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Formação Complementar Percussão Ciclo I e II 2º Semestre/ 2014 Professor: Ivens Burg Coordenação: Lucy Ramos Torres “Trilhando os caminhos para o dialogo” Quando brincávamos na rua, e exercitávamos o corpo, a prontidão, o ritmo, as diferentes formas de comunicação e aprendíamos a lidar com as diferenças e desavenças, estávamos, sem perceber, nos preparando para a vida da idade adulta. Os tempos mudaram e as crianças do nosso meio de convívio raramente hoje brincam nas ruas e têm a oportunidade de conhecerem aquelas brincadeiras que despertam a imaginação e englobam mente e corpo de forma tão natural. Por isso, acredito que o resgate dessas brincadeiras seja fundamental para estabelecermos diferentes formas de comunicação, lidar com nossas dificuldades e descobrirmos nossos potencias. As crianças são em si uma fonte de criatividade inesgotável, temos que procurar estimular o potencial de cada uma e deixa-las brincar . Ciclo I Neste semestre demos um passo à frente no sentido da interação e o dialogo entre eles e eu. Quando começamos a trabalhar com diferentes formas de comunicação, através de jogos não competitivos, dinâmicas em grupo e brincadeiras da tradição brasileira, eu os percebi dispersos e muitas vezes sem interesse, mais aos poucos descobriram-se experimentando e jogando com elementos até então desconhecidos. Abordamos maneiras de explorar o ritmo, corporalmente ou com uso de instrumentos , conectando o ritmo interior e próprio de cada um ao ritmo do grupo, uma dessas formas era através do jogo: “cabeça, ombro, peito e barriga”. Brincamos de ciranda e cantamos em roda musicas populares, algumas africanas, que são em si, um exercício de coordenação, rítmica corporal e vocal, trabalhando o ser de forma integral. Brincamos de “ZIP, ZAP”: em roda temos que “passar” para o outro que está ao nosso lado ora com o Zip , ora com o Zap , dependendo da posição do colega , sempre jogando o foco com uso do som e a expressão corporal; ”Siga o mestre”: brincadeira bem divertida que o “mestre” propõe dinâmicas, danças, movimentos e todos procuram da sua maneira, imitar; ”Pular corda”: o uso da corda se fez presente ainda como forma de aprimoramento da coordenação motora, pular na batida da corda ainda é um dos principais meios de descoberta da pulsação rítmica. Neste segundo semestre, nos desafiamos a conhecer mais os instrumentos do universo musical brasileiro e descobrir brincadeiras e jogos, um pouco mais complexos que estimularam a criatividade a prontidão e a cooperação, como a brincadeira do “copinho” e “ritmo com as baquetas”. Ciclo II “ Começa a Batucada” Demos um grande passo neste semestre . Pegamos com mais frequência os instrumentos como surdo, caixa, repique e ganzá. Eles conseguiram se escutar e executar alguns ritmos juntos como o “samba reague” e a “ciranda”. Fiquei feliz ao perceber que sozinhos conseguiam dialogar e administrar os egos para que todos,à sua maneira, pudessem experimentar os instrumentos. Alguns com maior facilidade ajudavam os que tinham dificuldade e juntos foram descobrindo essa brincadeira de tocar , se escutar e conhecer alguns ritmos brasileiros. Outra coisa que me surpreendeu foi como conseguiram aprender o ritmo do “copinho” , tocando e cantando a música “Fome Come “ da Palavra cantada. Novamente eles se ajudaram, pois este ritmo é complicado e exige esforço e concentração para aprender.