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REVISTA SINDLOC SP Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo CONTROLE TOTAL Saiba como a tecnologia pode baratear e otimizar os negócios do setor Dicas de especialistas para se tornar um líder moderno e completo Lei da Transparência impõe novos desafios para as locadoras Ano XIX – Edição 170 - 2015 EDITORIAL O BRASIL COM OS DOIS PÉS NO FREIO UMA CRÔNICA ANUNCIADA ELADIO PANIAGUA JUNIOR Presidente do Sindloc-SP E stamos praticamente na metade do ano e, infelizmente, os indicadores econômicos são ainda mais desanimadores e apontam para um 2015 sofrível. Inflação, juros e desemprego em alta e PIB enfraquecido. Cenário sombrio que puxou as previsões para baixo e pôs em xeque a esperança de recuperação em 2016. Matéria do jornal O Estado de S. Paulo de meados de junho é emblemática sobre como o desmazelo do governo vem empurrando a indústria automotiva cada dia mais ladeira abaixo. Segundo a reportagem, o mau desempenho das montadoras será responsável por 1/3 da queda do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, com impactos diretos e naturais em atividades como a de locação. A crise do setor não afeta apenas as montadoras, mas impacta toda a cadeia produtiva, que envolve muitos segmentos, como autopeças, siderurgia, químico, plástico e borracha, além de prestadores de serviços, como revendas, financeiras e locação de automóveis. Um efeito dominó que abala a economia do país. As empresas, por sua vez, continuam a trabalhar arduamente para sustentar empregos e garantir ao cliente um atendimento de excelência. A contrapartida é um governo federal que está tratando com descaso e incompetência um setor tão estratégico para a economia como o automotivo. Por quê? Porque este governo está institucionalmente falido. A cada dia vem perdendo o apoio popular e enlameando-se na corrupção. Os tentáculos do Petrolão espalham-se pelos mais altos escalões e, a cada notícia, aproximam-se do centro do poder. Pela primeira vez, observamos a prisão de presidentes e importantes executivos de grandes construtoras. Se passar o Brasil a limpo é motivo de orgulho e nos dá esperanças de que podemos almejar entrar para o rol dos países sérios, também é um período de incertezas e, até que se vire a página da Lava-Jato, de estagnação. Uma injustiça com todos os empresários sérios, que produzem riqueza e emprego, pagando em troca impostos escorchantes. Apenas as mais de 2.500 locadoras do estado de São Paulo associadas ao Sindloc-SP arrecadam em torno de R$ 2,6 bilhões em impostos. E por falar em empresários sérios, em 2014 nosso setor foi responsável pela manutenção de 200 mil postos de trabalho, adquiriu 226 mil veículos, com investimentos de R$ 7,1 bilhões, e gerou faturamento de cerca de R$ 5,3 bilhões. Mais do que nunca, enquanto esperamos um governo de fato em 2019, temos de nos manter unidos, para fazer valer a força de nossa representatividade. EXPEDIENTE A Revista Sindloc SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas. Presidente: Eladio Paniagua Junior Impressão: Gráfica Revelação Diretor Financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang Tiragem: 5 mil exemplares Diretor Secretário: Paulo Miguel Jr. Circulação: distribuição eletrônica para 7 mil leitores Diretor: Luiz Antonio Cabral cadastrados Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23 Coordenação: Leandro Luize Telefone: (11) 3123-3131 Redação: Bete Hoppe, Katia Simões, Larissa Alves e E-mail: [email protected] Maria Carolina Ramos Revisão: Júlio Yamamoto É permitida a reprodução total ou parcial das Diagramação: Graziele Tomé - Eco Soluções em reportagens, desde que citada a fonte. Conteúdo - www.ecoeditorial.com.br Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS Foto de capa: Istock 17.095 - [email protected] REVISTA SINDLOC 3 Istcok SUMÁRIO 14 LEGISLAÇÃO Advogada Soray Navarro analisa a nova Lei da Transparência Informatizar agiliza o negócio de locação 06 TRÂNSITO 08 GESTÃO 10 LINHA DE MONTAGEM 15 TRIBUTOS 16 HISTÓRIA 18 ESPECIALISTA 20 ARTIGO Agravamento das multas NIC na frota de pessoas jurídicas Istcok 12 CAPA Você está preparado para ser um líder moderno? Locadoras já respondem por 36% das vendas da Ford 17 APP 19 CARRO Honda HR-V: o japonês que conquistou os brasileiros Em 30/9 vence o prazo para entregar a Escrituração Contábil Fiscal Istcok Gazo: aplicativo encontra postos de combustível e promete vantagens Uno Mille: o primeiro 1.0 do Brasil comemora 25 anos Saiba como se proteger da apropriação indébita 22 4 ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL Gestores têm de acompanhar as mudanças no mundo corporativo REVISTA SINDLOC Como vencer momentos de crise até que a neblina baixe NOTAS TECNOLOGIA Istock SENSOR DE LOMBADAS E DIREÇÃO ADIAMENTO Istock ADOÇÃO DO EXTINTOR ABC. AGORA VAI? Dirigir por controle remoto em terrenos difíceis e localizar lombadas por meio de sensores estão entre as últimas possibilidades do setor automobilístico. Com sensores de GPS e câmera digital de alta resolução, a tecnologia patenteada pela Hyundai é capaz de medir altura, largura e curvatura das elevações existentes durante o percurso, alertando o motorista antes da colisão. A empresa não informou se haverá algum dispositivo de frenagem brusca para acompanhar a função. Já a Jaguar Land Rover lançou, em 16 de junho, um protótipo que pode ser dirigido por controle remoto em terreno difícil, por meio de um smartphone. Auxiliar na manobra em vagas de estacionamento difíceis é outro diferencial do exemplar, já que o condutor poderá realizar uma reversão de 180 graus sem usar o volante nem os pedais do carro. A proposta expande o debate sobre as regulamentações de trânsito, uma vez que a maioria dos países tem em legislação a obrigatoriedade de o motorista estar sempre ao volante. Mais uma vez, os prazos para a exigência do extintor ABC (validade de cinco anos e mais eficiente em materiais como madeira e tecido) e do chip de identificação eletrônica (com informações criptografadas sobre chassis, ano, modelo e placa) nos carros foram alterados pelo Ministério das Cidades. Agora, os motoristas terão até outubro de 2015 para trocar os equipamentos contra incêndio e janeiro de 2016 para integrá-los ao Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav). As datas anteriores previam as alterações para 30 de junho (cadastro eletrônico) e 1º de julho (extintor). Quando entrar em vigor, cada chip custará em torno de R$ 40, sem considerar os gastos com a instalação, e a multa para quem não regularizar o extintor será de R$ 127,69, além de 5 pontos na carteira. CONCORRÊNCIA PEUGEOT 2008 É O MODELO COM MAIOR REPARABILIDADE DA CATEGORIA O Peugeot 2008 foi classificado no último teste realizado pelo Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi Brasil) como o veículo de melhor reparabilidade entre os utilitários esportivos do mercado brasileiro. Submetido a impactos de baixa velocidade (15 km +1), o modelo da marca francesa teve 15 peças substituídas e uma reparada, alcançando o primeiro lugar com o CAR Group 28. O segundo colocado, o Ford EcoSport, obteve 42. O bom desempenho do conjunto mecânico (radiador e condensador do ar-condicionado) e do painel front-end, além de poucos elementos afetados no impacto traseiro, foram os principais diferenciais do Peugeot 2008, que é produzido desde março de 2015 no Brasil. Entre os itens de segurança, destacam-se os airbags laterais para o motorista e os passageiros da dianteira desde a versão mais simples do modelo. REVISTA SINDLOC 5 TRÂNSITO AGRAVAMENTO DE MULTAS POR NÃO INDICAÇÃO DO CONDUTOR M MARCELO JOSÉ ARAÚJO Advogado e assessor do Sindloc-SP para questões de trânsito uitas locadoras enfrentam problemas e têm dúvidas sobre a forma que se dá o agravamento das multas quando não há indicação do condutor em veículos de propriedade de pessoas jurídicas, como é o caso das locadoras. As infrações relativas às irregularidades do veículo, tais como equipamentos, licenciamento e alterações, são de responsabilidade do proprietário e não cabe nenhuma indicação. Neste caso, a notificação sequer vem com formulário para que se indique o condutor, pois já é inerente à propriedade. Por esse motivo, é importante que isso seja verificado no check-list de entrega – por exemplo, o funcionamento do limpador de para-brisa –, para demonstrar que o veículo foi entregue com equipamentos existentes e em funcionamento. Outro aspecto refere-se às infrações de responsabilidade do condutor nas quais ele necessariamente tenha sido parado. Conforme a natureza da infração, essa abordagem é imprescindível para verificar a irregularidade, como é o caso da embriaguez. Nesses tipos de infração, o condutor já está identificado desde a autuação. Vamos às regras: o aumento na proporção do agravamento vale para infrações com o mesmo enquadramento e código. Se for de estacionamento proibido, o aumento no agravamento se dará para outras de estacionamento proibido. As infrações do mesmo enquadramento com indicação do condutor não entrarão na proporção do agravamento. Em cada não indicação do condutor, o valor total da multa dobra na primeira vez; na segunda ocorrência, triplica; na terceira, quadruplica, e Na locação de frotas por longo período, a locatária deve ficar responsável pela coleta da assinatura dos condutores e pelo agravamento por demora ou omissão na indicação 6 REVISTA SINDLOC assim por diante, naquilo que ocorrer nos 12 meses anteriores. Funciona assim: 1) Chega a notificação da autuação sem indicação do condutor; 2) Chega a notificação de penalidade com o valor original da multa; 3) Chega a notificação de penalidade (NIC - Não Indicação do Condutor). O dobro do valor se dá em decorrência da soma da infração originária mais a NIC. Na próxima infração igual, chegará a infração original e a NIC em dobro, cujo resultado final será o triplo do valor. Nem sempre a multa originária e a NIC chegam simultaneamente. Pelo contrário, chegam em períodos de tempo bem afastados um do outro, criando sérios problemas de controle e regresso do valor. Quando houver mais de um condutor autorizado, é prudente consultar qual deles será indicado antes de a própria locadora escolher. Na locação de frotas por longo período, a locatária deve ficar responsável pela coleta da assinatura dos condutores e pelo agravamento por demora ou omissão na indicação. É recomendável que isso esteja previsto em contrato, pois nessa forma de contrato costuma haver vários condutores de um mesmo veículo, em turnos distintos, ou ainda o mesmo condutor utilizar mais de um carro – e apenas a locatária (pessoa jurídica) detém esse controle. Alerta: a proporção do agravamento se dá individualmente em cada veículo (e não na frota). No caso das locadoras, há que se acautelar. Se nos últimos 12 meses o veículo não teve o condutor indicado em uma mesma infração, o valor agravado do próximo locatário será proporcional às infrações já ocorridas. l MULTA ORIGINAL MULTA NIC 100 +100 = 200 100 +200 = 300 100 + (condutor indicado) 100 +300 = 100 ( condutor pontuado) = 400 VENDAS DIRETAS CHEVROLET: A LINHA MAIS COMPLETA PARA SUA LOCADORA. salleschemistri salleschemistri PENSANDO EM RENOVAR SUA FROTA? COM VENDAS DIRETAS CHEVROLET, A SUA LOCADORA TEM MUITO MAIS BENEFÍCIOS: • MENOR CUSTO DE MANUTENÇÃO • MAIS DE 590 PONTOS DE VENDA NO BRASIL. A CHEVROLET PERTO DE VOCÊ • MAIS NOVO E COMPLETO PORTFÓLIO DE CARROS DO PAÍS • PÓS-VENDAS COM ATENDIMENTO PREFERENCIAL • MELHOR VALOR DE REVENDA PARA MAIS INFORMAÇÕES, CONSULTE UMA CONCESSIONÁRIA CHEVROLET. ONIX CRUZE PRISMA CAPTIVA MONTANA TRACKER SPIN S10 CONSULTE CONDIÇÕES ESPECIAIS PARA CNPJ E FROTISTAS. Todos juntos fazem um trânsito melhor. Os veículos Chevrolet estão em conformidade com o Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores. www.chevrolet.com.br - SAC: 0800 702 4200 - Ouvidoria GMAC: 0800 722 6022 REVISTA SINDLOC 7 GESTÃO Istock O DESAFIO DA LIDERANÇA Liderar vai além de dar ordens, distribuir tarefas e cobrar prazos e resultados. É preciso conquistar 8 REVISTA SINDLOC D e acordo com estudo feito pela consultoria global de gestão de negócios Hay Group, com base nas informações de 3.089 líderes brasileiros, 63% dos entrevistados não conseguem criar um bom clima entre suas equipes. Isso acontece porque, ainda hoje, a maioria das empresas não investe no desenvolvimento das competências de liderança de seus funcionários. Essa decisão afeta diretamente a produtividade das equipes e, consequentemente, os resultados das companhias. “A forma como você se expressa faz muita diferença no dia a dia da empresa. Dizer a palavra certa para os funcionários e colaboradores, oferecer apoio, demonstrar confiança e dividir opiniões ajuda a construir a figura de um líder reconhecido”, escreve o consultor Marcus Buckingham, autor de best-sellers como Descubra Seus Pontos Fortes e Quebre Todas as Regras. Segundo ele, líderes genuínos são pessoas que sabem transformar o medo do desconhecido em autoconfiança, convertendo ansiedade em entusiasmo. MARA TUROLLA Diretora de coaching e mentoring do Career Center “Uma das principais funções do líder é administrar pessoas. Para isso, é preciso ter um mínimo de interesse em conhecer a sua equipe e as capacidades específicas de cada um” Pouquíssimas pessoas, entretanto, são excelentes nessa tarefa, garante o consultor. E vai além: líderes são mais vividos e precisos em suas narrativas. Com isso, conseguem descrever com clareza o que vem pela frente e, assim, engajar todos ao seu redor. No entanto, os consultores são unânimes em dizer que ser líder não significa ser o melhor amigo do seu funcionário. Mas também não há liderança efetiva se a pessoa não souber ao menos o nome do seu subordinado. “Uma das principais funções do líder é administrar pessoas. Para isso, é preciso ter um mínimo de interesse em conhecer a sua equipe e as capacidades específicas de cada um, de forma natural”, observa Mara Turolla, diretora de coaching e mentoring da Career Center Consultoria em RH. Ao intensificar a aproximação com os funcionários, além de criar um ambiente mais agradável, o gestor consegue delegar mais as tarefas certas para cada perfil de profissional, aumentando a produtividade. Além disso, terá oportunidade de identificar os pontos fracos de seus liderados e pensar em como desenvolver as novas capacidades. UM NOVO CONCEITO Os tempos são outros dentro e fora do ambiente empresarial. Algumas corporações já eliminaram, por exemplo, a palavra chefe, um conceito baseado mais em hierarquia do que em influência. “Dentro do novo conceito, a liderança exigirá muito mais do que o indivíduo é como pessoa do que profissionalmente”, afirma Mara Turolla. “A liderança pede domínio do trabalho e um profundo autoconhecimento, com definição clara dos seus pontos fortes e fracos.De acordo com a consultora, es- pera-se que o líder saiba lidar bem com pressão, uma habilidade que tem um grande peso, principalmente, quando a equipe é formada por representantes da geração Y, pouco adepta a hierarquias. Para esse público, o líder deve ter alto poder de persuasão, assertividade, ser firme, educado e delicado. É importante, ainda, que tenha conhecimento de técnicas de gestão, o que pode ajudá-lo a sair-se melhor em suas atividades; saiba administrar bem o tempo e os prazos, bem como distribuir o trabalho de acordo com as competências de cada funcionário. “O maior desafio, porém, é ter habilidade para controlar o próprio comportamento e saber influenciar o outro”, adverte Mara Turolla. Embora o mercado e os conceitos venham mudando há um bom tempo, ainda há companhias que estão mais no discurso do que na prática, enquanto outras nem sequer dão atenção à formação do líder. “No caso do segmento de locação, formado por empresas de pequeno porte, em sua maioria, a tarefa da liderança está muito ligada à figura do dono. Como alma da empresa, cabe a ele aplicar os novos conceitos para si e para a equipe”, pontua a consultora. l PONTOS A SER TRABALHADOS PARA SER UM BOM LÍDER 4 4 4 4 4 Paixão pelo que faz, para que haja inspiração e entusiasmo todos os dias Integridade, para haver confiança, engajamento, sinceridade, maturidade com base em experiências passadas e busca pela melhoria contínua Curiosidade sempre, a fim de buscar novas informações e alternativas Audácia de saber se arriscar quando necessário e posicionar sua opinião Autoconhecimento, pois é só olhando para dentro que o líder saberá como agir com os seus parceiros e, também, qual é o seu próprio limite REVISTA SINDLOC 9 LINHA DE MONTAGEM PIONEIRA NA FABRICAÇÃO DE AUTOMÓVEIS NO BRASIL à manufatura de automóveis, da estamparia à montagem final; Tatuí (SP), campo de prova onde são realizados todos os testes; e Taubaté (SP), uma das pioneiras no país. Delas saíram 289.275 veículos no ano passado. Ford intensifica relação com locadoras, que já respondem por 36% de suas vendas 10 REVISTA SINDLOC S inônimo de carro no Brasil no início do século passado, a Ford foi a primeira indústria automobilística a se instalar no país, em 1919. O modelo T – recordista de vendas da montadora até a década de 60 – faz parte do imaginário emocional de muitas pessoas. Seja na lembrança do avô chegando todo orgulhoso ao volante, nos pontos de táxi das grandes cidades, seja nas ruas e avenidas de trânsito lento e disciplinado. O cenário urbano de hoje é outro, mas a presença da marca continua forte. Se no primeiro ano de operações da filial brasileira os carros eram montados ao ritmo de uma unidade a cada quatro horas, o tempo atual é de meros 80 segundos. Mais um atestado do gigantismo da Ford. No total, a montadora possui quatro fábricas instaladas no país: Camaçari (BA), com produção de 250 mil veículos por ano, ou 912 veículos/dia; São Bernardo do Campo (SP), dedicada OS QUERIDINHOS Décadas depois, o saudoso Ford Bigode deu lugar nas ruas a versões do Ka, Ka+, Novo Focus, Fusion, EcoSport, entre outros. E são esses modelos que estão entre os mais procurados pelo segmento de locação de veículos, entre compactos e versões de luxo. Na área de vendas diretas, os negócios com as locadoras, segundo a própria montadora, representam seu segmento mais importante. A expectativa é continuar a crescer em 2015, principalmente graças aos modelos Ka e Ka+, campeões de venda e com grande aceitação dos clientes para locação. Não é de hoje que o segmento de locação é considerado importante para a montadora. No início dos anos 2000, a Ford já tinha como foco oferecer veículos modernos, desejáveis e que se destacassem pelo desempenho, baixo consumo, bom nível de equipamentos e baixo custo de manutenção para o setor. Em 2010, aumentou a participação no segmento frotista, criando uma estrutura de atendimento exclusiva por meio de key accounts, profissionais dedicados ao atendimento e prospecção das principais empresas de locação. Em 2014, o peso das locadoras nos negócios da Ford chegou a 36%. Para os próximos dois anos, a meta é intensificar o relacionamento com o segmento de locação, de maneira a entender ainda mais suas necessidades e UM PASSEIO PELA HISTÓRIA 1920: O governo de Epitácio Pessoa autoriza o estabelecimento das operações da Ford no Brasil 1921: Inaugurada a sede da filial brasileira no bairro paulistano do Bom Retiro 1925: Inaugurada a linha de apresentar condições comerciais atrativas. “A proposta é ir além do desconto, buscando um diferencial no atendimento, com suporte dos escritórios regionais e da rede, composta de 555 distribuidores Ford espalhados pelo Brasil”, aponta Flávio Meira, da área comercial de vendas diretas da Ford. “Estamos trabalhando para oferecer ao segmento uma verdadeira consultoria no momento da compra, atuando em frotas dos mais variados tamanhos.” Em 2015, a Ford vem crescendo no mercado brasileiro, elevando para mais de 11% sua participação de mercado até maio. “É o melhor resultado dos últimos cinco anos, um avanço de 1,7% na comparação com o mesmo período do ano passado”, reforça Meira. Segundo ele, alguns dos destaques da marca foram as linhas Ka, Focus e Fusion. O Ford Ka, aliás, registrou a melhor participação desde o lançamento. Ficou entre os três mais vendidos do mercado, com uma pequena diferença em relação aos dois primeiros. Na linha de sedãs compactos, o Ford Ka+ manteve a sua trajetória de crescimento, com uma participação recorde de 10,3% no segmento. RELACIONAMENTO ESTREITO Para os empresários que procuram exclusividade e atendimento personalizado, a Ford mantém o Centro de Relacionamento Ford Empresas, departamento desenvolvido para atender pessoas jurídicas que possuem ou pretendem constituir frota. “A estrutura de atendimento e relacionamento voltada para as locadoras inclui canal de atendimento direto de fábrica, setor de pós-venda exclusivo e rede de revendedores especializados, além de uma política de desconto exclusiva, ações de treinamento e test drive para os lançamentos”, afirma Meira. Como complemento, a montadora disponibiliza para o segmento catálogos exclusivos de veículos das linhas Focus e Ranger. l QUEM É QUEM Para facilitar seu acesso aos produtos e serviços que a montadora disponibiliza especialmente para as locadoras, apresentamos o contato de vendas diretas da Ford: CENTRAL DE RELACIONAMENTO FORD EMPRESA Tel.: (11) 4174-3900 produção em Recife (PE) 1964: É lançado o cobiçado Ford Mustang 1973: Deixa a linha de montagem o primeiro Ford Maverick nacional 1978: Começa a circular o Corcel II 1983: Lançado o Escort, o primeiro carro da Ford no Brasil com motor transversal 1986: Criação da Autolatina, joint venture com a Volkswagen do Brasil 1996: Início da produção do Ford Fiesta no Brasil 1997: É lançado o Ford Ka 1999: Chega ao mercado o motor Zetec RoCam 2001: Início das operações do Complexo Industrial Ford NE, em Camaçari (BA) 2003: É lançado o Ford EcoSport, o maior investimento da Ford no segmento de SUVs no Brasil 2010: Recorde histórico de vendas, com a comercialização de 363.955 mil veículos REVISTA SINDLOC 11 Istock CAPA DESAPEGUE-SE DAS PLANILHAS ELETRÔNICAS Softwares de gestão facilitam, agilizam e barateiam os negócios das locadoras de veículos. Sistemas de diferentes formatos estão disponíveis no mercado S e você, proprietário ou proprietária de locadora, que lê esta reportagem ainda recorre às planilhas eletrônicas para fazer o seu controle financeiro, talvez esteja na hora de rever princípios e partir para soluções mais elaboradas. O mundo dos negócios já foi alterado de forma radical pela tecnologia da informação (TI), e as locadoras não devem ficar de fora desse movimento constante e irreversível. “Hoje, a TI tem grande relevância e já deixou de ser diferencial competitivo para as empresas há muito tempo. Antes vista como uma área de suporte às operações, ela tem ganhado um perfil mais estratégico nas empresas, assumindo um caráter consultivo e importante Cesar Griebeler, para a gestão”, opina gerente de produto da Senior Cesar Griebeler, ge- 12 REVISTA SINDLOC rente de produto da Senior, que, desde 1988, desenvolve softwares para gestão empresarial. De acordo com Griebeler, a tecnologia da informação está cada vez mais integrada às demais áreas e auxilia na orientação e direcionamento das decisões da companhia. “Diante do mercado cada vez mais competitivo, as empresas devem sempre pensar em como melhorar a administração dos seus dados e processos”, diz. Para o executivo, é essa atenção permanente que vai fazer a diferença na hora de adotar aquela medida que pode mudar para melhor o rumo do negócio. CONTROLE TOTAL Esses benefícios estão ao alcance das pequenas e médias empresas. Embora tenham características diferentes das grandes, elas também podem contar com as mesmas vantagens da automatização dos seus processos. De acordo com dados da Senior, aproximadamente 47% das PMEs do Brasil já utilizam algum tipo de solução tecnológica de gestão de negócios. Para as locadoras, há muitas opções específicas disponíveis, desde as que apresentam configuração mais simples até aquelas que são customizadas ao gosto do cliente. Os pontos positivos são a fácil utilização, economia de custos e a possibilidade de conversão dos dados para uma planilha eletrônica. Esses softwares consistem, na verdade, em sistemas chamados ERP (Enterprise Resourse Planning, ou Planejamento de Recurso Corporativo), que propiciam a gestão de locadoras em toda a sua cadeia logística, desde a aquisição dos veículos até a venda dos mesmos, passando pelo processamento de reservas, gerenciamento total de contratos, gestão de As tecnologias da Senior para gestão estratégica nas empresas acidentes e multas e controle financeiro do negócio. “Na prática, esses sistemas permitem que as locadoras de menor porte tenham capacidade de gestão equivalente à das grandes empresas”, explica Ricardo Lacerda, diretor da desenvolvedora de softwares Ricardo Lacerda, diretor da Fleet Max Fleet Max. ECONOMIA DE 20% A estimativa é de pelo menos 20% de economia, verificável a partir de seis meses de utilização, garante Julian Gritsch, diretor Julian Gritsch, da EuroIt, também diretor da EuroIt especializada no desenvolvimento de softwares. Exemplo nesse sentido é a falha relativa a algum faturamento em razão da ausência de controle da operação. Com o software, esse erro não ocorre, já que o recurso identifica facilmente o que ainda não foi cobrado. Todas as informações subsidiam a tomada de decisões e ampliam a visão geral do negócio. “Para isso, é necessário haver 100% de integração com o mercado, ou seja, com bancos, Serasa, departamentos de trânsito e empresas de rastreamento, entre outros personagens”, reitera Gritsch. Essas soluções estão disponíveis em duas diferentes plataformas, como explica Alberto Antonio, sócio-diretor da Henji Alberto Antonio, sócio-diretor da Consultoria e InforHenji Consultoria e Informática mática, focada na implementação de softwares para locadoras. A primeira é Net (ou Web), que dispõe suas funcionalidades na nuvem, enquanto a segunda é uma versão instalada no servidor da própria empresa, chamada Client Service. “A escolha por uma ou outra depende da demanda da locadora”, avalia. A plataforma Web, por exemplo, é indicada para aquelas que querem acesso fácil e rápido de qualquer lugar. Já a Client Service é a escolhida por quem prefere que seus dados fiquem seguros e não trafeguem na internet. “Mas é possível mesclar as duas soluções, mantendo dados no servidor e serviços em um portal do cliente, por exemplo”, pontua. l CONHEÇA ALGUMAS DAS SOLUÇÕES DISPONÍVEIS NO MERCADO • CENTRAL DE RESERVAS ON-LINE: garante acesso simples e rápido ao cliente, ao mesmo tempo em que está integrada ao sistema operacional da locadora. Além do procedimento de reservas, também faz a sua confirmação por e-mail e apresenta atualização em tempo real com a empresa. • GERENCIAMENTO DE MANUTENÇÃO A DISTÂNCIA (GMD): apresenta uma série de funcionalidades, como abertura e análise de orçamentos on-line, conectado diretamente com o prestador de serviço da locadora, sem intermediários, integração total com o módulo e o histórico de manutenções dos veículos. • GERADOR DE RELATÓRIOS: pode ser adequado de acordo com a necessidade e demanda da locadora (oferece, inclusive, a possibilidade de exportar e salvar os dados em planilha eletrônica). • MÓDULO FROTA: permite um completo cadastro e controle dos veículos, fabricantes, modelos, multas, lojas, além da digitalização das imagens dos veículos e leitura por meio de código de barras. • GESTÃO DE FORNECEDORES: conecta os fornecedores ao sistema, permitindo a interação on-line e dispensando, assim, as ligações telefônicas ou até o envio de fax para regulação e aprovação de orçamentos. REVISTA SINDLOC 13 Istock LEGISLAÇÃO NOVOS DESAFIOS DA LEI DE TRANSPARÊNCIA Com mais exigências aos empresários no ato da compra e venda de veículos, especialista analisa impacto para as locadoras SORAY ISSACK NAVARRO LUCAS advogada 14 REVISTA SINDLOC Numa entrevista exclusiva à revista do Sindloc-SP, a advogada Soray Issack Navarro Lucas repercute a Lei Federal n° 13.111, sancionada em março deste ano e conhecida como Lei da Transparência. A regulamentação impõe obrigações adicionais aos empresários que comercializam veículos automotores, sejam novos ou usados. A especialista integra a equipe tributária do Zilveti Advogados e o Task Force do escritório na área automotiva. Em relação às locadoras, entre alguns juristas há o entendimento de que a lei não abrangeria a atividade, pois a aquisição de veículos novos para posterior revenda por um preço inferior representa apenas uma tentativa de valorização do ativo, mas sem configurar uma prática mercantil visando ao lucro. No entanto, é recomendável a adequação às novas exigências, em função da atividade de venda de seminovos e pelo fato de órgãos como o Procon serem muito ativos na defesa das regras em favor do consumidor. “A lei determina a necessidade de informar os compradores sobre o histórico do veículo comercializado, colocando-os a par, inclusive, de questões relacionadas à regularidade do automóvel junto às autoridades de trânsito. Isso inclui existência de multas, débitos tributários e quaisquer outros aspectos relevantes, como a ocorrência de roubo ou furto”, ressalta Soray. Essas informações devem estar expressas nos contratos de compra e venda. A principal consequência é a transferência, para a empresa que comercializou o veículo, da responsabilidade pelo pagamento de valores correspondentes ao montante dos tributos, taxas, emolumentos e multas incidentes sobre o veículo até o momento da venda. “Outro resultado é a restituição de valores pagos pelo consumidor, caso o veículo seja proveniente de furto, sem prejuízo de outras penalidades”, complementa. Em São Paulo, a lei prevê que, se a locadora tiver veículos em seu ativo imobilizado, só pode efetuar a revenda após um ano de uso. Caso faça antes, ela pode ser considerada comerciante e estará sujeita ao recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS), que é um imposto de alto valor. “E o comprador deve receber o veículo desembaraçado de quaisquer ônus decorrentes”, pontua. l TRIBUTOS MAIS UMA OBRIGAÇÃO PARA AS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS Istock vidida em 14 blocos, que estão detalhados em um manual de orientação de mais de mil páginas. O LALUR/LACS é o livro no qual os contribuintes mantêm o controle das bases de cálculo correntes do IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, bem como o controle das diferenças temporárias e pre- Nova versão da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica deve ser entregue ao Fisco até setembro ai a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (DIPJ), entra a Escrituração Contábil Fiscal (ECF). Até o próximo dia 30 de setembro, S juízos fiscais que afetam as bases de cálculo futuras (parte B). “A boa notícia é que, com a introdução da ECF, não há mais a necessidade de manter o LALUR/LACS impresso. Mas a não tão boa é que cada vez mais o Fisco terá acesso pleno ao controle das informações dos contribuintes”, comenta Hugo Amano, sócio da consultoria tributária da BDO. Ainda sobre o bloco M, será preciso carregar os saldos iniciais das diferenças temporárias, prejuízos fiscais e base negativa. “Será que todas as empresas têm o controle adequado de todas as provisões, variações cambiais e outras diferenças temporárias? A experiência mostra que não. Algumas empresas nunca escrituraram o as empresas deverão entregar esse novo documento ao Fisco, com as informações relativas ao ano-calendário de 2014, que serão geradas pelo próprio contribuinte de acordo com os layouts determinados pelo Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). O momento é agora para acionar contadores e especialistas no assunto. Na ECF, o empresário passará a entregar ainda mais informações que a atual DIPJ. Entre as informações adicionais requeridas, destaque para o Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) e o Livro de Apuração da Contribuição Social (LACS), que farão parte do bloco M do novo arquivo. A ECF está di- LALUR, muitas nunca escrituraram a Parte B do LALUR e outras trocaram os profissionais, perdendo com eles também o histórico das apurações”, acrescenta Amano. As 2.600 horas/ano que as empresas brasileiras gastam, em média, para atender aos requisitos da legislação tributária e trabalhista poderão sofrer algum incremento para 2015, tendo em vista a ECF e o eSocial também previsto para este ano. “Ainda estamos em tempo para nos preparar para a ECF, mas, caso as empresas insistam em seguir com a nossa péssima cultura de deixar tudo para última hora, o tempo pode não ser suficiente”, conclui. l REVISTA SINDLOC 15 HISTÓRIA PRIMEIRO 1.0 DO BRASIL COMEMORA 25 ANOS Uno Mille revolucionou os negócios das montadoras de veículos M otor de 994,4 cm³ e 48 cv a um preço acessível. Esta foi a proposta do Mille, considerado o primeiro modelo popular brasileiro, que completa 25 anos em 2015. Lançado em 1990 pela Fiat, o carro foi o responsável por abrir espaço para a comercialização de modelos mais “enxutos” e baratos. O desempenho do automóvel era menor em comparação ao de motores mais potentes. A aceleração passava de 0 a 100 km/h em 21 segundos, e a velocidade máxima era de 135 km/h. Também não tinha saídas de ar laterais no painel, câmbio de cinco marchas ou marcador de temperatura do motor. Mesmo assim, a ideia deu tão certo que o Mille representava 45% da produção da linha Uno na época. Para não perder espaço, a concorrência correu atrás. Modelos como o Volkswagen Gol 1000, lançado com motor 1.0 e 50 cv em 1991; e o Chevrolet Chevette com o Junior, em 1992, entraram para o time. A ascensão dos populares 16 REVISTA SINDLOC chegou a 60% do mercado brasileiro até meados dos anos 2000. O cenário propício para a produção foi a redução em 50% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros com motor de até 1 litro. Deu certo: de acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção de automóveis saltou de 604.499 em 1990 para 910.464 em 1993. O Mille deixou de ser fabricado em 2013, por causa da obrigatoriedade de airbags e freio ABS como itens de série, o que encareceria a produção. Como despedida, a Fiat lançou o Grazie Mille, edição numerada de 2 mil veículos. LOCADORAS Em princípio, os modelos populares representavam 5% da frota das locadoras. Hoje, já representam em torno de 60%. “Na época do lançamento, o maior desafio era convencer os clientes a alugar um modelo 1.0, considerado menos potente. Mas, agora, esses veículos apresentam modernos componentes técnicos e tornaram-se fundamentais para as frotas das locadoras, graças ao excelente custo-benefício proporcionado ao usuário”, ressalta o presidente do Sindloc-SP, Eladio Paniagua Junior. l APP TANQUE CHEIO Aplicativo localiza postos de combustíveis mais próximos e baratos G astar combustível até encontrar um posto e ainda ser pego de surpresa pelo valor do abastecimento não é mais um problema para os motoristas brasileiros. Idealizado pela Neoway Tec- DIFERENCIAL O Gazo não é o único app a localizar postos de combustíveis. Várias ferra- preço, é possível fazer uma lista dos postos preferidos e acompanhar as alterações de valores entre eles. Interativo, o Gazo conta com a colaboração dos usuários para compor os dados. É muito útil, pois permite classificar a qualidade do combustível, do atendimento, da limpeza e da segurança. Uma facilidade que pode atrasar a atualização dos preços. Atenção: para usufruir o app, é preciso estar conectado à internet. Uma boa dica para que as empresas agreguem valor à locação de veículos para clientes que privilegiam conforto e custo-benefício. mentas, entre elas o Waze, também conseguem identificar os locais mais baratos nas proximidades. Porém, com mais de 60 mil estabelecimentos mapeados pelo Captura Inteligente de Dados, uma tecnologia exclusiva patenteada pela Neoway, o Gazo é o produto nacional mais semelhante com a proposta do GasBuddy, um dos aplicativos de maior sucesso nos Estados Unidos que fornece benefícios aos usuários. Segundo o site do Gazo, em breve os brasileiros cadastrados no app poderão desfrutar benefícios exclu- Istock nologia Integrada, o aplicativo Gazo é uma alternativa para o condutor que busca praticidade e economia na hora de encher o tanque. Disponível gratuitamente para os sistemas iOS e Android, o app localiza os postos de combustíveis mais próximos, traçando a rota até o local escolhido, por meio do mapa do Google ou da Apple Rota. Mais: informa o valor, a bandeira e o perfil do estabelecimento. Outro atributo da ferramenta é a indicação de lojas de conveniência, lava-rápidos ou caixas eletrônicos disponíveis no posto. Para quem gosta de analisar as variações de sivos. A cada atualização de preço informada, o colaborador ganhará pontos, que poderão ser trocados por cupons de desconto. l REVISTA SINDLOC 17 ESPECIALISTA LEVARAM MEU CARRO! E AGORA? A apropriação indébita é um risco ao qual todos estão sujeitos. Confira dicas para inibir o problema 01 EDUARDO SANCHES atua há 27 anos no mercado segurador e automotivo Q uatro homens presos sob a acusação de alugar carros em São Paulo e tentar revendê-los em Minas Gerais. A polícia desvendou o caso com o monitoramento dos veículos por rastreadores. Três homens detidos na Bahia, por também forjarem o aluguel, foram descobertos porque usaram documentos que não os seus, falsificação identificada só depois de descumprido o prazo de devolução. Diferentes situações, mas que revelam um problema comum ao universo dos proprietários de locadoras. “Impedir que essa situação ocorra não é possível, infelizmente. Mas algumas medidas podem ser adotadas para que o problema seja inibido”, comenta Eduardo Sanches, sócio-diretor da Verithus Assessoria e Operações, com 27 anos de experiência no mercado segurador e automotivo. Uma das principais e mais elementares é a checagem dos dados com base na consulta à operadora do cartão de crédito. Confira esta e outras dicas do especialista. A apropriação indébita está tipificada no art. 168 do Código Penal. A lei não determina um prazo específico para que se configure o crime. Porém, na esfera cível, caso expire o prazo para devolução do veículo ou do valor, entende-se que a empresa lesada já pode ingressar com a ação visando ao ressarcimento e acionar o distrito policial competente para registrar o boletim de ocorrência. 18 REVISTA SINDLOC Prevenção e canja de galinha não fazem mal a ninguém, e também vale para o contrato firmado com o locatário. Um documento bem estruturado deve ser elaborado com cláusulas que preveem multas em caso de atraso na devolução e a cobrança por meio do cartão usado para o pagamento; 02 03 Para frotas não muito volumosas e que reúnem veículos com valor significativo, cabe o estudo de viabilidade de instalação de rastreador; Implemente um sistema de pré-reserva pela internet ou pelo telefone. Determine um pequeno prazo para a retirada do veículo na loja, que pode variar de 30 a 60 minutos. Nesse intervalo, cheque o crédito do usuário e verifique algumas informações fornecidas. Consulte os órgãos de defesa do consumidor, os números de telefone fixo onde os clientes estão instalados (por meio do CPF e CEP), a Carteira Nacional de Habilitação, o CPF na Receita Federal (para verificar se eles estão regulares) e o banco de dados da Imprensa Oficial; 04 05 06 Atenção a clientes de outros países, o que dificulta a pesquisa. Estatísticas revelam muitas ocorrências entre clientes procedentes de Portugal e de países da América do Sul; Atenção ao cliente estrangeiro que não possui familiares no Brasil e que se hospedará em hotéis. Se não tem familiares e vem a trabalho, verifique a serviço de quem ele está chegando ao país; Coloque em contrato as regras para o caso de não devolução no prazo combinado. Se o veículo não for devolvido em até 24 horas após o tempo concordado, nova diária será cobrada. Se o problema persistir por até 36 horas, a multa começará a correr. E se 48 horas forem completadas, será registrada queixa policial; 07 08 Tente negociar com a seguradora uma cláusula contratual que cubra o prejuízo em caso de apropriação indébita. A possibilidade de acordos especiais que preveem esse problema existe, embora encareça um pouco mais o serviço. Até o Google pode auxiliar nesses momentos. Verifique se o cliente mantém páginas e contas em redes sociais. l CARRO CAMPEÃO DE VENDAS O Honda HR-V 2015 conquista os brasileiros com design moderno, conforto e tecnologia Q uem não gostaria de dirigir um SUV completo e espaçoso com direito a muito conforto e tecnologia? Claro, tudo isso acompanhado de um design esportivo e sofisticado! Não é à toa que o novo Honda HR-V conquistou o coração dos brasileiros e foi o mais vendido da categoria em maio de 2015 (4.997 unidades), ultrapassando o até então favorito Ford EcoSport, de acordo com os dados mais recentes divulgados pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Lançado oficialmente em março, o HR-V mais simples, saído da linha de montagem em Sumaré (SP), traz um conjunto de itens digno de versões mais sofisticadas. As credenciais incluem som e conexão Bluetooth, sistema HTF (Hands Free Telephone), que concentra as funções do celular no volante, e freio eletrônico com o útil brake hold, que mantém o carro estático mesmo que o motorista tire o pé do freio. Para completar, ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. MODERNO E ELEGANTE Já o modelo completo mescla com maestria praticidade e estilo, adicionando itens como bancos revestidos de couro ecológico, display multimídia, touchscreen com tela de 7” e navegador GPS exclusivo, cujo sistema RDS informa sobre o trânsito sem a necessidade de estar sincronizado com o celular (disponível para São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília). Ar-condicionado digital touchscreen, medidor de temperatura externa, botões de controle multimídia e airbags laterais são outros diferenciais que encantam os apaixonados por direção. Todas as versões têm opção de sete cores para a moldura do velocímetro. Com tantos atrativos, a expectativa da Honda é vender 50 mil unidades até o fim do ano. l RAIO X PREÇO: a partir de R$ 69.900 MOTOR: 1.8 POTÊNCIA: 140 cavalos / 6.500 rpm SUSPENSÃO: dianteira, McPherson; traseira, barra de torção FREIO: dianteiros e traseiros RODAS:15", liga leve PNEUS: 215/55 R17 DIMENSÕES: 4,294 m de comprimento; 1,772 m de largura; 1,586 m de altura; entre eixos, 2,610 m PESO: 1.740 kg REVISTA SINDLOC 19 ARTIGO TRÊS MEDIDAS PARA ENFRENTAR A CRISE P LUIZ MARINS Antropólogo e escritor (www.marins.com.br) arece claro que a crise que estamos vivendo poderá ampliar-se ainda mais neste 2015. A pergunta que não quer calar é: "O que, com as poucas alternativas que nos restam, podemos fazer para minorar seus efeitos e sobreviver até que a de servi-los ainda mais e melhor, participando intensamente de seus bolsos e de suas carteiras, oferecendo a eles todo o nosso portfólio de produtos e serviços. É sempre mais fácil aumentar as vendas para a nossa clientela do que conquistar novos fregueses. neblina baixe e nos dê condições de acelerar novamente?". Três coisas são absolutamente necessárias para enfrentar esta crise: E há, sem dúvida, muitas oportunidades para vender mais para os clientes satisfeitos que temos em nossa empresa. 1. NÃO PODEMOS PERDER NENHUM CLIENTE Na atual situação, é preciso fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para manter a clientela. Sabemos que não será fácil conquistar novos clientes, mas perder os que já temos será pecado capital e não podemos permitir que isso ocorra em nossa empresa. 3. TEMOS DE SENTAR EM CIMA DO CAIXA Não bastará manter os clientes que temos e vender mais a eles. Será preciso sentar em cima do caixa e combater rigidamente toda forma de desperdício, de inadimplência, de compras erradas, que gerarão estoques elevados. Assim, muito cuidado ao financiar vendas e vender a prazo. Lembre-se de que os juros subirão e a inadimplência poderá aumentar. Trabalhe com estoques mínimos e coloque toda a força no combate ao desperdício em todas as áreas da empresa. "Essas três medidas poderão minorar os efeitos da crise em nossa empresa. Mas elas precisam ser tomadas com coragem e determinação" 2. TEMOS DE PROCURAR VENDER MAIS AOS CLIENTES QUE TEMOS Além de não perder os clientes que temos, é nossa obrigação procurar formas criativas 20 REVISTA SINDLOC Essas três medidas poderão minorar os efeitos da crise em nossa empresa. Mas elas precisam ser tomadas com coragem e determinação. Além disso, deve-se lembrar de que tempos de crise exigem ainda mais CRIATIVIDADE e INOVAÇÃO. É preciso criar espaço para que novas ideias surjam e sejam rapidamente testadas e avaliadas na prática. Um clima tenso, negativo demais, poderá embotar a inovação e a criatividade, aprofundando ainda mais a crise, e muitas saídas que porventura existam poderão não ser vistas em ambientes pesados e autoritários. Pense nisso. Sucesso! l ORIENTAÇÃO EMPRESARIAL TEMPOS MODERNOS O mundo mudou, as pessoas mudaram e os gestores têm de acompanhar essa evolução ALEXANDRA FABRI, consultora em gestão de pessoas e comportamento humano na Adriano Fabri & Consultores Associados 1I ESTOU CANSADO DE TREINAR FUNCIONÁRIOS DO ZERO E, QUANDO ELES ESTÃO AFIADOS, VÃO PARA A CONCORRÊNCIA. COMO RETER OS BONS TALENTOS? É preciso entender que, em razão das aceleradas mudanças tecnológicas, econômicas, sociais e políticas, as pessoas mudaram. Elas estão mais exigentes, bem informadas e buscam cada vez mais qualidade de vida. Relacionamentos saudáveis e transparentes no ambiente de trabalho são primordiais. A corporação que quiser manter e motivar seus funcionários necessitará de uma gestão preocupada com vários fatores. O colaborador que encontra informações claras, desafios, oportunidade de participação, confiança, integração, reconhecimento financeiro e em palavras (elogios), aliados a uma liderança preocupada com o seu desempenho e progresso, dificilmente vai abandonar a empresa e preferir a concorrência. MINHA LOCADORA É PEQUENA E QUERO PROMOVER DOIS FUNCIONÁRIOS. COMO FAÇO ISSO SEM CRIAR MAL-ESTAR NA EQUIPE, QUE É ENXUTA? Independentemente do porte da empresa, o colaborador precisa ter claro e definido quais atribuições, comportamentos e atitudes são esperados dele, além da expectativa de evolução para ascender na empresa. Assim, quando a promoção ocorrer, ficará mais fácil justificá-la. Reúna a equipe e anuncie oficialmente o fato. Seja breve: apresente exemplos de progressos técnicos e comportamentais; comunique projetos, ideias e atividades que auxiliaram na conquista das promoções; reforce que a união de todos é essencial para o crescimento das pessoas e da empresa; e ressalte que todos podem alcançar os mesmos resultados, desde que se esforcem e incorporem práticas e comportamentos semelhantes aos dos colegas promovidos. l 22 REVISTA SINDLOC Istock 2I