Revista de Ciência Rosa-Cruz - Fraternitas Rosicruciana Antiqua

Transcrição

Revista de Ciência Rosa-Cruz - Fraternitas Rosicruciana Antiqua
GNOS E
Arcanjo da Estação: RAPHAEL
Revista
ANO - LXXVI
Vol. X - Nº 12
de Ciência
Rosa-Cruz
Rio de Janeiro - RJ - Brasil
DEZEMBRO
1935 - 2013
REVISTA MENSAL DA IGREJA GNÓSTICA DO BRASIL
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SUMARIO
Felicidade e infelicidade............................................................. 03
Simbolismo................................................................................. 04
Origem da Ordem dos Rosa – Cruzes.......................................05
Pensamentos sobre a Grande Obra............................................09
O Único................,..................................................................... 09
Notícias - Aula Lucis Capitular Epiága - MA............................. 10
Aula Lucis Capitular Epiága - MA............................................. 11
venturoso, contente, alegre satisfeito,
de quem obteve um bom resultado.
Ao contrário; definem a infelicidade
s comemorações das cha- como a qualidade ou estado de infeliz,
madas “festas de fim-de- desdita, tristeza, infortúnio.
ano”, compostas pelas
Mas, na verdade esses dois senticelebrações do Natal e
do Ano Novo, repre- mentos dependem muito de nossas
sentam um tempo de crenças pessoais, de nossos valores
alegria e felicidade. Há e é exatamente por onde nossa Fraum clima de euforia no ternidade começa seu trabalho de
ar, certamente porque aperfeiçoamento dos que a procuram
tais festejos, além de em busca do equilíbrio. Aqui, tratamos
exaltarem o Salvador, evocam reno- esses dois “impostores” – nas palavação e esperança de melhores dias. vras de Kipling – da mesma maneira,
considerando que, tanto a felicidade
Comidas e bebidas especiais são como a infelicidade, se alternam na
preparadas para a ocasião, cuja tôni- vida humana num ciclo imprevisível e
ca é a confraternização. É tempo de permanente.
reunir familiares, amigos e compaO ser humano não é um corpo,
nheiros de trabalho em alegre convinem mesmo uma mente. É o Atma, a
vência.
consciência cósmica, muito superior
Cada religião, seita, filosofia, enfim às coisas da matéria. Assim, “a quescada “caminho espiritual” realiza seu tão não é não sofrer, mas aprender a
ritual específico em direção ao novo. sofrer”. Quem se revolta contra a infeÉ a FÉ que se renova em cada cora- licidade multiplica seus males. A Fração humano. Tanto nos templos como ternidade não prega o sofrimento conos lares, pode-se sentir uma vibra- mo meio de aperfeiçoamento, mas
ção positiva e alentadora.
também não nega seu valor transitóEntretanto, observa-se que, para rio.
uns poucos – infelizmente – estes
Aqui, vivemos a luta por libertarmomesmos tempos trazem uma certa nos do medo, a superar a ansiedade,
melancolia e de angústia. Alguns, pe- a viver em paz com nossa consciênla ausência de entes queridos que se cia, a amar a Natureza, a si próprio e
foram, outros por dificuldades materi- ao próximo. São atitudes não apenas
ais transitórias, e ainda alguns sem positivas em busca do melhor camimotivo aparente. No transcorrer des- nho para a volta ao Pai, mas que tamsas efemérides alguns de nós se tor- bém nos ajudam a aperfeiçoarmos
nam mais sensíveis e emotivos.
nossa personalidade, tornando nossa
A observação desses fatos nos vida na presente encarnação mais
leva a refletir sobre o que seja felici- produtiva e serena. Que a vossa vondade e infelicidade, esses dois senti- tade e a vossa força possam sempre
mentos antagônicos com os quais to- atrair a felicidade e que esta possa
dos temos que aprender a lidar em sempre ser repartida com todos os
seres da Criação.
nossa jornada na matéria.
Fama FRA Nº 11 Ano XI - S.C.
Os dicionários definem a felicidade
como a qualidade de quem é feliz, TONAPA R + C
Felicidade e infelicidade
A
3
do, por que, o Filho é o Amor, isto é, o
poder que reúne, dando às formas a coesão para impedir que as mesmas se dissolvam, é, portanto, o Conservador, o
o símbolo Salvador que Religa ao Pai.
Rosa Cruz,
O objetivo da nossa amada Fraternivê-se três círculos
concêntricos, feitos dade é o despertar do Cristo no homem,
de hastes de rosei- e para tal fim proporciona disciplinas efiras, abraçando a cazes que determinam a sua unificação
cruz solar. Esses com o Todo.
círculos ou hastes
A vida do Filho, manifestada na matédas sete Rosas ria preparada pelo Espírito Santo é reprerepresentam as três veredas de espinhos sentada pelo grande Mito da Encarnapor onde deve os discípulos transitar.
ção; o que fez São João afirmar que: no
Na Cabala as três sefirots superiores, filho tudo se encontra, e que, nada vai ao
referem-se a Trindade Divina onde Pai senão por Ele.
Kether ou Potência Suprema, repousa
E' pelo trabalho árduo, que o discípulo
sobre a Sabedoria imutável e a Inteligên- consegue a sua Redenção, ele deve descia criadora. — No homem a Trindade pertar a sua Centelha Cristica, cultivando
espiritual que é feita à semelhança Divi- a Sabedoria e o Amor, para ser salvo
na, contem forçosamente os atributos pelo seu Redentor.
Divinos. Por isso, nele também vemos o
Nas escolas Iniciaticas, os discípulos
Poder, manifestado pela sua vontade, a
Sabedoria apoiada pela sua Razão; e eram chamados Crestos, e só quando
finalmente a Inteligência criando o seu chegavam à Iniciação, tornavam-se Cristos.
destino.
SIMBOLISMO
N
Por isso, Jesus que cursou a escola
Na Vereda da Vontade o discípulo
aprende a desenvolver o discernimento Iniciatica dos Essênios, tornou-se o Crispara dar uma reta direção ao seu querer. to, por ter sido ungido pelo batismo da
Iniciação. Só por meio da evolução do
O polo inferior da Vontade é o Desejo, Cristo no homem, o Filho vai para o Pai e
e o trabalho do discípulo, é exercer um torna-se um com Ele, na Glória Divina.
perfeito controle sobre os seus desejos. Então, manifesta a existência inerente à
Para demonstrar o valor desse controle, sua natureza Divina, que se desenvolveu
é bastante assinalar que na Vereda da com o desabrochar das Rosas sobre a
Vontade o discípulo resolve conquistar o sua Cruz.
Santo Graal, pois que, a Vontade é a maA terceira Vereda de espinhos é a do
nifestação do Poder do Pai no Homem.
Espírito Santo a Inteligência ou Mental
A Vereda da Sabedoria ou da mais com a sua energia ativa e criadora.
Pura Razão, deve ser iluminada pela luz
Para que não haja pecado contra o
do Amor, não o amor egoístico que é comum à todos os seres, mas pelo amor Espírito Santo, que segundo as escrituFraternal que é a expressão do Filho na ras, não pode ser perdoado, o discípulo
deve cultivar o seu Mental vigiando os
vida humana.
seus pensamentos, e assim as suas
No processo cósmico a Segunda Pes- obras serão construtivas.
soa com a Sua Sabedoria edifica o mun4
Como ficou dito, na mensagem da
Cruz, o Espírito Santo é o Ritmo que determina o fenômeno de polaridade. Nessa Vereda o discípulo aprende a conhecer, como o equilíbrio resulta da analogia dos contrários, e de posse do Caduceu de Hermes, resolve conquistar a Esfinge, decifrando o seu enigma que encerra as energias Cósmicas criadoras.
Que os mestres nos auxilie a desvendar
os mistérios da Esfinge, para que as Rosas floresçam sobre a nossa Cruz.
Silva Junior Gnose agosto 1941
Origem da Ordem dos
Rosa – Cruzes
O
exame
das
origens
da
Ordem
dos
Rosa-Cruzes
nos leva a um passado
remoto. Michael Maier
escreveu com razão no
seu “Silentium post clamores” que
os Rosa-Cruzes são os sucessores
dos colégios dos Brâmanes Hindus,
dos Egípcios, dos Eumolpidas de
Elêusis, dos Mistérios de Samotrácia, dos Magos da Pérsia, dos Ginosofitas da Etiópia, dos Pitagóricos e
dos Árabes. Ele teria podido acrescentar as escolas dos neoplatônicos
(Ammonio Saccas, Plotino, Porfirio,
Jâmblico, Proclo), as comunidades
gnósticas, os Albigenses, as Ordens
de Cavalaria, os Templários, e num
certo sentido, as seitas dos Valdenses, dos Begardos e dos
Hussitas.
A luz da verdade tem brilhado
em todos os tempos à margem do
ensinamento esotérico das
religiões.
Citam-se como portadores dessa
luz escondida, antes da aparição
dos Rosa-Cruzes, principalmente
5
Gerard de Carmone, aliás, Cremone
(na Andaluzia), cerca de 1114 –
1187 , professor da Universidade de
Toledo e que primeiro traduziu Aristóteles e Ptolomeu para o latim; Alberto, o Grande (1193-1288), cognominado
“doctor universalis”, o
famoso professor da Universidade
de Rabisbonna, Estrasburgo, Colônia e da Sorbonne, o seu aluno, o
grande Tomás de Aquino (12251274) , defensor dos escritos hebraicos contra a mania de destruição
das
obras que fossem católicas
romanas; Pico de Mirandola (14631494), não menos “de re omni scibilus”, do que Alberto, o Grande, e
Reuchlin o autor de “De Verbo Mirifico”, professor da Universidade de
Tubingen
(1481) e de Ingelstadt
(1519) .
Um lugar todo especial
entre os precursores dos RosaCruzes é ocupado por Dante Alighieri, como o demonstrarei mais longe.
O atual “Imperator” da “Rosae
Crucis Society” na América, estabeleceu a relação direta que existe
entre os Rosa-Cruzes e os Mistérios
do Egito. Ele declara em seu estudo “History of the Order Rosae Crucis” ( 1 – Ver “The Channel”, 19151916, Números 3 e 4) , que o rei
Thotmés III (1500-1447 AC.) foi o
verdadeiro fundador da Ordem dos
Rosa-Cruzes, tendo instituído diversas regras que ainda estão, atualmente, em vigor.
Doze membros, nove irmãos e
três irmãs, dentre as quais se encontrava a esposa de Thotmés, assistiram à
fundação,
escreve o
“Imperator”. As reuniões tinham lugar todas as quintas-feiras. Na
Quinta-feira que precedia a lua
cheia, depois do equinócio da primavera, era celebrada uma cerimô-
nia especial que, com as modificações trazidas pelo tempo, se observa ainda nos usos da Quintafeira Santa. O sinete de Thotmés
teria sido conservado e se encontraria presentemente em poder do
próprio “Imperator”. Um dos sucessores de Thotmés, Amenoteph III,
foi o autor de uma filosofia profunda
e de escritos que seriam ainda empregados, atualmente, por todas as
lojas Rosa-Cruzes do mundo.
discípulos uma doutrina secreta,
que não era destinada ao mundo
exterior. Em um de seus “Logia” ,
ou curtas alocuções públicas, ele
dizia: “Não deis aos cães o que é
santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que
não suceda que as calquem com
os pés e, voltando-se, vos despedacem”. ( Mateus 6 – 7) Este ensinamento esotérico formou a tradição
dos Gnósticos e é encontrado em
seus escritos, especialmente em
A ordem contava 300 membros, “Pistis Sophia” (Fé - Sabedoria)
incluindo 62 irmãs, sob o reinado de
Amenoteph III. Este soberano erigiu
Pouco a pouco, entretanto, essa
o templo de Karnak com a forma tradição foi divulgada por candidatos
da Cruz ansada, reunião da Rosa insuficientemente preparados e, se
com a Cruz, e desenhou os sím- tornou conhecida sob uma forma albolos, notadamente a Rosa e o terada que lhe tirou a boa reputação.
Crescente, que fizeram parte do Foi então que Constantino, depois
simbolismo dos Rosa-Cruzes.
de sua vitória sobre Maxêncio, “pelo
sinal da cruz”, em 312, achou nePode-se acrescentar, aqui, que cessário instaurar a unidade na Igreos reis do Egito, que eram Inicia- ja (reuniu, para isso, o Concílio de
dos, possuíam uma vasta ciência, Nicea, em 325) e extinguir em toposteriormente perdida. Conheciam da parte a luz dos antigos Mistéos processos d e transmutação dos rios (1-Constantino interditou todo
metais em ouro, da indústria quími- serviço dos Mistérios, como os de
ca das cores e da fabricação do Mitras, de Serapis e de Baco, dos
fogo prego e de materiais explosi- Kabir-pantis,
dos Druidas e dos
vos de que fizeram uso, unicamen- Gnósticos. A proibição foi sanciote, como meio de defesa contra nada por seus sucessores, Valenataques externos.
Nos mistérios tim, em 372, Teodósio I , em 381 e
Egípcios, a ciência andava de par Teodósio II, em 450).
com a filosofia. A Arte Real significava, assim, ao mesmo tempo,
Arvorou-se em defensor da unidaSabedoria e Conhecimento da na- de da fé, em oposição as diversas
tureza, especialmente da Química. seitas que se tinham formado no
Mais tarde, quando os mistérios Cristianismo e das quais o ManiqueÓrficos caíram em decadência, os ísmo era a principal, colocando-se,
filósofos gregos se encaminharam assim, no ponto de vista que Santo
para as escolas dos Mistérios Agostinho (354-430) iria mais tarde
Egípcios com o objetivo de ali defender com tanto ardor. (1 – Mais
receberem ensinamentos esotéricos tarde o Gnosticismo penetrou em
e herméticos. Entre eles podemos grande parte na Igreja ortodoxa,
citar Solon, Thales, Demócrito, Pi- porque Alberto, o Grande, São Totágoras e Platão.
más de Aquino, Pierre Lombard, São
Vítor, Francisco de Assis e outros,
O Cristo deu também aos seus
6
podem ser contados entre os Gnósticos. São Bernardo de Clairvaux, o
famoso reformador da disciplina na
Igreja, no início do século XII, assim
se exprime a respeito dos Gnósticos:
“Se lhes perguntais qual a sua fé, ela
é toda cristã; e se escutais suas
prédicas, não as há mais inocentes;
e seus atos estão em harmonia
com as suas palavras.”) . As cruzadas trouxeram a luz do Oriente
e inaugurou uma época em que o
espírito místico não mais se poderia contentar com a palavra de
vida cristalizada na dogmática da
Igreja. Elas deram nascimento a
um movimento que teve a fundação
da Ordem dos Rosa-Cruzes,
por resultado.
“O Romance da Rosa”, de que a
primeira parte foi escrita por Guillaume de Lorraine em 1260, e que foi
terminado por Jean de Meung, assim
como a “Divina Comédia”, de Dante,
são duas formas diferentes exprimindo um mesmo pensamento. A primeira dessas obras é, simultaneamente, uma sátira dirigida contra os
grandes e os eclesiásticos da época,
e uma revelação velada do hermetismo e da alquimia. ( 1 – O papa João
XXII lançou em 1317 a bula
“Spondent que non exhibent” contra
os alquimistas).
A Segunda, escreve Eliphas Levi
em sua “História da Magia”, é uma
aplicação gnóstica e joanística do
ensinamento da Cabala aos dogmas
cristãos; o paraíso é ali representado por uma série de círculos divididos pela cruz, que tem no centro a
rosa de pétalas largamente abertas.
( 2- Dante emprega, nos diferentes
cantos de o “Paraíso”, vários outros
símbolos que a franco-maçonaria
reclama como de direito lhe pertencendo, tais como: a escada mística,
a águia imperial, o pelicano, a “Ceia
do Cordeiro”, as colunas da Fé, da
Esperança, da Caridade, o ponto, do
círculo e o quadrado. Dante prova,
de resto, em sua “Divina Comédia”,
que era membro de uma sociedade
cujo ritual apresentava notáveis analogias com o empregado ainda hoje
na franco-maçonaria. Os versos,
profundamente simbólicos,
escondem esse ritual de sua sociedade,
que é unicamente a imagem exterior
do desenvolvimento purificador pelo
qual o homem se esforça para restabelecer sua unidade com a Divindade).
Sédir escreve em sua “Histoire
des Rose-Croix” que esse movimento se exprimiu de três modos diferentes: 1 – o Gnosticismo seguido
pelos Cátaros, pelos Valdenses, pelos Albigenses e pelos Templários,
de quem Dante foi o interprete genial; 2 – O Misticismo conventual; 3As tradições alquímicas e herméticas que se encontram nas “Rosaria”.
Nesses tempos de opressão da
liberdade da Fé, o segredo dos Iniciados foi conservado “sub-rosa”; sob
este símbolo antigo sua verdade foi
velada, principalmente, entre os trovadores, ( 2- Havia diversos gêneros entre os poemas escritos pelos
trovadores: os gêneros galante, histórico, didático, sátiro, teológico,
místico e hermético.
O último foi
representado, entre outros, por Wolfram von Eschenbach, autor de um
poema sobre o Graal, no qual é
proclamado o sistema da preexistência e das vidas sucessivas da alma.
O trovador Pierre Cardinal interpreTemos aqui o símbolo da Rosatou também a lenda do Graal numa Cruz, com as suas diversas significalinguagem velada), e os escritores.
ções, sobretudo do Ensinamento
7
Esotérico ligado ao Cristianismo, dos
Antigos Mistérios fundidos com os da
Cruz, do amor crucificado no mundo,
e dos segredos da natureza, como
revelação do espírito na matéria.
Outros “Romances da Rosa” foram
ainda publicados, especialmente por
Arnoldus Villanova, o famoso doutor
provençal (nascido cerca de 1243);
pelo seu
principal aluno Lullius
(1235-1325), cognominado “Doutor
Iluminatus”, o iniciado que com ele
estava sentado aos pés dos grandes
mestres na Espanha, e antes deles,
também por Ortholanus e Roger Bacon
(1214-1294),
denominado
“Doutor Admirabilis”,
e no século
XV, por Nicolas Flamel, o célebre
médico de Paris (1330-1413), que
dedicou sua “Rosa Mística” a Vênus, no mesmo espírito com que os
Cristãos consagram a rosa a Maria.
uma série de manuscritos, transcritos por seu antepassado durante o
longo exercício de suas funções, de
1764 a 1802; essas cópias, que ficaram em poder de seu trineto. (1 –
essas cópias foram posteriormente
destruídas no incêndio da casa de
Karl Kiesewetter) permitiram a este
último descobrir dados de mais alta
importância sobre a história da Ordem (2 – Ver seu estudo sobre os
Rosa-Cruzes em “Der Sphinx”, editado pelo Dr. Hubbe Schlelden, número de janeiro de 1886 e reproduzido em “The Theosophist”de abril
de 1886). Nesses manuscritos, denominados “Compendium Totius Philosophiae et Alchemiae Fraternitatis
Rosae Crucis ex Mandato Serenissimi Comitis de Falkenstein, Imperatoris Nostri, Anno Domini 1374” ( 3 –
Que a Ordem dos Rosa-Cruzes tenha existido sob esta forma está
abundantemente provado em minha
obra, embora aleguem alguns que
as provas exteriores dessa existência são deficientes, Waite e Gould
são igualmente afirmativos.
É provável que todos esses iniciados tenham fundado, sob o mesmo
símbolo da Rosa-Cruz, sociedades
onde pudessem prosseguir no seu
ideal sem serem inquietados. O
“Rosarium”, de Arnauld de la Villeneuve, trata, nitidamente, de uma
Este último escreve em sua
“Societas Physicorum”.
“História
abreviada da francomaçonaria”, página 71: “É fato proRaimundo Lullo fala também de vado que a metade do mundo cienuma
associação análoga em sua tista na Europa se chamava explici“Teoria” e faz menção de um “Rex tamente Rosa-Cruz, reunia-se sob
Physicorum”.
Em seu “Theatrum essa denominação e escrevia livros.
Chemicum Argentoratum”(1613) é Se isso não prova a existência real
mencionado um Bispo de Trèves, de uma reunião de seres, é difícil
conde Von Falkenstein, como o mui- dizer o que poderia provar), menção
to famoso e muito esclarecido prín- é feita, pela primeira vez, da Fratercipe e pai dos filósofos do século nidade Rosa-Cruz e do título de
XVI.
“príncipe e pai dos filósofos”, asEsse Von Falkenstein é conhecido sim como o de “Imperator”, dado
como um dos primeiros Rosa- ao chefe da Fraternidade.
Cruzes, Karl Kiesewetter, cujo trisa(Cap.I da “Histoire des Rosevô foi “Imperator” da Ordem dos Ro- Croix”de Fr. Wittermans)
sa-Cruz no século XVIII, fornece a
prova de que Von Falkenstein per- Gnose dezembro 1936
tencia à Ordem, baseando-se em
8
se, porém jamais compreender-se.
Pensamentos sobre
a Grande Obra
Deus é o que é, e o homem é seu
reflexo.
A
ma a Deus
O reflexo dá-nos uma vaga ideia
em tudo e do que pode ser a chama; é ele o
sobre tudo e reco- caminho que nos conduz, gradualnhece-o
como mente para a causa que o produz.
substância.
O dever do sábio está em buscar
A luz da Sabedo- a chama, guiada pelo reflexo, uma
ria iluminará tua vez descoberta a chama, estará prealma e compreen- parado para penetrar na causa.
derás o grande mistério da vida.
Quando o homem conheça a cauA verdade é a vida, manifestar-se- sa terá deixado de ser reflexo, será
á a quem saiba senti-la.
então Luz.
Não é possível saber sem sentir,
assim como não é possível compreender sem saber. Homem sábio é o
que sente e compreende o ritmo palpitante do universo agita-se em todas e em cada uma das coisas que
se vê em seu caminho. Quem vê e
sente, compreende.
Israel Rojas - Gnose abril 1937
O ÚNICO
T
u não és fogo,
porque o
fogo
morre.
Não
és
bem,
Quem observa descobre; e quem
porque o bem supõe o
descobre crê.
mal. Não és fluido, que
Criar não é tirar algo do nada;
o fluido, igual, decorre,
criar é transformar ou transmutar Em ondas vãs, da Essência Universal.
uma coisa em outra. O homem coNão és caos; não és massa que
mum é vítima de suas criações; o
se
forre
As pressões, aos limites, ao
sábio, entretanto, o que conhece a
Lei, faz uso dela para criar a sua gradual; Nem a Substância de onde
emane ou jorre, Em sequência de leis,
própria felicidade.
a Lei Causal
No grande laboratório da natureNão pensas, pois quem pensa é coza tudo se transforma constantemenmo
e quando. Não vives: Vida é forte e o homem que conhece e aplica
ma,
tempo e ação ... Nem és Deus ...
esta lei, pode transformar-se no que
queira. A Luz viva do espírito ilumi- És o não-criador, sem mando.
na aqueles que se concentram o
Sim! És o Imanifesto, o Sem, o
seu fogo.
Não O Jamais, o Ninguém ... Tu só ...
O fogo é uma manifestação da luz vibrando ... E inconsciente da própria
e a luz é o reflexo da chama. A vibração!
chama é o palpitar da vida e a vida
PTÓKHOS
em essência, pertence ao ignoto.
Publicação Gnose Outubro 1943
O Ignoto, somente pode sentir9
Notícias - Aula
Lucis Capitular Epiága - MA
A Aula Lucis Capitular Epiága está de parabéns, sob a administração do Presidente Delegado Irmão Amorim e contando com excelentes instalações (Loja e Igreja) está em franca
expansão, no dia 01/11/2013 foi instaurado o 2º Grau Rosa-Cruz na Loja com a elevação
de 06 novos irmãos.
Para suporte a Aula Lucis Central – RJ
enviou os Irmãos Carlos Carvalhal,
Roberto Tardelli e Luiz Martins, que
realizaram as cerimônias de sagração
Sagração de 02 novos Diáconos na
Igreja Gnóstica local.
No dia 03/11 ás 09:00hs foi realizada uma
Missa Gnóstica em alusão aos 77 anos da
IGB no Brasil na sede da Aula Lucis Epiaga em São Luiz do Maranhão, Ministrada
pelo Bispo Sapkatakanon (Ir.Carlos Alberto)
Encerrando as atividades de 03 dias os
Irmãos e convidados assistiram a palestras do Ir. Tardelli (Ritualística do Templo)
e do Ir. Martins (“Egrégora”)
Comunhão Gnóstica
dos Irmãos.
10
Fraternitas Rosicruciana Antiqua
AULA LUCIS CAPITULAR EPIAGA – Maranhão
Presidente: Ir. José Raimundo Pinto Amorim
Rua Manoel Beckman Nº 49 Monte Castelo - São Luis MA
CEP 65037-560 E-mal: [email protected]
Salão de Palestras da Aula Fundamental
Eneida Costa Salamonde
A FRA mantém um Curso para candidatos aspirantes denominado Aula
Fundamental CAMBARERI, com a duração aproximada de um ano. O
candidato terá direito a frequentar estas aulas, se assim o desejar, pelo
tempo que mais lhe convenha, antes de assumir o compromisso de tornar-se Membro da FRA. Na Aula Fundamental, o candidato poderá participar de aulas práticas (individuais e coletivas), tais como A Prática do
Silêncio, Meditação, Visualização Criativa, entre outras, alternadas com
palestras, rituais, e, só então, o candidato, ciente pelos princípios, métodos de instrução e poderá ser convidado a submeter-se ao Ritual de
Iniciação, dando início então à sua admissão ao Círculo interno, no 1º
Grau R+C.
Caso você queira se filiar a Fraternitas Rosicruciana Antiqua, conhecendo nossa filosofia Rosa-Cruz, nossos cursos e nossas práticas, escrevanos ou passe um e-mail, solicitando o material necessário para se tornar
um estudante rosa-cruz, podendo também ser um membro correspondente caso não haja filiadas em sua cidade.
ATIVIDADES PÚBLICAS
Segunda-feira:
- Aula Fundamental às 20:00hs (palestras e rituais) (exceto nos dias
27 de cada mês), consulte a nossa programação em nosso site no
link “Aula Fundamental”.
Domingo:
- Missa Gnóstica às 09:00hs
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