Revista de Ciência Rosa-Cruz - Fraternitas Rosicruciana Antiqua
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Revista de Ciência Rosa-Cruz - Fraternitas Rosicruciana Antiqua
GNOS E Arcanjo da Estação: RAPHAEL Revista ANO - LXXVI Vol. X - Nº 12 de Ciência Rosa-Cruz Rio de Janeiro - RJ - Brasil DEZEMBRO 1935 - 2013 REVISTA MENSAL DA IGREJA GNÓSTICA DO BRASIL ORGÃO OFICIAL DA FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA SUMMUM SUPREMUM SANCTUARIUM Publicação Mensal Copyright "©" I.N.P.I REG. Nº 007156405 Fundador: Joaquim Soares de Oliveira Diretor Responsável: Dr. Alair Pereira de Carvalho Redação e Diagramação: A Revista Gnose não é responsável pelos conceitos emitidos em artigos devidamente assinados. FRATERNITAS ROSICRUCIANA ANTIQUA Rua Saboia Lima, 77 Tijuca - Tel.: 21- 2254-7350 Rio de Janeiro – RJ Cep: 20521-250. Home page: http://www.fra.org.br/ E-mail: [email protected] SUMARIO Felicidade e infelicidade............................................................. 03 Simbolismo................................................................................. 04 Origem da Ordem dos Rosa – Cruzes.......................................05 Pensamentos sobre a Grande Obra............................................09 O Único................,..................................................................... 09 Notícias - Aula Lucis Capitular Epiága - MA............................. 10 Aula Lucis Capitular Epiága - MA............................................. 11 venturoso, contente, alegre satisfeito, de quem obteve um bom resultado. Ao contrário; definem a infelicidade s comemorações das cha- como a qualidade ou estado de infeliz, madas “festas de fim-de- desdita, tristeza, infortúnio. ano”, compostas pelas Mas, na verdade esses dois senticelebrações do Natal e do Ano Novo, repre- mentos dependem muito de nossas sentam um tempo de crenças pessoais, de nossos valores alegria e felicidade. Há e é exatamente por onde nossa Fraum clima de euforia no ternidade começa seu trabalho de ar, certamente porque aperfeiçoamento dos que a procuram tais festejos, além de em busca do equilíbrio. Aqui, tratamos exaltarem o Salvador, evocam reno- esses dois “impostores” – nas palavação e esperança de melhores dias. vras de Kipling – da mesma maneira, considerando que, tanto a felicidade Comidas e bebidas especiais são como a infelicidade, se alternam na preparadas para a ocasião, cuja tôni- vida humana num ciclo imprevisível e ca é a confraternização. É tempo de permanente. reunir familiares, amigos e compaO ser humano não é um corpo, nheiros de trabalho em alegre convinem mesmo uma mente. É o Atma, a vência. consciência cósmica, muito superior Cada religião, seita, filosofia, enfim às coisas da matéria. Assim, “a quescada “caminho espiritual” realiza seu tão não é não sofrer, mas aprender a ritual específico em direção ao novo. sofrer”. Quem se revolta contra a infeÉ a FÉ que se renova em cada cora- licidade multiplica seus males. A Fração humano. Tanto nos templos como ternidade não prega o sofrimento conos lares, pode-se sentir uma vibra- mo meio de aperfeiçoamento, mas ção positiva e alentadora. também não nega seu valor transitóEntretanto, observa-se que, para rio. uns poucos – infelizmente – estes Aqui, vivemos a luta por libertarmomesmos tempos trazem uma certa nos do medo, a superar a ansiedade, melancolia e de angústia. Alguns, pe- a viver em paz com nossa consciênla ausência de entes queridos que se cia, a amar a Natureza, a si próprio e foram, outros por dificuldades materi- ao próximo. São atitudes não apenas ais transitórias, e ainda alguns sem positivas em busca do melhor camimotivo aparente. No transcorrer des- nho para a volta ao Pai, mas que tamsas efemérides alguns de nós se tor- bém nos ajudam a aperfeiçoarmos nam mais sensíveis e emotivos. nossa personalidade, tornando nossa A observação desses fatos nos vida na presente encarnação mais leva a refletir sobre o que seja felici- produtiva e serena. Que a vossa vondade e infelicidade, esses dois senti- tade e a vossa força possam sempre mentos antagônicos com os quais to- atrair a felicidade e que esta possa dos temos que aprender a lidar em sempre ser repartida com todos os seres da Criação. nossa jornada na matéria. Fama FRA Nº 11 Ano XI - S.C. Os dicionários definem a felicidade como a qualidade de quem é feliz, TONAPA R + C Felicidade e infelicidade A 3 do, por que, o Filho é o Amor, isto é, o poder que reúne, dando às formas a coesão para impedir que as mesmas se dissolvam, é, portanto, o Conservador, o o símbolo Salvador que Religa ao Pai. Rosa Cruz, O objetivo da nossa amada Fraternivê-se três círculos concêntricos, feitos dade é o despertar do Cristo no homem, de hastes de rosei- e para tal fim proporciona disciplinas efiras, abraçando a cazes que determinam a sua unificação cruz solar. Esses com o Todo. círculos ou hastes A vida do Filho, manifestada na matédas sete Rosas ria preparada pelo Espírito Santo é reprerepresentam as três veredas de espinhos sentada pelo grande Mito da Encarnapor onde deve os discípulos transitar. ção; o que fez São João afirmar que: no Na Cabala as três sefirots superiores, filho tudo se encontra, e que, nada vai ao referem-se a Trindade Divina onde Pai senão por Ele. Kether ou Potência Suprema, repousa E' pelo trabalho árduo, que o discípulo sobre a Sabedoria imutável e a Inteligên- consegue a sua Redenção, ele deve descia criadora. — No homem a Trindade pertar a sua Centelha Cristica, cultivando espiritual que é feita à semelhança Divi- a Sabedoria e o Amor, para ser salvo na, contem forçosamente os atributos pelo seu Redentor. Divinos. Por isso, nele também vemos o Nas escolas Iniciaticas, os discípulos Poder, manifestado pela sua vontade, a Sabedoria apoiada pela sua Razão; e eram chamados Crestos, e só quando finalmente a Inteligência criando o seu chegavam à Iniciação, tornavam-se Cristos. destino. SIMBOLISMO N Por isso, Jesus que cursou a escola Na Vereda da Vontade o discípulo aprende a desenvolver o discernimento Iniciatica dos Essênios, tornou-se o Crispara dar uma reta direção ao seu querer. to, por ter sido ungido pelo batismo da Iniciação. Só por meio da evolução do O polo inferior da Vontade é o Desejo, Cristo no homem, o Filho vai para o Pai e e o trabalho do discípulo, é exercer um torna-se um com Ele, na Glória Divina. perfeito controle sobre os seus desejos. Então, manifesta a existência inerente à Para demonstrar o valor desse controle, sua natureza Divina, que se desenvolveu é bastante assinalar que na Vereda da com o desabrochar das Rosas sobre a Vontade o discípulo resolve conquistar o sua Cruz. Santo Graal, pois que, a Vontade é a maA terceira Vereda de espinhos é a do nifestação do Poder do Pai no Homem. Espírito Santo a Inteligência ou Mental A Vereda da Sabedoria ou da mais com a sua energia ativa e criadora. Pura Razão, deve ser iluminada pela luz Para que não haja pecado contra o do Amor, não o amor egoístico que é comum à todos os seres, mas pelo amor Espírito Santo, que segundo as escrituFraternal que é a expressão do Filho na ras, não pode ser perdoado, o discípulo deve cultivar o seu Mental vigiando os vida humana. seus pensamentos, e assim as suas No processo cósmico a Segunda Pes- obras serão construtivas. soa com a Sua Sabedoria edifica o mun4 Como ficou dito, na mensagem da Cruz, o Espírito Santo é o Ritmo que determina o fenômeno de polaridade. Nessa Vereda o discípulo aprende a conhecer, como o equilíbrio resulta da analogia dos contrários, e de posse do Caduceu de Hermes, resolve conquistar a Esfinge, decifrando o seu enigma que encerra as energias Cósmicas criadoras. Que os mestres nos auxilie a desvendar os mistérios da Esfinge, para que as Rosas floresçam sobre a nossa Cruz. Silva Junior Gnose agosto 1941 Origem da Ordem dos Rosa – Cruzes O exame das origens da Ordem dos Rosa-Cruzes nos leva a um passado remoto. Michael Maier escreveu com razão no seu “Silentium post clamores” que os Rosa-Cruzes são os sucessores dos colégios dos Brâmanes Hindus, dos Egípcios, dos Eumolpidas de Elêusis, dos Mistérios de Samotrácia, dos Magos da Pérsia, dos Ginosofitas da Etiópia, dos Pitagóricos e dos Árabes. Ele teria podido acrescentar as escolas dos neoplatônicos (Ammonio Saccas, Plotino, Porfirio, Jâmblico, Proclo), as comunidades gnósticas, os Albigenses, as Ordens de Cavalaria, os Templários, e num certo sentido, as seitas dos Valdenses, dos Begardos e dos Hussitas. A luz da verdade tem brilhado em todos os tempos à margem do ensinamento esotérico das religiões. Citam-se como portadores dessa luz escondida, antes da aparição dos Rosa-Cruzes, principalmente 5 Gerard de Carmone, aliás, Cremone (na Andaluzia), cerca de 1114 – 1187 , professor da Universidade de Toledo e que primeiro traduziu Aristóteles e Ptolomeu para o latim; Alberto, o Grande (1193-1288), cognominado “doctor universalis”, o famoso professor da Universidade de Rabisbonna, Estrasburgo, Colônia e da Sorbonne, o seu aluno, o grande Tomás de Aquino (12251274) , defensor dos escritos hebraicos contra a mania de destruição das obras que fossem católicas romanas; Pico de Mirandola (14631494), não menos “de re omni scibilus”, do que Alberto, o Grande, e Reuchlin o autor de “De Verbo Mirifico”, professor da Universidade de Tubingen (1481) e de Ingelstadt (1519) . Um lugar todo especial entre os precursores dos RosaCruzes é ocupado por Dante Alighieri, como o demonstrarei mais longe. O atual “Imperator” da “Rosae Crucis Society” na América, estabeleceu a relação direta que existe entre os Rosa-Cruzes e os Mistérios do Egito. Ele declara em seu estudo “History of the Order Rosae Crucis” ( 1 – Ver “The Channel”, 19151916, Números 3 e 4) , que o rei Thotmés III (1500-1447 AC.) foi o verdadeiro fundador da Ordem dos Rosa-Cruzes, tendo instituído diversas regras que ainda estão, atualmente, em vigor. Doze membros, nove irmãos e três irmãs, dentre as quais se encontrava a esposa de Thotmés, assistiram à fundação, escreve o “Imperator”. As reuniões tinham lugar todas as quintas-feiras. Na Quinta-feira que precedia a lua cheia, depois do equinócio da primavera, era celebrada uma cerimô- nia especial que, com as modificações trazidas pelo tempo, se observa ainda nos usos da Quintafeira Santa. O sinete de Thotmés teria sido conservado e se encontraria presentemente em poder do próprio “Imperator”. Um dos sucessores de Thotmés, Amenoteph III, foi o autor de uma filosofia profunda e de escritos que seriam ainda empregados, atualmente, por todas as lojas Rosa-Cruzes do mundo. discípulos uma doutrina secreta, que não era destinada ao mundo exterior. Em um de seus “Logia” , ou curtas alocuções públicas, ele dizia: “Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que não suceda que as calquem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”. ( Mateus 6 – 7) Este ensinamento esotérico formou a tradição dos Gnósticos e é encontrado em seus escritos, especialmente em A ordem contava 300 membros, “Pistis Sophia” (Fé - Sabedoria) incluindo 62 irmãs, sob o reinado de Amenoteph III. Este soberano erigiu Pouco a pouco, entretanto, essa o templo de Karnak com a forma tradição foi divulgada por candidatos da Cruz ansada, reunião da Rosa insuficientemente preparados e, se com a Cruz, e desenhou os sím- tornou conhecida sob uma forma albolos, notadamente a Rosa e o terada que lhe tirou a boa reputação. Crescente, que fizeram parte do Foi então que Constantino, depois simbolismo dos Rosa-Cruzes. de sua vitória sobre Maxêncio, “pelo sinal da cruz”, em 312, achou nePode-se acrescentar, aqui, que cessário instaurar a unidade na Igreos reis do Egito, que eram Inicia- ja (reuniu, para isso, o Concílio de dos, possuíam uma vasta ciência, Nicea, em 325) e extinguir em toposteriormente perdida. Conheciam da parte a luz dos antigos Mistéos processos d e transmutação dos rios (1-Constantino interditou todo metais em ouro, da indústria quími- serviço dos Mistérios, como os de ca das cores e da fabricação do Mitras, de Serapis e de Baco, dos fogo prego e de materiais explosi- Kabir-pantis, dos Druidas e dos vos de que fizeram uso, unicamen- Gnósticos. A proibição foi sanciote, como meio de defesa contra nada por seus sucessores, Valenataques externos. Nos mistérios tim, em 372, Teodósio I , em 381 e Egípcios, a ciência andava de par Teodósio II, em 450). com a filosofia. A Arte Real significava, assim, ao mesmo tempo, Arvorou-se em defensor da unidaSabedoria e Conhecimento da na- de da fé, em oposição as diversas tureza, especialmente da Química. seitas que se tinham formado no Mais tarde, quando os mistérios Cristianismo e das quais o ManiqueÓrficos caíram em decadência, os ísmo era a principal, colocando-se, filósofos gregos se encaminharam assim, no ponto de vista que Santo para as escolas dos Mistérios Agostinho (354-430) iria mais tarde Egípcios com o objetivo de ali defender com tanto ardor. (1 – Mais receberem ensinamentos esotéricos tarde o Gnosticismo penetrou em e herméticos. Entre eles podemos grande parte na Igreja ortodoxa, citar Solon, Thales, Demócrito, Pi- porque Alberto, o Grande, São Totágoras e Platão. más de Aquino, Pierre Lombard, São Vítor, Francisco de Assis e outros, O Cristo deu também aos seus 6 podem ser contados entre os Gnósticos. São Bernardo de Clairvaux, o famoso reformador da disciplina na Igreja, no início do século XII, assim se exprime a respeito dos Gnósticos: “Se lhes perguntais qual a sua fé, ela é toda cristã; e se escutais suas prédicas, não as há mais inocentes; e seus atos estão em harmonia com as suas palavras.”) . As cruzadas trouxeram a luz do Oriente e inaugurou uma época em que o espírito místico não mais se poderia contentar com a palavra de vida cristalizada na dogmática da Igreja. Elas deram nascimento a um movimento que teve a fundação da Ordem dos Rosa-Cruzes, por resultado. “O Romance da Rosa”, de que a primeira parte foi escrita por Guillaume de Lorraine em 1260, e que foi terminado por Jean de Meung, assim como a “Divina Comédia”, de Dante, são duas formas diferentes exprimindo um mesmo pensamento. A primeira dessas obras é, simultaneamente, uma sátira dirigida contra os grandes e os eclesiásticos da época, e uma revelação velada do hermetismo e da alquimia. ( 1 – O papa João XXII lançou em 1317 a bula “Spondent que non exhibent” contra os alquimistas). A Segunda, escreve Eliphas Levi em sua “História da Magia”, é uma aplicação gnóstica e joanística do ensinamento da Cabala aos dogmas cristãos; o paraíso é ali representado por uma série de círculos divididos pela cruz, que tem no centro a rosa de pétalas largamente abertas. ( 2- Dante emprega, nos diferentes cantos de o “Paraíso”, vários outros símbolos que a franco-maçonaria reclama como de direito lhe pertencendo, tais como: a escada mística, a águia imperial, o pelicano, a “Ceia do Cordeiro”, as colunas da Fé, da Esperança, da Caridade, o ponto, do círculo e o quadrado. Dante prova, de resto, em sua “Divina Comédia”, que era membro de uma sociedade cujo ritual apresentava notáveis analogias com o empregado ainda hoje na franco-maçonaria. Os versos, profundamente simbólicos, escondem esse ritual de sua sociedade, que é unicamente a imagem exterior do desenvolvimento purificador pelo qual o homem se esforça para restabelecer sua unidade com a Divindade). Sédir escreve em sua “Histoire des Rose-Croix” que esse movimento se exprimiu de três modos diferentes: 1 – o Gnosticismo seguido pelos Cátaros, pelos Valdenses, pelos Albigenses e pelos Templários, de quem Dante foi o interprete genial; 2 – O Misticismo conventual; 3As tradições alquímicas e herméticas que se encontram nas “Rosaria”. Nesses tempos de opressão da liberdade da Fé, o segredo dos Iniciados foi conservado “sub-rosa”; sob este símbolo antigo sua verdade foi velada, principalmente, entre os trovadores, ( 2- Havia diversos gêneros entre os poemas escritos pelos trovadores: os gêneros galante, histórico, didático, sátiro, teológico, místico e hermético. O último foi representado, entre outros, por Wolfram von Eschenbach, autor de um poema sobre o Graal, no qual é proclamado o sistema da preexistência e das vidas sucessivas da alma. O trovador Pierre Cardinal interpreTemos aqui o símbolo da Rosatou também a lenda do Graal numa Cruz, com as suas diversas significalinguagem velada), e os escritores. ções, sobretudo do Ensinamento 7 Esotérico ligado ao Cristianismo, dos Antigos Mistérios fundidos com os da Cruz, do amor crucificado no mundo, e dos segredos da natureza, como revelação do espírito na matéria. Outros “Romances da Rosa” foram ainda publicados, especialmente por Arnoldus Villanova, o famoso doutor provençal (nascido cerca de 1243); pelo seu principal aluno Lullius (1235-1325), cognominado “Doutor Iluminatus”, o iniciado que com ele estava sentado aos pés dos grandes mestres na Espanha, e antes deles, também por Ortholanus e Roger Bacon (1214-1294), denominado “Doutor Admirabilis”, e no século XV, por Nicolas Flamel, o célebre médico de Paris (1330-1413), que dedicou sua “Rosa Mística” a Vênus, no mesmo espírito com que os Cristãos consagram a rosa a Maria. uma série de manuscritos, transcritos por seu antepassado durante o longo exercício de suas funções, de 1764 a 1802; essas cópias, que ficaram em poder de seu trineto. (1 – essas cópias foram posteriormente destruídas no incêndio da casa de Karl Kiesewetter) permitiram a este último descobrir dados de mais alta importância sobre a história da Ordem (2 – Ver seu estudo sobre os Rosa-Cruzes em “Der Sphinx”, editado pelo Dr. Hubbe Schlelden, número de janeiro de 1886 e reproduzido em “The Theosophist”de abril de 1886). Nesses manuscritos, denominados “Compendium Totius Philosophiae et Alchemiae Fraternitatis Rosae Crucis ex Mandato Serenissimi Comitis de Falkenstein, Imperatoris Nostri, Anno Domini 1374” ( 3 – Que a Ordem dos Rosa-Cruzes tenha existido sob esta forma está abundantemente provado em minha obra, embora aleguem alguns que as provas exteriores dessa existência são deficientes, Waite e Gould são igualmente afirmativos. É provável que todos esses iniciados tenham fundado, sob o mesmo símbolo da Rosa-Cruz, sociedades onde pudessem prosseguir no seu ideal sem serem inquietados. O “Rosarium”, de Arnauld de la Villeneuve, trata, nitidamente, de uma Este último escreve em sua “Societas Physicorum”. “História abreviada da francomaçonaria”, página 71: “É fato proRaimundo Lullo fala também de vado que a metade do mundo cienuma associação análoga em sua tista na Europa se chamava explici“Teoria” e faz menção de um “Rex tamente Rosa-Cruz, reunia-se sob Physicorum”. Em seu “Theatrum essa denominação e escrevia livros. Chemicum Argentoratum”(1613) é Se isso não prova a existência real mencionado um Bispo de Trèves, de uma reunião de seres, é difícil conde Von Falkenstein, como o mui- dizer o que poderia provar), menção to famoso e muito esclarecido prín- é feita, pela primeira vez, da Fratercipe e pai dos filósofos do século nidade Rosa-Cruz e do título de XVI. “príncipe e pai dos filósofos”, asEsse Von Falkenstein é conhecido sim como o de “Imperator”, dado como um dos primeiros Rosa- ao chefe da Fraternidade. Cruzes, Karl Kiesewetter, cujo trisa(Cap.I da “Histoire des Rosevô foi “Imperator” da Ordem dos Ro- Croix”de Fr. Wittermans) sa-Cruz no século XVIII, fornece a prova de que Von Falkenstein per- Gnose dezembro 1936 tencia à Ordem, baseando-se em 8 se, porém jamais compreender-se. Pensamentos sobre a Grande Obra Deus é o que é, e o homem é seu reflexo. A ma a Deus O reflexo dá-nos uma vaga ideia em tudo e do que pode ser a chama; é ele o sobre tudo e reco- caminho que nos conduz, gradualnhece-o como mente para a causa que o produz. substância. O dever do sábio está em buscar A luz da Sabedo- a chama, guiada pelo reflexo, uma ria iluminará tua vez descoberta a chama, estará prealma e compreen- parado para penetrar na causa. derás o grande mistério da vida. Quando o homem conheça a cauA verdade é a vida, manifestar-se- sa terá deixado de ser reflexo, será á a quem saiba senti-la. então Luz. Não é possível saber sem sentir, assim como não é possível compreender sem saber. Homem sábio é o que sente e compreende o ritmo palpitante do universo agita-se em todas e em cada uma das coisas que se vê em seu caminho. Quem vê e sente, compreende. Israel Rojas - Gnose abril 1937 O ÚNICO T u não és fogo, porque o fogo morre. Não és bem, Quem observa descobre; e quem porque o bem supõe o descobre crê. mal. Não és fluido, que Criar não é tirar algo do nada; o fluido, igual, decorre, criar é transformar ou transmutar Em ondas vãs, da Essência Universal. uma coisa em outra. O homem coNão és caos; não és massa que mum é vítima de suas criações; o se forre As pressões, aos limites, ao sábio, entretanto, o que conhece a Lei, faz uso dela para criar a sua gradual; Nem a Substância de onde emane ou jorre, Em sequência de leis, própria felicidade. a Lei Causal No grande laboratório da natureNão pensas, pois quem pensa é coza tudo se transforma constantemenmo e quando. Não vives: Vida é forte e o homem que conhece e aplica ma, tempo e ação ... Nem és Deus ... esta lei, pode transformar-se no que queira. A Luz viva do espírito ilumi- És o não-criador, sem mando. na aqueles que se concentram o Sim! És o Imanifesto, o Sem, o seu fogo. Não O Jamais, o Ninguém ... Tu só ... O fogo é uma manifestação da luz vibrando ... E inconsciente da própria e a luz é o reflexo da chama. A vibração! chama é o palpitar da vida e a vida PTÓKHOS em essência, pertence ao ignoto. Publicação Gnose Outubro 1943 O Ignoto, somente pode sentir9 Notícias - Aula Lucis Capitular Epiága - MA A Aula Lucis Capitular Epiága está de parabéns, sob a administração do Presidente Delegado Irmão Amorim e contando com excelentes instalações (Loja e Igreja) está em franca expansão, no dia 01/11/2013 foi instaurado o 2º Grau Rosa-Cruz na Loja com a elevação de 06 novos irmãos. Para suporte a Aula Lucis Central – RJ enviou os Irmãos Carlos Carvalhal, Roberto Tardelli e Luiz Martins, que realizaram as cerimônias de sagração Sagração de 02 novos Diáconos na Igreja Gnóstica local. No dia 03/11 ás 09:00hs foi realizada uma Missa Gnóstica em alusão aos 77 anos da IGB no Brasil na sede da Aula Lucis Epiaga em São Luiz do Maranhão, Ministrada pelo Bispo Sapkatakanon (Ir.Carlos Alberto) Encerrando as atividades de 03 dias os Irmãos e convidados assistiram a palestras do Ir. Tardelli (Ritualística do Templo) e do Ir. Martins (“Egrégora”) Comunhão Gnóstica dos Irmãos. 10 Fraternitas Rosicruciana Antiqua AULA LUCIS CAPITULAR EPIAGA – Maranhão Presidente: Ir. José Raimundo Pinto Amorim Rua Manoel Beckman Nº 49 Monte Castelo - São Luis MA CEP 65037-560 E-mal: [email protected] Salão de Palestras da Aula Fundamental Eneida Costa Salamonde A FRA mantém um Curso para candidatos aspirantes denominado Aula Fundamental CAMBARERI, com a duração aproximada de um ano. O candidato terá direito a frequentar estas aulas, se assim o desejar, pelo tempo que mais lhe convenha, antes de assumir o compromisso de tornar-se Membro da FRA. Na Aula Fundamental, o candidato poderá participar de aulas práticas (individuais e coletivas), tais como A Prática do Silêncio, Meditação, Visualização Criativa, entre outras, alternadas com palestras, rituais, e, só então, o candidato, ciente pelos princípios, métodos de instrução e poderá ser convidado a submeter-se ao Ritual de Iniciação, dando início então à sua admissão ao Círculo interno, no 1º Grau R+C. Caso você queira se filiar a Fraternitas Rosicruciana Antiqua, conhecendo nossa filosofia Rosa-Cruz, nossos cursos e nossas práticas, escrevanos ou passe um e-mail, solicitando o material necessário para se tornar um estudante rosa-cruz, podendo também ser um membro correspondente caso não haja filiadas em sua cidade. ATIVIDADES PÚBLICAS Segunda-feira: - Aula Fundamental às 20:00hs (palestras e rituais) (exceto nos dias 27 de cada mês), consulte a nossa programação em nosso site no link “Aula Fundamental”. Domingo: - Missa Gnóstica às 09:00hs Fraternitas Rosicruciana Antiqua http://www.fra.org.br E-mail: [email protected]