Segunda-feira, 3 de março de 2003

Transcrição

Segunda-feira, 3 de março de 2003
Quarta-feira, 4 de maio de 2011
Segunda Semana da Páscoa, 2ª Semana do Saltério (Livro II), cor litúrgica Branca
Santos: Gregório de Venucchio (o iluminador), Floriano (mártir), Pelágia, Peregrino (bispo), Silvano (bispo), Antônia
(mártir, queimada viva), Floriano, Venério (bispo de Milão), Gotardo (monge); João Houghton, Roberto Lawrence,
Agostinho Webster, Ricardo Reynolds (mártires na Inglaterra), Mônica, Pelágia de Tarso (virgem e mártir), Gotardo (ou
Godeardo, bispo de Hildesheim), Catarina de Parc-Aux-Dames (virgem), Gregório de Verucchio (beato), Miguel Giedroyc,
João Martin Moye (beato), Amatus Ronconi (Bem-Aventurado, confessor franciscano da 3ª Ordem).
Antífona: Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl 17,50; 21,23)
Oração: Imploramos, ó Deus, a vossa clemência, ao recordar cada ano o mistério pascal que renova a dignidade
humana, e nos traz a esperança da ressurreição: concedei-nos acolher sempre com amor o que celebramos com fé. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo.
I Leitura: Atos (At 5, 17-26)
Com mais entusiasmo e maior firmeza
Naqueles dias, 17levantaram-se o sumo sacerdote e todos os do seu partido - isto é, o partido dos
saduceus - cheios de raiva 18e mandaram prender os apóstolos e lançá-los na cadeia pública.
19
Porém, durante a noite, o anjo do Senhor abriu as portas da prisão e os fez sair, dizendo: 20"Ide
falar ao povo, no templo, sobre tudo o que se refere a este modo de viver". 21Eles obedeceram e,
ao amanhecer, entraram no templo e começaram a ensinar. O sumo sacerdote chegou com os
seus partidários e convocou o sinédrio e o conselho formado pelas pessoas importantes do povo
de Israel. Então mandaram buscar os apóstolos à prisão. 22Mas, ao chegarem à prisão, os servos
não os encontraram e voltaram dizendo: 23"Encontramos a prisão fechada, com toda segurança, e
os guardas estavam a postos na frente da porta. Mas, quando abrimos a porta, não encontramos
ninguém lá dentro". 24Ao ouvirem essa notícia, o chefe da guarda do templo e os sumos
sacerdotes não sabiam o que pensar e perguntavam-se o que poderia ter acontecido.
25
Chegou alguém que lhes disse: "Os homens que vós colocastes na prisão estão no templo
ensinando o povo!" 26Então o chefe da guarda do templo saiu com os guardas e trouxe os
apóstolos, mas sem violência, porque eles tinham medo que o povo os atacasse com pedras.
Palavra do Senhor!
Comentando a Leitura
Os homens que vós colocastes na prisão
estão no templo ensinando o povo!
Cada prisão dos apóstolos nos Atos é imediatamente seguida de uma libertação providencial. Ora,
a libertação do cárcere é o primeiro ato da luta que Deus conduz em favor das testemunhas,
contra o povo do Antigo Testamento. Para os apóstolos é um sinal dos tempos messiânicos a
abertura das prisões (Is 42, 7; 49,9) e, ao mesmo tempo, sinal de que a difusão da Palavra se
firma no poder de Deus e não nas forças do homem. A Palavra de Deus não pode ser aprisionada
(2Tm 2,9).
Na libertação do cárcere, experimentam os apóstolos a libertação pascal. Com efeito, esta não
aparece apenas como um acontecimento da vida de Cristo que devem testemunhar, mas se torna
uma experiência religiosa pessoal, um fato concreto de vida. Na Eucaristia, comemoramos os
fatos passados, exatamente para que aprendamos a reencontrá-los nos acontecimentos de nossa
vida. [Extraído do COMENTÁRIO BIBLICO, Vol. 2, ©Edições Loyola, 1999]
Evangelho do Dia
02/05/11
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Salmo: 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R/.7a)
Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido
Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma
se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o
busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a
Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda angústia.
O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave
é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
Evangelho: João (Jo 3, 16-21)
Deus enviou seu filho ao mundo para
que o mundo seja salvo por ele
Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele
crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê, não é condenado, mas quem
não crê, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. 19Ora, o
julgamento é este: a luz veio ao mundo, mas os homens preferiram as trevas à luz, porque suas
ações eram más. 20Quem pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações
não sejam denunciadas. 21Mas quem age conforme a verdade aproxima-se da luz, para que se
manifeste que suas ações são realizadas em Deus. Palavra da Salvação!
16
Comentário o Evangelho
A missão do Filho
O processo de formação para o discipulado requer a compreensão da identidade de Jesus e da
sua missão. A fé consiste na adesão ao Mestre assim como se nos apresenta. Quanto mais
adequada for esta compreensão, tanto mais profundo será o compromisso da fé. Eis por que
Jesus pôs-se a instruir Nicodemos a este respeito.
O Filho é a expressão perfeita do amor do Pai pela humanidade, que o ofereceu como prova de
amor. A origem divina de Jesus dá credibilidade às suas palavras, pois seu testemunho reporta-se
diretamente a Deus. Ele não é um simples intermediário entre o Pai e a humanidade. É a
encarnação do amor de Deus.
A missão terrena de Jesus consistiu em colocar-se inteiramente a serviço da salvação da
humanidade, propiciando-lhe a vida eterna. Ele a resgata do poder do pecado e da morte,
abrindo-lhe perspectivas novas de comunhão com Deus. Por seu ministério destruiu-se o muro de
separação erguido entre o Criador e a criatura, refazendo-se a amizade inicial. Não compete a
Jesus ser o juiz da humanidade, condenando-a por seus pecados. Cabe-lhe, sim, ser seu
salvador. Mesmo que a humanidade prefira as trevas em detrimento da luz, a missão do Filho de
Deus permanece inalterada. O gesto de recusar a luz já traz em si o germe da condenação,
porém não tolhe ao ser humano a possibilidade de converter-se para a luz. Jesus é infinitamente
paciente e espera que o ser humano se decida em favor dele. [O EVANGELHO NOSSO DE CADA
DIA, Ano A, ©Paulinas, 1997]
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São Ricardo Reynolds
Data consagrada a todos os mártires. da Inglaterra. Um deles: São Ricardo Reynolds foi um
desses mártires no tempo do cisma de Ricardo VIII e nesse dia aconteciam os primeiros
martírios. Ricardo nasceu em 1488/89. Foi aceito como noviço na ordem de santa Brígida em
1512, passou alguns anos da universidade e fez seus votos perpétuos em 1513. Obtendo
bacharelado em teologia pela Universidade de Cambridge foi contratado como pregador na
universidade. Os mosteiros de santa Brígida eram formados por duas comunidades; uma para
homens e outra para as mulheres, porém a abadessa era a superiora de ambas. São Ricardo era
o único monge inglês que conhecia bem o latim, o hebraico, o grego e escreveu 94 obras. Em
1535 foi preso na torre de Londres porque haver se recusado a prestar juramento de supremacia
ao rei, ato considerado como grande traição. Quando lhe perguntaram porque se negava,
respondeu que preferia ficar com o resto da Igreja com sua tradução do que com a opinião do
parlamento de um só reino. Pediu alguns dias para se preparar para morte e lhe foi concedido. No
dia 4 de maio com mais 4 missionários foram enforcados em Tybum. Ricardo assistiu a morte dos
outros e, em seguida, foi enforcado. [paulinas.org.br]
Oração da assembleia (Deus Conosco)
 No Senhor está a vida e a salvação! Para que amemos sinceramente a Deus, e sejamos
transformados pela força da ressurreição de seu Filho Jesus Cristo, rezemos. Senhor, de vós
nos vem a salvação e a paz!
 O Senhor concedeu-nos sua misericórdia! Para que todos os que se encontram longe de Deus,
reencontrem sua misericórdia e seu amor, rezemos.
 O Amor de Deus acolhe sempre! Para que os doentes e sofredores sejam consolados pela
bondade divina e por nossa caridade cristã, rezemos.
 No Coração de Deus todos podem encontrar abrigo! Para que não haja divisão entre nós, e
crianças e jovens, adultos e idosos vivam em paz uns com os outros, rezemos.
 (preces espontâneas)
Oração sobre as Oferendas:
Ó Deus, que, pelo sublime diálogo deste sacrifício, nos fazeis participar de vossa única e suprema
divindade, concedei que, conhecendo vossa verdade, lhe sejamos fiéis por toda a vida. Por Cristo,
nosso Senhor.
Antífona da comunhão:
Diz o Senhor: Fui eu que vos escolhi do mundo e enviei para produzirdes fruto, e o vosso fruto
permaneça, aleluia. (Jo 15, 16.19)
Oração Depois da Comunhão:
Ó Deus de bondade, permanecei junto ao vosso povo e fazei passar da antiga à nova vida
aqueles a quem concedestes a comunhão nos vossos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
Para sua reflexão: Existem dois mundos, um físico e visível e outro espiritual e invisível que
somente se reconhece pela fé, e no qual se entra pelo batismo. A incredulidade se fecha ao dom
do amor, e com isso fica julgada e condenada. Não crer é ato positivo livre, é subtrair-se à
salvação. O amor de Deus não tem limites, mas o trágico é que os homens recusam a luz da fé
para viver na comodidade e imundície das trevas. Quando Jesus enviar o seu Espírito, este porá
em evidência os pecados e as injustiças do mundo.
Se não experimentamos pessoalmente que Cristo é o Salvador dificilmente se
sentirá a necessidade de fazê-lo conhecido aos outros. (Papa Paulo VI)
Aconteceu no dia 4 de maio de 1493: Concluída a bula papal Inter Coetera II, que dava aos
espanhóis todas as terras a 100 léguas a oeste e sul dos Açores e Cabo Verde
Evangelho do Dia
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Justo reconhecimento aclamado
pelo povo: Beato João Paulo II
Dom Vilson Dias de Oliveira, DC, Bispo Diocesano de Limeira - SP
Neste dia 1 de maio a Igreja toda volta o olhar para o Vaticano. A data marca a celebração de beatificação
do saudoso Papa João Paulo II, que governou a Igreja por 27 anos (1978-2005).
Karol Józef Wojtyla nasceu em Wadowice, na Polônia, no dia 18 de abril de 1920. Ainda jovem estudante
viveu num contexto político sofrido para seu povo, sobretudo pela presença do nazismo e, posteriormente,
do comunismo. Gostava de arte, literatura e filosofia. Estudou em um seminário clandestino (por causa das
inúmeras perseguições contra a Igreja e o clero) e ordenou-se sacerdote. Ainda jovem foi nomeado bispo e,
posteriormente criado cardeal da Santa Igreja. Era um homem de grande força e influência por onde
passava, sobretudo entre os jovens. Mas também uma figura que, com serenidade e firmeza ao mesmo
tempo, questionava a realidade que o circundava.
Em 1978, com a morte do Papa João Paulo I, vítima de um ataque cardíaco apenas 33 dias após sua eleição,
foi eleito papa o Cardeal Karol J. Wojtyla, que adotou o mesmo nome de seu antecessor no trono de Pedro.
Havia séculos que a Igreja não tinha um papa de outra nacionalidade que não italiana. O novo papa polonês,
relativamente jovem (58 anos), poliglota e filósofo, surpreendeu o mundo com a força de suas palavras e a
segurança em suas posturas. Jovial, próximo do povo, não demonstrou medo diante dos desafios que se lhe
apresentavam, embora ele mesmo, em sua primeira aparição pública na janela da basílica vaticana,
confessou diante da multidão reunida para conhecer o novo papa, que teve medo de assumir esta função,
mas que se confiava em Deus e na intercessão da Virgem Maria. Isto, aliás, ele fez questão de expressar em
seu lema: “Totus Tuus” (sou todo teu).
Uma das grandes marcas do Papa João Paulo II é o grande número de peregrinações. Muitos paises
receberam sua visita mais de uma vez, como o Brasil, por exemplo, (3 vezes). Por esta razão ficou
conhecido como “papa peregrino”, que andava pelos continentes atraindo multidões que ouviam suas
palavras, sempre claras, sobretudo quando a questão era a promoção da paz e a defesa da vida diante de
ameaças como as guerras, o abordo, a máfia, dentro outros.
Tinha o desafio de conduzir a Igreja para o século XXI, com a grande celebração jubilar do ano 2000. Mesmo
já fragilizado no corpo, que trazia as marcas de um atentado sofrido no início da década de 80, ele cumpriu
sua missão e, em meio a sofrimentos pessoais, nunca perdeu a firmeza em suas posturas e as chances de
testemunhar sua fé. Aliás, esta é uma das tarefas que mais compete ao sucessor de Pedro: confirmar na fé
seus irmãos!
Este grande papa, João Paulo II, morreu no dia 2 de abril de 2005, após serena agonia em seu quarto, no
paládio apostólico. O mundo “parou” para despedir-se dele e para reconhecer seus méritos. Grande multidão
se dirigiu para o Vaticano durante seus funerais, incluindo representantes de diferentes religiões, chefes de
estado e outros.
A beatificação de João Paulo II, em pouquíssimo tempo após sua morte, vem atender à aclamação expressa
espontaneamente pelo povo em seus funerais, presididos pelo então decano do colégio cardinalício, Cardeal
Josef Ratzinger, hoje Papa Bento XVI: “Santo Súbito” (Santo já).
O próprio sucessor de João Paulo II, Papa Bento XVI, com a Cúria Romana, se fizeram sensíveis àquilo que a
multidão expressava e pedia. Iniciou-se o processo, que consta inclusive de uma cura alcançada por uma
religiosa após invocar a intercessão do servo de Deus.
Concluída estas etapas, neste dia 1º de maio de 2011, às 10h00 (horário de Roma), o Papa João Paulo II
será proclamado beato, podendo ser venerado pelo povo. A data coincide com o 2º domingo do Tempo da
Páscoa, o assim chamado “Domingo da Divina Misericórdia”. Também será rezado o Terço da Divina
Misericórdia com o canto “Jezu ufam Tobie”, que significa: “Jesus confio em vós”. Esta devoção foi
introduzida por Santa Faustina Kowalska, sua conterrânea, e era muito apreciada por João Paulo II.
Com a beatificação, será instituída uma Memória Litúrgica do Beato João Paulo II, para a Diocese de Roma e
dioceses da Polônia, seu país de origem.
Que o testemunho dado por João Paulo II nos ajude a, como ele, sermos fervorosos e incansáveis servos de
Deus, pela oração, pelas palavras e pelas atitudes diante da realidade que nos cerca, mesmo que em meio a
dificuldades e sofrimentos. Movidos exemplo de força e santidade deste homem contemporâneo, que nossas
comunidades se animem a serem cada vez mais fiéis ao Cristo, Senhor e Mestre, e cumprir no dia-a-dia a
missão da Igreja: evangelizar. Cristo é a nossa paz! Forte e fraterno abraço a todos! [CNBB]
Evangelho do Dia
02/05/11
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