anexos - Senderos latinoamericanos
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[ANEXOS] 1237 Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 01 02 03 04 05 ANEXOS Caminhadas na natureza. Diversificação do produto TRAF. Turismo rural na agricultura familiar. Airton Violento - Anda Brasil North Umpqua, Oregon, EUA, Percepções nos padrões de uso das trilhas para caminhada/ciclismo: motivações, aglomeração, conflito e satisfação. Robert C. Burns; Christopher Caplinger. West Virginia University, Morgantown, WV, EUA Senderos y uso público: ¿modelos? de gestión y gobernanza en áreas protegidas. La experiencia del Sendero de Chile. Esteban Delgado A.Fundación Sendero de Chile Reflexões sobre a utilização do Patrimônio Geológico em trilhas. Jasmine Cardozo Moreira - Departamento de Turismo / UEPG Trilhas Marinhas no Brasil; uma Síntese para a Educação Ambiental. Alexandre de Gusmão Pedrini. Departamento de Biologia Vegetal Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes. Universidade do Estado do Rio de Janeiro Nota: 1238 O II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas solicitou aos palestrantes que, havendo possibilidade, pudessem encaminhar um resumo do objeto de suas apresentações . Agradecemos a colaboração (Organizadores) Rio de Janeiro, 16/10/2013 Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 CAMINHADAS NA NATUREZA. DIVERSIFICAÇÃO DO PRODUTO TRAF. TURISMO RURAL NA AGRICULTURA FAMILIAR Airton Violento Anda Brasil [email protected] 1- Apresentação Nos últimos anos, as populações urbanas tem intensificado o hábito de realizar caminhadas, é cada vez maior o número de pessoas que lotam as ruas, praças, parques, clubes e academias, para praticar esta atividade. Concomitantemente, cresce também a procura por ambientes naturais para a realização de atividades de lazer e descanso, visto o crescimento dos centros urbanos e o aceleramento do ritmo de vida da população. Diante deste panorama, as Caminhadas na Natureza aparecem como uma alternativa de lazer e atividade física em ambientes rurais com grande diversidade paisagística e de elementos culturais, proporcionando aos caminhantes, além dos benefícios auferidos pelo exercício físico, a interação com comunidades locais, sua cultura em um espaço propício para a realização de caminhadas, considerando que em muitos municípios inexiste equipamentos adequados para a prática, como parques e pistas urbanas. O projeto objetiva também ampliar o entendimento sobre o meio rural, mostrando suas múltiplas funções além da produção agropecuária, como sua vocação para a conservação ambiental, sua função social e cultural. A partir desta visão da multifuncionalidade do meio rural é que se estabelecem outras atividades econômicas que suportarão o crescimento de um modelo de desenvolvimento rural, o qual não se detém apenas nos processos produtivos e considera estas outras alternativas de desenvolvimento, como a atividade turística. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1239 2- Projeto Caminhadas na Natureza O Projeto CAMINHADAS NA NATUREZA é uma proposta para estimular e promover o desenvolvimento territorial sustentável por meio da realização de caminhadas no meio rural, as quais são internacionalmente conhecidas como “Esportes Populares”. A idéia nasceu na França após a Segunda Guerra Mundial com o objetivo de estimular as atividades comerciais no interior das províncias e na periferia das grandes cidades destruídas pela guerra. Com o crescimento da atividade turística e em função da riqueza cultural e paisagística destas regiões, tais atividades começaram a ser utilizadas como fator de integração e inclusão social entre as populações regionais, caracterizando-as, assim, como atividades populares e democráticas. Atualmente, as Caminhadas são praticadas por 22 milhões de pessoas em 50 países, sempre organizadas localmente em circuitos, regionalmente em federações, nacionalmente em confederações e com a normalização internacional do Internacionaler Volksporter Verbander – Federação Internacional dos Esportes Populares – IVV, com sede na Alemanha. No Brasil, em 2006, fundou-se a ANDA BRASIL - Confederação Brasileira de Esportes Populares, Caminhadas na Natureza e Inclusão Social. A organização nãogovernamental organiza, cadastra e credencia os circuitos nacionais, sendo que, atualmente, existem mais de 450 circuitos cadastrados em 19 Estados brasileiros. 3- Normas Internacionais das Caminhadas Na Natureza Serão descritas a seguir as características das Caminhadas, de acordo com as normas internacionais do IVV para eventos não competitivos. Horário determinado de início e de término - O evento deve ter um horário de início e término definidos, porém o caminhante é livre para permanecer no circuito e/ou nos equipamentos disponíveis, estando ciente de que a estrutura do evento possui um tempo de funcionamento limitado. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1240 Balizamento com sinalização temática, padrão internacional – O IVV dispõe de modelos de placas de sinalização, as quais devem ser fixadas em lugares visíveis e estratégicos durante o percurso. Em cruzamentos a sinalização faz-se fundamental. Trajeto viável para ser praticado por todos os públicos (crianças, idosos, portadores de deficiências) – O percurso deve ser acessível, em casos de trajetos severos deve-se informar o caminhante e viabilizar formas de apoio para pessoas com dificuldades de locomoção. Cada caminhante pode realizar a caminhada de acordo com sua capacidade física. Trajeto, preferencialmente circular, de aproximados 10km – Em casos de trajetos não circulares, recomenda-se que ao final do percurso seja disponibilizado um veículo para locomoção dos caminhantes ao ponto de início do circuito, evitando que o caminho de ida seja o mesmo utilizado na volta durante a caminhada, o que o torna repetitivo. Postos de controle com serviços de fornecimento de água, complementação alimentar, comercialização de artesanato, agroindústria familiar e/ou manifestações culturais locais – Os postos de controle devem ser fixados em locais estratégicos, onde haja estrutura adequada para a permanência dos atendentes, os quais devem estar devidamente instruídos para fornecer informações sobre o circuito e características geográficas e culturais da região. Equipes de resgate e atendimento médico – A organização local deve disponibilizar equipes de resgate e atendimento médico para os caminhantes e equipe local. Este auxílio é imprescindível para garantir a segurança da atividade. Sugere-se que a equipe organizadora disponha de equipamentos para comunicação móvel. Numeração exclusiva de carimbo por caminhada (numeração internacional fornecida pelo IVV) – ao final do circuito a caderneta internacional deve ser Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1241 carimbada com o carimbo exclusivo do circuito. Caderneta de caminhante (Passaporte IVV) - A caderneta de caminhante internacional, padrão IVV, é entregue na 1ª primeira caminhada do participante e deve ser transportada pelo mesmo a cada circuito para que seja carimbada a cada caminhada. Ao ser preenchida, com 10 carimbos de circuitos diferentes, a caderneta deve ser encaminhada à ANDA BRASIL para o recebimento de 1 diploma oficial ANDABRASIL, 1 pin, 1 caderneta nova de 20 participações e 1 bordado da ANDABRASIL - IVV. Carimbos de confirmação de passagem nos postos de controle – A organização local pode providenciar uma pequena caderneta do circuito, a qual será carimbada a cada posto de controle. Lembrando que estes carimbos também são de responsabilidade da organização local e diferenciados do carimbo oficial do circuito (padrão IVV). Plano de premiação ao final de cada caminhada - Sugere-se que ao final de cada caminhada seja realizada uma premiação aos participantes, como o caminhante mais jovem, mais idoso, maior grupo, entre outros. Este plano é apenas uma sugestão, uma forma de incentivar os caminhantes, e não um pré-requesito obrigatório. Plano de estímulos para que caminhantes estejam sempre presentes em outras Caminhadas – A organização local e regional podem elaborar planos de estímulos para os caminhantes, o qual consiste em entrega de brindes, gratificações, diplomas e realização de divulgação integrada entre os circuitos, possibilitando que o caminhante tenha acesso às informações das caminhadas da região. Divulgação internacional – todos os circuitos são cadastrados no site da ANDA BRASIL, possibilitando a promoção internacional das caminhadas. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1242 4- Ações e Responsabilidades ESTRUTURA BÁSICA PARA A FORMATAÇÃO, IMPLANTAÇÃO E REALIZAÇÃO DE UMA CAMINHADA Ações ANDA BRASIL . reunir os atores sociais locais envolvidos . definir previamente o trajeto Ações Circuito . mobilizar os atores sociais locais para reuniões de formatação . articular as parcerias . constituí-lo como atrativo . implantar a caminhada no turístico padrão IVV . capacitar os atores sociais locais para a . treinar guias locais para implantação da caminhada acompanhamento do trajeto (Ex: anfitriões- mirins) . acionar o carimbo exclusivo da caminhada e . divulgar a caminhada para entregar ao Circuito suas redes . credenciar internacionalmente . realizar a caminhada . divulgar no calendário . registrar o nº de anual nacional e internacional caminhantes . divulgar na mídia eletrônica, inclusive, em eventos e feiras de turismo e através da rede ANDA BRASIL . realizar a premiação . fechar evento realizando reunião de avaliação e relatório final Articulações e Parceiros . diretamente com os empreendedores, produtores e comerciantes do Circuito . com os demais Circuitos filiados à ANDA BRASIL. a partir de apoio das prefeituras . das entidades de classe locais (Associação Comercial, sindicatos rurais) 1243 . da iniciativa privada local. . do Sistema S (SebraeSesc-Senac) 5. Organização. Vamos descrever as características de uma caminhada, como um evento metodológico, onde se promove o meio rural, com a valorização das atividades e aliando os negócios gerados a partir de um aumento da demanda do turismo. 5.1 Circuito Os circuitos de Caminhadas no meio rural ocorrem preferencialmente em ambientes da agricultura familiar, percorrendo as comunidades rurais, como um coletivo dos agricultores familiares. A formatação do trajeto do circuito segue Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 uma lógica, que permite o caminhante a observar as características geográficas do lugar, a existência de práticas agriculturas agroecológicas, a valorização da arquitetura local e que privilegie a paisagem rural do local. A definição do percurso pode se adequar aos diferentes públicos que participarão desta atividade. Para definir o percurso pode se utilizar dos recursos tecnológicos que estão disponíveis, 5.2 - Inscrição Os caminhantes se inscrevem no evento previamente, através da internet ou pessoalmente. A ficha cadastral pode estar disponível das duas maneiras. A inscrição realizada no dia do evento deve estar organizada para o atendimento da demanda, com vários postos de inscrição e todos preparados para dar um atendimento uniforme a todos os participantes. Os inscritos serão adicionados a uma lista de Caminhantes da região. Este e o público da caminhada. De uma maneira geral, o cadastro deve ter a identidade pessoal, e o endereço físico e virtual. No ato da inscrição, os participantes recebe a carteira local, que pode ser um folheto, com as informações básicas do percurso. A organização do evento pode produzir um folheto muito rico em informação ao caminhante. 5.3 - Postos de Controle e Informações. São unidades de controle dos participantes da caminhada, que estão distribuídos em todo o percurso e são dotados de uma estrutura de apoio ao caminhante, como serviços de banheiros, alimentação, comercialização de bens e também devem fornecer informações básicas do percurso. Neste local, o caminhante pode receber informações de caráter de educação ambiental, aumentando a riqueza do evento. O registro da passagem do caminhante nestes pontos de controle e realizado por carimbos que tenham a identidade local. 5.4 - Feira da Produção Associada. No local da inscrição dos participantes da Caminhada, a existência de uma feira de artesanato e de produtos agroecológicos proporciona uma maior Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1244 riqueza ao evento e permite a comunidade local se beneficiar de mais um negócio gerador de renda. A oferta de produtos naturais e transformado de origem local permitem a exposição dos produtos e facilitam os negócios futuros. A organização desta feira pode ser construída ao longo do processo de organização do evento. 5.5 - Agroindústrias As agroindústrias familiares podem se beneficiar do evento da Caminhada, participando das feiras, ou estando presente ao longo do percurso da caminhada. Pode ser conjugados os postos de controles nestas unidades, desde que a organização local consiga fazer as adequações necessárias para estes serviços 5.6 - Festa Popular A realização de Festa comunitária, em ambientes de domínios públicos, facilitam e permitem a conjugação de serviços de alimentação e de apoio aos caminhantes. E um atrativo que pode ser importante na formatação da Caminhada. Quando a realização e coordenação destas Festas se aliam e eventos de caráter religioso, facilita a organização e a conjugação destes eventos. 5.7 - Sinalização Toda a sinalização segue as orientações da entidade nacional, ANDABRASIL, para termos um produto nacional. Pode ser enriquecida, com informações de caráter ambiental, valorizando a fauna, a flora e a geografia local. Também pode ser produzida, informações do percurso, da distância percorrida etc... 6- Indicadores , ,Para monitorar o processo das Caminhadas, e necessário a uniformização de indicadores do evento. Este indicadores, vai fornecer elementos de comparação, de análise e gerenciamento deste produto Turístico. 6.1- Caminhantes Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1245 Entendemos como Caminhante, toda pessoa que se inscreveu na atividade. Se a informação coletada permite uma distinção entre idade e local de residência poderemos fazer uma avaliação mais qualitativa do evento. Assim, o indicador deste gênero e a unidade. 6.2- Número De Participantes Da Feira Os participantes da Feira são distinguidos entre agricultores familiares orgânicos, e artesões dos produtos ofertados. O indicador deste gênero e unidade. Neste caso, podemos também ter como indicador, a quantidade de itens dos produtos ofertados, bem como a quantidade comercializado. 6.3- Serviços Complementares Durante a realização do evento da Caminhada, podemos ofertar de passeios a cavalos, passeios de charretes e outros produtos para trabalhar com o lazer dos participantes. Neste caso, os indicadores da atividade são a quantidade (Unidade) destes produtos ofertados. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1246 NORTH UMPQUA, OREGON, EUA, PERCEPÇÕES NOS PADRÕES DE USO DAS TRILHAS PARA CAMINHADA/CICLISMO: MOTIVAÇÕES, AGLOMERAÇÃO, CONFLITO E SATISFAÇÃO Robert C. Burns [email protected] Professor Adjunto West Virginia University, Morgantown, WV, EUA Christopher Caplinger [email protected] Mestrando West Virginia University, Morgantown, WV, EUA Palavras-chave: uso da trilha, recreação ao ar livre, manejo de visitantes, aglomeração, satisfação 1. Introdução Durante a temporada de recreação de verão de 2012, pesquisadores da Universidade de West Virginia realizaram um estudo sobre o uso de recreação da Floresta Nacional Umpqua, Oregon, EUA. A Floresta Nacional de Umpqua abrange 500.000 ha da Cordilheira Western Cascades. A Floresta inclui 900 km de trilhas, três áreas selvagens, e 57 áreas de camping dentro de seus limites. Os visitantes podem encontrar uma riqueza de oportunidades de lazer o ano todo, incluindo, mas não limitado a, caminhadas, pesca, rafting e cavalgadas. Com relativamente baixo número de visitantes, a 30.000 ha de área dentro de a floresta selvagem oferecer aos visitantes a oportunidade de experimentar isolamento. Os Objetivos O foco principal deste estudo de recreação foi avaliar as percepções dos recreacionistas de motivações e conflitos entre os visitantes. A trilha Umpqua Norte segue o rio Norte Umpqua, com 12 trailheads para acessar os Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1247 segmentos de trilha com comprimento variando de 6 a 26 km. Oportunidades de recreação para os caminhantes, ciclistas e cavaleiros são fornecidas. 2. Fundamentação Teórica Capacidade de carga social foi a base teórica para este estudo. Três perguntas foram feitas para a pesquisa: R1: Quais são as características dos usuários de lazer? R2: Qual é o nível de satisfação entre os usuários de lazer? R3: Quais são as percepções dos usuários de aglomeração e conflito no lago? 2.1 Revisão da Literatura Os Estados Unidos proveem configurações e serviços de recursos naturais gerenciados pelo governo federal para centenas de milhões de recreacionistas todo ano. Por exemplo, o Bereau of Land Manegment (Secretaria de Manejo de Terra - BLM) provê acesso a recreação para 258 milhões de acres, e ambos, o National Park Service (Serviço de Parques Nacionais) e o US Forest Service (Serviço de Florestas dos EUA) servem a mais de 200 milhões de visitantes anualmente. A maioria das agencias de recursos naturais tendem a gerir os parques e florestas usando uma das estruturas tradicionais desenhadas por pesquisadores americanos e testadas em parques a florestas nos EUA, que também abordou a qualidade dos serviços prestados. Essas estruturas incluem tipicamente o Recreation Opportunity Spectrum (Espectro de Oportunidades de Recreação – ROS), Visitor Impact Manegment (Manejo de Impacto de Visitante – VIM) e Visitor Experience and Resource Protection (Experiência do Visitante e Proteção de Recursos – VERP) (Graefe et al., 1990; Stankey, 1973; National Park Service, 1997). Muito da pesquisa conduzida na América do Norte foi conduzida utilizando essas estruturas mencionadas acima focando em aglomeração de usuários, conflito, características de viagem, sócio demografia e satisfação. Somente nos anos Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1248 recentes as variáveis associadas com o monitoramento do uso do visitante tem sido incluídas no entendimento da capacidade de carga social na América do Norte (Zarnoch et al., 2005; Manning, 2007). Enquanto pouca pesquisa tem sido conduzida em trilhas e capacidade de carga social nas terras públicas brasileiras, estudos recentes indicam que há muito trabalho a ser feito nessa área (Burns and Moreira, 2013). 3. Os Métodos Este estudo pôde ser considerado um “clássico” estudo de capacidade de carga social em sua abordagem. Usando aglomeração e escalas de conflito de longa data como padrões contidos na literatura de recreação ao ar livre foram usadas para entender a percepção dos usuários das condições sociais da Trilha Norte Umpqua. Levantamentos no local foram conduzidos entre maio e outubro de 2012 como parte de um estudo maior durante três estações nos estados de Washington e Oregon. Um total de 421 entrevistas foram feitas nessa parte do estudo. O instrumento do levantamento mediu percepções de aglomeração, conflito, tempo de espera, tolerância ao ver outros grupos de recreacionistas e experiência de viagem. Uma serie de variáveis sócio demográficas foram incluídas para averiguar a participação e experiência dos visitantes. Aglomeração foi medida em uma escala de 9 pontos (vazio a extremamente cheio), variáveis de qualidade foram medidas em uma escala de 5 pontos (discordo fortemente a concordo fortemente). Finalmente, motivação do visitante para recrear foi medida em uma escala de 5 pontos (não importante absolutamente a extremamente importante). Experiência de viagem foi medida em uma escala de “fraca” a “excelente”. A taxa media de resposta para este estudo é de cerca de 92 por cento. Os entrevistados foram selecionados aleatoriamente entre os adultos, com no mínimo 16 anos de idade. Os dias de pesquisa foram estratificados em fim de semana e dias de semana, durante a manhã, meio-dia e noite. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1249 4. Os Resultados Perfil demográfico do visitante, características de grupo e viagem Algumas diferenças significantes foram notadas a respeito do perfil dos visitantes dos dois grupos. Ciclistas eram mais prováveis ser do sexo feminino (23,3%) do que caminhantes (45,2%). Metade dos ciclistas indicou estar viajando com amigos, comparado com somente 9,4% dos caminhantes. Um quinto (20,3%) dos ciclistas estavam se recreando sozinhos, comparado com somente 11,4% dos caminhantes. A característica de viagem predominante dos caminhantes e família e amigos, com a vasta maioria participando com família (48,9%), amigos (22,3%) ou família e amigos (17,5%). Proporcionalmente, ciclistas (14,5%) eram muito mais propensos a usar guias particulares contratados do que caminhantes (<1%). Ciclistas (15,6%) eram mais prováveis a indicar que não teriam participado da viajem sem um guia do que caminhantes (3,9%). Esse resultado e esperado pois alguns ciclistas alugam bicicletas em empresas especializadas, enquanto caminhantes não tem necessidade de equipamento especifico. Ciclistas também eram mais prováveis a estarem em sua primeira visita (46,9%) do que caminhantes (60,2%). Usuários pela primeira vez são mais propensos a fazer uso de guias contratados do que visitantes frequentes, sugerindo um outro motivo para a alta proporção de guias contratados para os ciclistas. Também houve uma concordância entre os dois grupos a respeito da experiência que deveria ter sido fornecida ao longo da Trilha Norte Umpqua, com 49% sugerindo que a área deveria ser manejada como “semisselvagem” e outro quarto (26,3%) sugerindo “não desenvolvida”, o que ligeiramente mais próximo do fim desenvolvido pelo Recreation Oppotunity Spectrum (ROC) contínuo. Poucas diferenças foram notadas na quantidade de tempo que os visitantes participaram da atividade de sua escolha, tal como o numero de dias de recreação por ano e numero de dias nessa viagem. Caminhantes reportaram uma estada ligeiramente mais longa (3,69 horas) do que ciclistas (3,45 horas), embora isso seja negligenciável. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1250 As Motivações Os entrevistados foram questionados quanto as suas percepções acerca do aglomerado de pessoas que visitam a trilha (local, atividade e/ou social). Um diferença significante no foi encontrada entre os dois grupos. 46.7% dos entrevistados responderam que para eles, as atividades eram o mais importante. Apenas um terço dos entrevistados (31.8%), declararam que o motivo mais importante era exclusivamente o lugar. O Aglomerado Enquanto visitavam a trilha Umpqua Norte, os visitantes foram extensamente entrevistados quanto as suas percepções relacionadas ao aglomerado de pessoas. Os entrevistados perceberam pouca aglomeração, tanto na trilha quanto nos passeios. No geral, a metade de ambos grupos (média=51.2%), compartilharam que o número de recreadores que estes viram foi o que esperavam ver. Coincidentemente, não houve diferença na proporção de ciclistas e caminhantes (hikers); os quais viram menos pessoas que o esperado (média=23.2%). Os ciclistas informaram um nível de aglomeração um pouco maior em comparação ao comunicado pelos caminhantes (hikers). Todavia, ambos níveis de aglomeração foram baixos. , Os caminhantes informaram que de alguma forma eles sentiram-se mais aglomerados devido ao impacto dos ciclistas que os ciclistas em relação aos caminhantes. Os caminhantes pareciam inclinados a cientificar que o ciclismo não era apropriado e que as bicicletas não deveriam compartilhar a mesma trilha. Nesse mesmo cenário, os ciclistas foram negativamente impactados por caminhantes que não respeitam o direito de passagem ou comportam-se de forma desrespeitosa perante os ciclistas. Satisfação Enquanto a literatura sugeriria uma forte relação entre aglomeração, conflito e satisfação; este estudo reexamina essas variáveis, especificamente as Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1251 relacionadas a trilha Umpqua Norte. Assim como pesquisas anteriores adequadamente administração estabeleceram do teste de satisfação tornassol, devido a a sessão bem sucedida seguinte avalia quantitativamente o quão relevantes para a satisfação seriam vários desses itens são (particularmente os relacionados a aglomeração e conflito). Os itens de satisfação foram divididos em três categorias: satisfação, aglomerado e conflito. Cada categoria foi comparada separadamente e de forma que primeiramente os níveis de credibilidade e concordância entre os itens na mesma fossem testados. Declarações negativas tai como “Eu fiquei insatisfeito com alguns aspectos da minha ida a trilha,” foram codificados como ‘5 pontos’ na escala de Likert afim de estabelecer um comparativos com declarações positivas. Os resultados obtidos para os três grupos, com base na formula de Alpha de Chronbach’s, oscilaram entre o mínimo de 0.530 e o máximo de 0.557. Este revelou que os itens realmente estava relacionados e que a medição de cada categoria, como previamente apresentado, seria fidedigna. Um modelo de regressão linear foi desenvolvido afim de testar até que nível essas categorias afetam o coeficiente geral de satisfação. Os categorias de satisfação foram criadas com base em aglomeração, e também conflito. Ambos foram avaliados tendo como base o coeficiente geral de satisfação, o qual também serviu como a variável dependente em três analises individuais de regressão. Os itens de satisfação (Tabela 1) contaram como 17 por cento no geral da variação de satisfação (ajustado R² = 0.173, F-valor = 41.303). Dos quatro itens de satisfação individual, três foram considerados como preditores satisfatórios do coeficiente geral de satisfação entre os visitantes da trilha Umpqua Norte. A declaração “Eu aproveitei muito a minha visita a esta trilha” foi a mais significante e demonstrou uma correlação positiva com o nível de satisfação geral (r = 0.373, Beta = 0.243, p< 0.001). No mesmo contexto, a declaração “Eu fiquei insatisfeito com alguns aspectos da minha visita” foi considerado o Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1252 mais significante, mas foi negativamente trelado ao coeficiente de satisfação geral (r = -0.304, Beta = -0.174, p < 0.001). Entretanto, a declaração “Minha viagem para essa trilha valeu todo o dinheiro que eu gastei” foi somente significante para o nível 0.05, mas foi positivamente relacionada ao coeficiente de satisfação geral dos visitantes (r = 0.305, Beta = 0.087, p < 0.05). Os resultados da categoria de aglomeração (Tabela 2), mostraram que os fatores de aglomeração contabilizaram para somente oito por cento da variação no coeficiente geral de satisfação (ajustado R² = 0.077, Valor-F = 11.768). Dos seis itens relacionados a aglomeração, dois mostraram resultados significantes. “Eu tive a oportunidade de recrear sem sentir-me aglomerado” (r = 0.249, Beta = 0.185, p < 0.001) foi o preditor mais forte e teve uma correlação positiva com o coeficiente geral de satisfação. Outra declaração significativa, “O número de pessoas na trilha diminuiu meu divertimento” (r = -0.217, Beta = 0.123, p < 0.01), mostrou uma correlação negativa em relação ao coeficiente geral de satisfação entre os visitantes. O conflito (Tabela 3) foi analisado através do modelo de regressão afim de determinar seu impacto no coeficiente geral de satisfação e este contabilizou para oito por cento da variação (ajuste R² = 0.082, F-value = 24.060). Três itens de conflito foram mensurados e desses, dois mostraram-se significantes. A primeira declaração significante, “Eu pude encontrar lugares para divertir-me sem a interferência de outros visitantes,” foi positivamente relacionada ao coeficiente geral de satisfação (r = 0.222, Beta = 0.176, p < 0.001 ). A declaração, “As atividades recreativas na trilha não foram compatíveis,” foi considerada relevante, mesmo não exercendo qualquer feito negativo no coeficiente geral de satisfação (r = -0.227, Beta = 0.172, p < 0.001). Com base nos resultados dessa analise regressiva, pôde ser determinado que existem sete itens que prognosticam o nível de satisfação na trilha Umpqua Norte. Desses itens, três estavam relacionados a satisfação, dois relacionados a aglomeração e os outros dois a conflito. O modelo apresentado na Figura 1 Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1253 (Figure 1), foi formulado afim de demonstrar como cada categoria e seus respectivos itens o nível de satisfação geral entre os visitantes na trilha Umpqua Norte. Conclusões No geral, este estudo foi bem sucedido ao demonstrar a relação entre aglomeração, conflito, e satisfação e sua importância para princípios administrativos. A trilha Umpqua Norte é administrada de maneira apropriada e os visitantes se mostram satisfeitos com suas experiências na mesma. Os resultados mostram algumas diferenças importantes entre os dois grupos de usuários; com os ciclistas apresentando certo nível de intolerância sutilmente mais alto que o apresentado pelos caminhantes. Inferências com base nos resultados desse estudo permite que os administradores da trilha Umpqua Norte interfiram apropriadamente e melhorem a experiência dos visitantes ao parque. Desta mesma forma, esta pesquisa expande e contribui para a literatura que examina os conceitos de aglomeração, conflito, e satisfação. 5. Bibliografia Burns, R.C. and Moreira, J.C. (2013). Visitor Management in Brazil’s Protected Areas: Benchmarking for Best Practices in Resource Management. The George Wright Forum, 30(2), pp 1663—170. Graefe, A.R.; F.R. Kuss; and J.J. Vaske. (1990). Visitor Impact Management: The Planning Framework. Washington DC: National Parks and Conservation Association. Manning, R. E. (2011). Studies in Outdoor Recreation: Search and Research for Satisfaction. Third Edition. Corvallis: Oregon State University Press. National Park Service. (1997). VERP: Visitor Experience and Resource Protection Framework. Denver, CO: U.S. National Park Service, Denver Service Center. Stankey G.H., and D.W. Lime. (1973). Visitor Perceptions of Wilderness Recreation Carrying Capacity. USDA Forest Service, Intermountain Forest and Range experiment station, INT-142, Ogden, UT. Silva, M. (2005). The Brazilian Protected Areas Program. Conservation Biology, 19(3), pp. 608–611. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1254 English, Donald B.K., S.M. Kocis, J.R. Arnold, S.J. Zarnoch, and L. Warren. (2003). The effectiveness of visitation proxy variables in improving recreation use estimates for the USDA Forest Service Journal for Nature Conservation, 11(4), 2003, pp. 332–338. 6. Anexos Tabela 1. Análise da Regressão das Categorias de Satisfação como Indicadores de Satisfação Eu aproveitei muito a minha viagem para a esta trilha. Todo o dinheiro que gastei para fazer esta viagem value a pena. Eu fiquei insatisfeito com alguns aspectos da minha visita a trilha. As demais pessoas na trilha contribuiram para a minha diversão. r 0.373*** Beta 0.243*** 0.305*** 0.087* -0.304*** -0.174*** 0.121*** 0.058 Valor-F Ajuste R² *p < 0.05, **p < 0.01, ***p < 0.001 41.303 0.173 Tabela 2. Análise da Regressão das Categorias de Aglomeração como Indicadores de Satisfação Porcentagem de tempo a vista de outros grupos Porcentagem de tempo aceitavel a vista de outros grupos Aglomeração esperada vs. Aglomeração real Eu tive a oportunidade de recrear-me sem sentir-me aglomerado. Eu evitei alguns lugares na trilha devido ao excess de pessoas. O número de pessoas na trilha diminuiu o meu divertimento. Valor-F Ajuste R² *p < 0.05, **p < 0.01, ***p < 0.001 r 0.050 Beta 0.007 0.136*** 0.059 -0.037 0.005 0.249*** 0.185*** -0.159*** -0.023 -0.217*** -0.123** 11.768 0.077 Tabela 3. Análise da Regressão das Categorias de Conflito como Indicadores de Satisfação r Beta Eu pude encontrar lugares para recrearme sem a 0.222*** 0.176*** interferência de outros visitantes. As atividades de recreação na trilha não foram -0.227*** -0.172*** Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1255 compatíveis. O comportamento de outras pessoas na trilha interferiram na qualidade da minha experiência. -0.163*** Valor-F Ajuste R² *p < 0.05, **p < 0.01, ***p < 0.001 -0.049 24.060 0.082 Figura 1. A Relação entre Satisfacao, Aglomeracao, & Conflito para o Coeficiente de Satisfação Geral Satisfação (Ajuste R² = 0.173 ) -Eu aproveitei muito a minha viagem para a esta trilha. Aglomeração (Ajuste R² = 0.077) -Eu tive a oportunidade de recrear-me sem sentir-me aglomerado. -Todo o dinheiro que gastei para fazer esta viagem value a pena. -Eu fiquei insatisfeito com alguns aspectos da minha visita a trilha. -O número de pessoas na trilha diminuiu o meu divertimento. Coeficiente de Satisfação Geral na Trilha Umpqua Norte Conflito (Ajuste R² = 0.082) -Eu pude encontrar lugares para recrear-me sem a interferência de outros visitantes. -As atividades de recreação na trilha não foram compatíveis. Preparado para a Apresentação no II Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilha, Rio de Janeiro, de 16 a 18 de outubro de 2013. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1256 SENDEROS Y USO PÚBLICO: ¿MODELOS? DE GESTIÓN Y GOBERNANZA EN ÁREAS PROTEGIDAS. LA EXPERIENCIA DEL SENDERO DE CHILE Esteban Delgado A. Geógrafo Fundación Sendero de Chile [email protected] ‘Dame un punto de apoyo y moveré al mundo’ (Arquímedes de Siracusa, 287-212 aC) 1. La experiencia internacional sobre gestión y modelos de gobernanza de senderos A nivel internacional, tanto en el ámbito urbano, como rural, existen múltiples iniciativas destinadas a la generación y operación de redes de senderos para la práctica del senderismo, principalmente en países de Europa, Norte América, Asia y Oceanía. Su origen esta asociado principalmente a las prácticas históricas de excursión y trashumancia, a la conservación del acceso público a áreas de interés natural e histórico y a la necesidad de recreación al aire libre. En las últimas décadas, y de manera muy importante, la gestión de áreas protegidas, el turismo de intereses especiales, además de la educación e interpretación ambiental y patrimonial también han jugado un rol relevante en su origen. En términos generales, para un conjunto importante de estas iniciativas, fundamentalmente para aquellas ubicadas en espacios rurales, seminaturales o naturales (y no obstante sus diferencias), es posible distinguir coincidencias, tanto en lo relativo a sus objetivos, como en la expresión institucional que adoptan para abordarlos. Respecto de esto último, es posible observar diversas formulas e instrumentos entre los que destacan por su recurrencia y éxito los siguientes: Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1257 (i) Los derechos consuetudinarios y el ordenamiento jurídico nacional sobre tenencia y gestión del territorio. Esto ha permitido en los países del Reino Unido (Escocia, Gales e Inglaterra) la permanencia y desarrollo de sistemas de rutas y senderos históricos basados en “derechos de paso”, que permiten a los ciudadanos recorrer el área rural de estos países. La designación de estos senderos y la clasificación de los mismos esta en manos de la Countryside Agency (Agencia de Tierras Rurales), la cual asigna a cada una de estas sendas el carácter de local, regional o nacional y en coordinación con la autoridad de caminos y las autoridades locales, definen el sistema de administración y gestión de cada una de ellas, a través de un Programa Nacional de Senderos (National Trails, www.nationaltrail.co.uk). (ii) La acción filantrópica colectiva expresada en la colaboración económica de “Land-Trusts” para conservación de tierras; o por la vía del “Make a donation” a partir del cual las personas “compran” (donan1) metros o infraestructura de sendero a la comunidad (Canadá, Nueva Zelandia); o por medio de alianzas estratégicas comerciales (Trail Affinity MasterCard®) donde por cada compra realizada con tarjeta de crédito, un pequeño porcentaje de la transacción es donada a la institución matriz del sendero (generalmente una fundación sin fines de lucro). Ejemplos de este tipo de mecanismo de implementación e institucionalidad son el Trans Canada Trail (www.tctrail.ca) y el sendero neozelandés Te Araroa (www.teararoa.org.nz). El Trans Canada Trail es concebido como una confederación de senderos existentes, los que una vez unidos, darán vida a este proyecto. Se trata de un proyecto de carácter comunitario cuya propiedad y administración corresponde a organizaciones locales, municipalidades, autoridades provinciales a lo largo de Canadá. La Fundación Trans Canadá Trail que se ha constituido para la promoción de esta iniciativa, no será la propietaria ni 1 Muchas veces estas donaciones generan exenciones en las cargas tributarias del donante. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1258 administrará el sendero, su misión es promover y coordinar la planificación, diseño, construcción, mantenimiento y administración del sendero (AYLWIN et al, 2002). (iii) La acción subsidiaria y promotora del Estado en la creación y mantenimiento de un sistema de senderos para el uso público. En estos casos, independiente de las diversas modalidades de incorporación de instituciones privadas, ONGs, organizaciones de base u otras, el Estado asume un rol protagonista en todas las fases de implementación de redes de senderos para uso público. Algunos de los ejemplos más significativos de este tipo de modalidad son el sistema nacional de senderos, creado por el Congreso de Estados Unidos a través de la aprobación de The National Trails System Act. Mediante este acuerdo, el país creó un sistema de senderos de recreación, escénicos e históricos y designó al Appalachian Trail (administrado por la Secretaria de Agricultura) y el Pacific Crest Trail (administrado por la secretaria de Interior), como sus componentes iniciales (www.americantrails.org; www.appalachiantrail.org). (iv) La acción del voluntariado ambiental estructurada y coordinada a través de organizaciones privadas sin fines de lucro, las cuales impulsan y promueven la conservación y desarrollo de senderos para asegurar que las generaciones futuras disfruten del aire y agua limpia, de los paisajes, de la vida silvestre y de oportunidades para la simple recreación (www.ontariotrails.on.ca, Canadá). (v) El posicionamiento de las iniciativas de desarrollo de senderos nacionales ante la opinión pública, como medios para desarrollar la actividad física y el turismo, a través de planes de marketing y comunicaciones (e.g. www.celtrail.com) Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1259 2. La situación de Latinoamérica y del Sendero de Chile No obstante su inmemorable existencia, al igual que en la mayoría de los países de America Latina, en Chile, tanto los senderos, como el senderismo son objetos de reciente interés para la política pública. Con un poco más de una década formando parte de la política pública nacional, el Sendero de Chile como sustantivo (sujeto/persona) y el senderismo como verbo (acción) han ido paulatinamente ganando espacio en la agenda de diversas instituciones estatales, ya sea como vía de comunicación, instrumentos de manejo de áreas protegidas, promotores del turismo de naturaleza, de una vida saludable o para la valoración del patrimonio natural o cultural de los territorios involucrados. En el periodo 2001-2013, diversos son los modelos de gestión que han intentado conducir los procesos de implementación del Sendero de Chile, tanto en el ámbito administrativo, como territorial, comercial y ambiental, a escala nacional y local. Se ha enfrentado también su materialización haciendo énfasis 1260 en sus cualidades, ventajas y potencialidades desde la perspectiva ambiental, educativa, turística, recreativa y social, entre otras. Se han aplicado para ello enfoques y metodologías de ‘planificación estratégica’, del tipo ‘sectorial’, multisectorial’, ‘público – privadas’, ‘centralizadas’ y ‘participativas con base local’. Una cronología general no exhaustiva puede ser apreciada en la siguiente tabla (N° 1). Tabla N° 1: Modelos y énfasis de gestión del Sendero de Chile en el periodo 2001-2013* Año Modelo Énfasis 2000-2005 Sectorial participativo - Construcción de eje principal - Participación ciudadana y desarrollo local - Conservación ambiental - Educación ambiental formal 2006- 2008 Multisectorial público - Turismo (búsqueda de la sostenibilidad económica, desde el enfoque de ‘destinos turísticos’ para garantizar mantenimiento de senderos - Crecimiento en red por adhesión voluntaria 2009 - 2010 Público- privado (ONG) - Gestión por destinos Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 - Comercio Justo - Voluntariado ambiental 2011- Públicoa la privado (ONG) - Recreación fecha - Valoración patrimonial - Educación ambiental no formal y conciencia pública *Listado referencial no exhaustivo Fuente: Elaboración propia En relación con los espacios geográficos o territorios involucrados (incluidas las áreas protegidas), se han efectuado ejercicios de planificación y diseños institucionales para su gobernanza, utilizando como marco también la planificación estratégica, la planificación participativa, el enfoque de ecosistemas, entre otras corrientes de pensamiento. Indistintamente, y respecto de sus objetivos formales declarados, los resultados de todos estos ejercicios de planificación han tenido el mismo destino: No han sido aplicados. Es decir, desde la perspectiva formal, han fracasado. Si bien no existe una evaluación sistemática y profunda de las razones para el fracaso de estos ejercicios de planificación, a partir de nuestra experiencia podemos entrever y esbozar algunas explicaciones para ello, entre ellas: (i) Desconocimiento, incredulidad y subestimación de los beneficios potenciales de los senderos y el senderismo, por parte de los actores locales y principalmente por las instituciones del estado; (ii) Por un lado, voluntarismo y sobrevaloración de los beneficios y por otro, subestimación de costos de parte de los promotores directos; (iii) Clientelismo marcado en muchos de los actores locales vinculados, o potencialmente vinculables, a las iniciativas de senderos; (iv) Escasa cultura de trabajo cooperativo a nivel local, en el ámbito individual e institucional, tanto en actores públicos, como privados, y; (v) Inconsistencia temporal y de metas en el diseño y aplicación de estrategias, planes, proyectos y acciones, respecto de los desafíos que pretenden acometer; Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1261 (vi) Escasez de recursos financieros y técnicos calificados para asumir los desafíos de puesta en marcha y operación de iniciativas de sendero y senderismo; En la práctica, la mezcla de todos estos hechos genera escenarios extremadamente complejos, frágiles e inestables, que se traducen en ejercicios de planificación cuyas expresiones formales –cuando llegan a tenerlas- suelen presentar ciertas debilidades comunes. Entre las que se pueden mencionar de manera general: (i) Problemas en la definición de las problemáticas principales, los objetivos y metas de planificación; (ii) Problemas en la determinación de la información relevante para analizar las problemáticas y planificar, y; (iii) Problemas en el diseño o determinación de la institucionalidad 1262 (modelo de gobernanza) que viabilice la planificación elaborada. Sin embargo, y no obstante lo oscuro del panorama anterior, paradójica y afortunadamente la experiencia del Sendero de Chile en materia de gestión a escala local, puede ser catalogada como exitosa en diversos aspectos. Entre los más interesantes y significativos de mencionar se encuentran: (i) La instalación a escala nacional de los senderos y el senderismo como objetos de política pública e interés privado; (ii) La instalación de una visión estratégica y positiva de los senderos como instrumentos de gestión de áreas protegidas; (iii) El afianzamiento de la convicción sobre su rol crítico en materia de educación, recreación y turismo en espacios naturales y seminaturales, y Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 (iv) El fortalecimiento de la convicción de la utilidad de los senderos y el senderismo como instrumentos para la conservación y valoración del patrimonio natural y cultural del país. La instalación del senderismo en la agenda pública y la valoración positiva de este en el ámbito ciudadano, ha creado condiciones para el surgimiento de necesidades de cooperación y planificación genuinamente locales. La cooperación emergida en estos contextos, a su vez, ha formado pequeñas aglomeraciones de actores locales que han mostrado una resiliencia muy alta a las dificultades propias de las iniciativas locales (obtención de logros en el corto plazo, falta de apoyo político y financiero, principalmente). La dinámica de ‘cooperación en la dificultad’, si se mantiene por sobre una suerte de ‘umbral de sobrevivencia mínimo’ por su parte, parece estimular la creación de estrategias innovadoras y alternativas para alcanzar los logros que cada aglomeración se va proponiendo en el camino. 1263 3. Conclusiones En comparación con las iniciativas europeas, norteamericanas, asiáticas y de Oceanía, la experiencia del Sendero de Chile es reciente. Sin embargo, respecto de la situación de America Latina y el Caribe, esta iniciativa puede ser considerada como pionera. En el ámbito de los modelos de gestión y gobernanza, el Sendero de Chile ha probado diversas formulas las que, más allá de sus aplicaciones o éxitos parciales, han dotado a la iniciativa de un valioso conocimiento y experiencia en la materia, hecho que le permite sopesar en la actualidad con mayor claridad y precisión las fortalezas, debilidades, potencialidades y viabilidad de cada modelo, en distintos contextos socioterritoriales. Considerando las similitudes que existen en America Latina, en términos de desarrollo del senderismo, la experiencia del Sendero de Chile puede resultar Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 de valor ilustrativo para otras iniciativas regionales y, en tal sentido, de forma resumida, ciertos aprendizajes pueden ser enunciados a manera de conclusión. En particular, los siguientes: (i) En ausencia de una ‘cultura de senderismo’ generalizada y de marcos institucionales robustos (instituciones, normas), la existencia de una institución de carácter permanente, con dedicación exclusiva y una base de recursos técnicos y financieros, para promover la creación de esa cultura es indispensable. (ii) A despecho de la complejidad que pueda adquirir la administración nacional, la aplicación de un único modelo/estrategia de gobernanza local no es recomendable. Cada sendero es una realidad única y requiere un tratamiento único. Los modelos simplificados, regularmente se estrellan con la complejidad de la realidad; (iii) La urgencia no es buena consejera. Al igual que la conservación, la gobernanza de iniciativas o materias sobre las que no existe experiencia previa, debe aprenderse y requiere tiempo y práctica. La construcción de confianzas y acumulación de conocimiento incremental ha demostrados ser el sendero más firme para la gobernanza compartida; (iv) Pequeños logros provocan aumentos significativos en apoyo y fidelidad a las iniciativas de senderismo, que permiten a su vez, escalar paulatinamente los desafíos, por lo tanto, metas sencillas, en el corto plazo, fortalecen institucionalmente las iniciativas; (v) En contra partida, metas sobredimensionadas, no cumplidas, generan una merma también significativa en fidelidad y apoyo, por lo tanto se deben evitar a toda costa, y por último; (vi) La comunicación y las nuevas tecnologías (web, Facebook, Twitter) pueden jugar un rol crítico en la creación de un entorno favorable hacia el público objetivo, creando escenarios propicios para la sensibilización e incorporación de actores claves en cada iniciativa. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1264 4. Bibliografia AYLWIN J., VALDEBENITO P. y YAÑEZ N. (2002): Informe Final Componentes Jurídicos del Sendero de Chile. GOBIERNO DE CHILE –COMISIÓN NACIONAL DEL MEDIO AMBIENTE (2005, Inédito). Estrategia intersectorial para la implementación del programa Sendero de Chile en el periodo 2006 – 2010. GOBIERNO DE CHILE - DIRECCIÓN DE PRESUPUESTOS DEL MINISTERIO DE HACIENDA DE CHILE (2005). Informe final de evaluación del Programa Sendero de Chile. Ministerio Secretaría General de la Presidencia, Comisión Nacional del Medio Ambiente. Sitios web www.nationaltrail.co.uk [Visitado el 03/08/2013] www.tctrail.ca [Visitado el 04/08/2013] www.teararoa.org.nz [Visitado el 10/08/2013] www.americantrails.org [Visitado el 20/09/2013] www.appalachiantrail.org [Visitado el 03/10/2013] www.ontariotrails.on.ca [Visitado el 07/09/2013] www.celtrail.com [Visitado el 05/09/2013] Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1265 Reflexões sobre a utilização do Patrimônio Geológico em trilhas Jasmine Cardozo Moreira Departamento de Turismo / UEPG [email protected] Entende-se por Patrimônio Geológico o conjunto de geosítios de um local, delimitado geograficamente, onde ocorrem elementos de geodiversidade, com valores singulares do ponto de vista científico, pedagógico, cultural ou turístico. É constituído por todos os recursos naturais não-renováveis, quer sejam formações geológicas ou geomorfológicas, mineralógicos e paleontológicos (BRILHA, 2005). paisagens, afloramentos E foi o interesse na conservação do Patrimônio Geológico e conseqüentemente dos processos geológicos ativos no Parque Nacional de Yellowstone (EUA) que foram importantes na sua declaração como primeira Unidade de Conservação mundial, em 1872. A conservação do Patrimônio Geológico em todo o mundo também se faz necessária porque a evolução da História da Terra está gravada em um grande numero de peças, como num quebra-cabeça, onde as peças somente têm coerência quando vistas em conjunto. Mas infelizmente, os danos causados pelos homens na superfície da Terra vêm ocasionando aceleradamente a destruição de muitas peças-chave de nosso passado geológico. Portanto, a eficiência na geoconservação depende urgentemente da mudança de estratégias relacionadas ao Patrimônio Geológico, sendo que essas mudanças passam por três pontos principais: a educação, o uso adequado dos recursos e ações coordenadas por pessoas e instituições envolvidas na geoconservação (CARRERAS & DRUGUET, 2000). Sharples (2002), em relação à geoconservação a classifica como “a metade esquecida” da conservação da natureza, pois o foco principal sempre esteve nos elementos vivos, ou seja, na biodiversidade. Para Brilha (2005) a Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1266 geoconservação tem como objetivo a caracterização, conservação, gestão e divulgação do patrimônio geológico e processos naturais associados e pretende manter os geosítios de modo a permitir seu uso. O termo geoconservação vem sendo utilizado com mais freqüência somente nos últimos anos e tornou-se mais popular principalmente após a criação da Rede Mundial de Geoparques em 2004. Mondejar e Remo (2004b) afirmam que a pouca divulgação é decorrente do fato de que os termos geológicos não estão presentes na linguagem cotidiana e são pouco utilizados por outros profissionais, por isso é necessário adaptar o vocabulário geológico, conservando o rigor cientifico, à divulgação, conservação e conscientização. Trata-se de tentar criar uma cultura geológica na sociedade de uma forma em geral, fazendo com que os termos geológicos mais comuns comecem a fazer parte do vocabulário cotidiano dos cidadãos. Hoje em dia publicações sobre o tema geoturismo e geoconservação começaram a surgir pelo mundo, o tema entrou em debate em diversos congressos, conferências e encontros a nível mundial e nacional e cada vez mais iniciativas vem sendo tomadas visando a geoconservação, a divulgação e a utilização de forma consciente desse patrimônio. De qualquer modo, é importante que a Terra seja entendida e interpretada como um todo, tanto pelos seus aspectos de biodiversidade, quanto de geodiversidade. E é a difusão de conhecimentos sobre o Patrimônio Geológico que pode ser uma ferramenta para a sua conservação (MOREIRA, 2008). Em relação a interpretação desse patrimônio, “à medida em que cresce o interesse em conhecer mais a natureza, na mesma proporção maior informação é requerida para satisfazê-lo” (MOLINA, 2001, p. 81). Portanto, em áreas protegidas a principal preocupação do manejo deveria ser além da proteção, a promoção de atividades educativas, e recreativas (DAVENPORT et al, 2002). Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1267 Para tanto, meios interpretativos podem ser utilizados. Um dos meios interpretativos mais eficientes são as trilhas interpretativas conduzidas, pois têm a finalidade de enriquecer as experiências dos visitantes, podendo favorecer a conscientização ambiental de todos, visto que o condutor pode realizar um trabalho educativo voltado para as questões ambientais. O condutor, fazendo o papel de intérprete, proporciona a vantagem do contato pessoal, a formulação de perguntas e um maior controle do comportamento do público. Além disso, as trilhas interpretativas servem como meio de acesso para grande parte dos atrativos naturais e podem funcionar como instrumento para minimizar impactos negativos. A primeira trilha estabelecida com finalidade educativa exclusiva de interpretação do patrimônio geológico citada na literatura é a Trilha Geológica da Floresta Mortimer, em Ludlow, implantada em 1977 (HOSE, 2000). A efetividade da interpretação ambiental em trilhas depende da capacitação e do interesse do condutor, pois há a necessidade de que a pessoa que fará a interpretação tenha sido treinada, para que ao acompanhar os visitantes, possa levá-los a observar, sentir, experimentar, questionar e descobrir os fatos relacionados ao tema estabelecido. No Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Parque Nacional do Iguaçu e Parque Estadual de Vila Velha, foram oferecidos cursos para condutores, em que foram abordados detalhadamente os aspectos geológicos e geomorfológicos (MOREIRA, 2003; MOREIRA & BIGARELLA, 2008). Tanto em áreas protegidas como em municípios que queiram aproveitar seu potencial geológico em atividades turísticas e interpretativas, a realização de cursos periodicamente e envolvendo profissionais da área de geociências é fundamental. Um Geoparque, segundo a definição da UNESCO (2006) é um território de limites bem definidos, com uma área suficientemente grande para servir de apoio ao desenvolvimento socioeconômico local. Deve abranger um Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1268 determinado número de sítios geológicos relevantes ou um mosaico de aspectos geológicos de especial importância cientifica, raridade e beleza, que seja representativo de uma região e da sua história geológica, eventos e processos. Além do significado geológico, deve também possuir outros significados, ligados à ecologia, arqueologia, história e cultura. Seu conceito está baseado no fornecimento de informações, educação, Turismo e a pesquisa geocientífica. No sentido de verificar quais são os meios interpretativos mais eficazes no que diz respeito a uma melhor transmissão da mensagem para o visitante, do ponto de vista de seus representantes foi realizada uma análise sobre os recursos interpretativos oferecidos em 37 Geoparks de 18 países, membros da Rede Mundial de Geoparks, sob os auspícios da UNESCO. Os questionários foram aplicados durante eventos na Noruega e Portugal, bem como diretamente em Geoparques. Os resultados mostram que o recurso mais eficaz são as trilhas com guias em 55% dos casos (MOREIRA & MELLENDEZ, 2012). O Brasil tem potencial para criar Geoparques devido à sua grande geodiversidade, aspectos peculiares das suas paisagens, atividade turística e à infraestrutura disponível. No entanto, ainda faltam aspectos de interpretação ambiental de um modo geral. Bibliografia BRILHA J. Património geológico e geoconservação: a conservação da natureza na sua vertente geológica.Viseu:Palimage Editores, 2005.190p. CARRERAS, J; DRUGUET, E. Geological Heritage, an essential part of the integral management of World Heritage in Protected Sites. In: BARETTINO, D; WINBLEDON, W.A.P; GALLEGO, E. (Eds.). Geological Heritage: its conservation and management. Madrid: Sociedad Geológica de España. 2000. p. 95-110. DAVENPORT, L; BROCKELMAN, W; WRIGHT, P; RUF, K; DEL VALLE, F. Ferramentas de Ecoturismo em Parques. In: TERBORGH, J; SCHAIK, Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1269 C; DAVENPORT, L; RAO, M. Tornando os Parques Eficientes: Estratégias para a conservação da natureza nos trópicos. Curitiba: Editora da UFPR / Fundação O Boticário, 2002. p. 305-333. HOSE, T. A. Geoturismo europeo. Interpretación geológica y promoción de la conservación geológica para turistas. In: BARRETINO, D.; WINBLEDON, W. P.; GALLEGO, E. Patrimonio geológico: conservacion y gestion. Madrid: ITGE, 2000. p. 137-159. MONDEJAR, F.G; JIMENEZ, A.R; CASTILLO, R.A; CANO, A.F; ALYAS, A. Actuaciones de divulgacion del patrimônio geológico y sus efectos em la sociedad y el médio natural de la region de Murcia. In: MONDEJAR, G; REMO, A. (Eds.) REUNION NACIONAL DE LA COMISION DE PATRIMÔNIO GEOLÓGICO : EL PATRIMÔNIO GEOLÓGICO: CULTURA, TURISMO Y MÉDIO AMBIENTE, 5., 2004, Madrid. Actas… Madrid: Sociedad Geologica de España, 2004. p. 97-106. MOLINA, S.R. Planejamento integral do turismo: um enfoque para a América 1270 Latina. Bauru: EDUSC, 2001. 165 p. MOREIRA, J. Envolvimento de comunidades do entorno: a experiência do curso para condutores do Parque Estadual de Vila Velha – PR. In: SIMPÓSIO SUL BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL, 2., 2003, Itajaí. Anais... Itajaí: Univali, 2003. _____. Patrimônio geológico em unidades de conservação: atividades interpretativas, educativas e geoturísticas. 2008, 430 f. Tese (Doutorado em Geografia ) – Programa de Pós-graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2008. MOREIRA, J. C., MELLENDEZ, G. Which are the Most Effective and Popular Interpretative Resources? An Analysis Based in 37 Geoparks In: 5th Global Geoparks Conference, 2012, Shimabara. Abstracts - 5th Global Geoparks Conference. Shimabara: Unesco Global Geoparks, 2012. v.01. p.38 - 38 MOREIRA, J. C; BIGARELLA, J. Cursos de capacitação de condutores de geoturismo: as experiências do Parque Nacional do Iguaçu (PR) e Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha (PE). In: CONGRESSO BRASILEIRO DE GEOLOGIA, 44., 2008, Curitiba. Anais... Curitiba: SBG, 2008a. p. 389. SHARPLES, C (comp.) Concepts and principles of geoconservation. Tasmanian Parks & Wildlife Service, 2002. 81p. UNESCO. The criteria for selection. Disponível em: <http://whc.unesco.org/en/criteria/>. Acesso em: 1 nov. 2006. 1271 Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 Trilhas Marinhas no Brasil; uma Síntese para a Educação Ambiental Alexandre de Gusmão Pedrini Departamento de Biologia Vegetal Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro [email protected] Resumo Palavras-chave: área protegida, trilha, mar, biodiversidade. Os oceanos, em particular, os tropicais e subtropicais situam-se essencialmente em países do terceiro mundo. Eles vêm sofrendo efeitos antrópicos nefastos cada vez maiores em número e amplitude. Os governos vêm criando áreas protegidas marinhas com o fim de garantir a perpetuação não só de ecossistemas como de espécies de sua biodiversidade. Porém a falência quase total de gestão nas áreas protegidas marinhas enseja a introdução de novos instrumentos com sustentabilidade financeira e socioambiental. A Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis -paradigma contemporâneo brasileiro - se insurge nesse contexto de destruição socioambiental com premissas renovadoras. A educação ambiental marinha pode ser desenvolvida por trilhas por dois modelos: a) emancipatório através do ecoturismo de base comunitária; b) pedagógico através de preleções instrucionais. Ambas demandam trilhas marinhas como percurso indispensável e previamente planejado. Dentre os doze relatos de adoção de trilhas marinhas no Brasil, a quase totalidade trata-as como percurso para fins (eco)turísticos. Foram selecionados dois estudos de casos dentre os dez relatos existentes no Brasil para apresentar as metodologias desenvolvidas no contexto brasileiro: a) planejamento participativo para criação de trilhas; b) monitoramento sobre impactos negativos causados por banhistas e mergulhadores com “snorkel”. Resultados recentes de pesquisas acadêmicas no planejamento e monitoração de trilhas marinhas no Brasil são apresentados. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1272 Resumen Palabras clave: área protegida, sendero marino, biodiversidad del mar. Los océanos, en particular las regiones tropicales y subtropicales se encuentran principalmente en los países del tercer mundo. Han sufrido los efectos antropogénicos adversos crecientes en número y amplitud. Con esta condición, los gobiernos han creado de áreas marinas protegidas con el fin de no sólo asegurar la perpetuación de los ecosistemas y las especies de la biodiversidad. Pero el fracaso casi total de la gestión en las áreas protegidas marinas implica la introducción de nuevos instrumentos financieros y de sostenibilidad ambiental. Em este sentido, la Educación Ambiental para Sociedades Sustentables - paradigma contemporáneo-brasileño – contesta la destrucción del medio ambiente con premisas inovadoras. La educación ambiental em este meio puede ser desarrollada por senderos marinos en dos modelos: a) emancipatorio a través del ecoturismo basado en la comunidad; b) Pedagógico a través de prelaciones educativas. Ambos temas requieren la vía marítima como esenciales y previamente planeadas. Entre los doce informes de aprobación de senderos marinos en Brasil, casi todos tratan de itinerarios (eco) turisticos. Se seleccionaron dos estudios de caso entre los diez informes existentes en Brasil para presentar las metodologías desarrolladas en el contexto brasileño: a) la planificación participativa para la creación de senderos; b) el seguimiento de los impactos negativos causados por los bañistas y buceadores con esnórquel. Se presentan los resultados recientes de la investigación académica en la planificación y monitoreo de senderos marinos en Brasil. 1. Introdução O planeta Terra demanda urgentemente a criação e manutenção de áreas protegidas em todos os ecossistemas em face de sua gradual destruição socioambientais. Os ambientes costeiros e marinhos são dos mais necessitados. Existia a cerca de dez anos apenas cerca de 4500 áreas protegidas no mundo (PRATES et al., 2007), sendo 20% de ambientes marinhos. Áreas protegidas marinhas são muito escassas no Brasil e quando existem, em geral, são mal conservadas e sem recursos adequados para seu sustento. Um dos públicos que mais impactam negativamente áreas protegidas Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1273 marinhas é justamente o turístico que é aquele para o qual essas áreas têm como meta receber Em face da deseducação ambiental cotidiana e da ausência de amplos e permanentes programas de Educação Ambiental Marinha, as áreas protegidas que têm dentre suas metas acolher turistas, estão sendo destruídas também por parte deles. (Coutinho et al. 1993; Berchez et al. 2005; Pedrini et al., 2007, 2008; Silva e Ghilardi-Lopes 2012; Tunala et al. 2013). Isso pressupõe uma inadequada gestão governamental que detém a maior representação geográfica de áreas protegidas em nosso país. Há várias medidas administrativas possíveis de serem tomadas pelos gestores de áreas protegidas marinhas. Destacam-se: a) solução das questões fundiárias; b) dotação permanente de verbas adequadas ao sustento da unidade de conservação da natureza; c) garantia permanente de um corpo representativo de fiscais devidamente qualificados; d) instalações físicas aparelhadas com equipamentos modernos e funcionando; e) desenvolvimento de programas de ecoturismo marinho de base comunitária (PEMBC); f) realização de programas permanentes de educação ambiental marinha (PEAM). Para desenvolver PEMBC e PEAM a área protegida poderia se beneficiar do planejamento e criação de trilhas marinhas, enquanto que gestores de outras áreas marinhas de estado como o Parque Nacional de Fernando de Noronha excluiu a criação de trilhas marinhas (Mitraud, 2001). Porém, na área de mergulho subaquático não se tem usado o termo trilha e sim roteiros. Um exemplo típico é a publicação do governo de São Paulo (sem data) no contexto do programa estatal “Trilhas de São Paulo”. A publicação de pequeno porte e própria para se levar no bolso é intitulada Roteiros de Mergulho. Se esse tipo de atividade for considerado como tradução de mergulho em trilhas marinhas, então existem milhares delas no país. Igualmente, a delimitação do conceito de trilha subaquática é questão urgente para debate no contexto do ecoturismo brasileiro. A seguir será apresentada uma proposta de tipologia de trilhas marinhas com breve cronologia de suas citações no Brasil. Trilhas Marinhas como um caminho para a Educação Ambiental e o Turismo Uma das formas para a gestão autossustentada dos bens naturais marinhos em áreas protegidas são a implantação e o desenvolvimento de produtos em ecoturismo marinho (Pedrini et al., 2011). Para que possa ser desenvolvido ele Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1274 demanda a adoção e manutenção permanente de caminhos espontaneamente selecionados para mergulhos ou de trilhas marinhas previamente planejadas. Segundo Lechner (2006) o caminho planejado e construído através do espaço geográfico, histórico e cultural para ser entendido como uma trilha demanda o atendimento de: a) demandas dos usuários; b) conservação dos seus bens naturais. Segundo Salvati (2008) uma trilha seria a única possibilidade de acesso no contexto de uma área protegida. Ela poderia ser conceituada como um caminho existente ou estabelecido de variadas formas com o fim de aproximar um visitante ao ambiente natural, ou levá-lo a um atrativo específico. Teria como meta primordial o entretenimento ou educação via sinalizações ou meios interpretativos. Porém, mesmo no ambiente terrestre apenas caminhos em qualquer ecossistema também vem sendo denominado de trilha. Ou seja, um caminho desprovido de equipamentos ou investimentos também é chamado pela população como trilha. Em ambientes aquáticos como o mar ou rios de águas límpidas um percurso frequentemente visitado por usuários também tem sido denominado de trilha subaquática. Mas ao contrário do ambiente terrestre a trilha marinha a não é aberta nem conservada por usuários ou gestores da região em que se insere. Ela também se confunde com termos adotados pelo turismo de mergulho com SCUBA como roteiros ou percursos subaquáticos Para Lima (1998) o componente artificial agrega valor ao conceito de trilha. A trilha denominada de interpretativa seria: "... um trajeto de curta distância (500 até 1.000 metros) com o fim de otimizar a "compreensão das características naturais e/ou construídas e culturais da seqüência paisagística determinada pelo seu traçado finalidades ludo-pedagógicas direcionadas a educação ambiental, ou à humanização de terapias, funcionando como fator de integração ou reintegração, de adaptação e de valoração, de tomada de consciência em relação ao meio ambiente; Lima, 1998, p.40 ". A definição de Lima (1998) traz importantes contribuições ao tema, alargando as funções das trilhas. Então, do mesmo modo que há inconsistências na definição de Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1275 trilha subaquática ou terrestre o conceito de trilha marinha não vem também aderindo adequadamente ao que já está consagrado. Desse modo, no presente trabalho será arrolado apenas os trabalhos que citem claramente que se tratam de trilhas subaquáticas ou marinhas por seus autores. É desejável que a trilha marinha receba uma definição clara. A adoção de trilhas marinhas tanto como instrumento para atividades pedagógicas (Berchez et al., 2007; Hadel, 2010) como turísticas (São Paulo, 2008; Pedrini et al., 2011) ainda é rara em todo o mundo (Platong et al. 2000; Hannak, 2008; Oliveira et al., 2011; Baud et al., 2012; Rios-Jara et al., 2013). No quadro 1 pode-se vislumbrar uma tipologia de trilhas marinhas, no Brasil, segundo suas características e propósitos de uso, adaptado de Pedrini et al. (2010). Quadro 1 - Características e finalidades das trilhas marinhas descritas na literatura brasileira (adaptado de Pedrini et al., 2010). Características Autor 1.Wegner (2002) 2.Wegner et al. (2004) 3. Berchez et al. (2005) 4.Lima et al (2006) 5. Berchez et al. (2007) 6. São Paulo (2008) 7. Hadel (2010) 8.Machado et al. (2010) 9.Pedrini et al. (2010) 10.Lima et al. (2010) 11.Pedrini et al. (2011) 12. Meireles et al. (2013) Total 12 Estado SC SC SP SC SP SP SP SP SP SP RJ RJ SP/SC/RJ Propósitos Essencialmente Essencialmente pedagógicas turísticas x x x x x x x x x x x x 4 8 Percebe-se que nos onze relatos de trilhas marinhas existentes no Quadro 1 que a maioria absoluta delas (67%) traduz-se como instrumento contextualizado para o (eco)turismo (essencialmente de base comunitária) e na região sul e sudeste. O critério para arrolar relatos de trilha marinha teve por base a existência de fontes de informação como resumo, ou trabalhos de eventos, documentos acadêmicos ou artigos de periódicos. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1276 A trilha adequada para adoção como instrumento para a EAM (tanto para aplicação no ecoturismo como no ensino de biologia marinha) demanda preparo e para ser de qualidade exige, segundo Pedrini (2006) as seguintes características: a) cobrir um espaço geográfico natural/construído num determinado tempo; b) ser planejada para aplicar os pressupostos pedagógicos conceituais da Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis; c) ser planejada participativamente, incluindo diferentes atores sociais envolvidos na atividade (eco)turística, principalmente a comunidade local ou próxima ao percurso; d) ter seus bens naturais levantados previamente, envolvendo os componentes (geodiversidade, meteorologia, recursos hídricos, etc e bióticos (biodiversidade) caracterizados taxonômica e ecologicamente, recebendo placas ilustrativas de sua existência com seus nomes científicos e populares; e) ter seus impactos antrópicos e naturais negativos avaliados permanentemente acompanhadas de providências para sua mitigação ou extinção; f) ser monitorada continuamente com o fim de receber manutenção, atualização e recuperação de seus equipamentos. Pedrini (2006) também criou indicadores conceituais para que as atividades realizadas numa trilha possam ser consideradas como de mínima qualidade possível em EAM: a) transformadoras que permitam ao ecoturista adquirir conhecimentos e habilidades, via experiências que o torne apto a enfrentar, resolver e evitar problemas socioambientais, inclusive os da região do percurso ecoturístico; b) abrangentes, envolvendo a totalidade dos grupos sociais da área sob influência do percurso; c) globalizadoras, com o ecoturista abordando o ambiente, integrando as escalas global, nacional e local; d) contextualizadoras, de modo que o ecoturista receba conhecimentos sobre a realidade local da atividade ecoturística; e) éticas em que o ecoturista passe a respeitar todas as formas de vida do planeta Terra. Atendendo, minimamente, às essas características a EAM realizada com o apoio de uma trilha devidamente planejada com fins interpretativos ela poderá atingir suas metas. É fato o restrito acúmulo de conhecimento publicado sobre trilhas marinhas no litoral brasileiro. Especialmente quanto a metodologias de seu planejamento. Assim, será apresentada a seguir uma das metodologias para se planejar uma trilha marinha com fins ecoturísticos de base comunitária em áreas protegidas costeiras. 2. Estudos de caso: Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1277 Com o fim de apresentar exemplos brasileiros sobre o planejamento, utilização e avaliação de trilhas marinhas, foram selecionados dois estudos de caso para escrutínio público: a) planejamento de uma trilha marinha no contexto do ecoturismo no estado de São Paulo; b) monitoramento de impactos ambientais negativos numa trilha marinha por parte de mergulhadores com “snorkel” no estado do Rio de Janeiro. 1. Planejamento de uma trilha marinha no Parque Estadual da Serra do Mar, Picinguaba, Ubatuba, São Paulo. O trabalho de Machado et al. (2010) foi desenvolvido no Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar. Foi desenvolvido como subsídio para a implantação de uma trilha marinha com uma comunidade tradicional inserida em uma unidade de conservação da natureza costeira. A intenção era de aliar a Educação Ambiental Marinha Comunitária (EAM) às atividades da comunidade local, mas com geração de renda para os locais. Ou seja, desenvolver uma EA emancipatória (Pedrini et al., 2011). A Figura 1 apresenta as etapas principais para se proceder a um estudo para planejar participativamente uma trilha subaquática para uso em EA. Cada uma das 1278 etapas será detalhada, a seguir, para o caso estudado. Primeira parte DIAGNÓSTICO PRELIMINAR Existência e disponibilidade de local para a atividade; levantamento das características da comunidade residente e existência de mercado para o produto. Autorização para a realização da pesquisa e contato com a comunidade local Segunda parte LEVANTAMENTO DAS BASES NORTEADORAS Seleção do local por biólogos e moradores Entrevista com moradores perfil dos futuros gestores da atividade Possibilidade de uso e manejo do local selecionado Adaptação da infra estrutura existente Interesse pela atividade Entrevista com visitantes perfil do visitante Interesse pela atividade Necessidade de capacitação Formas de divulgação Terceira parte Conhecimento prévio do ambiente marinho RETORNO ÀS PARTES Divulgação dos resultados das etapas anteriores para a administração da UC e para a comunidade envolvida. Estabelecimento de parcerias Figura 1: Esquema da seqüência de abordagens realizadas para o estudo de Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 implantação da trilha subaquática na Unidade de Conservação (transcrita do trabalho de Machado et al., 2010). A primeira parte envolveu uma sondagem inicial onde o grupo buscou, de forma informal, as condições básicas para o funcionamento de uma trilha subaquática, ou seja, verificar: a) a existência e disponibilidade de um local adequado com atrativos submarinos para instalar uma trilha marinha; b) as características e interesse da comunidade residente; e c) a existência de mercado para consumo do ecoturismo marinho (trilha submarina). Essa parte envolveu levantamentos bibliográficos que forneceram a base para a construção das pesquisas, formas de consulta e acesso aos grupos envolvidos. As informações foram direcionadas ao conhecimento da extensão da área geográfica, características do ambiente natural, origem étnica das comunidades, legislação e entidades legais direta e indiretamente envolvidas. Para a escolha do local para a implantação da trilha subaquática foram realizados mergulhos autônomos e em apnéia, entre outubro de 2006 e abril de 2007. Durante os mergulhos foram feitas observações e registro da geobiodiversidade com as respectivas imagens dos locais, a fim de selecionar os pontos de relevância interpretativa. As áreas investigadas estavam todas inseridas na enseada do Cambury. Foram visitados cinco pontos nesta enseada, todos eles sugeridos pelos moradores. Durante o processo de seleção foram considerados aspectos relacionados à distribuição e associação das principais espécies presentes nos costões (rocha, flora e fauna local) e beleza cênica. Além destes, foram ainda considerados: segurança, presença de pontos de interpretação sócio-ambiental, distância do ponto de acesso e formas de deslocamento disponíveis. Em seguida passou-se a estabelecer contato com a direção da unidade de conservação, para participar do planejamento da atividade e desenhar as primeiras ações para o início do projeto. Foram também realizados contatos com os representantes das comunidades e associações existentes no local. Com a sinalização positiva das partes envolvidas (gestores da UC e comunidade) foi realizada uma pesquisa de opinião/percepção sobre a aceitação da atividade pela comunidade local. Nessa segunda parte do projeto, o processo ganhou um caráter investigativo onde foram levantadas as necessidades quanto ao: a) uso e manejo do ambiente Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1279 selecionado; b) capacitação das comunidades envolvidas para atuar diretamente na manutenção e monitoramento do ambiente local; c) contato e parcerias necessárias para as campanhas de capacitação da comunidade para atuar na atividade; d) interesse do visitante pela atividade; e) perfil do visitante e as formas de divulgação da atividade; f) local para recepção, palestras e treinamentos. Foram realizadas cinqüenta entrevistas com visitantes da região, enfocando dois aspectos principais: o perfil do visitante e o mercado para o produto. O grau de aceitação da atividade por parte dos moradores foi obtido através de pesquisa aplicada entre a comunidade quilombola e caiçara do Cambury, totalizando trinta questionários, de um total de 70 famílias. Esta pesquisa enfocou três aspectos: a) o perfil da comunidade; b) o interesse da comunidade na atividade e c) conhecimento da rotina da atividade. Essas informações forneceram os dados que determinou se a comunidade teria interesse em atuar na trilha e a disponibilidade em receber treinamento. A entrevista teve ainda o objetivo de avaliar o real envolvimento da comunidade com o turismo local. Nessa fase do trabalho, as entrevistas foram realizadas pelos monitores do Núcleo Picinguaba, também moradores do bairro. 1280 O resultado dessa etapa forneceu; a) as expectativas da comunidade para a implantação de uma nova atividade para o (eco) turismo marinho; b) a visão do mercado e da abrangência da atividade na economia local; c) as necessidades de adaptação ao novo perfil exigido pela atividade. Os moradores puderam ainda expor seus conhecimentos quanto ao ambiente natural que envolve a atividade, suas limitações para a prática da atividade e a existência de infraestrutura local (recepção, armazenamento de equipamento, palestra e exposição). O estudo buscou ainda, avaliar o conhecimento prévio dos visitantes e moradores sobre o ambiente marinho de costões rochosos. Foram realizadas atividades lúdicas (figura 2) como: a) jogo-da-velha com algas; b) Quebra-cabeça de seis faces; c) Jogoda-memória com organismos marinhos; d) “Seu Mestre mandou” catar o lixo na praia de maior visitação. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 Figura 2: Atividades lúdicas realizadas na praia de maior visitação na UC. (transcritas do trabalho de Machado et al., 2010). Em uma terceira etapa os resultados foram apresentados por meio de relatórios e reuniões aos gestores do parque e a comunidade local, com adequações de linguagem ao público alvo. As atividades desenvolvidas pelos moradores naquele momento (Figura 3) se dividiram entre aquelas relacionadas ao turismo (30%), trabalhos realizados na comunidade (20%) e aqueles que se encontram desempregados (20%). A expectativa da comunidade em relação à trilha marinha foi expectativa interessante, como pode ser observado na Figura 3. alta media baixa Figura 3: Expectativa da comunidade em relação à implantação da trilha marinha. (transcrita do trabalho de Machado et al., 2010) Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1281 A maioria entendeu que a trilha marinha será importante para: a) propiciar conscientização socioambiental da comunidade; c) mudar a percepção da comunidade para crer no turismo inclusivo socialmente local; d) gerar fonte de renda para os moradores. No entanto, acreditou que a trilha marinha não iria atrair o turismo. Isso se explica pelo fato de que anteriormente outros grupos tentaram desenvolver projetos nesse sentido, mas que foram abandonados, gerando frustrações. A falta de energia elétrica local era também um ponto marcante no cotidiano da comunidade. Há também no conhecimento acumulado sobre trilhas terrestres no Brasil variados modelos para o planejamento e avaliação de trilhas. O mais adotado para a criação de pontos interpretativos numa trilha a metodologia denominada de Indicadores de Atratividade de Pontos Interpretativos (IAPI). Ela só foi adotada no campo das trilhas marinhas no trabalho de Meireles et al. (2013), pois a trilha tem parte terrestre, além da marinha. No planejamento de trilhas marinhas o critério mais importante tem sido a beleza cênica. Desse modo, o planejamento de trilhas marinhas no contexto de oferta de produtos ecoturísticos, envolvendo os principais atores sociais locais de uma área protegida é factível. Pode, inclusive, aumentar as probabilidades para o desenvolvimento da educação ambiental marinha tanto no contexto do ecoturismo como no pedagógico. 2. Monitoramento de uma trilha marinha na Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios (APAMAB), estado do Rio de Janeiro. A trilha marinha da APAMAB foi criada com o fim de ser o caminho entre as praias de João Fernandes e João Fernandinho (vide Fig. 4). Ela foi selecionada através critérios que constam no Quadro 2, segundo Pedrini et al. (2011). O Quadro 2 apresenta uma tipologia de seleção de local para escolha de sítio para planejar a instalação de uma trilha marinha baseada em critérios intrínsecos e extrínsecos. Os critérios intrínsecos são aqueles naturais do sítio como as características da água marinha adequadas para o mergulho com máscara e respirador. São exemplos de critérios intrínsecos a visibilidade submersa e o grau de agitação das correntes e batimento das ondas. São exemplos de critérios extrínsecos a presença visual de resíduos (lixo) na água. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1282 Consultando esse quadro o planejador poderá decidir qual critério deverá preponderar sobre os outros e tomar sua decisão. Quadro 2 – Apresentação dos critérios para seleção da trilha marinha de João Fernandes e J. Fernandinho, APAMAB, RJ. (transcrito de Pedrini et al., 2011). 1283 Segundo Pedrini et al. (2011) o caminho natural e espontâneo que os praticantes de mergulho com “snorkel” faziam entre as praias de J. Fernandes/J. Fernandinho teve sua geobiodiversidade marinha inventariada. O objetivo era a partir dela se selecionar atrativos ecoturísticos marinhos. Em seguida através de estudos locais e consulta documental a literatura foi traçada uma teia trófica contextual. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 Figura 4 – a: Vista aérea da Área de Proteção Ambiental Marinha de Armação de Búzios, Rio de Janeiro (área inclusa no polígono amarelo); b: Detalhe das praias de João Fernandes e João Fernandinho onde se encontram marcadas as três áreas interpretativas. Fonte: Pedrini et al. (2011)/Google Earth, 2011. As figuras 5ª e 5b ilustram à esquerda a área interpretativa 1 onde há mais afluência de banhistas e mergulhadores com “snorkel” e a área 3 com menor visitação na Praia de João Fernandinho. Fig. 5a e 5b – À esquerda, área interpretativa marinha “1” (costão) na Praia de João Fernandes e área interpretativa marinha “3” localizada a esquerda da praia João Fernandinho, mostrando regiões calmas nos costões (transcrito de Pedrini et al., 2011) Exemplos da fauna e flora marinhas adotadas como atrativos podem ser visualizadas nas figuras 6 e 7, respectivamente. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1284 Figura 6ª e 6b: Colônia do cnidário Leptogorgia sarmentosa à esquerda e à direita um alcionário. (transcrito de Pedrini et al., 2011) A figura 7 apresenta parte dos vinte táxons identificados na trilha marinha. A 7ª à esquerda representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a alga verde Ulva fasciata com os marimbas que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus argenteus 1285 Figura 7: A 7ª à esquerda representa a alga calcária vermelha Amphiroa sp. e a figura 7b à direita a alga verde Ulva fasciata com os marimbás que são peixes herbívoros identificados como Diplodeus argenteus (transcrito de Pedrini et al., 2011). Caracterizada sua geobiodiversidade marinha foram selecionados os organismos que serviriam como atrativos ecoturísticos. Em paralelo, Tunala et al. (2013) monitoraram a presença de banhistas e mergulhadores com ‘snorkel” e seus efeitos físicos. Alguns deles são ilustrados pelas figuras 8ª, 8b e 8c. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 Figura 8 – 8ª: Turista adolescente estrangeiro importunando animais vágeis como caranguejos; 8b: banhista sentado sobre algas; 8c: banhistas pisoteando algas, além de sua presença física, incomodando peixes territorialistas como o marimbá. (transcrito de Pedrini et al., 2011). Tunala et al. (2013) identificaram um total de 232 eventos sobre os organismos, traduzindo-se por: a) 106 pisoteios (46%); b) 68 toques (29%); c) 55 ressuspensões de sedimento fino (24%); d) 3 arrancamentos (1%). Esses eventos foram intencionais em 76% das ações voluntárias e 24% involuntárias. Os impactos negativos mais frequentes, tanto voluntária quanto involuntariamente, foram: a) pisoteios em exemplares da rodófita ereta calcária de Amphiroa anastomosans e no coral Mussismilia hispida; b) os toques nos cnidários Phyllogorgia dilatata e Palythoa caribaeorum e em exemplares da ocrófita ereta Sargassum sp. A maioria absoluta (75%) dos impactos negativos totais foi de toque e pisoteio nos organismos presentes na trilha. 3. Conclusão As trilhas marinhas tanto para utilização pedagógica como ecoturística vêm sendo utilizadas timidamente no Brasil, sendo relatadas em apenas oito publicações. Há métodos desenvolvidos no Brasil para planejar de modo participativo uma trilha e para monitorá-las, identificando os impactos antrópicos. As trilhas marinhas relatadas situam-se essencialmente na região sul e sudeste brasileiros. Elas estão sendo utilizadas majoritariamente no contexto do ecoturismo marinho como recurso interpretativo. Anais do 2 Congresso Nacional de Planejamento e Manejo de Trilhas / I Colóquio Brasileiro para a Red Latinoamericana de Senderismo, 16 a 18 de outubro de 2013 / Nadja Maria Castilho da Costa, Vivian Castilho da Costa, Flávio Augusto Pereira Mello, (orgs.).Rio de Janeiro: 1290 p. Rede Sirius-Rede de Bibliotec., 2013. ISBN 978-85-88769-56-4 1286 Agradecimentos Ao prof. Dr. Carlos Hiroo Saito da Universidade Nacional de Brasília pela revisão do texto. À Comissão Organizadora do II Congresso Nacional de Planejamento e Trilhas realizado na Universidade do Estado do Rio de Janeiro em outubro de 2013 pelo convite para nele participar. A FAPERJ pelo auxílio concedido e ao CEBIO/IBRAG pelo apoio laboratorial. Ao Flávio "Zen" pelo Resumen. 4. Bibliografia BAUD, J. L.; BLOUET, S.; DUPUY DE LA GRANDIVE, R.; JOURDAN, E; IANTE, C. Underwater Trails Handbook. MARSEILLE: MedPAN North Project/WWFFrance, 2012, 80 p. BERCHEZ, F., CARVALHAL, F.; ROBIM, M. J. 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