Procura emprego? Evite cair nos erros mais frequentes
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Procura emprego? Evite cair nos erros mais frequentes
ID: 52916576 17-03-2014 | Emprego & Universidades Tiragem: 17325 Pág: 2 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 24,46 x 26,89 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 3 Procura emprego? Evite cair nos erros mais frequentes Mentir no CV é um deles. Os recrutadores já começaram a fazer certificação de currículos. Conheça outros erros fatais. A mentira tem perna curta e neste caso não é diferente. A tentação é grande e, às vezes, o desespero ainda maior. Por isso, os currículos contêm mentiras e nas entrevistas de emprego dizem-se coisas que não correspondem exactamente à verdade toda. Cuidado, porque é fácil ser apanhado. Já há empresas a fazer a certificação dos currículos, ou seja, a confirmar a informação apresentada. É o caso da CV-DNA, uma empresa que nasceu há cerca de um ano e que faz isso mesmo: certificação de currículos. “Como o mercado português é muito pequeno, mais tarde ou mais cedo, tudo se sabe”, garante o director-geral desta empresa, José Quezada. Ainda assim, a mentira continua a ser um dos erros mais frequentes nos processo de recrutamento. Um estudo divulgado na passada semana pela CV-DNA, feito junto de responsáveis de recrutamento de 40 empresas nacionais e multinacionais, revela que um quarto dos currículos recebidos pelas empresas contém informações falsas ou “efabuladas”. Amândio da Fonseca, administrador do grupo de recrutamento Egor, chama-lhes currículos “maquilhados” e diz que também lhe aparecem muitos. E também na Egor é feita, há cerca de três anos, a verificação da informação factual que vem no CV. “Temos um consultor que praticamente só faz isso. Algumas grandes empresas só admitem os candidatos seleccionados depois de verificarmos o currículo”, conta Amândio da Fonseca. De acordo com este estudo da CV- DNA, os erros mais comuns na preparação de currículo são os ortográficos (46% dos CV recebidos) e o excesso de informação (82%), ou seja currículos demasiado longos, uso de fotografias de má qualidade e desadequadas (75%), além da tal “efabulação da realidade, que José Quezada garante ser “mais comum em profissionais com experiência do que em recém-licenciados”. Um processo de recrutamento é uma etapa importante e decisiva na vida de alguém. E são cada vez mais complexos e profissionais. Não é só o currículo que conta. Segue-se a entrevista, onde “uma das principais falhas é a falta de preparação dos candidatos para falar sobre o seu próprio currículo e um certo desconheci- mento da empresa a que a pessoa se candidata”, diz José Quezada. Uma apresentação pouco cuidada ou desadequada ao tipo de ambiente da empresa em questão também é frequente, avisa o consultor. Para mais ou para menos, ou seja: não faz sentido ir demasiado ‘casual’ para uma entrevista para um emprego ou empresa mais formal, mas também não é preciso ir de fato e gravata quando a função para que se está a candidatar não exige esse rigor de vestuário. Ser seguro não é ser arrogante Quanto à postura na entrevista, “as pessoas devem ser seguras, sem ser arrogantes. Aliás não há mal nenhum, muito pelo contrário, em admitir um outro erro profissional do passado, reconhecendo a aprendizagem que se fez com ele”, diz Fernando Neves de Almeida, o presidente em Portugal da ‘executive search’ Boyden. No que diz respeito à valorização do percurso, “se há algum momento em que é importante abdicar da timidez e, sem exageros mas confiança, saber explicar as nossas valências e competências, é no momento em que vamos a uma entrevista de recrutamento”, acrescenta José Quezada. Mas, mais uma vez, sem mentir. “Por exemplo, a pessoa deve ser honesta e ter uma explicação lógica para o motivo pelo qual saiu da empresa anterior. Dizem muito nas entrevistas que foi por falta de desafio profissional e nós percebemos que não foi só isso, não bate certo”, defende Fernando Neves de Almeida. Outro erro frequenta é a pessoa representar um papel na entrevista que acha que é o esperado pelos recrutadores para preencher aquela função. Não deve fazê-lo, porque facilmente é apanhada. “Acaba por resultar pior e, às vezes, parece que a pessoa tem uma personalidade um pouco esquizofrénica”, conclui o presidente da Boyden Portugal. Carla Castro e Joana Moura Um quarto dos currículos recebidos pelas empresas contém informações falsas, conclui o estudo da CV-DNA. OS 10 MANDAMENTOS PARA QUEM PROCURA DE EMPREGO Se procura emprego, há erros que não deve cometer para o seu currículo não ficar esquecido no meio do monte e não causar má impressão na entrevista. I Não minta no currículo. É um erro muito comum e é fácil ser apanhado. Há empresas a fazer certificação dos currículos e vão confirmar os dados. Se encontrarem uma informação falsa, o seu currículo será posto de lado e deita tudo a perder. II Cuidado com o tamanho do CV Mais de duas páginas de currículo é demais. É importante ser sucinto e objectivo e começar com a última posição profissional até à mais antiga. Mas não precisa de ir à escola primária. Lembre-se que um currículo não é a história da sua vida. Tenha atenção à forma como organiza a informação e não use fotografias de má qualidade ou desadequadas. III Dar erros ortográficos no CV é absolutamente proibido. É uma falha grave não saber escrever na própria língua e pode ser a morte do artista. Demonstra uma falta de cuidado a redigir o currículo que não é perdoada. IV Atenção à atitude e postura na entrevista. Mostre segurança e confiança, mas evite ser arrogante. É altura de deixar a timidez de lado e brilhar, mas cuidado com o excesso de certezas. V A honestidade é fundamental. Explique as suas valências e competências, puxe pelos seus pontos fortes, mas mais uma vez não minta, porque mais tarde ou ID: 52916576 17-03-2014 | Emprego & Universidades Tiragem: 17325 Pág: 3 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 15,58 x 27,79 cm² Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 2 de 3 Deugait elit adit quissit mais cedo vai ser apanhado. Nem que seja já depois de seleccionado e de começar a trabalhar. Pode ser convidado a sair. VI É fundamental preparar-se e adquirir conhecimentos acerca da empresa e funções a que está a candidatar-se. Não saber ao que vai não é bem visto. Informe-se antes de ir. Hoje em dia com a informação disponível, é fácil fazê-lo. VII Tenha uma explicação para a saída do emprego anterior. Dizer que foi por falta de desafio profissional já é um argumento muito batido e os recrutadores percebem que algo não bate certo. E admitir um ou outro erro do passado e a aprendizagem que se fez com ele, pode ser um ponto a favor. Cuidado com os currículos demasiado extensos. Mais de duas páginas de CV é demais. Atenção à atitude na entrevista. Mostre segurança sem ser arrogante. VIII A primeira impressão é visual, por isso deve ir vestido de acordo com o estereótipo da função a que se candidata. Não deve ir muito ‘casual’ para um emprego ou empresa mais formal, mas se a função a que se candidata não exige fato e gravata, deve ir mais descontraído. IX A falta de pontualidade é uma falha comum que deve evitar cometer. Saia de casa mais cedo e conte com eventuais imprevistos. Fica mal e causa má impressão chegar atrasado. Pode levá-lo a ser afastado. X Não tente representar um papel na entrevista pensando que é o esperado de si. Nem responder o que pensa que é suposto. É um erro flagrante e o mais provável é ser apanhado. Os profissionais de recrutamento vão perceber, porque esse é o trabalho deles.