being historical enemies they
come to be partners. For both of them
it is important to be together to face
this world in a different way.
Integration makes us stronger, helps us
pursue a greater objective: the development of our societies; economic, political, scientific and cultural development.
In cultural development we have a great
battle, which is the change of values,
the inversion of values. Nowadays, the
market vision prevails: things are like
goods and those goods have value; the
goods are sold in the market. We have
to change this vision for that of a fairer,
more supportive, more participatory
society. And in this new vision there
should be more production and more
participation, not only participation in
production but also in the benefits of
production. Because you produce more,
sell more, get a salary from your job, and
with that salary you participate in the
benefits of a country development. Then
you’re going to produce more, have more
income and with that income you’re
going to take advantage of the benefits.
Economic development, social development, because we’ll have better life
qualities, better education, better health,
a unique heath system so that the people
could be assisted here and there. That’s
important, wealthy people travel to
great centers in the USA in order to be
treated, but the town people have to go
to local dispensaries. We have to think
about security, that we’re not robbed,
that our property is respected.
Political development, that is to say,
there must be freedom of speech, there
must be organizations that defend our
interests so that we participate more.
And cultural development of values, I
mean new values: priority should be
inverted, the collective over the individual, everybody’s property should
be more important than individual
property, my properties are important
until the collective prevails, not only
private property should prevail but also
collective interest. This is what we want,
sustained development, and integration
as a means to reach that aim.
Profile:
He is a Philosophy and Social Sciences
graduate. He has Master studies in
the Université de Anvérs, Belgium.
He’s been a researcher in the Latin
American Institute of Economic and
Social Development (Ilades), the Latin
American Studies Center (Cela) and the
Latin American and Caribbean Economic Commission (Cepal), in Chile.
Subsequently, a visiting professor at
the Autonomous University of Mexico (UNAM), where he coordinated the
Master and Doctorate in Latin American Studies Program. He was also
an assistant professor at the History
Department of the State University in
New York.
In the University of Brasilia he was
adjunct professor of Political Sciences
and International Relations, coordinator
of the Caribbean and Latin American
Studies Nucleus (Necla), director of
the Multidisciplinary Advanced Studies Center (Ceam) and director of the
UnB’s Institute of Political Sciences,
apart from being a member of the Anisio Teixeira Commission of Truth and
Memory, at the same UnB.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
79
Full text on page 32
Interview
Lilian Samaniego
Paraguay National Senator
Integration is the
way to development
The Paraguay National Senator
Lilian Samaniego, shared her
deep and committed point of view
about the border region under the
premise of integration and respect
for the cultural diversity in pursuit
of the development of towns.
Nowadays, the BRIPAM is working
strongly with Argentina, Paraguay
and Brazil. What’s your point of view
and opinion about the integration of
this region?
My country, Paraguay, is surrounded by
land. We don’t have only one border,
we have many with each country that
surrounds us, like Brazil, Argentina
and Bolivia. I believe that integration
is necessary and urgent. It’s a tool that
eases the coordination for an inclusive
development of every location that’s
included.
There’s not only one vision, we need to
share the experiences that each town in
the different regions possesses, in order
to obtain, from that, the methods that
can bring innovations for development.
Because each population in different
border regions has its own idiosyncrasy,
culture, language and traditions. And
those traditions must be respected
and valued, and then through agreed
policies, we could get a border region
80
in accordance with what our different
communities need. In that sense, in
order to have a territorial development
better distributed with prominent figures in productivity and competitiveness,
it’s necessary to take this basics into
consideration which are essential for
the border region.
A social cohesion needs to be achieved that provides a sufficient thrust to
carry out a policy agenda with financial
resources to achieve sustainability of
the agreed development of the region.
Otherwise, we’re not going to achieve our
goal, because, as I said before, every area
has its own characteristics that need to
be taken into consideration. Therefore,
regional integration doesn’t put an end
to the borders or to our sovereignty.
Each country can affirm its sovereignty
with its whole history and within a
framework of respect.
You emphasized something that’s
essential, the structural development.
I believe that. The infrastructure of the
border regions is usually not enough
and you know that without it there´s
no development. We need to boost
actions in pursuit of the infrastructure
growth that allows the development of
different communities. Besides, I’m
talking about the rules that make up
customs, port, health and trade policies.
It’s important to consider this in relation
to the involved border zone as some
rules don’t fit the needs and they’re set
backs that don’t boost the development
of that jurisdictions and communities.
It’s substantial that an organized system
promotes the policies we mention, a
system coordinated by policies that
later boost that development we desire
through planning and execution.
Can you mention what’s Paraguay
doing about these themes?
I precisely take part in these types of
conferences to look for a shared vision.
I´m a Paraguay Senator and I assume
the commitment of promoting bills
that allow us greater integration related
to what each of us live in our towns or
communities. Border cooperation is a
strategic policy for the development.
That includes the economic, social and
political aspects. So, I’m committed to
this from Paraguay, from this government and, as I’m a Colorado Party
Senator , we believe that is a tool for
consolidation, international cooperation
and development.
When you talked about infrastructure,
you mentioned the first stage of the
President Franco bridge construction.
Yes. The construction will begin at the
end of June, after many decades we
finally reach an agreement. That’s
going to be a great tool, the second
historic bridge that will join Paraguay
and Brazil and it’ll be very useful for
the inhabitants of that region and for
both countries. We have to do it in a
coordinated way because we strongly
believed that modernity allows a greatest
chance for development.
What topics should have extra attention regarding the border areas?
I would like to mention the institutional
coordination between the border areas
with the purpose of achieving these
spaces for discussion and consensus.
It’s important to consider the serious
threats about security in every region
and, based on experience, find bills
that seek to achieve greater democratic
security for these border regions. And, in
that way, organized crime can be fought,
in particular with regard to insecurity.
What analysis can you make about
the regional meetings that are being
performed?
I want to thank this opportunity you
have given us to be here, in this seminar.
With our presence we are committed to
promote laws to develop border regions
and consolidate, in this case, that brotherhood between Paraguay and Brazil,
which speaks of our history and of a
large company that unites us as Itaipu
Binacional.
Finally, I also want to stand out the presence of the Argentinean brothers and
other countries and tell them that from
Paraguay we desire that Latin America
moves forward through the management, promoting the development and
commitment of integration that allows
us to maintain our culture and identity.
We want to boost our communities
through modern agreements and laws
applied to reality in order to place us
in the present with a forward-looking
vision.
Full text on page 36
Interview
Alex Ziegler
Argentinean Representative for Misiones Province
“From the office to
the territory”
With a growing political career, he
has been in several positions in the
local government, the province and
now the nation. He has a clear idea
of the issues to deal with in favor
of the development of the region.
Could it be said that your incursion
in the field of private activity has
greatly collaborated in your training
as a politician?
Yes, I am an agricultural engineer, so
first I was devoted to my original activity. My parents were producers from
Misiones, I have lived on the farm all my
life, then I went away to study, I came
back and worked on my profession. I’ve
built a strong bond with the organization
processes of producers: cooperatives,
associations, committees. I have always
believed that it was easier to promote
action from the organization than from
individualism. We used to do all this in
the mid nineties, so it was like talking
to a wall, and in a way this also drove
me finally to politics.
And already in politics, first as Secretary of Government, Social Action and
Environment in the local government
where I belong, El Dorado. Then I was
city councilor in the same local government for two years, and from 2003 to
2009 I was Minister of Agronomy and
Production in the Province of Misiones.
In 2009 I was elected National Deputy
and re-elected in 2013. You come from a vast political background. In what ways is political
management different at the local,
provincial and now national level?
And what is your contribution to the
province as a national deputy?
First, in the personal aspect I think that
political training starts at the local level
and goes to the general level, national
and international. My vision always goes
from the territory to the construction
of the Nation, to see how to construct
from the national sphere so that the
territory develops. That is somewhat
my conception, but it is because of personal training. That is why I say that
the path traversed obliges you to be
coherent and consistent with what you
have done in your life. So, when you
visualize the territory and observe from
the local aspect, you realize that there
are probable and possible actions, in
the same town, then in the provincial
territory, and above all, there are many
possibilities in the neighbor territories
of Paraguay, Brazil and Argentina. You
also see the set backs, which are typical
of the mega structure of national states,
either Brazil, Paraguay or Argentina.
And this is the case I want to discuss
because Misiones is part of that outline. Those mega structures cannot
be visualized from the everyday life of
the territory inhabitants, they can be
visualized from the everyday life of the
office bureaucracy. So there it gets more
complicated many times, I do not say it
is wrong, but I simply believe that you
have to put new energy and focus on the
territory, and from there understand
some actions. For sure, “the offices”
are also necessary because bureaucracy
is exactly respecting certain roles the
State has to fulfill.
How do you analyze this view in the
region?
I believe in these times we have made
a little progress, not much. In fact,
our territory is strongly integrated.
Nobody can tell me that border trade
is totally controlled between Argentina
and Paraguay, or Argentina and Brazil
in Misiones.
I´m going to give you a clear pragmatic
example. If you go to Bernardo de Irigoyen, to Cuadro Grande neighborhood,
there one side of the avenue belongs to
the Brazilian territory and the other side
of to the Argentinean one, and people
go to buy a beer on either side. And I say
this because once, regarding bureaucracy, the SENASA asked us to make
an almost armed barrier because of the
foot-and-mouth disease. Then, one day I
invited Jorge Amaya (Senasa President at
that time), whom I remember very well
because he accepted the invitation. We
went to have a look at the neighborhood
and I told him: I want you to come and
see, and tell me how we can tell these
people that what you are asking from
Buenos Aires cannot be done. We got
there, went 100 metres and he told me
they were wasting their time, that the
way and the strategy should be different. This is absolute decision. When
you see how people move and live on
the territory, either a relative, a friend,
a neighbor, a fiancé, a lover, whatever
you want to call it, from one side of
the border to the other, you realize you
have to be immersed in this reality to
understand that public policies from
Buenos Aires, Montevideo and Asuncion
need to be closely related to our vision
of the territory.
“My vision aways goes from the land
to the construction of the Nation, to
see how to construct from the national
sphere so that the territory develops.”
In Misiones Province we must have, and
we do, a government strongly committed
to integration, a government strongly
committed to our socio-cultural condition, that integrates this territory:
native people, Paraguayan, Brazilian
and European immigrants, and immigrants and immigrants... The native
were the ones who taught us there were
no political boundaries in the divisions.
From that point of view, from that vast
Guarani territory, and to minimally
respect political boundaries, we have
to make it possible for the people to
move around and generate commitment
regarding integration in culture, education, health, public works. Not long
ago we approved the border crossing
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
81
between Paso Rosales and Paraiso in
San Pedro to build a bridge because a
road was finished and that region will
be integrated. Talking about the territory. The immigration subject is always a point to
improve. For instance, border crossings are always so complicated In
the previous issue we interviewed
Daniel Dominguez, Misiones Migration Director and he told us how he is
working together with the governor
on this subject. This is generally a
delicate point...
The step forward in migration processes has been to understand the need.
Several migration booths will be built
today in Posadas, in Iguazu. If you add
up Posadas and Iguazu, there is more
movement of people crossing the border
than in Ezeiza.
Argentina has evolved considerably in
the documentation systems. We already
have a chip inside the passport, QR
code in the IDs, bar code, you can apply
magnetic readers. I think now we have
to face a stage of strong instrumentation of technology to speed up border
crossings. Apart from migration itself.
Border crossing accompanied by carrying
luggage from shopping or alike, that is
not a matter of laws. That is a matter of
breaking culture structures in the offices
to understand culture structures from
the territories.
If you ask me who owes to whom, the
territory is the essence, is the man, is
the human being and the State has to be
a reflexion of what men, human beings,
people want in their territories.
From your point of view, how should
integration happen?
We are working a lot on that integration.
If you observe, the public health system
from Misiones assists a great part of
Paraguay. Before Juan Afara leaves for
Asuncion to become Vice-president
of Paraguay, while he was still Itapua
governor, an agreement with governor
Closs was signed. It consists of accompanying and advising from Misiones
Health system the construction of a
hospital mirroring Ramón Madariaga
Hospital from Posadas, which is a notable
one and the best that has been built in
the country in the last few years. Itapua
Floods
Governor Maurice Closs was the one to take the lead in this natural disaster of floods as
the organizer of all the government teams in Misiones. He assigned chores to each and
everyone of us, and our task from Buenos Aires is to help. We presented a project on
emergency declaration in the Ministry of Agriculture to work together from our individual
places and find a solution for all those people in trouble.
Today, it is not accidental that this amount of water has flowed in the Uruguay river as a
consequence of a productive system which has wiped out the jungle from our land, mainly
in Brazil. We have much more jungle, more forests, more perennial crops. This allows a
better penetration of water into the soil, percolation. Nowadays, we have soil compaction, and there are more cities, more roofs, more run-offs (rain water flowing freely on
a terrain surface), and there is more flow concentration of surface run-offs. And all that
abruptly concentrates in an “enchorrada” (Uruguayan term to define a torrent of water
overflowing the channel of a humble water course, like that of a stream ) and causes this.
We, men in general, are also responsible, and I´m saying something I can´t solve from one
day to another, but if we incorporate environment conservation as a natural process, and
if we work to improve production -I can´t be against food production- we probably help
to avoid these things to happen.
And things we have to deal with in the immediate future are housing, road infrastructure,
education and health in all the systems that have been affected in the province such as
Sobervio, Alicia, Aurora, Alba Pose, Panambí, San Javier, Santa María, Azara. For sure in
the other provinces the same happens. I believe our current work has to do exactly with
prioritizing this urgent matter that is restoring a reasonable living system which has an
unforgettable effect on the people. Those who saw their houses under the water, no
matter how humble they were, they loved everything in them, things happened in there,
babies were born, children raised, birthdays celebrated, and all that was taken by the
river. I want to say it this way to make you feel how it really was. And you have to try to
rebuild materially something that will never be the same, even when using better building
materials, it will never be the same, because memories and things were gone.
82
(Paraguay) mayors know that when they
have a serious health problem they have
to help their citizens cross the river to
be assisted in Misiones. And Misiones dwellers are kind-hearted people,
which sometimes arouses criticism on
the part of our co-provincials. But we
eventually understand that as human
beings we must assist health emergencies, we have to get engaged. I believe
it is very important that Paraguay has
taken the decision to imitate a model
of public health management similar to
ours to improve the quality of life. So
I think it is excellent that good things
being done in Argentina go beyond the
borders, because if I cross the borders
and accompany the construction of a
public health system in Paraguay, for
Paraguayans, they won´t feel the need
to come to Argentina to be assisted,
and then health resources will be more
efficiently used in Paraguay and Argentina. This is what we are discussing in
the territory in these days, and at this
same time it must be discussed in the
offices. Politically there is sometimes a
kind of dyslexia, we´re not in the same
wave. Sometimes, our function is like
that of a speech therapist who corrects
dyslexia. “...the office owes to the land, because
the territory is the essence, the man, the
human being and the State has to be a
reflexion of what men, human beings,
people want in their territories.”
If you had to highlight points that
would favor development, what would
you focus at a regional level?
There must be a flow integration,
because people integration is already
happening to a greater or lesser extent.
I think there should be greater permeability, a flow of products and services,
mainly everyday consumption products:
flour, oil and the matters that have no
limitations, a flow of technological
products, and here I make a concrete
observation. Misiones is a province with
a low level of development in agricultural machinery for family companies
because our metal-mechanic industry
specializes in agriculture of extensive
areas, like the Humid Pampas. You can´t
enter a 5 hectare field with a 30-meter
Full text on page 44
Dams in the territory
I think dams are a subject to be discussed and we don´t have enough information. If I have
to blame someone for the amount of water fallen I have to blame global warming. Because
that water comes from the distillation of the Pacific Ocean waters in front of the coast
of Ecuador, which raise temperature and evaporate more water which is blown our way
by the atmosphere, and when facing the cold fronts from the south causes rainfall and
more rainfall. Why? Because the world is getting hotter, and this happens because we’re
generating more and more carbon dioxide. Then the process of energy development we´re
carrying out on fuels that cause combustion is more dangerous. Combustion happens
when you burn hydro carbonate substances and energy, carbon dioxide and water are
released. Water causes no harm because it goes to the atmosphere, it condenses and falls
as rain again, but carbon dioxide concentrates and causes the greenhouse effect. Is that
the process we want to develop as a substitute of not building dams? Or it is not what we
want? Or we want a different kind of energy. What we have to discuss is whether we want
more energy to develop in the territories or not. My point of view is: Yes, we do. What
kind of energy is more viable for mankind? One. For the territory? Another. We’ll have to
find a reasonable balance in this process from the general aspect to the particular one, to
come up with positive and negative effects: which is the most suitable energy source for
a territory like Misiones, so that it keeps on developing causing the least possible damage
to the environment.
wide machine with lots of furrows of
direct seeding, when the producer wants
to grow half an hectare of sorghum.
There’s no way, I’m an agronomist and I
tell you, there’s no way. But if you cross
to Brazil, they have the same technological principles than those of the Humid
Pampas assembled to a small machine
which sometimes can even be fastened
to a plow pulled by a pair of oxen. In
Brazil there is a conception of development and technology that is easily
adoptable by our producers, and let me
say that the product is border-crossed
anyway, though the action is not ruled
yet. And the one who border-crosses
says “I look like a criminal, but I want
to work, and I´m not a criminal.” So
these are the things politicians have
to understand, we have to ease the
exchange process, which is of border
inhabitants interest and does not have
to be an element in bilateral negotiations in the trade balance. That has to
be excluded, I can’t include in the trade
balance of thousands of dollars imported/exported from cars, garlic onion, or
other that little flow of border traffic
in a province like Misiones which has
a 90-km border with Corrientes and a
930-km border with Paraguay and Brazil.
This is the real issue on which we have
to work strongly, I insist.
Another great example of integration
is the UNILA (Federal University of
Latin-American Integration) in Foz do
Iguazu. There is a migratory flow there,
because knowledge is ethereal and you
have the ability to receive it, have it and
keep it in your brain, and we are forming
young people from Argentina, Paraguay
or wherever they are. I think it is a
great example of how integration can
happen on the land without the mean
thought “Maybe it’s not good for the
trade balance that a tenant farmer from
Misiones brings a three-furrow direct
seeding machine to assemble to a small
three-point tractor.” And to be truthful,
the importation process is not altered
at all, but it makes a difference for the
region and the quality of life of that
tenant farmer from Misiones who’s now
doing the work with a hoe. It improves
profitability income, everything. To
think and to work this way does not
need laws, it needs resolutions from
the politicians with favorable points
for that to happen.
How far is the office from reality?
Noblesse oblige, people are outlining the
agenda, not to commit a crime, but to
enjoy, to have better quality of life, to
share, to build a region of Latin-American brothers, not as we say: gua’u white
lying. We, Latin-American brothers
that have a barrier. We have the river
in between which separates us, but it
should join us instead. Interview
Eduardo Oswald Pipke
President of the Yerba Mate
Workers Union of Paraguay and Bella
Vista Councilman, Itapua.
Yerba mate industry
development
The yerba mate industry is
experiencing an important growth,
laying the foundations for a great
development of the sector.
What’s the specific role you have in
the Yerba Mate Workers Union?
I’m the president of the Yerba Mate
Workers Union that comprises from
the smallest farmworker up to the most
important businessman in the yerba
mate process. This is my second term as
president and we are specially working
close to the little producers. The spirit of
the union is to boost the little producers
in order to have a better performance
in their yerba mate plantations.
When we talk about small producers, what´s the size of their land for
production?
They are small producers who are
receiving our advice as a Yerba Mate
Center with the support of the most
important industries in our country
and who possess half a hectare up to a
maximum of 4 or 5 . Our hep is based
on offering them a better performance
and income for their families. We are
helping small producers to diversify
crops, that is very important in order
not to live off only the mate but also
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
83
other farm activities. That’s what we
are developing with the support of the
Itapua government and the Ministry
of Agriculture and Industry. Together
with this Ministry, we have carried out
a project with the European Union for
which we have received a very important
credit that allowed us to begin with
the Mate Roga Paraguayan Yerba Mate
Center and the “Reginaldo Bonstrup”
Laboratory in Bella Vista, the capital
of the yerba mate. We thought that it
was convenient to have a yerba mate
center there, our own headquarters and
office, in order to give assistance with
Mate Roga which is the touristic part
of the sector. In this way, we can offer
a better assistance to our visitors and
farmworkers, as well as the right advice
for companies that are associated to this
center and which are giving to much for
the yerba mate family’s satisfaction.
We know that some years ago, our small
producers came to ask for prices because
the productivity of their mate plantation was low. Fortunately, we are now
overcoming it with everybody’s effort
and support. I believe that we’re in
the right path with what we’re doing
and planning. People from Misiones
(ARG) are also supporting us from the
government as well as from the yerba
mate production area, mainly the INTA
whose engineers are advising us.
Do you export yerba mate to Paraguay?
Yes. There are some companies that are
exporting a small turnover to Europe,
the USA, China, Japan and Syria but
that quantity increases year after year.
Shortly, we’ll have like a Latin American
Congress between Brazil, Argentina,
Paraguay and Uruguay. The idea is to
get together the three countries that
produce mate and Uruguay to see how
we could reach the rest of the world in
order to have good volumes. That idea
arose some moths ago in a yerba mate
party that we had in Río Grande do Sul.
We talked to the government and the
representatives from different countries
to see whether we can sign an agreement. We’ll probably analyze it in that
congress as the main topic and we’ll also
talk about other themes related to the
yerba mate. The analysis will be about
how the producers of yerba mate could
84
Mate Roga
Mate Roga Information Centre is a themed construction (yerba mate) where the host
makes a brief explanation of the whole process of the yerba mate, from its growing to
consumption, through a short circuit developed inside the building.
The aim of Mate Roga creation is to provide ideas to promote tourism in the area, forming
an attractive community where the main point is the cultural union, being Bella Vista as
the “Yerba Mate Capital.”
In Mate Roga, we offered the visitor a short tour, where he/she receives an overall snapshot
of the processing of yerba mate and the city highlights of Bella Vista.
How would you evaluate the work that
is being done in favor of the integration at different fronts: intendant’s
offices, governances and associations?
We’re in the right direction, working for
the sake of our fellow citizens in order
to have a fair participation to keep on
growing.
go out into the real world with joint
promotions between the countries and
not separetely. It’s always important
to associate between us in order to be
stronger. This is is the spirit we share
the ones who are in charge of the yerba
mate subject.
At the present, a good profitability could
be obtained with a good work and a
coordination between all of us.
How many producers are part of the
yerba mate association?
At the moment, we have few partners
but we are involved in this growth process. If we talk about potential partners,
we are in the 20 or 30 most important
companies in our country.   Besides, we
don’t have the small ones as partners
because they have their own committees
and cooperatives, but we want to have
them as part of the union to be our
partners and work together. However,
the yerba mate center is giving these
small companies support and we don’t
put them aside. At present, we have a
draft copy of the Yerba Mate National
Plan upon request of our president,
vice-president and governor of the
Itapua department where we can find
the biggest production of yerba mate.
We are jointly working at the national
level. Shortly, this plan will be surely
signed and published.
I believe that it’s very important to
show and transmit in a media piece
what we do, all the effort to help our
sector to advance. This strengthens
and helps us with the publicity at the
MERCOSUR level. We always refer to
MERCOSUR but we never achieve a true
integration. Perhaps, there are different
factors that put the brake on this, but if
we don’t participate, we won’t change
anything and , if we do, we will achieve
important goals.
I’m grateful for the moment you give
us to talk about all we are doing. With
these meetings we have, together with
our Argentinean and Brazilian partners
in the BRIPAM, the effort everyone does
is shown. Historically, we had never
spoken about the Yerba Mate National
Plan before or about the true integration
of our mayors from our department or
country or from Misiones. These are
goals that are being achieved by the
good relationship we have between us,
and this is something we need. We all
need each other. From the different
political and public positions we occupy,
we are accompanying this process of the
formation of a block with kindness and
a lot of appreciation.
Full text on page 48
Yerba Mate
Processing
Harvesting
The harvest begins in April/May and
it takes place until October.
The first harvest -of low productivityis done between the 4th or 5th year
of planting. It can be done annually,
but rational management of the crops
indicates the convenience of doing the
gathering, also called “tarefa”, once
every two years.
“Sapecado” (leaf drying)
The “sapecado” is a quick drying process (around 20 to 30 seconds) which
must be done within the 24 hours
after harvesting.
It consists of exposing the branches
to the direct action of flames, which
generates water vapor. Small blisters
are formed and the epidermis of the
leaves is broken with a slight crackling sound.
The process also makes protoplasm
inactive, destroying the enzymes
responsible for the biological processes of degradation. This hampers
oxidation of tannic substances present
in the leaf, preserving the green color
unaltered. During “sapecado”, the yerba
mate acquires its typical aroma and
loses the green leaf or tisane flavor.
Drying
After “sapecado”, the material must
be exposed to a drying process to
reduce humidity content to a value
of between 3% and 6%, which causes
a reduction in weight.
There are different kinds of drying
processes: Belt drying: it consists of
a series of moving belts which receive
heat from their inferior part. Yerba
mate circulates on these belts, losing humidity along the circuit. This
process lasts for about 3 to 5 hours.
Spinning cylinder drying: this equipment produces a quick drying in less
than 1 hour. Barbacua drying: they are
simple tubular structures usually made
of tacuara canes and the yerba mate is
put inside. The process is long and lasts
at least 8 hours, that is why it is traditionally carried out during the night.
Seasoning
After the “canchado” (see following paragraph) the yerba mate is put in gunny sacks
of 40 - 50 kg and it starts seasoning period.
This process can be natural or accelerated.
The former consists of keeping the yerba
mate stored in a warehouse for around 6 to
24 months, so that spontaneous transforming processes occur and the product acquires
the characteristic flavor, aroma and color.
In accelerated seasoning, the yerba mate
stays for 45 to 60 days in a warehouse with
regulated temperature, humidity and air
circulation, so that it acquires organoleptic
characteristics similar to those of natural
seasoning.
“Canchado”
Full text on page 50
Interview
Renzo Jhonatan
Klimiuk
Yerba mate producer from Misiones
province, Argentina
Yerba mate
revitalizes Misiones
province
The yerba mate sector in Argentina
becomes stronger. The local
market is growing and there
are good perspectives at an
international level.
During this step the dried yerba mate is
grossly crashed or ground getting pieces of
around 1 cm2. This way it can be put in bags
and transported more easily to seasoning,
milling and packaging places.
Milling
The milling implies successive operations
of grinding, sieving and mixing resulting in
the appropriate yerba mate for the taste of
different regions and groups of consumers.
Bulk material is put on conveyor belts which
take it to a circular sieve known as “cleaning sieve” where possible strange material
and excessively thick sticks and branches are
eliminated. The process continues with a primary classification sieving which separates
very big leaves and the stick.
Once classification if finished, there comes
the mixing with “sticks”, (previously cut
in uniform pieces with a “stick-cutting
machine”), and in different proportions
according to the desired characteristics as
regards quality, origin and flavor among
other variables. The flavor that makes each
yerba mate different depends on the process
and the granulometry of the mixture.
Packaging
Once the milling, classification and mixing
operations are finished the final product is
packaged. To preserve organoleptic characteristics of yerba mate, the packages have
several layers of diverse materials. Yerba
mate quality, aroma and flavor conservation
depend on these. The most recommended
is the triple-layer package.
The most common presentations are half a
kilogram and one kilogram packages, though
it is also commercialized in 250g packages.
Source: http://www.alimentosargentinos.gov.ar
How long have you been working in
the yerba mate sector?
Well, I belong to a family of yerba mate
producers. My father was the first to
start many years ago and all the family
continued. Now, my brother and I have
an SME and we develop the production
in the area of San Pedro, Misiones. We
buy the green leaf of the yerba mate
production to small producers, we do the
“sapecado” (leaf drying), I mean we obtain
the product, that is the yerba mate with
“canchado” process (grinding, breaking
yerba mate leaves into smaller pieces,
generally no greater than one square
centimeter), which is afterwards sold to
the mills of the region that have their
own brands imposed in the province.
After many years of struggle, we’re in a
good moment of the yerba mate sector.
The change came in these last three years,
since the sacrifice of the producer and the
fair value of the product are recognized.
What’s the background of the sector?
In the 90’s and beginning of the year
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
85
2000 the sector suffered the product
devaluation and abandoned the yerba
mate plantations. All this caused an
important fall in the yerba mate production because we don’t have the chance to
export; being Argentina the biggest yerba
mate producer in the world it only exports
10%. This resulted in a lot of production
in the 90’s and beginning of 2000, and
a fall of price. People abandoned yerba
mate plantations and as a consequence
Argentina started to have low production.
How and when did the sector improve?
In 2010 a Syrian company set up in Andresito area, which is one of the best producing
areas in Misiones, to buy, produce and
export yerba mate. The 100% production of
this company is exported, and it is a considerable volume according to the provincial
production. This caused a shortage in the
market and in a way made the producer
react, fertilize his production, look for
new alternatives like clonal yerba mate
seedlings, to start production. But this
change takes time after having suffered
10 or 15 years of abandonment. The yerba
mate plant takes 3 to 5 years after planting
to start producing, then you have to recover
the soil with fertilizers.
The exportation volume has grown in
Argentina thanks to this Syrian company. It also calls everybody’s attention
to see our Pope Francisco consuming this
infusion, and this benefits our product
dissemination and makes consumption
grow at an international level. All this
is a very good alternative for Misiones
production since yerba mate is one of
the roots of regional economy.
How does a producer manage to sustain his enterprise?
In 2009 and 2010, when the yerba mate
market was complicated I was lucky to
make a business trip to Russia and provide new opportunities for yerba mate.
At that time Russia had a bare idea, and
through the company Orimi, which is the
biggest infusions company in Russia, we
imposed the yerba mate. At first it was
mate in infusion, like tea, and nowadays there are many companies in the
sector that have taken this alternative.
This company Orimi is buying us yerba
mate. We export a considerable volume
and also at that time we could introduce
86
Syria: the biggest yerba mate importer
The introduction of yerba mate in Syria is said to have started with the great immigration
from that country to Argentina which took place between the years 1850 and 1860.
Those immigrants settled down in all the territory and they gradually got accustomed to
drinking mate. When many of them went back to their lands, they took this tradition with
them. They shared the infusion with their relatives and friends and, as time went by, the
Syrians became usual consumers of yerba mate.
It’s a country with 23,000,000 million inhabitants but at the same time the consumption
per capita is 7 times greater than in Argentina. Their way of consuming yerba mate is
very particular because they can share the thermos flask but each of them has their own
mate. In these late years, with the war in Syria, between 5,000,000 and 7,000,000 million
Syrians migrated to other countries like Turkey and took the mate culture with them. This
has caused an increase of consumption in the countries of the region.
Argentinean tea, which had been out
of the Russian market for many years.
We’re having trouble with tea sales,
but looking for alternatives we started
selling to the Russian market. They are
the greatest infusions consumers in the
tea world, and now they also consume
yerba mate and mate infusion. We want
to go step by step because this is a very
good market for the future production
of yerba mate.
As yerba mate plantations are getting
better, we’re going to enlarge production,
and we also have to keep on searching for
this kind of sales to maintain this price.
How much is being exported in
Argentina?
In Argentina we have to speak of 350
million kilograms of yerba mate production
per year, out of which 5% was exported in
the beginning and lately we’re reaching
12%. And exportation is growing as well
as consumption in our country. This is
what led to a shortage, because of the
abandonment old yerba mate plantations
had suffered. Now big companies are
planting, small producers are also taking
care of their yerba mate, but the infusion
is also growing at an international level.
When is yerba mate harvesting time?
Yerba mate is harvested in winter, in our
area it goes from March to September
30th. The first harvest (“viruta”) takes
place, in which the lower leaves of the
plants are cut, and then in August-September, once freezing danger is over, the
top part of the plants are cut. Those are
the two yerba mate harvests.
How many hectares does a small
producer in Argentina have, and how
much does he/she produce?
A small producer here is the one who
has from half a hectare to two, seven
or ten hectares.
Today we can talk of a yield of 4,000
kilograms per hectare of a yerba mate
that is poorly maintained. Fertilized
yerba mate, well maintained and with
the appropriate cultural work of the
yerba mate plantation yields from 8,000
to 15,000 kilograms per hectare.
Have small producers resumed the
work on the land? Is there evidence
of improvement in the sector quality
of life?
Yes, the sector was afflicted. When
yerba mate didn’t have a good price,
producers looked for new alternatives of
annual plants like tea, Tun, which also
had their ups and downs. Until 2010
when the price of yerba mate improved. Poor producers had stayed on the
farms, mainly the eldest members of
the families, while the young ones went
to the big cities to seek for a way out to
their economic situation. Today we’re
witnessing an inverted process. The
producers’ children are returning to
the farms because the price allows
this to happen. 100% of the producers
are committed to invest again in their
houses to have more comfort. Nowadays, after two years of recovery of the
sector, producers want to have their
own car, their small pick up, not to pay
for transport and be able to take their
production to the drying plants. And
there are plenty of alternatives in the
drying plants, big industries looked for
storing places in different productive
areas because there is shortage of yerba
mate, and they are trying to compete in
different parts of the province.
Full text on page 54
Mayor
Alcides Vicini
Santa Rosa, Rio Grande do Sul, Brazil
Mayor Alcides Vicini received
BRIPAM authorities in FENASOJA
2014. During that meeting,
the magazine of the block was
presented.
So, I think the the BRIPAM, and this
new tool, the magazine, can bring us
together, even more closer. What’s
for? To see what we can do better and,
in that way, we can improve the life of
people from our community.
Mayor, you explained that you’re
working with long-term goals. If you
have to think about an objective for
the BRIPAM, which will be the main
challenge?
I believe that it could be to gather the
maximum number of mayors. That
every prefect and every mayor influences
his region, adds one more to the association to be a larger number and together
be able to have more resources, energy
and to obtain more results for people.
If we are more and we work together,
to be integrated naturally and without
difficulties. Therefore, we could take
advantage of Argentinean and Paraguayan good things and the Paraguayans
and Argentinean could do the same
here, in Brazil.
To sum up, we are three countries that
have to be articulated, and in order to
do that we must have a bridge.
Full text on page 58
Mayor, are you informed about the
creation of the BRIPAM and the work
being done? Do you think that the
block could be useful for the matters
of the region?
I believe that the BRIPAM is a very
outstanding association for the region.
Because through the block we can share
experiences in the town councils, intendant’s offices and other community
bodies that obtain solutions from the
economic point of view and from the
search of efficient results. Because
today it’s important who is in charge
of the public administration, and that
person also has to get results from his/
her action and these must be mainly
economic, that’s to say, with little too
much must be done. So, I’m excited
with the block.
I’ve just seen the first edition of the
BRIPAM magazine. It’s brings winds
of change, promises and hopes. Being
able to reflect together with local governments and town councils of Brazil,
Argentina and Paraguay, and mainly
to keep on sharing the experiences and
pooling energies, is that what citizens
want, in other words, results. It’s useless to talk a lot, it’s necessary to take
concrete action.
Deputy Mayor
Dionir Bianchi
Horizontina, Rio Grande do Sul, Brazil
we’ll have more ideas and perspectives
to multiply the results. We would like to know what you think
about the development of the region.
If we refer to infrastructure, there’s
an important topic that is the bridges
construction in border areas.
We lived that in flesh with FENASOJA.
Last year, in the previous meeting, we
received 6,000 Argentineans and Paraguayans. On the other hand, this year
the number of visitors will be smaller
due to the rain and the flooding problems that make it impossible for the
rafts to cross.
So, for example, the bridge in Alba Pose,
Puerto Maua, is essential.
Sometimes. when we want to go to
Argentina, we have to wait up to 3 hours
to cross with the raft and this makes us
lose the excitement about the exchange.
The bridge is an initiative, an essential
action for those of us who live in Brazil. Argentina and Paraguay in order
The Deputy Mayor, Dionir Bianchi,
participated in the International
Seminar on Borders Region that
was held in Itaipu. He spoke about
the importance of work for the
development of the region.
Where’s Horizontina located?
Our town borders Tres de Maio on the
south, Doutor Mauricio Cardoso on the
north, Crissiumal and Nova Candelaria
on the east and Tucunduva on the southwest. We are 50KM away from the
border with Argentina.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
87
Since it is a municipality of the border
region: what do you think about the
integration of towns?
We, as municipality, are preparing for
this integration movement, we believe
it’s productive for the northeast region
of Rio Grande do Sul state, for Argentina,
that’s to say for MERCOSUR. The town,
although it’s not a direct border, is being
organized for the development that will
be fruitful for the northeast region.
Is the region a productive area?
At the present, Horizontina town has its
tax revenue above the limit of the ICMS
(Tax on Circulation of Goods and Services), industry is the main production
item and the second one is agriculture.
Here, agricultural machinery, harvesters
and selection seeders are produced.
Besides, companies that are here are
also based on Argentina.
For this reason, we see the importance
of bridges and dams. So we can have
access. We say that Horizontina is in
the center of America and MERCOSUR,
then our factory center in Horizontina,
Santa Rosa, among other cities, could
produce for America if the conditions
were favorable.
Are you saying that the bridge Alba
Posse - Puerto Maua is essential?
It’s essential!
Bridges are development components
of nations, that is, the more bridges
are built, the greater development
is achieved.
Certainly! The example that we had here
at the seminar in Itaipu, about UNILA
and the event BARRACAO town presented, is what I have been defending for
several years. I’m a FEBAC (Faculdade
88
de Educação de Bacabal) members and
I have been discussing this topic for a
long time. We can’t develop the northeastern region if we don’t do anything
for education and health, and we are in
debt with both aspects. We are strong
in the industry level, we have grain
production and agribusiness, now our
region knows how to produce and it has
the capacity to do it.
So, to achieve development we need to
implement strategic actions.
Another strategic action to develop the
“northeastern” region of Brazil with
Argentina is the construction of bridges
and dams, creating a new production
model, producing and also adding jobs
directly.
How do you perceive integration at
the town level? Policies: Do they share
that desire of integration?
We need to integrate policies and also
more towns. We need more unanimity, easier ways to move from one
country to the other, but we have a lot
of bureaucracy. For example, in Alba
Posse - Puerto Maua they have certain
requirements to cross from one side to
the other, and when we arrive at San
Borja there are others. In this way,
everything is more complicated.
In only one word: unify!
Unify, exactly! Speaking here with
colleagues, we all agree that we need
a national policy that applies in all
countries. We know it’s hard, it’s not an
agreement that has to be only among
towns, it should be among countries:
Brazil, Paraguay, Uruguay, Argentina,
and Chile. For sure, it must address the
laws of each country but they can also
agree to have a common border policy.
Full text on page 60
Mayor
Marcelo Otazo
Santa Rosa, Corrientes, ARG
Mayor Marcelo Otazo took part
in the signing of the agreement
between BRIPAM and Nigeria. He
is optimistic regarding the growth
of the region and the possibility
of exchange that may arise from
all this.
What’s the population of Santa Rosa?
Santa Rosa has 20,000 inhabitants. It’s a
population that grew spontaneously due
to the factories we have today, timber
companies and everything that is related
to the different flower plantations like
gladiolus, lilies, roses and gerberas.
Varieties of flowers that are not only
sold in Argentina but are also exported:
Holland, Germany.
How is the regional economy?
Corrientes province has been neglected
by governments for a long time, but
nevertheless we can say that Santa
Rosa is now in an unbeatable situation.
We have about 40 timber companies
and another 10 companies dedicated
exclusively to flowers. Santa Rosa has an
unemployment rate of 0. We are working
hard with our governor and together
with the mayors of the microregion who
are beginning to get together to solve
the problems we have in the various
neighboring towns.
How do you see the creation of this
block?
The theme of the block creation of
Mercosur mayors has something very
Full text on page 64
WOOD AND FLOWERS: THEIR POTENTIAL
Mayor
Santa Rosa, a growing productive community
Santa Rosa town is part of the Concepcion department, in Corrientes province. Founded at the beginning of the last century, it’s known in the region for their
active production and commercialization of flowers and woods. Today, it is home to
nearly 50 sawmills that industrialize wood and families of flower growers who are
producing and selling the best flowers of the region. Since its beginning, the main source of income for the inhabitants was the land (they
planted tobacco, cotton, cassava, sweet potatoes, beans, squash) and they were less
engaged in livestock. Then the flower-growing families began a large-scale production
and turned Santa Rosa into the Provincial Capital of Gladiolus and Flower and then they
also began to trade chrysanthemums, daisies, roses, gerberas, as well as ferns for floral
arrangements.
Currently, timber industries are the driving force for the local economy, with the forest
production of neighboring towns, as the main forest development is located there. Sawmills
are focused on the primary production and its commercialization.
Nowadays, there are about 50 large, medium, and emerging mills in Santa Rosa. Once
opened the Forest and Industrial Park that’s being built about 8 kilometers away from the
town, they will have to begin a process of internal reorganization and move. Meanwhile, citrus, horticulture and livestock production in Santa Rosa is only enough for
subsistence and, at the present, it doesn’t meet the demands of the three “C”: quantity,
quality, and continuity (cantidad, calidad y continuidad).
In satellite images of Concepción department and the Santa Rosa town, we can see the
lakeside landscape that predominates in this sector of the province.
In the sixties, drinking water, electricity and the paving of the National Road 118 arrived.
In the eighties, a branch of Bank of Corrientes, the first flower farms and sawmills families appeared, marking a decisive event in the history of the colony, particularly for the
momentum and dynamics forest industry acquired. Afforestation began to have impetus in Argentina since the early 1970s and Corrientes is
one of the Argentinean provinces with the biggest amount of forested area.
Mirna Reijers Santa Rosa city press
country and we being able to offer what
we have in our region.
positive. First, integration makes us get
to know with other countries such as
Paraguay, Uruguay, Brazil and Argentina.
It gives us the chance to see how they
work in the different municipalities, and,
as regards integration, we are seeing it
with different eyes. The production and
exchange that can be achieved through
Considering a line integration for
development: what things do you
think are missing to achieve this goal?
I would put an emphasis on the roads.
Many times some of them don’t let us
get to the places where one would like
to establish a company. We have the
first forest and industrial park in the
country and it’s installed in my town.
It’ll be opened in August and we see that
companies are coming from different
places of the country and the province.
We still need to work on the roads which
are the backbone to commercialize
the BRIPAM block, we consider it as possible because there’s big effort from all
the mayors involved. For example, today
we’ll experience something historic for
the block when we meet the ambassador
of Nigeria. In this exchange of listening
to the ambassador and the reality of his
all kinds of products, to promote, to
integrate logically neighboring municipalities. This is important, roads are
essential to access to productive benefits
for each location and mayor who today
has a responsibility to be present and
improve the citizens’ quality of life.
Concepción Rodriguez
Arzamendia
Santa Rita – Alto Paraná - PGY
Santa Rita is one of the cities
of Paraguay with the highest
development rates in the last 15
years. “Progressive City” as they
like to call it. It maintains its
sustained growth.
How long have you been mayor?
This is my second term as mayor. I was
from 1,996 to 2,001. Then, from 1.998
to 2.003, I was departmental councilor
for Alto Parana, and, today, I’m again a
municipal mayor.
I have lived here for 28 years. When we
arrived, we were 40 families.
In 1983, the population growth began
with the construction of Road 6, which
was essential for the creation of the first
urban population, Santa Rita. We had a
rural population, colonies, but when the
Road 6 was built, people began to build
their houses and shops near the route.
We have 23 years as a town.
I was the second elected mayor. I witnessed how this community was born
and grew. The early years were very
difficult, there was no pavement, and
there were no schools. We managed
everything, from building a school, a
college, a church, a police station, most
of them were built with the community,
without the contribution of the state,
with all our hearts. Nowadays, we receive
more help from the state and national
government. The municipality already
has economic conditions. The growth is
purely due to the agricultural activity.
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
89
What points does Road 6 connect?
From Santa Rita, we can reach Ciudad
del Este and Asuncion through Road 6.
The road was essential for us. We are
now asking the government to improve
it through its expansion, because traffic
is very complicated. We have already
prepared the projects, because when
you don’t have them, you don’t know
what you have to ask for. The plan has
pedestrian walkways, so that people
can cross the road.
We want Santa Rita to have an attractive
and modern landscaping, different from
other communities. People from Santa
Rita are fanatics. There are few communities like this. We are very proud
of our community where we have that
fixed spirit. Our motto is: “Progressive
City.” We want Santa Rita to be different,
it has to be different.
What type of production does the
town have?
It is agricultural and industrial. The
metalworking industry produces many
great things, for example, everything
related to semi-trailer, dump trucks,
agricultural equipment, heavy machinery, bulldozers and loaders. Some
parts are imported, but many of them
are manufactured here.
Furthermore, regarding grains we have
soy, wheat, and the strongest grains
are corn, sunflower, canola, that are
produced in large quantities. Santa Rita
is one of the largest grain producers in
the country, more than 40,000 hectares
are high production machined land.
This is the town with the best development and growth of the country in the
past 15 years.
Do the companies from the town
export? Which are the destinations?
There are large companies established here like: ADM, Bunge, Cargill
and there’s a cooperative association
that already has its own international
market. Through them, we trade with
the rest of the world.
What do you think Santa Rita lacks
for further development?
We want a larger port with lots of storage
space, like the one they have in Pilar,
because there the river is deep, so we
90
tion of their own building: classrooms,
auditorium and administrative area.
We have more than 700 young people
studying there.
could channel products for Argentina
there. I believe that colleagues from
Itapua are thinking the same. Until
that happens, most of the products
are commercialized through Brazil. So
everything is done through that country,
either directly in trucks to Brazil or to
other countries through Paranagua. The
latter is a very large port that Paraguay
regained as government, and I think it’ll
gain more fluidity again.
What would be your interest in having
an alternate port to go out of Argentina?
We are interested in commercializing
with the Argentinean, because honestly,
if you do that with only one customer,
it brings many problems because we
have no choice, we must be tied to that
one. I think that’s not good. When you
have a diversified market, it’s better.
Here we don’t have a larger port to
export through Argentina, across the
River Plate.
They need the waterway they promised to be developed.
Yes, right now we can transport an small
quantity of tons and there’s no problem
with that. But to go out of the Paraná
River towards the River Plate, we have
Yaciretá dam, which does not allow us
to move many tons of cargo, even their
navigation lock isn’t for large ships.
How is education in the town? Are
there any universities?
We have private and public universities.
The town council is working in the
Universidad Nacional del Este. We have
invested in these first three years more
than 2 million dollars in the construc-
Why do you think that Santa Rita
people are different? How do you
notice the difference?
We believe they are like that because
they think and work differently. They
work a lot, because we are convinced
that the minimum wage is not enough
to give our families a decent life. If a
person works 10 hours instead of 8, his/
her minimum wage almost doubles.
These are important factors for people
to have more incomes and better living
standards. We seek that the poor also
have a decent life, but through work.
We don’t want lazy people in Santa Rita.
The person who doesn’t want to work
produces many problems, and we are
not in accordance with that.
How do you think social welfare could
be carried out for the citizens?
We don’t encourage lazy people. We have,
for example, social programs with small
producers. The municipality has social
programs for housewives of the interior.
One project involves the delivery of 100
chicks and their respective food for 15
days for each family. They should seek
to feed the chicks the remaining days,
which are roughly 60 until they can be
commercialized. At that time they sell
them, and with that income they have
to buy twice the chicks, if we give them
100, they have to buy 200. We visit those
families every 15 days, if we see that
the chicks grew and they are ready to
be sold, the town council helps them
in that process. We have an employee
that monitors the social part. The one
who sold and bought nothing has no
more chances. The program has to be
profitable for them. We disagree with
welfarism, there isn’t a municipality
or government that can support it. In
Paraguay, we want people to work, produce, have their income through work
and have decent conditions for progress.
Because, otherwise, if industries and
companies come here, taxes have to be
high to support welfarism.
espíritu integrador fusionado en un Bloque
espírito integrador em um só Bloco
www.bripam.org
Julio-Agosto / Julho-Agosto / 2014
91
Tendiendo puentes
entre los pueblos
Construindo pontes
entre as pessoas
bloque regional de intendentes,
prefeitos y alcaldes del mercosur
bloco regional de intendentes,
prefeitos y alcaldes do mercosul

Documentos relacionados